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  • CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE MINAS GERAIS UNIDADE DE FISCALIZAO

    DIAGNSTICO ADMINISTRATIVO/SITUACIONAL DE ENFERMAGEM/SADE1:

    Subsdios para elaborao

    BELO HORIZONTE - MG 2010

    ____________

    1 Texto original elaborado pela Enfermeira Fiscal do COREN-MG Clarice Henriques Santos, em 1997. Revisado e atualizado pela Cmara Tcnica Gerencial e Assistencial (CTGA) do COREN-MG em 2009, pelos membros: Enf. Dra. Maria dila Abreu Freitas, Enf. Claudia Maria de Melo Franco Silva e Enf. Danielle Brando Silva.

  • 2010, Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais

    Qualquer parte desta publicao poder ser reproduzida, desde que citada a fonte.

    SEDE:

    Rua da Bahia, 916 - 4, 9, 10, 11, 12 e 13 andares Centro - Belo Horizonte - MG - CEP: 30160-011 Pas: Brasil Telefone: (31) 3238-7500 - Telefax: (31) 3238-7530 Site: www.coren-mg.gov.br E-mail: [email protected], [email protected]

    SUBSEES: Governador Valadares Rua Marechal Floriano, 600 - sala 308 Centro Governador Valadares - MG CEP: 35010-140 Telefone: (33) 3271-9932 [email protected]

    Juiz de Fora Rua Batista de Oliveira, 470 - sala 701 Centro Juiz de Fora MG CEP: 36010-120 Telefone: (32) 3213-3302 [email protected]

    Montes Claros Av. Coronel Prates, 348 - sala 511 Centro Montes Claros MG CEP: 39400-104 Telefone: (38) 3216-0371 [email protected]

    Passos Rua Dr. Manoel Patti, 170 A - salas 02 e 04 Centro Passos MG CEP: 37900-040 Telefone: (35) 3526-5821 [email protected]

    Pouso Alegre Rua Bernardino de Campos, 39 - sala 02 Centro Pouso Alegre MG CEP: 37550-000 Telefone: (35) 3422-1961 [email protected]

    Tefilo Otoni Rua Epaminondas Otoni, 958 - sala 204 Centro Tefilo Otoni MG CEP: 39800-013 Telefone: (33) 3522-1661 [email protected]

    Uberaba Av. Leopoldino de Oliveira, 3.490 sala 601 Centro Uberaba MG CEP: 38010-000 Telefone: (34) 3338-3708 [email protected]

    Uberlndia Av. Floriano Peixoto, 615 - sala 703 Centro Uberlndia MG CEP: 38400-102 Telefone: (34) 3210-0842 [email protected]

    Varginha Av. Coronel Jos Alves, 361 - sala 101 Vila Pinto Varginha MG CEP: 37010-540 Telefone: (35) 3222-3108 (35) 3222-3197 [email protected]

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    DIRETORIA DO COREN-MG (2008-2011)

    PRESIDENTE: Telma Ramalho Mendes VICE-PRESIDENTE: Maria Girlene Martins PRIMEIRA-SECRETRIA: Rosana Almeida da Silva Paes SEGUNDA-SECRETRIA: Maria dila Abreu Freitas PRIMEIRA-TESOUREIRA: Fernanda de Ftima Pinto Mota SEGUNDO-TESOUREIRO: Rubens Schrder Sobrinho

    DELEGADAS REGIONAIS:

    Efetiva: Telma Ramalho Mendes / Suplente: Maria Girlene Martins

    COMISSO DE TOMADA DE CONTAS:

    Marcos Antnio Garcia Vieira, Rosana Maria Resgalla, Snia de Souza Morais Fernandes

    DEMAIS MEMBROS EFETIVOS DO PLENRIO:

    Adriana Aparecida da Silva Pinheiro, Adriana Lima da Silva Santos, Ana Paula Bispo Gonalves, Carine dos Santos, Michelle Costa Leite Praa, Elaine Mrcia Silva Eugnio

    SUPLENTES:

    ngela Ftima Vieira Silva Villar, Helena Hemiko Iwamoto, Irlene Aparecida Silva Nunes, Juliana Bittencourt Braga, Jnia Braga Fontes, Ktia Ferreira Costa Campos, Maria Cristina Soares Brando, Mirian Murad Leite Andrade, Cibele Cardoso da Silva, Danbia Dlia do Nascimento Silva Resende, Elaine Patricia Calixto Ferreira, Maria Jos de Almeida Rocha, Maria Magaly Aguiar Cndido, Marta de Jesus Pereira Costa

    CMARA TCNICA GERENCIAL E ASSISTENCIAL (CTGA): Enf. Dra.Maria dila Abreu Freitas (Coordenadora), Enf Claudia Maria de Melo Franco Silva (sub-coordenadora), Enf. Danielle Brando Silva, Enf. Ernani Vicente de Souza, Enf. Ms. Dionia Paula Bodevan de Sousa, Enf. Maria Cristina Soares Brando e Enf. Clecy Zaghi Alves (membros)

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    SUMRIO

    1 INTRODUO ...................................................................................... 5

    2 DIAGNSTICO ADMINISTRATIVO/SITUACIONAL DE ENFERMAGEM E DE SADE ........................................................................................ 7

    2.1 Conceituao ........................................................................................ 7 2.2 Objetivos............................................................................................... 7 2.3 Fases.................................................................................................... 8

    3 PROPOSTA DE UM MODELO PARA DIAGNSTICO ADMINISTRATIVO/SITUACIONAL DO SERVIO DE ENFERMAGEM E DE SADE ........................................................................................... 9

    3.1 Etapa n. 1 Levantamento de dados ................................................... 9 3.2 Etapa n. 2 - Anlise ........................................................................... 10 3.3 Etapa n. 3 - Planejamento - propostas de interveno........................ 12 3.3.1 Conceituao ...................................................................................... 12 3.3.2 Etapas para o planejamento estratgico .............................................. 13

    REFERNCIAS .................................................................................. 15

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    1 INTRODUO

    A Enfermagem est constantemente mudando, seja como resultado de estudos cientficos ou no contexto de novas abordagens filosficas. Porm, a finalidade primordial do Servio de Enfermagem ser sempre a de envidar esforos para a preveno e a promoo da assistncia/cuidado, tendo em vista o atendimento aos pacientes/clientes e a comunidade, em suas necessidades bio-psquica, scio-espirituais. Promover assistncia envolve administrao direta de cuidados aos pacientes e o planejamento e gesto dessa assistncia/cuidado. Dessa forma, podemos afirmar que o Enfermeiro possui dentre as suas demais funes, duas bsicas: assistir e gerenciar.

    Gerenciar o Servio de Enfermagem/Sade envolve vrias funes, dentre elas: planejamento, organizao, coordenao, direo, controle e avaliao.

    Nesta proposta, vamos nos limitar a falar sobre o Diagnstico Administrativo/Situacional como uma das fases da funo de planejamento.

    Para o COREN-MG, o Diagnstico Administrativo/Situacional de Enfermagem e de sade se constitui em uma das atribuies do Enfermeiro responsvel tcnico que, a partir de sua execuo, permitir a elaborao de uma proposta de trabalho para o servio. importante destacar a importncia de toda a equipe de enfermagem e de sade na elaborao do diagnstico Administrativo/Situacional e consequente planejamento estratgico participativo, como instrumento de gesto (CECLIO, 1997). Para obteno de um diagnstico que subsidie o planejamento estratgico do Servio de Enfermagem fundamental que se leve em considerao a misso, a viso e os modelos gerencial e assistencial do Servio de Sade. Na atualidade estes conceitos foram incorporados atravs de trabalho desenvolvido por especialistas da rea de gesto pela qualidade.

    Aps desenvolv-lo, a proposta dever ser encaminhada administrao superior da Instituio, para que esta viabilize a sua operacionalizao, promovendo o que for de sua competncia e facilitando a sua implementao.

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    O Diagnstico Administrativo/Situacional de Enfermagem e de sade, considerado como a primeira etapa do processo de planejamento, pode ser elaborado para a Instituio como um todo ou apenas para uma unidade ou setor do Servio de Sade. Partindo dessas consideraes, estabeleceu-se como objetivo deste trabalho, a apresentao de uma proposta de modelo de Diagnstico Administrativo/Situacional de Enfermagem e de Sade para os Enfermeiros que atuam nos servios de sade, nos diversos nveis de ateno.

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    2 DIAGNSTICO ADMINISTRATIVO/SITUACIONAL DE ENFERMAGEM E DE SADE

    2.1 Conceituao

    O diagnstico Administrativo/Situacional de Enfermagem e de Sade constitui a fase inicial do processo de planejamento, e define-se como um mtodo de identificao e anlise de uma realidade e de suas necessidades, com vista elaborao de propostas de organizao e/ou reorganizao.

    2.2 Objetivos

    Os objetivos so: conhecer a Instituio; identificar foras desestabilizadoras externas e internas da

    Instituio; identificar as prioridades a partir do levantamento de dados, dos

    problemas e necessidades; identificar os fatores que limitam o desenvolvimento de atividades; estabelecer diretrizes para a definio das aes a serem

    implementadas; proporcionar experincias de aprendizagem; caracterizar a rea de abrangncia do Servio de Sade; caracterizar a populao da rea de abrangncia do Servio de

    Sade; caracterizar a clientela atendida pelo servio.

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    2.3 Fases

    Compem as fases: levantamento de dados; anlise dos dados obtidos; estabelecimento de prioridades; propostas de organizao e/ou reorganizao com justificativas; elaborao do Planejamento Estratgico.

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    3 PROPOSTA DE UM MODELO PARA DIAGNSTICO ADMINISTRATIVO/SITUACIONAL DO SERVIO DE ENFERMAGEM E DE SADE

    3.1 Etapa n. 1 Levantamento de dados

    a) Caracterizao da Instituio / Unidade: nome;

    tipo (particular, filantrpico, pblico); misso; viso; modelo de Gesto e Modelo assistencial; programas da Instituio; polticas de Financiamento; sistemas de Informao; indicadores; recursos Institucionais: Fsicos, Materiais, Humanos e

    Administrativos; nmero de Leitos; caracterizao da Clientela (particular, SUS, convnios); especialidades que atende.

    b) Caracterizao da rea de abrangncia e da populao do Servio de Sade

    Situar em mapa o Servio de Sade e sua rea de abrangncia, apresentar macro-caractersticas da rea (rea, infra-estrutura: gua, luz, esgoto, destino do lixo, pavimentao das ruas, rede de transporte, etc), principais caractersticas da ocupao do solo (tipo de moradia, conjunto habitacional).

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    3.2 Etapa n. 2 - Anlise

    Conhecida a realidade da Instituio de uma ou mais unidades, e identificados os seus problemas, deve-se realizar uma anlise, clara e objetiva, dos dados obtidos, com relao a:

    a) recursos fsicos: relacionar os elementos da estrutura fsica - constar a planta fsica da Instituio ou unidade. Comparar a estrutura fsica com a RDC n 50/2002, RDC n 307/2002 e RDC n 189/2003 da ANVISA que versam sobre as normas para construo e instalao em servios de sade;

    b) discutir a funcionalidade e utilizao dos elementos fsicos;

    c) recursos humanos: como se processa o recrutamento e a seleo do pessoal da

    equipe de Enfermagem (jornais,testes,entrevistas, etc.). Existe sistematizao desses processos?;

    conhecer a Resoluo COFEN n 293/2004, que versa sobre os parmetros para dimensionar o quantitativo mnimo dos diferentes

    nveis de formao dos profissionais de Enfermagem e confrontar com a realidade do Servio de Enfermagem da Instituio de sade;

    funes dos elementos da equipe; qualidade - categoria a que pertencem; jornada de trabalho; registro no COREN; relao de escolas e quantitativo de alunos que recebe, caso seja

    uma Instituio de sade, campo de estgio;

    d) levantar os meios pelos quais se processam a: orientao; treinamento;

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    acompanhamento/educao continuada; avaliao de desempenho; acompanhamento do Servio de Sade do trabalhador;

    e) mtodos de trabalho: funcional ou por tarefa; cuidado integral ou global; trabalho de equipe.

    Caracterizar o processo de trabalho de enfermagem dentro da equipe multiprofissional e interdisciplinar. Identificar se a enfermagem executa atividades que seriam atribuio de outros profissionais.

    Relatar se a Sistematizao da Assistncia de Enfermagem (Resoluo COFEN n. 358/2009) est sendo realizada e em quais reas est sendo aplicada.

    Citar os indicadores de qualidade da assistncia de enfermagem. Por exemplo: queda do leito, extubao, perda de sonda, flebite ps-puno, ruptura de integridade cutnea, dentre outros.

    f) recursos materiais: inventrio do material permanente; fluxograma para aquisio dos recursos materiais; qualidade do material permanente e de consumo; estratgia da manuteno preventiva e corretiva.

    g) recursos administrativos: regimento da Instituio; regimento do Servio de Enfermagem; organograma; manual de Normas e Procedimentos de cada setor da Instituio

    ou do servio (Protocolos e as Instrues de Trabalho).

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    h) sistemas de comunicao: relatrios; documentos de Pronturio; impressos utilizados para comunicao intersetorial; escalas do servio (mensal e diria); quadro de informaes; utilizao de identificao; sistema sonoro e de iluminao de chamadas.

    i) sistemas de controle: inventrio de material permanente existente por setor/unidade; mapa de execuo da manuteno dos equipamentos; mapa mensal / anual de consumo de material; ficha funcional do funcionrio: avaliao de desempenho, controle

    de frias, folgas, frequncia, sistemas educativos e punitivos; dimensionamento para aquisio anual de material permanente; mdia de consumo mensal / anual de material.

    3.3 Etapa n. 3 - Planejamento - propostas de interveno

    3.3.1 Conceituao

    O Planejamento um processo dinmico de contnuo trabalho de viabilizao e execuo como instrumento de gesto. Baseia-se em uma avaliao diagnstica com vistas elaborao de um plano de interveno. Programado com uma srie de indicadores de avaliao e dos resultados esperados. Para Chiavenato (1993, p. 367), Planejamento a funo administrativa que determina antecipadamente o que se deve fazer e quais os objetivos que devem ser atingidos. um modelo terico para a ao futura.

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    3.3.2 Etapas para o planejamento estratgico

    Para a elaborao de um planejamento que atenda as necessidades do Servio de Enfermagem e de Sade fundamental que este seja resultante de um processo de anlise detalhada e elaborao compartilhada, onde devero ser bem definidas a misso, a viso, os valores institucionais, indicadores e metas a serem alcanadas. importante ainda, o levantamento das oportunidades e ameaas do ambiente externo e interno, bem como das fortalezas e fragilidades (CECLIO, 1997).

    O diagrama a seguir expe os aspectos a serem observados e analisados no levantamento dos dados com vistas confeco do diagnstico Administrativo/Situacional que subsidiar o planejamento estratgico do Servio de Enfermagem e de Sade.

    FIGURA 1 - Aspectos a serem observados e analisados no levantamento dos dados.

    POLTICA DE FINANCIAMENTO

    SISTEMAS DE INFORMAO

    VALORES

    RECURSOS INSTITU-CIONAIS-FSICOS, HUMANOS ADMINIS- TRATIVOS-MATERIAIS

    CARACTERIZAO DA CLIENTELA

    PROGRAMAS DA INSTITUIO

    INDICADORES ESTRUTURA PROCESSO

    VISO

    MODELO DE GESTO

    MISSO

    PLANEJAMENTO

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    De posse de todas as informaes, prope-se a construo de uma proposta de trabalho que contemple:

    TABELA 1 Sugesto para a proposta de trabalho

    Problemas / No

    conformidades Causas

    Plano de ao

    Responsvel Prazo Resultado Aprovao do gestor

    O ato de planejar deve ocorrer no somente como preveno de problemas, mas, tambm, no sentido de corrigir situaes problemas e incidentes resultantes de dificuldades, que necessitem de uma ao corretiva. Planejar pensar antes e durante a ao.

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    REFERNCIAS

    CECLIO, L. C. O. de. Uma sistematizao e discusso de tecnologia leve de planejamento estratgico aplicada ao setor governamental. In: MERHY E. E.; ONOCKO R. Agir em Sade: um desafio para o pblico. So Paulo: Hucitec,1997

    CHIAVENATO, Idalberto. Teoria geral da administrao. 4. ed. So Paulo: Makron Books, 1993.

    ESMERALDINO, A. Q. de et al. Planejamento estratgico numa Unidade de Internao. Interseo, Belo Horizonte, v.1, n. 2, p. 50-57, abr. 2008.

    KURCGANT, P. Administrao em enfermagem. So Paulo: Pedaggica e Universitria, 1991.

    PINA, V. D. ET AL. Manual para diagnstico de administrao de empresas o diagnstico. 2. ed. So Paulo: Atlas, 1979.

    CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resoluo n. 293, de 21 de setembro de 2004. Fixa e Estabelece Parmetros para o Dimensionamento do Quadro de Profissionais de Enfermagem nas Unidades Assistenciais das Instituies de Sade e Assemelhados. Disponvel em: . Acesso em: 04 fev. 2010.

    ______. Resoluo n. 358, de 15 de outubro de 2009. Dispe sobre a Sistematizao da Assistncia de Enfermagem e a implementao do Processo de Enfermagem em ambientes, pblicos ou privados, em que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem, e d outras providncias. Disponvel em: . Acesso em: 04 fev. 2010.