Módulo5 ficha trabalho 1
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Escola Secundária de Sampaio
Cursos EFA – NSCultura, Língua e Comunicação
Formadores
Lurdes Melo
Ondina Maldonado
Proposta de Trabalho nº1-DR1Módulo 5
Tecnologias de informação e comunicação
Tema: Comunicação e informação através das novas tecnologias
Trabalho Individual:
Elabore um trabalho sobre o tema Comunicação e informação, onde deve:
1.Elaborar um comentário global, refletindo sobre as alterações que a língua
portuguesa teve (e tem) com a utilização das novas tecnologias, sobretudo com a utilização do
telemóvel e da internet (pode fazer uma breve listagem dos estrangeirismos que existem na
língua portuguesa).
O termo "estrangeirismo" significa palavra ou expressão de outras línguas, empregada na língua
portuguesa.
Não é nenhuma novidade o fato de palavras ou expressões estrangeiras estarem incorporadas na
nossa língua. A grande maioria das palavras de nossa língua tem origem latina, grega, árabe,
espanhola, italiana, francesa, inglesa. Essas palavras são introduzidas pelos mais variados
motivos, sejam eles fatores históricos, sócio-culturais e políticos, modismo ou até mesmo
avanços tecnológicos.
As palavras de origem estrangeira geralmente passam por um processo de aportuguesamento
fonológico e gráfico. Decorrente desse processo deixamos de perceber quando estamos fazendo
uso de estrangeirismos.
Mesmo com tantos estrangeirismos, devemos ter sempre o bom senso, para fugir das prováveis
polêmicas que poderemos enfrentar quando fazemos uso dos mesmos.
Eis aqui alguns exemplos de estrangeirismos mais comuns hoje em dia:
Cappuccinos = do italiano
Drinques = do inglês drink
Designer = do inglês
O Volp (Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa) registra as formas estrangeiras :
cappuccino, drink, designer; e as aportuguesadas: capucino, capuchino, drinque.
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Exemplos de estrangeirismo
Ok, Brother, Chouffer, Croissant, Delivery, Drive-thru, Designer, Fashion, Deletar do, inglês
Delete, Jeans, Futebol (do inglês football), Teen, United, Link, Hero, Element, Zip, Approach,
Cappuccino, Internet, Vitrine.
2Produzir um diálogo, simulando uma conversa telefónica, sobre um
acontecimento importante e actual, ou um episódio do quotidiano (onde possa existir um engano
entre o emissor e o receptor), transformando-o numa notícia escrita.
Características do discurso directo (dialogo)
Discurso direto: Por meio do discurso directo, reproduzem-se literalmente as palavras do
personagem. Esse tipo de citação é muito interessante, pois serve como uma espécie de
comprovação figurativa (concreta) daquilo que acabou de ser exposto (ou que ainda vai ser)
pelo narrador. É como se o personagem surgisse, por meio de suas palavras, aos olhos do leitor,
comprovando os dados relatados imparcialmente pelo narrador. O recurso gráfico utilizado para
atribuir a autoria da fala a outrem, que não o produtor do texto, são as aspas ou o travessão.
Exemplo de um diálogo:
Veja como uma conversa entre duas pessoas pode ser muito engraçada. Neste caso a conversa é
entre pai e filho e sobre futebol. Este texto circulou por e-mail há uns tempos e também é
conhecido como "conversa engraçada entre pai corinthiano e filho esperto" ou algo assim e é de
cair para o lado a rir, lol!
A conversa engraçada entre pai e filho
FILHO: Pai, porque é que diz sempre que eu tenho de ser Corintiano?
PAI: Porque o Corinthians é a melhor equipa do mundo, filho!
FILHO: Mas o Corinthians não foi rebaixado para a segunda divisão?
PAI: Bem, é verdade. Mas nós só fomos rebaixados por causa de uma parceria com um fundo
de investimentos chamado MSI que desgraçou o Corinthians.
FILHO: Mas não foi essa MSI que comprou o Tevez, o STJD e o Márcio Rezende de Freitas
para garantir o título nacional de 2005 que na verdade foi conquistado pelo Internacional?
PAI: Foi, mas depois… Ah, isso não importa filho. Nós somos a maior equipa de São Paulo e a
segunda maior do Brasil.
FILHO: Isso é fixe, não é pai!? Mas a Itália que é um país pequeno e com menos torcida, já
tem quatro mundiais não é?
PAI: É filho, tá certo!
FILHO: Calma pai, o senhor está bravo só porque o Corinthians não é nada disso que o senhor
pensava?
PAI: Pára com isso, filho! Nós já fomos campeões mundiais! Contra Manchester, Real Madrid,
etc.
FILHO: Sério Pai? Quando?
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PAI: Em 2000.
FILHO: Que bom, então nós também ganhamos a Libertadores em 99?
PAI: Não, na verdade quem ganhou a Libertadores em 99 foi o Palmeiras. Você não sabe que
nós NUNCA ganhamos uma a Libertadores em mais de 90 anos de história?
FILHO: Ué, então porque o Corinthians jogou esse mundial em 2000?
PAI: Ah! É que fomos convidados para jogar porque ganhamos o apoio de um grupo de
investidores estrangeiros que precisava colocar o Corinthians lá.
FILHO: Então por que não chamaram o Palmeiras? Por que o campeão Sul-americano de 99
não foi, e o Corinthians, que nunca passou de uma semi-final de Libertadores, foi?
PAI: Não sei, filho!
FILHO: Então esse torneio não foi sério. Não teve critério para as escolhas dos clubes! Mas o
Corinthians ganhou do Manchester e do Real Madrid né pai?
PAI: Não. Na verdade ganhamos do perigoso Raja Casablanca com um gol roubado em que a
bola não entrou, empatamos com o Real Madrid, no Morumbi, graças ao Anelka que perdeu um
pênalti e depois "goleamos" o poderoso Al Nasser por dois a zero.
FILHO: E na final ganhamos de quem?
PAI: Na verdade não ganhamos. Empatamos com o Vasco no Maracanã e o "título" veio nos
pênaltis.
FILHO: Quem foi o herói Corintiano que fez o gol do título?
PAI: Ninguém. Na verdade o Edmundo chutou pra fora e nós ganhamos.
FILHO: Mas esse ano comemoramos 30 anos do título de 77. Que campeonato foi esse tão
importante?
PAI: Foi o Campeonato Paulista. Saímos de uma fila de 22 anos sem título com gol de Basílio
contra a "fantástica Ponte Preta".
FILHO: Ah, sei. Mas não foi nesse jogo que o Rui Rei, artilheiro da Ponte, se vendeu e foi
expulso logo no começo do jogo só pra não fazer gols e assim ajudar o Corinthians?
PAI: Foi, mas e daí!?
FILHO: Mas pai. Esse ano o São Paulo completou 30 anos do primeiro título Brasileiro que
conquistou e ao invés de festa e camiseta comemorativa, ganhou mais um e agora eles são
Penta.
PAI: Filho, eles são Bambis!
FILHO: É verdade também que se não fosse um tal de Grafite, atacante do São Paulo, nós
teríamos sido rebaixados também no Paulistão?
PAI: Você não prefere falar de Fórmula 1?
FILHO: Tá bom pai. Mas o Rubinho não é Corintiano?
PAI: É, moleque! Mas calma lá! O Senna era corintiano filhão!
FILHO: Eu sei pai. Já me falaram isso. E me contaram que como corintiano ele não aguentou.
Em 93 viu o São Paulo conquistar o Bi Mundial e o Palmeiras sair da fila em cima do
Corinthians, aí percebeu que não adiantava torcer pra esse time e enfiou o carro no muro.
PAI: (apenas suspira).
FILHO: Calma paizinho. Vamos passear, me leva no estádio do Corinthians.
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PAI: (chorando) Não temos estádio! Temos uma chácara que apelidamos de fazendinha e que é
menor do que qualquer ginásio da NBA...
FILHO: Chega pai! Assim não dá: Não temos estádio, não temos time, nosso título mais
comemorado é um paulistão roubado, o nosso quarto título brasileiro foi mais roubado ainda,
somos o único clube grande(GRANDE?) da capital paulista que não tem Libertadores, a nossa
torcida é a segunda do país e de nada adiantou, nosso título mundial é uma fraude, o maior ídolo
da nossa torcida no século XXI é argentino e nós estamos na segunda divisão, e você ainda quer
que eu seja Corintiano. Você é um fanfarrão, pai!
PAI: (um minuto de silêncio).
FILHO: Posso fazer só mais uma pergunta, pai?
PAI: Pode, filho! (enquanto seca as lágrimas)
FILHO: Pra que time torce o presidente Lula?
pai corinthiano e filho esperto.
O pai corinthiano e filho esperto discutiam sobre futebol porque o pai queria que o filho fosse
do Corinthians e o filho não queria ser.
3- Indicar as funções da linguagem e os níveis de língua utilizados nesse diálogo;
(deve pesquisar quais são as funções da linguagem e os níveis de língua).
Na comunicação, baseado na idéia inicial de agulha hipodérmica, temos o emissor-mensagem-
receptor, nesta relação há importância e a função da linguagem. Dependendo do foco da
mensagem, seja verbal ou não-verbal,sempre será predominante na mesma uma determinada
função da linguagem.
Dependendo do tipo da mensagem devemos considerar a função no momento de comunicação
em que a mensagem foi produzida, a finalidade pretendida e sempre haverá uma função
predominante, mas jamais exclusiva. As principais funções da linguagem são:
Referencial e denotativa : A informação é exposta de modo objetivo,sem comentários e opiniões
do emissor; traduz um fato ocorrido.
Emotiva ou expressiva : O emissor expressa emoções e percepções próprias e muitas vezes na
primeira pessoa; expressa opinião.
Função Fática : Não há objetividade, há pouca informação e o emissor tenta induzir o ouvinte,
no “pé da letra” puxar assunto, ex: “Será que hoje chove?”
Função Conativa ou apelativa : Há um constante objetivo de influenciar o receptor, utilizando
verbos no modo imperativo como forma de persuadir.
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Função metalingüística : Quando uma novela fala de novela, quando um filme trata da arte
cinematografia, quando um poema fala de poesia, etc. Quando uma obra ou código aborda o seu
próprio estilo e conteúdo.
Função poética : O fundamental é impressionar o leitor através de rimas, ritmo, imagem textuais
num processo de construção minuciosa da mensagem.
Como se pode verificar por este diálogo a função da linguagem utilizada é a função fática
NÍVEIS DE LÍNGUA
Não usamos uniformemente a língua, antes a adaptamos às circunstâncias e às pessoas com
quem queremos comunicar.
A utilização da língua pelos diferentes falantes depende de vários factores: geográficos, etários,
culturais, sócio-económicos, profissionais, situacionais.
Quanto ao nível de língua utilizado é o nível popular e familiar.
-LÍNGUA CUIDADA (CULTA)
-Língua Literária e Poética
-Linguagem Técnica e Científica
LÍNGUA COMUM
NORMA ou PADRÃO
-LÍNGUA FAMILIAR
-LÍNGUA POPULAR
Gíria, Calão, Regionalismo
LÍNGUA PADRÃO
A língua padrão é constituída por um sistema de signos e regras próprias de uma comunidade
linguística, que permitem a todos os sujeitos falantes comunicarem entre si e compreenderem-se
mutuamente, sejam eles de cultura rudimentar ou de elevada cultura.
Aproximam-se da língua padrão os textos dos manuais escolares, a linguagem do professor e
dos alunos nas aulas e todos os textos expositivos em que se vise a clareza e a compreensão
fácil.
LÍNGUA CUIDADA
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A língua que encontramos nos discursos parlamentares, nas conferências. Usa um vocabulário
mais seleccionado e menos usual.
Língua Literária e Poética
Apresenta as características da língua cuidada, mas assume desvios da norma mais arrojados:
figuras de estilo e palavras estudadas para criar ambientes emotivos e poéticos.
Linguagem Técnica
É constituída por palavras relativas a determinada profissão e se usam nesse contexto: um
mecânico de automóveis conhece o nome de todas as peças de um motor, o que não sucede a
qualquer falante.
Linguagem Científica
Afasta-se da língua comum porque se refere a questões da Medicina, da Físico-Química, da
Biologia, etc..
LÍNGUA FAMILIAR
A língua familiar é simples, não se afastando muito da língua padrão. Os falantes dão a
impressão de se conhecerem bem.
LÍNGUA POPULAR
A língua popular é muito simples, sem palavras eruditas e desvia-se da norma, quer na fala, quer
na escrita. As características da língua popular variam com as regiões do país ( Regionalismos)
e com os diferentes tipos sociais ( Gírias e Calão)
Regionalismos
São registos de língua próprios da população de diferentes povoações ou regiões. Distinguem-se
pela pronúncia, pelos diferentes significados e diferente construção de palavras e frases.
Gírias
São linguagem própria de certos grupos sociais, de certas profissões que usam um vocabulário
próprio, geralmente com a finalidade de não serem compreendidos por indivíduos estranhos ao
seu grupo.
Calão
O calão é um tipo de gíria própria de grupos sociais mais marginais, onde a acção educativa
dificilmente penetra: trata-se de uma linguagem grosseira e muitas vezes obscena. No entanto,
certas palavras entram a pouco e pouco na linguagem familiar, sobretudo entre os jovens. São
frequentes palavras ou expressões como gajo, chatear, pifo, teso, etc..
Bom trabalho.
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