Missão o Tempo é Agora
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INSTITUTO BÍBLICO RESTAURAR-DIRETOR GILBERTO SOUZA
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CURSO DE
MISSIOLOGIA
INSTITUTO BÍBLICO RESTAURAR-DIRETOR GILBERTO SOUZA
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MISSÃO E MISSIOLOGIA
ORIGEM DA MISSÃO
A missão só tem uma origem. Tudo brota do coração De Elohim.
Depois da rebelião de HÁ Shatan, o ETERNO cria o nosso universo e depois
traz o Éden para o nosso pequeno planeta, e dentro do Éden cria o homem e a
mulher. Elohim criou o homem ser protetor das leis divinas que regem o
Universo. Quando o homem falha, então começa o plano de redenção, então
se faz necessário ter alguém para ser o arauto da mensagem dessas boas
novas. Isto é missão. A mensagem era esta: nascerá um que trará a salvação e
a redenção à humanidade.
Os patriarcas, desde Adan até Moisés, e os profetas pregaram até chegar o
tempo.
O projeto de Deus Pai se concretiza no envio de seu Filho ao mundo. "Deus
tanto amou a humanidade que entregou o seu Filho único para que Todo o
que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (Jo 3,16). Jesus veio para
que todos tenham vida Nele.
Realiza-se, também, o projeto do Pai no dom do Espírito do Senhor. “O
Espírito nos faz filhos, à imagem do Filho amado, que nos ajuda a clamar ao
Pai, que é a fonte e a emanação da vida”.
O sentido da palavra missão é simples e clara: pela etimologia significa “ ir de
encontro ao pecador”. É o envio de uma pessoa ou de pessoas para
determinado lugar ou situação com determinada finalidade que é pregar as
boas novas de salvação. Neste sentido etimológico, propriamente dito, não
especifica o caráter da missão. Não tem, ainda, nenhum envolvimento vital.
Pode exprimir tarefas diversas relacionadas a diferentes dimensões da vida
social, cultural, política, religiosa, espiritual... É necessário, pois, ver a
natureza ou o caráter da atividade/tarefa que o "enviante" confia ao
"enviado". Deve-se também determinar o "destinatário". Por isso, o conceito
de missão é mais amplo, mais envolvente, principalmente para a dimensão
religiosa, para o cristianismo. A missão compreende a pessoa que envia com
uma mensagem, o enviado que deve anunciar ou testemunhar e o
destinatário que recebe a mensagem.
A missão no Antigo Testamento refere-se a uma realidade bem determinada.
É uma escolha, a eleição de algumas pessoas, por parte de Deus, e o envio
para outras pessoas com uma mensagem a transmitir ou uma atividade para
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realizar. O destinatário desta mensagem é, em geral, o povo de Deus. Às
vezes, o enviado vai além dos limites do povo de Deus, para levar a
mensagem às nações ou a pessoas individualmente. Os exemplos mais claros
são o de Moisés e dos Profetas: "O Deus de vossos pais me enviou até vós.
Assim dirás aos filhos de Israel: IHIÊ ASHER IHIÊ". (EU SOU O QUE SOU) (Êx
3,13-14). "Quem hei de enviar? Quem irá por nós? Ao que respondi: Eis-me
aqui, envia-me a mim" (Is 6,8; cf. 19,20). "A quem eu te enviar, irás, e o que eu
te ordenar, falarás" (Jr 1,7; cf, 26,15). "Ele me disse: Filho do homem vou te
enviar aos filhos de Israel, a esses rebeldes que se rebelaram contra mim.
Envio-te a eles para que lhes digas: Assim diz o Senhor Elohim" (Ez 2,3-4). Na
missão dos profetas existe sempre uma relação estreita com a Palavra de
Deus.
Na Aliança Renovada (nova aliança-novo testamento), o conceito de missão,
no sentido de enviar, é expresso por diversos verbos, entre os quais, em
grego, apostello e pempo são os mais frequentes. No primeiro, o sentido cai
sobre o enviado que recebe uma missão, é o apóstolo. No segundo, refere-se à
pessoa que envia: "Como o Pai me enviou [apostello], também eu vos envio
[pempo]" (Jo 20,21). Estes dois verbos exprimem a ação do envio e não o
conteúdo da missão confiada ou recebida. Este conteúdo é expresso por meio
de outros verbos: anunciar, pregar a conversão (cf, Me 3,1; Lc 3,3), proclamar
o Reino (cf. Lc ,2).
A missão, na Aliança Renovada (NT), refere-se, primeiramente, ao Pai que
envia Jesus, o Enviado, para fazer a vontade do Pai e consumar a sua obra (cf
Jo 4,34) e o envio de Jesus dos Doze e dos outros discípulos e discípulas para
serem suas testemunhas e anunciarem o Evangelho a todas as nações até os
confins da terra. Mas para isto existe uma preparação da qual falarei a seu
tempo.
Numa fundamentação ampla, segundo os textos bíblicos no Antigo
Testamento e no Novo, a missão é a manifestação de Deus na Criação, na
condução da história até a salvação definitiva e universal, pois esta é a
vontade salvívica de Deus. Ele escolhe e elege algumas pessoas e as envia
para que, conscientes desta realidade, a transmitam aos demais. A missão é a
ação do próprio Deus, que, na plenitude dos tempos, envia o seu Filho Jesus,
feito homem por amor a nós, morto e ressuscitado, o Senhor, presente no
meio do seu povo até o fim dos tempos. A finalidade da missão é anunciar,
testemunhar a experiência do amor de Deus que se manifesta na Criação
quando o homem peca, na História e, de modo novo e definitivo, na vida,
morte, ressurreição e glorificação de Jesus, o Redentor da humanidade.
Os discípulos e discípulas de Jesus, que viram e contemplaram o Senhor vivo
e ressuscitado e se alegraram por ver o Senhor (Jo 20,20) e, com o coração
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ardendo, saíram para anunciá-lo (Lc 24,32-33), foram enviados em missão
por Jesus. O povo do Senhor, desde seu início, teve consciência da
necessidade de proclamar a alegre notícia do Salvador, testemunhando-o em
toda parte até o sacrifício da própria vida. Esta foi a ordem de Jesus:
- "Ide por todo o mundo, proclamai o Evangelho a toda criatura" (Mc 16,15).
- "Ide, portanto, e fazei discípulos de todas as nações, reinos, tribos, línguas e
povos, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-as
a observar tudo quanto vos ordenei" (Mt 28,19-20).
- "Recebereis uma força, a do Espírito Santo, que descerá sobre vós e sereis
minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judeia e Samaria e até os
confins da terra" (At-1,8).
Neste espírito de fidelidade a Jesus, Salvador de todos, os discípulos
procurou sempre responder a esta nobilíssima vocação de ser portadora da
Boa Nova e ser sacramento universal da salvação (cf. LG 48).
Guiada pelo Espírito do Senhor, desenvolveu sua missão, na alegria e no
testemunho e até o martírio. A missão é uma realidade da qual os discípulos
não podem se omitir. Eles são por natureza missionários. O envio
missionário era e é uma questão vital. A experiência de vida, do "estar com
Jesus", era seu anúncio e testemunho. Como nós, em nossa vida: começa a
respirar mesmo antes de saber como é o funcionamento dos pulmões.
A reflexão sistematizada, de caráter teológico, é mais recente. A reflexão
sobre missão e evangelização, em certo sentido, sempre existiu, em toda a
história do povo do Senhor, pois é a participação e continuação da missão e
ação evangelizadora de Jesus. O que se diz é que, por muitos séculos (até o
fim do século XIX, começo do século XX), não existia um estudo teológico
sistemático da missão como parte integrante da formação teológica. Temos
muitos escritos e “testemunhos sobre as missões e a sua longa e heroica
historia, com tantos nomes, por demais conhecidos, de missionários, de
santos e de mártires”.
A missiologia é a ciência teológica que estuda a realidade missionária no seu
conjunto e nos seus diversos elementos. Em outras palavras, é a disciplina
teológica que se ocupa das missões da Igreja sob a luz dos princípios da
revelação divina, da doutrina teológica, conjugando-se com os tratados mais
importantes: a salvação, o amor de Deus, e o perdão...
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NA BÍBLIA O VOCÁBULO “MISSIONÁRIO” APARECE NA FORMA GREGA
“APÓSTOLO”!
Definição: Missiologia é o estudo das missões.
Aplicação da Missiologia:
A missiologia aplica – se ao estudo de missões nos seus mais variados
aspectos. A-saber: Cultura, Geografia, Pesquisar, Estratégias, Análise,
Antropologia, Definições, Etc.
Diferença entre Missiólogo e Missionário:
A) Missiólogo: Aquele que copila, organiza, analisa, interpreta a realidade
dos movimentos de evangelização e cria estratégias e métodos para que o
mundo seja alcançado pelo Evangelho.
Isto é bem mais do que simplesmente dizer: “Missiólogo é aquele que se
aplica ao estudo e pesquisa de missões”!
B) Missionário: Aquele que é enviado para plantar igrejas onde ainda não há
testemunhas, com todas as suas funções: pregação, ensino, assistência social,
e adoração; e para tal, ele irá atravessar barreiras linguísticas, culturais e/ou
geográficas.
A BLÍBIA E MISSÕES
A Bíblia na evangelização do Mundo:
Sem a Bíblia a evangelização dos povos seria inconcebível. A Bíblia coloca
sobre nós a responsabilidade de evangelizar o mundo, dá – nos um
evangelho a proclamar, diz – nos como faze –lo e declara – se o poder de Deus
para cada crente.
Além disso, e fato notável na História, tanto na passada como na
contemporânea, que o grau de compromisso da igreja com a evangelização
do mundo é proporcional ao grau de sua convicção sobre a autoridade da
Bíblia.
Sempre que o cristão perde sua confiança na Bíblia, eles também perdem o
seu zelo pelo evangelismo. Inversamente, sempre que estão convencidos
sobre a Bíblia, estão determinados sobre o evangelismo.
Vejamos três razões porque a Bíblia é indispensável à evangelização do
mundo.
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O MANDATO DA EVANGELIZAÇÃO MUNDIAL:
Em primeiro lugar a Bíblia nos dá o mandato da evangelização. Há
aproximadamente 4.000 anos atrás, Deus chamou a Abraão e fez uma aliança
com ele, prometendo não apenas abençoa – lo, mas também abençoar
através da sua posteridade, todas as famílias da Terra (Gn 12.1-4). Este texto
é uma das principais bases da missão cristã; pois os descendentes de Abraão
(através de quem, todas as famílias da Terra estão sendo abençoadas) são:
Cristo e o povo de Cristo! Se pela fé pertencemos a Cristo, somos filhos
espirituais de Abraão (Gl 3.7) e temos uma responsabilidade com a
humanidade. Deste modo, os profetas vetereotestamentário profetizam
como Deus faria deste Cristo, o Herdeiro e a Luz das nações (SL 2.8; Is 42.6;
49.6).
Quando Jesus veio, ele endossou estas promessas. É certo que durante o seu
ministério terreno ficou restrito {s “ovelhas perdidas da casa de Israel” (Mt
10.6; 15.24) mas, Ele profetizou que muitos viriam “do Ocidente e do Oriente
e tomariam lugares à mesa com Abra~o, Isaque e Jacó no reino dos céus” (Mt
8.11; Lc 13.29). Mas ainda, em antecipação de Sua ressurreição e ascensão
Ele fez tremenda reivindicaç~o de que “toda a autoridade no céu e na Terra”
LHE fora dada (Mt 28.18). Foi em consequência de Sua autoridade universal
que Ele ordenou aos seus seguidores que fizessem discípulos de todas as
nações, batizando – as em sua nova comunidade e ensinando a todos a Sua
doutrina (Mt 28.19). Isto os cristãos primitivos começaram a fazer depois de
o Espírito do Senhor haver descido sobre eles; tornaram – se verdadeiras
“testemunhas” de Jesus, entronizando a Sua direita e concedendo – lhe a mais
alta posição, a fim de que toda a língua confessasse Seu senhorio (Fp 2 ). Eles
desejaram que Jesus recebesse a honra devida ao Seu nome. Além disso, Ele
retornaria em glória, para salvar, julgar e reinar.
Portanto, o que deveria preencher os espaços em sua vida? A missão mundial
da Igreja! O fim da história virá depois que o Evangelho do Reino alcançasse
o fim da Terra (Veja Mt 24.14;28.20; At 1.8).
A MENSAGEM DA EVANGELIZAÇÃO MUNDIAL:
Em segundo lugar, a Bíblia nos dá a mensagem para a evangelização do
mundo. Evangelizar é divulgar a Boas Novas de que Jesus morreu pelos
nossos pecados e ressuscitou entre os mortos, segundo as Escrituras. E como
Senhor e Rei, Ele oferece perdão dos pecados e dom libertador do Espírito a
todos que creem e se arrependem. A nossa mensagem vem da Bíblia. Não a
inventamos. Ela nos foi confiada como um depósito e nós, como bons
“despenseiros”, devemos distribuí – la (1Co 4).
Os apóstolos expressaram este único evangelho de diversos modos: ora
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sacrificial (o derramamento e a aspersão do sangue de Cristo), ora
messiânico (o surgimento do governo prometido por Deus), ora legal (o juiz
pronunciado a justificação do injusto), ora pessoal (o Pai reconciliando seus
filhos desviados) e ora salvívico (o libertador celestial vindo para resgatar os
desamparados).
Assim como a Ordem, a Mensagem nos foi dada pelo próprio Cristo. Ele nos
disse: “Ide e pregai o meu evangelho”...
O PODER PARA A EVANGELIZAÇÃO MUNDIAL:
Em terceiro lugar, a Bíblia nos dá o Poder para a evangelização do mundo.
Leia cuidadosamente Lc 24.49 e At 1.8.
Sabemos que nossos recursos humanos são fracos em comparação com a
magnitude da Tarefa. Sabemos também, quão blindadas são as barreiras do
coração do homem. Pior ainda, conhecemos a realidade, a maldade e o poder
pessoal do diabo, e dos demônios sob seu comando. A Bíblia diz – nos que “o
mundo jaz no maligno” (I Jô 5.19), assim, até que sejam libertados e
transportados para o Seu reino, todos os homens e mulheres são escravos de
Satanás. Além disso, vemos seu poder no mundo contemporâneo – nas trevas
da idolatria, na devoção de deuses vãos, no materialismo, na violência,
agressão, etc... E ainda mais, Paulo escrevendo aos Coríntios (II Co 4.4) ele
afirma que “o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos para
que não lhes resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a
glória de Deus”.
Se Satanás está dominando a mente das pessoas, se as mentes humanas estão
cegas como poderão chegar à verdade? Somente pela Palavra de Deus! Pois
Ele mesmo disse que “de trevas resplandecer| a luz” que brilhou em nossos
corações para a iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de
Cristo (II Co 4.6).
Satanás cega as mentes das pessoas, Deus ilumina seus corações, em que
podemos nós contribuir para esse encontro? Paulo chega a conclusão entre
os versículos 4 e 6 que descrevem as atividades de Deus e de Satanás, o
verseto 5 descreve a obra do evangelista: “pregamos a Cristo Jesus como
Senhor”. Considerando que a luz que o diabo quer evitar que as pessoas
vejam e que Deus faz brilhar nelas é o evangelho, então é melhor que
preguemos! É a pregação do Evangelho o meio estabelecido por Deus para
que o príncipe das trevas seja derrotado e a luz jorre nos corações das
pessoas. Há poder no evangelho de Deus! Poder para salvação de vidas...
Confira Rm 1.16; 10. 13,14; Sem a Bíblia a evangelização do mundo é
impossível. Pois, sem a Bíblia não temos nenhum evangelho para levar às
nações. A Bíblia é a base de missões, assim como missões é a base da Bíblia. É
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a Bíblia Sagrada que nos dá o Mandato, a Mensagem e o Poder que
precisamos para a evangelização mundial. Leia Mt 28. 18-20; Mc 16.15-18; Lc
24.45-48; At 1.8; e Jô 15.16; 20.21.
Façamos nossas as palavras de Paulo: “... ai de mim se não anunciar o
Evangelho!”.
Análise Exegética:
Analisemos Mt 28.19,20 exegeticamente. No original grego estes versículos
estão assim: poreuthentes oun Matheutésate panta ta ethne. Vejamos agora,
os respectivos significados destas palavras.
POREUTHENTES – Deveis ir! Ou Ide! Note o imperativo. É uma ordem. Este é o
verdadeiro sentido do que lemos. Foi assim que soou aos ouvidos dos
discípulos.
Hoje, porém, muitos tratam estas palavras de Jesus, como se fossem um
“pedido de favor” que Ele nos fez, ou ent~o, como se estas palavras tivessem
importância somente no passado, para os primeiros comissionados. É
exatamente por isso que a evangelização dos povos está tão atrasada. Falta
reconhecimento da ordem e pronta obediência!
Por que os muçulmanos, que começaram a pregar cerca de 600 anos depois
do Apóstolo Paulo, já alcançaram 1/5 da população mundial, enquanto nós
evangélicos, temos apenas 550 milhões aproximadamente?...
Será erro de cálculo? Ou de Estratégia? Será falta de dinheiro? (...).
Não! É falta de Fé! De Amor! De Obediência! De Compromisso com Deus e
com Sua Palavra. Obediência vem antes de estratégias, métodos ou dinheiro.
Ao ouvir Jesus falar, seus discípulos não receberam suas palavras com o
sentido de: “Olha, talvez seja bem que vocês comecem a pregar, primeiro em
Jerusalém e depois em todo o mundo”.
Não! Foram palavras fortes como de um general, passando ordens aos seus
subalternos, os quais não podem questionar, senão simplesmente obedecer.
Foi assim que Paulo recebeu esta ordem, pois ele respondeu: “Porque, se
anuncio o Evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta esta
obrigação, e ai de mim se n~o anunciar o Evangelho.” (I Co 9.16)
OUN – Portanto ou Pois. É uma palavra de ligação.
MATHEUTÉSATE – Fazei discípulos, ou seguidores, ou aprendizes. (Também
imperativo).
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PANTA – TA – A todos. De modo que, até agora, este versículo fica assim: “Ide,
e fazei discípulos de todos os ethne”. A palavra ethne merece atenç~o
especial.
ETHNE – “Naç~o”. Desde os séc. XV e XVI, a palavra ETHNE vem sendo
traduzida para algumas línguas ocidentais apenas com o significado de
NAÇÃO. O que não é errado.
Todavia, a palavra ETHNE deriva – se de “ETHNOS”, que é um termo grego
usado para designar o voc|bulo “povo” ou “gente”.
Povo ou Gente; O vocábulo Ethne é geratriz da palavra “Etnia”. Etnia é um
grupo humano que se relaciona entre si por fatores como língua, religião,
raça, moradia, ocupação, classe social, modo de vida, modo de vestir, ou não.
Ou seja, um povo!
Sendo assim, o versículo fica bem traduzido deste modo: “Ide, pois, e fazei
discípulos de todos os povos”.
A origem das raças deu – se na confusão das línguas na Torre de Babel (Gn
1.7,8). Se o propósito de Jesus é restaurar todas as coisas (Cl 1.20); então é
natural que a maldição de Babel também seja de certa forma, desfeita
espiritualmente. A divisão de raças tem sido motivo de orgulho, inimizade e
guerras entre os povos. O único caminho para que as nações voltem a falar a
“mesma língua”, é Jesus, pois, a Palavra de Deus torna – se um “idioma
Internacional”, uma vez que é um elo espiritual que rompe os laços de
divisão e proporciona a verdadeira paz.
Princípios Gerais de Missões:
Missões é tão antiga quanto à existência do homem. Missão nasceu no
“coraç~o de Deus”. Missões nasceu no ÉDEN. Missões nasceu no AMOR DE
DEUS!
– Deus é amor (1° Jô 4.16);
– Deus nos ama (Jô 3.16);
– Deus nos ama porque é sustentador de tudo e de todas as coisas (Sl 42.1,2);
– Deus nos ama porque é Criador (Gn 1 e 2).
A Origem de Missões:
O Jardim do Éden foi o palco da Criação (Gn 1 e 2)-Tentação (Gn 3.1-5);
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Queda do Homem (Gn 3.6,7); Vergonha e separação (Gn 3.8b); Juízo de Deus
(Gn 3.9-23); mas o Éden também foi o palco de:
MISSÕES (Gn 3.15)!
O versículo 15 contém a primeira promessa implícita do plano salvívico de
Deus para a redenção da humanidade. É uma profecia que contém duas
predições:
a) Prediz o conflito espiritual entre a “semente da mulher” (isto é, Jesus
Cristo) e a “semente da serpente” (isto é, Satan|s); Confira em Is 7.14; Mt 1.1-
16; Ap 12.9 e 20.2. Deus promete aqui, que Cristo nasceria de uma mulher;
que seria “ferido” (ao ser crucificado); mas que ressuscitaria dentre os
mortos para destruir completamente (“ferir”) a Satanás, o pecado e a morte,
bem como, para salvar a humanidade (Veja Is 53.5; Mt 1.20-23; Rm 5.18,19; I
Jô 3.8 e Ap 20.10).
b) Prediz a vitória final de Deus (e do povo de Deus!) contra Satanás e o mal
(Jô 12.33; At 26.18; e Rm 16.20).
Esta promessa de Gn 3.15 é chamada de “Promessa Messi}nica”. Aqui est| a
origem de Missões!
O homem pecou, e consequentemente, distanciou – se de Deus. O homem
tornou – se o “Objeto de Missões”. Para que ele pudesse ser reconciliado
novamente com Deus, era necess|rio que Jesus fosse “enviado” ao Mundo.
Confira em II Co 5.17; Lc 22.53; Jô 1.1-14; 3.16; e Hb 2.14,15.
Extensão do Plano de Missões:
O ponto culminante do plano salvívico e de redenção é a morte vicária de
Cristo, e a extensão deste plano é a GRANDE COMISSÃO. Após sua
ressurreição, Jesus comissionou seus discípulos (e a nós também!) a
continuarem a propagação do Evangelho (Jô 20.19-23). Isto é a Grande
Comissão...
HISTÓRIA DE MISSÕES:
Na história da Igreja, há uma linha de progressão na atividade missionária
que vem desde o seu início no ano 30 d.C. Linha esta, que é desenhada pela
ausência e presença de iniciativas missionárias na Igreja de Cristo na
proporção em que o tempo foi de passado.
Começa o trabalho Missionário:
– Os dois últimos mandamentos de Jesus aos seus discípulos: a) Ficar em
Jerusalém até serem batizados no Espírito Santo; b) Ir por todo o mundo
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pregando o Evangelho.
– Ao colocarem estes mandamentos em práticas, os 120 discípulos que
estavam em Jerusalém por volta dos anos 30 d.C., deram o INÍCIO TERRENAL
de Missões, ou seja, o início Humano, Histórico e Geográfico.
* O Apóstolo Pedro, após o Pentecostes, evangelizou com poder os
estrangeiros que estavam na cidade naquele dia (At 2.14);
* João e Pedro, pregaram no Sinédrio e no Templo para todos os religiosos da
época e às autoridades (At.3.12; 4.8);
* Estevão, um Diácono, também marcou o início da Igreja Primitiva com suas
poderosas mensagens e os sinais que se seguiam e, principalmente, com o
seu testemunho face ao martírio a que foi vítima.
* Por fim, a Igreja de modo geral, pregava o Evangelho (At. 6.7; 3.1.1)
Resultado do Trabalho: “Alguns dos Pardos, Medos, Elamitas e outros povos
que viviam para além de Jerusalém, nas terras orientais do Império Romano
e que ouviam no dia de Pentecostes a primeira mensagem pregada por
Pedro, se converteram ao Evangelho e levaram as boas novas aos seus
conterrâneos. As evidências para que tal tenha ocorrido é a constatação de
que em períodos posteriores podiam ser encontradas igrejas estabelecidas
nos lugares de origem daqueles povos (At 2.9, 10, 11 e 41)”.
“Alguns dos prosélitos, pessoas n~o descendentes de judeus, mas que
renunciavam ao paganismo aceitava a lei judaica, recebendo o rito da
circuncisão e vivendo em outras províncias romanas, ouviram e aceitaram a
mensagem do Evangelho pregada por Pedro e tornaram – se portadores das
boas novas entre seus irmãos usando como púlpito a sinagoga, principal foco
religioso dos judeus fora de Israel” (At. 2.14 e 41).
“Todos estes discípulos fizeram o primeiro instante da atividade missionária
da Igreja”
O Primeiro Declínio Missionário:
* Motivo: FALTA DE ZELO MISSIONÁRIO:
“Aparentemente estava tudo certo com a primeira igreja”. Havia conversões
em massa Perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir
do pão e nas orações. Havia temos em cada crente. Havia sinais e prodígios.
(...) A Igreja era respeitada e admirada pelo povo.
Mas apesar de tudo isso, havia algo errado com a Igreja de Jerusalém: “Era
poderosa na fé e no testemunho, pura no seu car|ter e abundante no amor”.
Entretanto, o seu singular defeito era a falta de zelo missionário.
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“Permaneceu em seu território, quando devia ter saído para outras terras e
outros povos.” Veja At.1.8.
O Primeiro despertamento Missionário:
A) A perseguição leva a Igreja a fazer a Obra Missionária.
Ao serem dispersos, os cristãos pregavam por todos os lugares que
passavam. A dispersão, por causa da perseguição, deu – se exatamente, pelos
lugares que Jesus falara, ou seja, pela GEOGRAFIA MISSIONÁRIA de Jesus.
B) O Resultado do Despertamento:
* Segundo historiadores, a igreja iniciou realmente por Jerusalém, Judéia,
Samaria, depois por Cesaréia, etc... Vejamos:
* LESTE: foram por Damasco e Edessa, entrando na Mesopotâmia;
* SUL: foram por Bostra e Petra, entrando na Arábia;
* OESTE: foram por Alexandria e Cartago, entrando no Norte da África; e,
* NORTE: foram por Antioquia, entrando na Armênia e Bitina.
Alcançaram ainda a Espanha, Galácia (sul da França) e Grã – Bretanha e
depois os confins...
Evidências do Despertamento:
“Os novos crentes iam formando grupos (Hb. Keilat-congregação) locais e ao
mesmo tempo tornavam – se missionários entre o seu povo e de outros
lugares”.
A propagação do Evangelho aumentava a cada dia. O total de crentes por
volta do segundo século é estimado em MEIO MILHÃO DE PESSOAS!
A eficácia do trabalho evangelístico se deu a partir de 03 fatores, somados, é
claro, com o poder do Espírito do Senhor, a saber:
A) O Testemunho Informal;
B) A Capacidade Intelectual de Alguns Crentes, e...
C) A Morte Dos Cristãos.
A) O testemunho informal se manifesta a partir da vida diária dos crentes,
caracterizada pelo amor.
B) A capacidade intelectual de alguns crentes que defendiam a fé com
argumentos racionais e bem desenvolvidos foi algo incontestável, pois o
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Cristianismo não era como as demais religiões cheias de ritos e mágicas; é
claro, substancial, profundo e tem a ver com a realidade existencial do ser
humano. Ganha destaque pessoas como Paulo, Orígenes, Tertuliano, Justino
Mártir e outros...
C) A morte de alguns cristãos, praticada pelos imperadores romanos somou
para aumento do Cristianismo, pois, a coragem dos crentes ante a execução
consistia num poderoso testemunho Tertuliano disse: “O SANGUE DOS
MÁRTIRES É A SEMENTE DA IGREJA”.
O trabalho dos primeiros missionários:
Além de Pedro, Paulo, Apolo, Filipe, Barnabé, Silas, Marcos, Lucas e muitos
outros crentes que desempenharam atividades missionárias, a tradição
judaica conta que...
* Mateus foi para a Etiópia *André, para a região dos citas ao norte da Europa.
* Bartolomeu, para a Arábia e Índia * Tomé, para a Índia * Paulo, Barnabé e
equipe, foram trabalhar entre os gentios e nos lugares mais distantes do
império romano como, por exemplo, Galácia, Macedônia, Acaia e Ásia *Edésio
e Frumentio, (no 4º Séc.) sobreviventes de um naufrágio no Mar Vermelho,
perto da Etiópia, foram levados escravos para a corte real daquele país e logo
conseguiram liberdade para pregar o evangelho e houve conversões
*Gregório (213) evangelizou a Capadócia e se tornou líder da Igreja local
(dizem que quando assumiu a igreja só havia 17 crentes na cidade, mas
quando morreu só tinha 17 pagãos!...).
A MORTE DE POLICARPO
“Policarpo, pastor de Esmirna, desenvolveu um ministério evangelístico tão
intenso que foi acusado de ser “o destruidor dos deuses pagãos”, por isto foi
queimado em praça pública”. “Sua igreja constava de escravos, aristocratas
locais e membros do quadro de assistentes do procônsul”.
A morte de policarpo sensibilizou a sociedade da Ásia Menos a ponto de
provocar um abrandamento das perseguições por algum tempo, permitindo
que os menos corajosos declarassem abertamente sua fé em Cristo e os nãos
crentes se convertessem.
Havia também o trabalho de muitos outros pregadores anônimos que
constituíam um grande exército que marchavam em todas as direções
pregando a Palavra (At. 8.4)
Surgem Novas Comunidades Missionárias: A Comunidade de Jerusalém
deixou de ser a ÚNICA. Cada nova congregação formada pelos primeiros
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missionários era também uma comunidade missionária. Destacamos:
Antioquia, Éfeso, Roma, Alexandria e Cartago, todavia, há outras.
O SEGUNDO DECLÍNIO MISSIONÁRIO:
MOTIVO: DISCUSSÕES TEOLÓGICAS, DISPUTAS E ACEITAÇÃO DO ACORDO
ROMANO.
Questões doutrinárias existiram na Igreja desde o início. Aconteceram por
várias razões: por causa de conceitos do judaísmo diferentes do
Cristianismo; por causa de elementos gregos na Igreja muito voltados à
contemplação filosófica, etc.
A Igreja enredou – se em complicadas questões que obscureciam a
simplicidade do Evangelho. Os crentes começaram a se ocupar mais com
questões doutrinárias e filosóficas do que com o Evangelho. A Igreja
internamente estava envolvida com discussões teológicas e disputas de
poder, e ainda vivendo sob um clima de perseguições.
Enquanto isso, por volta do terceiro séc., o Império Romano começou a
declinar. As constantes invasões dos povos bárbaros ameaçavam – no em
muito. Foi dentro deste contexto que em 313 d.C., o Imperador Constantino
disse ter visto no céu uma cruz sobre a qual estava escrito a seguinte frase
em latim “IN HOC SIGNO VINCES”, que quer dizer: “por este sinal vencer|s”.
Imediatamente adotou a cruz como o seu estandarte e publicou em decreto
tornando o Cristianismo como a Religião Oficial do Império Romano.
Na verdade, a intenção de Constantino era utilizar o ímpeto cristão para ir
até os “povos b|rbaros”, converte-los ao Cristianismo e assim ficarem sob o
domínio romano!
O ACORDO
“Se a Igreja aceitasse a proposta do imperador, ela ganharia a proteção do
Imperador e acabariam as perseguições”. A igreja seria protegida pelo Estado.
Ela ganharia ainda a Prosperidade do Império. Em contrapartida, a fé seria
usada para “amansar” os povos bárbaros e consolidar o império romano.
Depois do acordo assinado, foi instituído o culto ao imperador. Agora a Igreja
venerava mais ao homem do que a Deus. Que acordo infeliz!...
Quanto aos povos, eram dominados pela força do exército romano e
“amansados” pela religião cristã. Tornavam – se cristãos à força; E a Igreja
“abençoava a tirania dos imperadores”! O resultado foram as conversões em
massa. Por exemplo, Alemanha, Hungria, Suécia, Islândia, Groelândia,
Tchecoslováquia, Polônia, Índia, etc...
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14
Assim a Igreja de Roma consolidara – se a Igreja Católica Universal!
Mas, na verdade, a Igreja desviou – se do caminho que deveria seguir...
Durante 5 séc. a Igreja utilizou os mosteiros para objetivos missionários.
Nasceram várias ORDENS se Franciscanos, Dominicanos, Beneditinos, Jesuítas
e outros. No séc. 17 foi criada a SAGRADA CONGREGAÇÃO para propagação da
fé.
PRINCIPAIS MISSIONÁRIOS CATÓLICOS: Úfilas, Martinho de Tours, Patrício,
Columba, Niniamo, Agostinho, Bonifácio, Metódio, Domingos, Francisco de
Assis, Las Casas, Francisco Xavier, etc.
REMANESCENTE: Nem todos estavam de acordo com o rumo que a Igreja
tomava. Aconteceram vários movimentos de reforma, por exemplo, na
França em 1110, 1155 e 1170, na Inglaterra em 1324 com JOÃO WYCLIF, na
Tchecoslováquia com JOÃO HUSS (1369 – 1445), na Itália com JERÔNIMO
SAVONAROLA (1452), com os ANABATISTAS por toda a Idade Média e com
ERASMO (1466 –1536).
OS REFORMADORES:
Nomes como Calvino, Melanchton, Zwinglio e Martinho Lutero, são comuns
quando o assunto é Reforma Protestante. Foi Martinho Lutero quem liderou
a maior Reforma Protestante no séc. XVI. Contudo, pouco se falava de
missões estrangeiras, por 03 razões básicas:
– Os cristãos ainda lutavam pela conservação de suas vidas (por causa das
perseguições);
O Protestantismo só teve sua sobrevivência assegurada em 1648, com o
Tratado de WESTFÁLIA.
– Divergências Teológicas e controvérsias infindáveis por parte dos
Protestantes;
– Ensinamentos contrários à pregação do Evangelho em todo o mundo;
JOHN GERHARD, 1637, pregava que a ordem da Grande Comissão era
exclusiva dos Apóstolos.
Quem tentasse agir contra o pensamento geral deparava – se com a
reprovação da liderança da Igreja; (caso de VON WELZ, da Áustria, em 1664,
cognominado” agitador missionário”).
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INICIATIVAS MISSIONÁRIAS DOS PROTESTANTES:
Em meio a ausência de uma atividade missionária estruturada e permanente,
os protestantes fizeram algumas tentativas, vejamos:
*Na Suécia, em 1559, o rei Gustavo Vasa incentivou o evangelismo aos povos
lapões, ainda pagãos, que viviam em seu território;
*Igrejas Holandesas e Inglesas mandavam missionários capelães nas suas
Companhias; Um livro cristão escrito por Hugo Grotius (1583 –1645) foi
usado por marinheiros holandeses para evangelizarem o extremo oriente da
Ásia;
HANS UNGNAD SONNECK, um crente alemão esperava um grupo que tentou
penetrar entre os muçulmanos;
*Venceslau Budowitz conseguiu converter um turco em Constantinopla;
*Um cristão chamado Justiniano Von Welz foi ao Suriname, América do Sul,
sem o apoio de nenhuma Igreja;
Em 1555, quando a França tentava dominar o Brasil, Calvino mandou 2
missionários e 14 seminaristas no grupo de franceses huguenotes que
vieram para o Rio de Janeiro. Entretanto, a missão deles fracassou por causa
da forte perseguição do Almirante católico Villegnon.
O SEGUNDO DESPERTAMENTO MISSIONÁRIO:
Movimentos Espirituais Impulsionaram as Missões
A) O PURITANISMO: Surgiu entre os protestantes da Inglaterra, a partir de
1657. Pregavam contra o sistema anglicano da Rainha Elisabete, contra os
aparatos cerimoniais, conservados do catolicismo e o estilo de governo
eclesiástico. Eram estudiosos da Bíblia, buscavam viver uma vida dedicada a
Deus e dando testemunho aos homens.
B) O PIETISMO: O movimento pietista surgiu com grande intensidade na
Universidade de Halle, na Alemanha. Foi liderado por Filipe Spener (1635 –
1705) e Augusto Francke (1663 – 1727).
* Principais missionários: Adoniran Judson (enviado para a Birmânia); John
Taylor Jones (Tailândia); George Dana Boardmam (Birmânia); Issacher
Robert (China – 1846); Lottie Moon (China – 1873), Wullian Bagby e esposa
(Brasil –1881), Zacarias e Kate Taylor (Brasil – 1882).
*SOCIEDADE MISSIONÁRIA DE BASILÉIA, fundada em 1815, na Suíça;
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*Em 1821 fundou – se a MISSÃO DA DINAMARCA;
*Na França foi formada em 1822 a SOCIEDADE MISSIONÁRIA DE PARIS;
*Em 1842 surgiu na Alemanha, a SOCIEDADE MISSIONÁRIA DE BERLIM;
*Em 1828 formou – se a SOCIEDADE MISSIONÁRIA RENANA;
*Em 1842, a MISSÃO NORUEGUESA;
*Em 1877, entre os presbiterianos foi fundada a SOCIEDADE de
EVANGELIZAÇÃO CHINESA. Um dos missionários mais famosos foi HUDSON
TAYLOR (foi ele quem criou o conceito de CONTEXTUALIZAÇÃO); depois de
muitos anos na China, criou sua própria missão, estando muito doente na
Inglaterra, a MISSÃO do INTERIOR da CHINA, considerada posteriormente, a
maior missão do mundo!
Inúmeras sociedades, grupos e organizações missionárias surgiram no mundo
nesse período, em consequência, quase todas as igrejas protestantes até 1914,
participavam da causa missionária.
Evangelistas percorrem o Mundo:
“Quando a idade da raz~o despontava no séc. 18 e o fervor crist~o declinava,
Deus utilizou determinados homens que, através de suas poderosas
mensagens, conduziram os crentes a um novo movimento do Espírito Santo
que os impulsionaram a realizar a obra mission|ria.”
Homens comuns, como nós, porém, homens que fizeram renúncias,
experimentaram privações, sofreram danos, percas dores... Contudo, não
foram “desobedientes { vis~o celestial”.
Homens como JOÃO WESLEY, GEORGE WHITEFILD, JOMATHAN EDWARDS, E
OUTROS.
Estes homens deixaram “rastro de fogo” em seus países e no exterior, além
de serem espelhos para outros evangelistas itinerantes de séculos seguintes.
Nomes como o de CHARLES A. SPURGEON, CHARLES FINNEY, DWIGHT L
MOODY, BILLY SUNDAY, e no século vinte, BILLY GRAHAN E LUIS PALAU, ETC
E ETC.
O trabalho destes evangelistas itinerantes atravessou o grande século
missionário, em quase todos (se não em todos!) os Continentes...
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O TERCEIRO DECLÍNIO MISSIONÁRIO:
MOTIVO: LIBERALISMO CRISTÃO E PREOCUPAÇÃO SOCIAL.
Alguns líderes de Igrejas Evangélicas nos EUA e Europa começaram a fazer
uma concepção liberal de Cristianismo, no início do séc. 20. Deu – se, então, o
começo de um novo desenvolvimento teológico e eclesiástico que viria a
trazer grandes consequências no futuro.
No aspecto missionário, o liberalismo gerou o seguinte quadro:
*O liberalismo não tinha mais certeza que Jesus era a última Palavra de Deus
ao homem;
*O fato de se ter o título de missionário não significava que a pessoa cria na
interpretação da Bíblia e que corajosamente defendia as doutrinas
principais da fé.
*O liberal não aceitava a proclamação exclusiva da salvação através de Jesus.
Era mais simpático com as outras religiões, sugerindo até uma síntese das
religiões.
*Esta nova concepção teológica mandava completamente a compreensão da
Grande Comissão.
*Havia mudança e redução na propaganda missionária, tão aceitável no séc.
19.
Pietismo gerou uma grande influência missionária, tornando – se o berço do
primeiro esforço genuíno missionário da reforma.
Pregadores famosos do Pietismo: JONATHAN EDWARDS, JOHN WESLEY,
GEORGE WHITEFIELD, ETC.
Os resultados destes movimentos foram maravilhosos para as missões pois,
serviram para amadurecer o conceito de salvação individual e da conversão
pessoal de cada indivíduo, ao contrário das “conversões em massa”, realizada
pela Igreja Católica em séculos anteriores.
Principais resultados:
01-A formação de Sociedades Missionárias (quase todas as igrejas de então,
se envolveram com Missões Transculturais) e..
02,o extraordinário trabalho da Igreja da Morávia (os moravianos
realizaram uma vigília ininterrupta de oração por quase 100 anos!)
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O TERCEIRO DESPERTAMENTO MISSIONÁRIO:
Cristãos voluntários X liberais:
Em reação ao liberalismo, surgiu nos EUA uma nova geração de missionários
profundamente determinados a manter uma fé pura e confiar na
dependência total de Deus. Eles partiram para um intenso tablado de
evangelismo, até mesmo aos próprios cristãos nominais, em seu país e
também na Europa e América Latina.
Depois disso, os Estados Unidos passaram a ser nação com o maior número
de missionários atuando em todo o mundo. Estes novos missionários, na
maioria, eram formados em Institutos Bíblicos e Faculdades Cristãs.
Apareceram nos fins do séc. 19 e limiar do séc. 20.
Nasce o Movimento Voluntário Estudantil:
“Foi nessa nova onda mission|ria que nasceu nos EUA o Movimento
Voluntário Estudantil em 1886. Perdurou por 50 anos e enviou mais de 20
mil estudantes para o campo missionário no exterior, a maioria norte –
americanos. Os mais conhecidos desses estudantes foram Carlos T Studd,
J.E.K. Studd, Robert Wilder, Joseph H. Oldham, Robert E. Speer, W. Tempe
Cairdener, Samuel Zwemer, William Pacon, Fletcher Brockmam e E. Stanley
Jones.”
Nasce a Aliança Bíblica Universitária (ABU)
Quem criou a ABU foi C. Stacey Woods, em 1943, nos EUA. O objetivo da ABU é
promover missões nos “campus” das Universidades. Na UFJF, funciona um
núcleo da ABU que está ligada a ABU da Região Centro Oeste.
Nasce a Associação Evangélica das Missões Estrangeiras:
Esta associação foi fundada depois da 2ª G.G.M, nos EUA. Contrária ao
liberalismo recebeu o apoio da maioria das missões da sua época.
Novas Sociedades e Agências Missionárias: Nessa época muitas outras
organizações missionárias começaram a surgir no mundo, tais como: a
Missão para o Interior do Sudão (SIM); a Cruzada de Evangelização Mundial;
O Ministério de Cruzadas Além – Mar e etc.
Em consequência d movimento estudantil e destas novas agências
missionárias, muitos países outrora fechados ao Evangelho, foram
alcançados.
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19
O Movimento Pentecostal:
Nos idos de 1910, aconteceram em diferentes lugares dos EUA movimentos
de renovação espiritual entre igrejas protestantes tradicionais:
presbiterianos, congregacionais, batistas, metodistas, etc. Esse movimento
ficou sendo chamado de Movimento Pentecostal.
Estas igrejas protestantes que haviam aceitado o Batismo no Espírito Santo,
não podendo mais permanecer no seio de suas denominações e possuindo
vários missionários no campo, razão pela qual necessitavam de uma
autoridade executiva e organização, formaram em 1914 as Assembléias de
Deus norte – americanas.
Dentro desse entusiasmo missionário do Movimento Pentecostal destacam –
se os suecos Daniel Berg e Gunnar Vingren, que vieram dos EUA para o Brasil
em 1910, e se instalaram na cidade de Belém do Pará. Ali, em 1911, logo após
a não aceitação do batismo no Espírito Santo pela Igreja Batista (como
aconteceu nos EUA), formaram juntamente com um grupo de irmãos, a
Missão de Fé Apostólica, que em 1918, veio a se chamar Assembleia de Deus.
Conferências Nacionais e Mundiais:
A partir do século 19 em quase todos os países onde havia trabalhos
missionários protestantes aconteceram conferências missionárias com a
participação de diferentes sociedades missionárias que motivaram a
realização de Conferências Missionárias Nacionais e a formação de Comitês e
Missões.
Depois da primeira realizada na Índia em 1855, cada vez mais foram sendo
realizadas conferências, agências e sociedades missionárias a realizarem
juntas grandes conferências mundiais de missões, hoje chamadas de
Congressos Mundiais de Evangelização. Já foram realizados 13 desses
Congressos Mundiais. Os que foram considerados mais importantes são: o de
Edimburgo, na Escócia, em 1910, e o de Lausanne, na Suíça, em 1974.
A nível regional, os envolvidos com a tarefa missionária também têm – se
unido em conferências. Como é o caso do Congresso sobre Evangelismo no
Pacífico Sul, em 1968; o Congresso Missionário para Estudantes de toda a
Ásia, em 1973; a Consulta sobre Missões em toda a Ásia em 1973; a
Associação de Missões n Ásia, em 1975; e o COIBAM (Congresso Latino-
Americano sobre Missões) realizado em São Paulo, em 1987.
Muitas outras Consultas Globais, reuniões denominacionais e regionais com
o objetivo de tratar de assuntos missionários estão planejadas ao redor do
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20
mundo.
Nos últimos 50 anos da História de Missões, pôde – se constatar que naquelas
|reas do mundo tidas como “campo mission|rio”, a Igreja tem florescido, e
hoje, estão se tornando “base de envio de mission|rios”.
“Trabalhemos enquanto é dia, pois a noite vem, quando ninguém mais pode
trabalhar...”.
MISSIOLOGIA
O que são Missões Transculturais?
O prefixo “trans” deriva – se do Latim e significa “movimento para além de”,
ou “através de”. Sendo assim, em linhas gerais, missões transculturais é
transpor uma cultura para levar a mensagem do universal do Evangelho.
Segundo Larry Patê, missões transculturais, “é a proclamaç~o do amor de
Deus, que ultrapassa fronteiras culturais, raciais e linguísticas”.
A mensagem do Evangelho não pode se restringir a uma só cultura, mas ter
alcance abrangente, em todos os quadrantes da Terra, onde quer que haja
uma etnia que ainda não a tenha ouvido.
O Evangelho está acima de nossas concepções humanas e deve valer – se dos
elementos étnicos de cada cultura para ser proclamado. É preciso descobrir
o “approach” de cada cultura, ou seja, os seus pontos de aproximação, para
comunicar de maneira adequada as verdades do Evangelho.
Não é o Evangelho que se curva a cultura, mas esta se curva ao Evangelho.
Isto é fazer missões transculturais...
O que é Cultura?
Para muitos, a palavra “cultura” significa o grau de estudos de uma pessoa.
Por isso, é comum ouvirmos alguém falar: “Fulano de Tal tem muita cultura”.
Quase todas as pessoas fazem esta associação da cultura com o nível
intelectual ou de instrução de alguém. Mas cultura não é isto.
Cultura é, segundo a definiç~o do dicion|rio Aurélio, “o complexo de
comportamento, das crenças, das instituições e doutros valores espirituais e
materiais transmitidos coletivamente e característicos de uma sociedade”.
Na Antropologia, o termo cultura é visto sempre em associação com outro
termo, a saber: sociedade.
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21
Para um antropólogo, cultura “é o conjunto de comportamentos e ideias
característicos de um povo, que se transmite de uma geração a outra e que
resulta da socializaç~o e aculturaç~o verificadas no decorrer de sua história”.
Assim sendo, cultura “é o modo de agir”, e o termo sociedade designa o
“grupo de indivíduos que compartilham de um mesmo modo de agir”.
Precisamos entender bem claramente que cada povo tem o seu próprio
“Padr~o de Cultura”, que é a amalgama de todos os valores passados de
geração a geração em cada sociedade desde os seus primórdios. É o padrão
cultural de cada povo que determina qual a “orientaç~o cultural” que cada
povo segue. Ou seja, a orientação cultural é que norteia o modo de viver de
cada indivíduo dentro de sua etnia.
Transculturação:
Transculturaç~o “é o processo de transformaç~o cultural caracterizado pela
influência de elementos de outra cultura, com a perda ou alteração dos já
existentes” (M. Dicionário Aurélio).
Note, na definiç~o do termo, o seguinte “... é a influência de elementos de
outra cultura, com a perda ou alteraç~o dos j| existentes”.
O missionário transcultural deve tomar muito cuidado para não exercer este
papel.
O papel do missionário não é alterar ou mudar os valores de uma cultura. O
seu compromisso é com os Princípios Bíblicos. Estes, sim, podem exercer
influência e até mesmo alterar situações contrárias à fé cristã, que deverão
ser resolvidas no próprio contexto cultural, sem que seja necessário
“importar” ou “adaptar” modelos de outros padrões de culturas.
Etnocentrismo:
Etnocentrismo é “uma tendência a ver a nossa própria cultura como maneira
universal de comportamento”.
O missionário não pode se deixar levar por esta atitude. Entretanto, isso às
vezes acontece; acontece, porque somos tão inconscientes de como nossas
vidas são guiadas pela nossa cultura e idioma, que de repente, descobrimos
que é mais difícil do que pensávamos aceitar outra cultura. Embora,
reconhecendo o que possa ser considerado comportamento apropriado em
outra cultura, apegamo–nos ao que consideramos “normal” e “natural”.
Achamos que a nossa maneira de fazer as coisas é “superior” e “correta”.
Quando isto acontece com um missionário no seu campo de trabalho, é
reflexo de que ele não teve uma boa aculturação.
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Aculturação:
Já vimos que cada povo tem o seu próprio padrão de cultura, e também que
as culturas diferem na língua, na forma de ver o mundo, na valorização da
conduta e em muitos outros aspectos. Quando alguém tenta comunicar uma
mensagem a uma pessoa de outra cultura, um emaranhado de coisas impede
que esta mensagem seja bem compreendida. É como se houvesse um
bloqueio entre a fonte e o receptor. Este bloqueio realmente existe e é
chamado de barreira, ou rede cultural.
A soluç~o eficaz para o problema da “rede – cultural”, é o mission|rio
intercultural “passar pela rede”, ou seja, ele deve assimilar a cultura do povo
onde missiona; Ele deve se esforçar ao máximo em aprender o idioma local e
comunicar, na língua desse povo, a mensagem do Evangelho; E para isso, ele
deve usar as normas de conduta deste povo, bem como seu sistema de
símbolos.
O missionário tem que deixar a sua dimensão e entrar na dimensão do povo
em que atua utilizando os próprios recursos deles para se fazer
compreendido. Este processo é chamado de aculturação.
Estratégia de Aculturação: A Cosmovisão:
Para atravessar uma “rede cultural” e alcançar uma cultura de forma eficaz
com o Evangelho, é importante desenvolver uma estratégia funcional.
O missionário deve saber em que pontos as culturas se diferem. Tem de
reconhecer os princípios a serem aplicados, mas deve saber como aculturar-
se no grupo que deseja alcançar. Para conseguir isso, deve saber que o centro
de toda cultura e seu gerador primário, é a COSMOVISÃO.
Cosmovisão é o conjunto de princípios, símbolos e valores que um povo tem
como verdades para a sua realidade.
Esses valores, por sua vez, hão de gerar um conjunto de normas aceitas como
condutas normais desse povo. A ilustração abaixo exemplifica isto:
Certo missionário perguntou ao chefe de uma tribo africana se podia levar
sua família para viver nessa aldeia. O chefe perguntou o motivo. Então o
missionário lhe disse que tinha uma mensagem importante para o povo.
– Qual a mensagem? – perguntou o chefe.
– Eu lhe contarei a mensagem se permitir que minha família e eu vivíamos
com o seu povo durante dois anos. – respondeu o missionário.
O chefe concordou. Nesses dois anos o missionário e sua família aprenderam
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a língua do povo, aprenderam a cultivar a terra, cozinhar, comer e comportar
– se como o povo dessa aldeia. Por outro lado, todos observavam os
estrangeiros com grande curiosidade, especialmente no princípio. Viam –
nos orar. Percebiam como amavam os filhos e como faziam amigos entre o
povo.
Passados os dois anos, a aldeia toda decidiu dar uma festa especial para que
o missionário comunicasse a sua importante mensagem. O povo havia
aprendido a amá–lo e a respeitá–lo. Estava realmente desejoso de saber por
que ele havia deixado sua própria terra para viver entre eles durante esses
dois anos.
Quando o missionário se levantou e começou a falar na língua do povo, todos
ficaram atentos à verdade. Ele começou pelo princípio, exatamente como os
anciãos faziam à noite, ao contarem suas histórias em volta das fogueiras.
Contou – lhes a história de um homem especial enviado por Deus. Hora e
meia mais tarde, o missionário acabou de apresentar sua mensagem, e ficou
esperando que o chefe falasse, como de costume.
O chefe fez algumas perguntas sobre os espíritos malignos para o
missionário, o qual respondeu a cada uma delas usando a Palavra de Deus. O
povo resolveu voltar na noite seguinte para ouvir mais. E assim foi por
quatro noites consecutivas. No final da mensagem da quarta noite. O chefe se
pôs se pé e declarou que queria seguir o modo de vida de Cristo. O chefe foi o
primeiro a ser batizado. Em pouco tempo, a aldeia inteira aceitou “o modo de
vida de Cristo”!
O êxito deste missionário se deu porque ele conseguiu penetrar na
cosmovisão do povo. Ou seja, ele construiu uma plataforma na mentalidade
deste povo, de onde ele podia verdadeiramente falar e ser ouvido. E por
causa do seu proceder todos os naturais chegaram a ser cristãos.
Se o missionário tivesse começado a pregar logo assim que chegou, sem
antes atravessar a “rede cultural”, ou seja, sem aculturar – se; sem entender
qual era o conjunto de valores do povo, sem entrar na cosmovisão do povo,
para aí então, compreender quais as normas de conduta deste povo e assim
poder pregar o evangelho, ele não teria bem sucedido. Talvez depois desses
dois anos ele tivesse apenas um pequeno grupo de convertidos, ou nenhum.
COSMOVISÃO-SISTEMA DE VALORES-NORMAS DE CONDUTA.
(A Cosmovisão de certo povo é a sua percepção básica de como as coisas são e
de como chegaram a ser assim.).
“COSMOVISÃO: O CORAÇÃO DE UMA CULTURA”!
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Princípios de Aculturação:
Através de bons princípios de aculturação o missionário transcultural, pode
diminuir muito o choque cultural. No próximo ponto falaremos sobre este
choque, agora vejamos alguns destes princípios de aculturação.
A) Seguir as Normas de Conduta da Cultura Hóspede.
Em geral, o processo de aculturação requer de 2 a 5 anos. Para o missionário,
quanto mais tempo puder passar com o povo adotado, melhor. Quando um
obreiro transcultural entre pela primeira vez noutra cultura, o faz no nível
das “normas de conduta”.
Sua compreens~o do “sistema de valores” e da “cosmovis~o” dessa cultura é
mínima.
O missionário precisa aprender a comer, vestir, dormir, viajar, receber
visitas e fazer muitas outras coisas exatamente como o povo da cultura local
faz. Agindo da maneira do povo, logo o missionário compreenderá os valores
em que se baseiam essas normas de conduta. Aprenderá não somente a
compreendê–los, mas também ele próprio começará a adotar muitos desses
valores, que começarão a ter sentido para ele.
Quanto mais o missionário adotar as normas de conduta do povo, tanto mais
se convencerão de que ele os respeita e se interessa por eles.
B) Contribuir para que o Evangelho Transforme a Cosmovisão do Povo:
Não é suficiente mudanças apenas nas “normas de conduta” do povo. A
pregação do Evangelho precisa atingir a sua “cosmovis~o” e seu “sistema de
valores”. Enquanto isso não acontecer, o Evangelho não terá penetrado
realmente na sociedade.
É possível o missionário conseguir persuadir algumas pessoas a se
comportarem de acordo com o exemplo que lhes dá. Podem até ir à Igreja e
participar das atividades cristãs, contudo, quando se encontram enfermas,
ou atemorizadas por maus espíritos, recorrem à feitiçaria, ao espiritismo ou
a outras atividades não cristãs.
A esse tipo de conduta dá – se o nome de Sincretismo, que é uma mistura de
Cristianismo com outras religiões. O povo inclui o Cristianismo em suas
formas de culto, suas crenças religiosas; não o segue como o único caminho
verdadeiro.
A única maneira de vencer o sincretismo é fazer com que o Evangelho
penetre na cosmovisão e no sistema de valores da sociedade. O povo precisa
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crer no Evangelho de tal maneira que alcancem uma perspectiva cristã e não
mais pratiquem suas antigas formas de cultos e sacrifícios.
C) Traçar o perfil dos Valores básicos da Cultura Hospedeira:
Tendo aprendido a maior parte das normas de conduta da cultura que o
hospeda, o missionário começará a entender os valores básicos do povo. Isto
lhe dará um quadro mais claro de como comunicar o evangelho a esse povo.
D) Julgar a Própria Conduta Social, Moral e Religiosa Segundo as Normas da
Cultura Hospedeira:
O missionário tem que evitar o Etnocentrismo a todo custo (ver 4.4). Não
deve julgar as normas de conduta da cultura local segundo suas normas
culturais. Antes, deve aprender a ver sua própria conduta de acordo com o
sentido que lhe dá a cultura local.
E) Aguardar o Momento Certo para Começar a Pregar:
Um dos erros mais comuns que os missionários cometem é começar a pregar
logo que chegam à nova cultura.
Certo missionário enviado ao Japão, logo que chegou lá, contratou um
intérprete e deu início a uma campanha de evangelização. Ao fazer o
primeiro apelo no final do culto, todos levantaram as mãos indicando aceitar
a Jesus. No segundo culto aconteceu o mesmo. O missionário concluiu que
tanta gente estava se convertendo que não podia dar tempo à aprendizagem
da língua japonesa.
Pregou durante um ano inteiro através do mesmo intérprete antes de saber a
verdade do fato. Cada vez que ele pedia que as pessoas que quisessem aceitar
a Cristo levantassem as mãos, o intérprete simplesmente mandava que todos
levantassem as mãos! De modo que os ouvintes levantavam as mãos não para
aceitarem a Jesus, mas sim, para que o pregador não perdesse o prestígio e
também porque o intérprete lhes dizia que o fizessem.
Podemos concluir que, enquanto o processo de aculturação não estiver bem
avançado, o missionário não poderá comunicar a mensagem de maneira que
o povo possa recebê-lo.
Choque Cultural:
Se o mission|rio usar como seu “guia” os princípios e a estratégia de
aculturação apresentadas no ponto anterior, ele conseguirá superar bem o
choque cultural. O choque cultural é um sentimento de confusão e
desorientação que a pessoa enfrenta quando se muda para outra cultura.
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A causa desse choque é exatamente a mudança de normas culturais. A
intensidade do choque dependerá da diferença entre a cultura de origem e a
cultura hóspede do missionário. Dependerá também, da personalidade e do
preparo do missionário. (Assunto do próximo ponto!).
Já vimos o que é o choque cultural, sua causa e intensidade, agora veremos
alguns sintomas deste choque.
Sintomas do Choque Cultural:
A) Sensação de Desorientação. É comum a pessoa sentir certo incômodo e
certa sensação de desorientação, bem como ansiedade nervosa.
Principalmente se ela não entende a língua local.
B) Desejo de Isolar – se. Dada a dificuldade de comunicação com o natural, e
a não possibilidade de se comunicar com pessoas de sua cultura, então surge
uma vontade de ficar só.
C) Comparação das Culturas. O iniciado constantemente nota diferenças
entre a sua cultura e a que o hospeda deve cuidar – se para não se exceder
em frequentes comparações, pois as pessoas que o cerca podem se sentir
ofendidas.
D) Menosprezo pelas Normas Culturais;
E) Sensação de Estar Preso;
F) Sentimento de Hostilidade;
G) Sensação de Autodesprezo;
H) Sensação de Fracasso; e até mesmo,
I) Perda da Visão Espiritual;
A lista de sintomas apresentada não é necessariamente progressiva. Mas é
um conjunto de reações normais que ocorrem quando uma pessoa entra
numa nova cultura. O missionário pode não sentir todos estes sintomas,
nesta mesma sequência e intensidade, mas certamente há de experimentar
pelo menos um deles.
Quanto mais o missionário transcultural compreender a cultura em questão
e a tarefa que tem pela frente, menos será o efeito que o choque cultural terá
sobre ele e sua família.
O Missionário Transcultural e o Seu Preparo:
O missionário transcultural precisa receber um treinamento específico antes
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de sair para o campo. Não significa o envio de alguém, sem que este alguém
não tenha recebido um preparo (o mínimo que seja), nas seguintes áreas:
A) Preparo Linguístico:
O missionário precisa saber pelo menos, qual o idioma falado no seu “campo-
alvo”. O ideal é que ele saiba falar antes mesmo da partida. E n~o apenas o
idioma, mas também as peculiaridades da língua do país que vai trabalhar.
Este preparo exige tempo, estudo e determinação; antes e depois da ida do
missionário para o campo, pois ele não termina com a chegada do mesmo,
pelo contrário, deve ser intensificado; porque o missionário vai precisar de
um domínio completo da língua, bem como de uma boa fluência e também
conhecimento de expressões idiomáticas e regionalismos (e neste caso,
quanto mais ele souber, melhor!)!
Quando se faz uma tradução de um idioma para outro, nem sempre há
palavras correspondentes entre esses idiomas. O missionário que tem um
bom conhecimento do idioma para o qual se faz a tradução saberá, então,
nesta ocasião: valer – se da “equivalência din}mica” para poder transmitir a
sua mensagem de maneira inteligível aos seus ouvintes.
É por isso que o missionário necessita de um bom preparo linguístico, para
poder da “contemporaneidade” { Bíblia, no país onde missiona.
B) Preparo Teológico:
É importante frisar, quando mencionamos “preparo teológico”, que n~o basta
ao missionário, ter meros conhecimentos de conceitos sistemáticos da Bíblia
e querer transportá–los de uma realidade para outra. É preciso que estes
conceitos tenham correspondências práticas na vida de quem os ensina,
especialmente no campo missionário; onde poderá haver circunstâncias que
exigir~o “provas” daquilo que se prega.
Em outras palavras, o missionário deve viver o que prega e pregar o que vive.
Toda boa teoria que n~o for aprovada, n~o passa de uma “boa teoria”. O
ensino bíblico não pode ficar apenas no campo teórico. Se não for
acompanhado de evidências terá pouco resultado. Leis Tg 1.22; etc.
Não basta ao missionário ter conhecimento teológico. Este preparo deve
revestir–se da visão transcultural para que ele possa encontrar em cada
etnia o instrumento próprio para aplicar os ensinos na vida do povo. Para o
missionário ensinar as verdades bíblicas em outra cultura, ele precisa contar
com o momento adequado e a estratégia certa.
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C) Preparo Transcultural:
Costumes são mutáveis e diferem de uma região para a outra. O missionário
precisa conhecer os costumas do povo que vai trabalhar, para que o choque
cultural não gere efeitos negativos.
Uma questão séria é a do vestuário. O quadro muda de país para país; e de
região para região. O missionário precisa ter bastante equilíbrio para não
exportar costumes de sua cultura para a do povo adotado; nem tão pouco
quando retornar à sua pátria, importar costumes do campo onde missiona
para i seu país de origem que sejam incompatíveis com o seu “modus
vivendi”.
A área de costumes inclui também, hábitos alimentares, ética à mesa,
convivência familiar, etc; que diferem de uma cultura para a outra.
Os costumes mudam, mas os princípios bíblicos são imutáveis!...
Tipologia da Evangelização:
“Nosso mundo hoje, é muito mais complexo do que o mundo dos crentes da
Igreja Primitiva”. Atualmente há mais línguas, mas países, mais grupos
étnicos do que quando a Igreja Primitiva foi tão eficaz na evangelização
intercultural. Nessa época não era preciso passaporte, nem vistos, e o grego
era um idioma comum falado por muita gente. Hoje, as distâncias entre as
cidades, são muito maiores, tanto geográfica quanto culturalmente. Se
desejarmos ser “mission|rios” eficazes, devemos aprender tudo quanto
podemos acerca das diferenças e de como superar as barreiras que se
apresentam para uma comunicação eficaz do evangelho”.
Buscando criar meios e estratégias para a evangelização mundial, o estadista
de missões Ralf Winter (U.S. Center), criou um esquema com base nas
distâncias culturais entre o missionário e seus ouvintes.
“O homem precisa criar formas de controlar sua realidade para compreendê-
la e modificá-la. Exemplo: Metro – Distância; Hora – Tempo.” Com Missões
também é assim. É de grande valia para nós, compreendermos o conceito de
“Dist}ncia Cultural”; ou seja, o quanto uma cultura é “distante” (diferente) da
outra!
Ralf Winter separou a Evangelização em três etapas: E – 0, E – 1, E – 2, E – 3.
A) E – 0:
Evangelização E – 0, significa uma evangelização com barreira cultural 0! Isto
é, sem nenhuma distância cultural entre o emissor e o receptor. Isto ocorre
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quando um verdadeiro cristão ganha para Cristo “crist~o nominais”. Neste
caso não existem barreiras culturais, nem religiosas, nem geográfica, nem de
tipo algum.
B) E –1:
Evangelização E – 1 é ganhar para Cristo pessoas da própria cultura do
evangelista, mas que ainda n~o “nasceram de novo”. Por exemplo, quando
um crente pentecostal leva ao Senhor alguém de sua própria cultura que é
católico romano. A cultura é igual, mas a religião é diferente.
C) E – 2:
Evangelização E – 2 é ganhar para Cristo pessoas que pertencem a culturas
diferentes, mas similares à do evangelista. As culturas desses povos não são
exatamente iguais, porém, podem ser bastante aproximadas, até o ponto de
falarem a mesma língua materna.
Temos dois exemplos bíblicos. O primeiro são os samaritanos. Embora
fossem à semelhança dos judeus, inclusive na língua, pois falavam o
aramaico, contudo, havia profundos preconceitos históricos e culturais que
eram verdadeiras barreiras, entre esses dois grupos étnicos, a ponto de não
se comunicarem um com o outro (Jô 4).
De maneira que, quando Filipe começou um avivamento entre os
samaritanos, ele estava fazendo E – 2!
O segundo exemplo, é quando os judeus helenistas começaram a estabelecer
igrejas entre os gregos (At. 19.20). Eles cruzaram uma barreira de grande
preconceito religioso e racial para ganhar os gregos para Jesus, e o fizeram
numa língua diferente da sua.
A evangelização do tipo E – 2 é uma evangelização intercultural. Quando a
barreira idiomática ou a cultural, ou ambas, são suficientemente grandes que
requeiram uma igreja em meio ao povo evangelizado, então temos uma
evangelização intercultural. Uma grande parte da evangelização
intercultural registrada na Bíblia é do tipo E – 2.
D) E – 3:
Evangelização E – 3 é ganhar para o Senhor, membros de uma cultura muito
distante. Neste caso não existe nenhuma semelhança cultural entre o
emissor e o receptor. Isto é, entre o evangelista e o povo evangelizado. O
fator chave a ser considerado é a distância cultural.
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A Teoria do Evangelismo de Vizinhança:
Alguns pensam que a evangelização de certa parte do mundo é de
responsabilidade única dos crentes dessas regiões. Os que assim pensam,
não são favoráveis à evangelização do tipo E – 3 (ou seja, não são favoráveis a
missões transculturais!). Há até mesmo quem considera E – 3 desnecessárias.
Isto porque acreditam (às vezes até inconscientemente) no pensamento
conhecido como “teoria do evangelismo da vizinhança”.
As pessoas que acreditam no evangelismo de vizinhança deduzem que, uma
vez que há alguns crentes em determinada região do mundo, basta que estes
“evangelizem seus vizinhos” (evangelizaç~o do tipo E – 0 e E – 1) uma vez que
estão culturalmente próximos, assim, não se faz necessário o envio de
missionários (para se fazer E – 3!) e em pouco tempo o mundo todo terá sido
evangelizado. Entretanto, estas pessoas se esquecem que para se fazer E – 1 é
necessário que antes se faça E – 3! Foi assim com Jesus. Ele realizou E – 0, E –
1 e também E – 2 (no caso de Jô 4!), antes porém, realizou E – 3, porque foi
ENVIADO de um outro “País” e precisou aculturar – se à cultura judaica antes
de começar a pregar o Evangelho!
Como vimos em 1.4 o missionário precisa transpor uma barreira cultural,
geográfica ou linguística para poder ministrar o Evangelho. Foi exatamente
isto que Jesus fez... é por esta razão que David Living Stone disse a frase que
já citamos anteriormente, mas que vem a propósito: “Deus tinha um único
filho e fez dele um mission|rio”.
Seguindo estes padrões de evangelização, concluímos que se um evangelista
sair fazendo E – 1, em um determinado momento ele vai encontrar uma
barreira (seja ela geográfica, cultural ou linguística), ao transpor esta
barreira estará fazendo E – 2 e mesmo E – 3. Exemplificando:
Suponhamos que eu queira divulgar o Evangelho em todo o mundo, mas sem
sair da minha cidade natal, Juiz de Fora; sem fazer missões transculturais.
Então, eu evangelizo o meu “vizinho” e dou – lhe a incumbência de ganhar o
seu e de passar – lhe a mesma tarefa. Logo, logo teremos evangelizado todos
os bairros de Juiz de Fora e o último “vizinho”, ganhou alguém do estado do
Rio de Janeiro. E lá no Rio o evangelho foi passando de “vizinho a vizinho” até
chegar em São Paulo, depois no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Até aqui só houve E – 1. Ent~o, o “vizinho” da última cidade do Rio Grande do
Sul, que faz fronteira com o URUGUAI, vai da mesma forma como foi feito até
agora, tenta evangelizar o seu vizinho. Só que este seu “vizinho” uruguaio fala
outra língua, tem outros costumes, enfim, tem outra cultura e pertence a
outro grupo étnico, diferente do Brasil. Isto que dizer que o “vizinho” crente
se deparou com uma barreira cultural, geográfica e linguística. Se ele
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pretende realmente ganhar o uruguaio para Jesus, então terá de transpor
estas barreiras e a única maneira é fazendo MISSÕES TRANSCULTURAIS!
(Neste caso E – 2).
Outro exemplo que pode ser dado é o caso da Igreja do Paquistão. É
composta, na sua maioria, de ex – hindus, os quais não conseguem
testemunhar para seus vizinhos muçulmanos (97%) geograficamente
próximos, porém, muito distantes culturalmente.
Neste caso também, o “evangelismo de vizinhança” n~o funciona.
Poderia ter citado ainda o caso de uma Igreja no Sul da Índia (País que sofre
com a desigualdade social por causa da sua divis~o em “Castas!”), ou o da
Igreja de Batak, na Indonésia, entretanto creio que já ficou bem claro que só
se faz E – 1 se antes, for feito E – 3.
“A igreja saudável e no centro da vontade de Deus é aquela que segue seu
Senhor e faz tal qual ele fez...”.
ANTROPOLOGIA MISSIONÁRIA
Definindo Antropologia:
Você sabe o que é Antropologia?
H| v|rias definições desta palavra: “É a ciência natural cujo objeto é o estudo
e a classificaç~o dos caracteres físicos dos grupos humanos”. Krober a define
como “a ciência dos grupos humanos, seu comportamento e as suas
produções”. H| quem diga que é “a ciência da cultura humana”. Em linhas
gerais, “Antropologia é o estudo do ser humano”.
A Antropologia abrange uma esfera de estudo muito ampla. Divide – se em
duas grandes áreas: Antropologia Física e Antropologia Cultural.
Antropologia Física:
É o seguimento da Antropologia que estuda os primatas, a genética, a
evolução, as mudanças do corpo e as descrições das características dos
povos.
A Antropologia Física, no estudo da espécie humana, registra a evolução e a
diferenciação dos tipos raciais. A raça humana pode ser dividida em três
grupos étnicos principais: negróide, mongolóide e causóide. Para uma
investigação exata dos tipos raciais e sua classificação desenvolveu–se uma
técnica de mensuração. No que diz respeito à aplicação dessa técnica ao
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esqueleto e ao homem vivo, usa – se também o termo Antropometria.
O estudo do homem fóssil ou pré – histórico representa uma especialização
paleontológica no vasto no campo da Antropologia Física.
Antropologia Cultural:
É o seguimento da Antropologia que estuda as culturas pré – históricas, a
etnologia, o folclore, a organização social, a cultura e a personalidade, a
aculturação e a aplicação da Antropologia aos problemas humanos.
Na análise dos modelos padrões de vida e do comportamento humano nas
diversas culturas, o antropólogo deve procurar respostas para três
perguntas principais:
1º) Quais as funções dos vários aspectos duma cultura, isto é, comida, abrigo,
transporte, organização da família, crenças religiosas, línguas, valores, etc.?
2º) O que faz um membro de uma sociedade agir como age? Em outras
palavras, por que todos não agem da mesma maneira? Quais são as normas
que determinam a conduta dos membros de uma sociedade?
3º) Quais os fatores que determinam a conservação de certos aspectos
culturais e a substituição de outros com o decorrer do tempo?
Como podemos perceber, não é suficiente apenas analisar os tipos de
vestimenta ou comida de um povo, mas precisamos analisar também quem
usa esta ou aquela roupa e porque a usa.
O que a Antropologia nos Ensina?
A Antropologia tem feito muitas contribuições ao conhecimento de nós
mesmos e de outros seres humanos. Podemos resumir algumas dessas
contribuições básicas da seguinte maneira:
A) O comportamento humano não é ilógico ou efetuado ao acaso, mas segue
modelos culturais definidos;
B) As partes que formam o padrão de comportamento de uma cultura são
interligados; e C) A maneira como os diferentes povos seguem e pensam
pode tomar formas bastante variadas de cultura para cultura.
“Pede – me, e eu te darei as nações por herança e as extremidades da Terra
por tua possess~o”. (Sl 2.8)
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A cultura e suas Divisões:
Relembremos a definição de Cultura, segundo o dicionário Aurélio: Cultura é
“o complexo de comportamento, das crenças, das instituições e doutros
valores espirituais e materiais transmitidos coletivamente e característicos
de uma sociedade”.
Há muitas partes da nossa cultura que supomos serem tão lógicas, tão
naturais e até mesmo universais, que nem estamos conscientes delas,
realizando – as automaticamente. Devemos, todavia, lembrarmo – nos de que
outros povos têm diferentes maneiras, (e às vezes bem diferentes!) de
considerar um mesmo assunto. Podemos classificar a cultura em diferentes
seguimentos:
Cultura – a) material; b) social; c) religiosa; d) linguística; e) estética; f)
musical; g) artística; h) etc.
É interessante traçarmos um paralelo entre estes seguimentos da Cultura
para analisa – los cuidadosamente. Vejamos alguns casos
A Cultura Material em Relação à Cultura Social:
O dinheiro e a riqueza são desejados pelo homem, não só porque possuem
valor em si, mas também porque proporcionam um status diferente diante
de uma sociedade.
Um homem rico é um homem importante, respeitado. A riqueza proporciona
segurança, poder e prestígio (a não ser se foi adquirida de forma ilícita!)
A tendência natural do homem de querer possuir tal status produz uma
influência inevitável da cultura material sobre a cultura social. Veja que
exemplo interessante, de um fato ocorrido entre os índios do Canadá.
Na tribo dos índios “Atapascam”, no norte do Canad|, antigamente, quando o
clima era muito frio e a vida, consequentemente, muito difícil, uma mulher
tinha dois ou três maridos. A escassez de alimentos e a difícil economia não
proporcionavam condições para um homem sustentar numa pessoa e a
respectiva prole. Mas aconteceu um fato que mudou radicalmente este
sistema. Os homens daquela tribo adquiriram espingardas, e se tornou bem
mais fácil conseguir caça. Então podiam matar animais maiores, e houve
abundância de alimentos. A partir de então, os homens podiam sustentar
suas respectivas famílias e eles é que passaram a ter duas ou três esposas.
Concluindo, a espingarda, que é um bom material, mudou a cultura social.
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A Cultura Material em Relação à Cultura Religiosa:
A influência do material é forte, até mesmo na vida religiosa. Isso nos traz
mais uma vez à revelação da verdadeira essência da natureza humana.
Na Suíça (o “Banco do Mundo”), eles dizem n~o “precisar” de Deus, afinal, têm
uma economia estabilizada, etc... Já, no Brasil, muitos vão aos centros
espíritas com o propósito de conseguir êxito nos negócios ou mesmo para
ganhar na Loteria Papa –tudo, Tele – Sena, etc., e quiçá, num jogo de futebol.
A razão dessa procura religiosa é meramente econômica!
Em contrapartida, observamos que pessoas que possuem poucos recursos
financeiros, ou que já tiveram muito e perderam tudo, são mais abertas para
uma experiência genuinamente religiosa.
A Cultura Material e a Missão Cristã:
Nós sabemos que Deus está interessado no indivíduo inteiro, tanto na sua
parte espiritual como na física. No entanto, acontece que, não poucas vezes,
temos separado estas duas partes essenciais do ser humano, pensando que
Deus só está interessado na parte espiritual. Essa não é a mensagem que a
Bíblia nos transmite. Vemos em toda a Palavra de Deus a importância que é
dada ao homem total. Por isso, é dever das missões transmitir essa
mensagem, de um modo que penetre na vida toda do homem e da sociedade.
Uma segunda razão por que deve ser assim, é o fato comprovado de que a
cultura de um homem convertido vai mudando e melhorando dentro do seu
pensamento e da sua sociedade.
O missionário tem o dever de levar o homem à expressão mais perfeita
possível de sua fé em Jesus Cristo, numa nova vida nele. Os costumes e a
Cultura do missionário são irrelevantes e sem sentido para um homem de
outra cultura, mas o missionário, mesmo assim, deve ajudar o novo homem
em Cristo e avaliar sua vida e buscar uma expressão certa do Cristianismo. O
Espírito Santo e um estudo profundo da Bíblia, mostrarão o que os novos
cristãos devem rejeitar e o que devem reter e/ou melhorar para a glória de
Deus, na sua própria cultura.
A cultura não é simplesmente um aglomerado de traços e características,
nem tão pouco um amontoado de conhecimentos. Cada parte distinta da
cultura se interliga às demais de forma que resulta num funcionamento
sistemático da sociedade – a sociedade organizada.
O poder salvador do Evangelho manifesta – se pelas boas obras e não pelos
costumes, especialmente numa experiência transcultural. Acima de tudo,
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está o amor, que deverá ser expresso de maneira prática e convincente, o
único meio de atrair homens para Cristo.
Pense nisso, caro aluno: se você diz para alguém (de qualquer cultura que
seja!), que Jesus salva, o seu interlocutor quererá saber como e quererá
provas disso na sua própria vida.
“... e entoavam um novo c}ntico, dizendo: Digno é de tomar o livro e de abrir
– lhes os selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus,
os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação, e para o nosso Deus os
constituíste reino e sacerdotes; e reinar~o sobre a terra.” (Ap 5.9,10)
O Problema do Relativismo Cultural:
Em decorrência dos estudos antropológicos efetuados até o momento
presente, alguns antropólogos est~o dizendo que h| relativismo cultural. “Se
os esquimós matam os velhos que não podem mais trabalhar, por que não
fazer o mesmo também?” “Se pode haver liberdade sexual em algumas tribos
da África, por que não podemos tê-la também?” “Tudo é relativo”.
A Bíblia tem muito a dizer sobre isso. Deus conhece os diferentes valores de
cada cultura. Ele reconhece também as oportunidades de casa povo, a
revelação que este tem recebido de Deus. Ele mesmo se revela de diferentes
maneiras, em diferentes culturais.
Sobre isso, Don Richardson fala em seu livro “O Fator Melquisedeque”.
Recomendo – o para sua leitura!
Em Lc 12.48 também se diz: “Mas o que n~o a soube, e fez coisas dignas de
açoites, com poucos açoites será castigado”. “A qualquer que muito foi dado,
muito se lhe pedir|, e ao que muito se lhe confiou muito mais se lhe pedir|”.
Paulo também sabia que os valores de cada cultura eram diferentes e que
alguns costumes eram relativos e outros não (I Co 16.3). Ele exigiu que
Timóteo se circuncidasse (At. 16.3) e deixou Tito sem circuncisão (Gl 2.3).
Não foi incoerência na conduta do apóstolo, mas um reconhecimento bíblico
de que há níveis de valores de uma cultura para outra e mesmo dentro de
uma mesma cultura.
A Bíblia deixa muitos costumes e regras em aberto para que a própria
pessoa, dentro da sua respectiva cultura, escolha, escolha o melhor. Outros
mandamentos são fixos para todas as pessoas na face da Terra. A Bíblia diz
que não podemos matar, nem por atos nem por pensamento. Em todas as
culturas isto é pecado (mesmo na dos esquimós!). A Bíblia também proíbe a
vaidade, que é um sentimento íntimo manifesto de maneiras diferentes em
cada cultura. E assim por diante. Há outros atos que são meros costumes
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(como maneira de se vestir – que varia de cultura para cultura – de se saudar,
etc.) e, portanto, são deixados à livre decisão de cada um, dentro do seu
“padr~o cultural”, sem que a Bíblia os regulamente.
Talvez o discernimento sobre estas coisas seja uma das tarefas mais
importantes e difíceis do missionário. Por isso ele tem de, em primeiro lugar,
conhecer profundamente a Bíblia e o que ela realmente ensina sobre tais
coisas. Ele tem de conhecer também a sua própria cultura para poder
compreender as razões básicas das suas próprias reações e pensamentos.
Além disso, ele tem de conhecer de maneira “êmica” (isto é, de dentro da
cultura–não de fora) a cultura dentro da qual vai trabalhar, para poder
transmitir o verdadeiro ensino da Palavra de Deus, separando – o das
práticas da sua própria cultura.
Temos de levar a Palavra de Deus aos outros povos, não a nossa cultura e nossos costumes!
Definições Importantes:
Há algumas definições que nos ajudam a melhor entendermos a matéria:
A) Povo: Povo é o conjunto de indivíduos sujeitos às mesmas leis;
B) País: É o território ocupado por uma determinada população. É o espaço
geográfico que uma população habita.
C) Estado: É “uma sociedade organizada sob a forma de governantes e
governados, com território delimitado e dispondo de poder próprio para
promover o bem de seus membros, isto é, o bem público”.
D) População: Sentido quantitativo; abrange todos os que residem num
território, além da chamada “populaç~o flutuante”, isto é, pessoas que est~o
de passagem pelo país, ou que nele reside temporariamente.
E) Nação: É o povo socialmente organizado e consciente de seus objetivos
comuns. É o povo e o conjunto de suas instituições sociais, línguas, usos e
costumes.
F) Pátria: É o país onde nascemos e ao qual estamos emocionalmente ligados.
Tudo o que vimos até agora são definições da Sociologia. Mas ainda falta
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definir um termo muito importante: Povo não alcançado ou “inalcançado”.
Também s~o empregados os termos, “povo – fronteiriço”, ou “povo –
escondido”.
Esta terminologia serve para designar um povo etnolinguístico sem
nenhuma comunidade nativa de cristãos com número e recursos suficientes
para evangelizar seu próprio povo sem nenhuma assistência externa
(transcultural).
Segundo os pesquisadores, existem cerca de, 11.286 grupos étnicos, ou seja,
povos, na Terra. E a Bíblia diz que o Evangelho precisa ser pregado a cada um
deles!...
“Os Três Mundos”:
MUNDO A: Não Evangelizado – 1%:
São nações e povos no mundo menos evangelizado. Aquelas nações e povos
que são menos de 50% evangelizados.
MUNDO B: Não Cristão, porém Evangelizado – 8,5%:
São nações e povos no mundo não cristão evangelizado. Aquelas nações que
são mais de 50%$ evangelizadas e menos de 60% cristãos.
MUNDO C: Mundo Cristão (incluindo nominais) – 90,1%
São nações e povos no mundo cristão. Aquelas nações e povos que são mais
do que 60% cristãos professos. Isto inclui todos os cristãos nominais e
filiados de todas as tradições eclesiológicas e não somente os protestantes.
A grande maioria dos países do Mundo A, estão na Janela 10/40!
Tradução da Bíblia – Um Grande Desafio!...
Segundo os pesquisadores, existem no Planeta cerca de, 6528 línguas.
4% – Cerca de, 276 possuem a Bíblia Inteira.
10% – Cerca de, 676 possuem o Novo Testamento.
19% – Cerca de, 1199 possuem Porções da Bíblia.
5% – Cerca de, 336 são línguas quase extintas.
62% – Cerca de, 4041 não possuem nem um versículo da Bíblia traduzido!
Umas grandes partes destas línguas são de países da Janela 10/40.
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Dos 24.000 povos do Mundo, cerca de 12.000 ainda são povos não
alcançados. Uma grande parte também está na Janela 10/40. .4) Pesquisa
para o Aluno:
Inicialmente pensei em inserir neste trabalho a maior quantidade de
detalhes possíveis sobre a Janela, todavia, deixo como Proposta de Pesquisa
para o Aluno esta tarefa.
Quero sugerir uma pesquisa sobre:
A) Os blocos religiosos da Janela 10/40; (falando sobre cada um deles
distintamente);
B) Quais grupos étnicos encontrados na Janela;
C) Relaç~o de Países que a compõem. Quais os “fechados”, quais os
“restritos”;
D) Estatísticas, dados complementares, etc.;
E) Estratégias de Evangelização da Janela;
F) Línguas que Possuem a Bíblia; e
G) Localizar num Mapa Mundi o “Ret}ngulo” da Janela.
Outras questões devem ser abordadas.
O aluno deve lembrar – se sempre que “quanto mais s|bio foi o pregador,
tanto mais sabedoria ensinou ao povo” (Ec 12.9).
PARTE FINAL – CONCLUSÃO:
Este trabalho não é a última palavra em Missiologia. Não era propósito meu
encerrar o assunto sobre o tema proposto com esta simples apostila.
Sei que muito mais poderia ter sido apresentado. Todavia, quero crer que os
assuntos aqui tratados, serviram para a sua formação teológica, bem como,
para a sua vida de um modo geral.
Agora, resta – lhe apenas dizer como os missionários Pedro e João: “O que
temos visto e ouvido, isto vos anunciamos”. “E quão formosos são os pés dos
que anunciam boas – novas”...
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BIBLIOGRAFIA:
A Bíblia Sagrada:
Versões: ARA; ARC; THOMPSON; e BEP
Patê, Larry. Missiologia. São Paulo, SP: Editora Vida, 1994, 2ª ed.
Burns, Bárbara, Azevedo, Décio de, e Carminati, Paulo Barbero F. de; baseado
na Obra de: Nida, Eugene A.
Costumes e Culturas – Uma Introdução à Antropologia Missionária. São
Paulo, SP: Vida Nova, 1995, 2ª ed.
Hoover, Thomas Reginaldo. Missões – O Ide Levado a Sério. Rio de Janeiro, RJ:
Edições CPAD, 1993, 1ª ed.
Queiroz, Édison, A Igreja Local e Missões São Paulo, SP. Vida Nova, 1991, ed.
Richardson, Don. O Fator Melquisedeque. São Paulo, SP: Vida Nova, 1991, 3ª
ed.
Apostilas do Curso de Missões por Correspondência da EMAD – Escola de
Missões das Assembléias de Deus, Rio de Janeiro, RJ.
Estudos Bíblicos Missionários da JMM – Junta de Missões Mundiais, Rio de
Janeiro, RJ.
EDIPE – Enciclopédia Didática de Informação e Pesquisa Educacional. São
Paulo,SP: Editora Iracema, 1687 3ª ed.
Johnstone, Patrick. Intercessão Mundial. Contagem, Minas Gerais.
Alencar, David. O Ciclo de Vida de Uma Igreja Missionária. São Paulo, SP.
INSTITUTO BÍBLICO RESTAURAR-DIRETOR GILBERTO SOUZA
40
ENDEREÇO: RUA BOA ESPERANÇA N° 68, CHÁCARA PARREIRAL-SERRA-ESPÍRITO SANTO-BRASIL.
Pr. Gilberto de Souza
BIOGRAFIA
NASCEU EM 02 DE JANEIRO DE 1975, NA CIDADE DE COLATINA, ESPÍRITO SANTO-
BRASIL, DE FAMÍLIA SIMPLÓRIA, SEM CULTURA, SEM TRADIÇÃO, MAS HONESTA.
CONHECEU O EVANGELHO COM 09 ANOS DE IDADE, FOI O PRIMEIRO ENTRE AS DUAS
FAMÍLIAS A ACEITAR A CRISTO COMO SEU SALVADOR.
CASADO COM CREUSIMAR CAETANO SILVA DE SOUZA.
PAI DE DOIS FILHOS: DAVID DE SOUZA E CAREN EDUARDA DE SOUZA.
ESTUDANTE DE JUDAÍSMO E CIÊNCIA DA RELIGIÃO.
CURSO DE LIDERANÇA: SENAC (ESPECIALIZAÇÃO-TECNICAS DE CHEFIA E
LIDERANÇA-SECULAR)
CURSO ESPECIALIZADO LIDERANÇA CRISTÃ CPAD- RJ
CAPELÃO: FORMADO EM CAPELANIA PELA INSTITUIÇÃO CAFEBI CAPELANIA
FEDERAL BRASILEIRA E INTERNACIONAL. R-J
CURSOS: CAPELÃO BÁSICO, CAPELÃO SÊNIOR E CAPELÃO INTERNACIONAL.
(DEFINIÇÃO: AUTORIDADE ECLESIÁSTICA, FACULTADO PELAS LEIS; FEDERAL N°
7672/88 art.5°; ESTADUAL N° 5018/95 e 5715/95; e MUNICIPAL N° 3661/2003)
EDUCADOR DE ENSINO RELIGIOSO: COM DEZOITO ANOS DE MINISTÉRIO E ESTUDO
DA BÍBLIA SAGRADA, EXEGETA COM ALTO NÍVEL DE INTERPRETAÇÃO,
DISCERNIMENTO, REVELAÇÃO E CONHECIMENTO BÍBLICO.
FUNDADOR E DIRETOR DE O INSTITUTO BÍBLICO RESTAURAR