monitorização_hemod_03

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Curso de Monitorização Hemodinâmica MÓDULO III Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização do mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores descritos na Bibliografia Consultada.

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  • Curso de Monitorizao Hemodinmica

    MDULO III Ateno: O material deste mdulo est disponvel apenas como parmetro de estudos para este Programa de Educao Continuada. proibida qualquer forma de comercializao do mesmo. Os crditos do contedo aqui contido so dados aos seus respectivos autores descritos na Bibliografia Consultada.

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    Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores.

    MDULO III Monitorizao Hemodinmica Invasiva Cardiolgica Apresentao

    Neste mdulo, analisaremos as variveis fisiolgicas comumente

    monitorizadas pelo mtodo invasivo: presso arterial invasiva, presso venosa

    central, presso da artria pulmonar, dbito cardaco, saturao venosa mista e

    outros parmetros derivados do cateter de Swan Ganz.

    A monitorizao hemodinmica invasiva quando clnica e criteriosamente

    bem indicada fornece informaes qualitativas e quantitativas das presses

    intravasculares. Entretanto, devemos lembrar que a cateterizao destes vasos est

    associada a complicaes e riscos inerentes de qualquer procedimento invasivo.

    Sendo assim, a assistncia de enfermagem de vital importncia na

    monitorizao hemodinmica invasiva, pois a equipe de enfermagem est envolvida

    desde o preparo do material e do paciente at a manuteno adequada desta

    monitorizao, bem como a preveno de complicaes.

    Abordaremos a seguir a definio, indicao, complicaes e cuidados de

    enfermagem da monitorizao hemodinmica invasiva cardiolgica.

  • Unidade 1 - Presso Arterial Invasiva (PAI)

    A presso por este mtodo

    medida por um cateter introduzido na

    artria, o qual conectado em uma coluna

    lquida. A medida da presso obtida por

    um transdutor de presso que faz a leitura;

    obtida presso sistlica, diastlica e

    mdia (Figura 31). Figura 31. Transdutor de presso em suporte prprio.

    Lizuka, Prestes e Scheineder (2006) completam a informao do preparo da

    coluna lquida, mencionando que a soluo a ser utilizada deve ser o soro fisiolgico

    a 0,9%, preferencialmente com heparina 1 unidade/ml, mantendo a bolsa

    pressurizada em 300 mmHg (Figura 32).

    Figura 32. Ilustrao do soro fisiolgico a 0,9% preparado para a

    presso arterial invasiva sob pressurizao (retirado de arquivo pessoal).

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  • A posio do paciente e do transdutor de presso influencia na alterao dos

    valores de presso arterial. Devemos realizar o zerar a linha de presso arterial, na

    linha mdia axilar, conforme o posicionamento do paciente (Figura 33).

    Figura 33. Ilustrao do posicionamento do paciente e do transdutor de presso arterial

    (retirado do site: www.carraretto.med.br/aulas/presart. ppt).

    A cateterizao da artria para mensurar a presso arterial invasiva est

    indicada para:

    - Cirurgia cardiopulmonar.

    - Grandes cirurgias vasculares, torcicas, abdominais ou neurolgicas.

    - Instabilidade hemodinmica.

    - Uso de drogas vasoativas.

    - Uso de monitorizao da presso intracraniana.

    - Emergncia hipertensiva associada disseco de aorta ou AVC.

    - Necessidade de gasometria arterial mais que trs vezes ao dia.

    - Controle rigoroso da presso arterial para conduta clnica.

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    Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores.

    Uma presso arterial invasiva est contraindicada relativamente para:

    - Doena vascular perifrica.

    - Doenas hemorrgicas.

    - Uso de anticoagulantes ou trombolticos.

    - Puno em reas infectadas.

    Na tabela a seguir vamos conhecer as vantagens e desvantagens da

    presso arterial invasiva.

    Tabela 9. Vantagens e Desvantagens da medida invasiva da presso arterial

    Vantagens Mtodo contnuo e mais confivel em doentes instveis.

    Desvantagens

    Mtodo invasivo.

    Maior risco de complicaes.

    Permite erros de interpretao da presso caso haja

    alterao no equipamento e/ou conexes.

    Cintra (2003) afirma que o cateter arterial pode ser colocado na artria

    radial, pediosa, femoral ou axilar. A artria radial um vaso de escolha porque sua

    utilizao tem sido associada com menor nmero de complicaes. A artria

    braquial deve ser evitada em virtude do risco de tromboembolia do brao e

    antebrao. A artria axilar e femoral so os vasos mais calibrosos, porm com mais

    dificuldade de puno e maior potencial de contaminao.

    A linha arterial pode ser obtida por puno ou disseco arterial. A puno

    o procedimento mais indicado, por permitir menor leso da artria; deixando a

    disseco somente para casos mais graves, aps vrias tentativas de puno sem

    sucesso (Figura 34).

  • Figura 34. Ilustrao da cateterizao da artria radial

    (MACHADO; MOURA JR; FIGUEIREDO, 2003).

    Antes da puno da artria radial deve-se realizar o Teste de Allen, onde se

    deve comprimir simultaneamente a artria radial e ulnar com os polegares. Estimular

    o paciente para abrir e fechar a mo repetidamente. Em seguida, pedir para relaxar

    a mo. Enquanto comprime a artria radial, solte a artria ulnar e observe a

    colorao da mo. Quando a circulao colateral est adequada, a mo recupera a

    colorao em 5 a 10 segundos. O teste pode ser repetido testando a artria radial

    tambm. Em caso do teste no ser satisfatrio, desconsiderar a puno da artria

    radial (Figura 35).

    56 Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores.

  • Figura 35. Ilustrao do teste Allen (LIZUKA, PRESTES E SCHNEIDER, 2006).

    Lizuka, Preste e Schneider (2006) lembram a importncia da equipe de

    enfermagem na participao do procedimento, separando o material necessrio,

    auxiliando na passagem do cateter e preparando o monitor para verificao da

    presso arterial, alm de avaliar os dados obtidos, e manter a permeabilidade do

    cateter para verificao contnua da presso arterial.

    Os valores normais da presso arterial invasiva so os mesmos da presso

    arterial no invasiva. Sistlica 90-130 mmHg e diastlica 60 90 mmHg.

    Aps a puno arterial, e conexo do transdutor de presso ao cateter

    arterial e ao monitor multiparamtrico, zeramos a linha arterial (seguir a instruo de

    cada fabricante) e visualizamos na tela do monitor uma curva de presso.

    Aps a puno arterial podem ocorrer algumas interferncias tcnicas, que

    so: hematoma ps-puno (amortece a curva da presso); fluxo retrgado do

    sistema (ocorre por falta da pressurizao adequada, podendo coagular o sistema);

    hemorragia (por desconexo do sistema); embolia proximal ou distal (cogulos na

    luz do cateter).

    Machado, Moura e Figueiredo (2003) comentam que as curvas arteriais no

    so todas iguais, pois apresentam alteraes do formato em razo da distncia do

    corao, fora da gravidade e calibre da artria, mas no alteram suas

    caractersticas (Figura 36).

    57 Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores.

  • Figura 36. Ilustrao das curvas de presso arterial invasiva. Observe a diferena da amplitude de

    cada onda em razo da localizao da puno (MACHADO; MOURA JR; FIGUEIREDO, 2003).

    Outras condies que podem alterar a curva da presso arterial so:

    arritmia, hipovolemia, hipertenso, hipotenso miocardiopatia (Figura 37).

    Figura 37. Ilustrao de curvas arteriais alteradas decorrente do quadro clnico do paciente (arritmia,

    inotropico e hipovolemia) (MACHADO; MOURA JR; FIGUEIREDO, 2003).

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    Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores.

    Cintra (2003) comenta que a curva da presso arterial tambm pode ter

    alterao por trombos intraluminais, impactao da ponta ou dobras do cateter.

    Um procedimento de presso arterial invasivo pode apresentar algumas

    complicaes:

    - Embolizao arterial e sistmica;

    - Insuficincia vascular;

    - Necrose isqumica;

    - Infeco;

    - Hemorragia;

    - Injeo acidental de drogas intra-arterial;

    - Trombose;

    - Espasmo arterial;

    - Hematoma local;

    - Dor local;

    - Fstula arteriovenosa.

    Cuidados de Enfermagem 9 Preparo do material necessrio, da soluo de soro fisiolgico com

    heparina.

    9 Auxiliar o mdico no procedimento de cateterizao da artria, oferecendo o material necessrio.

    9 Realizar a zeragem do transdutor de presso, alinhado linha mdia axilar.

    9 Proceder a anotao de enfermagem no pronturio do paciente, descrevendo nmero de punes, e material utilizado.

    9 Monitorar o tempo de permanncia do cateter, pois o risco de trombose aumenta com tempo de permanncia do cateter.

    9 Monitorar as extremidades do membro puncionado (colorao, temperatura, edema, sensibilidade e movimentao) a cada planto.

    9 Estar atento a desconexo do sistema.

  • 9 Estar atento a sangramento na insero do cateter, e infeco do stio de puno.

    9 Manter curativo estril. 9 Manter a bolsa pressurizada a 300 mmHg, pressurizao em valores de

    presso menores no permitem a irrigao contnua adequada que de 3 ml/h.

    9 Realizar a troca do equipo com transdutor de presso a cada 72h. 9 Realizar a troca da soluo de soro fisiolgico com heparina a cada 24h. 9 Para retirada do cateter, proceder com luva de procedimento, usar

    soluo antissptica, e tracionar o cateter vagarosamente, evitando leso ntima do

    vaso. Comprimir o local da insero do cateter com gaze dobrada por 5 minutos.

    Unidade 2 - Presso Venosa Central (PVC)

    A presso venosa central (PVC) ou presso do trio direito refere-se pr-

    carga do ventrculo direito (VD), ou seja, a capacidade de enchimento do ventrculo

    direito ao final da distole.

    A PVC uma medida hemodinmica frequente na UTI. determinada pela

    interao entre o volume intravascular, funo do ventrculo direito, tnus

    vasomotor e presso intratorcica (DARCO, COSTA E LASELVA, 2006).

    A presso venosa central foi introduzida na prtica mdica na dcada de 60.

    Cintra (2003) afirma que o principal propsito de mensurar a PVC estimar a

    presso diastlica final do ventrculo direito. Em pacientes com reserva cardaca e

    resistncia vascular pulmonar normal, a PVC pode orientar o manuseio

    hemodinmico global.

    Outra grande utilidade da PVC a possibilidade de colheita de exames

    laboratoriais com frequncia sem incomodar o paciente com punes venosas.

    60 Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores.

  • A PVC obtida por um cateter locado na veia cava superior, o cateter

    central com uma ou duas vias; para mensurar a PVC o mais indicado o cateter de

    duas vias (duplo lmen) (Figura 38). As principais vias de acesso utilizadas so a

    braquial, subclvia e jugular. E assim como vimos, na presso arterial invasiva a

    mensurao da PVC realizada por meio de uma coluna de gua ligada a um

    transdutor de presso ou manualmente a uma rgua.

    Figura 38. Cateter central duplo lmen (SANTOS, LEAL E CAVALHEIRO, 2006)

    A zeragem da linha de presso venosa central feita da mesma forma que a

    presso arterial invasiva, alinhado linha mdia axilar (Figura 39).

    Figura 39. Ilustrao do eixo flebosttico (linha mdia axilar) (adaptado de arquivo pessoal).

    61 Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores.

  • Caso a conexo escolhida seja contnua, ou seja, com transdutor de

    presso, aps a passagem do cateter central, conexo ao transdutor de presso e

    ao monitor multiparamtrico, observamos na tela do monitor uma curva

    caracterstica do trio direito (Figura 40).

    Figura 40. Ilustrao da curva de PVC no trio direito (DARCO; COSTA; LASELVA, 2006).

    No podemos esquecer que para pacientes entubados a medida da presso

    venosa central deve ser realizada ao final da expirao, para pacientes em

    ventilao espontnea deve ser realizada no final da inspirao (MACHADO,

    MOURA E FIGUEIREDO, 2003).

    Os valores normais da PVC so 2-8 mmHg (uso de transdutor de presso)

    ou 3-11 cmH2O (uso da rgua com soluo salina).

    DArco, Costa e Laselva (2006) afirmam que valores abaixo do normal

    podem sugerir hipovolemia e valores mais altos podem sugerir sobrecarga

    volumtrica ou falncia ventricular, mas devem ser avaliados com outros parmetros

    Entretanto, o uso da PVC apresenta algumas limitaes e, por isso, no

    deve ser o nico parmetro de volemia. Est entre as situaes de que podem

    alterar a PVC:

    - Vasoconstrio (hipovolmia) PVC normal ou alta. - Alteraes anatmicas da veia cava tumor, hematomas.

    62 Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores.

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    Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores.

    - Alterao na complacncia de ventrculo direito, doenas pulmonares,

    valvopatia de tricspide.

    - Ventilao positiva com uso de PEEP.

    Assim como a presso arterial invasiva, a presso venosa central pode

    apresentar algumas complicaes, que so:

    - Hemorragia durante e aps puno.

    - Arritmias atriais e ventriculares por irritao do cateter.

    - Infeces.

    - Sobrecarga hdrica acidental.

    - Embolia gasosa.

    - Complicaes tromboemblicas.

    - Perfurao de cmaras cardacas, pneumotrax e hemotrax (em virtude

    da puno do cateter central).

    Cuidados de Enfermagem

    9 Preparo do material necessrio e da soluo de soro fisiolgico. 9 Auxiliar o mdico no procedimento de cateterizao venosa, oferecendo o

    material necessrio.

    9 Realizar a zeragem do transdutor de presso, alinhado a linha mdia axilar.

    9 Proceder anotao de enfermagem no pronturio do paciente, descrevendo nmero de punes, e material utilizado.

    9 Estar atento a desconexo do sistema. 9 Estar atento a sangramento na insero do cateter, e infeco do stio de

    puno.

    9 Manter curativo estril. 9 Manter a bolsa pressurizada a 300 mmHg, pressurizao em valores de

    presso menores no permitem a irrigao contnua adequada que de 3 ml/h.

    9 Realizar a troca do equipo com transdutor de presso a cada 72h.

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    Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores.

    9 Realizar a troca da soluo de soro fisiolgico a cada 24h. 9 Para retirada do cateter, proceder com luva de procedimento, usar

    soluo antissptica, e tracionar o cateter vagarosamente, evitando leso ntima do

    vaso. Comprimir o local da insero do cateter com gaze dobrada por 5 minutos.

    Unidade 3 - Presso da Artria Pulmonar (PAP) e outras medidas do cateter de Swan Ganz

    A presso da artria pulmonar uma das variveis mais importantes em

    hemodinmica, principalmente pela medida da presso da artria pulmonar ocluda

    (PAOP), visto que a mesma representa a presso do ventrculo esquerdo

    (MACHADO, MOURA e FIGUEIREDO, 2003).

    Japiass (2002) comenta que, em 1960, Dr. Swan criou um cateter que

    permitia aferir as presses do trio e ventrculo esquerdo, porm houve muita

    dificuldade na passagem do cateter at a artria pulmonar, causando algumas

    complicaes nos pacientes como arritmia e at perfurao do miocrdio. Algum

    tempo depois, Dr. Swan teve a ideia de colocar um balonete na ponta, diminuindo a

    densidade do cateter e melhorando sua passagem, alcanando a artria pulmonar.

    Aps mais alguns anos, Dr. Ganz sugeriu a ideia de um termostato na ponta do

    cateter permitindo a mensurao do dbito cardaco, tornando-se o cateter que

    utilizamos atualmente.

    Neto, Laselva e Silva (2003) completam que inicialmente o uso do cateter

    estava limitado aos pacientes cardacos. E somente aps a dcada de 70 sua

    utilizao se estendeu a um grande nmero de pacientes graves no cardacos.

    Os principais objetivos da monitorizao da artria pulmonar so:

    - Avaliar a funo ventricular direita ou esquerda.

    - Monitorizar as mudanas do estado hemodinmico.

    - Orientar a teraputica com agentes farmacolgicos e no farmacolgicos e

    fornecer dados indicativos de prognstico.

  • O cateter da artria pulmonar fornece parmetros hemodinmicos para o

    diagnstico, no sendo, uma modalidade teraputica (CINTRA, 2003).

    O cateter de Swan Ganz est indicado para:

    - Complicaes mecnicas do infarto do miocrdio.

    - Infarto agudo do ventrculo direito.

    - Insuficincia cardaca refratria e hipertenso pulmonar.

    - Hipertenso pulmonar.

    - Choque e instabilidade hemodinmica.

    - Alguns casos de politrauma.

    - Choque sptico.

    - Insuficincia respiratria.

    - Hipertenso Intracraniana.

    Para Cintra (2003) a principal justificativa para o uso da cateterizao da

    artria pulmonar a reduo do nvel de incerteza diagnstica que cerca a avaliao

    clnica do estado hemodinmico, fisiolgico e metablico real dos pacientes graves.

    Neto, Laselva e Silva (2003) lembram que a utilidade clnica do cateter de

    artria pulmonar depende da interpretao correta dos dados dele obtidos. Assim,

    alm das complicaes diretamente associadas ao cateter, dados hemodinmicos

    coletados e interpretados de modo incorreto podero causar outras complicaes

    clnicas decorrentes de estratgias teraputicas inadequadas.

    Fernandes, Borella e Cunha (2003) explicam que o cateter de artria

    pulmonar pode apresentar diversos tamanhos, mas habitualmente em um paciente

    adulto, utilizamos cateteres de 110 cm de comprimento por 7,5 French de dimetro.

    H vrios tipos de cateteres, o cateter simples apresenta quatro vias (lmen distal,

    lmen proximal, lmen termistor, lmen de enchimento do balo) (Figura 41).

    65 Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores.

  • Figura 41. Ilustrao do cateter de Swan Ganz com 4 vias. (retirado do site:

    www.unifesp.br/denf/NIEn/hemodinamica/pag/cateter.htm)

    O cateter mais utilizado em instituies privadas o cateter com sete vias (alm das

    quatro vias bsicas, possui lmen para mensurar dbito crdico contnuo, lmen

    para mensurar saturao venosa mista contnua, lmen para infuso de

    medicamentos) (Figura 42).

    Conector do mdulo ptico da SVO2.

    Conector do dbito cardaco.

    Conector do termistor. Via proximal, mede PVC. Via para medicao. Via distal, mede PAP. Via distal do balonete

    (insufla o balo com seringa prpria 1,5ml).

    Figura 42. Ilustrao do cateter de Swan Ganz com 7 vias. (adaptado do site;

    www.edwards.com/products/pacatheters/ccombovolumetrics.htm).

    66 Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores.

  • A insero do cateter feita por acesso venoso central, como um cateter

    central simples. A preferncia pelas veias jugulares internas e subclvias. Conhea

    abaixo alguns stios de puno com vantagens e desvantagens de cada um, depois

    observe a localizao na figura:

    Tabela 10. Stios de Puno

    Jugular Vantagem: fcil acesso ao trio Direito + baixo risco Pneumotrax.

    Desvantagem: leso carotdea e ducto torcico + infeco + fixao

    difcil.

    Subclvia Vantagem: fcil acesso e assepsia e baixa incidncia trombos.

    Desvantagem: risco de Pneumotrax + hemotrax.

    Femoral Vantagem: fcil acesso e pode ser utilizado durante PCR.

    Desvantagem: aumenta chance de infeco e risco de trombose

    venosa.

    Figura 43. Ilustrao do stio de puno (AKAMINE, CUNHA e FIGUEIREDO, 2003).

    67 Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores.

  • Aps a puno do stio de insero, o mdico procede da mesma forma que

    um cateter central, diferenciando apenas pela colocao de um introdutor que ir

    proteger o cateter; o balonete do cateter insuflado e comea a ser inserido dentro

    do introdutor, vamos acompanhar a introduo do cateter pelo monitor, onde

    visualizamos a morfologia da curva de presso, cada cmara cardaca tem uma

    curva especfica, permitindo identificar a localizao do cateter (Figura 44).

    Figura 44. Ilustrao das ondas visualizadas no monitor multiparamtrico durante a passagem do

    cateter de Swan Ganz (adaptado de arquivo pessoal).

    Observe que uma primeira forma do traado achatada e de oscilaes

    pequenas at o trio direito (PVC); quando o cateter entra no ventrculo direito, a

    onda assume uma forma de pico elevado (presso sistlica do ventrculo direito -

    PVD) com decaimento acentuado (presso diastlica do ventrculo direito), em

    seguida quando entra na artria pulmonar permanece um pico elevado (presso

    sistlica de artria pulmonar - PAPS), na poro inferior o nvel mais alto

    corresponde ao fechamento da valva pulmonar (presso diastlica de artria

    68 Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores.

  • pulmonar - PAPD). Por ltimo, a onda assume novamente forma achatada

    semelhante PVC, que indica que chegou a um ramo distal da artria pulmonar (o

    que chamamos de encunhamento), esta onda final chamada de presso de

    ocluso da artria pulmonar (POAP) e corresponde presso do capilar pulmonar

    (PCP), quando desinsuflar o balonete encontramos novamente a presso da artria

    pulmonar.

    Cintra (2003) complementa que aps a introduo do cateter, o mesmo deve

    ser protegido pelo invlucro (bainha plstica protetora, estril e fornecida junto com o

    cateter) colocado sobre o cateter, adaptando o fechamento no introdutor. Este

    invlucro permite a manipulao e o reposicionamento do cateter sem a

    contaminao da poro do cateter que entra e sai do local de insero (Figura 45).

    Bainha protetora

    Figura 45 Ilustrao do cateter de Swan Ganz, protegido pelo invlucro (retirado do site:

    http://intensivecare.hsnet.nsw.gov.au/current/community/equipment/pac).

    69 Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores.

  • Aps ser guiado pelas curvas do monitor multiparamtrico, o cateter dever

    estar locado na artria pulmonar, assim como na ilustrao (Figura 46).

    Figura 46. Ilustrao da localizao do cateter de Swan Ganz (retirado do site:

    www.nlm.nih.gov/medlineplus/ency/imagepages/18087.htm).

    Japiass (2002) lembra de um aspecto muito interessante sobre a POAP,

    esta presso pode ser alterada pela presso alveolar em diferentes zonas

    pulmonares. O pulmo pode ser dividido em trs partes (Figura 47):

    Zona I = presso alveolar maior que na artria e veia pulmonar.

    Zona II = presso alveolar maior que presso venosa pulmonar e menor

    que a presso arterial pulmonar.

    Zona III = onde o fluxo sanguneo ininterrupto

    Para mensurar corretamente a POAP, e no superestimar a volemia, a

    localizao correta da parte distal do cateter deve estar locada na zona pulmonar III,

    na qual o fluxo sanguneo ininterrupto e a presso se torna fidedigna (Figura 48).

    70 Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores.

  • Figura 47. Ilustrao das zonas pulmonares (retirado de:

    http://drhowellnet.blogspot.com/2008/04/what-is-swan-ganz-catheterization.html)

    Figura 48. Ilustrao do cateter locado na zona pulmonar III; abaixo, ampliao da artria pulmonar e

    a curva de presso. Observe esquerda, o cateter no est insuflado e a curva de presso igual a

    do ventrculo esquerdo; direita, o balonete foi insuflado e a curva est amortecida, correspondendo

    curva da artria pulmonar ocluda ou capilar pulmonar (retirado de:

    http://www.fotosearch.com/photos-images/swan-ganz.html).

    71 Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores.

  • Vamos rever as curvas do monitor multiparamtrico conforme a passagem

    do cateter de Swan Ganz (Figura 49).

    Figura 49. Ilustrao das curvas de presso durante a passagem do cateter de Swan Ganz (retirado

    de: http://drhowellnet.blogspot.com/2008/04/what-is-swan-ganz-catheterization.html).

    Aps a passagem do cateter, fixao da bainha protetora e curativo da

    insero; vamos proceder a conexo ao monitor dependendo do tipo de cateter

    utilizado.

    Ao utilizar o cateter mais simples com quatro vias, conectamos apenas ao

    monitor multiparamtrico, que proporciona a medida contnua das presses; o dbito

    cardaco, ndice cardaco e demais aferies so realizadas manualmente por meio

    da termodiluio, ou seja, infuso de soro gelado para a medida do dbito cardaco.

    Em geral, a medida do dbito realizada uma vez ao dia, ou, em pacientes mais

    graves, a cada planto.

    72 Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores.

  • Ao utilizar o cateter de sete vias, conectamos ao monitor multiparamtrico

    (vias de presses), assim mensuramos as presses PVC, PAP, CP e tambm a um

    monitor prprio, chamado de Vigilance (vias de termistor, saturao contnua),

    por meio deste monitor que vamos obter a mensurao do dbito cardaco, ndice

    cardaco e saturao venosa mista continuamente, necessitando apenas de uma

    calibrao do aparelho diria, para manter a monitorizao fidedigna por 24 horas

    (Figura 50).

    Figura 50. Monitor Vigilance (MACHADO, DARCO e LASELVA, 2003).

    Na tabela a seguir vamos conhecer os valores normais das presses

    medidas pelo cateter de Swan Ganz, e suas possveis alteraes:

    73 Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores.

  • Tabela 11. Presses do Cateter de Swan Ganz e suas possveis alteraes

    Presses Valores normais

    Alteraes

    Presso do trio Direito (PAD)

    2 a 8 mmHg

    Valores menores que 2 mmHg, podem estar

    associados hipovolemia, vasodilatao perifrica

    ou aumento da contratilidade miocrdica.

    Presses elevadas do AD podem indicar aumento

    do volume sanguneo causado por vasoconstrio

    perifrica ou sobrecarga de volume, falncia do

    ventrculo direito (VD), insuficincia tricspide,

    tamponamento cardaco, embolia pulmonar e

    doena obstrutiva crnica (DPOC).

    Presso do Ventrculo Direito (PVD)

    Sistlica:

    15 a 30 mmHg

    Diastlica:

    2 a 8 mmHg

    Aumentada por hipoxemia, sndrome da angustia

    respiratria aguda (SARA), embolia pulmonar,

    doena obstrutiva crnica (DPOC), sobrecarga da

    vasculatura pulmonar secundria disfuno do

    ventrculo esquerdo.

    Presso da Artria Pulmonar (PAP)

    Sistlica:

    igual

    sistlica do VD

    Diastlica:

    4 a 12 mmHg

    Mdia:

    7 a 18 mmHg

    A queda da PAP pode indicar hipovolemia.

    Um aumento da PAPS indica aumento do fluxo

    sanguneo, que pode ser causado por um shunt

    atrioventricular ou aumento da resistncia ao fluxo

    sanguneo, causado por pericardite, hipertenso

    pulmonar, doena da valva mitral, hipoxemia,

    falncia de VE. Um aumento da PAPD observado

    em pacientes com doena do parnquima

    pulmonar, embolia pulmonar e taquicardia.

    Presso de Artria Pulmonar Ocluda (POAP) ou Presso de Capilar Pulmonar (CAP)

    8 a 12 mmHg

    A diminuio da PAOP indica hipovolemia.

    Presses elevadas so causadas por sobrecarga de

    volume, falncia do VE, estenose ou insuficincia

    mitral, diminuio da complacncia ventricular,

    tamponamento cardaco ou derrame pericrdico.

    74 Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores.

  • Na tabela a seguir veremos o comportamento das diferentes variveis

    hemodinmicas, obtidas por meio do cateter de Swan Ganz, nos diferentes estados

    de choque circulatrio (PEREIRA JR, MARSON, OSTINI et al 1998).

    75 Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores.

  • Aps a passagem do cateter e conexo das diferentes vias ao monitor,

    necessria a realizao de raios X de controle, para checar complicaes

    relacionadas puno venosa profunda e o posicionamento da extremidade distal

    do cateter (Figura 51).

    Figura 51. Raios X de trax evidenciando o cateter de Swan Ganz. (Observe o cateter no centro do

    trax, fazendo a curva e bem locado na artria pulmonar) (adaptado de arquivo pessoal).

    Alguns fatores tcnicos podem interferir nas medidas de presso, tais como:

    - Posio de referncia zero inadequada (posio do zero fora do eixo

    feblosttico, interferindo na leitura e produzindo valores errneos).

    - Bolhas de ar no sistema e ocluso ou mau posicionamento (leva a um

    amortecimento da curva de presso).

    - No visualizo curva de presso (transdutor no est em posio correta ou

    sistema de monitorizao incorreto).

    76 Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores.

  • 77

    Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores.

    - Alteraes dos valores (podem ocorrer pela falta de calibrao do

    aparelho).

    As possveis complicaes do cateter de Swan Ganz esto relacionadas ao

    acesso venoso profundo, introduo do cateter da artria pulmonar e a permanncia

    do cateter. Estas complicaes podem ser descritas pelas diferentes fases do

    procedimento.

    Tabela 12. Complicaes da cateterizao da artria pulmonar

    Insero do introdutor

    Posicionamento do CAP

    Permanncia do CAP Retirada do

    CAP e Introdutor

    Pneumotrax Hemotrax Hematoma Puno arterial Embolia gasosa Mau

    posicionamento

    Arritmia Leses estruturais

    Mau posicionamento

    Arritmia

    Infeco

    Trombose/ embolia

    Endocardite

    Infarto pulmonar Rotura do balo, ventrculo

    direito e da artria pulmonar

    Hemorragia Pseudo-aneurisma da artria

    pulmonar

    Embolia gasosa Medidas e interpretaes

    errneas

    Arritmia Leses estruturais

    Ns

    Embolia gasosa Quebra do cateter

  • Determinao do Dbito Cardaco

    O dbito cardaco pode ser mensurado de duas formas:

    Com o cateter de quatro vias por termodiluio, onde o termistor na parte distal do cateter detecta a velocidade e quantidade de lquido, com temperatura

    diferente da do sangue, que passa pela ponta do cateter, ou seja, o mtodo da

    termodiluio usa a diferena de temperatura entre o fluido injetado e a temperatura

    basal do paciente, assim um lquido injetado na via proximal com temperatura abaixo

    da temperatura do sangue, passa pelo sensor que fica na ponta do cateter, fica

    registrada a velocidade com que o fluxo passou, determinando o dbito cardaco.

    O mtodo de termodiluio ser tanto mais exato e confivel quanto maior

    for o diferencial de temperatura entre o paciente e o injetado. Em geral, esta tcnica

    utiliza-se soro gelado abaixo de 15C (Figura 52).

    Figura 52. A esquerda recipiente para manter soluo gelada. Ao centro a visualizao da soluo

    gelada acomodada no recipiente. direita a infuso da soluo pela seringa com sistema fechado

    (retirado de http://www.unifesp.br/denf/NIEn/hemodinamica/pag/debitocardiacocontinuo.htm).

    78 Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores.

  • Antes de iniciar as medidas do dbito cardaco deve-se colher gasometria

    arterial, gasometria venosa mista da via distal do cateter de artria pulmonar e

    lactato venoso misto. Neste mtodo devero ser realizadas trs medidas de dbito

    cardaco, os valores devem oscilar no mximo 10%, consideramos o dbito cardaco

    mdio das trs medidas (Figura 53). Esta medida deve ser realizada sempre no final

    da expirao (MACHADO, DARCO e LASELVA, 2003).

    Note as trs medidas de dbito

    cardaco.

    Figura 53. Ilustrao da tela do monitor multiparamtrico, com as trs medidas de dbito

    cardaco (http://www.unifesp.br/denf/NIEn/hemodinamica/pag/debitocardiacocontinuo.htm).

    Com o cateter de sete vias a medida do dbito cardaco ocorre por sistema especial que realiza a medida de forma contnua por meio do monitor Vigilance.

    Ao ligar este monitor, a primeira tela questiona sobre o paciente (novo ou

    mesmo paciente), ao optar por novo paciente todas as informaes do paciente

    anterior so apagadas. Caso haja uma desconexo acidental dos cabos ao paciente

    atual ou perda de energia, opte por mesmo paciente, assim todos os dados sero

    mantidos.

    Agora se inicia a calibrao do equipamento, devem-se informar nveis de

    hemoglobina, gasometria venosa mista colhida da via distal do cateter de artria

    pulmonar, gasometria arterial. Todos estes dados so inseridos no monitor, seguindo

    os passos da calibrao, que aparecem na tela do monitor.

    79 Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores.

  • Aps a calibrao, na tela do monitor teremos os valores de dbito cardaco,

    saturao venosa mista, ndice cardaco, indicador de qualidade do sinal (ISQ) que

    deve permanecer entre 1 e 2, valores maiores significam comprometimento da

    leitura (Figura 54).

    80 Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores.

    Saturao Venosa Mista

    Dbito Cardaco

    ISQ

    ndice Cardaco

    Figura 54. Monitor Vigilance (adaptado de: http://www.adhb.govt.nz/achicu/unit_equipment.htm).

    Cuidados de Enfermagem 9 Auxiliar o mdico no procedimento de cateterizao da artria pulmonar,

    preparando o material, abrindo o material estril, montagem do sistema de presso.

    Estar atento ao monitor nas alteraes da curva de presso.

    9 Atentar para a presena de sangramentos na insero do cateter. 9 Evitar o tracionamento do cateter; como os cabos so pesados, deve-se

    fix-los no leito, evitando a trao, deslocamento e perda do cateter.

    9 Evitar manipulao excessiva do cateter e possvel contaminao.

  • 81

    Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores.

    9 Trocar curativo diariamente conforme rotina da instituio, no fixar a membrana plstica protetora do cateter (fixao da membrana pode causar a

    perfurao da mesma e perda da esterilidade da extenso do cateter, perdendo a

    funo de recolocao em casos de deslocamento).

    9 Observar, anotar e comunicar: sinais flogsticos, arritmias, dbito urinrio, balano hdrico, padro respiratrio.

    9 Trocar transdutor conforme protocolo da instituio (em geral com 72h). 9 Posicionamento do zero no nvel da linha axilar mdia, com o paciente

    em decbito horizontal (posicionamento do transdutor), assim como na presso

    venosa central.

    9 Calibrar o monitor Vigilance 1 x dia (com os valores de gasometria, hemoglobina, peso e altura do paciente), para manter a medida contnua mais

    prxima da condio clnica real do paciente.

    9 O balonete somente pode ser insuflado com 1,5ml de ar (h uma seringa prpria do cateter, esta deve ser mantida durante toda a permanncia do cateter).

    9 Manter a soluo salina das presses (PAP e PVC) em bolsas pressurizadas a 300 mmHg.

    9 No utilizar o monitor Vigilance em exposio de gases anestsicos inflamveis, pode ocorrer exploso.

    ----------- FIM DO MDULO III -----------