Mod 11 Teste Avaliacao Felizmente Ha Luar

7/25/2019 Mod 11 Teste Avaliacao Felizmente Ha Luar

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Curso Profissional 2013-2016)

Disciplina: Portugus Teste Final do Mdulo 11

GRUPO I

L com ateno o texto.

Abre os braos no gestodramtico de quem fazuma revelaoimportante e inesperada.Comeam a ouvir-setambores ao longe,muito em surdina.

Os tambores entramem fanfarra e o palcoenche-se de soldados.

CORVOUm s nome anda na boca de toda a gente.

(Surge Morais Sarmento, que avana do fundo do palco.)

MORAIS SARMENTOSenhores Governadores: onde quer que se conspire, s um nome vem baila.

CORVO

O nome do general Gomes Freire dAndrade!(Acende-se a luz que ilumina Beresford e o principal Sousa.)

D. MIGUELSenhores Governadores: a tendes o chefe da revolta. Notai que lhe no

falta nada: lcido, inteligente, idolatrado pelo povo, um soldado

brilhante, gro-mestre da Maonaria e , senhores, um estrangeirado

BERESFORDTrata-se dum inimigo natural desta Regncia.

PRINCIPAL SOUSAFoi Deus que nos indicou o seu nome.

D. MIGUEL(Sorrindo)

Deus e eu, senhores! Deus e eu

CORVOMas, senhores, nada prova que o general seja o chefe da conjura.Tudo o que se diz pode no passar de um boato

D. MIGUELCale-se! Onde est a sua dedicao a el-rei, capito?

PRINCIPAL SOUSAAgora me lembro de que h anos, em Campo dOurique, Gomes Freire

prejudicou muito a meu irmo Rodrigo!

D. MIGUELSe eu fosse a falar do dio que lhe tenho

BERESFORDO marqus de Campo Maior tem razes para odiar a Gomes Freire

()

PRINCIPAL SOUSA(Do plpito)

Meus filhos, meus filhos, a Ptria est em perigo! Os inimigos de Deus preparam,

na sombra, a runa dos vossos lares, a violao das vossas filhas, a morte del-rei!

D. MIGUELPortugueses: a hora no para contemplaes! Sacrifiquemos tudo, mesmo

as nossas conscincias, no altar da Ptria.

PRINCIPAL SOUSAMorte aos inimigos de Cristo!

D. MIGUELMorte ao traidor Gomes Freire dAndrade!

(Apagam-se todas as luzes. As personagens ficam na penumbra agitando osbraos e erguendo bandeiras no ar. Durante um espao de tempo muito curto,

ouvem-se os sinos e os tambores.)

Lus de Sttau Monteiro,Felizmente H Luar!, Areal Editores (adaptado e com supresses)


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Apresenta, de forma clara e bem estruturada, as tuas respostas aos itens que se seguem.

1. Contextualiza, na obra, o excerto transcrito, explicitando a sua relevncia na ao.

2. Apresenta trs traos caracterizadores de Principal Sousa, fundamentando-te no texto.

3. Indica de que forma se manifesta o tom exortativo no final do excerto, destacando dois dosseus efeitos.

4. As didasclias e as notas laterais assumem uma grande relevncia nesta obra de Sttau Monteiro.

4.1. Expe duas das funes de cada uma delas, considerando o segmento textual apresentado.

GRUPO II

L com ateno o seguinte texto.

Se muita coisa era proibida mulher, diferena do homem, antes de 1974, o trabalho no s o

era com certeza, embora a mulher casada s pudesse ter emprego com autorizao do marido, o chefe

de famlia, que, em qualquer momento, podia chegar junto do empregador da sua mulher e dizer-lhe:

Despea-ma, se faz favor.

A Nao de Salazar no podia, por muito que lhe apetecesse, prescindir da mo de obra feminina,5

mais que no fosse por presso dos empregadores, que necessitavam de braos mais baratos, e da

realidade mais um ordenado em casa, por pequeno que fosse, e era, significava no ter de optar

entre comer e pagar a renda de casa.

Nos campos, o brao da mulher sempre foi usadoe nem sempre nas tarefas mais leves, que nodava aqui jeito algum aplicar a, de outro modo omnipresente, teoria do sexo fraco. A mulher do10

lavrador lavrava como o marido, ordenhava, arrancava batata, mondava arroz, ceifava, e empurrava

o arado, com a mesma energia que os vares de Portugal. Talvez no rachasse lenha e abatesse

pinheiros, talvez, mas, no trabalho assalariado, a camponesa era figura to comum como a do operrio

agrcola e, na economia familiar, se diferena houvesse era mesmo a favor do trabalho feminino.

Na indstria, tambm no cabia na cabea dos guardadores da moral proibir a esmagadora maioria15

feminina nos txteis, por exemplo, desde que no chegassem muito alto nas chefias, ficando reservada

para o empregador a tarefa de evitar o acesso da mulher a atividades consideradas masculinas.

Antnio Costa Santos, in Proibido, Editora Guerra & Paz, 2007[texto adaptado e com supresses]

1. Seleciona a opo correta.

1.1.No primeiro pargrafo do texto, o enunciador destaca...a) a igualdade de gneros em termos laborais.b) a hierarquia de poder face empregabilidade da mulher.c) a emancipao da mulher em termos laborais.

d) o poder patronal face mo-de-obra feminina.

1.2. O segmento textual, aps o travesso (linha 7)at ao final do segundo pargrafo,apresenta como ideia principal uma realidade presente em Portugal durante a ditadurasalazarista...

a) a inferioridade da mulher relativamente ao homem.b) o contributo do ordenado da mulher para pagar a renda de casa.c) a importncia da presena da mulher em casa para cumprimento dos afazeres domsticos. d) as dificuldades econmicas das famlias.

1.3. O enunciado Despea-ma, se faz favor. (linha 4)ilustra um ato ilocutrio...

a) assertivo.b) expressivo.c) diretivo.d) compromissivo.


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1.4.Na expresso Nao de Salazar (linha 5), o autor utiliza uma...

a)perfrase.b) comparao.c) hiplage.d) metfora.

1.5. O vocbulo empregador (linha 3)...

a) um composto morfolgico.b) um composto morfossinttico.c) uma palavra derivada por prefixao.d) uma palavra derivada por sufixao.

1.6.Na frase que necessitavam de braos mais baratos (linha 6), com a palavra sublinhada oenunciador recorre a um processo de coeso...

a) referencial (anfora).b) lexical (meronmia).c) lexical (hiponmia).d) referencial (catfora).

1.7. O conector desde que (linha 16)introduz uma ideia de...a) condio.b) consequncia.c) tempo.d) causa.

2. Responde de forma correta aos itens apresentados.

2.1. Classifica a orao por muito que lhe apetecesse. (linha 5)

2.2. Indica a modalidade presente na frase Talvez no rachasse lenha e abatesse pinheiros.(linhas 12-13)

2.3. Identifica a figura de estilo presente na expresso guardadores da moral. (linha 15)

GRUPO IIINum texto de 120 a 180 palavras, apresenta a personagem que, na tua opinio, tem maiorrelevncia, justificando convenientemente.


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COTAO

GRUPO IA1. ........................................................................................................................................ 25 pontos2. ........................................................................................................................................ 25 pontos3. ........................................................................................................................................ 25 pontos4.1. ..................................................................................................................................... 25 pontos

GRUPO II1.1. ..................................................................................................................................... 5 pontos1.2. ..................................................................................................................................... 5 pontos1.3. ..................................................................................................................................... 5 pontos1.4. ..................................................................................................................................... 5 pontos1.5. ..................................................................................................................................... 5 pontos

1.6. ..................................................................................................................................... 5 pontos1.7. ..................................................................................................................................... 5 pontos2.1. ..................................................................................................................................... 5 pontos2.2. ..................................................................................................................................... 5 pontos2.3. ..................................................................................................................................... 5 pontos

GRUPO III .......................................................................................................................50 pontos

Total________________ 200 pontos


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GRUPO I

1. O excerto dado para anlise reporta-se ao momento em que Gomes Freire de Andrade ser acusado comosendo um traidor, anunciando-se o preo que ter de pagar por isso: a condenao morte. Este

momento da ao de extrema relevncia, tanto por aquilo que o antecede como tambm por o que ir

desencadear.

Ora, o general, por ser um homem culto, inteligente, idolatrado pelo povo e um estrangeirado,

constitui uma ameaa ao poder e um dos revolucionrios que no se conforma com a situao em que

o pas se encontra. Por esse motivo, um alvo a abater. A deciso anunciada ir provocar reaesde

inconformismo e de revolta por parte dos que apoiam Gomes Freire de Andrade, principalmente Matilde,

a sua companheira, que no ir desistir, prometendo continuar a sua luta e incentivando o povo a

acompanh-la.

2. Principal Sousa uma das personagens da obraFelizmente H Luar!que aparece como rosto dopoder, como se pode comprovar com a leitura deste excerto, fazendo parte da reunio onde se

decide o futuro de Gomes Freire de Andrade.

Apresenta-se aqui como um indivduo que justifica as ms aes em nome de Cristo / Deus (FoiDeus que nos indicou o seu nome.), compactuando com um regime que condena inocentes em

prol da manuteno dos seus cargos e respetivas regalias. O rancor outra das suas caractersticas

(Agora me lembro de que h anos, em Campo dOurique, Gomes Freire prejudicou muito a meu

irmo Rodrigo!) assim como o falso patriotismo, percetvel quando se serve do argumento a

Ptria est em perigo para levar avante os seus interesses pessoais.3. O tom exortativo no final do excerto resulta do discurso incitador de D. Miguel Pereira Forjaz e

Principal Sousa. O recurso frase exclamativa (Meus filhos, meus filhos, a Ptria est em

perigo!), ao presente do conjuntivo (Sacrifiquemos tudo []) e repetio da expresso

Morte a d corpo a uma linguagem que pretende persuadir um pblico (ignorante), o povo,

a cumprir as ordens dos seus soberanos. Esta situao vai originar a perda de esperana na

mudana de um grupo de populares, como o testemunha Manuel no incio do Ato II; no entanto,

a crescente tomada de conscincia da injustia praticada contra o general vai desencadear uma

postura de revolta e inconformismo em Matilde, levando-a a tomar o lugar do seu homemespalhando o sentimento de esperana, pois Felizmente H Luar!.

4.1. Como qualquer texto dramtico, este apoia-se tambm na informao em didasclia. Apresentacomo particularidade o facto de comportar tambm um conjunto de notas laterais que

completam as que acompanham as falas das personagens.

Ora, relativamente s primeiras, elas fornecem informaes, por exemplo, quanto entrada e

sada de personagens(Surge Morais Sarmento, que avana do fundo do palco.) assim como

quanto iluminao, processo que permite destacar a participao das personagens (Acende-

se a luz que ilumina Beresford e o principal Sousa.). J as notas margem do texto proporcionam

explicaes precisas quanto atuao das personagens (Abre os braos no gesto dramtico de

quem faz uma revelao importante e inesperada.) e do conta da tenso dramtica,

percecionada, por exemplo, no som dos tambores [que] entram em fanfarra.

GRUPO II

1.1. b); 1.2.d); 1.3.c); 1.4.a); 1.5.d); 1.6.b); 1.7.a).2.1. Orao subordinada (adverbial) concessiva.2.2. Epistmica / de probabilidade.2.3. Ironia.

GRUPO III

(Resposta de carter pessoal.)

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