Modelos AR, MA & ARMA

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Características dos Processos ARMA Bueno, 2011, Capítulos 2 e 3 Enders, 2009, Capítulo 2.2 a 2.6 Morettin e Toloi, 2006, Capítulo 5.2 Aula 02

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Características dos Processos ARMA

Bueno, 2011, Capítulos 2 e 3

Enders, 2009, Capítulo 2.2 a 2.6

Morettin e Toloi, 2006, Capítulo 5.2

Aula 02

Page 2: Modelos AR, MA & ARMA

A expressão geral de uma série temporal, para o caso

univariado, é dada por

xt = f(xt-1, xt-2, ..., at). (1)

Para que (1) se torne operacional, é necessário

especificarmos três fatos: a forma funcional de f(), o número

de lags, e uma estrutura para o termo aleatório.

Introdução

Page 3: Modelos AR, MA & ARMA

PROCESSOS ARMA

Page 4: Modelos AR, MA & ARMA

Se por exemplo, especificarmos uma função linear nos

parâmetros com apenas uma defasagem (lag) e uma

perturbação do tipo ruído branco estacionário (média zero,

variância constante e não-autocorrelacionada), o resultado

será o seguinte processo autorregressivo de primeira ordem,

AR(1):

xt = 0 + 1xt-1 + at. (2)

O processo autorregressivo de ordem p, AR(p), pode ser

escrito da seguinte forma:

xt = 0 + 1xt-1 + 2xt-2 + ...+ pxt-p + at. (3)

Processos AR

Page 5: Modelos AR, MA & ARMA

OPERADOR LAG

O operador lag (ou, operador defasagem), representado por

L, aplicado a uma variável indexada em t (tempo), dá o valor

anterior na série temporal.

Tem-se, assim,

Lxt = xt-1

L2xt = xt-2

(1 – L)xt = xt – Lxt = xt – xt-1 = xt

em que,

é conhecido como operador diferença.

Page 6: Modelos AR, MA & ARMA

Usando os resultados do slide anterior, em (3), podemos

escrever um modelo AR(p), como,

(1 – 1L – 2L2 – ... – pLp)xt

= 0 + at (4)

em que

(L) = 1 – 1L – 2L2 – ... – pLp

(polinômio autorregressivo de grau p)

Processos AR

Page 7: Modelos AR, MA & ARMA

Considere que xt siga o seguinte processo

xt = 0 + 1xt-1 + 2xt-2 + ...+ pxt-p + t

em que

t ~ RB(0,2).

Condições de Estacionariedade:

As raízes da equação característica (L) = 0, devem ser, em

módulo, maiores do que 1 (raízes fora do círculo unitário).

CONDIÇÃO DE ESTACIONARIEDADE

PROCESSO AR(p)

Page 8: Modelos AR, MA & ARMA

Considere que xt siga o seguinte processo

xt = 0 + 1xt-1 + t

em que

t ~ RB(0,2).

Prova-se que, se

|1| < 1,

então xt será considerado estacionário.

PROPRIEDADES DOS PROCESSOS AR

PROCESSO AR(1)

Page 9: Modelos AR, MA & ARMA

Caso |1| < 1, tem-se que

E(xt) = 0 / (1 – 1) = .

Ou seja, a esperança incondicional de xt é constante e

invariante no tempo.

Prova-se, também, que, se |1| < 1, a variância incondicional

de xt é constante e igual a

PROPRIEDADES DOS PROCESSOS AR

PROCESSO AR(1) – cont.

2

1

222

1)(

tx xE

Page 10: Modelos AR, MA & ARMA

Exercício*

a) Encontre a FACV do processo AR(1), que foi apresentado

nos slides anteriores.

b) Verifique que a FAC do processo é dada por

..., , h hhh 321

111 ,

PROPRIEDADES DOS PROCESSOS AR

PROCESSO AR(1) – cont.

Page 11: Modelos AR, MA & ARMA

Considere que xt siga o seguinte processo

xt = 0 + 1xt-1 + 2xt-2 + t

em que

t ~ RB(0,2).

Condições de Estacionariedade

2 + 1 < 1

2 - 1 < 1

-1 < 2 < 1

PROPRIEDADES DOS PROCESSOS AR

PROCESSO AR(2)

Page 12: Modelos AR, MA & ARMA

Baseando-se no resultado anterior, tem-se que

E(xt) = 0 / (1 – 1 – 2).

Ou seja, a esperança incondicional de xt é constante e

invariante no tempo.

Prova-se, também, que, sob as mesmas condições do slide

anterior, a variância incondicional de xt é constante e igual a

))()((

)(

21121121

221

0

PROPRIEDADES DOS PROCESSOS AR

PROCESSO AR(2) – cont.

Page 13: Modelos AR, MA & ARMA

Exercício

Prove que a FACV do processo AR(2) é dada por:

2211

2

01

0 ,2211 jjjj

com

PROPRIEDADES DOS PROCESSOS AR

PROCESSO AR(2) – cont.

Page 14: Modelos AR, MA & ARMA

221

21

221

11

5432211

e

com

hhhh ...,,,,

PROPRIEDADES DOS PROCESSOS AR

PROCESSO AR(2) – cont.

Exercício

Prove que a FAC do processo AR(2) é dada por:

Page 15: Modelos AR, MA & ARMA

pp

...1 2211

2

0

PROPRIEDADES DOS PROCESSOS AR

0 ,...2211 jpjpjjj

Do resultado anterior, prove que a FAC é dada por:

com

0 ,...2211 jpjpjjj

Exercício

Prove que a FACV do processo AR(p) é dada por:

PROCESSO AR(p)

Page 16: Modelos AR, MA & ARMA

FATO

Muitas vezes é difícil fazer a distinção entre processos AR de

diferentes ordens com base apenas nos correlogramas. (Pq?)

Função de Auto-correlação Parcial (FACP)

Essa distinção é possível com base no cálculo dos

coeficientes de correlação parcial.

Por exemplo, num processo AR(2), o parâmetro 2 é o

coeficiente de correlação parcial entre xt e xt-2, mantendo xt-1

constante.

PROPRIEDADES DOS PROCESSOS AR

Page 17: Modelos AR, MA & ARMA

Observação

De maneira geral, esperamos que:

a FAC empírica de uma série temporal estacionária que

seja modelada por um processo AR(p) amorteça para zero;

já a FACP, esperamos que seja aproximadamente zero para

todas as ordens superiores à ordem p do processo.

PROPRIEDADES DOS PROCESSOS AR

PROCESSO AR(p) – cont.

Page 18: Modelos AR, MA & ARMA

Exemplos

Observando os correlogramas, a seguir, indique um modelo

inicial para cada série temporal.

PROPRIEDADES DOS PROCESSOS AR

Page 19: Modelos AR, MA & ARMA

PROCESSOS ARMA

Page 20: Modelos AR, MA & ARMA

É possível assumir que o termo de perturbação at tenha uma

estrutura expressa por

at = t – 1t-1 – ... – qt-q (5)

em que

t é um processo ruído branco estacionário.

Ou seja, aqui estamos assumindo que at não é um processo

ruído branco.

Processos MA

Voltando à expressão geral de uma série temporal,

xt = f(xt-1, xt-2, ..., at). (1)

Page 21: Modelos AR, MA & ARMA

Dessa forma, uma possível especificação para o processo xt

é dada por um processo de médias móveis de ordem q,

MA(q):

xt = 0 + t – 1t-1 – ... – qt-q. (6)

Usando os resultados do slide 5, em (6), podemos escrever

xt = 0 + (1 – 1L – 2L

2 – ... – qLq)t (7)

em que

(L) = 1 – 1L – 2L2 – ... – qLq

(polinômio de médias móveis de grau q)

As equações (6) e (7) especificam um processo MA(q) puro.

Processos MA

Page 22: Modelos AR, MA & ARMA

O processo MA(1) é dado por

xt = 0 + t – 1t-1

em que

t ~ RB(0,2).

Não é difícil mostrar que

E(xt) = E(0 + t – 1t-1) = 0.

Ou seja, a esperança incondicional de xt é constante e

invariante no tempo.

PROPRIEDADES DOS PROCESSOS MA

PROCESSO MA(1)

Page 23: Modelos AR, MA & ARMA

Ainda, a variância incondicional de

xt = 0 + t – 1t-1

é dada por:

PROPRIEDADES DOS PROCESSOS MA

PROCESSO MA(1) – cont.

2

1

222

1

2

111

2

1

111100

1

,2)()(

)()(

tttt

ttttt

CovVarVar

VarVarxVar

Page 24: Modelos AR, MA & ARMA

Ainda, a FACV é dada por

PROPRIEDADES DOS PROCESSOS MA

PROCESSO MA(1) – cont.

2 ,0

1 ,

0 ,)1(

2

1

22

1

Page 25: Modelos AR, MA & ARMA

PROPRIEDADES DOS PROCESSOS MA

PROCESSO MA(1) – cont.

Baseado no resultado anterior, não é difícil ver que a FAC fica

dada por

0... )1(

322

1

11

Ou seja, no caso do MA(1) a FAC trunca no lag 1.

Page 26: Modelos AR, MA & ARMA

O processo MA(1) pode ser invertido para dar t como uma

série infinita em função de xt, xt-1, ...

t = xt + 1xt-1 + 12xt-2 + ...

xt = t – 1xt-1 – 12xt-2 – ...

ou, ainda,

que é um processo AR().

PROPRIEDADES DOS PROCESSOS MA

PROCESSO MA(1) – cont.

Observação

Page 27: Modelos AR, MA & ARMA

Todavia, a equação

xt = t – 1xt-1 – 12xt-2 – ...

só fará sentido se

| 1 | < 1.

Se tal restrição não for observada, então os valores mais

distantes de xt terão um maior efeito no valor presente.

PROPRIEDADES DOS PROCESSOS MA

PROCESSO MA(1) – cont.

Observação (cont.)

Page 28: Modelos AR, MA & ARMA

A condição |1| < 1, é conhecida por condição de

invertibilidade. É semelhante à condição de estacionariedade

para um processo AR(1), mas a estacionariedade de um

processo MA(1) não impõe nenhuma condição para 1.

PROPRIEDADES DOS PROCESSOS MA

PROCESSO MA(1) – cont.

Observação (cont.)

Page 29: Modelos AR, MA & ARMA

Ainda, como a equação xt = t – 1xt-1 – 12xt-2 – ... denota um

AR(), as auto-correlações parciais não caem bruscamente,

mas, decrescem, amortecendo gradualmente para zero; mas,

como vimos anteriormente, as auto-correlações são iguais a

zero a partir da segunda, inclusive.

PROPRIEDADES DOS PROCESSOS MA

PROCESSO MA(1) – cont.

Observação (cont.)

Page 30: Modelos AR, MA & ARMA

As propriedades de um processo MA(1) puro são exatamente

ao contrário das de um processo AR(1) puro. Ou seja, a FAC

de um processo MA(1) é nula após o lag 1 e a FACP decai

exponencialmente para zero.

PROPRIEDADES DOS PROCESSOS MA

PROCESSO MA(1) – cont.

Observação (cont.)

Page 31: Modelos AR, MA & ARMA

O processo MA(q) é dado por

xt = 0 + t – 1t-1 – 2t-2 – ... – qt-q

em que

t ~ RB(0,2)

Condições de Invertibilidade:

As raízes da equação característica (L) = 0 devem estar fora

do círculo unitário, em que

(L) = 1 – 1L – 2L2 – ... – qLq.

PROPRIEDADES DOS PROCESSOS MA

PROCESSO MA(q)

Page 32: Modelos AR, MA & ARMA

Em geral, num processo estacionário MA(q), os q primeiros

coeficientes da FAC são diferentes de zero, e os restantes

iguais a zero. Já os coeficientes da FACP, apresentam um

decaimento amortecido para zero.

Observação

PROPRIEDADES DOS PROCESSOS MA

PROCESSO MA(q) – cont.

Page 33: Modelos AR, MA & ARMA

Exercício

Considere o processo MA(2) dado por

xt = 0 + t – 1t-1 – 2t-2

em que

t ~ RB(0,2).

(i) Encontre a média, a variância, a facv e a fac de xt.

(ii) Quais devem ser as condições de invertibilidade de um

processo MA(2)? Justifique a sua resposta.

PROPRIEDADES DOS PROCESSOS MA

PROCESSO MA(2)

Page 34: Modelos AR, MA & ARMA

Exemplos Observando os correlogramas, a seguir, indique um modelo inicial para cada série temporal.

PROPRIEDADES DOS PROCESSOS MA

Page 35: Modelos AR, MA & ARMA

PROCESSOS ARMA

Page 36: Modelos AR, MA & ARMA

e combinando as equações

xt = 0 + 1xt-1 + 2xt-2 + ...+ pxt-p + at. (3)

e

xt = 0 + t – 1t-1 – ... – qt-q. (6)

teremos um processo misto, autorregressivo e de médias

móveis, ARMA(p, q):

xt = + 1xt-1 + 2xt-2 + ...+ pxt-p + t – 1t-1 – ... – qt-q (8)

Processos ARMA

Voltando à expressão geral de uma série temporal,

xt = f(xt-1, xt-2, ..., at). (1)

Page 37: Modelos AR, MA & ARMA

Ainda, utilizando os resultados do slide 5, em (8), podemos

escrever um modelo ARMA(p, q), como,

(1 – 1L – 2L2 – ... – pLp)xt

= + (1 – 1L – 2L2 – ... – qLq)t (9)

em que

(L) = 1 – 1L – 2L2 – ... – pLp

(L) = 1 – 1L – 2L2 – ... – qLq

Processos ARMA

Page 38: Modelos AR, MA & ARMA

• A estacionariedade do processo exige que as raízes de (L)

se situem fora do círculo unitário;

• A invertibilidade requer a mesma condição para as raízes

de (L);

• Verificadas estas condições, o processo ARMA(p, q) pode

ser expresso quer como um processo AR puro de ordem

infinita quer como um processo MA puro de ordem infinita.

PROPRIEDADES DOS PROCESSOS ARMA

PROCESSO ARMA(p,q)

Observação

Page 39: Modelos AR, MA & ARMA

O processo misto, sem constante, de ordem mais baixa é o

processo ARMA(1, 1):

xt = xt-1 + t – t-1.

Para esse caso, admitindo || < 1, é possível provar que:

221

2210

PROPRIEDADES DOS PROCESSOS ARMA

PROCESSO ARMA(1,1)

Page 40: Modelos AR, MA & ARMA

, ..., , h γ γ e σθ)θ)((

γ hhε 321

11

2

21

E a FAC do processo fica dada por,

, ... , hhρh ρ θθ

θ)θ)((ρ 321221

11

Já a FACV do processo ARMA(1, 1) é dada por

PROPRIEDADES DOS PROCESSOS ARMA

PROCESSO ARMA(1,1) – cont.

Page 41: Modelos AR, MA & ARMA

• 1 depende tanto do parâmetro da parte AR como do

parâmetro da parte MA.

• Os coeficientes seguintes decrescem exponencialmente,

com uma taxa de decréscimo dada pelo parâmetro AR.

• Contudo, e por comparação com o processo AR puro, os

coeficientes da FACP não decaem rapidamente, mas têm

um decrescimento amortecido para zero.

PROPRIEDADES DOS PROCESSOS ARMA

PROCESSO ARMA(1,1) – cont.

Observação

Page 42: Modelos AR, MA & ARMA

Padrões de Correlação

Processo FAC FACP

AR(p) Infinita: decai para zero

(exponencialmente ou segundo

uma senóide amortecida).

Finita: decai

bruscamente para zero a

partir do lag p.

MA(q) Finita: decai bruscamente para

zero a partir do lag q.

Infinita: decai para zero

(exponencialmente ou

segundo uma senóide

amortecida).

ARMA(p, q) Infinita: decai para zero

(exponencialmente ou segundo

uma senóide amortecida).

Infinita: decai para zero

(exponencialmente ou

segundo uma senóide

amortecida).

RESUMÃO

Page 43: Modelos AR, MA & ARMA

EXERCÍCIOS

Page 44: Modelos AR, MA & ARMA

Considere o modelo

yt = -0,2yt-1 + 0,48yt-2 + t + 0,6t-1 –0,16t-2, t = 1, 2, ...

a) Escreva o modelo de interesse, utilizando os polinômios

característicos.

b) Encontre as raízes dos polinômios característicos.

c) Escreva o modelo de interesse na forma fatorada.

Comente o resultado encontrado.

Exercício 1

Page 45: Modelos AR, MA & ARMA

Considere o processo

yt = 0,5yt-1 + t – 0,5t-1, t = 1, 2, ...

(a) O processo é estacionário?

(b) O processo é invertível?

(c) A memória deste processo é semelhante à memória

de um processo ruído branco?

Exercício 2

Page 46: Modelos AR, MA & ARMA

Considere o processo

yt = t –0,6t-1 –0,1t-2, t = 1, 2, ...

Verifique se as condições de estacionariedade e

invertibilidade deste processo estão satisfeitas.

Exercício 3

Page 47: Modelos AR, MA & ARMA

Leitura Complementar I

Modelos Lineares Estacionários

Morettin e Toloi, 2006, Capítulo 5.2

Page 48: Modelos AR, MA & ARMA

Os modelos que aqui serão estudados são casos

particulares de um modelo de filtro linear.

Tal modelo supõe que a série temporal seja gerada através

de um filtro linear (ou sistema linear), cuja entrada é um

ruído branco (RB).

Na figura, a seguir, temos o exemplo de um esquema que

representa um filtro linear com série de entrada at, função

de transferência (L) e série de saída Zt.

Modelos Lineares Estacionários

Page 49: Modelos AR, MA & ARMA

Figura 1 - Filtro linear com série de entrada at, função de

transferência (L) e série de saída Zt.

Modelos Lineares Estacionários

at Zt

(L)

Filtro Linear

Page 50: Modelos AR, MA & ARMA

Apenas para lembrar

Modelos Lineares Estacionários

Ou seja, at é um RB estacionário.

tsaaEaaCov

taVar

taE

stst

at

t

,0)(),(

,,)(

,,0)(

2

Page 51: Modelos AR, MA & ARMA

Modelos Lineares Estacionários

Formalmente, temos que

Zt = µ + at + 1at-1 + 2at-2 + ... =

= µ + at + 1Lat + 2L2at + ... = µ + (L)at (1)

em que

L – operador defasagem

(L) = 1 + 1L + 2L2 + ... é denominada

função de transferência do filtro.

µ – parâmetro determinando o nível da série

Page 52: Modelos AR, MA & ARMA

Zt, dado em (1), é um processo linear (discreto).

Se a seqüência de pesos {j, j ≥ 1} for finita ou

infinita e convergente, o filtro é estável (somável) e

Zt é estacionária. Neste caso, µ é a média do

processo.

Caso contrário Zt é não estacionária e µ não tem

significado específico, a não ser como um ponto de

referência para o nível da série.

Modelos Lineares Estacionários

Page 53: Modelos AR, MA & ARMA

A condição anterior também pode ser expressa na

condição de que (L), que é a função geradora dos pesos

, deve convergir para |L| ≤ 1, isto é, dentro de e sobre o

círculo unitário. Esse resultado é discutido em detalhes no

Apêndice A3.1 do livro de Box, Jenkins e Reinsel (1994,

pag. 85-86).

Condições de Estacionariedade e Invertibilidade

Page 54: Modelos AR, MA & ARMA

e como

E(at) = 0, para todo t,

temos que

E(Zt) = µ

se a série

j

convergir.

Não é difícil, de (1), ver que,

Modelos Lineares Estacionários

1

)(j

jtjtt aaEZE

Page 55: Modelos AR, MA & ARMA

Também não é difícil ver que a facv, j, de Zt é

dada por

com 0 = 1.

Modelos Lineares Estacionários

0

2 ,i

jiiaj

Page 56: Modelos AR, MA & ARMA

Em particular, para j = 0, obtemos a variância de Zt,

A condição para que as duas expressões anteriores

existam é que

Modelos Lineares Estacionários

.)(0

22

0

j

jatZVar

.0

2

j

j

Page 57: Modelos AR, MA & ARMA

Assim verificamos que a média e a variância

de Zt são constantes e a covariância só

depende de j, logo, Zt é estacionária.

Modelos Lineares Estacionários

Page 58: Modelos AR, MA & ARMA

Podemos escrever

em uma forma alternativa, como uma soma ponderada

de seus valores passados mais um ruído at:

Segue-se que

Modelos Lineares Estacionários

tt ZZ~

1

2211

~...

~~~

j

tjtjtttt aZaZZZ

tt

j

j

j aZL

~1

1

Page 59: Modelos AR, MA & ARMA

ou

em que (L) é o operador

Modelos Lineares Estacionários

tt aZL ~

)(

...1)( 2

21 LLL

Page 60: Modelos AR, MA & ARMA

Mas,

de modo que

Esta relação pode ser usada para obter os pesos j em

função dos pesos j e vice-versa.

Modelos Lineares Estacionários

ou seja,

, )(~

tt aLZ

,)()(~

)( tttt aaLLaZL

)()(1)()( 1 LLLL

Page 61: Modelos AR, MA & ARMA

Exemplo 1

Condições de Estacionariedade e Invertibilidade

Considere o processo

Zt = µ + (L)at

em que

j = ()j, j = 1, 2, 3, ...,

0 = 1;

|| < 1; e

at como definido anteriormente.

Page 62: Modelos AR, MA & ARMA

Exemplo 1 (cont.)

Condições de Estacionariedade e Invertibilidade

Temos que

logo, E(Zt) = µ.

,1

1

00

j

j

j

j

Page 63: Modelos AR, MA & ARMA

Exemplo 1 (cont.)

Condições de Estacionariedade e Invertibilidade

Ainda, dado que j2 converge, obtemos

e

2

2

01

a

0 ,1

2

2

ja

j

j

Page 64: Modelos AR, MA & ARMA

Exemplo 2

Para o modelo dado no Exemplo 1, considere, agora,

que = 1 e µ = 0; então

Não é difícil ver que j não converge. Dessa forma, o

processo será não-estacionário.

Condições de Estacionariedade e Invertibilidade

...1 ttt aaZ

Page 65: Modelos AR, MA & ARMA

Exemplo 3

O modelo dado no Exemplo 2 deriva da equação

Assim, da equação anterior, não é difícil observar que

Ou seja, a primeira diferença de Zt é um RB estacionário.

Dizemos que Zt é um passeio aleatório; seu valor no

instante t é uma soma de choques aleatórios que entraram

no sistema desde o passado remoto até o instante t.

Condições de Estacionariedade e Invertibilidade

.1 ttt aZZ

.1 ttt aZZ

Page 66: Modelos AR, MA & ARMA

Exercício

Considere o processo

Zt = (L)at

em que

j = ()j, j = 1, 2, 3, ...,

0 = 1; e

|| < 1.

Encontre (L) e escreva (L)Zt = at. Interprete.

Condições de Estacionariedade e Invertibilidade

Page 67: Modelos AR, MA & ARMA

Exemplo 4

Considere o processo

Zt = at + at-1,

ou seja,

1 = , j = 0, j > 1.

Assim, é possível afirmar que o processo é estacionário

para qualquer valor de ?

Condições de Estacionariedade e Invertibilidade

Page 68: Modelos AR, MA & ARMA

Exemplo 5

Utilizando o modelo proposto no Exemplo 4, vejamos como

deve ser para que possamos escrever Zt em termos de

seus valores passados.

Assim, vem que

Condições de Estacionariedade e Invertibilidade

....)1()1(

1)1( 22

tttttt aZLLaZL

aLZ

1,)()(...1)(0

22

jeLLLL j

j

j j

Page 69: Modelos AR, MA & ARMA

Exemplo 5 (cont.)

A seqüência formada pelos pesos j será

convergente se | | < 1 e neste caso dizemos que o

processo é invertível. Segue-se que para o

processo ser invertível o operador (L) deve

convergir para |L| ≤ 1, e

Condições de Estacionariedade e Invertibilidade

....2

2

1 tttt aZZZ

Page 70: Modelos AR, MA & ARMA

Proposição

Um processo linear geral será estacionário

se (L) convergir para |L| ≤ 1; será

invertível se (L) convergir para |L| ≤ 1. A

demonstração deste fato pode ser

encontrada, por exemplo, em Box, Jenkins

& Reinsel (1994).

Condições de Estacionariedade e Invertibilidade

Page 71: Modelos AR, MA & ARMA

O Teorema de Wold

Leitura Complementar II

Page 72: Modelos AR, MA & ARMA

Todo processo estacionário de segunda ordem,

puramente não-determinístico, pode ser escrito como

um Polinômio Linear Geral (PLG), dado a seguir:

(a) ,10

0

,

j

jtjtX

com {t} uma sequência de v.a. não correlacionadas,

de média zero e variância 2 constante (ruído branco

estacionário - RB) e j são constantes satisfazendo

j2 < .

Teorema de Wold

Page 73: Modelos AR, MA & ARMA

0

2

0

2

0

2

0

22

j

j

j

hjj

h

j

j

hjjh

j

jtt

ψ

XVarXE

,

)( )(

Ainda,

Teorema de Wold

Page 74: Modelos AR, MA & ARMA

Processos ARMA são casos particulares de (a).

Exemplos:

;, ρ

),AR(εXXψ

h

h

ttt

j

j

1

1~1

;, hρ ρ,)θ(

ρ

), ,ARMA(θεεXXθψ

hh

tttt

j

j

1 21

)1(

1 1~)(

121

11

1

;, j, ρθ)(

θ)( ρ

), MA(θεεX, jθ, ψψ

h

tttj

101

1~10

21

11

Teorema de Wold

Page 75: Modelos AR, MA & ARMA

Exercícios

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O processo

Zt = (L)at

em que

j = ()j, j = 1, 2, 3, ...,

0 = 1; e

|| < 1.

é invertível?

Exercício 1

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com

Considere o seguinte processo

t ~ RB(0 ; 2)

Exercício 2

0

,

j

jtjtX

10 ψ

1,)( 1 jθψ j

j

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a) O processo é estacionário? Justifique.

b) O processo é invertível? Justifique.

Exercício 2 (cont.)

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De acordo com as suposições feitas no exercício

anterior para obter a estacionariedade do processo,

encontre a FACV e a FAC do mesmo.

Exercício 3

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Exercício 4

O processo

é estacionário e/ou invertível? Justifique a sua

resposta. Construa a FAC teórica desse processo.

Ainda, simule esse processo e construa a FAC do

processo simulado. Compare e comente os resultados.

em que

t ~ NID(0;1)

11 80,080,0 tttt XX