MOACIR ALVES DA SILVA!:./,AGUSTÍN A. HILLAR1/, SALASSIEP ...

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r 'V \-1 II . J o L EREITO DA LÃMINA DE ÁGUA E DA ADUBAÇÃO NITROGENADA SOBRE A PRODUÇÃO DE FEIJÃO "MACAS ./ . ./ SAl.1" J UTILIZANDO O SISTEHA DE IRRIGAÇÃO POR ASPERSÃO EM LINHA.!.! MOACIR ALVES DA SILVA!:./,AGUSTÍN A. HILLAR1/, SALAS SIEP, BERNARDO~/ e ALCIDES R. COND? (A ser apresentado no Congresso de Irrigação e Drenagem, Salvador, setembro de 1978) Efeito da lâmina de água e di 1978 FL- 00101 111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111 38109-1 11 Contribuição do Convênio EMBRAPA/CODEVASF. Parte da Tese para obtenção do grãu de Mestre em Engenharia Agricola, apre~e~~ __ pelo primeiro autor na Universidade Federal de Viçosa-MG. ~/ Eng O Agr9, M.S.,Pesquisador do CPATSA/EMBRAPA, Petrolina-Pe. 3/ Eng? AgrQ, Ph.D., Especialista em Pesquisa de Irrigação da FAO, Projeto PNUD/FM>- - BRA/74/008. CPATS/lJEHBRAPA, Petrolina, PE. ~/ Eng 0 Agr9, Ph.p., Professor da U.F.V., Viçosa, MG. 2 1 Eng Q Agr~, M.S., Professor da U.F.V., Viçosa, MG.

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r 'V \-1 II

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EREITO DA LÃMINA DE ÁGUA E DA ADUBAÇÃO NITROGENADA SOBRE A PRODUÇÃO DE FEIJÃO "MACAS./ ../ SAl.1" J UTILIZANDO O SISTEHA DE IRRIGAÇÃO POR ASPERSÃO EM LINHA.!.!

MOACIR ALVES DA SILVA!:./,AGUSTÍN A. HILLAR1/, SALAS SIEP, BERNARDO~/ e ALCIDES R. COND?

(A ser apresentado no Congresso de Irrigação e Drenagem, Salvador, setembro de 1978)

Efeito da lâmina de água e di1978 FL- 00101

11111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111138109-1

11 Contribuição do Convênio EMBRAPA/CODEVASF.Parte da Tese para obtenção do grãu de Mestre em Engenharia Agricola, apre~e~~ __pelo primeiro autor na Universidade Federal de Viçosa-MG.

~/ EngO Agr9, M.S.,Pesquisador do CPATSA/EMBRAPA, Petrolina-Pe.3/ Eng? AgrQ, Ph.D., Especialista em Pesquisa de Irrigação da FAO, Projeto PNUD/FM>-- BRA/74/008. CPATS/lJEHBRAPA, Petrolina, PE.~/ Eng0 Agr9, Ph.p., Professor da U.F.V., Viçosa, MG.21 EngQ Agr~, M.S., Professor da U.F.V., Viçosa, MG.

2

RESUMO

O trabalho foi conduzido no Campo EXI'erimental do Bebedouro, do Centro dePesquisa Ag ropecuaria do Tropico Semi-Árido (CPATSA/m~p,T\AP,'..), em Petrolina, PF., num

5 oxisol (unidade 37/'l..A.). Estudaranr-s e os efeitos da lnmine.de água e da adubaç ao nitro( .genada sobre a produç ao de feijão "~1acassar" (vigna simmsis ~L.) Savi) 0. seus comp~,

(\

I)

I

I

nentes utilizando o sistema de irrir.;açnopor pspers!l.oem linhél.

:\s lâminas de água aplicadas forari 471, 466, 378, 285 e 235 mm, produzi.daspele diferente distribuiç~o de água a partir do ei~o do aspcrsor. Os niveis de nitrogênio aplicados f oram 0, 40, 80 e 120 kg/ha, tendo como fonte o sulfato de amônio.As irrignções fora~ feitas cada vez que a umidade do solo, no terço médio da parcela(N2l-r2) atingia 5,5'7,(-0,5 bar de potencial matricial), controlada com sonda de nou-trons. Para a mediç~o das lâminas de 3gua recebidas, foran utilizados pluviômetrosinstalados no centro de cada unidad~ exnerimental.

Por ocasi~o da colheita, foram feitas determinações da produç~o de gr~os,númí'~rode vagens por planta, nÚmp.ro de r,rãospor vagem e ncso médio de 100 gr~os. V!!;..

rificou-sc que a aplicação de água aumentou linG~rMente a produção de gr~os nos ní-veis de 80 e 120 kg de nitrogênio por hectare. Para o componente da produç~o e núme-ro dl' vagens por ulanta , observou-se que houve um aument;o Lí.near para apl í caçao deagua e efeito quadrãtico para níveis de.nitrogêni.o, e que n produç~o de vagens atin-giu um máximo para 78,6 kg de nitrogênio por hectare, enquanto que para número de

- - -graos por vagem e peso de 100 graos, nao houve diferenças significativas entre ostratamentos.

3

INTp..')nuçÂo

o Nord es t c Brasileiro abr ange urna área de apr ox'irnadamente 18% do territó-

rio nací ona l , Neste. regi?o esta localizado o "Po l í gono das Secas", onde as chuvas

são concen t r adas en um único período, de três a cinco meses, var í.ando as mec.ins de

UPlH ~.rea para outra, com distribuição muito Lrregu l ar (1l~),'Nesta extensa área de-

senvolve--se uma agr icul tur a de subsistência dependente do regime pluviomêtrico, cons

tituindo a cultura do fcijoeiro (tanto o Phascolus como o Vigna) a principal fonte

de prr.t eIna vegetal. O fcijoeiro e o pni.nc i.pe.I componente de alimentaçãc de s eus ha

bitantes, estando, assim, entre as culturas de maior importância econômica para a

região (9).

Embora esta r~gião, vista g10bRlment0.) nno apr~sente aptidão agroclimãtica

para a cultura do feijoeiro, em rRzão, principalmente, de elevada te::nperatura e da

baí.xa umidade r ol at i.ve do ar, encor.t ram-s e grandes extensões de terras com condi-

ções ecológicas f avo r ave is R cs ta cultura. Nest:~ r eg í.ao , o feijão ~1acassar (Ví.gna

sinensis (L.) Savi ) ê cultivado em todos os muní.c Ip í os , no tadament e , nos Estados do

Ceara, Rio Grande do Norte, Piauí, Maranhão, Paraíba e Pernambuco, contribuindo com

iO n 80r. da. produção dE'!grãos das Legumí.nos as cultivadas para a alimentação humana

(9). At.unLmente , suas condições de exploraç.ão agrícola absorvera relevante parcela de

mão-de-obra regional, o qu« lhe confere cons ider ive l Lmportanc í a so ci a'l ,

No sistema de 0xploração i1gricola o fd.jÃo HacassRr raramente constitui o

principal cultivo, sendo pl ant ado , com raras exceções ~ em carÁter extensivo, como

cultura s ecundar í c , associada a outros produtos agrícolas, principalmente o milho,

o :ügodão arbo reo e a mandioca, aspecto que impõe. P. cultura uma tecnologia rudimen-

tar.

As pr oduçoes aLcanç adas var iam cons i.der ave l.nen te , Em es cal.a experimental

têm•.se conseguido produções supe r í or es a. 2000 kp,/ha. Entretanto, os rendimentos ~ oE,.

tidos em cultivos extensivos são geralmente muito haixos, variando de 200 é1 1000kg/

ha. O nível de produtividade só se torna mais estÁvel nos vales irrigRdos, onde a

cultura não fica sujeita a escassez das chuvas (10).

Apesar da r el.evan te importância desta cultura, existe pouca informação so-

bre ~elhor época de irrigação, nível otimo econômico de umidade, lâmina de água

4

aplicada, nivel ôtir.lO econoní.co de f er t i.Lí.zan t es , numero de regas e í.nte raç ao entre

estes f at.o r es de produçao , que f orneç am subs í d í os para melhor aproveitamento da distribuit}ão e Lnt ens í dade das p r ecí.pi tações que ocorrem na região delimitada pelo :'Po

l~ d c ". 19ono as ,.)ecas .

.,(

De POSS(,! de informações referentes à produtividade ,desta cultura, em fun-

çao da lâmina de ngua e da adubação n i I:rop.;enadc1, pode+s e es t abeLece r a delimitação

de â.reas, dentro da região d8 s equc i ro , que pcrrn.it am o adequado [l.csenvolvimento de.:!,

ta cultura, sendo esta de l í-rri t aç ao bas cada 11" r esp os t a da cul tura , em combi.naçao com

() estudo da probab í lí dadc da oco r rene ie de chuvas c nrrnazenamen to de água no solo

(8) •

o propósito deste: trnbalhG f0i estudar o efeito da lmnina de água) da adu-

bação nitrogennda, e da inter.1çno l[;ninn-nitrogênio. sobre a produção e os compone!!,

tes da produção do feijão l'fncélssaro

Locf'.li'!:ação e Descrição da P..rea

o trabalho foi r eal i zado no C.<>.mpcExpe rlrnent s L do Bebedouro, pertencente ãrede de campos expe r i.mcnt ai s do Centro r2 Pesquisas Agropecuârias do Trópico Semi-

,t;.rido (CPATS/\/EHBP!\PA)localizado a 45 krn de Pe t ro l í.na , PEo

Segundo H.:\rr,reé!ves (7). o cl ina da n,eino é mui to árido, com precipi taçãoo - . o - •<:lnual de 350 mm c temperatura de 12 C, com f'led111anual de 26,3 C. A duraçao da rad~

aç ao solar, com céu limpo, é de 8?5 h/dic-~, o comprimento do dia varia de 11,6 a

12,8 horas. A evapo r aç ao anual var í a em tomo de 1800 a 2000 mm (4). A umidade rela

tiva do ar e baixa, ocorrendo o valor mais baixo no mes de novembro (57%) e o mais

al to em marco (f., 7"/,';. Durante o períoào exp er imcn t a l observou-se uma temperatura me-

dia de 26, 6°C r. e uma umí.dade relativa do ar de r.O%, CO!Tl. uma evaporação media do Tan

que Classe A do 9,{;3 mm/di?,

o solo do Campo Experi rncnt.aI ê classificado COt!lO latossolo, Unidade 37 M.

A curva de retenção de agua foi determinada utilizando o equipamento de prato e pa-

nela de pressão (11), e é apresentada na Fig. 1. t, densidade global foi obtida com

\\

ÁGUA DIS PONIVEL( 0/0 ),,# _ 2 U O, 2O 40 60 80 tOO

----'J,...--,fr-l' I I ! , f I I I ,

-15 BEBEDOUROOXISOL (37 AA)-10

-8

-6 L,-4

- 2

~ -I ~-0,8 r-

ict - 0,6 t~ -0,4D..

-0,2

II!

-o, I ~----~----~----~----~~~~----~o 2 4 6 8 10* Â

CONTEUDO DE AGUA (%' PESO SECO)'

]

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~Hf;L.

6

cilindros rle vclum0 conhecido (3).

Ddineament0 Experiment,:'Ü

Utilizou-se blocos cas ua l i zados ~ COH arranjo em f ai.xns , com quatro repeti-

ções. Os tratamentos constaram da combí.naçao de cinco lâminas de a!:'.u3e quatro ni-;eis de adubaç ao rrí t rogenada . t.s parcelas recebcr am os níveis 0, 40, 80 e 120 kg de

nitrogênio por he ct ar e , enquanto nas unidades experimentais foram estabelecidos as

cinco lmnin?s de água por diferente dIs t r ibuí.çjio de água pelos asp crs ores , Na Fig.

2 tem-se um diagr ama esquemat.í co de um bloco.

Pare. aplicação das lâminas de ?gua utilizou-se o sistema de irrigação por

aspers ao em Lí nha (line sour ce sprinkler Lrr í.g at i.on) (?, 5, (,), o qual consiste em

colocar uma Li.nh a central de asners ores , Lrrt roduz indo+s e a var í ave l fertilidade no

sent ido da linha de as pe rs orcs , A var LavcI lnmina de agua :Foi produzida pela dife-

rente di s t r i.budcjio de água a partir (1.1. Lí.nha de asp ers orcs . (l campo da cultura foi

manejado em f orma un í.f orme, s ern s eooraçao entre parcel as , O espaçamento crrt re os

asnars ores foi de () m, O t amanho da prvr cc l a foi dr: < por J.5 1'J. e a unidade experime!!.

tal de 6 por 1,50 fi, es tabelecidos en: função do dimnetro molhado do aspe rs or , Foram

ut iLízados aspe r so rcs do:~.pG Rei n piro. 30E-TNT (3/16" x 3/32") operando a pressao

de serviço de 3 at~ (45 PSI), fornecendo um diâmetro molhado de aproximadamente 30

metros. Na Fig. 3 têm-se P.S car act.cr Is t í.cas de distribuição da precipitação, a par-

tir do eixo do aspe r so r usado.

Práticas culturais

-O preparo do solo foi r ea l í.zado no dia 14.07.77, constou de araç ao , gradegem

e des tcr roament o , por meio de "pr ancb ao'", Usou-se um" adubaçao básica de 80 kg de

p205/h? e 20 kf, deK20/ha, tendo como f ontes o sup er fos f at o simples e o cloreto de p~

tássios respectiv."lm~nte. Todo o fósforo, o potássio e 1/3 do nitrogênio foram apli-

cados Dor ocas í ao do plantio, e o restante do nitrogênio foi aplicado parceladamen-

te, 30 e 45 dias depois.

o plantio foi realizado em 02.03.77 0. usou-se plantadeira manual. O espaça-

mento utilizado foi de 1,50 til en t r a fileiras e 0,40 m entre covas, deixando-se duas

f+- 6 m --,..

EtO

~~--j---tSF;-!-~-8-++-t~-!-H--+õ--I-+--4-~-+-..t-L-Q...~-....Q-..J..-..-W,I +\ oe- f ·iI ~·-oe'"'-'14··~ ~"ot --+-1 -+--T~--~-oo--

SUL_.....JtL-.•••I_.••..,./ iW 2=+ I ...• <.:8 I' J- .• iIOo, aoe;

FIGURA 2. Diagrama esquemático de um bloco.

./

30 i i fi' I 1

-EE20-o

1<.(u-~~ 10owo::a..

ASPERSOR RAIN BIROTIPO 30E- TNT

3/16" x 3/32" 7°

o L' I ,

O t,5 4,5 7,5 10,5 13,5A

DISTANCIA A PARTIR DO EIXO Lm )FIGURA 3. Distribuição da precipitação do aspersor Rain Bird

30E-TNT, (3/16 x 3/32), a partir do eixo.

9

plantas por ceva, dnw10 urna oopul açao df~ aprox imadamont e 33.000 pl an tas por hectare.

Foi ut i l í aado o feij~.r: li!~acassarl! (Ví.gna sincnsis <L) Savi), var icdade "P'i t iuba" ,

orir,in;\ria ela Centro rl(! Ciências Agrárias ela Uui ve ra í.r'ade do Cearão

Irrigaç~o e controle

Irrigações pr s I ;.minares foram ef e t.uadus (1(~: f orma un.i f orme em toda área, pa-r "," ~. 1 1 " " " " l' l~ 1 t cndo s í do ut íré'. !:i1CJ.l.1.tar a ;rrlCrgQnClél e I.') r.es:.mvo v tmcn to i ru ci a. elas p antu as , '" (l s-:

Lí zado UI'l conjunto (L.:: asp crs ao , com esp aç ament.o (t.~ 12 x 12 metros.

Quando as p l.ant as at ing i r am uma altura de aproximadamente 15 em, as í r r í.ga-

çocs passaram a ser con tro Ladas no tratamento N?1,T2' tomando como "pont;o ele controle';

e foram cf otuadns quando o teor de uní.dade do solo, neste t r at ament.o, atingiu 5,5%.

ou potencial matricial de -0,5 ber. Para controle da umidade e definição do momento

de irriGação foram utilizados A. sonda 10 naut rons ~ modelo 1257 SN 4/+5~ com medidor

portátil (l~ 12, 13), e tensiô~etro3 sensíveis.

li lâmina de irrigação no "ponto de controle". foi estabelecída por meio da'-seguinte equaçao:

1..1 =cc .- P

s-~-- x Dg x Pr10

onde L ê a lâP.1ir18 -de agua (mm), r:c ê ,1. ca-iac idadc de campo -(~ em peso), Ps e o teor

de umí.dade do solo no momento da irrigação (5~5i, eI11 peso), ou potencial matriCial de

-O~5 bar ) , Dg ê a dons i.dede t;lo'~"J (1~/cm3) e Pr c a profundidade efetiva do sistema

radi cul ar (mm), Par a medição da lllinina de água aplicada foram utilizados pluviôme-

tros, instalados no centro da uniclade (CxneriMental,

Produção e cOMponentes da produçã0

Para es t.uda'r o efeito da l:;rnina r1c:. irr:i.gação e de nívei.sde nitrogenio sobre a

produçao e os coroponcn tes da prodllç:;:;',~ f i.zer arr-ac determinações do rendimento de

grãos, do númp.ro nédio de vagens por pll'.nta~ do número de grãos por vngem e do peso

de 100 grãos. Foram feitas duas colheité1s~ e as produções foram corrigidas para 13%dê umidade padr ao de armazen emento , O teor de umidade dos grãos foi determinado em

10

estufa a lCSoC. O número nedio de vagens Dor planta foi obtido no total de plantas

da unidade experimehtal, entretanto, o níimero medio de grãos por vagem foi determi-

nado em 50 vagens por calhei r a, tomada ao acaso em cada unidade experimental. O pe-

so medio de 100 grãos foi obtido a partir 00 peso de amostras de 100 grãos com umi-

dade padronizada, tomadas ao acaso em cada unidade experimental,

RESULTr\DOS E DISCUSSÃO

Neste trabalho, em razão da p rcp r ia característica do sistema de irrigação

utilizado, há duplicidade de parcelas experimentais 9 localizadas, a cada lado da li

nha central de aspersores, como mostra a Fig. 2. Em d~corrência da proximidade da- ., b ., . - d . .S ..rcç ao Norte com o . que r a-verrto r.at.ur al exa s tentc na ar ea , houve uma gran e r.nca>

dência de formigas. o que causou acentuada reclução no desenvolvimento da cultura e

desuniformidade dentro dos blocos, razão pela qual so os nados obtidos na SecçãoSul

foram usados r.a análise estatística e computadas.

Na Fig. 4 tem-se, em fema esquemãtica o manejo da irrigação da área experi

mental em função do tempo. nesde o plantio ate 34 dias depois, a área foi irrigada

de forma uniforme, usando lÂminas de 23 mm~ com uma frequência media de 5 dias. A

partir deste instante. a irrigação foi feita por meio da linha central de aspe rs ores ,

de maneira que se aplicassem lâminas diferentes él partir 0.0 eixo do aspersor e de

acordo com suas car act er ls t i cas de .distribuição (Fig. 3). No dia 26 de setembro hou

ve uma precipitação de 22,8 nm, a qual un í.fo rmí.aou todos os tratamentos (Fig. 4 ) ,

mas não influiu marcadamente a lâmina total r cceb i.da por t.ra t amento , sendo esta pr~

cí.p í tação igual a l~,8% da lâmina total do t r at ancnt o mais íimido e a 9,7% da lâmina

de água aplicada no tratamento mais seco. A lâmina total aplicada para cada nivel

de ãeua variou de 471 a 235 mm, para os níveis mais úmidos e mais seco, respectiva-

mente.

No Quadro 1 têm-se as produções médias de graos de feijãos e a eficiência

de uso de água, para as diferentes lâminas d ' água aplicada e níveis de nitrogênio.

Verificou-se diferença significativa, ao nivel de 1% de probabilidade, para lâmina

dentro dos níveis de 80 e 120 kg de nitrogênio por hectare (N2 e N3). Entretanto,

50 I i i i i I i i. ,'. i i i i i • i i I

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IRRIGAÇÃO UNIFORME -~~r--- AS P E R SÃO EM LINHA ~I

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I AGOSTO· 30 SETEMBRO 30 OUTUBRO 21FIGURA 4. -Lâmina di :gua aplicada por irrigação d.urante o ní.cLo da cul tur-a do feijão-de-corda

jpara os 5 ni veis de

~gua, 101 l' '2' W3' 1014 e .~5' respectivamente.

12

Quadro 1. Produções f:lêdias de grãos de f eij 80, CI'l kr:/ha 8 ef icí.enc.i a de uso de.

emk[,/!!:3. par a as diferentes lâminas totais de água apl icada e níveis

nitrogênio.

-agua

de

L'Pmin,". total de nr.veis de: nitrogênio (kg!ha)aguc? ap Li cada(mm) O 1.0 P,O 120471 p 621,4 747.0 1055,1 958,6

F. 0,132 0.159 1),2?4 0,204li

l.66 1:' f195,5 823,6 1376,3 1070,1

E f) .ltL9 0,161 0,296 0,230u

378 P 64f.,6 7 S9 ,O 1'1/;7.,1 J91 ,6

E l).ló6 0,201 0,27G 0,249u

285 P 589.5 748,9 865,8 840,1E ()~/07 0,263 1),30l;. 0,294li

?35 F 54f)2 70/:,0 800, ,l 739,9

E 0,233 0;300 0,346 0,315u

p Proc.ução de - E Eficiência deP'roduç ao (kg!ha)= graos :: uso = Água aplicada (m3!ha)u

13

, MO houve s igui f i.canc io "!:>ar.7.l3T!1ina total de á;o:ua aplicada den tro dos niveis de O e

40 kg de rrí t rogen io por hectare.

:·io Quadro 19 cbs erva-s c que ,:1 eficiência (l.e uso de qgua foi maior quando s'e

epl icar am 80 Kt~ de nitrogênio por he ct ar e , no t r ar.ament;o NZ\-.}·2's í.gn i f i cat.í.vo para a

fllnç~() de pror1ução, a eficiênci2. medi.:>. de uso do agu,'! foi L~S, 37 e 16% superior a

dos t r at amont.os COr..1 an l í.caçoes (1.8 O, t~O e 1:'0 kg d(~ nitrogênio. por hectare, respec-

t ivamen te.

NA Figo 5 sao apresentadas, graficamente; as equaçocs (1.cregressão aj us t aías

para os dados de produção de grãos em função da lâmina r.ot el de água apl.í cada , para

os dois ni vc í s de nitror,(;nin que diferiram s í.gn i f i cnt.í.vament.e , COi21 rJS respectivos

coe f i.cient.cs c~f. dct ermi.neç ao , Ve r i.f i.ca+s e que [1. nplicação 0.€ água aument ou linear-

mente a produção de ?r8os nos níveis de 80 e 120 kg de nitrogênio pc r he ct.s r e dcn-

tro (~OS limites es tudados , Resul tados s í.miLar cs foram obtidos por Paiva et al . (9).

i•.anãlisl? de vnriânci<1. dos dados c.e núP'cro d~ vag cns por planta indicou que

h . di f !' f i .•.1 1 1 C7 ,1. b bi1.d . 1'" . 1_OUV(l i rc rença s i.gn-, a cat i.va f'.C Uive «o J.l •• ,:' pro. a 1 1 ~d0 para ann.na tota de

lilJua aplicada e nivcis ele ni troeênio. não havendo si;:,r..ifict1ncin pare í.nt crnçao entre

estes fatures, As equações de regressão aj us t adas nar a número ele vagens por planta

em função dos niveis de nitrogênio são most rados na Fig. ô , obs e rvando+sc que o nú-

m•.rro de vagens por p l.an t a aumentou de aco rdo n uma relação quadr at í.ca entre as va-

riáveis, tcndo a p-rOdUÇ80de vag ens at ing í dc um m:-;'ximopara 78~i--. kg de nitrogênio

por hec tare , Na Fig, 7, tem-se a rel~ção entre ll\.l!llerOde vagens por planta e lâmina

apl i cada, Observa+s e que a ap l i cnçao de âí;ua causou aumento linear na produção de

vagens,

As ana.Iises d~ variância dos dados de nUD:E:rOde. -gr aos po r vagem e peso -me-

dio de 100 ~r~os. indí.car am que não houve di.f cr ença s í gní.f i cat í.va ao i.lívcl de 5~ de

probab í.Lí.dade , quanto a nivôs r,le n:i.trogênio~ llll"lÍn."l.do águ<'1.aplicada e interação

entre estes fatores.

Os dados obtidos mediante o uso do eis tema (1.8 Lrr ignçao por aspersão em li--

nha~ são muito import3ntes para delimitação de áreas ecológicas com possibilidades

de obtenção de produções adequadas em condições de ap,ricultma seca. O uso da fun-

ç ac , neste cas o , sera maí.s adequada em cond i çocs de urna boa dis tribuição de -agua

1400 I I I. I I

- 1200o.c<,O'.:w::

_ 1000

~\<{

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Ol«o-:::>-OOa::c,

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BEBEDOUROVigno sinensis L. Savi

N2

,."" N'2.",' ..J

Y= 378,668 + 1)774··w

R~0,72

600

N N N" f"FIGURA 5 •• Produç ao de graos, em funç ao da lamina af-licacla, pai-a dois lU"/EiS d e nih'O~,::!ni.o.

o 200A

LAMINA400

APLICADA (rnrn )

~z«.-Jo,<,

CJ)zw<.!)§fwo

.~

w2...:::::)z

25. i i i ---,--

20

15

10

--~---+ Y = 9555 + O 330**N - O 0021**N2t) ,

R~ 0)98

sL I

o 40 80A

NtTROG ENIO (kg / ho )

120

FIGURA 6. - N~ero de vagens por planta, em íunç~ do n1vel de nitrogênio.

~ 20Z<I:-.Ja..<,CJ) 15zw<..!)gw 10OOo::w~..:::) 5Z

~~

~

~

y= 9112 + 0,0214** W

ii2=0 85,

o 200 400,.lAMINA APLICADA (rnrn )

soo'U';URA 7. - N~mero de vagens por pl.ant a, em função da lâmina aplicada.

17

das chuvas dur an t c o ciclo da cultur-a (2), Por ex empLo, na reGião do 'IPolIgono das

S~' .• -- - ..1 • 1 d .... O . . .-e cas 9 com pr cc í pí.t ac ao mccu a anua _e 55 I1LTTI s e ocorrer uma boa d'i s t r i.bu'i.çao e

adequada rct cnç ao de n.gun. no sole, o r encl.iraent;o potencial da cultura com adubação de

80 kg de nitro~~nio por hectRr~ sQr~ de 1000 kg/ha.

CONCLUSÕES

1. t, ;lplicação de água aumcnt.ou Li.nc armcnt e a pr-oduç ao de gr aos de: fcij ão nos

vais de 80 c 120 kg de nitrog~nio por hectare, dentro rlos limites estudados.

2. Pe.ra dí.fe rent os r·,p,im.es (le irrignção e aplicações de nitr0~êni0) a efici'0ncia de

uso de água variou de 0,132 .:l 0,346 kg/m3. ObSErvou-se que ? ef;.ciência foi mai-

or quando s c aplicou 80 kg ch:!nitrop,ênio po r he ct ar e , No t r at amento /166 nm de

- 8" 1 d . t ~. (''""J \ • : f i t i f unca d r d ça-o .,agua e .} cg e m, rogeru o ":;2"2" SlZu'L lC."1 i vo par a a . une ao (: P ocu 9 <.

eficiência média de uso de ;gua, foi superior 45% 9 37% e 16% a dos tratamentos

com ap l.í.caç ces de O, 40 e 120 k~ de nitror,êniü por he ct ar e .

3. Prrr a o componzotc de Droih.!çÃ0 número de vagens po r planta, houve aument o linear

p:J.ra a lâmina total de agua A'?licndf.l e efeito quadr::ltico para níveis de nitrogê-

ru,o , 1\ p ro duç ao de vagens at í ng í.u um máximo p ar a 78,5 kg de ni t r ogenio por hec-

tl'l.re.

4 P ~ 1 - -' ..1 ~.·',r;;ospor vagem c- peso m~d':o de• ara os component cs (.8. nroauçao nurnero ue _ ~< _ ~'O <C. '~.L_

g r aos ~ não houve dí.fe rença significativa entre os tratamentos o

100

18r

/ ...

SUMMARY

This work was cor:duc:ted in an oxiso1 st the Bebedour" Experimeiltal

Stat i.on , CPA'TSA/EMIlRAPA,in Pet rc l í na - PE., EraziJ..

The. effects of irrif"éltion rep,imes and nitrop,en fertilization on

thc productíon of beans (vigna sincnsis (L) Savi) and .yield components

wcre studied using a continuons variab1e design (ljne sourcc sprinkler

irrir:ation).

'I'he i rrigation dcp ths were 471, ltfí6, 378 9 7.J~5 and 235 mm, obtaíned

by the diffcrent d'is t r i.but ion 01" sprink1ers. Nit rope n was applied at the

rate of 0, l!O. 80. ard 120 k?/ha us ing ammoniumsu Lpha te , Lr r igat ion was

appl.i.ed cve ry time the soi i was dep1eted to 5,5% ( - 0,5 bar mat r i c potcnt í aL)

in the third quadrant elose to the line source (treatment N2F2). The soil

misture was noní.t ored wíth a ncut r on noisture meter, and the app l ied water

dcp rhs wer c measure d with r-a in gauges instal1ed at the ccnt e r of the expe r i

rrent a I uni t s .

At ha rve s t , dc rcrr-í nar í.on of gra i.n yie1d, number of pods per pLant ,

number bf gtalne per pod , and mean weight of 'one-hundred gra í ns were made:nwas found that prain y í e l.d í.nc rea se d Li near l.y for ni t ror-en levels of 80 and

120 kp,/hE'.. For the nurhr'.r or TJods per plant there were linear effect for

irri~<1tion depth, and quadrn ti c cffect for nitropen Leve L, Maxi~ur.1pod y ie l d

was obtaine d for 78,6 k;; of ni t ro gen per hectare. whcrcas there were not

s í grri f i ca tive di f fc re nce s for nurob er of ~rains per pod, arid mean we í ght; of

one-hundred grnins.

-·f ..1.; "

./,r

19

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