modelagem de processos

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FERRAMENTAS DE MODELAGEM DE PROCESSO: UMA AVALIAÇÃO Rodrigo dos Santos Macedo Tríade Soluções Inteligentes – Gestão de Processos Rua 35, 714 – Vila Santa Cecília CEP: 27261-140 – Volta Redonda/RJ Endereço eletrônico: [email protected] Eber Assis Schmitz Universidade Federal do Rio de Janeiro – Núcleo de Computação Eletrônica Prédio do Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza – Bloco C Caixa Postal: 2324 – CEP: 20001-970 – Rio de Janeiro/RJ Endereço eletrônico: [email protected] Resumo Desde da década de 60, as pesquisas em análise e projeto de sistemas tem sido realizadas por dois caminhos distintos: a automação do projeto, implementação e verificação do software; e a extração de requisitos de sistemas de alto nível. A engenharia de processos de negócio, na forma de modelagem de processo e informação, tem sido uma área primária com foco na pesquisa de desenvolvimento de requisitos. A aplicação da tecnologia de modelagem de processos de negócio em requisitos de sistemas de informação é uma promissora área para o desenvolvimento de software mais próximos das necessidades das organizações. Este artigo apresenta uma visão geral sobre processos de negócios e uma avaliação entre duas ferramentas de modelagem de processos baseado em um estudo de caso de uma empresa de telecomunicações. O estudo mostra que ainda está muito incipiente a abordagem da transição dos processos de negócio em requisitos de alto nível para o desenvolvimento de sistemas de informação. Palavras-chaves: modelagem de processos de negócio; requisitos de sistema de informação; ferramentas de modelagem de processo. Abstract Since the 1960s, research in systems analysis and design has been performed along two distinct ways: the automation of software design, implementation, and verification; and the elicitation of high level systems requirements. The business process engineering, in the form of process and information modelling, has been a primary area of focus for requirements development research. The application of business process modelling technology is a promising area for the software development close to enterprise´s necessity. This paper shows a general view about business processes and an evaluation between two process modelling tools based on a telecommunication enterprise case study. The study demonstrates that even so early the approach the transition business process into high level systems requirements on informatin systems development. Keywords: business process modelling; information system requirements; business modelling tools. 1. Introdução Para administrar um negócio e torná-lo bem sucedido, existem alguns requisitos básicos. É necessário entender os processos e os produtos envolvidos no negócio, isto é, deve-se conhecer o negócio em detalhes e nos seus vários níveis de abstração. É necessário ser capaz de definir as necessidades do negócio e o significado para alcançá-las, isto é, deve-se definir as características e qualidades do produto e do processo em particular, e entender o relacionamento entre as várias características entre eles. É necessário ter capacidade para avaliar todos os aspectos do negócio, assim se pode compreender os sucessos e os fracassos, e saber aonde se pode fazer mudanças para melhorar. É necessário ter metas e planos para se orientar no alcance do objetivo e quais necessidades precisam

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Material sobre modelagem de processos - Artigo científico publicado sobre o tema em questão

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  • FERRAMENTAS DE MODELAGEM DE PROCESSO: UMA AVALIAO

    Rodrigo dos Santos Macedo Trade Solues Inteligentes Gesto de Processos

    Rua 35, 714 Vila Santa Ceclia CEP: 27261-140 Volta Redonda/RJ

    Endereo eletrnico: [email protected]

    Eber Assis Schmitz Universidade Federal do Rio de Janeiro Ncleo de Computao Eletrnica

    Prdio do Centro de Cincias Matemticas e da Natureza Bloco C Caixa Postal: 2324 CEP: 20001-970 Rio de Janeiro/RJ

    Endereo eletrnico: [email protected] Resumo Desde da dcada de 60, as pesquisas em anlise e projeto de sistemas tem sido realizadas por dois caminhos distintos: a automao do projeto, implementao e verificao do software; e a extrao de requisitos de sistemas de alto nvel. A engenharia de processos de negcio, na forma de modelagem de processo e informao, tem sido uma rea primria com foco na pesquisa de desenvolvimento de requisitos. A aplicao da tecnologia de modelagem de processos de negcio em requisitos de sistemas de informao uma promissora rea para o desenvolvimento de software mais prximos das necessidades das organizaes. Este artigo apresenta uma viso geral sobre processos de negcios e uma avaliao entre duas ferramentas de modelagem de processos baseado em um estudo de caso de uma empresa de telecomunicaes. O estudo mostra que ainda est muito incipiente a abordagem da transio dos processos de negcio em requisitos de alto nvel para o desenvolvimento de sistemas de informao. Palavras-chaves: modelagem de processos de negcio; requisitos de sistema de informao; ferramentas de modelagem de processo. Abstract Since the 1960s, research in systems analysis and design has been performed along two distinct ways: the automation of software design, implementation, and verification; and the elicitation of high level systems requirements. The business process engineering, in the form of process and information modelling, has been a primary area of focus for requirements development research. The application of business process modelling technology is a promising area for the software development close to enterprises necessity. This paper shows a general view about business processes and an evaluation between two process modelling tools based on a telecommunication enterprise case study. The study demonstrates that even so early the approach the transition business process into high level systems requirements on informatin systems development. Keywords: business process modelling; information system requirements; business modelling tools. 1. Introduo

    Para administrar um negcio e torn-lo bem sucedido, existem alguns requisitos bsicos. necessrio entender os processos e os produtos envolvidos no negcio, isto , deve-se conhecer o negcio em detalhes e nos seus vrios nveis de abstrao. necessrio ser capaz de definir as necessidades do negcio e o significado para alcan-las, isto , deve-se definir as caractersticas e qualidades do produto e do processo em particular, e entender o relacionamento entre as vrias caractersticas entre eles. necessrio ter capacidade para avaliar todos os aspectos do negcio, assim se pode compreender os sucessos e os fracassos, e saber aonde se pode fazer mudanas para melhorar. necessrio ter metas e planos para se orientar no alcance do objetivo e quais necessidades precisam

  • ser realizadas. necessrio definir processos bem relacionados para o retorno das informaes para o controle do projeto, acumulando conhecimento no aprendizado corporativo. necessrio aprender com as experincias, ou seja, cada projeto deve fornecer informaes que permitam fazer melhores negcios em outras oportunidades. Deve-se construir competncias no domnio do negcio para se guardar as experincias de sucesso para reutiliz-las, e ento fazer destas experincias de sucesso ou competncias especficas como parte do negcio.

    Assim, qualquer negcio de sucesso requer uma combinao de solues tcnicas e gerenciais. Requer um conjunto bem definido de produtos necessrios para poder articular as caractersticas e qualidades do produto do negcio para satisfazer os clientes, auxiliar o desenvolvedor na gerao do produto para alcanar esta atividade, e construir as unidades bsicas do produto para ajudar a criar e entender as competncias do negcio para as oportunidades futuras. Isto tambm requer um conjunto bem definido de processos para fornecer um meio de acompanhar quais as necessidades devem ser monitoradas, de controlar o desenvolvimento, e de melhorar o negcio como um todo. Um negcio de sucesso requer processos bem especificados para prover informaes de retorno para o controle e modificaes do processo do projeto, e suporte para o aprendizado organizacional atravs de mltiplos projetos [1].

    Esses requisitos de negcio tambm so aplicados no processo de desenvolvimento de software. Os clientes compram sistemas de informao para executarem as funes para as quais eles foram desenvolvidas, e consequentemente estas funes deveriam atender as necessidades do cliente. Se uma organizao no reconhece que este princpio deve ser primordial, e no trata software como um negcio, ela no ser competitiva. Mas qual e como se especifica a natureza dos processos do negcio para que o software seja construdo de uma maneira que atenda efetivamente a demanda do cliente? O conhecimento do negcio fora o desenvolvedor do software a conhecer os processos operacionais que norteiam o ramo de atividade do cliente, antes mesmo de se fazer a anlise dos requisitos para a construo do software. Um projeto de software somente ser bem sucedido se houver uma perfeita harmonia entre as regras do negcio e a sua representao computacional.

    Caso as atividades de especificao e conhecimento do negcio sejam insuficientes, as conseqncias de longo prazo so catastrficas, pois afetar o projeto e a postura do cliente em relao ao prprio desenvolvimento do software e do pessoal envolvido [2].

    A descrio do problema operacional do negcio o ponto de partida no desenvolvimento de software. A partir deste passo que se deve incorporar as opes da tecnologia da informao para suportar os processos do negcio, de tal forma que a descrio atinja os objetivos e a linguagem do usurio [3].

    2. Modelagem de Processos: Uma Nova Perspectiva

    A Reengenharia de Processo de Negcios (Business Process Reengineering) tem assumido uma posio relevante na maioria das empresas para melhorar as suas aplicaes nos seus sistemas de informao. De fato, devido a evoluo e volatilidade dos requisitos organizacionais bem como da disponibilidade dos avanos da tecnologia, mais e mais organizaes promovem atividades para reconstruir e inovar os seus sistemas de informao. Os principais objetivos so relatados para o aumento da qualidade do produto e do servio, e da satisfao do cliente [4].

    Os desenvolvedores de software esto se tornando conscientes da necessidade de se modelar os processos do negcio dos seus clientes. Esta modelagem importante porque o software desenvolvido deve suportar estes processos do negcio, e desta forma um pr-requisito importante entender as necessidades do negcio e o contexto do sistema proposto. Alm disso, o produto gerado na fase de modelagem do negcio tambm pode ser usado dentro do processo de desenvolvimento do software.

    A modelagem de processos de software tem sido utilizada na engenharia de software ao longo dos anos para melhor entender, gerenciar e controlar o processo de desenvolvimento. Contudo, a descrio dos processos do cliente oferece uma nova perspectiva aos engenheiros de software: a necessidade de diferentes abordagens e o uso de diferentes notaes e tcnicas.

    O principal objetivo da modelagem de processos representar os processos de uma maneira clara e formal em diferentes nveis de abstrao. A disponibilidade de modelos completos permite uma anlise crtica das atividades existentes para definir melhorias e racionalizaes dos processos [4].

  • 3. O que um Processo de Negcio? A adoo de uma viso de processo nas atividades do negcio representa uma modificao

    revolucionria. Uma orientao nos negcios baseada em processos envolve elementos de estrutura, enfoque, medio, propriedade e clientela. A ttulo de definio, um processo simplesmente um conjunto de atividades estruturadas e medidas destinadas a resultar num produto especificado para um determinado cliente ou mercado. Ele exige uma acentuada nfase na maneira como o trabalho realizado na organizao, em contraste com a nfase relacionada com o produto em si, que se centra no que o produto. Um processo , portanto, uma ordenao especfica das atividades de trabalho no tempo e no espao, com um comeo, um fim, e entradas e sadas claramente identificadas: uma estrutura para a ao. Esse elemento estrutural dos processos a chave para a obteno das vantagens da engenharia de processos [5].

    Os processos tm elementos como custo, prazos, qualidade de produo e satisfao do cliente. Quando se reduz os custos ou se aumenta a satisfao do cliente, melhora-se o processo em si. A adoo de uma abordagem de processo significa a adoo do ponto de vista do cliente. Os processos so a estrutura pela qual uma organizao faz o necessrio para produzir valor para os seus clientes. Em conseqncia, uma importante medida do processo a satisfao do cliente com o produto.

    Os processos tambm precisam de donos claramente definidos, que sejam responsveis pela execuo e que faam com que as necessidades dos clientes sejam satisfeitas. A dificuldade de definir a propriedade que os processos raramente seguem os limites existentes de poder e autoridade organizacional. A propriedade do processo deve ser vista como uma dimenso adicional, ou alternativa, da estrutura da organizao formal que, durante perodos de mudana radical de processo, tem precedncia sobre as outras dimenses da estrutura.

    Como a perspectiva de um processo implica numa viso horizontal do negcio, que envolve toda a organizao, a adoo de uma estrutura baseada no processo significa, em geral, uma perda na nfase da estrutura funcional do negcio. Atualmente, quase todas as organizaes se caracterizam pelo movimento seqencial dos produtos e servios atravs de funes empresariais engenharia, marketing, produo, vendas, atendimento ao cliente e assim por diante. No s essa abordagem onerosa e consome tempo, como tambm muitas vezes no atende bem aos clientes. Numa organizao baseada nas funes, o intercmbio entre elas , com freqncia, sem coordenao. A reengenharia de processos exige que as interfaces entre unidades funcionais sejam melhoradas ou eliminadas, e que, sempre que possvel, os fluxos seqenciais atravs de funes se realizam paralelamente por meio de movimentos rpidos e amplos de informao. Em conseqncia, ver a organizao em termos de processos implica, inevitavelmente, em uma mudana interfuncional e interorganizacional.

    Figura 1 Um Tpico Processo Interfuncional

    4. Importncia da Engenharia de Processos Para ser uma empresa de posio mundial, ela precisa trabalhar como um time e todas as suas reas

    funcionais do negcio precisam ser integradas adequadamente, entendendo a importncia do processo interfuncional. Atualmente, como a base da competio muda de custo e qualidade para flexibilidade e compreenso, o valor do gerenciamento do processo est sendo reconhecido, podendo representar uma sustentvel vantagem competitiva. As trs foras por trs desta mudana pode ser sumariada como:

    Clientes diversificados, segmentados e expectantes de consultas. Competio intensificada para atingir as necessidades dos clientes em qualquer nicho. A mudana tornou-se penetrante, persistente, rpida, e em alguns mercados um requisito.

    Pesquisa e

    Desenvolvimento

    Marketing Fabricao

    Desenvolvimento de um Novo Produto

  • A combinao clientes, competio e mudana tm criado um Novo Mundo para os negcios, de forma que projetos das organizaes para operarem em um ambiente so inadequadamente para operar bem em outro. As empresas criaram, para terem sucesso, estabilidade na produo em massa, e o crescimento no pode ser simplesmente melhorado para se ter sucesso no mundo onde clientes, competio e mudana exigem flexibilidade e respostas rpidas. Os clientes so caracterizados pelas suas rgidas demandas por qualidade, servio e preo. O objetivo da engenharia neste ambiente deve ser para facilitar as oportunidades de mercado e capacidades corporativas, fazendo que se garanta o crescimento corporativo [6].

    Hierarquias funcionais de engenharia postas na forma de equipe, para facilitar os processos de trabalho, conduzem para eliminar a maioria das camadas de gerenciamento e para ensinar aos gerentes a fazerem mais com muito menos. Idealmente, a hierarquia deveria desaparecer da empresa, e ser substituda pela idia da interao adicionada do valor intencional. Uma mudana desta magnitude causa diversos desafios para aqueles gerentes delegados para desenvolver, motivar, premiar e afirmar os empregados.

    5. Tecnologia da Informao: Habilitador da Engenharia de Processos

    A Tecnologia da Informao (TI) abriu as possibilidades para a automao integrada de processos manuais. A Histria est repleta de avanos tecnolgicos como telefone, transistor, e computador que tornaram possveis mudanas relevantes nos processos do negcio e da produo. Assim tambm, a TI est permitindo que estes processos sejam automatizados, e principalmente, restruturados para obter vantagens da enorme eficincia no armazenamento, processamento e recuperao da informao.

    Contudo, a tecnologia propriamente dita, no oferece todas as respostas, isto , a automao geralmente falha para produzir os ganhos esperados. Diversas empresas, colocando os seus negcios em novos e robustos sistemas de informao, apenas tm obtido a automao dos processos existentes.

    O potencial da TI para mudar processos teve logo um amplo reconhecimento, mas poucas dessas modificaes de processo ou procedimento foram realizadas. O que ocorre, em grande parte, a mudana gradual. H vrias razes para a incapacidade de inovar. Uma delas a improbabilidade de que os analistas de sistemas so delegados poderes por parte dos seus empregadores para fazerem ou at mesmo recomendarem modificaes fundamentais nos procedimentos. A segunda que os executivos usurios, provavelmente, dedicam pouco tempo compreenso da funo do sistema com funo do negcio um problema real na maioria das empresas. E terceira, no h metodologias ou abordagens formais, ou mesmo listas estruturadas de idias, que empregam a TI para promover mudanas nos processos [5].

    Estudos tm confirmado que acima de 70% dos programas de reengenharia de processos falham pois eles tm sido usados como um substituto para o pensamento estratgico. As organizaes entendem que a reengenharia tem que usar a estratgia da TI como uma substituta para a mudana estratgica corporativa. Mudando puramente um sistema de informao no mudar a estrutura, cultura ou estratgia de uma empresa [6].

    Embora no existam certezas sobre o impacto geral da tecnologia da informao sobre a economia da empresa, h numerosos exemplos, em grande escala, de investimento em TI ao qual se associa pouca, ou nenhuma, mudana nos processos. Um estudo do papel da TI no escritrio constatou que a maioria das implementaes da tecnologia relacionava-se com tarefas de rotina, e apenas uma pequena proporo tentou inovar. A combinao da necessidade de uma viso do processo e a incapacidade da maioria das empresas em identificar vantagens de produtividade e competitividade mensurveis, proporcionadas pelos investimentos em tecnologias, tornam o uso destas para a rea de processos uma necessidade virtual. tempo de capitaliz-las plenamente, usando-as como habilitadores para a reengenharia de processos empresariais. O potencial para as inovaes possibilitadas pela tecnologia da informao est apenas comeando a ser compreendido.

    6. Mtodos de Modelagem de Processos

    A modelagem de processo tem sido desenvolvida como uma tecnologia para descrever processos tais que eles possam ser entendidos e desenvolvidos com maior tranqilidade e visibilidade organizacional. Dentro da rea de modelagem de processos existem muitos mtodos e notaes nos quais podem ser usados para descrever o processo sobre um tica mais detalhista. Estes mtodos

  • variam desde notaes formais rigorosas (matemtico), at notaes mais grficas (mais fcil de entender). Cada um desses tipos de notaes tem as suas vantagens e problemas. Geralmente, as notaes formais podem ser executadas em um computador como programas para se estudar em detalhes o comportamento dos processos. Contudo, o maior problema com estas notaes que elas so difceis para apresentarem para outra pessoa a no ser para uma que seja experiente no assunto. Por conseguinte, difcil validar os cenrios do processo com os usurios. Por outro lado, notaes grficas so excelentes recursos para levantamento e apresentao, desde que elas possam ser compreendidos com relativa facilidade em um curto espao de tempo. Contudo, elas no oferecem os benefcios do experimento rigoroso nos quais podem ser obtidos com notaes mais precisas.

    Atualmente, existem duas tcnicas de modelagem de processos que podem ser consideradas como os melhores exemplos das notaes grfica e formal, denominadas, respectivamente, Role Activity Diagrams (RAD) e Communicating Sequential Processes (CSP). RAD uma notao originalmente desenvolvida para a modelagem de processos de software, que pode ser considerada o estado da arte para a abordagem de modelagem de processos, e muito bem conhecida pela comunidade de modelagem de processos. O conceito central da RAD uma funo. Uma funo descreve uma seqncia de passos ou atividades que podem ser executadas por uma pessoa ou por um grupo ou departamento. As funes so executadas em paralelo e comunicam-se atravs de interaes. CSP uma linguagem de programao baseada na concorrncia e comunicao, que pode ser vista como uma tcnica de modelagem de processos. O principal conceito do CSP um processo. Um processo descreve como um objeto comporta-se, definido por uma seqncia de eventos permitida [7].

    Alm disso, quando est se trabalhando com modelos de processos de negcio, tambm importante a escolha de uma arquitetura de modelagem adequada. A arquitetura CIMOSA tem provado ser uma das mais completas abordagens arquiteturais para a modelagem de processos de negcio. A integrao necessria entre os diferentes aspectos da empresa (funo, informao, organizao e recursos) em todas as abordagens de modelagem de processos, tem contribudo para a seleo da CIMOSA [8].

    7. Ferramentas de Modelagem de Processo

    Atualmente, existem diversas ferramentas de software disponveis no mercado para suportar e capacitar esforos para a engenharia de processos de negcio. Exemplos tpicos so:

    Ferramentas BPR (Business Process Reengineering) Uma ferramenta BPR pode ser usada para modelar e analisar processos de negcio. A representao visual dos processos e a habilidade para avaliar alternativas suportam a engenharia de processos.

    Sistemas ERP (Enterprise Resource Planning) Sistemas ERP automatizam processos de manufatura, organiza livros contbeis, e delimita departamentos corporativos. Um representao explcita do processo de negcio usada como ponto de partida para a configurao destes sistemas.

    Sistemas WFM (Workflow Management) Um sistema WFM uma ferramenta de software genrica, no qual permite a definio, execuo, registro e controle de fluxos de workflows. Na essncia, o sistema WFM um bloco de construo genrico para suportar processos de negcio.

    Enquanto que as ferramentas BPR suportam o re-pensamento de processos de negcio, os sistemas ERP e WFM so as aplicaes de software que tornam a engenharia de processos possvel. Cada uma dessas ferramentas requer uma representao explcita dos processos, sendo que a maioria das tcnicas de modelagem existentes so utilizadas apenas por uma delas. Poucas ferramentas utilizam uma tcnica genrica como redes Petri, SADT, IDEF e EPC [9].

  • Tabela 1 Ferramentas de Modelagem de Processo

    8. Estudo de Caso: Modelando um Processo de Order Entry Nesta seo, ser descrito uma aplicao real de uma empresa de telecomunicaes para ilustrar a

    avaliao das duas ferramentas de modelagem de processos: ProVision Workbench da Proforma Corporation, e ARIS Easy Design da IDS Scheer AG.

    Para uma melhor anlise das ferramentas, ser adotado um exemplo simplificado do processo de validao de uma solicitao de order entry para o aprovisionamento da ativao da rede de um servio oferecido aos clientes empresariais de uma empresa de telecomunicaes. O exemplo ser aplicado em ambas as ferramentas, permitindo uma compreenso das suas capacidades, e consequentemente, uma anlise comparativa entre elas.

    Figura 2 Diagrama do Processo de Order Entry

    Produto Empresa Categoria ARIS-Toolset IDS Scheer AG BPR Business Process Modeler IBM BPR Business Workflow SAP AG WFM DeskFlow Workflow International WFM Enterprise Planning PeopleSoft ERP Exchange Microsoft WFM FirstSTEP Interfacing Technologies BPR FloWare BancTec-Plexus WFM FlowMark IBM ERP InConcert Xerox WFM mySAP Workplace SAP AG ERP Notes Lotus WFM Provision Workbench Proforma BPR SIMProcess CACI Products Company BPR TeamWARE Flow TeamWARE Group ERP Workflow Management Solutions Sybase WFM WorkMAN Reach Software ERP

    Custome Service

    CadastrarOrder Entry

    SOE

    EnviarOrder Entry

    AdFac

    ValidarDados

    Dados OK RetornarOrder Entry

    CorrigirOrder Entry

    No

    ValidarRegra

    RegraContrato OK

    Sim

    No

    GIC

    ValidarOrder Entry

    Sim

    OrderEntry OK

    Emitir Bilhete deAprovisionamento

    Sim

    No

  • O cenrio apresentado inicia-se pelo cadastro, por parte do Customer Service, da solicitao do order entry de ativao no sistema SOE (Sistema de Order Entry, responsvel pela emisso do order entry), que envia as informaes para o AdFac (Sistema de Administrao de Facilidades, responsvel pelo aprovisionamento da rede de servios) atravs de uma interface comum entre eles. Ao receber a solicitao do order entry, o AdFac valida os dados apenas no seu nvel de formato e completude, e posteriormente, realiza a validao das regras de negcio relativas ao servio, verificando a consistncia e integridade das informaes do contrato. Caso alguma dessas validaes falhar, retornado ao SOE uma notificao para a correo dos dados identificados como errneos.

    Aps estas etapas de validao automtica da solicitao, existe uma nova validao do order entry executada pelo GIC (Gerente de Implantao Comercial, responsvel pela venda e entrega do servio ao cliente), que analisa a conformidade das especificaes tcnicas para ativar uma rede de servio. Se os dados tcnicos no estiverem corretos, tambm enviada uma notificao para o SOE corrigi-los.

    Com o order entry validado, o AdFac faz a emisso do bilhete de aprovisionamento da ativao da rede de servio, preparando os locais de instalao para a execuo das atividades, que tambm so conhecidos como pontas do circuito do servio.

    8.1 ProVision Workbench

    ProVision Workbench uma ferramenta de modelagem de processos de negcios e de objetos integrada voltada para a reengenharia de processos de negcios, anlise de objetos de negcios e projeto cliente/servidor.

    ProVision fornece um repositrio semntico para modelar tanto regras de negcios quanto requisitos de sistemas de informao. Isto permite funes de negcios e de tecnologia da informao desenvolverem um entendimento comum dos processos de negcios, e usar estes objetos de negcios para desenvolver objetos de sistemas computacionais.

    ProVision prov automao inteligente de objetos atravs dos seus modelos, e garante a qualidade dos modelos de negcios desenvolvidos atravs de ferramentas de verificao e relatrios previamente definidos. ProVision permite criar extraes relacionais, gerar esquemas de banco de dados e programao de cdigo para o desenvolvimento de aplicativos.

    A verso da ferramenta utilizada para avaliao foi ProVision Workbench 3.4 Enterprise Edition da Proforma Corporation, 1995-2000. 8.1.1 Caractersticas de Suporte Modelagem

    a) Repositrio (Repository): um conjunto de modelos e componentes do ProVision, armazenados em uma localizao centralizada para fcil acesso e para suportar desenvolvimento de mltiplos usurios, podendo ser local (nico usurio) e compartilhado (mltiplos usurios). Cada um dos elementos pertencentes ao Repositrio chamado de rea de trabalho (notebook) que uma facilidade para visualizar os modelos e objetos armazenados.

    b) Inventrio (Inventory): prov uma maneira fcil para visualizar os modelos e objetos armazenados em cada rea de trabalho. O Inventrio apresenta diferentes vises do contedo da rea de trabalho: Viso do Modelo, Viso do Modelo Simplificada, Viso do Objeto e Viso do Projeto.

    Figura 3 Viso do Repositrio e do Inventrio

    c) Modelo de Interao de Negcios (Business Interaction Model): descreve todas ou parte do

    negcio dentro da perspectiva estratgica. A regio central representa a poro do negcio (o domnio do negcio). Os objetos dentro desta regio so as organizaes ou regras (chamadas de entidades do

  • negcio). As regies ao redor da regio central do negcio contm as entidades externas do negcio que interagem com as entidades do domnio do negcio.

    d) Modelo de Organizao (Organization Model): pode ser visto como um nvel mais baixo das entidades de negcios para as organizaes do Modelo de Interao de Negcios. Entidades de negcios inclui a funo estrutural de mercados, organizaes e regras.

    e) Modelo de Fluxo de Trabalho (Workflow Model): usado em conjunto com o Modelo de Interao de Negcios permite criar mais detalhes do Modelo de Atividades que compreende o fluxo do processo do negcio e os seus respectivos aspectos funcionais.

    f) Modelo de Processo (Process Model): com a construo dos Modelos de Interao de Negcios e de Fluxo de Trabalho, a hierarquia das funes de negcios no domnio do negcio comea a ser definida. O Modelo de Processo mostra a funcionalidade do domnio do negcio particionada em componentes de processos de negcio e nveis mais baixos de atividades.

    g) Modelo de Localizao (Location Model): possvel visualizar o local onde o negcio funciona. Localizaes fornece uma boa viso sobre a anlise inicial do esforo necessrio, pois eles so fceis de serem modelados, alm de existirem independentemente dos processos.

    h) Modelo de Objeto (Object Model): permite definir informaes detalhadas (propriedades) dos objetos de negcio. Para os objetos de negcio, estas propriedades incluem associaes para outros objetos, atributos e mtodos que podem ser executados pelo (ou sob) pelo objeto.

    i) Modelo de Subtipo (Subtype Model): tipos so definidos posteriormente no Modelo de Subtipo atravs da presena de objetos que so especializados (subtipos) ou generalizados (supertipos).

    8.1.2 Avaliao da Ferramenta

    O trabalho proposto para se realizar a modelagem do processo do exemplo especificado na ferramenta ProVision Workbench teve seis passos iterativos:

    Descrio do domnio do negcio atravs do Modelo de Interao de Negcios. Mapeamento das reas geogrficas de atuao atravs do Modelo de Localizao. Criao da estrutura organizacional (funes) das entidades de negcio modeladas no Modelo

    de Interao de Negcios atravs do Modelo de Organizao. Modelagem do fluxo do processo com as suas atividades e seus responsveis atravs do Modelo

    de Fluxo de Trabalho. Para cada atividade descrita no Modelo de Fluxo de Trabalho, definiu-se uma hierarquia das

    funes do negcio atravs do Modelo de Processo. Levantamento das propriedades dos objetos de negcio para a modelagem do sistema atravs do

    Modelo de Objeto e Modelo de Subtipo. O conceito de integrao da modelagem de processos e de objetos voltados para a reengenharia de

    processos o principal atrativo da ferramenta, pois percebe-se que muito valioso esta abordagem, pela prpria necessidade constatada no ramo de desenvolvimento de softwares, bem como a facilidade de manipul-los concomitantemente.

    O principal problema apresentado pela ferramenta a sua dificuldade para se modelar um processo simples, como o dado, devido a sua necessidade de se representar previamente o contexto do negcio. Alm disso, a criao de cada modelo no orientada por uma linha de raciocnio lgica, dificultando a compreenso das etapas do trabalho realizado e das funcionalidades fornecidas por cada um deles.

    As principais vantagens da ferramenta so: nfase na integrao entre modelagem de processo de negcio e modelagem de objetos de

    sistema, fornecida em uma nica ferramenta. Repositrio comum para diversos usurios, facilitando o desenvolvimento em equipe, alm de

    fazer o controle de verso dos modelos. Vnculo entre os elementos de cada modelo, facilitando a busca e navegao entre eles. Mesma viso dos elementos em diferentes modelos, inclusive a mesma representao grfica,

    facilitando a compreenso de suas funcionalidades. Ampla variedade de opes para a configurao dos modelos. Gerao de esquemas de banco de dados relacionais e esqueletos de cdigo-fonte. Verificador de sintaxe dos modelos.

  • Em contrapartida, as principais desvantagens so: Dificuldade na modelagem do processo pela necessidade de se representar o contexto do

    negcio, perdendo o foco nas etapas iniciais do trabalho. Pela integrao da modelagem de processo e de objetos, no h uma separao clara entre as

    etapas de cada modelagem, dificultando a distino entre processo e sistema. Difcil discernimento do ponto onde se encontra a atual etapa da modelagem. O editor grfico da ferramenta no muito amigvel, fazendo que se exija muito esforo para

    manipular os elementos dos modelos. O nome dos modelos no facilita a compreenso da sua real funcionalidade. A representao grfica dos modelos no uma notao comum usada pela comunidade de

    engenharia de processos e de sistemas. Ferramenta muito generalizada no aspecto dos mtodos de desenvolvimento. Pouco funcional para a modelagem de processo, pois fornecer uma quantidade excessiva de

    modelos e elementos grficos. No h integrao com outras ferramentas de modelagem de processo ou de sistemas.

    8.2 ARIS Easy Design ARIS (Architecture of Integrated Information Systems) uma arquitetura desenvolvida para definir

    conceitos padronizados nos mtodos de modelagem e desenvolvimento de processos. Os dois principais objetivos so: (1) permitir avaliar mtodos e integr-los pela concentrao de seus focos, e (2) servir como uma estrutura de orientao para desenvolvimento de projetos complexos porque ele contm um modelo de procedimento para o desenvolvimento de sistemas de informaes integrados.

    A arquitetura do ARIS foi a base para o ARIS Toolset - uma famlia de ferramentas desenvolvida pela IDS Scheer AG. ARIS Toolset suporta a criao, anlise e avaliao dos processos empresariais em termos de reengenharia de processos de negcio. A ferramenta ARIS Easy Design prov as funes necessrias para a documentao e modelagem de processos de negcio de uma maneira simples. A anlise ser baseada nos mtodos de modelagem disponveis nesta ferramenta.

    A verso da ferramenta utilizada para avaliao foi ARIS 4.1da IDS Scheer AG, 1997-2000.

    8.2.1 Caractersticas de Suporte Modelagem a) ARIS Explorer: o componente central para o gerenciamento do ARIS, responsvel por todos os

    itens aplicveis na ferramenta. dividido em duas partes: (1) janela da esquerda, onde se visualiza os itens em uma estrutura hierrquica, e (2) janela da direita, onde se visualiza o contedo de cada item mostrada na janela da esquerda. O ARIS permite estabelecer conexes com servidores local e de rede, facilitando ora o trabalho individualizado ora o trabalho em equipe. Para cada servidor conectado, permitido criar base de dados que agrupam os itens e os seus respectivos contedos.

    Figura 4 Viso do ARIS Explorer

  • b) Modelo VAD (Vallue-Added Chain Diagram): serve com o propsito de identificar aquelas funes dentro das organizaes nas quais so envolvidas diretamente nos valores estratgicos das empresas. Estas funes podem ser interrelacionadas pela criao de uma seqncia de funes. O modelo VAD no permite expressar uma super ou sub-ordenao de funes, sendo possvel visualiz-las apenas de forma hierrquica.

    c) Modelo EPC (Event-Driven Process Chain): A seqncia procedural de funes, no aspecto dos processos de negcio, expressa na forma de cadeias lgicas de processos, onde o incio e o final dos eventos de cada funo pode ser especificado. Os eventos no apenas disparam funes como tambm resultados das funes. O incio e o final de um modelo EPC sempre formado por eventos. Diversas funes podem originar simultaneamente de um evento, da mesma forma, uma funo pode resultar em diversos eventos. Existem dois tipos de operadores: (1) operadores de evento: conectores lgicos de deciso entre objetos, e (2) operadores de funo: funes executadas pelo estmulo de um evento.

    d) Modelo FAD (Function Allocation Diagram): Em adicional do controle do evento apresentado no modelo EPC, a transformao dos dados de entrada e sada assim como a representao do fluxo de dados entre as funes so possveis tipos de relacionamentos entre as vises de dados e funcional, que podem ser representadas no modelo FAD.

    8.2.2 Avaliao da Ferramenta

    O trabalho proposto para se realizar a modelagem do processo do exemplo especificado na ferramenta ARIS Easy Design teve quatro passos interativos:

    Criao da estrutura das macro funes do domnio do negcio atravs do Modelo VAD. Modelagem do fluxo do processo com a seqncia das funes a serem executadas logicamente

    atravs do Modelo EPC. Associao entre as macros funes do Modelo VAD com as descries representadas no

    Modelo EPC. Levantamento dos fluxos de dados de entrada e sada de cada funo do Modelo EPC atravs do

    Modelo FAD. A ferramenta tem uma estrutura muito bem definida, principalmente no aspecto de integrao entre

    as vrias vises que se possa ter dos processos que facilitam a modelagem . Isto devido ao forte embasamento terico que justifica a arquitetura ARIS anterior construo da ferramenta.

    O principal problema apresentado o excesso de modelos para cada viso, bem como a existncia dos mesmos modelos em diferentes vises, contribuindo para uma dificuldade de compreenso das funcionalidades de cada um deles. Observou-se tambm que para se definir as propriedades dos itens dos modelos no trivial.

    As principais vantagens da ferramenta so: Forte embasamento terico que suporta a estrutura e as vises da ferramenta de modo que no

    se perca o foco do seu objetivo primordial. Arquitetura muito bem definida que sustenta as vises descritivas dos processos. nfase na modelagem de processos, possibilitando que seja uma ferramenta utilizada nas mais

    diferentes reas de atuao. Diferentes nveis de detalhamento dos processos, contribuindo para uma descentralizao das

    reas responsveis. Conexo com vrios servidores que servem como repositrio comum para diversos usurios,

    facilitando o trabalho em equipe. Existncia de uma seqncia lgica clara para executar a modelagem dos processos. Permite a integrao com outras ferramentas, principalmente aquelas voltadas para edio e

    controle de tabelas e textos. Analisador semntico dos modelos e dos relacionamentos. Simulador grfico de execuo dos processos. Em contrapartida, as principais desvantagens so: Quantidade excessiva de modelos para cada viso descritiva da arquitetura, dificultando a

    compreenso da escolha do modelo correto para se construir.

  • O editor grfico da ferramenta no muito amigvel, fazendo que se exija muito esforo para manipular os elementos dos modelos.

    A definio de vnculos entre os elementos dos modelos no trivial, fazendo que se perca o objetivo da associao.

    Apenas alguns modelos utilizam uma notao comum usada pela comunidade de engenharia de processos e de sistemas.

    A ferramenta oferece uma grande quantidade de facilidades de manipulao dos elementos, o que a torna complexa para utiliz-la.

    Diferentes vises do mesmo modelo, inclusive a representao grfica, dificultando a compreenso da sua funcionalidade.

    Pouca nfase na integrao entre modelagem de processo e modelagem de objetos de sistema.

    8.3 Avaliao Comparativa entre as Ferramentas O quadro abaixo apresenta uma avaliao dos itens considerados relevantes em uma ferramenta

    para suportar a modelagem de processos e para transio dos mesmos em requisitos de sistemas de informao. A avaliao verifica os itens considerados fornecidos pela ferramenta dentro do critrio: atende bem, atende, atende mal e no atende.

    Tabela 2 Quadro Comparativo Provision X ARIS

    9. Concluso As ferramentas se mostraram eficazes para a finalidade que elas se propunham. Acredita-se que

    necessrio fazer uma explorao mais minuciosa das demais caractersticas fornecidas por cada uma delas. A diferena mais evidente entre as ferramentas que uma foi construda no formato de uma arquitetura muito bem definida de forte embasamento terico, enquanto que a outra no tinha uma ordem clara de modelagem.

    O trabalho de anlise das ferramentas e as devidas concluses no teve um parecer suportado por uma metodologia cientfica. Procurou-se atender os requisitos do exemplo dado, mapeando o fluxo dos processo de negcio correspondente, verificando as facilidades e dificuldades na criao dos modelos.

    H evidncias que existe uma necessidade de integrao entre as etapas de modelagem de processos e de modelagem de objetos de sistema de informao, sugerindo um estudo mais detalhado de como se pode integr-las de maneira fcil em uma nica ferramenta.

    Tambm se observou a importncia de se ter facilidades como simulador de processos e verificador semntico dos modelos, assegurando uma maior qualidade dos produtos gerados.

    A existncia do simulador de processos em uma ferramenta de modelagem um tema que pode ser melhor abordado, introduzindo novos conceitos como compiladores de processos assegura a

    Item de Avaliao Provision ARIS Arquitetura funcional No atende Atende bem Mtodo de modelagem de processo No atende Atende bem Seqncia de execuo da modelagem No atende Atende Nvel de detalhamento dos processos Atende mal Atende Integrao entre modelagem de processo e de sistema Atende No atende Transio de processos em requisitos de sistema No atende No atende Notao reconhecida pela comunidade de processos Atende mal Atende mal Facilidade de utilizao do editor Atende mal Atende mal Representao grfica do editor Atende Atende Repositrio (compartilhamento de modelos) Atende Atende bem Configurao dos modelos Atende bem No atende Verificador semntico Atende Atende Simulador de processo No atende Atende Gerao de cdigo-fonte e esquema de banco de dados Atende bem No atende Integrao com outras ferramentas No atende Atende mal

  • integridade do fluxo, e verificador de pontos de processos garante o melhor fluxo conforme os processos modelados.

    Tanto para a integrao das modelagens de processo e de sistemas como a introduo de novos conceitos, so necessrios mecanismos mais formais e uma experimentao mais rigorosa, advidos de uma formulao matemtica que os garanta.

    De uma maneira geral, a avaliao foi interessante por mostrar o atual estado da arte das ferramentas de modelagem de processos, alm da existncia de um amplo campo para estudos na rea de engenharia de processos, principalmente no que tange a transformao de modelos de processos em requisitos para o desenvolvimento de sistemas de informao.

    importante ressaltar que a anlise das ferramentas descrita aqui somente um trabalho acadmico com o objetivo de levantar as caractersticas mais relevantes para a construo de uma ferramenta de modelagem de processo que integre a modelagem de sistema de informao, sem a pretenso de se fazer uma avaliao dos aspectos comerciais e tcnicos para o mercado consumidor.

    10. Referncias

    [1] V.R. Basili; A Quantitative Approach to Software Management and Engineering; University of Maryland: 1994.

    [2] S. Zuboff; In the Age of the Smart Machine; Basic Books, Nova York: 1989. [3] A.-W. Scheer; Business Process Engineering; Springer: 1998. [4] S. Castano, V.D Antonellis, M. Melchiori; A methodology and tool environment for process

    analysis and reengineering; Data & Knowledge Engineering 31: 1999 [5] T.H. Davenport; Process Innovation; Harvard Business School Press, Boston: 1993. [6] P. ONeill; Business Process Reengineering: A review of recent literature; Technovation 19:

    1999. [7] G. Abeysinghe, K. Phalp; Combining process modeling methods; Information and Software

    Technology 39: 1997. [8] A. Ortiz et al.; Building a production planning process with na approach based on CIMOSA

    and workflow management systems; Computers in Industry 40: 1999. [9] W.M.P. van der Aalst; Formalization and verification of event-driven process chains;

    Information and Software Technology 41: 1999. [10] K. Phalp, M. Shepperd; Quantitative analysis of static models of processes; The Journal of

    Systems and Software 52: 2000. [11] M. Hammer; Reengineering work: Dont automate, obliterate; Harvard Business Review,

    Boston: 1990. [12] Sistema de ajuda do Provison Workbench. [13] Sistema de ajuda do ARIS Easy Design.