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Cuiabá 2018 SILVANA RAZE FISIOTERAPIA EM MULHERES COM OSTEOPOROSE NA MENOPAUSA

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  • Cuiabá 2018

    SILVANA RAZE

    FISIOTERAPIA EM MULHERES COM OSTEOPOROSE NA MENOPAUSA

  • SILVANA RAZE

    FISIOTERAPIA EM MULHERES COM OSTEOPOROSE NA MENOPAUSA

    Projeto apresentado ao Curso de Fisioterapia da Universidade de Cuiabá – UNIC.

    Orientador: Prof(ª).HálissaBeliato

    Cuiabá 2018

  • SILVANA RAZE

    FISIOTERAPIA EM MULHERES COM OSTEOPOROSE NA MENOPAUSA

    Projeto apresentado ao Curso de Fisioterapia da Universidade de Cuiabá – UNIC.

    BANCA EXAMINADORA

    Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a)

    Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a)

    Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a)

    Cuiabá, ___ de _________ de 2018

  • Dedico esse trabalho a minha família, que sempre esteve do meu lado nos momentos fáceis e difíceis dessa longa jornada acadêmica...

  • RAZE, Silvana. Fisioterapia em mulheres com osteoporose na menopausa.

    2017. 24 páginas. Trabalho de Conclusão de Curso de Fisioterapia – UNIC

    Universidade de Cuiabá, Cuiabá, 2017.

    RESUMO

    A mulher na menopausa apresenta diversos fatores clínicos e físicos,é uma

    transição natural na vida da mulher onde os ovários deixam de produzir os

    hormônios estrogênio e progesterona e de eliminar óvulos, cessando sua

    menstruação dando um fim na sua capacidade reprodutiva. Contudo, há uma

    facilidade e propensão a doenças relacionadas com essa fase da vida feminina,

    como é o caso da osteoporose, que é um fator diretamente ligado a menopausa

    devido as disfunções hormonais causadas durante e após menopausa. Nesta

    revisão bibliográfica iremos abordar como a menopausa influencia na osteoporose, e

    como a intervenção fisioterapêutica poderá prevenir e ajudar nessa importante

    marco na vida da mulher.

    Palavras-chave: Menopausa; Osteoporose; Tratamento; Fisioterapia; Hormônios.

  • RAZE, Silvana. Fisioterapia em mulheres com osteoporose na menopausa.

    2017. 24 páginas. Trabalho de Conclusão de Curso de Fisioterapia – UNIC

    Universidade de Cuiabá, Cuiabá, 2017.

    ABSTRACT

    The woman in the menopause presents several clinical and physical factors; it is a

    natural transition in the life of the woman where the ovaries stop producing estrogen

    and progesterone hormones and eliminate eggs, ceasing menstruation giving an end

    to their reproductive capacity. However, there is an ease and propensity to diseases

    related to this stage of female life, as is the case of osteoporosis, which is a factor

    directly linked to menopause due to hormonal dysfunctions caused during and after

    menopause. In this literature review, we will discuss how menopause influences

    osteoporosis, and how physiotherapeutic intervention can prevent and help this

    important milestone in a woman's life.

    Key-Words: Menopause; Osteoporosis; Treatment; Physiotherapy; Hormones.

  • SUMÁRIO

    INTRODUÇÃO...........................................................................................................8

    1OSTEOPOROSE E MENOPAUSA.......................................................................10

    1.1 A Osteoporose.........................................................................................10

    1.1.1 Diagnóstico.................................................................................11

    1.1.2 Tratamento.................................................................................11

    1.1 Menopausa..............................................................................................11

    2PREVENÇÃO A QUEDAS E FRATURAS............................................................13

    2.1 Quedas....................................................................................................13

    2.2 Fraturas....................................................................................................15

    2.3 Prevenção................................................................................................15

    3ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA NO TRATAMENTO DE OSTEOPOROSE

    NA MENOPAUSA....................................................................................................17

    3.1 Tratamento Individual.........................................................................................17

    CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................20

    REFERENCIAS.......................................................................................................21

  • 8

    INTRODUÇÃO

    Atualmente, a menopausa tem sido reconhecida como mais do que apenas o

    encerramento da vida reprodutiva feminina. Até recentemente, a condição de mulher

    “menopausada” era raramente expressa em público, sendo considerada inclusive

    motivo de constrangimento(UTIAN, 1993).

    Não há uma idade certa para iniciar a menopausa, ela varia de mulher para

    mulher. Em média, ocorre entre os 45 e 55 anos, podendo acontecer antes dessa

    fase, de forma espontânea ou cirúrgica, a chamada menopausa precoce. A

    menopausa cirúrgica ocorre após a retirada dos ovários ou do útero, quando

    aparece após os 55 anos, é intitulada menopausa tardia.

    A menopausa é mais um estágio na vida da mulher, nesse período ocorrem

    transformações no organismo feminino, que aumentam a possibilidade de

    aparecimento e agravamento de doenças, como exemplo, o aumento de chance de

    osteoporose. Uma mulher de 50 anos apresenta um risco de fratura osteoporótica

    durante a vida de 17,5% para o colo do fêmur, 15,6% para as vértebras, 16% para o

    rádio distal, e de aproximadamente 40% em qualquer outro local do esqueleto

    (MELTON, et al., 1992).

    Problema comum nas mulheres após a menopausa,a osteoporose consiste

    na redução da massa dos ossos, que alteram a microestrutura óssea. Essa doença

    torna mais frágil a estrutura óssea da paciente, aumentando a probabilidade de

    ocorrerem fraturas, que podem ter graves consequências. Entretanto, a osteoporose

    é uma doença silenciosa que, na maioria das vezes, evolui sem sintomas. Mantendo

    acompanhamento médico regular, é possível identificá-la e iniciar o tratamento o

    quanto antes.

    Isso nos leva àpensar em como a fisioterapia pode ajudar na redução de

    chances de osteoporose nas mulheres na menopausa e como podemos

    compreender e identificar os melhores métodos e condutas fisioterapêuticas em

    mulheres na menopausa com osteoporose, visando sua melhora no quadro geral da

    doença.

    Nossos objetivos nesse trabalho será de abordar a osteoporose e a

    menopausa, apontando suas principais características: Identificar a prevenção

  • 9

    contra quedas, evitando possíveis fraturas e apresentar os melhores métodos

    fisioterapêuticos para a prevenção e tratamento da osteoporose na menopausa.

    Os métodos de tratamento estão mudando constantemente, a cada dia em

    que a tecnologia avança e outros modos de prevenção e técnicas de tratamento são

    descobertos e testados para saber se realmente são eficazes ou não. A fisioterapia

    na osteoporose vem sendo muito abordada e falada, tanto no tratamento de idosos

    acima de 60 anos, como também nas mulheres na menopausa.

    Nesse sentido a importância desse estudo instaura-se na ampliação das

    informações para que os profissionais fisioterapeutas que trabalham com esse grupo

    especificamente, possam se atualizar em mais exercícios fisioterapêuticos, saber o

    significado de osteoporose e menopausa e saber se a fisioterapia está contribuindo

    de forma eficaz.

    Este estudo se caracteriza como pesquisa bibliográfica. A pesquisa

    bibliográfica se centra na descrição, análise, e interpretação das informações

    recolhidas durante o processo de pesquisa, procurando entendê-las de forma

    contextualizada (GRESSLER, 1989).

    A pesquisa é referente ao tratamento fisioterapêutico da osteoporose na

    mulher com menopausa. Desenvolveu-se através de amparo bibliográfico e

    exploratório, como uso de materiais científicos, como livros, revistas, materiais

    didáticos de fisioterapia e artigos retirados das bases de dados Scielo, Pubmed e

    Google Acadêmico, em trabalhos publicados nos últimos vinte anos. Foram usadas

    as palavras menopausa, osteoporose, fisioterapia e reabilitação nos descritores das

    buscas que permitiram com que a pesquisa fosse realizada com o intuito de alcançar

    seu objetivo.

  • 10

    1OSTEOPOROSE E MENOPAUSA

    1.1 A OSTEOPOROSE

    A osteoporose é considerada uma doença sistêmica que se progride com o

    tempo e se caracteriza por diminuição da massa óssea e deterioração da

    arquitetura, levando o osso a ficar mais frágil, o que geralmente aumentas o risco

    fraturas(KANIS, 2002). As complicações clínicas da osteoporose incluem não só

    fraturas, mas também dor crônica, depressão, deformidade, perda da independência

    e aumento da mortalidade (KANIS, et al., 2008).

    A osteoporose é uma das principais causas de morbidade e mortalidade em

    idosos. A dificuldade e o alto custo do tratamento para o sistema de saúde tornam

    pertinente o desenvolvimento de métodos capazes de identificar o grupo de maior

    risco para que sejam implantadas medidas preventivas de fraturas osteoporóticas.

    Embora a diminuição da massa óssea esteja associada ao aumento do risco de

    fratura, o escore T indica risco relativo, e não risco absoluto para fraturas. Cerca de

    80% das fraturas por fragilidade óssea ocorrem em pacientes com escore T superior

    a -2,5 desvios padrão (JARVINEN et al., 2008).

    A osteoporose pode ser considerada primária, que é de origem desconhecida,

    ou secundária. A forma primária é classificada em tipo I e tipo II. No tipo I, também

    conhecida por tipo pós-menopausa, tem-se uma acelerada perda de massa óssea e

    ocorre na mulher que acabou de entrar na menopausa. Predominantemente atinge o

    osso trabecular e é associada a fraturas das vértebras e do rádio distal

    (HOCHBERG, 2006). A tipo II, ou senil, tem relação ao processo de envelhecer da

    mulher e aparece por deficiência crônica de cálcio, aumento da atividade do

    paratormônio e diminuição da formação óssea (RIGGS; MELTON, 1983).

    A osteoporose secundária é decorrente de processos inflamatórios, como a

    artrite reumatóide; alterações endócrinas, como hipertireoidismo e desordens nas

    glândulas adrenais, mieloma múltiplo por falta de uso, por uso de drogas como

    heparina, álcool, vitamina A e corticoides. Os corticoides inibem a absorção intestinal

    do cálcio e aumentam sua eliminação de urina, diminuem a formação osteoblástica e

    aumentam a reabsorção osteoclástica (LASH et al., 2009).

  • 11

    1.1.1 Diagnóstico

    Igual acontece na maioria das patologias, o diagnóstico é feito pela história da

    moléstia atual e pregressa, exame físico e exames complementares. Geralmente a

    osteoporose não apresenta muitos sintomas, geralmente só se manifesta por uma

    fratura. A dor lombar é queixa comum, o espasmo muscular é a principal causa dos

    sintomas, que também podem ser por pequenas fraturas, em muitos casos, é

    consequente a uma fratura por compressão (BODEN, 1999).

    Na história deve ser inserida a idade da paciente, se há histórico na familia,

    rotina alimentar, atividade física, uso de café, cigarro ou ·álcool. No exame físico

    pode-se verificar deformidade da coluna, deve-se incluir dados de peso e altura,

    para acompanhamento (LANE et al., 2000).

    1.1.2 Tratamento

    Uma das principais formas de realizar o tratamento da osteoporose é a

    prevenção. Alguns elementos são críticos,como o pico de massa óssea e a

    prevenção da reabsorção pós-menopausa. O pico de massa óssea é dependente do

    suporte calórico, da ingestão de cálcio e vitamina D, da função menstrual normal e

    da atividade física. A maioria dos agentes terapêuticos atuam na reabsorção óssea,

    como antirreabsortivos (GALI, 2001).

    1.2MENOPAUSA

    A menopausa é uma disfunção congênita que ocorre em um período

    específico da vida de toda mulher, dentro do processo de envelhecimento feminino,

    definindo-a de forma mais direta, é quando “uma mulher para de ovular e não pode

    mais procriar” (FERREIRA, 2010).

    Não se trata propriamente de uma doença ou disfunção, não exigindo

    amenopausa necessariamente um determinado tipo de tratamento. No entanto,

    quando os efeitos corporais ou subjetivos se tornam fortes e prejudiciais, deve-se

  • 12

    aliviá-loscom tratamento medicamentoso e de acompanhamento psicológico

    (GONÇALVES, 2012).

    No entanto, é essencial entender a menopausa adequadamente em seu

    processo de mudança fisiológica que causa diminuição e alteração nos níveis de

    hormônios femininos responsáveis pela menstruação, e suas consequências

    diversas e variáveis na vida cotidiana do segmento feminino da sociedade

    (HOCHBERG, 2006).

    Verifica-se que, muitas mulheres por ocasião desse evento, desconhecem ou

    não são capazes de identificar, a maior parte das alterações hormonais, fisiológicas

    e emocionais, envolvidas no processo de decréscimo da produção hormonal e

    cessação de ciclos menstruais (GALI, 2001).

    Provavelmente, esse desconhecimento deva estar associado à fatores que,

    de fato agravam o estado físico e emocional das mulheres, dentre outros, uma difícil

    condição de vida, carga elevada de trabalho (GONÇALVES, 2012).

    Ou mesmo não ter oportunidade ou interesse de saber algo mais sobre seu

    processo de envelhecimento, para além do senso comum, por exemplo, sobre a

    menopausa, constituindo-se assim, em um período de vida com marca biológica

    coberta de significados psicossociais.É importante, a nosso ver, que as mulheres

    ganhem um conhecimento mais realista sobre as causas das mudanças observadas

    em seu corpo, em sua subjetividade, em seu comportamento durante a meia-idade.

    Desse modo, afigura-se como muito pertinente investigar como a literatura apresenta

    essa fase tão marcante na vida das mulheres e vivenciada por elas, assim como

    apresenta os fatores psicológicos e sociais associados a esse período

    (MARTINI;GOMES 2009).

  • 13

    2 PREVENÇÃO A QUEDAS E FRATURAS

    2.1 Quedas

    A queda é definida como uma falta de capacidade para corrigir o

    deslocamento do corpo, durante seu movimento no espaço. As quedas entre

    pessoas idosas constituem um dos principais problemas clínicos e de saúde

    pública devido a sua alta incidência, às consequentes complicações para a saúde e

    aos custos assistenciais (CARREGARO;TOLEDO, 2008).

    Um estudo de Campbell et al.,(1990), revelou que os objetos mais

    relacionados a quedas foram irregularidades do piso e presença de degraus.Gill et

    al. (1999), mostraram os principais fatores de risco ambientais relacionados com

    algumas atividades diárias relevantes que podem ser amenizados com uma

    intervenção, reduzindo, assim, o risco de quedas.

    As consequências das fraturas podem ser sérias e estão associadas a altas taxas

    de mortalidade (33% no primeiro ano) e aumento da morbidade (KEENE; PARKER;

    PRYOR, 2003).

    Devem então ser considerados, os diferentes fatores de risco para perdas

    ósseas e também para quedas e fraturas. Dentre esses, destacam-se, no idoso, os

    níveis séricos inadequados de vitamina D (< 30 ng/ml), responsáveis pela

    diminuição das condições funcionais da musculatura dos membros inferiores. Isso

    justifica a maior frequência de quedas e fraturas associadas à insuficiência de

    vitamina D (WILKINS; BIRGE 2005).

    O ritmo de crescimento da população com 60 anos ou mais tem sido intenso

    nos últimos 30 anos no nosso país. A atividade física é um dos meios mais

    importantes para se reduzir e até estabilizar o processo de evolução da

    osteoporose, pois quando a atividade física está presente suficientemente ocorre à

    hipertrofia óssea revertendo ou inibindo a osteoporose já instalada ou a

    osteoporose em evolução (FRICHENBRUDER; ROSE, 1996apud CONVERSO,

    2004).

    Segundo as conclusões de Zazula e Pereira (2003), entre os benefícios da

    atividade física para prevenção ou tratamento da osteoporose, destacam-se:

  • 14

    incremento de cálcio nos ossos, aumento da densidade óssea, hipertrofia das

    trabéculas, aumento do colágeno e aumento das atividades dos osteoblastos.

    De acordo com Lemos et al.,(2006), a perda da independência funcional,

    decorrente da incapacidade de deambular, é a principal consequência da fratura de

    quadril, seja por limitação funcional ou por medo de quedas. A inatividade física

    leva à piora da osteoporose e aumenta ainda mais os riscos de quedas e novas

    fraturas.

    Segundo Gamae Gomez-Conesa(2008), o risco de cair aumenta

    significativamente com o avançar da idade, a previsão é de que um terço dos

    idosos que vivem na comunidade cairá no prazo de um ano, e entre os

    institucionalizados, esta previsão aumenta para 50%. Ao cair, cerca de 5% dos

    idosos necessitam de hospitalização, principalmente por fratura de quadril, e, em

    cada três casos, um dos pacientes falece no prazo de um ano.

    Segundo Jarvinen et al.,(2008),como as fraturas osteoporóticas ocorrem

    frequentemente em decorrência de quedas, principalmente na população idosa, é

    de suma importância considerar os fatores de risco para quedas. Os mais

    importantes são alterações do equilíbrio, alterações visuais, deficiências cognitivas,

    declínio funcional e uso de medicamentos psicoativos e anti-hipertensivos. Uma

    história de duas quedas ou mais nos últimos 6 meses permite classificar o idoso

    como um “caidor”, demandando cuidados preventivos específicos.

    A osteoporose tem sido recentemente reconhecida como um dos maiores

    problemas de saúde pública do mundo, devido à alta taxa de morbidade e

    mortalidade, relacionadas com fraturas, com ligeiro aumento nas mulheres idosas

    (POLITO, 2010).

    As mulheres brancas, não-obesas e com estrutura de pequeno porte

    encontra-se em maior risco para a osteoporose, sendo os fatores nutricionais

    contribuem também para o desenvolvimento da doença. Observa-se que 1 entre 2

    mulheres brancas e 1 entre 8 homens brancos com mais de 50 anos de idade

    apresentam uma fratura relacionada a osteoporose em suas vidas (BRUNNER;

    SUDDARTH, 2002).Verifique a ortografia desse autor, na lista está diferente

  • 15

    2.2 Fraturas

    A perda de massa óssea é uma consequência inevitável do processo de

    envelhecimento, entre as perdas apresentadas pelo idoso está a instabilidade

    postural, que ocorre devido às alterações do sistema sensorial e motor, levando à

    uma maior tendência a quedas (POLITO, 2010; BARBOSA, 2001).

    A queda por ser definida como uma falta de capacidade para corrigir o

    deslocamento do corpo durante seu movimento no espaço (PERRACINI;RAMOS,

    2002).

    De acordo com Cerqueira e Rezende (2002), apesar da existência de

    intervenções médicas para osteoporose, a atividade física é altamente

    recomendada como o primeiro passo em sua prevenção e manutenção. O valor

    preventivo de exercício físico não é o único fator em potencial para reduzir a perda

    óssea e melhorar a força muscular, mas também é benéfico em prevenir quedas e

    reduzir fraturas ósseas.

    Ossos e músculos respondem bem ao estresse físico, tornando-se maiores

    e mais fortes. Exercícios físicos provocam tensão física no corpo, ajuda a estimular

    o crescimento ósseo, preservar a massa óssea e, consequentemente, auxilia na

    prevenção e tratamento da osteoporose (CHAN et al., 1998apudDALSKYet al.,

    2003).

    2.3 Prevenção

    Segundo Driusso (2000), é importante destacar que a atividade física

    promove ganho de massa muscular, aumento da massa óssea ou redução de sua

    perda, maior tolerância ao esforço e melhor equilíbrio, o que diminui o risco de

    quedas e fraturas, eventos frequentes entre portadores de osteoporose.

    Dessa forma, realização de exercícios físicos específicos regulares

    possibilita a manutenção da independência física para realização das atividades da

    vida diária e melhor qualidade de vida (NAVEGA; OISHI2007).

  • 16

    A falta de protocolos bem definidos, determinando tipo, frequência,

    intensidade e duração de exercícios específicos dificultam a escolha do programa

    de condicionamento físico para prevenção e tratamento das pacientes com

    osteoporose (NAVEGA; OISHI 2007).

  • 17

    3 ABORDAGEMFISIOTERAPÊUTICA NO TRATAMENTO DE OSTEOPOROSE

    NA MENOPAUSA

    Considerando as modificações característica desse período os principais

    objetivos do tratamento fisioterápico são estimular a circulação prevenindo

    diminuindo as estases venosa e linfática e melhorando metabolismo pelo

    fornecimento de sangue arterial melhor circulante (CUNHA, et al, 2008).

    Prevenir ou corrigir postura incorreta devido ao estresse das atividades de

    vida diária, déficit muscular ou adquiridos pela depressão de estar “chegando ao

    fim da vida”. Preservar a elasticidade/tônus dos músculos e amplitude das

    articulações contribuindo para manter as linhas de tração sobre o osso.Conservar

    as características saudáveis da pele e tecido conjuntivo pela melhoria da circulação

    em hidratação. Preservar e melhorar o trabalho respiratório pela reeducação da

    função muscular e da amplitude tóraco-pulmonar corretas frente aos padrões

    ventilo respiratórios.Melhorar a coordenação nervosa reflexa entre os músculos

    esqueléticos e os órgãos pélvicos (FERRIANI, 2011).

    3.1 Tratamento Individual

    O tratamento é realizado de acordo com o paciente, como idade e estilo de

    vida e o sintomas apresentados, levando em consideração as características

    sociais e psicológicas. As técnicas mais utilizadas são a cinesioterapia,

    massoterapia e a laserterapia, magnetoterapia e a termoterapia, além do TENS e o

    ultrassom. (BARBOSA, 2001)

    Osteoporose é identificada não somente pelo conteúdo mineral do osso mas

    também pelo colágeno que é perdido. As fraturas dos corpos vertebrais, dorsais e

    lombares das costelas, regição proximal do fêmur e do úmero e da região distal do

    rádio são as mais predominantes. (POLDEM; MANTLE, 1993)

    Diante das disfunções cinético-funcionais, o fisioterapeuta, por meio do diagnóstico

    funcional, pode atuar através de diversos recursos terapêuticos, objetivando

    diminuir os efeitos comuns do climatério e interferir, de forma positiva, em possíveis

  • 18

    disfunções sexuais, nas relações interpessoais e na qualidade de vida

    (MENDONÇA, 2004; ETIENNE; WAITMAN, 2006).

    Os Exercícios de Kegel também podem auxiliar na reeducação

    comportamental para normalizar funções sexuais (BIANCO; BRAZ, 2004;

    FORTUNATO et al., 2005), pois se tratam de atividades de contração dos MAP

    para o fortalecimento, melhora na lubrificação vaginal, controle dos esfíncteres e

    consciência perineal.

    A Cinesioterapia auxilia no treino da consciência corporal e fortalecimento

    dos músculos do assoalho pélvico (MAP), esses funcionam como estabilizadores

    dos órgãos pélvicos, como útero e bexiga, agem na continência urinária e fecal e

    podem contribuir nas distintas fases da resposta sexual feminina como desejo,

    excitação e orgasmo (PIASSAROLLI et al., 2010).

    Os exercícios de resistência que aumentam a dor articular durante ou após

    sua prática indicam que está sendo utilizada muita resistência, que a tensão está

    sendo colocada em uma parte inadequada do arco de movimento ou que o exercí-

    cio está sendo praticado incorretamente. Os exercícios de alongamento com pesos

    pequenos, como o alongamento prolongado, realizado três ou mais vezes ao dia,

    levarão a uma relação comprimento-tensão mais adequada para os músculos que

    circundam as articulações e podem reduzir a tensão nas estruturas intra-articulares

    e periarticulares. Os exercícios realizados em casa precisam ser cuidadosamente

    planejados e monitorados. Uma modalidade física de calor pode diminuir a dor e a

    rigidez, e o frio reduz a dor e a inflamação (HANKS; LEVINE, 2002).

    Tem sido especulado sobre as atividades com peso, as quais seriam

    benéficas e atingiriam o objetivo de preservar o pico de massa óssea, mas

    aumentariam o risco de prejudicar a cartilagem articular, direcionando para a

    osteoartrose nas articulações (AMIN, 2002).

    A hidroterapia é uma alternativa válida para os portadores de osteoporose,

    especialmente quando associada a osteoartrose. Pacientes com osteoporose

    moderada e grave que apresentarem dores, fraturas instáveis e outras

    complicações também podem ser tratados com TENS, que proporciona grande

    alívio nesses casos. Para esses pacientes a orientação e a educação são fatores

  • 19

    importantes da conduta fisioterapêutica, pois diminuem os riscos de fraturas

    (PEREIRA, et al., 2002).

    É amplamente aceito que a atividade física tem ação benéfica sobre a

    formação óssea e redução do risco de fraturas. A falta de atividade física pode

    causar perda acentuada de massa óssea, como tem sido evidenciado em

    indivíduos acamados ou submetidos à imobilização por períodos prolongados

    (FRISOLI JÚNIOR, et al., 1997).

    A prescrição da natação visa maior relaxamento, amplitude dos movimentos,

    melhora da dor e condicionamento cardiorespiratório, do que aumento da massa

    óssea propriamente dita. Exercícios abdominais devem ser evitados, pois podem

    sobrecarregar a região anterior da coluna, local comum de fraturas (FRISOLI

    JÚNIOR, et al., 1997).

  • 20

    CONSIDERAÇÕES FINAIS

    Deve-se salientar que orientações e recomendações quanto à realização de

    exercícios físicos são muito importantes devido aos benefícios advindos de sua

    prática regular e sua interferência na dieta sensorial. Diversos estudos demonstram

    a importância dos exercícios resistidos (musculação) associados aos de equilíbrio,

    por exemplo, Tai-Chi, na promoção da saúde e na redução de quedas e fraturas. No

    entanto, para aperfeiçoar os efeitos dos exercícios se recomenda a inserção de

    programas para melhorar a postura.

    As mulheres desejam envelhecer normalmente de acordo com a idade

    cronológica e não prematuramente, e desejam ainda envelhecer com todos os

    sistemas e órgãos funcionando bem para usufruir dos prazeres, da liberdade, das

    oportunidades e encantos que a vida nos proporciona. Portanto os fisioterapeutas

    tem que estar cada dia mais preparados para ajuda-las a enfrentar e prevenir os

    distúrbios do climatério,e a melhor “arma” para alcançarmos isto é a cinesioterapia

    específica para esta fase e a educação da mulher para que se possa orientar sua

    família no desempenho de atividades físicas para adequadas faixas etárias.

    A importância desse estudo é trazer de forma mais clara, elaborada e

    objetiva, pra que as pessoas entendam o que é a doença e que a sua vida não pode

    parar por causa dela, e assim também as mais jovens possam enfrenta-lá de forma

    correta futuramente.

  • 21

    REFERÊNCIAS

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