MÓDULO 2 CAPÍTULO 1 COMPOSIÇÃO E ESTRUTURA … · formas de relevo . 2 2.2 Estrutura interna da...

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1 MÓDULO 2 CAPÍTULO 1 COMPOSIÇÃO E ESTRUTURA GEOLÓGICA 2- GEOLOGIA A Geologia estuda as origens e as sucessivas transformações do globo terrestre; se ocupa, portanto, da evolução da Terra. 2.1 Escala Geológica do Tempo ÉONS ERAS PERÍODOS ÉPOCAS INÍCIO (em milhões de anos) PRINCIPAIS EVENTOS FANEROZÓICO CENOZÓICA QUATERNÁRIO HOLOCENO 0,01 - formação das civilizações e constituição do tempo histórico PLEISTOCENO 1,6 - surgimento do homem TERCIÁRIO PLIOCENO 5,2 - primeiros hominídeos MIOCENO 23 - avanços na formação atual dos continentes OLIGOCENO 36 - surgimento dos campos e pradarias EOCENO 57 - primeiros roedores e baleias PALEOCENO 65 - domínio dos mamíferos na Terra MESOZÓICA CRETÁCEO 135 - extinção dos dinossauros e outras formas de vida primitivas (crise cretáceo-paleoceno) JURÁSSICO 205 - início da fragmentação da PANGEA TRIÁSSICO 250 - primeiros dinossauros PALEOZÓICA PERMIANO 290 - união entre Gondwana e Laurásia (crise permiano-triássico) CARBONÍFERO 355 - surgimento e difusão dos répteis DEVONIANO 410 - formação das primeiras florestas - origem das bacias sedimentares SILURIANO 438 - primeiros animais terrestres ORDOVICIANO 510 - glaciações e surgimento dos peixes CAMBRIANO 570 - primeiros invertebrados e algas marinhas CRIPTOZÓICO (PRÉ-CAMBRIANO) PROTEROZÓICA 2500 - primeiras formas de vida unicelulares ARQUEOZÓICA 4500 - formação da Terra - origem das rochas e primeiras formas de relevo

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MÓDULO 2 CAPÍTULO 1 COMPOSIÇÃO E ESTRUTURA GEOLÓGICA

2- GEOLOGIA

A Geologia estuda as origens e as sucessivas transformações do globo terrestre; se ocupa,

portanto, da evolução da Terra.

2.1 Escala Geológica do Tempo

ÉONS ERAS PERÍODOS ÉPOCAS

INÍCIO (em

milhões de anos)

PRINCIPAIS EVENTOS

FAN

ERO

ZÓIC

O

CENOZÓICA

QUATERNÁRIO HOLOCENO 0,01

- formação das civilizações e constituição do tempo histórico

PLEISTOCENO 1,6 - surgimento do homem

TERCIÁRIO

PLIOCENO 5,2 - primeiros hominídeos

MIOCENO 23 - avanços na formação atual dos

continentes

OLIGOCENO 36 - surgimento dos campos e

pradarias

EOCENO 57 - primeiros roedores e baleias

PALEOCENO 65 - domínio dos mamíferos na Terra

MESOZÓICA

CRETÁCEO 135 - extinção dos dinossauros e outras

formas de vida primitivas (crise cretáceo-paleoceno)

JURÁSSICO 205 - início da fragmentação da

PANGEA TRIÁSSICO 250 - primeiros dinossauros

PALEOZÓICA

PERMIANO 290 - união entre Gondwana e Laurásia

(crise permiano-triássico)

CARBONÍFERO 355 - surgimento e difusão dos répteis

DEVONIANO 410 - formação das primeiras florestas - origem das bacias sedimentares

SILURIANO 438 - primeiros animais terrestres

ORDOVICIANO 510 - glaciações e surgimento dos

peixes

CAMBRIANO 570 - primeiros invertebrados e algas

marinhas

CR

IPTO

ZÓIC

O

(PR

É-C

AM

BR

IAN

O)

PROTEROZÓICA 2500 - primeiras formas de vida

unicelulares

ARQUEOZÓICA 4500 - formação da Terra

- origem das rochas e primeiras formas de relevo

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2.2 Estrutura interna da Terra

Todos os estudos a respeito do interior da Terra apresentam, basicamente, uma estrutura

concêntrica constituída por três camadas principais: - a camada externa (crosta terrestre) - o manto

(camada intermediária) - o núcleo (nife), que quer dizer (Ni: Níquel, Fe: Ferro).

“Esboço do interior da Terra e nome das camadas internas da Terra (seguir o esboço à

esquerda)”

A crosta terrestre é subdividida em crosta superior e crosta inferior. Além disso, ela

apresenta profundidades que oscilam entre 30 km e 70 km, configurando-se como a menor das

camadas da terra. As temperaturas variam e podem alcançar os 1000ºC.

A crosta superior é composta predominantemente por silício e alumínio, e os tipos de rocha

são as sedimentares, além do granito e do basalto.

A crosta inferior é formada por basicamente por basalto, com predomínio dos elementos

silício e magnésio. Vale lembrar que nos oceanos não apresentam a crosta superior e a inferior

apresenta profundidades entre 5 km e 15 km somente.

O manto é constituído basicamente por ferro, magnésio e silício, além de ser composto por

um material pastoso chamado de magma. Nessa camada, acontecem os movimentos de

convecção, em que o magma mais aquecido pelas altas temperaturas do interior da terra sobe para

as porções mais elevadas e, à medida que se resfria, desce novamente para as porções mais

inferiores em um processo cíclico. As profundidades do manto podem alcançar os 2900 km e

atingirem cerca de 2000ºC.

O núcleo é a camada mais inferior da terra e, assim como a crosta, também se divide em

dois: o núcleo externo e o núcleo interno. Não existe certeza sobre o estado físico do núcleo

interno, mas acredita-se que ele esteja em estado sólido devido à extrema pressão interna da terra,

ele apresenta temperaturas similares à superfície solar (cerca de 5000ºC). O Núcleo externo

provavelmente encontra-se em estado líquido, com temperatura de até 3000ºC.

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2.3 Agentes Internos ou Endógenos do relevo terrestre

Os fatores internos do relevo têm sua origem nas pressões que o magma exerce sobre a

crosta terrestre. Essas pressões podem provocar vulcanismo e outros fenômenos chamados

tectônicos, como a formação de dobras e fraturas e a criação de montanhas. A diferença entre a

temperatura do magma, uma substância quentíssima e por isso fluída, e a temperatura da crosta,

que é mais baixa, pode resultar em dois fenômenos: em algumas regiões, o magma extravasa para

a superfície, pelos vulcões, sob a forma de lavas; em outras, é a crosta que se transforma

novamente em magma, “sugada” para o interior do manto. Essa troca de calor é denominada

movimento de convecção.

2.4 Minerais e Rochas

Minerais são substâncias químicas, geralmente sólidas, encontradas na superfície da Terra.

Apesar de sua variedade, todos os minerais apresentam diversas características comuns: cada um

deles é um sólido químico determinado; cada um tem uma estrutura cristalina única; e na sua

maioria nunca fizeram parte de um organismo vivo.

Diversos tipos de rochas existentes na Terra possuem na sua composição substâncias

minerais de grande aplicação econômica. Quando essas substâncias são utilizadas

economicamente, recebem o nome de minérios.

Rocha é um agregado natural formado por um ou mais minerais. De acordo com sua

origem, as rochas são classificadas em três tipos fundamentais: magmáticas ou ígneas,

sedimentares e metamórficas.

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2.4.1 Rochas magmáticas ou ígneas

As rochas magmáticas ou Ígneas são formadas pela solidificação do magma e são antigas

e resistentes. Podem ser intrusivas, plutônicas, abissais ou extrusivas, vulcânicas, efusivas. As

rochas intrusivas formam-se no interior da Terra pela lenta solidificação do magma. Em função

desta lenta formação a rocha apresentará cristais de minerais. Já as rochas extrusivas resultam de

uma solidificação rápida do magma quando este entra em contato com a atmosfera durante o

vulcanismo. Em função desta rápida formação os minerais não formam cristais.

2.4.2 Rochas sedimentares

As rochas sedimentares são formadas a partir da destruição de outra rocha pré-existente.

Este material é então transportado, depositado e posteriormente sofrerá processos que irão

determinar a sua consolidação. O intemperismo, ação de agentes como a água, vento, temperatura,

etc, que irão promover a desagregação e decomposição da rocha. Tipos de intemperismo:

Físico: divisão de blocos maiores em menores.

Químico: mudança da composição da rocha em função de reações químicas entre a rocha

e soluções aquosas.

Biológico: ação de plantas que penetram nas fraturas das rochas, decomposição vegetal.

Estes desgastes transformam as rochas em partículas ou pequenos detritos, chamados de

sedimentos, irão ser transportados e depositados em locais mais baixos formando as bacias

sedimentares.

2.4.3 Rochas metamórficas

As rochas metamórficas são aquelas que sofrem mudanças na sua forma geral. Estas

mudanças decorrem de novas condições ou de alterações de temperatura e pressão no interior da

Terra.

2.5 Deriva dos Continentes

2.5.1 Teoria da Deriva Continental

Deriva Continental é uma teoria que inicialmente postulou o movimento das massas

continentais ao longo do tempo geológica da Terra, considerando que, anteriormente, os atuais

continentes possuíam outras formas e até mesmo se situavam em outras localidades do planeta.

Essas observações foram realizadas antes mesmo do conhecimento a respeito das placas

tectônicas, o que serviu como uma posterior comprovação da movimentação não só dos

continentes terrestres, mas de toda a crosta.

A teoria da deriva continental surgiu há muito tempo, pois desde que o mapeamento de

alguns pontos da Terra foi realizado, desconfiava-se que os continentes estavam unidos

anteriormente. Francis Bacon, em 1620, sugeriu, por exemplo, que a costa leste do continente sul-

americano e a costa oeste da África encaixava-se perfeitamente, dando a ideia de que eles haviam

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se separado em um passado remoto. Uma observação semelhante a essa já havia sido feita por

Abraham Ortelius, em 1596.

E o que era desconfiança tornou-se, século depois, uma teoria científica com argumentos e

hipóteses previamente elaborados. Nascia, então, oficialmente, a teoria da Deriva Continental,

quando o alemão Alfred Wegener a formulou no ano de 1912. No entanto, tratava-se apenas de

uma polêmica teoria que ainda não havia encontrado uma comprovação completa, baseando-se

apenas em evidências, como a existência de fósseis e grupos de vegetação semelhantes em áreas

separadas por oceanos inteiros.

Wegener defendia que, no passado, havia apenas um único continente: Pangeia (termo que

significa “toda a Terra”). Com a sua lenta fragmentação, formaram-se então dois grandes

continentes: a Laurásia e a Gondwana. Em seguida, novas fragmentações aconteceram e, em

alguns casos, uniões de massas continentais também, a exemplo da inserção da área

correspondente ao território da Índia que se juntou à Ásia.

Após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), com o desenvolvimento de equipamentos e

tecnologias mais avançadas, a exemplo dos sonares, é que se pôde conceber o fato de que a crosta

terrestre é apenas uma fina camada superior do planeta que se encontra dividida em várias placas

tectônicas, que se movimentam continuamente. Com isso, as suspeitas levantadas no passado e

defendidas por Wegener puderam ser finalmente comprovadas.

2.5.2 Tectônica (dinâmica) de Placas

A teoria das placas tectônicas (1967) sugere que a crosta terrestre flutua, isto é,

movimenta-se sobre um substrato pastoso, magmático ou fluído. Essa teoria considera que a

massa continental está dividida em seis grandes placas, sendo que os limites dos continentes não

coincidem com os das placas.

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A Astenosfera é a camada da Terra formada pela região superior do manto, apresentando

um aspecto mais fluido e pastoso, com um magma que se encontra em constante movimento. É a

camada terrestre que se encontra logo abaixo da litosfera e, por isso, atua e interfere diretamente

na sua dinâmica. Sua profundidade varia entre 100 km e 400 km e sua composição básica são os

silicatos de ferro e de magnésio.

As principais placas tectônicas são: Placa do Pacífico, Placa de Nazca, Placa Sul-

Americana, Placa Norte-Americana, Placa da África, Placa Antártica, Placa Indo-Australiana,

Placa Euroasiática Ocidental, Placa Euroasiática Oriental, Placa das Filipinas.

As placas realizam 3 tipos de movimentos: convergente, divergente e tangencial ou

transformante.

2.6 Os limites da tectônica de placas

2.6.1 Limites divergentes

Neste tipo de limite, há a separação entre placas. No espaço criado entre os dois grandes

blocos, ocorre a formação de uma nova crosta através da solidificação do magma. Pode ocorrer

em continentes ou em oceanos.

2.6.1.1 Limite divergente nos oceanos

Quando este tipo de limite ocorre em oceanos, há a criação de gigantescas cordilheiras

submersas, conhecidas como dorsais oceânicas.

2.6.1.2 Limite divergente nos continentes

Já quando ocorre nos continentes, os limites divergentes provocam a criação de vales,

chamados especificamente nestes casos de vales em riftes. Em estágios mais avançados, estes

vales são cobertos pelo mar, formando mares fechados e/ou interiores, como é o caso do Mar

Vermelho e do Golfo da Califórnia.

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2.6.2 Limites convergentes

Neste caso, há um choque e uma constante aproximação entre duas placas tectônicas, onde

uma delas acaba sendo “engolida” pela outra. Neste tipo de limite, podemos ter as três situações

listadas abaixo:

2.6.2.1 Choque de placa oceânica com placa oceânica

Quando este encontro ocorre no oceano, uma das placas mergulha sobre a outra,

empurrando a que fica embaixo direto para o magma, onde terá seu material fundido. Neste

processo, há a criação de uma grande depressão no fundo dos oceanos: as fossas marítimas.

Denominam-se as regiões onde ocorrem estes fenômenos de zonas de subducção.

2.6.2.2 Choque de placa oceânica com placa continental

Quando o choque ocorre entre uma placa oceânica e uma placa continental, há o mergulho

da primeira, que é mais densa, sob a segunda. A consequência direta disto é a deformação da placa

continental, causando um enrugamento que, somado com a grande atividade vulcânica, acaba

criando grandes cordilheiras.

2.6.2.3 Choque de placa continental com placa continental

As placas continentais, em geral, apresentam duas características básicas: a natureza

quebradiça e suas densidades e espessuras parecidas. Assim, quando ocorre o choque entre duas

placas do tipo, não há, como nos casos supracitados, um “mergulho” de uma placa sob a outra. O

que acontece é um constante esmagamento de suas rochas, provocando o surgimento de cadeias de

montanhas. Estas regiões, também denominadas zonas de obducção, são suscetíveis a terremotos

de larga escala devida a característica quebradiça das rochas, como citado acima.

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2.6.2.4 Limites transformantes

Nos limites transformantes, há um movimento horizontal entre duas placas vizinhas, não

havendo, portanto, colisão direta entre elas. Porém, é típico nesta situação a ocorrência de sismos,

já que encontros de pequena escala entre as rochas acabam acontecendo.

Dentre os limites transformantes mais conhecidos, podemos citar a falha de San Andreas,

nos EUA, e da Anatólia, na Turquia.

2.7 Tectonismo

O surgimento (assenso) e o afundamento da superfície resultam da ação do tectonismo, ou

seja, da movimentação das placas tectônicas. O tectonismo pode ser classificado em epirogênico e

orogenético.Quando há uma grande pressão interna vinda do manto, muito comum no limite entre

as placas, o magma extravasa para a superfície e se solidifica, provocando um afastamento entre

duas placas. Mas, se de um lado ocorre afastamento, de outro, diferentes placas podem colidir.

Essa colisão ocorre, e as rochas vizinhas são moles, dá-se à formação de montanhas. Essa é a

origem dos dobramentos da crosta.

Devido à pressão do magma, pode-se formar uma faixa ou zona de tensão e atrito junto ao

limite entre duas placas. Se as rochas vizinhas forem pouco resistentes e não maleáveis,

possivelmente ocorreram fraturas. Quando os blocos de rochas fraturados deslizam, deslocando-se

um em relação ao outro, dizemos que houve falha ou falhamento.

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2.8 Vulcanismo

O magma é uma massa pastosa com uma temperatura de mais de 2.000ºC, desprendendo

gases que pressionam a crosta terrestre. Ao pressionar a crosta, o magma pode subir até perto da

superfície, originando fraturas na crosta. Por essas fraturas, ele pode atingir a superfície,

ocorrendo o vulcanismo. Existe uma longa faixa da superfície terrestre onde os fenômenos

vulcânicos são muito comum, chamado de Círculo de Fogo do Pacífico.

2.9 Abalos Sísmicos

Os abalos sísmicos são tremores que ocorrem no relevo continental ou insular (terremotos

ou tremores de Terra) e no relevo submarino (maremotos). Os abalos sísmicos têm origem num

local chamado hipocentro e se propagam, através de ondas sísmicas, até um local da superfície,

chamado de epicentro, onde se manifestam mais desastradamente.

Se o epicentro estiver no fundo do mar, forma-se um tsunami, nome japonês dado às ondas

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gigantescas (maremotos), que chegam a atingir 30 metros de altura, propagando-se a grandes

velocidades e arrasando zonas litorâneas. Esses fenômenos são frequentes na costa asiática do

Pacífico.

“Bloco diagrama representando as principais componentes de um sismo.”

No decorrer de um ano, registram-se milhões de abalos sísmicos; aproximadamente 5.000

são percebidos pelo homem. Os efeitos dos tremores são variados: abrem fraturas no solo,

desviam as correntezas dos rios, destroem parcial ou totalmente cidades, contorcem as vias

férreas. No entanto, o efeito mais terrível é a perda de vidas humanas.

No Brasil os terremotos são raros em razão de o país estar localizado no centro de uma

grande placa tectônica e os abalos ocorrerem nos limites das placas.

A intensidade de um terremoto é medida por uma escala numérica crescente. A mais

utilizada é a escala de Richter, com graus de intensidade que variam de 1 a 9. Do ponto de vista

científico, um ponto na escala Richter é imperceptível, não causando danos nem é sentido,

entretanto a intensidade de 9 graus pode provocar uma catástrofe sem precedentes.

ENTENDA OS EFEITOS DOS TERREMOTOS

Os sismólogos usam a escala de magnitude para representar a energia sísmica liberadapor cada terremoto. Veja abaixo os efeitos de cada tipo de terremoto em diversos níveis.

ESCALA RICHTER

MENOS DE 3,5 3,5 A 5,4 6,1 A 6,9 DE 8,0 GRAUS OU MAIS

Geralmente n é sentido, mas pode

ser registrado.

Frequentemente não se sente, mas

pode causar pequenos danos.

Pode causar danos graves à uma

região com muito habitantes.

Terremoto devastador. Pode causar danos graves na

comunidade atingida e em proximidades também.

1 2 3 4 5 6 7 8 9

DE 5,5 A 6,0 7,0 A 7,9

Ocasiona pequenos danos em edificações.

Terremoto de grande proporção, causa danos graves.

Ainda que cada terremoto tenha uma magnitude única, os efeitos de cada abalo sísmico variam bastante devido à distância, às condições do terreno, às condições das edificações e de outros fatores.

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2.10 As forças externas ou exógenas do relevo

Existem agentes externos, na superfície terrestre, que modificam o relevo, não tão

rapidamente como os vulcões ou terremotos, mas sua ação contínua transforma lenta e

ininterruptamente todas as paisagens da Terra. A ação dos ventos, do intemperismo e da água

sobre a crosta terrestre determina a erosão.

A intensidade da erosão é determinada pela resistência das rochas e pela ação e energia do

agente erosivo. Assim, por exemplo, certas regiões desérticas são submetidas a enormes

diferenças de temperatura. Durante o dia ela chega a alcançar mais de 40ºC e à noite, devido à

perda de calor, menos de 0ºC. Essas mudanças bruscas produzem finas aberturas nas rochas, que

pouco a pouco, dividem-se em partes e destroem-se.

O vento é outro agente de erosão. Sua ação engloba três fases: a de desgaste da rocha

(erosão), determinando curiosas formas nas paisagens; a de transporte de materiais resultantes

dessa erosão e, por fim, a deposição desses sedimentos, dando origem à outra forma de relevo.

A água, em seus estados líquido e sólido, atua sobre o relevo. As águas da chuva e do

degelo, ao deslizarem pelo solo, assumem grande importância ao transformarem-se em rios

torrenciais.

A ação erosiva de um rio é extremamente destrutiva em seu curso superior, pois aí se

encontram os maiores declives. O desgaste diminui à medida que se vai aproximando das

planícies.

O mar também atua como grande agente do relevo, na formação de praias ou no desgaste

de encostas, que no Brasil são conhecidas como falésias.

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2.11 As Principais Formas do Relevo Terrestre

Costuma-se definir as formas do relevo terrestre por seu aspecto, origem e composição, ou

seja, pela natureza das rochas que as compõem. Podemos diferenciar formas no relevo da terra:

montanhas, serras, planaltos, planícies e depressões.

2.11.1 Montanhas: são as maiores elevações encontradas na superfície terrestre. Dá-se o

nome de cordilheira a um conjunto de montanhas. Exemplo: Montanhas Rochosas (América do

Norte), Cordilheira dos Andes (América do Sul), Alpes (Europa), Himalaia (Ásia) e montes Atlas

(África).

2.11.2 Serras: são relevos alongados com topos irregulares, por vezes isoladas. Em geral

são alinhamentos de montanhas antigas que foram erodidas e mais tarde falhada. As

irregularidades que apresentam se devem a movimentos de acesso e descendo de blocos das

rochas fraturadas. A denominação serras também pode se referir às áreas de bordas de planalto

(escarpas).

2.11.3 Planaltos: são relevos aplainados que, por sua altitude (em geral superior a 300

metros), destacam se em relação às áreas circundantes. Suas bordas são irregulares e apresentam

saliências e reentrâncias resultantes da ação de um ou mais agentes erosivos (chuva, rio, vento).

Dependendo da natureza das rochas, os planaltos podem assumir diferentes formas. No Brasil, por

exemplo, nossos planaltos apresentam: chapadas – elevação com escarpas verticais e topo plano;

escarpas – representam a passagem de áreas baixas para um planalto.

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2.11.4 Planície: superfície plana, formadas pelo acúmulo recente de sedimentos trazidos

pela ação do mar, dos rios, das chuvas ou mesmo de lagos.

2.11.5 Depressões:são áreas rebaixadas em relação aos relevos circundantes. Sua origem

pode estar ligada a processos de erosão ou a afundamentos provocados por falhamentos. Pode ser:

absoluta (abaixo do nível do mar) e relativa (acima do nível do mar).

2.12 Relevo Submarino

Os oceanos, assim como o continente, possuem relevo, ou seja, irregularidades na

superfície. O estudo sobre o relevo submarino teve início somente em meados do século XIX, no

entanto, a busca com maiores resultados ocorreu apenas após a década de 40, quando existiam

tecnologias e técnicas para uma melhor compreensão das informações coletadas.A partir de

diversas pesquisas ficou constatado que no fundo dos oceanos existem várias formas de relevo,

porém as principais são:

a) Planalto continental: corresponde a uma zona de transição entre a massa

continental e o fundo dos oceanos, a declividade entre os pontos é modesta; o

relevo possui 70 quilômetros de largura e 200 metros de profundidade.

b) Ilhas oceânicas: são pequenas extensões de terras emersas que se formam no fundo

dos oceanos e afloram na superfície. - Talude continental: área de alta declividade e

muito estreita. Esse tipo de relevo tem início a 200 metros de profundidade e pode

atingir aproximadamente 2.000 metros.

c) Bacia oceânica: área sedimentar que se encontra em regiões profundas do oceano

com profundidade que oscila entre 2.000 a 5.000 metros e relevo suave.

d) Fossas oceânicas: áreas profundas dos oceanos que podem mais de atingir 8.000

metros.

e) Cadeias oceânicas: As maiores cadeias de montanhas do mundo estão localizadas

no assoalho oceânico.

f) Dorsais Marinhas: São grandes cadeias montanhosas imersas, de origem

tectônica. As mais elevadas podem emergir à superfície, constituindo as ilhas

oceânicas.

g) Taludes: São zonas de encostas entre as bacias oceânicas e a plataforma ocidental.

h) Plataforma continental: Planaltos imersos que rodeiam todos os continentes. É a

continuação da área continental emersa que atinge uma profundidade de até 200 m.

A superfície apresenta-se topograficamente plana e os declives pouco acentuados.

A plataforma continental é uma área de grande importância econômica, pois é

favorável para a pesca e para a prospecção do petróleo.

i) Regiões Abissais: regiões de maior profundidade do oceano. São fossas ou fraturas

tectônicas imergidas. Ilhas costeiras: Situam-se na plataforma continental.

j) Ilhas Oceânicas: são picos elevados e emersos de grandes cadeias dorsais.

k) Falésias: são formas de relevo litorâneo de grande declive com alturas variadas.

Formam-se a partir da ação das ondas do mar sobre as rochas.

l) Barreiras: são escarpas de tabuleiros constituídas por rochas sedimentares.

Sãocaracterizadas pelas baixas altitudes.

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2.13 Principais Estruturas Geológicas da Terra

A estrutura geológica e mineralógica da crosta está na base da natureza e da cultura dos

seres vivos.

2.13.1 ESCUDOS CRISTALINOS: são os terrenos mais antigos da crosta terrestre,

formados pelo choque de massas continentais que ocorreram há milhões de anos durante a era Pré-

Cambriana (Arqueozoica e Proterozoica). Os escudos cristalinos são constituídos de rochas

magmáticas, exibem rochas metamórficas, que são o resultado da transformação das rochas

magmáticas, sedimentares ou até mesmo outras metamórficas, por meio de processos químicos e

físicos nas grandes profundidades da Terra.

2.13.2 BACIAS SEDIMENTARES: foram formadas nas eras paleozoicas e mesozoica,

com a erosão das rochas dos escudos cristalinos- após o desgaste dos maciços, seus sedimentos

foram se depositando em regiões mais baixas. O acumulo desses detritos, somado aos restos

orgânicos, leva à formação de rochas sedimentares pelo processo de litificação. Essa deposição é

feita em camadas. O calcário, presente em cavernas, o arenito e o carvão são exemplos de rochas

sedimentares.

2.13.3 DOBRAMENTOS MODERNOS: trata-se das formações mais recentes da crosta

terrestre, surgidas do choque entre placas ocorrido entre o fim da era mesozoica e o inicio da

Cenozoica. As rochas são mais flexíveis e situam-se na zona de contato entre placas tectônicas.

Nessa região de grande instabilidade e frequentes movimentos sísmicos, encontraram-se

montanhas e vulcões ativos e extintos.

No Brasil, os escudos cristalinos ocupam cercade 35% da superfície brasileira, enquanto as

bacias sedimentares se estendem por cerca de 58%; o derrame de material vulcânico recobriu os

restantes 7% do território. A

As rochas cristalinas agrupam-se em estruturas ou províncias geológicas chamadas

escudos. De forma genérica, identificam-se dois grandes escudos no Brasil: o da Guiana e o

Brasileiro, este último dividido em uma série de núcleos menores.

Quando depressões dos escudos são preenchidas por detritos ou sedimentos formam-se as

bacias sedimentares. Sua importância econômica relaciona-se com a possibilidade de ocorrência

de combustíveis fósseis, como o petróleo e o carvão mineral.

Identificam-se em terras brasileiras 8 bacias sedimentares, que ocupam a maior parte do

seu território. As rochas vulcânicas, por vezes, sofrem intemperismo (desagregação físico-

química), dando origem a um dos solos mais férteis do país, a chamada terra roxa.

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2.14 CLASSIFICAÇÃO DO RELEVO BRASILEIRO

2.14.1 Aroldo de Azevedo (década de 40)

Divisão do relevo

Planaltos: Guianas; Brasileiro (Central, Atlântico,

Meridional).

Planícies: Amazônica, Pantanal, Costeira, Pampas.

Critério: Nível Altimétrico

Planalto: superfície levemente ondulada com mais de 200 m

de altitude.

Planície: superfície aplainada com menos de 200 m de

altitude.

2.14.2 Aziz Ab’ Saber (década de 50)

Divisão do relevo:

Planaltos: Guianas; Brasileiro (Maranhão – Piauí,

Nordestino, Central, Serras e Planaltos do Leste e Sudeste,

Meridional, Uruguaio – Sul – rio – grandense).

Planície e terras baixas associadas: Amazônia e Costeira.

Planície típica: Pantanal.

Critérios: Processos de erosão e sedimentações

Planaltos: superfície e aplainada (ou suavemente

ondulada), onde atualmente se verifica o domínio do

processo erosivo sobre o sedimentar.

Planície: superfície onde o processo de sedimentação é

mais atualmente e independe do nível altimétrico.

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2.14.3 Jurandyr L. S. Ross (década de 70 a 85)

Divisão do relevo:

11 planaltos, 11 depressões e 6 planícies. As depressões ocupam a maior parcela do território; em

segundo lugar estão as áreas planálticas e, com uma participação mínima, em terceiro lugar, estão

as planícies.

Critérios: Associar informações sobre o processo de erosão e de sedimentação dominantes

na atualidade com informações sobre a base geológica-estrutural do terreno, bem como do nível

altimétrico.

Segundo esse critério, define-se planalto como uma superfície irregular, com altitudes

superiores a 300 metros e originado a partir da erosão sobre rochas cristalinas ou sedimentares.

Depressão é uma superfície geralmente mais plana que os planaltos, com inclinação suave e com

altitudes que variam entre 100 e 500 metros, resultante de prolongados processos erosivos,

também sobre superfícies cristalinas ou sedimentares. Planície é uma superfície extremamente

plana originada pelo acúmulo recente de sedimentos fluviais, marinhos ou lacustres.

Além dessas formas de primeira grandeza, a classificação de Jurandyr Ross destaca – à

semelhança das classificações anteriores – formas de menor grandeza (como escarpas, serras e

tabuleiros) embutidas nas primeiras.

17

2.15 Perfis de Relevo

18

EXERCÍCIOS

1(ENEM-2014)

A partir da análise da imagem, o aparecimento da Dorsal Mesoatlântica está associada

ao (à):

a) separação da Pangeia a partir do período Permiano.

b) deslocamento de fraturas no período Triássico.

c) afastamento da Europa no período Jurássico.

d) formação do Atlântico Sul no período Cretáceo

e) constituição de orogêneses no período Quaternário.

2) A teoria da Tectônica de Placas explica como a dinâmica interna da Terra é

responsável pela estrutura da litosfera, sendo INCORRETO afirmar:

a) A litosfera é a parte rígida que compõe a crosta terrestre; é segmentada em placas que

flutuam em várias direções sobre o manto.

19

b) O movimento das placas pode ser convergente ou divergente, aproximando-as ou

afastando-as, ou ainda deslizando-as uma em relação à outra.

c) O tectonismo é responsável por fenômenos como formação de cadeias montanhosas,

deriva dos continentes, expansão do assoalho oceânico, erupções vulcânicas e terremotos.

d) As placas continentais e oceânicas possuem semelhante composição mineralógica

básica, uma vez que essas placas compõem a crosta terrestre.

e) A astenosfera é uma camada que localiza-se no manto, apresentando uma composição

pastosa, com um magma que se encontra em constante movimento.

3 ( ENEM/2010)

O esquema mostra depósitos em que aparecem fósseis de animais do Período Jurássico.

As rochas em que se encontram esses fósseis são:

a) magmáticas, pois a ação de vulcões causou as maiores extinções desses animais já

conhecidas ao longo da história terrestre.

b) sedimentares, pois os restos podem ter sido soterrados e litificados com o restante dos

sedimentos.

c) magmáticas, pois são as rochas mais facilmente erodidas, possibilitando a formação de

tocas que foram posteriormente lacradas.

d) sedimentares, já que cada uma das camadas encontradas na figura simboliza um evento

de erosão dessa área representada.

e) metamórficas, pois os animais representados precisavam estar perto de locais quentes.

20

4 (UFMG/2009) Leia estes trechos:

“O interior do Ceará voltou a ser atingido por tremores de terra na madrugada de

ontem, com abalos sísmicos que alcançaram até 3,9 graus na escala Richter.” Folha de S.

Paulo, 10 mar. 2008. p. C1. (Adaptado)

“A terra voltou a tremer na região de Caraíbas, no Norte de Minas Gerais. O abalo

sísmico de 4,0 graus na escala Richter ocorreu anteontem à noite, onde, em dezembro de

2007, terremoto causou a morte da primeira vítima de um tremor de terra no País.”

Estado de Minas, 21 de mar. 2008. p. 22. (Adaptado)

“Por volta das 21h de anteontem, um tremor de terra de 5,2 graus na escala Richter

assustou moradores de São Paulo, Rio, Paraná e Santa Catarina. Com epicentro na costa

brasileira, a cerca de 270 km da capital paulista, o terremoto foi considerado moderado

por cientistas e geólogos do País.” Folha de S. Paulo, 24 abr. 2008. p. C4. (Adaptado)

Considerando-se essas informações e outros conhecimentos sobre o assunto, é

INCORRETO afirmar que:

a) a ausência de vítimas no terremoto que afetou parte de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná

e Santa Catarina é explicada pelo fato de, no Centro-Sul do País, a construção civil

empregar técnicas antiterremotos eficazes em países como o Japão.

b) a escala Richter é utilizada para quantificar a magnitude sísmica de um terremoto

ocorrido em continente ou em oceano, desde aqueles registrados somente pelos

sismógrafos, até aqueles outros sentidos pelo homem e causadores de grande destruição.

c) a mídia, ao fazer uso das expressões “tremor de terra”, “abalo sísmico” e “terremoto”,

está-se referindo a um fenômeno geológico, que tem sua origem associada à mobilidade e

ao deslocamento das placas litosféricas.

d) as áreas continentais distantes das bordas de placas tectônicas – como é o caso de grande

parte do território brasileiro – se revelam, também, sismicamente instáveis, embora, nelas,

os terremotos apresentem magnitude e frequência reduzidas.

5 (Udesc 2014) O relevo corresponde às formas do terreno que foram moldadas pelos

agentes internos e externos sobre a crosta terrestre. Cada forma de relevo corresponde a um

estado da atuação desses agentes. Analise as proposições referentes ao relevo.

I. Planalto é um compartimento do relevo com superfície irregular e altitude superior a

300 metros, onde predominam processos erosivos.

II. Planície é uma parte do relevo com superfície plana e altitude igual ou inferior a 100

metros, onde predominam os acúmulos recentes de sedimentos.

III. Depressão é uma fração do relevo mais plano que o planalto, onde predominam

processos erosivos, com suave inclinação e altitude entre 100 e 500 metros.

IV. No Brasil predominam planaltos e depressões.

V. Talude é a parte do relevo submarino, onde há o encontro da crosta continental com a

21

crosta oceânica, formando desníveis de profundidade variável que chegam a atingir3 mil

metros.

Assinale a alternativa correta

.

a) Somente as afirmativas II e IV são verdadeiras.

b) Somente as afirmativas I, II e V são verdadeiras.

c) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras.

d) Somente a afirmativa V é verdadeira.

e) Todas as afirmativas são verdadeiras.

6 (CTU/2008.2) Sobre o relevo brasileiro, marque a alternativa correta.

a) É muito antigo, por isso apresenta grandes cadeias de montanhas no planalto das

Guianas.

b) Sua formação, em mares de morro, favorece um clima mais ameno e com vegetação

predominante de araucárias.

c) A chapada da Borborema, no Nordeste, facilita a passagem da massa tropical atlântica,

ocasionando chuva na região.

d) A ausência de vulcões no território brasileiro se deve ao baixo grau geotérmico da

América do Sul.

e) É formado, em sua maioria, por bacias sedimentares, sendo muito antigo e baixo em

função do processo erosivo ao longo dos anos.

7 (UFOP/2005-2)

A figura a seguir apresenta a área de ocorrência do tsunami, provocado por terremotos,

no fim de dezembro último (2004), o que vitimou milhares de pessoas. Com base no mapa

e em seus conhecimentos, é incorreto afirmar:

22

a) Considerando a área afetada, pode-se dizer que o tsunami ocorreu em região tropical e

atingiu somente países do continente asiático.

b) Considerando a localização geológica, foi um fenômeno originado pelo choque das

placas tectônicas localizadas sob o Oceano Índico e seu epicentro ocorreu no norte da ilha

de Sumatra.

c) Considerando as características econômicas dos países atingidos, pode-se afirmar que o

fenômeno atingiu países subdesenvolvidos.

d) Considerando as coordenadas geográficas, pode-se afirmar que o fenômeno atingiu

países localizados no sul e sudeste da Ásia e no leste da África.

8 (CTU/2007.2)

Analisando a distribuição geográfica das placas tectônicas, vulcões e zonas sujeitas a

terremotos, pode-se concluir que:

a) a grande maioria está nos países do Sul.

b) esses fenômenos ocorrem nas chamadas planícies sedimentares.

c) todas as regiões de atividade sísmica intensa estão sobre os limites de placas tectônicas.

d) nas zonas de contato das placas tectônicas, a crosta se torna mais rígida, favorecendo o

escape de magma.

e) o deslocamento das placas tectônicas sempre causa um choque, seguido de um terremoto

e/ou vulcanismo.

9 (CTU/2007.2)

Trata-se de uma área relativamente plana, com profundidade média de 200 metros e é

23

bastante favorável à exploração de petróleo e gás natural. Essa é a definição do

compartimento do relevo submarino denominado:

a) crosta oceânica

b) região pelágica ou abissal

c) fossa submarina

d) talude marinho

e) plataforma continental

24

MÓDULO 2 CAPÍTULO 2 PEDOLOGIA

3- FORMAÇÃO DOS SOLOS

Uma rocha qualquer, ao sofrer intemperismo, transforma-se em solo, adquire maior

porosidade e, como decorrência, há penetração de ar e água, o que cria condições propícias para o

desenvolvimento de formas vegetais e animais. Estas, por sua vez, passam a fornecer matéria

orgânica à superfície do solo, aumentando cada vez mais sua fertilidade. Assim, o solo é

constituído por rocha intemperizada, ar, água e matéria orgânica, formando um manto de

intemperismo que recobre superficialmente as rochas da crosta terrestre. A matéria orgânica,

fornecida pela fauna e pela flora decompostas, encontra-se concentrada apenas na camada superior

do solo.

Essa camada é chamada de horizonte A, o mais importante para a agricultura, dada a sua

fertilidade. Logo abaixo, com espessura variável de acordo com o clima, responsável pela

intensidade e velocidade da decomposição da rocha, encontramos rocha intemperizada, ar e água,

que formam o horizonte B. Em seguida, encontramos rocha em processo de decomposição

(horizonte C) e, finalmente, a rocha matriz (horizonte D), que originou o manto de intemperismo

ou o solo que a recobre. Sob as mesmas condições climáticas, cada tipo de rocha origina um tipo

de solo diferente, ligado à sua constituição mineralógica: do basalto, por exemplo, originou-se a

terra roxa; do gnaisse, o solo de massapé, e assim por diante.

É importante destacar que solos de origem sedimentar, encontrados em bacias sedimentares

e aluvionais, não apresentam horizontes, por se formarem a partir do acúmulo de sedimentos em

uma depressão, e não por ação do intemperismo, mas são extremamente férteis, por possuírem

muita matéria orgânica.

O principal problema ambiental relacionado ao solo é a erosão superficial ou desgaste, que

ocorre em três fases: intemperismo, transporte e sedimentação. A intensidade da erosão hídrica

está diretamente ligada à velocidade de escoamento superficial da água: quanto maior a velocidade

de escoamento, maior a capacidade da água de transportar material em suspensão; quanto menor a

velocidade, mais intensa a sedimentação.

A velocidade de escoamento depende da declividade do terreno e da densidade da

cobertura vegetal. Em uma floresta a velocidade é baixa, pois a água encontra muitos obstáculos

(raízes, troncos, folhas) à sua frente e, portanto, muita água se infiltra no solo. Em uma área

desmatada, a velocidade de escoamento superficial é alta e a água transporta muito material em

suspensão, o que intensifica a erosão e diminui a quantidade de água que se infiltra no solo.

Assim, para combater a erosão superficial, há dois caminhos: manter o solo recoberto por

vegetação ou quebrar a velocidade de escoamento utilizando a técnica de cultivo em curvas de

nível, seja seguindo as cotas altimétricas na hora da semeadura, seja plantando em terraços.

Para a conservação dos solos, deve-se evitar a prática das queimadas, que acabam com a

matéria orgânica do horizonte A. Somente em casos especiais, na agricultura, deve-se utilizar essa

prática para combater pragas ou doenças.

Um problema natural relacionado aos solos de clima tropical, sujeitos a grandes índices

pluviométricos, é a erosão vertical, representada pela lixiviação e pela laterização. A água que se

infiltra no solo escoa através dos poros, como em uma esponja, e vai, literalmente, lavando os sais

25

minerais hidrossolúveis (sódio, potássio, cálcio, etc.), o que retira a fertilidade do solo. Essa

“lavagem” chama-se lixiviação. Paralelamente a esse processo, ocorre a laterização ou surgimento

de uma crosta ferruginosa laterita – popularmente chamada de canga no interior do Brasil – que

em certos casos chega a impedir a penetração das raízes no solo.

3.1 Fertilidade dos Solos

Os solos podem ser classificados em “agricultáveis” e “não agricultáveis”. As áreas mais

exploradas para a produção agropecuária são aquelas com climas favoráveis com pluviosidade e

temperaturas adequadas, e solos férteis.

A fertilidade natural dos solos depende, primeiramente, da sua composição química

(nutrientes). Além disso, ela está ligada à capacidade de reter água e matéria orgânica (o que

depende da presença de argilas) e de reter oxigênio (que depende da estrutura física já que o solo

precisa ser poroso e “aerado”).

3.1.1 Alguns exemplos de solos férteis:

No Brasil:

Região Sul e região Centro-Oeste com os latossolos vermelhos, conhecidos como “terra roxa”.

Recôncavo Baiano (Bahia) região com o solo massapê, argiloso e de elevada fertilidade química

natural.

No mundo:

Vale do Rio Nilo (Egito);

Vale do Rio Mississipi (Estados Unidos);

26

Mapa de Solos BrasileirosFonte: Embrapa Solos. Mapa de solos do Brasil na escala

1:5.000.000.

3.2 Conceituação Básica

Pedologia o termo pedon, deriva do grego, significa solo ou terra, portanto, a Pedologia é a

ciência que estuda a origem, a evolução e a classificação dos solos. Edafologia o termo edafos,

derivado do grego, significa terreno ou chão, sendo que a Edafologia é a ciência que estuda a parte

superficial do solo onde o ser humano cultiva os diversos tipos de plantas.

Solo do ponto de vista pedológico, ele pode ser definido como a camada superficial da

litosfera resultante do intemperismo (físico-químico), sendo composto por quatro elementos

básicos: matéria orgânica, minerais, água e ar.

Os Horizontes são camadas com características diferenciadas que compõem o solo. Perfil

do solo conjunto dos horizontes que vão da superfície até o regolito e que pode ser observado, na

prática, nos cortes topográficos de rodovias. Quando se tem um solo bastante desenvolvido e

completo, ele é constituído principalmente por 3 horizontes: A, B e C. A subdivisão dos horizontes

pode ser feita incluindo os algarismos arábicos 1, 2 e 3 ao horizonte principal.

27

O tempo Geológico e a evolução geológica da rocha geradora do solo também é um fator

importante na pedogênese (desagregação das rochas da crosta a partir do intemperismo),

principalmente na espessura do seu perfil. Logicamente, o tempo associado ao clima e ao tipo de

material será determinante para os estágios de formação de um solo. Daí, o fato de termos os solos

jovens ou pouco desenvolvidos e os solos maduros ou bem desenvolvidos.

3.3 Formação e Perfis de Solo em Climas Úmidos

Nos solos maduros podem ser identificados os seguintes horizontes no solo

http://brasilescola.uol.com.br/geografia/o-solo.htm

A seguir, um detalhamento das características principais de cada perfil do solo.

Horizonte O – é o horizonte orgânico formado a partir da decomposição de materiais

orgânicos de origem animal e vegetal.

Horizonte A – é o horizonte mineralógico que, como o nome indica, é composto por

compostos minerais oriundos da rocha mãe (a rocha que se decompôs e deu origem ao solo) e

também de outras áreas. Geralmente, essa camada apresenta uma boa quantidade de material

orgânico decomposto, o que faz com que também se chame de solo humífero.

Horizonte B – é o horizonte de composição essencialmente mineral. Ele é formado pela

acumulação de argila e também de oxi-hidróxicos de ferro e alumínio.

28

Horizonte C – é a zona de transição entre o solo e a sua rocha formadora, sendo chamado

também de saprolito. É formado por alguns sedimentos maiores e menos decompostos,

representando o processo de decomposição da rocha.

Os elementos e as características do solo costumam seguir uma combinação de diferentes

características, tais como: o tipo de rocha mãe, idade do solo, transporte de sedimentos advindos

de outras áreas, presença de matéria orgânica resultante da decomposição de seres vivos, entre

outras. Por esse motivo, diferentes classificações são utilizadas com base em diferentes critérios

preestabelecidos.

Por exemplo, se levarmos em conta a profundidade, os solos dividem-se em rasos (menos

de 50 cm), semiprofundos (50 a 100 cm), profundos (100 cm a 200 cm) e muito profundos (mais

de 200 cm). Já pela drenagem, eles podem ser classificados em excessivamente drenados, bem

drenados e mal drenados. Existem ainda muitos outros critérios que originam nomes como

latossolos, luvissolos, solos argilosos, solos areníticos e muitos outros.

3.4 Classificação do Solo quanto à granulometria

3.4.1 Solos arenosos

São aqueles que têm grande parte de suas partículas classificadas na fração areia, de

tamanho entre 2 mm e 0,05mm, formado principalmente por cristais de quartzo e minerais

primários. Os solos arenosos têm boa aeração e capacidade de infiltração de água. Certas plantas e

microorganismos podem viver com mais dificuldades, no entanto, devido a pouca capacidade de

retenção de água.

3.4.2 Solos siltosos

São aqueles que têm grande parte de suas partículas classificadas na fração silte, de

tamanho entre 0,05 e 0,002mm, geralmente são muito erosíveis. O silte não se agrega como as

argilas e ao mesmo tempo suas partículas são muito pequenas e leves.

3.4.3 Solos argilosos

São aqueles que tem grande parte de suas partículas classificadas na fração argila, de

tamanho menor que 0,002mm (tamanho máximo de um colóide). Não são tão arejados, mas

armazenam mais água quando bem estruturados. São geralmente menos permeáveis, embora

alguns solos brasileiros muito argilosos apresentam grande permeabilidade - graças aos poros de

origem biológica. Sua composição é de boa quantidade de óxidos de alumínio (gibbsita) e de ferro

(goethita e hematita). Formam pequenos grãos que lembram a sensação táctil de pó-de-café e isso

lhes dá certas caraterísticas similares ao arenoso.

29

3.4.4 Latossolo

Possui a capacidade de troca de cations baixa, menor que 17 cmolc, presença de argilas de

baixa atividade (Tb), geralmente são solos muito profundos (maior que 2 m), bem desenvolvidos,

localizados em terrenos planos ou pouco ondulados, tem textura granular e coloração amarela a

vermelha escura.

3.4.5 Solo lixiviado

São aqueles que a grande quantidade de chuva carrega seus nutrientes, tornando o solo

pobre (pobre de potássio, e nitrogênio).

3.4.6 Solos negros das Planícies e das Pradarias

São aqueles que são ricos em matéria orgânica.

3.4.7 Solo Árido

São aqueles que pela ausência de chuva não desenvolvem seu solo.

3.4.8 Solos de Montanhas

São aqueles que o solo é jovem.

30

EXERCÍCIOS

1- Como os combustíveis energéticos, as tecnologias da informação são, hoje em dia,

indispensáveis em todos os setores econômicos. Através delas, um maior número de

produtores é capaz de inovar e a obsolescência de bens e serviços se acelera. Longe de

estender a vida útil dos equipamentos e a sua capacidade de reparação, o ciclo de vida

desses produtos diminui, resultando em maior necessidade de matéria-prima para a

fabricação de novos.

GROSSARD, C. Le Monde Diplomatique Brasil. Ano 3, no 36, 2010 (adaptado).

A postura consumista de nossa sociedade indica a crescente produção de lixo,

principalmente nas áreas urbanas, o que, associado a modos incorretos de deposição,

a) provoca a contaminação do solo e do lençol freático, ocasionando assim graves

problemas socioambientais, que se adensarão com a continuidade da cultura do consumo

desenfreado.

b) produz efeitos perversos nos ecossistemas, que são sanados por cadeias de organismos

decompositores que assumem o papel de eliminadores dos resíduos depositados em lixões.

c) multiplica o número de lixões a céu aberto, considerados atualmente a ferramenta capaz

de resolver de forma simplificada e barata o problema de deposição de resíduos nas

grandes cidades.

d) estimula o empreendedorismo social, visto que um grande número de pessoas, os

catadores, têm livre acesso aos lixões, sendo assim incluídos na cadeia produtiva dos

resíduos tecnológicos.

e) possibilita a ampliação da quantidade de rejeitos que podem ser destinados a

associações e cooperativas de catadores de materiais recicláveis, financiados por

instituições da sociedade civil ou pelo poder público.

2-Um dos principais objetivos de se dar continuidade às pesquisas em erosão dos solos é o

de procurar resolver os problemas oriundos desse processo, que, em última análise, geram

uma série de impactos ambientais. Além disso, para a adoção de técnicas de conservação

dos solos, é preciso conhecer como a água executa seu trabalho de remoção, transporte e

deposição de sedimentos. A erosão causa, quase sempre, uma série de problemas

ambientais, em nível local ou até mesmo em grandes áreas.

GUERRA, A. J. T. Processos erosivos nas encostas. In: GUERRA, A. J. T.; CUNHA, S. B.

Geomorfologia: uma atualização de bases e conceitos. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil,2007

(adaptado).

A preservação do solo, principalmente em áreas de encostas, pode ser uma solução para

evitar catástrofes em função da intensidade de fluxo hídrico. A prática humana que segue

no caminho contrário a essa solução é

A) a aração.

B) o terraceamento.

31

C) o pousio.

D) a drenagem.

E) o desmatamento.

3- (Enem) O esquema representa um processo de erosão em encosta. Que prática realizada

por um agricultor pode resultar em aceleração desse processo?

Formação de Voçorocas (Detalhe)

Teixeira , W. et al. Decifrando a Terra. São Paulo: Nacional, 2009 (adaptado).

a) Plantio direto.

b) Associação de culturas.

c) Implantação de curvas de nível.

d) Aração do solo, do topo ao vale.

e) Terraceamento na propriedade.

4-(Enem) Muitos processos erosivos se concentram nas encostas, principalmente aqueles

motivados pela água e pelo vento. No entanto, os reflexos também são sentidos nas áreas

de baixada, onde geralmente há ocupação urbana. Um exemplo desses reflexos na vida

cotidiana de muitas cidades brasileiras é

a) a maior ocorrência de enchentes, já que os rios assoreados comportam menos água em

seus leitos.

b) a contaminação da população pelos sedimentos trazidos pelo rio e carregados de

matéria orgânica.

c) o desgaste do solo em áreas urbanas, causado pela redução do escoamento superficial

pluvial na encosta.

d) a maior facilidade de captação de água potável para o abastecimento público, já que é

maior o efeito do escoamento sobre a infiltração.

e) o aumento da incidência de doenças como a amebíase na população urbana, em

decorrência do escoamento de água poluída do topo das encostas.

32

5-As queimadas, cenas corriqueiras no Brasil, consistem em prática cultural relacionada

com um método tradicional de “limpeza da terra” para introdução e/ou manutenção de

pastagem e campos agrícolas. Esse método consiste em: (a) derrubar a floresta e esperar

que a massa vegetal seque; (b) atear fogo, para que os resíduos grosseiros, como troncos e

galhos, sejam eliminados e as cinzas resultantes enriqueçam temporariamente o solo.

Todos os anos, milhares de incêndios ocorrem no Brasil, em biomas como Cerrado,

Amazônia e Mata Atlântica, em taxas tão elevadas, que se torna difícil estimar a área total

atingida pelo fogo. Um modelo sustentável de desenvolvimento consiste em aliar

necessidades econômicas e sociais à conservação da biodiversidade e da qualidade

ambiental. Nesse sentido, o desmatamento de uma floresta nativa, seguido da utilização de

queimadas, representa:

a) método eficaz para a manutenção da fertilidade do solo.

b) atividade justificável, tendo em vista a oferta de mão de obra.

c) ameaça à biodiversidade e impacto danoso à qualidade do ar e ao clima global.

d) destinação adequada para os resíduos sólidos resultantes da exploração da madeira.

e) valorização de práticas tradicionais dos povos que dependem da floresta para sua

sobrevivência.

6-Observe o mapa e as figura Correlacionando-se os elementos que atuam na formação

dos solos, assinale a alternativa que CORRETAMENTE associa o perfil de solo à sua

respectiva localização no mapa.

33

a) X1; Y2;Z3.

b) X2;Y1; Z3.

c)X3; Y1;Z2.

d) X2;Y3; Z1.

e)X1; Y3;Z2.

7-Observe a gravura.

Ela representa o processo de formação do solo. De acordo com a gravura e a

pedogênese é CORRETO afirmar que:

a) a baixa capacidade de drenagem de um solo é identificada pela cor avermelhada, porque

os óxidos de ferro são levados para o lençol freático.

b) a natureza e o número de horizontes permanecem os mesmos em todos os tipos de

solos, variando apenas a espessura dos horizontes.

c) o horizonte C é o horizonte onde ocorre grande atividade biológica, por isso tem

coloração clara pela presença da rocha consolidada.

d) o solo é substrato onde evoluem outros sistemas, tais como os componentes da

paisagem: relevo, vegetação, comportamento hídrico.

e) o tipo de solo representado nesse perfil é o litossolo, porque o horizonte A está

assentado diretamente sobre a rocha.

8-O gráfico relaciona diversas variáveis ao processo de formação de solos.

34

A interpretação dos dados mostra que a água é um dos importantes fatores de pedogênese,

pois nas áreas...

a) de clima temperado ocorrem alta pluviosidade e grande profundidade de solos.

b) tropicais ocorre menor pluviosidade, o que se relaciona com a menor profundidade das

rochas inalteradas.

c) de latitudes em torno de 30o ocorrem as maiores profundidades de solo, visto que há

maior umidade.

d) tropicais a profundidade do solo é menor, o que evidencia menor intemperismo químico

da água sobre as rochas.

e) de menor latitude ocorrem as maiores precipitações, assim como a maior profundidade

dos solos.

9-Leia o texto abaixo:

Voçorocas: a erosão que ameaça cidades

Quem viaja pela serra da Mantiqueira (sul de Minas Gerais) e vale do Paraíba, ou observa

as colinas do oeste de São Paulo e norte do Paraná, nota a presença de fendas e cortes

disseminados nas vertentes cada vez mais frequentes: são as boçorocas (ou voçorocas),

temidas pelos moradores locais porque constituem feições erosivas, altamente destrutivas,

que rapidamente se ampliam, ameaçando campos, solos cultivados e zonas povoadas.

Teixeira, Wilson; Toledo, Maria Cristina Motta; Fairchild , Thomas Rich; Taioli , Fabio (Org.).

Decifrando a Terra. São Paulo:Companhia Editora Nacional, 2008. p. 128.

Com relação ao processo erosivo descrito julgue os itens abaixo:

I) Esses cortes se instalam em vertentes sobre o manto intempérico, sedimentos ou rochas

sedimentares pouco consolidadas, e podem ter profundidades de decímetros até vários

metros.

II) A erosão eólica é a principal responsável pelo processo de formação dos sulcos ou

ravinas.

III) A evolução de sulcos de drenagem para a boçoroca normalmente é causada pela

alteração das condições ambientais do local.

IV) A ação antrópica não possui relação com o processo erosivo, pois a formação de

sulcos ou ravinas é um processo natural.

Estão corretos apenas os itens:

a) I, II e III.

b) III e IV

c) I e III

d) II e IV

e) II, III e IV

35

10- (Enem) Muitos processos erosivos se concentram nas encostas, principalmente

aqueles motivados pela água e pelo vento. No entanto, os reflexos também são sentidos

nas áreas de baixada, onde geralmente há ocupação urbana. Um exemplo desses reflexos

na vida cotidiana de muitas cidades brasileiras é

a) a maior ocorrência de enchentes, já que os rios assoreados comportam menos água em

seus leitos.

b) a contaminação da população pelos sedimentos trazidos pelo rio carregados de matéria

orgânica.

c) o desgaste do solo nas áreas urbanas, causado pela redução do escoamento superficial

pluvial na encosta.

d) a maior facilidade de captação de água potável para o abastecimento público, já que é

maior o efeito do escoamento sobre a infiltração.

e) o aumento da incidência de doenças como a amebíase na população urbana, em

decorrência do escoamento de água poluída do topo das encostas.

11-(Enem)

Na imagem, visualizam-se um método de cultivo e as transformações provocadas no

espaço geográfico. O objetivo imediato da técnica agrícola utilizada é:

a) controlar a erosão laminar.

b) preservar as nascentes fluviais.

c)diminuir a contaminação química.

d) incentivar a produção transgênica.

e) implantar a mecanização intensiva.