Monitor Econômico - set/2014

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MONITOR ECONÔMICO Setembro 2014

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O Monitor Econômico é uma publicação de periodicidade mensal da Assessoria Econômica da FIEMG focado em análises de conjuntura econômica mundial, nacional e estadual e nos seus impactos sobre o setor industrial.

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Page 1: Monitor Econômico - set/2014

MONITOR ECONÔMICO Setembro 2014

Page 2: Monitor Econômico - set/2014

Índice

Cenário Internacional........... 03

•Economia Mundial ............. 04

Cenário Brasil e Minas Gerais ....................10

• Introdução.......................... 06

•PIB....................................... 07

•Produção Industrial............. 08

•Varejo.................................. 11

• Faturamento........................ 12

•Emprego.............................. 13

• Folha de Pagamento............ 15

•Produtividade...................... 17

•Crédito................................ 21

• Inflação e Juros................... 22

•Câmbio............................... 23

• Setor Externo ..................... 27

•Eleições Presidenciais ......... 28

•Confiança e Expectativas .... 30

•Projeções ............................ 31

Cenário Setorial..................... 32

•Automotivo........................ 33

•Bens de Capital .................. 34

•Construção Civil ................ 35

• Indústria Extrativa.............. 36

•Metalurgia e Siderurgia...... 37

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CENÁRIO INTERNACIONAL

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Economia Mundial

A atividade industrial segue em forte ritmo de expansão. Em agosto, o PMI da Indústria subiu para 59,0 pontos, superando as expectativas de mercado.

O mercado de trabalho, que vinha ganhando robustez nos últimos 12 meses, sentiu uma desaceleração inesperada em agosto/14, tornando improvável que o FED acelere sua programação para o aumento das taxas de juros, o que deve conter a valorização do dólar nos mercados mundiais no curto prazo.

De maneira geral, o ambiente econômico favorece as expectativas positivas de crescimento em 2014 e 2015.

Fonte: Estimativas do PIB: FMI e Tendências Consultoria *1º. Semestre/14

A inflação persiste em nível muito baixo e a taxa de desemprego em nível muito elevado, impondo dificuldades à retomada do crescimento. O PIB estagnou no 1º e 2º trimestres.

A fraqueza da atividade econômica, sobretudo da indústria, pressiona o BCE a adotar estímulos adicionais para impulsionar o crescimento, mas ainda é descartada a compra de ativos em larga escala no curto prazo.

Os conflitos geopolíticos da Ucrânia têm implicado em vulnerabilidades extras, impactando negativamente as decisões de investimento.

Os PMIs da indústria registraram uma desaceleração acentuada em agosto/14.

O arrefecimento contínuo do mercado imobiliário, de grande importância para a economia chinesa como um todo, merece especial atenção.

Nos meses de julho e agosto/14, observou-se um descompasso entre o crescimento robusto das exportações e a queda das importações. Esta última, muito relacionada à fraqueza da demanda interna.

O cenário tende para a adoção de novos pacotes de estímulos econômicos.

PIB 2013: 1,9% PIB 2014: 2,1% PIB 2015: 3,0%

PIB 2013: -0,4% PIB 2014: 0,9% PIB 2015: 1,3%

PIB 2013: 7,7% PIB 2014: 7,3% PIB 2015: 7,0%

Part. Exportações Brasil*: 11,5% Part. Exportações Brasil*: 18,9% Part. Exportações Brasil*: 21,6%

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Page 5: Monitor Econômico - set/2014

CENÁRIO BRASIL E MINAS GERAIS

Page 6: Monitor Econômico - set/2014

Introdução 6

• Foi divulgado o PIB do segundo semestre, que recuou 0,6% em relação ao trimestre anterior. O resultado veio abaixo das expectativas do mercado (0,4% apurado pela Agência Estado). O resultado do 1º trimestre também foi revisado para baixo (0,2% para -0,2%) rebaixando ainda mais a expectativa do PIB para o fechamento do ano, que está em 0,33% segundo o Boletim Focus.

• A indústria concentrou boa parte dos resultados negativos do PIB e nesse 3º trimestre a produção física já indica que não há expectativa de recuperação no curto prazo. No acumulado do ano até julho, a produção brasileira recuou 2,8% e a mineira 1,3%. A expectativa, segundo o boletim Focus, é que a produção física brasileira encerre 2014 com queda de 2% e, infelizmente, a produção física mineira está acompanhando este movimento.

• O volume de varejo no Brasil e em Minas Gerais também continua mostrando desempenho irregular, puxado pelo arrefecimento do mercado de trabalho, que tem reduzido muito o ritmo de contratação e em alguns setores industriais o saldo tem sido mês a mês negativo.

• Apesar de o IPCA no acumulado de 12 meses estar no teto da meta de inflação, dificilmente o Banco Central voltará a elevar a taxa Selic ainda este ano. Isto porque a atividade econômica está muito enfraquecida e porque embora a inflação esteja perigosamente rondando o teto da meta, a expectativa geral do mercado é que o IPCA feche 2014 um pouco abaixo dela, em 6,3%.

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Produto Interno Bruto

Fonte: IBGE e Tendências. (e) Estimativas: Tendências ¹Serviços Industriais de Utilidade Pública.

Com

aju

ste

sazo

nal

7

0,5 0,8 0,2

2,1

-0,6

0,5

-0,1 -0,6

0,5

0,0

0,1

2,6

-0,3 -0,3-1,2 -1,5

3T12 4T12 1T13 2T13 3T13 4T13 1T14 2T14

Variação Trimestral % (T0/T-1)

PIB Total PIB Indústria

• No 2º trimestre/2014, o PIB brasileiro recuou 0,6% em relação ao 1º trimestre/2014 com ajuste sazonal. Foi o segundo resultado negativo consecutivo nesta base – os dados do primeiro trimestre foram revisados para baixo (de 0,2% para -0,2%) – indicando recessão técnica.

• Pelo lado da oferta, a indústria foi a que mais contribuiu negativamente, com queda de 1,5%. Pelo lado da demanda os investimentos recuaram fortemente (-5,30%) enquanto os gastos do governo caíram 0,7%. A indústria de transformação (-2,4%), construção (-2,9%) e o SIUP1 (-1,0%) provocaram o resultado negativo da indústria no período.

• A Copa do Mundo foi responsável por parte do fraco desempenho no 2º trimestre, no entanto a atividade econômica vem perdendo dinamismo desde o início do ano e não há sinais claros de recuperação para o terceiro trimestre, ainda mais com as incertezas que cercam o cenário político.

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1,9%2,3% 1,9%

1,4%2,0%

0,2%

-0,6%-1,2%

jul-13 set-13 nov-13 jan-14 mar-14 mai-14 jul-14

Indústria Geral (% 12 meses)

Produção Industrial

Fonte: PIM-PF IBGE.

8

-3,4% -3,3% -3,4% -3,6%-1,6%

0,5%1,9%2,6% 3,0% 2,6% 2,0% 2,4%

0,2%-1,6%

jul-13 set-13 nov-13 jan-14 mar-14 mai-14 jul-14

Ind. Extrativa e de Transformação (% 12 meses)

Ind. Extrativa Ind. Transformação

*Com ajuste sazonal

Jul/14-Jun/14* 0,7%Jul/14-Jul/13 -3,5%

• A produção industrial brasileira recuou pelo terceiro mês consecutivo no acumulado de 12 meses. O resultado foi influenciado pela indústria de transformação, tendo em vista que a indústria extrativa obteve crescimento nessa base de comparação.

• O principal destaque negativo na indústria de transformação tem sido o setor de veículos e caminhões, que tem forte representatividade na atividade econômica nacional.

• Este setor vem sofrendo com o embargo argentino às importações de veículos do Brasil. A queda nas vendas nacionais ocorre devido à redução da oferta de crédito, aliada ao aumento na taxa de juros de mercado e ao crescimento da inadimplência.

• No acumulado de julho de 2014 o resultado da produção na indústria nacional continua negativo (-2,8%), sem perspectiva de reversão até o final do ano.

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3,4%1,9%

0,6%

-1,1%

0,6%

-0,7% -1,4% -1,7%

jul-13 set-13 nov-13 jan-14 mar-14 mai-14 jul-14

Indústria Geral (% 12 meses)

Produção Industrial

Fonte: PIM-PF IBGE.

9

-0,6% -1,0% -1,3% -3,4%-0,1%

0,9% 0,9% 1,3%4,6% 2,8% 1,2% -0,4% 0,8%

-1,2% -2,2% -2,7%

jul-13 set-13 nov-13 jan-14 mar-14 mai-14 jul-14

Ind. Extrativa e de Transformação (% 12 meses)

Ind. Extrativa Ind. Transformação

*Com ajuste sazonal

Jul/14-Jun/14* 0,5%Jul/14-Jul/13 -3,6%

• Em Minas, a produção industrial também tem recuado continuamente no acumulado dos últimos 12 meses. No acumulado do ano até julho, o recuo foi de 3,7%.

• A maior redução foi verificada no setor de veículos automotores. A queda na demanda nacional e nas exportações elevaram o nível de estoques, reduzindo a produção em 2014.

• A produção da indústria extrativa do estado continua positiva. O incremento na demanda asiática por minério de ferro explicam este desempenho.

• A incerteza política relacionada ao quadro eleitoral, a instabilidade dos estoques, e a baixa confiança empresarial estão adiando as perspectivas de recuperação do setor produtivo industrial, que não deve crescer este ano.

Page 10: Monitor Econômico - set/2014

Produção Industrial

Fonte: IBGE

Destaques Setoriais (% acum. 12 meses – Jul/14 )

10

Máquinas para Escritório e Equip. Informática 7,7%

Material eletrônico e de comunicações 5,3%

Perfumaria, sabões e produtos de limpeza 4,5%

Refino de petróleo e álcool 2,5%

Farmacêutico 0,6%

BRASIL

Máquinas e Equipamentos 9,8%

Alimentos 4,9%

Refino de petróleo e álcool 3,3%

Fumo 2,8%

Celulose, papel e produtos de papel 2,6%

MINAS GERAIS

Máquinas, aparelhos e materiais elétricos -4,3%

Têxtil -4,3%

Fumo -6,6%

Produtos de metal, excl. máquinas e equipame -7,8%

Veículos Automotores -10,2%

Metalurgia Básica -1,1%

Outros produtos químicos -1,2%

Têxtil -4,8%

Produtos de metal, excl. máquinas e equip. -11,3%

Veículos Automotores -17,8%

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Vendas no Varejo

Fonte: PMC IBGE (1) PMC Ampliado: inclui material construção e automóveis. *Com ajuste sazonal

11

Dados: Julho Brasil Minas Gerais

Total (Jul/14 - Jul/13) -0,9% 0,2%

Total Ampliado (Jul/14 - Jul/13) -4,9% -4,3%

Total (Acum. 12m) 4,3% 2,6%

Total Ampliado (Acum. 12m) 1,1% -1,7%

5,4% 4,3%

5,8%

1,1%

jul-13 set-13 nov-13 jan-14 mar-14 mai-14 jul-14

Pesquisa Mensal do Comércio (% 12 meses)

Total BR Total Ampliado BR

2,1% 2,6%

3,1%

-1,7%Total MG Total Ampliado MG

• O volume de vendas no varejo nacional caiu em junho/14 na comparação com julho/13, em função dos reflexos residuais dos recessos causados pela Copa do Mundo. As vendas de livros e assemelhados, de móveis e eletrodomésticos foram as que mais recuaram.

• Em Minas, o resultado fracamente

positivo foi provocado pelo aumento nas vendas de outros artigos de uso pessoal e doméstico.

• No total ampliado, que inclui materiais de construção e automóveis, setores que vêm amargando resultados negativos, houve recuo, tanto em âmbito nacional quanto estadual (Jul14xJul13).

• Há expectativas de melhora até o final do ano no setor varejista em função do último trimestre ser sazonalmente favorável para o comércio em geral.

Page 12: Monitor Econômico - set/2014

Faturamento

• A tendência de queda no faturamento real se acentuou ainda mais em julho.

• O resultado nacional que acumulava crescimento nos últimos 12 meses até junho, em julho passou a registrar índice negativo.

• Em Minas Gerais o recuo no

faturamento ainda é mais acentuado que no Brasil, em função da sua estrutura setorial.

• Na comparação com o mesmo mês do ano anterior o setor de veículos mostrou desempenho negativo tanto em Minas (-20,7%) quanto no Brasil (-17,2%).

• Vale ressaltar que a indústria extrativa mineira embora esteja produzindo mais este ano, com a queda no preço internacional do minério de ferro, o faturamento está recuando 13,73% no acumulado de 2014.

Fonte: CNI e Fiemg

12

Indústria de Transformação (Var.%)

Período Jul-14 Jul-13

Jan a Jul-14 Jan a Jul-13

Brasil -5,1% -1,7%

Minas Gerais -11,8% -7,1%

3,7 4,1 3,8 4,0 2,30,8 -0,1

2,01,0 -0,1 0,1

-3,1-5,0

-5,9

ago/

13

set/

13

out/

13

nov/

13

dez/

13

jan/

14

fev/

14

mar

/14

abr/

14

mai

/14

jun/

14

jul/1

4

Faturamento Ind. Transformação (% 12 meses)

Page 13: Monitor Econômico - set/2014

Emprego 13

• O emprego industrial continua registrando desaceleração, influenciado pela confiança reduzida dos empresários, que postergam ou desistem de investimentos, impedindo novas contratações. Em julho o pessoal ocupado na indústria recuou em relação a junho (-0,7%), quarta taxa negativa consecutiva nesta comparação, e em relação a julho de 2013 (-3,6%), acumulando quedas no ano (-2,6%) e nos últimos 12 meses (-2,2%).

• As paralisações dos servidores do IBGE permanecem impossibilitando a publicação completa da Pesquisa Mensal de Emprego (PME). A taxa de desemprego da RMBH foi de 4,3% em julho/14, registrando pela segunda vez consecutiva, estabilidade na comparação mensal (junho/14) e anual (julho/13). No entanto, a população ocupada na indústria reduziu 8,1% frente a julho de 2013, consequência da demissão de 35.000 pessoas. O resultado vem em consonância com os indicadores nacionais. Segundo o Caged, a indústria no Brasil fechou vagas pelo quinto mês consecutivo (redução de 4.111 postos de trabalho na indústria de transformação em agosto).

Fonte: PIMES, PME – IBGE e Caged - MTE. RMBH = Região Metropolitana de Belo Horizonte

-1,4

0,0 2,3

-0,4

2,8

-4,8

1,8

-0,8-2,6

-0,5-1,1

4,8

1,6

4,7

-6,5

3,4

-0,1

-1,8

Emprego Industrial (%)(Acumulado no ano)

Page 14: Monitor Econômico - set/2014

Saldo de Emprego

Fonte: PIM – PF e PIMES IBGE. Produtividade = Produção Física/Horas Pagas na Produção

Destaques Setoriais (Saldo acumulado no ano – Ago/14)

14

Serviços Especializados para Construção 39.394

Construção de Edifícios 31.854

Obras de Infra-Estrutura 17.284

Coque e Combustíveis 13.329

Couro e Calçados 10.559

BRASIL

Equipamentos de Informática -4.299

Bebidas -4.959

Produtos de Metal -6.788

Máquinas e Equipamentos -7.127

Veículos Automotores -28.052

Serviços Especializados para Construção 6.341

Alimentos 6.332

Couro e Calçados 4.427

Construção de Edifícios 2.827

Coque e Combustíveis 1.938

MINAS GERAIS

Bebidas -359

Máquinas e Equipamentos -376

Metalurgia -1.506

Veículos Automotores -2.895

Obras de Infra-Estrutura -2.933

Page 15: Monitor Econômico - set/2014

Folha de Pagamento Real por Trabalhador

Fonte: PME e PIMES IBGE.

15

5,0% 4,9%3,5%

2,8% 2,8% 2,6% 2,6% 2,3%

Folha de Pagamento Real por Trabalhador Indústria Geral (% 12 meses)

4,9% 2,9%

1,7%

4,9%

2,6%

2,3%

Folha de Pagamento Real por Trabalhador(% 12 meses)

Ind. Extrativa Ind. Transformação

• A folha de pagamentos real da indústria já sinaliza deterioração em julho/14, em conformidade com a piora do mercado de trabalho. No acumulado em 12 meses, o resultado é o menor desde outubro/2010 (2,2%). No ano, a variável expandiu 3,3%, ritmo mais moderado do que nos últimos três anos.

• Apesar da expectativa de retomada da produção, ainda que branda, os empresários não devem conseguir mais conter as demissões, principalmente em setores intensivos em mão de obra. Este cenário é explicado pelos resultados negativos nas horas pagas. Entre os setores que lideram as demissões destacam-se aqueles que mais sofrem com a concorrência de produtos importados ou dependem de exportações.

• Com menos vagas e mais pessoas à procura de trabalho, a tendência é de redução nos reajustes salariais.

Page 16: Monitor Econômico - set/2014

Folha de Pagamento Real por Trabalhador

Fonte: PME e PIMES IBGE

16

3,3% 3,6%

2,3% 2,7% 2,5% 2,8%2,2% 1,8%

Folha de Pagamento Real por Trabalhador Indústria Geral (% 12 meses)

-4,5%

6,5% 5,9%4,2%

1,7% 1,3%

Folha de Pagamento Real por Trabalhador (% 12 meses)

Ind. Extrativa Ind. Transformação

• Em Minas gerais, a folha de pagamentos real também começa a sinalizar desaceleração em resposta ao arrefecimento contínuo do mercado de trabalho.

• No acumulado em 12 meses até julho/14, os setores que registraram as maiores quedas foram os de borracha e plástico (-4,3%), máquinas e equipamentos (-2,6%), meios de transporte (-1,6%) e produtos de metal (-0,4%).

• Nos primeiros cinco meses do ano a renda não apresentou movimento de queda persistente, apesar do cenário adverso do emprego, em razão dos custos elevados para demitir e treinar novos trabalhadores e da concorrência por funcionários entre setores mais dinâmicos, como o de serviços. No entanto, os empresários vêm acelerando as demissões diante do ambiente de incerteza da retomada na produção e das eleições.

Page 17: Monitor Econômico - set/2014

Produtividade

Fonte: PIM – PF e PIMES IBGE. (Produtividade = Produção Física/Horas Pagas na Produção)

17

3,1% 3,3% 3,1% 2,7% 3,4%2,2% 1,7% 1,4%

jul-13 set-13 nov-13 jan-14 mar-14 mai-14 jul-14

Indústria Geral (% 12 meses)

-5,9%

2,1% 3,1%3,9%

1,5% 1,0%

Ind. Extrativa e de Transformação (% 12 meses)

Ind. Extrativa Ind. Transformação

Geral Extrativa Transformação

Acumulado no ano 0,4% 6,1% -0,4%Acumulado 12 meses 1,4% 3,1% 1,0%Jul/14 - Jul/13 0,7% 8,2% -0,4%

Indústria

Brasil

Julho/14• Em julho/14, a produtividade industrial

no Brasil continuou a apresentar baixo crescimento no acumulado de 12 meses, com a menor taxa registrada no ano.

• A queda mais acentuada nas horas pagas (-2,6%) juntamente com a redução na produção industrial (-1,2%) justifica a trajetória da produtividade, a qual vem apresentando arrefecimento no crescimento desde abril/14.

• Na indústria extrativa, a produtividade segue em ascensão, após queda em abril/14, enquanto a indústria de transformação acumulou fraco aumento no indicador pelo quarto mês consecutivo.

• No acumulado dos últimos 12 meses, os setores com destaque positivo na produtividade da indústria de transformação foram: refino de petróleo e álcool (7,2%) e calçados e couro (6,7%).

Page 18: Monitor Econômico - set/2014

Produtividade 18

3,3%

2,2%1,6% 0,3%

2,1%

1,4%0,9% 0,8%

jul-13 set-13 nov-13 jan-14 mar-14 mai-14 jul-14

Indústria Geral (% 12 meses)

-1,1%

2,2% 2,7%4,5%

0,3% -0,1%

Ind. Extrativa e de Transformação (% 12 meses)

Ind. Extrativa Ind. Transformação

Geral Extrativa Transformação

Acumulado do ano 1,3% 7,4% -0,6%Acumulado 12 meses 0,8% 2,7% -0,1%Jul/14 - Jul/13 -0,4% 5,3% -2,0%

Indústria

Minas Gerais

Julho/14

• Desde maio/14, o indicador de produtividade de Minas segue em trajetória descendente no acumulado em 12 meses.

• A dinâmica de redução na produtividade foi motivada pela permanência da queda nas horas pagas (-2,5%) e da produção industrial (-1,7%), no acumulado de 12 meses.

• Ainda no acumulado em 12 meses, a indústria de transformação registrou inversão na trajetória, com o primeiro índice negativo desde setembro/12, comprometendo seriamente o dinamismo industrial no estado.

• A produtividade da indústria extrativa avançou no período analisado, com elevação de 2,7%.

• Os setores de meio de transportes (-13,9%) e produtos de metal (-10,9%) obtiveram o pior desempenho no período.

Fonte: PIM – PF e PIMES IBGE. (Produtividade = Produção Física/Horas Pagas na Produção)

Page 19: Monitor Econômico - set/2014

Produtividade e Folha de Pagamentos*

Fonte: PIM – PF e PIMES IBGE. Produtividade = Produção Física/Horas Pagas na Produção *Folha de Pagamento Real por Trabalhador

19

Acumulado 12 meses (até jul/14)

3,3%

1,4%

5,0%

2,3%

2013 2014

Indústria Geral

Produtividade Folha de Pagamento*

-4,4%

3,1%

4,9%

1,7%

2013 2014

Indústria Extrativa

Produtividade Folha de Pagamento*

4,1%

1,0%

4,9%

2,3%

2013 2014

Ind. de Transformação

Produtividade Folha de Pagamento*

Page 20: Monitor Econômico - set/2014

Produtividade e Folha de Pagamentos*

Fonte: PIM – PF e PIMES IBGE. Produtividade = Produção Física/Horas Pagas na Produção *Folha de Pagamento Real por Trabalhador

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Acumulado 12 meses (até jul/14)

0,8% 0,8%

3,3%

1,8%

2013 2014

Indústria Geral

Produtividade Folha de Pagamento*

-2,8%

2,7%

-4,5%

5,9%

2013 2014

Indústria Extrativa

Produtividade Folha de Pagamento*

1,9%

-0,1%

4,2%

1,3%

2013 2014

Ind. de Transformação

Produtividade Folha de Pagamento*

Page 21: Monitor Econômico - set/2014

54,855,1 55,0

54,755,1

56,155,8 55,7

56,0 56,0 56,156,3

56,1

jul/13 set/13 nov/13 jan/14 mar/14 mai/14 jul/14

Crédito (% do PIB)

Crédito

Fonte: Banco Central do Brasil

R$2,76 bi

21

Distribuição das Operações de Crédito (Jul/14)

53,1%

46,9%

P. Jurídicas

P. Físicas

53,5%

46,5%

Livre

Direcionado

3,5 3,4 3,4 3,4 3,3 3,1 3,2 3,3 3,3 3,3 3,5 3,4 3,5

7,2 7,0 7,0 6,8 6,6 6,7 6,6 6,5 6,5 6,5 6,7 6,5 6,6

jul/13 set/13 nov/13 jan/14 mar/14 mai/14 jul/14

Taxa de Inadimplência (%)(Carteira de Recursos Livres)

Pessoa Jurídica

Pessoa Física

• O crédito estacionou em 56% do PIB desde março/14, variando marginalmente desde então e perdendo o dinamismo observado no ano passado. Há uma contração no lado da demanda, desestimulada pela elevação da inflação, pela queda dos níveis de confiança dos consumidores e pelo arrefecimento do mercado de trabalho. Do lado da oferta, a deterioração da atividade econômica tem reduzido a exposição ao risco das instituições financeiras.

• O enfraquecimento do crédito deu respaldo a um conjunto de medidas anunciadas pelo Banco Central visando estimular as operações. No entanto, os seus efeitos devem ser sentidos no médio e longo prazos, tendo em vista a evolução fraca do cenário macroeconômico e os sinais de elevação da inadimplência.

Page 22: Monitor Econômico - set/2014

Inflação e Juros

Fonte: Banco Central do Brasil e IBGE

22

6,1% 5,8%5,9%

5,7%6,3% 6,5% 6,5%

8,4%

9,3%9,9%

10,4%10,9% 10,9% 10,9%

6,0%

7,0%

8,0%

9,0%

10,0%

11,0%

12,0%

13,0%

3,0%

3,5%

4,0%

4,5%

5,0%

5,5%

6,0%

6,5%

7,0%

ago/13 out/13 dez/13 fev/14 abr/14 jun/14 ago/14

Selic

anu

aliza

da (

%)

IPCA

e M

etas

de

Infla

ção

IPCA 12m Teto da Meta Centro da Meta Selic

Jul/14 Ago/14

Despesas Pessoais 9,25% 8,92%

Educação 8,46% 8,20%

Habitação 8,12% 8,52%

Artigos de Residência 8,33% 7,88%

Alimentação e Bebidas 7,70% 7,53%

Saúde e Cuidados Pessoais 7,08% 7,03%

Vestuário 4,90% 4,66%

Transporte 3,34% 3,74%

Comunicação -0,58% -0,50%

IPCA (% 12 meses)

• O IPCA de agosto/14 variou 0,25%, ficando bem acima da taxa de 0,01% de julho. O índice acumulado em 12 meses está em 6,51% e continua atingindo o teto da meta de inflação (6,5%). A principal contribuição para a aceleração do índice veio do grupo de transportes, com aumento de 0,33%, sendo que parte desta aceleração é atribuída às passagens aéreas, que tiveram alta de 10,16%, enquanto haviam registrado queda de 26,86% em julho.

• Para os próximos meses, a expectativa é de aceleração da inflação, mas em ritmo mais moderado em relação ao primeiro semestre. A maior chance de derrota do governo atual nas eleições presidenciais indica a possibilidade de desvalorização do dólar frente ao Real no final de 2014, o que impõe pressões baixistas aos bens comercializáveis.

Page 23: Monitor Econômico - set/2014

2,342,27

2,192,29 2,34 2,38 2,38

2,332,23 2,22 2,23 2,22 2,27

ago-13 out-13 dez-13 fev-14 abr-14 jun-14 ago-14

Taxa Média Mensal de Câmbio (R$/US$)

Câmbio

Fonte: Banco Central do Brasil e XE.com (e) Estimativas: Relatório Focus Banco Central do Brasil

Fim de Período: 2014(e): 2,30 2015(e): 2,45

23

• No mês de agosto/14, a taxa de média de câmbio apresentou leve alta em relação ao mês anterior, em função da ocorrência de novo déficit no fluxo cambial no período.

• Para o fechamento de 2014, as projeções da taxa de câmbio continuam vinculadas ao resultado das eleições. O mercado associa à vitória do governo atual a uma taxa de câmbio mais valorizada e à vitória da oposição a uma desvalorização do dólar.

• Apesar de haver alguma expectativa dos mercados quanto à perspectiva de eleição de um candidato de oposição, as entradas de dólares ainda são contidas.

Page 24: Monitor Econômico - set/2014

Setor Externo - Balança Comercial

Fonte: Secex – MDIC (e) Estimativas: Relatório Focus Banco Central do Brasil

Balança Comercial – US$ Bilhões

Saldo Comercial: 2014(e): 2,4 bi 2015(e): 9,0 bi

24

21,42

22,82 20,85

15,93

19,72

20,47

20,47 20,20 23,05

18,19

18,06

19,22

18,10

19,30

1,22 2,14 1,74 -4,06

0,11 0,71 1,57 1,17

ago/13 out/13 dez/13 fev/14 abr/14 jun/14 ago/14

Balança Comercial Brasileira (US$bilhões)

Exportação Importação Saldo Balança

Brasil Exportação Importação Saldo

Agosto/14 20,5 19,3 1,2

Agosto/13 20,8 22,7 -1,9

Acum. 2014 154,0 153,8 0,2

Acum. 2013 156,7 160,4 -3,8

• O Brasil obteve novo superávit na balança comercial, alcançando US$ 1,2 bilhão em agosto/14, em oposição ao déficit registrado há um ano. O resultado foi influenciado por artifício contábil, envolvendo a venda de uma plataforma da Petrobras para uma subsidiária da própria empresa no exterior no valor de US$1,1 bilhão.

• Embora as exportações tenham apresentado queda de 1,44% quando comparado a agosto/2013, a redução de 14,9% das importações também contribuiu para o resultado positivo no mês.

• Os resultados do acumulado do ano, especialmente para as importações, refletem o arrefecimento da atividade econômica e a perda de competitividade brasileira.

• Segundo o Boletim Focus do Bacen, a expectativa de mercado é de superávit comercial de US$ 2,4 bilhões em 2014.

Page 25: Monitor Econômico - set/2014

Setor Externo - Balança Comercial

Fonte: Secex – MDIC

25

U$S Bilhões

Ago14 2014 ¹ 2013 ¹ Ago/14 2014 ¹ 2013 ¹ Ago/14 2014 ¹ 2013 ¹

Alimentos 3,9 26,7 27,8 0,5 4,2 4,0 3,4 22,5 23,7Extração de Minerais Metálicos 2,2 19,8 21,8 0,1 0,8 0,8 2,1 19,0 21,0Metalurgia 1,5 5,8 6,2 0,5 5,0 4,7 1,0 0,8 1,6Outros Equipamentos de Transporte 1,5 12,0 11,4 0,8 6,4 6,2 0,7 5,6 5,2Papel e Celulose 0,6 4,8 4,7 0,2 1,2 1,3 0,4 3,6 3,5

Produtos Químicos 0,9 6,7 7,1 3,5 23,5 23,9 -2,6 -16,7 -16,8Equipamentos Eletroeletrônicos 0,1 1,1 1,3 2,1 18,1 18,5 -2,0 -17,1 -17,2Máquinas e Equipamentos 0,8 6,7 7,0 2,3 19,0 21,1 -1,5 -12,3 -14,1Coque e Combustível 0,5 3,8 4,2 1,5 13,5 14,0 -1,0 -9,7 -9,8Veículos Automotores 0,1 1,1 1,1 0,8 6,0 6,3 -0,6 -4,9 -5,2Balança Comercial Industrial 16,7 122,2 125,4 18,8 150,4 156,7 -2,1 -28,2 -31,3

Maiores Superávit

Maiores Déficit

SetorExportação Importação Balança Comercial

¹Acumulado até Agosto.

• Os setores que se destacam entre os mais superavitários e mais deficitários têm se mantido nos últimos meses, alterando apenas o desempenho mês a mês.

• Em agosto/14, assim como em julho, o setor de alimentos foi o mais superavitário do Brasil, embora o seu saldo acumulado até este mês tenha sido cerca 5% menor do que o registrado no mesmo período de 2013.

• Dentre os setores mais deficitários, destaca-se o resultado do setor de Veículos Automotores, que apresentou um déficit acumulado menor do que o registrado no mesmo período de 2013. Isto reflete a queda da demanda interna de veículos que comprometeu também as vendas dos importados.

Page 26: Monitor Econômico - set/2014

Setor Externo - Exportações

Fonte: Secex – MDIC

26

Minas Gerais Básicos Semimanufaturados Manufaturados T O T A L

Jul/14 (US$bi) 1,6 0,6 0,5 2,6

Jul/14 - Jul/13 (%) -17,0% 7,1% 3,1% -9,1%

Acumulado do Ano (US$bi)¹ 11,4 3,1 3,1 17,6

Acum. 2014/Acum. 2013 (%)¹ -6,0% -11,9% -5,0% -6,9%

¹ Com ajuste sazonal.

• As exportações mineiras novamente registraram queda, em função do forte recuo no desempenho do setor de produtos básicos.

• O setor de semimanufaturados interrompeu uma sequência de 6 quedas consecutivas e contribuiu de forma decisiva para que o recuo não fosse mais forte.

• Além do resultado mensal negativo, no acumulado do ano, o desempenho das exportações mineiras também ficou abaixo das exportações de 2013. Até julho, as exportações de 2014 foram inferiores às de 2013 em 6,9%.

Page 27: Monitor Econômico - set/2014

Setor Externo

Fonte: Banco Central do Brasil (e) Estimativas: Relatório Focus Banco Central do Brasil

• Os fluxos cambiais negativos de julho e agosto/14 colaboraram com o nivelamento das reservas internacionais em US$379 bilhões nestes meses, mesmo patamar de maio/14.

• O fluxo financeiro e comercial encerraram o mês de agosto/14 com déficit de US$1,0 bilhão e US$2,0 bilhões, respectivamente.

• O volume de investimentos estrangeiros de julho/14 exibiu recuperação em relação ao mês de maio/14, saindo de US$3,9 bilhões para US$5,9 bilhões. No entanto, não foi capaz de superar o déficit em transações correntes (US$6,0 bilhões).

• As incertezas relacionadas ao cenário eleitoral têm mantido contidas as entradas de dólares no país.

2014(e): 60 bi 2015(e): 57,7 bi

27

373

376 377 376 376 375 377 377 378 379

381 379 379

Reservas Internacionais (US$ bilhões)

5,23,8

4,85,4

8,3

6,55,1

4,15,0 5,2

6,0

3,9

5,9

jul/13 set/13 nov/13 jan/14 mar/14 mai/14 jul/14

Investimento Estrangeiro Direto (IED)(US$ bilhões)

Page 28: Monitor Econômico - set/2014

Eleições Presidenciais 28

Fonte: Datafolha, 10/09/2014.

3435

36

34 3433

1514

15

29/ago 03/set 08/set

Intenções de voto para o primeiro turno (%)

Dilma (PT) Marina (PSB) Aécio (PSDB)

Page 29: Monitor Econômico - set/2014

Eleições Presidenciais 29

Fonte: Datafolha, 10/09/2014.

47

43

Marina (PSB) Dilma (PT)

Intenções de voto para o segundo turno (%): Dilma x Marina

49

38

Dilma (PT) Aécio (PSDB)

Intenções de voto para o segundo turno (%): Dilma x Aécio

54

30

Marina (PSB) Aécio (PSDB)

Intenções de voto para o segundo turno (%): Marina x Aécio

Page 30: Monitor Econômico - set/2014

• O ICEI aponta falta de confiança do empresário, tanto em Minas quanto no Brasil, pelo quinto mês consecutivo.

• Em Minas Gerais, o ICEI de agosto (42,5 pontos) mostrou relativa estabilidade em relação a julho (42,8 pontos), mas ainda está abaixo dos 50,0 pontos.

• No Brasil, apesar de ainda estar positiva (50,6 pontos), as expectativas para os próximos seis meses tem mostrado tendência de queda.

• Em Minas Gerais, os empresários estão pessimistas com relação aos próximos seis meses, conforme índice de 46,5 pontos.

30

Confiança e Expectativas

Fonte: FIEMG e CNI Indicadores variam de 0 a 100. Valores acima de 50 indicam otimismo.

48,951,6

50,2 50,8

49,9

50,5

49,3

50,1

43,8 44,0 41,9 42,8 42,5

52,554,2 53,8 54,5 54,3

53,1 52,4 52,5

49,2

48,047,5 46,4 46,540,0

45,0

50,0

55,0

60,0

ago/

13

set/

13

out/

13

nov/

13

dez/

13

jan/

14

fev/

14

mar

/14

abr/

14

mai

/14

jun/

14

jul/1

4

ago/

14

Comparativo ICEI Minas Gerais e Brasil

ICEI/MG ICEI/Brasil

58,460,8

57,4 58,1 58,0 57,6

50,8

55,2 54,454,6 54,1

47,2 46,9 46,5

58,761,5 62,0 60,9 61,4

59,6

54,4

58,2 58,2 57,2 56,4

51,7 50,6 50,6

40,0

45,0

50,0

55,0

60,0

65,0

ago/

12

out/

12

dez/

12

fev/

13

abr/

13

jun/

13

ago/

13

out/

13

dez/

13

fev/

14

abr/

14

jun/

14

ago/

14

Expectativa para os próximos seis meses

MG Brasil

Page 31: Monitor Econômico - set/2014

Projeções

Fonte: Relatório Focus Banco Central do Brasil, Fiemg e *Tendências Consultoria

31

Brasil 2014 2015

PIB (% crescimento) 0,33 1,04

Produção Industrial (% crescimento) -1,98 1,50

Comércio (%)* 3,00 2,30

Massa Salarial Real (% crescimento)* 1,80 0,51

IPCA (%) 6,29 6,29

IGP-M (%) 3,67 5,50

Taxa de câmbio - fim de período (R$/US$) 2,30 2,45

Taxa de câmbio - média do período (R$/US$) 2,28 2,41

Meta Taxa Selic - fim de período (%a.a.) 11,00 11,50

Meta Taxa Selic - média do período (%a.a.) 10,91 11,36

Dívida Líquida do Setor Público (% do PIB) 35,00 35,30

Conta Corrente (US$ bilhões) -81,60 -75,00

Balança Comercial (US$ bilhões) 2,40 9,00

Invest. Estrangeiro Direto (US$ bilhões) 60,00 57,70

Estimativas 2014 e 2015

Page 32: Monitor Econômico - set/2014

CENÁRIO SETORIAL

Page 33: Monitor Econômico - set/2014

Automotivo

Fonte: IBGE, FIEMG, CNI, ANFAVEA e Tendências Consultoria

33

Setor Desempenho Jul/2014 e Projeções

Automotivo

Produção Física Jul/20141

- Brasil: -22,8% - Minas Gerais: -16,7%

Faturamento Jul/2014¹

- Brasil: -17,2% - Minas Gerais: -20,7%

Exportações Jul/2014¹

- Brasil: -36,7%

Destaques

- Em julho, a produção nacional de autoveículos retraiu pelo quinto mês sucessivo na comparação anual. O elevado nível de estoques forçou as montadoras a diminuírem o ritmo nas linhas de montagem através da concessão de férias coletivas e de reduções na jornada de trabalho.

- O cenário de baixa confiança de empresários e consumidores, menor concessão de crédito e de recuo nas exportações para parceiros importantes justificou a queda no faturamento do setor desde março deste ano, contra igual mês de 2013.

- O licenciamento de veículos novos decresceu 8,6% no acumulado até julho deste ano, frente ao mesmo período de 2013.

- As exportações continuaram em queda, e acumularam recuo de 35,4% até julho de 2014, diante dos primeiros sete meses do ano passado.

Projeções

- O cenário para os próximos meses contempla certa melhora, possibilitada por algum avanço pós-copa, pela acomodação dos impactos dos reajustes de preços ocorridos no início do ano, pela melhora gradual nas concessões de crédito, pela dissipação das incertezas após as eleições e por certa antecipação de compras no final do ano, antes do aumento do IPI previsto para 2015.

- Ainda assim, para 2014 a perspectiva é de decréscimos de 12,8%, 6,0% e 27,0% na produção, nas vendas internas e nas exportações, respectivamente.

¹ Comparativamente a Jul/2013.

Page 34: Monitor Econômico - set/2014

Bens de Capital

Fonte: IBGE, FIEMG Index, CNI, ABIMAQ, Valor Econômico, MDIC e Tendências Consultoria

34

Setor Desempenho Jul/2014 e Projeções

Máquinas e Equipamentos

Produção Física Julho/20141

- Brasil: -7,8% - Minas Gerais: -1,4%

Faturamento1 Julho/2014

- Brasil: -10,7% - Minas Gerais: 8,0%

Exportações1 Julho/2014

- Brasil: -9,6% - Minas Gerais: -23,0%

Destaques

- A produção física brasileira de bens de capital manteve a trajetória de queda registrada nos últimos meses. O novo recuo demonstra que o crescimento de 11,5% em relação ao mês anterior não foi suficiente para reverter a tendência negativa no setor.

- O faturamento mais uma vez foi negativo, ainda influenciado pela Copa, dado que o torneio se encerrou apenas na segunda quinzena do mês. Destaca-se o bom resultado do setor para Minas Gerais, que observou alta, após dois meses de queda.

- Mesmo após o registro contábil da venda de uma plataforma da Petrobras por meio do Repetro, as exportações de máquinas e equipamentos apresentaram nova redução em julho. Ainda pesa o cenário desfavorável para a Argentina, cujas exportações mais uma vez registraram queda na comparação anual.

Projeções²

- O crescimento de 3,4% do consumo aparente de bens de capital na comparação mensal dessazonalizada pode indicar o início do processo de recuperação do setor, esperado para o segundo semestre do ano, em especial com a leve recuperação da demanda de máquinas pesadas e veículos agrícolas.

- Ainda assim, a projeção para a produção física é de queda de 4,9% em relação a 2013. Para o faturamento, a expectativa é de queda de 15%, enquanto para as exportações a expectativa é de redução de 18,6% .

1 Comparativamente a Julho/2013. ² Tendências Consultoria e ABIMAQ

Page 35: Monitor Econômico - set/2014

Construção Civil

Fonte: PIM e INCC-Sinapi (IBGE), Sondagem da Construção CNI e FIEMG e Projeções da Tendências Consultoria Integrada. Nota: (3) Índice de Atividade da Construção Imobiliária, indicador do Monitor da Construção Civil (MCC), um produto elaborado em parceria entre a Tendências e a Criactive.

Setor Desempenho e Projeções

Construção

Nível de atividade – Julho/14 - Tanto em MG como no Brasil a atividade continua caindo e se mantém abaixo do usual para o período.

Produção Física de Insumos da Construção Civil - Julho/14 - Brasil: -7,6%1

Custo da construção/m² Agosto/14

- Brasil: 7,22%1 R$ 901,50 - Minas Gerais: 7,03%1 R$ 840,54

Destaques

- Em julho, o nível de atividade na construção continuou em retração, como mostram os resultados da pesquisa Sondagem da CNI, o que vem repercutindo cada vez mais na redução do emprego no setor.

- A produção de insumos para a construção continua em queda, em julho foi o 5º recuo consecutivo. - Mesmo sob efeitos da desoneração na folha de pagamentos, os custos da construção continuam em

alta, como mostram os resultados de agosto. No acumulado dos últimos 12 meses, os custos de mão de obra subiram 8,41%, enquanto os preços dos materiais 6,26%.

- A construção imobiliária no país demonstra fraco desempenho. De acordo com o novo indicador IACI3, em agosto a atividade registrou queda de 8,2%, se comparado a igual período de 2013.

Projeções2

- As perspectivas dos empresários para os próximos 6 meses quanto ao nível de atividade, novos empreendimentos, contratações e compra de matérias primas são negativas.

- A previsão para a produção de insumos da construção foi revista para -3,5%, tendo em vista o fraco desempenho da atividade no 1º semestre e o cenário econômico ainda incerto. Ainda espera-se que o segmento mostre alguma recuperação no 2º semestre.

- A projeção para os custos da construção permanece em alta de 6,3%. A principal pressão sobre os preços ainda vem dos custos da mão de obra, já que os custos dos materiais poderão mostrar certo alívio em função da recente valorização da taxa de câmbio.

1 (T/T-12). 2 comparativamente a 2013.

Page 36: Monitor Econômico - set/2014

36

Setor Desempenho Jul/2014 e Projeções

Extrativo

Produção Física Jul/20141

- Brasil: 5,60%* - Minas Gerais: 1,40%

Exportações Minério de Ferro

Jul/20141

- Brasil: Crescimento de 5,0% na quantidade e queda de 18,0% no valor (US$).

- Minas Gerais: Recuo de 2,5% na quantidade e de 29,1% no valor (US$).

Destaques

- O aumento na demanda do mercado externo por minério de ferro, em especial na China, e os investimentos realizados para aumentar a capacidade produtiva do setor extrativo nacional estão contribuindo para o crescimento na produção física mineral em 2014.

- Em julho de 2013 o preço do minério de ferro alcançou 127 US$ / tonelada. No mesmo mês em 2014 o valor do produto foi de 96 US$ / tonelada. O recuo provocou a queda no valor das exportações.

- O faturamento da indústria extrativa em Minas Gerais apresentou retração de 25,0%, também influenciado pela queda no preço da commodity.

Projeções

- Pelo lado da demanda, as perspectivas são de aumento no consumo de minério de ferro na Ásia.

- Pelo lado da oferta, os investimentos na produção extrativa continuarão, mas de forma contida, devido à queda no preço do minério.

- Os preços da commodity continuam caindo. Desta forma, o faturamento da indústria extrativa deve apresentar recuo em 2014 e em 2015.

Indústria Extrativa

Fonte: IBGE, Tendências, FIEMG, FMI, MDIC

1 Comparativamente a Jul/2013. *PIM / IBGE - CNAE 2.0 = Extração de minérios + produção nacional de petróleo e gás natural.

Page 37: Monitor Econômico - set/2014

Metalurgia e Siderurgia

Fonte: IBGE, FIEMG Index, CNI, IABr e Tendências Consultoria

37

Setor Desempenho Jul/2014 e Projeções 2014

Metalurgia

Produção Física Jul/20141

- Brasil:-9,0 - Minas Gerais:-6,0

Faturamento Jul/20141

- Brasil: -16,9 - Minas Gerais: -19,0

Exportações Brasil (em quantidade) acumulado

Jan a Jul/20142

- Aço: -1,6% (4.824 mil toneladas) - Ferro-Gusa: -14,0% (1.307 mil toneladas)

Destaques

- O cenário para o setor de Metalurgia segue desaquecido, conforme dados de produção e faturamento, que em 2014 acumulam queda de 9,8% e 5,6% no Brasil, respectivamente.

- Além do excesso de capacidade global, que pressiona os preços do aço para baixo, as usinas devem amargar novamente um ano de queda, também em razão da baixa nas atividades da construção civil e de veículos.

- Os baixos níveis de confiança e o período de incertezas gerado pelas eleições não favorecem a retomada da atividade do setor e de seus principais clientes.

Projeções

- As perspectivas para o consumo aparente de produtos siderúrgicos no Brasil em 2014 é de queda de 2,6% em relação à 2013.

- A expectativa de consumo de aços longos é de queda de 3,1%, e de aços planos é de recuo de 1,8% em 2014, comparativamente a 2013.

- A produção de aço bruto no Brasil deve cair 1,2% e no mundo o recuo deve ser de 3,3% em 2014.

1 – Comparativamente a Jul/13. 2 – Contra mesmo período de 2013

Page 38: Monitor Econômico - set/2014

Ficha Técnica

Realização:

Sistema FIEMG – Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais

Presidente: Olavo Machado Junior

Responsabilidade Técnica: Assessoria Econômica

Esta publicação é elaborada com base em análises internas, desenvolvidas através de dados públicos. Não nos responsabilizamos pelos resultados das decisões tomadas com base no conteúdo da mesma.