Mitos e o Forte Príncipe da Beira
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SENSO COMUM X
CONHECIMENTO CIENTÍFICO
E FILOSÓFICO
Projeto
Filosofia
2016
A “LENDA”
RELACIONADA AO FORTE:
“A PRAGA DO PADRE PACHECO”.
REAL FORTE PRÍNCIPE DA BEIRA:
O DIA EM QUE A TERRA TREMEU! PROF. SÍLVIO MELLON*
A imagem acima é similar a um antigo pergaminho
histórico rabiscado por sobre as paredes da cela, na
secular prisão do Real Forte Príncipe da Beira,
construção portuguesa do século XVIII(1776/1783).
O espaço onde se localiza estes escritos,
há tempos entrou em processo de erosão pelo abandono
imposto há anos ao nosso maior patrimônio histórico,
símbolo da conquista portuguesa em terras até então,
pertencentes à Coroa espanhola, mas que pela ambição
econômica das bandeiras, passou a integrar o território da
colônia portuguesa.
Nesta fotografia tirada alguns anos antes dos escritos
serem carcomidos pelo desgaste do tempo, dá pra ver
nitidamente parte do poema grafado pelo infeliz Pacheco,
um prisioneiro que ali expiou sua pena durantes anos.
Sem utilidade militar após os Tratados assinados entre as
potências Ibéricas, a fortaleza se tornou um presídio, em
cuja cela o poeta-prisioneiro,
além de lastimar seu desterro, escreveu seus melodiosos
versos, dedicados a uma certa Firmina, que deduz-se, ter
sido um amor daquele inesquecível.
Em letras maiores, outro prisioneiro anônimo ou quem sabe,
o próprio Pacheco relata outro acontecimento singular,
malgrado assaz nefasto, ocorrido em 18 de setembro de
1852, às duas horas da tarde: um grande tremor de terra de
duração ignorada que se abateu sobre o entorno do Real
Forte Príncipe da Beira.
Mas o que aconteceu?
Seria resultado de alguma falha geológica resultante das
terras peruanas ou chilenas?
Pelas garatujas grafadas nas paredes da prisão, o
anônimo prisioneiro deixou registrado o ocorrido, mas,
certamente não tivesse discernimento para se acercar do
ocorrido.
O escritor Octaviano Cabral no seu livro História de uma
Região (Mato Grosso, fronteira Brasil-Bolívia e Rondônia),
assim comentou o episódio, citando como fonte um certo
Cardoso, funcionário dos americanos da empresa
Rubber:
“uma noite escura um enorme clarão e estrondo para os
lados da serrania apavorou os habitantes da Fortaleza
que se puseram a rezar e pedir a misericórdia divina.
Sentiram até fragmentos de areia que viera do céu”
(Cabral, pág. 147).
As ilações do autor é que o fenômeno se tratava na
verdade de um meteorito que despencou dos céus de
Rondônia (Mato Grosso à época)
embora não se tenha um registro do acontecido,
excetuando-se o que o prisioneiro do Forte Príncipe da
Beira deixou registrado nas paredes da prisão.
Ainda se referindo ao mesmo assunto, o autor escreveu:
“o verdadeiro pavor e terror pânico do povinho do Forte
foi em 18 de julho de 1852.
A terra tremeu por alguns segundos. Após, o poviléu
passara duas noites e dois dias em torno da capela
apelando para os santos de sua devoção, os tiradores de
rezas, homens e mulheres, se revezando para
enfrentarem a cólera divina (Cabral, pág. 147).
Há entre o relato do prisioneiro da fortaleza e os trechos
escritos por Octaviano Cabral uma incompatibilidade de
horário.
Entretanto, a suspeição da queda do meteorito parece-
me crível em razão das características abordadas no
texto, até porque, um terremoto de grandes dimensões
no Vale do Guaporé seria quase impossível.
É curioso imaginar quão aterrorizados ficaram os
moradores do Real Forte Príncipe da Beira, sobretudo
pelo medo do inesperado, quiçá pelo elemento surpresa,
pelo apego à religião como explicação para os
fenômenos desconhecidos.
O difícil acesso à região guaporeana sempre impôs
zonas de isolamentos que perduraram até fins do século
XIX.
Seria então a região nas cercanias de Costa Marques
propensa à queda de meteoritos?
O fato é que em meados dos anos 90 no atual distrito de
São Domingos, quando este ainda era habitado por poucas
pessoas, há relatos da explosão de algo misterioso que
caiu em chamas do espaço sideral, seguido de grande
explosão.
À época dos fatos, chegou-se a comentar sobre certa
pessoa que presenciara o ocorrido e faleceu de infarto ante
o susto que levou.
Infelizmente nada foi registrado oficialmente ou
pesquisado e se algum meteoro caiu de verdade, deve
está adormecido sob a proteção da densa floresta.
* O autor é historiador formado pela UFRN e professor do IFRO
– E-mail: [email protected]
http://www.tudorondonia.com.br/noticias/real-forte-principe-da-beira-o-dia-
em-que-a-terra-tremeu,20955.shtml
O QUE ESSA HISTÓRIA
TEM HAVER
COM O QUE TEMOS QUE ESTUDAR”
Senso comum
Conhecimento científico
Conhecimento filosófico
O GRUPO
Os alunos vão pesquisar em pequenos grupos “estórias”
relacionadas ao Forte Príncipe da Beira que demonstrem o
“senso comum” (relatos da população do local etc) junto com
“histórias” lógicas e objetivas e críticas. (Notícias de jornais,
revistas, etc), contrapondo o senso comum ao conhecimento
científico e filosófico.
Depois da seleção e catálogo dos melhores textos, os
alunos deverão estabelecer as diferenças entre atitude
filosófica e senso comum. Pode-se fazer um quadro
contendo as características de cada uma das formas de
conhecimento.
Senso comum Conhecimento filosófico
BLOG - EJA-FILOSOFIA.BLOGSPOT.COM
(ATIVIDADE PARA TODOS ALUNOS)
Tipos de Conhecimento: o mito. nº 1.2 http://eja-filosofia.blogspot.com.br/search/label/1.2%20-
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Tipos de Conhecimento: o Senso Comum nº 1.3 http://eja-filosofia.blogspot.com.br/search/label/1.3%20-
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Tipos de Conhecimento: a ciência nº 1.4 http://eja-filosofia.blogspot.com.br/search/label/1.4%20-
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CRÉDITOS
Elaboração – Profº Milton JR. E Ana Campana
Texto – WEB
Imagem – WEB
Atividades em - JPhylosofia - site criado pelo Prof. Ms. Jean Pierre -
https://sites.google.com/site/jphylosophya/1-ano/teoria-do-conhecimento