Módulo 6

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MÓDULO 6 – CARACTERIZAÇÃO DE MICRORGANISMOS Escola Secundária de Seia Química Aplicada – 11.º J CURSO TÉCNICO DE ANÁLISE LABORATORIAL

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MÓDULO 6 – CARACTERIZAÇÃO DE MICRORGANISMOS

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Química Aplicada – 11.º J

CURSO TÉCNICO DE ANÁLISE LABORATORIAL

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MICROBIOLOGIA

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O que é?Área científica que estuda os seres vivos de dimensões

inferiores ao limite de resolução humano (microrganismos).

Ferramentas utilizadas na investigação

Lupas monoculares e binocularesMicroscópio óptico composto

Microscópio electrónico (de varrimento e de transmissão)

Limite de resolução do olho humano = 0,1 mm (100 µm)

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ABUNDÂNCIA E DIVERSIDADE

Os seres vivos ocupam quase todos os ambientes na Terra e, sabe-se, que são capazes de sobreviver a viagens espaciais, em contacto com condições muito

adversas (como o vácuo ou a radiação cósmica).

Conhecem-se cerca de 1,9 milhões de espécies de seres vivos no nosso planeta. Muitos desses seres são macroscópicos, mas a maioria dos seres vivos que se conhecem e dos que falta descobrir são seres microscópicos.

Desde o aparecimento dos seres vivos até aos tempos actuais, os mecanismos evolutivos desenvolveram e eliminaram um grande número de seres vivos.

Estimativas recentes apontam para que a biodiversidade actual corresponda, apenas, a 1% das espécies que já existiram.

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SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO

A Sistemática é a área do conhecimento biológico que se ocupa do estudo das relações evolutivas dos diferentes grupos de seres vivos ao longo do

tempo, bem como do seu agrupamento e classificação.

A Taxonomia é o ramo da Biologia que classifica os seres vivos.

Há muitos seres vivos diferentes entre si e, naturalmente, há vários critérios para os classificar e relacionar evolutivamente.

Sistemas de classificação práticos.

Sistemas de classificação racionais.

Sistemas de classificação artificiais. Sistemas de classificação naturais.

Classificações horizontais – não contemplam o factor “tempo”.

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Classificações filogenéticas

Grande número de características

Tem a contribuição de diversas áreas científicas

(bioquímica, citologia, paleontologia, etc.)

Tem em conta o factor “tempo”

Permitem construir árvores filogenéticas

Classificações verticais – reflectem a transformação dos organismos ao longo do tempo.

SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO

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SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO

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TAXONOMIA E NOMENCLATURA

Carolus Linnaeus (Lineu) – Naturalista do Séc. XVIII, que criou as regras de nomenclatura dos seres vivos que ainda hoje são utilizadas:

Nomenclatura binomial – as espécies devem ser classificadas com dois nomes.

Exemplos: Saccharomyces cerevisae – levedura da cervejaFelis catus – gato doméstico

Escherichia coli – bactéria Gram – que habita os intestinos dos vertebradosHomo sapiens – ser humano

Pinus pinaster – pinheiro bravoO nome do género deve surgir com inicial maiúscula e o epíteto específico em

minúsculas.O epíteto específico deve ser escrito em itálico, ou, se estrito à mão, deve ser

sublinhado.O epíteto subespécie é a terceira palavra e deve ser escrito como o epíteto

específico.

O género e a espécie devem ser escritos em latim – língua morta.

Os taxa superiores ao género designam-se com um só nome, em latim ou não.A designação completa da espécie deve conter, após vírgulas, o nome do 1.º classificador e a

data da classificação.

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TAXONOMIA E NOMENCLATURA

Há sete categorias taxonómicas, em que apenas a espécie é a categoria natural.Todas as categorias acima da espécie são artificiais – criadas pelo homem para

agrupar os seres vivos.

Espécie – designa um grupo de seres vivos semelhantes, capazes de se reproduzir entre si, originando descendência fértil, possuindo um fundo genético comum em

determinado momento.

Género – conjunto de seres vivos de espécies aparentadas filogeneticamente.

Família – conjunto de seres vivos de géneros aparentados filogeneticamente.

Ordem – conjunto de seres vivos de famílias aparentadas filogeneticamente.

Classe – conjunto de seres vivos de famílias aparentadas filogeneticamente.

Filo – conjunto de seres vivos de classes aparentadas filogeneticamente.

Reino – conjunto de seres vivos de filos aparentados filogeneticamente.

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TAXONOMIA E NOMENCLATURA

Reino: Animalia (leão, polvo, caranguejo, formiga, minhoca, alforreca, esponja)Filo: Chordata (leão, periquito, crocodilo, rã, atum, tubarão, anfioxo)Classe: Mammalia (leão, elefante, baleia, macaco, rato, canguru)Ordem: Carnivora (leão, lobo, urso, doninha, hiena, cão)Família: Felidae (leão, chita, puma, gato-bravo)Género: Panthera (leão, tigre, leopardo, jaguar)Espécie: Panthera leo, Linnaeus, 1758

(leão)

Exemplo da classificação taxonómica do leão.

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SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DE WHITTAKER MODIFICADO

Desde a antiguidade que se estabeleceram sistemas de classificação.

Os sistemas de classificação reflectem a visão da comunidade científica sobre a Biodiversidade em cada época da História.

São sistemas que mudam ao longo do tempo, consoante a visão científica também muda.

Recebem a contribuição de inúmeras áreas científicas, que também mudam com o tempo.

Classificação em dois Reinos – Lineu, 1735

Classificação em três Reinos – Haeckel, 1866

Classificação em quatro Reinos – Copeland, 1938

Classificação em cinco Reinos – Whittaker, 1968

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SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DE WHITTAKER MODIFICADOClassificação em dois Reinos – Lineu,

1735

Animais Plantas

Os organismos eram distinguidos pela capacidade de movimento e pela capacidade de sintetizar, ou não,

compostos orgânicos (autotrofia/heterotrofia).

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SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DE WHITTAKER MODIFICADOClassificação em três Reinos – Haeckel, 1866

Animais Plantas

A descoberta do microscópio revelou a existência de seres unicelulares que, juntamente com os fungos, possuíam

características de ambos os reinos anteriores, o que levou à criação do Reino Protista.

Protista

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SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DE WHITTAKER MODIFICADOClassificação em quatro Reinos – Copeland, 1938

Animais Plantas

A descoberta dos seres unicelulares procariontes justificou a criação de um novo reino, pois estes seres não

partilhavam a mesma estrutura celular dos eucariontes. Surgiu o Reino Monera.

ProtistaMonera

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SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DE WHITTAKER MODIFICADOClassificação em cinco Reinos – Whittaker, 1968

Animais Plantas

Os fungos multicelulares foram incluídos no Reino Fungi, ficando o Reino Protista apenas com os seres unicelulares eucarióticos. Neste

sistema, as algas multicelulares eram incluídas no Reino Plantae.

ProtistaMonera Fungos

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SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DE WHITTAKER MODIFICADOClassificação em cinco Reinos – Whittaker, 1979

Animais Plantas

Em quase tudo semelhante ao sistema original de 5 reinos, mas com algumas

alterações muito importantes, que ainda hoje se utilizam.

Para além das algas unicelulares, o Reino Protista passou a incluir as algas multicelulares, pelo seu baixo grau de

diferenciação, e os fungos com movimentos amebóides.

ProtistaMonera Fungos

Este sistema de classificação diz-se de Whittaker modificado.