MISSÃO ARTÍSTICA FRANCESA

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAO, CINCIA E TECNOLOGIA DISCIPLINA: HISTRIA DA ARTE

VIRGNIA LOPES DE LEMOS

C ONTEXTO H ISTRICO

1808: Mudana da famlia real para o Brasil. Brasil: semi-feudal. Europa (corte portuguesa): efervescncia cultural e cientfica.

Expulso dos jesutas.

Academia Imperial de Belas Artes, fundada por Joo VI de Portugal em 12 de agosto de 1816, antiga Escola Real de Cincias, Artes e Ofcios. Foi demolida em 1938.Fotografia de 1891.

1816: Escola Real de Cincias, Artes e Ofcios (Academia Imperial de Belas Artes 1826). Colnia Lebreton: grupo que revolucionou as artes na corte tropical do Rio de Janeiro.

Jean Baptiste Debret (1768-1848) pintor histrico Nicolas-Antoine Taunay (1755-1830) pintor de

paisagens e de batalhasAuguste Henri Victor Grandjean de Montigny (17761850) arquiteto Auguste Marie Taunay (1768-1824) escultor, irmo de Nicolas-Antoine. Flix-mile Taunay (1795 1881), filho mais velho de Nicolas-Antoine. Importante papel na Academia. Tambm veio com o grupo.

Entre outros, totalizando 19 pessoas.

FAMLIA TAUNAYPrimeira gerao: Nicolas-Antoine Taunay e August-Marie Taunay Segunda gerao:

Flix-mile Taunay: filho mais velho de NicolasAntoine. Adrien-Aim Taunay: filho novo velho de Nicolas-Antoine.

Nicolas-Antoine Taunay Paris, 1755 Paris, 1830

Autorretrato

M ORRO

DE

S ANTO A NTNIO , 1 8 1 6 - TAUNAY

L ARGO DA C ARIOCA ( 1 8 1 6 ) ,

V I S TA D O O U T E I R O , P R A I A E I G R E J A D A G L R I A ( 1 8 1 7 ) ,

M O I S S S A LV O D A S G U A S ( 1 8 2 7 )

Escultor; Professor de escultura da Academia de Belas Artes.

Busto de Cames. Bronze

Pintor, professor, escritor, poeta e tradutor; Por volta de 1821, faz desenhos e aquarelas que constituem o primeiro Panorama do Rio de Janeiro;

Sucede ao pai na cadeira de pintura de paisagem daAcademia Imperial de Belas Artes; Em 1834 substitui Henrique Jos da Silva na diretoria

da Academia. responsvel pelo incio daconsolidao do ensino artstico no Brasil, segundo as normas idealizadas pelos artistas da Misso Francesa;

Flix Taunay retratado por seu pai, Nicolas Taunay.

Participou, dos projetos de saneamento e urbanizao da cidade do Rio de Janeiro.

Mata Reduzida a Carvo, 1830

Lagoa Rodrigo de Freitas, 1828

Lagoa Rodrigo de Freitas , 1828

Ilha das Cobras e as obras no cais do Mineiros , s.d.

Vista da Me Dgua, 1850

Nasceu em Paris, em 1803 e morreu emVila Bela de Mato Grosso, 1828.

Pintor e desenhista.Acompanhou misses cientficas por

vrios anos em muitos pases.

o Jean-Baptiste Debret (Paris, 1768

Paris, 1848)o Pintor e desenhista. o Organizou as duas primeiras

exposies de arte do Brasil: 1829 e 1830.

Jean-Baptiste Debret: auto-retrato publicado em Viagem pitoresca ao Brasil (1834)

V IAGEM P ITORESCACaador de escravos, c. 1820-1830

E

H ISTRICA

AO

B RASIL

Caador de escravos (detalhe)

Autorretrato em aquarela, numa estalagem (1816).

Debret. Neros e Mulatos Coletando Esmolas para irmandades. Viagem Pitoresca e Histrica ao Brasil. 1834.

Jean-Baptiste Debret: guerreiro indgena a cavalo.

Castigo de escravo.

Dom Joo VI

Interior de uma casa cigana (Janeiro de 1820)

Pequeno moinho de acar (1822),

Segundo casamento de D. Pedro I, 1829

Famlia de Botocudos em marcha (1834 )

Coroao de D. Pedro I

Negociantes paulistas de cavalos

Negra vendendo caju, 1827

Lavadeiras beira-rio

Ponte Santa Ifignia (1827)

Desembarque da princesa Leopoldina, 1817

Presena da Misso Francesa na Arquitetura

Abandono do Barroco; Desenvolvimento do estilo Neoclssico.

Auguste Henri Victor Grandjean de Montigny (Paris, 1776 Rio de janeiro, 1850).

Grandjean de Montigny. Por Augusto Mler. 1843

Grandjean de Montigny. Solar da Baronesa.

Fachada da Academia Imperial de Belas-Artes

Casa da Moeda (atual Casa Frana - Brasil)

Projeto da Catedral de So Pedro de Alcntara (fachada), s.d. nanquim e aquarela sobre papel

Projeto de um Edifcio Munumental Dedicado s Artes e s Cincias [corte] , s.d. bico-de-pena, aguada de nanquim e aquarela sobre papel colado em cartolina

Colonialismo. Modernizao do Rio de Janeiro. Comrcio com a Ingraterra. Plantio do caf.

Destaque para:

Manuel Jos de Arajo Porto-AlegreJos Maria Jacinto Rebelo August Mler Agostinho Jos da Mota

O S FRUTOS DA MISSO

Rio Pardo, 1806

Lisboa, 1879. Escritor do romantismo, pintor, caricaturista, arquiteto, crtico e historiador de arte, professor e diplomata.

Manuel de Arajo Porto-alegre, Ferdinand Krumholz, 1848

Dom Pedro I, 1826

Selva brasileira, 1850.

Estudo para painel decorativo, 1851

Piet

Nasceu no Rio de Janeiro em 1821. Morreu na mesma cidade em 1871.

Foi arquiteto e engenheiro militar.

Palcio Imperial de Petrpolis

Fachada neoclssica (1855) do Palcio do Itamaraty.

Baden, Alemanha, 1815 Rio de Janeiro, data de morte desconhecida. Imigrante alemo, chegou ao Brasil ainda criana, matriculou-se em 1829 na Academia Imperial de Belas Artes, tendo sido um destacado discpulos de Debret. Pintura histrica e retratismo.

Retrato da baronesa de Vassouras, s/d

Retrato de Manoel Correia dos Santos, 1839

Rio de Janeiro, 18 de junho de 1824 21 de agosto de 1878. Foi pintor, desenhista e professor. Matriculou-se em 1837 na Academia Imperial de Belas-Artes. Foi o precursor no Brasil da pintura ao ar livre.

A fbrica do Baro de Capanema, 1862

Flores, 1873

Frutas-do-conde

Natureza morta

Frutas Tropicais leo s/tela, 1860

Retrato de Homem, 1857

Retrato de Mulher, 1857

N. S. do Desterro, atual Florianpolis, 1832. Pintor, desenhista e professor. Frequentou a Academia Imperial de Belas Artes, no Rio de Janeiro. Quadros panoramas. histricos, retratos,

Pintou a mais popular das telas brasileiras, "Primeira Missa no Brasil",Faleceu no Rio de Janeiro em 1903.

A primeira missa no Brasil, 1861

O combate naval do Riachuelo, 1882-83

Batalha de Guararapes, 1879

Moema, 1866

A passagem de Humait, 1886

Rio de Janeiro, 1790 Pintor, desenhista,

Rio de Janeiro, 1831.

decorador, cengrafo,

dourador e estucador. Foi do primeiro grupo de alunos de Debret.

As alegorias dos Quatro Continentes - 1827 frica

Amrica

sia

Europa

Alemo, viajou por todo o Brasil durante 1822 e 1825. Retratou povos e costumes. De famlia de artistas, integrou a misso do baro de Georg Heinrich von Langsdorff. Permaneceu no Brasil trs anos.

Roupas tpicas do Rio de Janeiro, 1823

Arte botnica; Detalhou tipos humanos e espcies

vegetais e sua relao na paisagem.; Sua temtica era predominantemente

paisagstica e de representao decenas do cotidiano.

Negro e negra em uma fazenda

Navio negreiro

Capito do mato, 1823

Habitao de Negros

ndios Puris

ndios Coroatos e Coropos

Escravos provenientes de Cabinda, Quiloa, Robolo e Mina

Escravos provenientes de Benguela, Luanda, Congo e Monjolo

Capoeira, 1835

Estudou na Academia Imperial de

Belas Artes, no Rio de Janeiro. Foi tambm professor dessa Academia. Escola de Belas Artes de Paris. Temas bblicos e quadros histricos.

Batalha do Ava, 1877

Paisagem, 1871

A carioca - 1882

Tiradentes Esquartejado, 1893

Fala do trono, 1873

Judith rende graas a Jeov - 1880

Libertao dos Escravos, 1889

Batalha de Campo Grande - 1871

F IM

DO SCULO

XIX

Grande crescimento do Rio de Janeiro; Substituio do acar pelo caf;

Estabilidade poltica;D. Pedro II: incentivo das artes, literatura e cincias. Premiava os artistas com viagem Europa; Guerra do Paraguai (1864 1870): temas hericos e glorificao do Imprio.

So Paulo: enriquecimento com o caf

depois de 1850.

No houve o estilo Neoclssico. Passou

da taipa caipira direto para o ecletismo.

Fazendas de caf. Residncias urbanas dos cafeeiros: eclticas

O ECLETISMO NO BRASIL

Movimento arquitetnico de meados do sculo XIX at as primeiras dcadas do sculo XX. a mistura de estilos arquitetnicos do passado para a criao de uma nova linguagem arquitetnica. Combinaes de elementos das arquiteturas clssica, medieval, renascentista, barroca e neoclssica. Se desenvolveu com ntima relao com a arquitetura historicista (neogtico, neorromnico, neorrenascena, neobarroco, neoclssico etc.).

Novos avanos da engenharia dosculo XIX: construes com estruturas

de ferro forjado.Principais caractersticas:Simetria;Grandiosidade; Rigorosa internos; Riqueza decorativa. hierarquizao dos espaos

ACADEMICISMO

Estao da Luz, SP

Estao da Luz, 1900

Estao da Luz - Torre do Relgio

Casaro dos Assumpo, Pelotas (RS)

Grande Hotel, Pelotas

Antigo Banco Pelotense

Reitoria da Universidade Catlica de Pelotas (UFPEL)

Mercado Pblico direita e a Secretaria de Finanas ao fundo

Catedral So Francisco de Paula, Pelotas

Asilo de Mendigos

Casa da Criana So Francisco de Paula, Pelotas

1851 1928 Engenheiro, arquiteto, administrador, empreendedor e professor.

Pinacoteca do Estado de So Paulo

Ecltico erudito:

Feito por estrangeiros.Ecltico popular:

Feito por mestres-de-obras.Ciclo da borracha: Norte do pas.

Palcio Rio Negro, Manaus

Interior do Palcio Rio Negro

Teatro Amazonas, Manaus (1898)

Teatro Amazonas, Manaus (1898)

Alfndega do Porto de Manaus

Alfndega

Mercado Municipal Adolpho Lisboa

E STILOS A RQUITETNICOS

Art Nouveau: So Paulo, Rio de Janeiro e Manaus. Neocolonial: foi a mais tardia manifestao do Ecletismo (perodo da primeira guerra mundial).

Belle poque: 1889 (Proclamao da repblica). Realismo burgus: pretendiam retomar a tradio antiga. Tema: religioso e alegrico e retratos em esprito burgus. Formas realistas, situaes ideais.

BELLE POQUE

Movimentos estticos do perodo Belle poque: Realismo, Impressionismo, Simbolismo, Pontilhismo e Art Nouveau. Art nouveau: reao ao emprego abusivo na arte de motivos clssicos. Ornamentos, cores vivas e curvas sinuosas. Arte decorativa: Fachadas de edifcios, objetos de decorao (mveis, portes, vasos), jias, vitrais e azulejos.

poca de profundas mudanas: novas tecnologias como o telefone, o telgrafo sem fio, o cinema, a bicicleta, o automvel, o avio.

Almeida Jnior Rodolfo Amoedo

Henrique BernardelliAntnio Parreiras Eliseu Visconti Luclio Albuquerque Georgina Albuquerque

Alvim Correia

Pintor e desenhista; Precursor da abordagem de temtica regionalista: cultura caipira; Realista.

Pincelada grossa, ao estilo deCoubert.Autorretrato, 1878

O Derrubador Brasileiro, 1879

Caipira Picando Fumo, 1893

Caipira Picando Fumo, 1893

Saudade, 1899

O descanso do modelo, 1882

O importuno, 1882

Salvador, 1857 Rio de Janeiro, 1941 Foi pintor e decorador. Liceu de Artes e Ofcios do Rio de Janeiro, onde foi aluno de Vtor Meirelles. Academia Imperial de Belas Artes. Foi professor e vice-diretor da Escola Nacional de Belas Artes. Foi professor de Luclio de Albuquerque, Eliseu Visconti e Candido Portinari.

O ltimo Tamoio (1883)

Rodolfo Amoedo

1857 Rio de Janeiro, de 1936 Academia Imperial de Belas Artes; Professor de pintura na Escola Nacional de Belas Artes.

Henrique ( esquerda) e Rodolfo Bernardelli

Maternidade

Paisagem de Ouro Preto

Marechal Deodoro

Messalina, 1878-1886

Trptico Ministrio da Aviao

Pintor, desenhista e ilustrador.O pintor Antonio Diogo da Silva Parreiras nasceu em 20 de janeiro de 1860 em Niteri. Deixou cedo os estudos para exercer diversas atividades comerciais burocrticas. Iniciou sua formao artstica na Academia Imperial de Belas Artes, em 1883, aos 23 anos, j casado com Quirina Ramalho. Na Academia foi aluno de Georg Grimm, pintor alemo que inovou os mtodos de ensino acadmico, estimulando os seus alunos a compreender o paisagismo como uma pintura realizada exclusivamente ao ar livre, contrariando o mtodo formal.

Ventania

Conquista do Amazonas, 1907

Marinha, 1905

Tormenta, 1905

Iracema, 1909

Dolorida, 1911

rvore morta, 1936

1866 1944

- Pintor e designer. - Liceu de Artes e Ofcios. - Academia Imperial de Belas Artes. - Introdutor do artnoveau nas artes grficas no Brasil. - Desenhou selos, cermicas, tecidos, papis de parede, cartazes e luminrias.

Tcnicas e influncias naturalistas, renascentistas, realistas, pontilhistas, impressionistas e neorrealistas.

AUTORRETRATO

GIOVENT 1898 0,65 X 0,49

ORADAS 1899

RETRATO DE NICOLINA VAZ 1905

JARDIM DE LUXEMBURGO - 1905

VISCONTI COM O PANO DE BOCA NO ATELIER EM PARIS 1907

PANO DE BOCA DO THEATRO MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO A INFLUNCIA DAS ARTES SOBRE A CIVILIZAO 1908

Eliseu Visconti Bailarinas e fauno, 1914

VISCONTI SUBSTITUINDO O FRISO SOBRE O PROSCNIO EM 1935

BAILARINAS E BEETHOVEN-CARTO DE TRANSFERNCIA PARA O PANO DE BOCA CARVO SOBRE PAPEL

A ARTE -TRANSFERNCIA PARA O PANO DE BOCA DO THEATRO MUNICIPAL

TETO SOBRE A PLATIA DO THEATRO MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO

TETO SOBRE A PLATIA DO THEATRO MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO A DANA DAS HORAS - 1908

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