MINUTA - SEMAS | Secretaria de Estado de Meio Ambiente e ... · e avaliação de impactos...
-
Upload
nguyenthuan -
Category
Documents
-
view
213 -
download
0
Transcript of MINUTA - SEMAS | Secretaria de Estado de Meio Ambiente e ... · e avaliação de impactos...
Governo do Estado do Pará
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade
Diretoria de Licenciamento Ambiental
Coordenadoria de Infraestrutura, Fauna. Aquicultura e Pesca
Gerência de Projetos de Infraestrutura de Energia, Parcelamento do Solo e Saneamento
MINUTA
MINUTA DE TERMO DE REFERÊNCIA PARA A ELABORAÇÃO DE ESTUDO DE
IMPACTO AMBIENTAL (EIA) E DO RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL (RIMA),
OBJETIVANDO A IMPLANTAÇÃO DE USINA TERMELÉTRICA À GÁS NATURAL
LIQUEFEITO, TERMINAL DE REGASIFICAÇÃO E GASODUTO SUBTERRÂNEO EM
BARCARENA, ESTADO DO PARÁ.
MAIO / 2016
BELÉM-PA
Governo do Estado do Pará
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade
Diretoria de Licenciamento Ambiental
Coordenadoria de Infraestrutura, Fauna. Aquicultura e Pesca
Gerência de Projetos de Infraestrutura de Energia, Parcelamento do Solo e Saneamento
MINUTA
I INTRODUÇÃO
Este Termo de Referência tem como objetivo determinar os procedimentos e os critérios
complementares para a elaboração de Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e do Relatório de
Impacto Ambiental (RIMA), relativos à implantação da implantação de Usina Termelétrica à Gás
Natural Liquefeito, Terminal de Regaseificação e Gasoduto subterrâneo em Barcarena, estado do
Pará.
1 PROCEDIMENTOS DO LICENCIAMENTO
O processo de licenciamento ambiental do empreendimento deverá ser coordenado pela Secretaria
de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade - SEMAS/PA, conforme estabelecem as normas da
Política Estadual do Meio Ambiente, através da Lei nº n.º 5.887 de 09/05/95.
Ao Relatório de Impacto Ambiental – RIMA deverá ser dada publicidade, conforme exige a
Constituição Brasileira em seu artigo 225. Assim, durante o período de análise do EIA/RIMA
poderão ser realizadas audiências públicas, de acordo com o que estabelece a Resolução do
CONAMA nº 009/87.
2 DOCUMENTOS ADMINISTRATIVOS E JURÍDICOS
2.1. Requerimento padrão modelo SEMA, devidamente preenchido e autenticado;
2.2. Declaração de Informações Ambientais (DIA) modelo SEMA, autenticada;
2.3. Cópia da publicação do pedido de licenciamento ambiental no Diário Oficial do Estado (DOE)
e em periódico local de grande circulação, que deverá ser protocolada em até 30 (trinta) dias, a
contar do requerimento da licença ambiental;
2.4. Instrumento público ou particular de procuração, se for o caso, com respectiva cédula de
identidade (RG) e Cadastro de Pessoa Física (CPF) do procurador;
2.5. Cédula de identidade (RG) e Cadastro de Pessoa Física (CPF) do interessado;
2.6. Alvará de funcionamento emitido pela Prefeitura Municipal ou Certidão, declarando que o local
e o tipo de empreendimento estão em conformidade com a legislação aplicável ao uso e ocupação
do solo;
2.7. Cadastro Técnico de Atividade de Defesa Ambiental (CTDAM) e Anotação de
Responsabilidade Técnica (ART), ou documento similar emitido pelo Conselho de Classe, dos
Governo do Estado do Pará
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade
Diretoria de Licenciamento Ambiental
Coordenadoria de Infraestrutura, Fauna. Aquicultura e Pesca
Gerência de Projetos de Infraestrutura de Energia, Parcelamento do Solo e Saneamento
MINUTA
projetos e estudos apresentados;
2.8. Comprovante de pagamento de taxas de licença e de análise do processo de licenciamento
ambiental (DAE);
2.9. Registro comercial, no caso de empresa individual;
2.10. Ato constitutivo, estatuto ou contrato social em vigor, devidamente registrado, em se tratando
de sociedades comerciais, e, no caso de sociedades por ações, acompanhado de documentos de
eleição de seus administradores;
2.11. Inscrição do ato constitutivo, no caso de sociedades civis, acompanhada de prova de diretoria
em exercício;
2.12. Decreto de autorização, em se tratando de empresa ou sociedade estrangeira em
funcionamento no País, e ato de registro ou autorização para funcionamento expedido pelo órgão
competente, quando a atividade assim o exigir;
2.13. Comprovação de regularidade fundiária, se for o caso;
2.14. Prova de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) e prova de inscrição no
Cadastro de Contribuinte Estadual (IE); e
2.14. Prova de isenção de contribuição estadual, se for o caso.
II ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL
O Estudo de Impacto Ambiental (EIA) é um documento de natureza técnico-científica e
administrativa, que tem como finalidade avaliar os impactos ambientais gerados por
empreendimentos/atividades consideradas efetiva ou potencialmente causadoras de significativa
degradação do meio ambiente e propor medidas de controle ambiental para os aspectos ambientais
significativos e medidas mitigadoras para os impactos ambientais adversos significativos,
garantindo assim o uso sustentável dos recursos naturais.
Este estudo tem como finalidade realizar o levantamento dos meios físico, biótico e socioeconômico
da área de influência direta e indireta da Usina Termelétrica à Gás Natural Liquefeito, Terminal de
Regaseificação e Gasoduto subterrâneo em Barcarena, estado do Pará., quantificando e qualificando
todas as fontes geradoras de potenciais impactos significativos nos meios biótico, físico e
socioeconômico e cultural, decorrentes do empreendimento em todas as suas fases - planejamento,
Governo do Estado do Pará
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade
Diretoria de Licenciamento Ambiental
Coordenadoria de Infraestrutura, Fauna. Aquicultura e Pesca
Gerência de Projetos de Infraestrutura de Energia, Parcelamento do Solo e Saneamento
MINUTA
MINUTA
implantação e operação.
O estudo deverá explicitar as ações de monitoramento do desempenho dos sistemas e
procedimentos de controle ou de mitigação ambiental a serem implementados.
O EIA deverá ser desenvolvido considerando as abordagens técnicas e metodológicas apresentadas
a seguir.
1 METODOLOGIA
A. Apresentação dos limites da área geográfica a ser direta e indiretamente afetada pelos impactos,
denominada área de influência do empreendimento, devendo compreender:
- Área Diretamente Afetada (ADA): corresponde às áreas a serem ocupadas pelo
empreendimento, incluindo-se aquelas destinadas à instalação da infra-estrutura
necessária à sua implantação e operação, bem como todas as demais áreas
“desafetadas” pelo empreendimento, ou seja, aquelas que terão sua função alterada;
áreas onde são gerados os aspectos ambientais inerentes ao empreendimento e que
pode receber impactos diretos ou indiretos associados a estes aspectos.
- Área de Influência Direta (AID): área de entorno imediato da ADA, cujo limite
deverá ser estabelecido em conformidade com as especificidades de cada
empreendimento, sendo a área que pode receber os impactos diretos decorrentes dos
aspectos ambientais gerados na ADA e/ou também impactos indiretos, incluindo-se
os decorrentes daqueles que ocorrem na ADA.
- Área de Influência Indireta (AII): área que envolve a AID, cujo limite deverá ser
estabelecido em conformidade com as especificidades de cada empreendimento, e
onde se refletirão os impactos indiretos decorrentes da AID.
B. Elaboração do diagnóstico ambiental dos meios físico, biótico e socioeconômico e cultural da
área de influência do projeto, contemplando suas inter-relações. O diagnóstico deverá ser
apresentado por tema específico, a partir do levantamento, organização, consolidação e análise
dos dados preexistentes, bem como através de procedimentos que propiciem o levantamento,
consolidação e análise de dados primários. Deverá ser apresentada a descrição da metodologia de
coleta, preservação e análise dos dados primários a serem coletados.
Governo do Estado do Pará
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade
Diretoria de Licenciamento Ambiental
Coordenadoria de Infraestrutura, Fauna. Aquicultura e Pesca
Gerência de Projetos de Infraestrutura de Energia, Parcelamento do Solo e Saneamento
MINUTA
C. Uma vez levantados os fatores ambientais (1) na área de influência, deverão ser identificados
aqueles com potencial para serem definidos como atributos ambientais relevantes (2), passíveis
de serem afetados pelo empreendimento em análise. Deverá ser realizado o detalhamento da
caracterização de tais atributos e das suas respectivas interações, caracterizando a situação
ambiental da área de influência, antes da implantação do empreendimento, englobando:
Os elementos susceptíveis de sofrer, direta ou indiretamente, efeitos significativos das
ações referentes às fases de planejamento, implantação, operação do empreendimento.
Mapeamento dos atributos em base cartográfica, com a área de influência devidamente
caracterizada, em escala compatível com o nível de detalhamento dos fatores
ambientais estudados.
D. Para cada atributo ambiental dos meios físico, biótico e socioeconômico e cultural, deverá ser
considerada uma área de abrangência específica, definida e caracterizada conforme a natureza de
cada aspecto ambiental, levando-se em consideração, também, a abrangência temporal dos
estudos.
E. Caracterização do meio socioeconômico e cultural considerando o histórico das relações entre o
homem e a natureza na região de influência e analisando, de forma dinâmica, as interações entre
os diversos grupos socioculturais ao longo do tempo, de forma a possibilitar o estabelecimento
de tendências e cenários.
F. Apresentação de cartas em escala adequada à finalidade específica. Para as áreas referentes às
obras de maior porte e para aquelas que apresentarem potenciais para serem caracterizadas como
de impactos ambientais significativos adversos, deverão ser elaboradas cartas em escala que
evidencie um maior detalhamento.
G. Construção de Matriz de Atributos Ambientais Relevantes caracterizando os elementos presentes
por tipologia de área de influência (ADA, AID, AII). Esta Matriz tem como objetivo propiciar a
consolidação dos atributos relevantes, evidenciando os cenários resultantes das interações destes
atributos.
H. Considerando os fluxogramas detalhados de atividades, processos e tarefas inerentes às fases de
planejamento, implantação e operação do empreendimento, descritos no item Caracterização do
Empreendimento, deverão ser identificados todos os elementos dos processos que possam
Governo do Estado do Pará
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade
Diretoria de Licenciamento Ambiental
Coordenadoria de Infraestrutura, Fauna. Aquicultura e Pesca
Gerência de Projetos de Infraestrutura de Energia, Parcelamento do Solo e Saneamento
MINUTA
interagir com o meio ambiente, os quais são definidos pela ISO 14.001 como aspectos
ambientais.
I. Na identificação dos aspectos ambientais deverão ser considerados os REAIS – inerentes à
atividade, processo ou tarefa, bem como os POTENCIAIS – associados a condições
excepcionais de ocorrência. Os aspectos ambientais REAIS deverão fundamentar a identificação
e avaliação de impactos ambientais e os aspectos ambientais POTENCIAIS deverão fundamentar
a elaboração da APP – Análise Preliminar de Perigos e a conseqüente Avaliação de Riscos.
J. Além dos fluxogramas específicos a Caracterização do Empreendimento deverá ser expressa em
forma de texto, descrevendo todas as fases do processo.
L. Com base na análise do resultado das interações dos aspectos ambientais do empreendimento
com a Matriz de Atributos Ambientais, identificar e avaliar os impactos ambientais associados,
caracterizando os significativos, e construir uma Matriz de Avaliação de impactos Ambientais
específica; os critérios estabelecidos para esta avaliação deverão estar identificados e justificados
no documento. Aos impactos ambientais significativos estarão associados aspectos ambientais
significativos.
M. O prognóstico ambiental deverá considerar as alternativas de localização, e deverá ser
constituído por um conjunto de cenários futuros, contendo características das fases de
planejamento, implantação e operação do empreendimento.
(1) Entende-se por fatores ambientais o conjunto de variáveis dos meios físico, biótico e
socioeconômico e cultural, que propiciam e fundamentam a caracterização da ADA, da AID e da
AII.
(2) Entende-se por atributos ambientais relevantes aqueles que compreendem os elementos dos
meios físico, biótico ou socioeconômico e cultural que possam exigir a adoção de procedimentos
específicos de proteção de uma determinada área ou região, ou que determinem restrições quanto
ao uso e ocupação de uma dada área, ou, ainda, que exijam condições especiais para abrigar a
implementação de empreendimentos na área específica ou no seu entorno. São exemplos de
atributos ambientais: a presença de lagos, lagoas, nascentes, corpos d`água em geral, cavidades
protegidas, patrimônio arqueológico, histórico e cultural, comunidades tradicionais, unidades de
conservação, notadamente aquelas de proteção ambiental, presença de espécies raras, endêmicas
ou em extinção, presença de biomas sob regime especial de proteção, existência de bacia aérea
Governo do Estado do Pará
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade
Diretoria de Licenciamento Ambiental
Coordenadoria de Infraestrutura, Fauna. Aquicultura e Pesca
Gerência de Projetos de Infraestrutura de Energia, Parcelamento do Solo e Saneamento
MINUTA
atípica, proximidade de núcleos urbanos, saturação da qualidade do ar, ou da água, conflito
quanto ao uso da água, e outros.
N. O prognóstico deverá contemplar a inserção regional do empreendimento, considerando a
proposição ou a existência de outros empreendimentos na região.
O. Uma vez identificados os impactos ambientais significativos deverá se proceder a análise e a
avaliação integrada desses impactos considerando as suas sinergias, de forma a subsidiar as
ações de controle, mitigação e compensação adequadas.
P. A partir do prognóstico, deverão ser identificadas as ações de controle, mitigação e compensação
e/ou potencialização apropriadas ao projeto do empreendimento, as quais deverão estar expressas
em programas ambientais específicos.
R. Os programas ambientais apresentados devem ser capazes de controlar os aspectos, mitigar e/ou
compensar os impactos adversos e potencializar os impactos positivos. Especial enfoque deverão
receber os Planos de Monitoramento.
T. Com base na Caracterização do Empreendimento, deverão ser identificados os perigos
intrínsecos, os quais, considerando-se a Matriz de Atributos Relevantes, propiciarão identificar
os respectivos riscos correspondentes, bem como a magnitude do potencial dano associado e a
probabilidade da ocorrência de eventos indesejáveis.
U. Esta análise será expressa em matriz de Avaliação de Riscos, cujas faixas de riscos deverão ser
estabelecidas com base em critérios identificados e justificados. A partir da classificação dos
riscos, deverão ser apresentadas as ações de prevenção da ocorrência de eventos indesejáveis,
bem como ações de atendimento às emergências, caso ocorram.
2 IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR
Deverão ser relacionados os dados da Usina Termelétrica à Gás Natural Liquefeito, do Terminal de
Regaseificação e do Gasoduto subterrâneo, conforme os itens descritos abaixo:
o Nome ou razão social;
o Número dos registros legais;
o Endereço completo;
o Telefone e fax;
Governo do Estado do Pará
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade
Diretoria de Licenciamento Ambiental
Coordenadoria de Infraestrutura, Fauna. Aquicultura e Pesca
Gerência de Projetos de Infraestrutura de Energia, Parcelamento do Solo e Saneamento
MINUTA
o Representantes legais (nome, CPF, endereço, fone, fax e e-mail);
o Pessoa de contato (nome, CPF, endereço, fone, fax e e-mail).
3 Dados Do Empreendimento_______________________________________________________
3.1 Histórico do Empreendimento
Neste tópico deverá ser feito um relato sumário do projeto, desde a sua concepção inicial até a
presente data, bem como da presença de empreendimentos similares na região de inserção do
empreendimento.
3.2 Informações Gerais
Identificar as operações unitárias principais, as operações unitárias auxiliares e as de controle da
qualidade ambiental, associadas ao empreendimento, as quais devem ser descritas de forma sucinta,
considerando-se a infra-estrutura necessária, a estimativa da área total da ADA, as alternativas de
fontes de abastecimento de água e energia, o layout, etc.
3.3 Objetivos:
Descrever os objetivos do empreendimento e sua relevância econômica, social e política, nas
esferas regional, estadual e nacional (quando couber).
3.4 Justificativas para o Empreendimento
A descrição do empreendimento deverá ser acompanhada de justificativas técnicas, locacionais,
econômicas, socioeconômicas e ambientais, conforme caracterizadas a seguir.
Técnicas: apresentação detalhada da tecnologia a ser implantada e das razões que
subsidiaram a sua escolha quando comparada a outras alternativas e à luz das
tecnologias consagradas internacionalmente, bem como das tendências internacionais.
Locacionais: apresentação das alternativas locacionais estudadas pelo empreendedor
para a seleção do local previsto para a implantação do empreendimento, levando-se
em consideração os aspectos técnicos, econômicos e ambientais e a consequente
justificativa da alternativa selecionada.
Econômicas: indicação do mercado a que se destina o produto, especificando-se os
Governo do Estado do Pará
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade
Diretoria de Licenciamento Ambiental
Coordenadoria de Infraestrutura, Fauna. Aquicultura e Pesca
Gerência de Projetos de Infraestrutura de Energia, Parcelamento do Solo e Saneamento
MINUTA
custos totais do projeto, destacando-se a participação dos custos das ações referentes
ao meio ambiente.
Socioeconômicas: avaliação do empreendimento no contexto socioeconômico da
microrregião onde será implantado e sua repercussão nos âmbitos regional e nacional.
Ambientais: avaliação ambiental do projeto.
3.5 Caracterização do Empreendimento
A caracterização do empreendimento deverá contemplar a descrição do empreendimento em
questão, bem como a logística dos insumos até a geração da energia e a descrição dos processos e
tarefas que compõem o empreendimento, agrupados em 3 categorias distintas, a saber:
- Operações Unitárias Principais - conjunto de processos e suas respectivas tarefas,
responsáveis diretamente pela geração do(s) produto(s), objeto maior do
empreendimento.
- Operações Unitárias Auxiliares - conjunto de processos e suas respectivas tarefas,
responsáveis por suprir a infra-estrutura necessária ao empreendimento, tanto na fase
de implantação – terraplenagem, desmatamento, central de concreto, alojamentos,
canteiro de obras, oficinas, acessos, outros - quanto na fase de operação – unidades
administrativas, restaurante e refeitórios, oficinas diversas, outros;
- Operações Unitárias de Controle da Qualidade Ambiental – conjunto de processos
e suas respectivas tarefas responsáveis por garantir o controle da qualidade ambiental
do empreendimento, quer seja na fase de planejamento, implantação e de operação,
tais como: estação de tratamento de águas, estação de tratamento de efluentes
domésticos, estação de tratamento de efluentes industriais, sistemas de controle da
emissão de material particulado, sistemas de controle da emissão de gases, fossas
sépticas, separadores de água e óleo, sistemas de contenção de sedimentos, sistemas de
drenagens em geral, depósito intermediário de resíduos, e outros.
3.5.1 Insumos
Relatar os principais insumos utilizados nos processos produtivos e nas atividades de apoio
operacional:
Governo do Estado do Pará
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade
Diretoria de Licenciamento Ambiental
Coordenadoria de Infraestrutura, Fauna. Aquicultura e Pesca
Gerência de Projetos de Infraestrutura de Energia, Parcelamento do Solo e Saneamento
MINUTA
Apresentar um diagrama de blocos e fluxograma da utilização dos insumos pelo
empreendimento;
Óleo combustível utilizado no abastecimento de veículos e equipamentos,
caracterizando seu transporte, transferência, local e formas de acondicionamento e de
armazenamento, manuseio, volume médio armazenado, freqüência e volumes
transportados;
Recursos hídricos, devendo aqui indicar os locais de captação, estimativas de vazões
máximas, médias e mínimas para o consumo de água potável e/ou industrial, bem
como o respectivo período de bombeamento, a adução, a reservação e a distribuição;
Carvão, caracterizando seu transporte, transferência, local, manuseio,
volume médio consumido, frequência e volumes transportados.
3.5.2 Descrição do Projeto
Deverá ser apresentado no formato de memorial descritivo as principais informações acerca do
projeto proposto para o empreendimento, tais como:
- Área e população atendidas, bem como período de alcance do empreendimento;
- Previsão de ampliações do Complexo;
- Estimativa de volume de solo a ser utilizado para cobertura, indicando a capacidade de
utilização do solo local e, caso necessário, indicação do local provável a ser utilizado como
área de empréstimo;
- Medidas e equipamentos de controle de emissões atmosféricas;
- Cronograma de obras e de investimentos (custo de implantação);
- Estimativa dos equipamentos operacionais para as fases de implantação e operação;
- Canteiro de obras (descrição, lay-out, localização, infra-estrutura, prédimensionamento,
cronograma e plano de desmobilização);
- Descrição da metodologia operacional da de Usina Termelétrica à Gás Natural Liquefeito,
Terminal de Regaseificação e Gasoduto subterrâneo, acompanhado de fluxograma demonstrativo.
4 DIAGNÓSTICO AMBIENTAL
O diagnóstico ambiental deverá caracterizar a situação ambiental atual das áreas de influência direta
Governo do Estado do Pará
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade
Diretoria de Licenciamento Ambiental
Coordenadoria de Infraestrutura, Fauna. Aquicultura e Pesca
Gerência de Projetos de Infraestrutura de Energia, Parcelamento do Solo e Saneamento
MINUTA
e indireta do empreendimento sob os aspectos físico, biótico e socioeconômico e cultural, de forma
a permitir o pleno entendimento da dinâmica e das interações existentes nas áreas antes da
implantação do projeto, que servirá como referência para a avaliação dos impactos advindos das
fases de planejamento, implantação e operação. O grau de detalhamento desses itens será baseado
na natureza do empreendimento, na relevância dos fatores em face da sua localização bem como
nos critérios adotados pela equipe responsável pela elaboração do Estudo de Impacto Ambiental.
Os resultados dos levantamentos e dos estudos deverão ser apresentados com o apoio de mapas,
gráficos, tabelas, fotografias e demais recursos necessários que auxiliem o perfeito entendimento
das informações.
Para possibilitar uma visão sistêmica da área de interesse, os diagnósticos dos diversos meios
deverão ser apresentados, primeiramente em separado e, em seguida, de forma multi e
interdisciplinar na Análise Integrada.
4.1 Meio Físico
4.1.1 Clima e Meteorologia
Descrição do padrão climático local e regional com classificação climática da região,
observados os parâmetros meteorológicos tais como: temperatura, evaporação, insolação,
direção predominante e velocidade média dos ventos, regimes de chuvas, levando-se em
consideração a sua sazonalidade;
O estudo deve ser baseado em dados primários e séries históricas, obtidos em estações
climatológicas presentes na área de influência do empreendimento e em bibliografia
especializada.
4.1.2 Qualidade do Ar
Caracterização da qualidade do ar na área de influência do empreendimento,
apresentando as concentrações de referência (“background”) de poluentes atmosféricos.
4.1.3 Ruído
Caracterização dos níveis de ruído de fundo na área de influência do empreendimento
(“background”) e descrição dos métodos adotados para a sua determinação.
Governo do Estado do Pará
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade
Diretoria de Licenciamento Ambiental
Coordenadoria de Infraestrutura, Fauna. Aquicultura e Pesca
Gerência de Projetos de Infraestrutura de Energia, Parcelamento do Solo e Saneamento
4.1.4 Geologia e Geotecnia
Elaboração de mapas e perfis geológicos da área de influência do empreendimento com
base na interpretação de imagens de satélite, fotografias aéreas e observações de campo;
Elaboração de mapas geotécnicos mostrando possíveis áreas de instabilidade geológica,
mediante o uso de parâmetros de mecânica de rochas e solos, identificando áreas de risco
para deslizamento e/ou desmoronamento, propensão à erosão, quedas de blocos, etc;
Descrição da geologia estrutural na área de influência do empreendimento, tanto em
escala de afloramento como em macroescala, com apresentação de mapa estrutural em
escala compatível com o empreendimento, devendo ser enfatizadas as zonas de falhas,
fraturas e foliações.
4.1.5 Pedologia e Geomorfologia
Descrição da pedologia local - formação e tipos de solo - com apresentação de mapa
pedológico em escala compatível baseado em interpretações de imagens de satélite, radar,
fotografias aéreas e observações de campo;
Descrição das características geotécnicas dos solos da área de influência do
empreendimento, indicando as classes mais propensas ao desenvolvimento de processos
erosivos, além de análise de estabilidade dos solos.
Descrição da capacidade de uso e ocupação do solo na área de influência do
empreendimento.
Análise físico-química do solo, bem como análise da bioestrutura, na área de influência
do empreendimento.
Elaboração de mapas geomorfológicos da área de influência com base na interpretação de
imagens de satélite, fotografias aéreas e observações de campo;
Caracterização da geomorfologia da área de influência, levando em consideração a
compartimentação da topografia geral, formas de relevo dominantes (cristas, platôs,
planícies), a caracterização e classificação das formas de relevo quanto à sua gênese
(formas cársticas, formas fluviais, formas de aplainamento, etc.), características
dinâmicas do relevo (presença ou propensão à erosão, assoreamento e inundações,
Governo do Estado do Pará
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade
Diretoria de Licenciamento Ambiental
Coordenadoria de Infraestrutura, Fauna. Aquicultura e Pesca
Gerência de Projetos de Infraestrutura de Energia, Parcelamento do Solo e Saneamento
MINUTA
MINUTA
instabilidade, etc.), caracterização de declividade.
4.1.6 Recursos Hídricos
4.1.6.1 Hidrologia Superficial
A caracterização dos recursos hídricos superficiais deverá considerar as bacias ou sub-bacias
hidrográficas que contém a área potencialmente atingida pelo empreendimento, podendo
incluir:
Caracterização hidrográfica, com parâmetros hidrológicos calculados
através de séries históricas de dados;
Rede hidrográfica, identificando localização do empreendimento,
características físicas da bacia hidrográfica e estruturas hidráulicas existentes;
Identificação dos corpos d`água presentes na área de influência,
caracterizando vazão, classificação e enquadramento;
Caracterização do regime hidrológico da bacia hidrográfica;
Mapeamento das nascentes e vazão das mesmas situadas dentro da área de influência
do empreendimento;
4.1.6.2 Hidrogeologia
Área de ocorrência, tipo, geometria, litologia, estruturas geológicas, propriedades
físicas e hidrodinâmicas e outros aspectos do(s) aqüífero(s) presentes na área de
influência do empreendimento;
Levantamento de poços de bombeamento existentes na área de influência do
empreendimento, caracterizando-os quanto à localização, profundidade, características
construtivas, data de instalação de bombas, controle de produção, controle de nível
dinâmico e qualidade da água;
Caracterização da piezometria dos aqüíferos e sua rede de monitoramento, na área de
influência do empreendimento, considerando-se quanto à sua localização,
profundidade, características construtivas, data de instalação e dados de controle de
nível;
Governo do Estado do Pará
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade
Diretoria de Licenciamento Ambiental
Coordenadoria de Infraestrutura, Fauna. Aquicultura e Pesca
Gerência de Projetos de Infraestrutura de Energia, Parcelamento do Solo e Saneamento
MINUTA
Determinação, em cartas hidrogeológicas, das áreas de recarga, circulação e descarga
dos aqüíferos existentes na área de influência do empreendimento;
Relação das águas subterrâneas com as superficiais e com as de outros aqüíferos.
4.1.6.3 Qualidade dos corpos de água
Qualificação físico-química e biológica das águas superficiais e subterrâneas da área
de influência do empreendimento, com as justificativas para os critérios de escolha de
metodologia adotada e dos pontos de amostragens.
4.1.6.4 Usos das águas superficiais e/ou subterrâneas
Caracterização dos principais usos das águas superficiais e/ou subterrâneas na área de
influência do empreendimento, suas demandas atuais e futuras em termos
quantitativos e qualitativos, bem como, a análise das disponibilidades frente às
utilizações atuais e projetadas.
4.2 Meio Biótico
Caracterização dos ecossistemas presentes nas áreas de influência da atividade, sua
distribuição e relevância na biota regional, através de levantamentos de dados
primários e secundários.
Descrição dos procedimentos metodológicos utilizados, caracterizando e localizando
as estações de coleta e identificando todas as fontes de informação utilizadas no
trabalho, bem como os inventários das espécies da fauna e flora, contendo nome
científico, nome vulgar, família, e demais informações pertinentes à caracterização das
espécies.
Seleção dos parâmetros bioindicadores da qualidade ambiental para serem
acompanhados através do Programa de Monitoramento Ambiental, identificando e
justificando os critérios estabelecidos na escolha destes parâmetros.
4.2.1 Biota Terrestre
4.2.1.1. Flora
Governo do Estado do Pará
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade
Diretoria de Licenciamento Ambiental
Coordenadoria de Infraestrutura, Fauna. Aquicultura e Pesca
Gerência de Projetos de Infraestrutura de Energia, Parcelamento do Solo e Saneamento
MINUTA
Para a caracterização da flora deverá ser elaborado:
Caracterização e a elaboração de mapa das fitofisionomias da ADA e AID, em
escala com detalhe mínimo de 1:50.000, contemplando o grau de conservação, os
diferentes estratos vegetais, os corredores e as conexões existentes com outros
fragmentos. As áreas deverão ser representadas em hectare (ha).
Destacar as espécies protegidas, ameaçadas de extinção, bioindicadoras,
invasoras, raras e endêmicas, além daquelas de valor ecológico significativo,
econômico, medicinal, ornamental e faunístico (alimentação, abrigo, dentre outros).
Para ADA, AID: elaborar estudos qualitativos e quantitativos da flora, incluindo
a composição florística dos diferentes estratos e estudos fitossociológicos,
contemplando a estrutura vertical e horizontal e os principais estágios de regeneração
das formações vegetais. O levantamento deverá ser amostral, com 90% de
probabilidade (10% de erro amostral), em parcelas definidas de forma a representar, ao
máximo, as fitofisionomias existentes nas áreas.
Para AII: elaborar levantamento através de dados secundário paracaracterização
da mesma.
4.2.1.2. Fauna Terrestre
Os grupos que deverão ser estudados da fauna terrestre são: mastofauna (pequenos
mamíferos voadores e não-voadores, de médio e grande porte), avifauna, herpetofauna (anfíbios e
répteis terrestres e aquáticos, caso existam) e vetores/hospedeiros. Deverão ser destacadas as
espécies sinantrópicas.
Avaliar a interferência do empreendimento na fauna local, a partir de dados qualitativos e
quantitativos, contendo: listas das espécies, destacando as raras, bioindicadoras, endêmicas,
migratórias, vulneráveis, invasoras, ameaçadas de extinção, de interesse científico, de valor
econômico e alimentício, bem como o local (ADA, AID ou AII e fitofisionomias) e tipo de registro,
com descrição da metodologia e do esforço amostral empregado.
Os locais selecionados para amostragem continuada deverão ser justificados,
georreferenciados e mapeados, os quais poderão ser acordados com a equipe técnica responsável
pelo licenciamento ambiental antes do início dos trabalhos.
Governo do Estado do Pará
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade
Diretoria de Licenciamento Ambiental
Coordenadoria de Infraestrutura, Fauna. Aquicultura e Pesca
Gerência de Projetos de Infraestrutura de Energia, Parcelamento do Solo e Saneamento
MINUTA
MINUTA
Identificar espécies de vetores/hospedeiros relacionadas a doenças, tais como: a dengue,
malária, esquistossomose, dentre outras. Para os ecossistemas terrestres e aquáticos (caso existam),
destacando possíveis reservatórios, devendo considerar os agravos à saúde humana conforme
recomendações técnicas da Secretaria Estadual da Saúde, avaliando o potencial de proliferação
dessas espécies, com a implantação e operação do empreendimento e propondo medidas de
controle.
4.2.1.3. Ecossistemas Aquáticos
Para os ecossistemas aquáticos deverá ser realizado análise quali-quantitativa dos
componentes básicos das populações aquáticas – plâncton (zooplâncton e fitoplâncton) e bentos –
contemplando os seguintes parâmetros: inventário taxonômico, frequência por grupo taxonômico e
pontos amostrais. Descrever a interferência do empreendimento nessas comunidades.
Apresentar a composição da ictiofauna local, incluindo a distribuição e diversidade das espécies,
destacando as de interesse comercial, reofílicas, endêmicas e ameaçadas de extinção, considerando
a interferência do empreendimento. Destacar as espécies introduzidas e de uso antrópico.
Os pontos amostrais deverão coincidir com aqueles previstos no monitoramento da qualidade de
água.
4.2.1.4. Unidades de Conservação
Identificar, através de carta-imagem (georreferenciada), em escala adequada, as distâncias
do empreendimento e suas áreas de influências em relação às Áreas Protegidas Federais, Estaduais
e Municipais (e zona de amortecimento – ZA, quando existir), destacando as sobreposições
existentes.
Indicar as características e principais objetivos de cada unidade de conservação que
sofrerá impactos diretos ou indiretos (na ZA).
Destacar as áreas prioritárias para conservação.
4.3 Meio Socioeconômico
Deverão ser abordados aqueles itens necessários para caracterizar o meio socioeconômico e
cultural, de acordo com o tipo e o porte do empreendimento e segundo as características da região.
Governo do Estado do Pará
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade
Diretoria de Licenciamento Ambiental
Coordenadoria de Infraestrutura, Fauna. Aquicultura e Pesca
Gerência de Projetos de Infraestrutura de Energia, Parcelamento do Solo e Saneamento
MINUTA
Deverá ser apresentada a caracterização do meio socioeconômico da área de influência do
empreendimento, através das informações listadas a seguir, e considerando-se basicamente duas
linhas de abordagem descritiva, referente à área de influência.
(i) Uma, que considera aquelas populações existentes na área afetada diretamente pelo
empreendimento;
(ii) Outra que apresenta as inter-relações próprias do meio socioeconômico regional e
passíveis de alterações significativas por efeitos indiretos do empreendimento.
Quando procedentes, as variáveis enfocadas no meio socioeconômico deverão ser apresentadas em
séries históricas, significativas e representativas, visando a avaliação de sua evolução temporal.
Entre os itens, cuja consideração e detalhamento podem ser necessários, incluem-se:
4.3.1 Dinâmica Sociocultural
4.3.1.1. Processo Histórico de Ocupação do Território
Histórico da ocupação rural e urbana e principais processos de transformação.
4.3.1.2.Dinâmica Populacional
Distribuição espacial da população: análise e mapeamento da localização das
aglomerações urbanas e rurais e hierarquização dos núcleos de acordo com o número de
habitantes.
Análise e mapeamento da densidade demográfica e grau de urbanização em período
significativo;
Evolução da população: taxa de crescimento demográfico e vegetativo da população total,
urbana e rural nas duas últimas décadas e efetuar projeções populacionais;
Composição da população: distribuição e análise da população total, urbana e rural, por
faixa etária e por sexo, estrutura familiar, tamanho e composição dos agregados
familiares; sexo e idade dos chefes de família;
Movimentos migratórios: identificação e análise de intensidade dos fluxos migratórios
informando a origem regional, tempo de permanência no(s) município(s), possíveis
causas de migração, especificando ofertas de localização, trabalho e acesso;
Identificação das reservas de população indígena ou de populações tradicionais
Governo do Estado do Pará
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade
Diretoria de Licenciamento Ambiental
Coordenadoria de Infraestrutura, Fauna. Aquicultura e Pesca
Gerência de Projetos de Infraestrutura de Energia, Parcelamento do Solo e Saneamento
MINUTA
(quilombolas), nas proximidades da área de interesse, sua caracterização e localização
espacial.
4.3.1.3. Condições de Vida das Comunidades Afetadas
A apresentação do quadro referencial do nível de vida da população na área de influência do
empreendimento destacando:
Assentamento humano: as condições habitacionais nas cidades, nos povoados e na zona
rural, observando as variações culturais e tecnológicas na configuração das habitações e
assentamentos, relacionando-as com a vulnerabilidade a vetores e doenças de modo geral,
moradias servidas por redes de abastecimento de água, esgoto sanitário, energia elétrica e
serviço de coleta de lixo, serviço de transporte, valor do aluguel, de venda dos imóveis e
sua evolução; programas existentes nesse setor. No presente contexto, deverão ser ainda
elaborados os cadastros fundiário e socioeconômico, que subsidiarão o processo
negociação a ser empreendido, caso necessário;
Educação: caracterização dos sistemas de ensino formal e informal, rural e urbano,
incluindo a identificação e mapeamento dos recursos físicos e humanos e a demanda
atendida (geral e por nível de ensino), além da análise do grau de integração existente
entre os dois sistemas (formal e informal). Déficit de matrícula (demanda reprimida);
Nível de qualificação dos docentes (quando aplicável); Nível de escolaridade da
população por faixa etária e por sexo; Nível de alfabetização por faixa etária e por sexo;
Índices de evasão escolar, repetência e aprovação; Compatibilidade do sistema existente
face às demandas atuais e previstas; Programas de Educação em nível governamental e
privado, incluindo-se os de capacitação profissional.
Lazer, Turismo, Religião e Cultura: Identificação das principais manifestações culturais
(danças, músicas e outros); principais atividades de lazer; identificação e mapeamento
das áreas e dos equipamentos destinados ao lazer, urbanos e rurais; Grupos etno-
linguisticos; Aspectos cotidianos da relação da comunidade local com o meio ambiente;
Religiões; Rituais (chuva, os de iniciação masculina e feminina entre outros);
Intercâmbios culturais (influências – fenômenos de inculturação e de aculturação);
Segurança Pública: estrutura de segurança civil existente, incluindo a identificação e
Governo do Estado do Pará
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade
Diretoria de Licenciamento Ambiental
Coordenadoria de Infraestrutura, Fauna. Aquicultura e Pesca
Gerência de Projetos de Infraestrutura de Energia, Parcelamento do Solo e Saneamento
mapeamento dos recursos (infra-estrutura policial, judiciária, bombeiros); Sistema de
defesa civil; Índices de criminalidade, considerada a faixa etária e sexo; Violência e sua
evolução – tipos (assaltos, roubos, estupros etc.); Compatibilidade do sistema existente
face às demandas atuais e previstas. Programas e projetos governamentais e não
governamentais.
Saúde e Saneamento:
- Caracterizar a situação de saúde, destacando a ocorrência de doenças endêmicas na
região, e verificar na área de influência, espaços com habitats favoráveis ao surgimento e
proliferação de vetores. A identificação preliminar de inserção do empreendimento em
áreas endêmicas de malária, de acordo com o inciso IV do artigo 3º da Portaria
Interministerial nº 60 de 24 de março de 2015, deverá atender no mínimo, o conteúdo do
Termo de Referência do Anexo II-A, para a manifestação do Ministério da Saúde, que
poderá solicitar informações complementares ao TR.
4.3.1.4. Uso e Ocupação do Solo
A caracterização do uso e ocupação do espaço na área de influência do empreendimento, através de
mapeamento e de análise, pode incluir:
Zoneamento e outros normativos legais de parcelamento e de uso e ocupação do solo;
Identificação das áreas rurais, urbanas e de expansão urbana e do processo de ocupação e
urbanização;
Identificação das áreas de valor histórico e outras de possível interesse para pesquisa
científica ou preservação;
Áreas ambientalmente protegidas;
Identificação dos usos urbanos, considerando os usos residenciais, comerciais, de
serviços, industriais, institucionais e públicos, inclusive as disposições legais de
zoneamento;
Identificação da infra-estrutura regional, incluindo o sistema viário principal, portos,
aeroportos, terminais de passageiros e cargas; redes de abastecimento de água e de esgoto
sanitário e escoamento de águas pluviais, sistema de telecomunicação, etc.;
Identificação dos principais usos rurais, indicando as culturas permanentes e temporárias,
Governo do Estado do Pará
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade
Diretoria de Licenciamento Ambiental
Coordenadoria de Infraestrutura, Fauna. Aquicultura e Pesca
Gerência de Projetos de Infraestrutura de Energia, Parcelamento do Solo e Saneamento
MINUTA as pastagens naturais ou plantadas, as vegetações nativas e exóticas, etc.;
Regime de propriedade e padrão da estrutura fundiária; Caracterização da situação
fundiária da área de interesse do empreendimento, discriminando os superficiários e a
situação legal das terras ocupadas.
4.3.1.5. Uso da Água
Caracterização dos principais usos das águas superficiais e subterrâneas, na área potencialmente
atingida pelo empreendimento, apresentando a listagem das utilizações levantadas, suas demandas
atuais e futuras, em termos qualitativos e quantitativos, bem como a análise das disponibilidades
frente as utilizações atuais e projetadas, considerando importações e exportações, quando
ocorrerem.
Deverão ser indicados:
Abastecimento doméstico e industrial;
Geração de energia;
Irrigação
Pesca;
Recreação;
Preservação da fauna e da flora;
Navegação.
4.3.1.6. Infra-Estrutura Básica
Caracterização e mapeamento da infra-estrutura regional: sistema viário e transportes, geração e
distribuição de energia elétrica, iluminação pública, redes de comunicação (inclusive internet),
captação e abastecimento de água potável e saneamento (esgoto e resíduos), bem como abordagem
da compatibilidade da infra-estrutura existente face às demandas atuais e previstas.
4.3.1.7. Organização Social, Cultural e Político-Institucional
Caracterização e análise das organizações existentes, destacando:
Conselhos Comunitários (Saúde, Educação, Tutelar, Idoso, Segurança Alimentar e outros);
OSCIPs; grupos e movimentos organizados; lideranças comunitárias; forças políticas e sindicais
Governo do Estado do Pará
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade
Diretoria de Licenciamento Ambiental
Coordenadoria de Infraestrutura, Fauna. Aquicultura e Pesca
Gerência de Projetos de Infraestrutura de Energia, Parcelamento do Solo e Saneamento
MINUTA atuantes. Identificação das principais tensões sociais;).
Análise de situações de conflitos existentes/potenciais (estudo qualitativo); Análise das expectativas
e apreensões existentes (estudo qualitativo). Identificação e caracterização de conflitos existentes
em reservas e populações indígenas, quilombolas e/ou outras populações tradicionais na área de
influência do empreendimento.
Identificação e mapeamento de atividades, projetos e programas sociais e comunitários existentes
áreas de influência do empreendimento.
4.3.1.8.Patrimônio Natural e Cultural
A identificação e descrição dos elementos do Patrimônio Natural e Cultural devem considerar:
A realização de estudos que indiquem possíveis interferências com sítios históricos,
arqueológicos e/ ou edificações de interesse cultural, considerando também, os que se
encontram em processo de tombamento no âmbito federal, estadual e municipal. Caso seja
verificada a interferência em bens culturais e acautelados, de acordo com a definição do
inciso III do Artigo 3º da Portaria Interministerial nº60 de 24 de março de 20015, atender no
mínimo o conteúdo do Termo de Referência do Anexo II-D, visando a manifestação do
IPHAN, que poderá solicitar a inclusão de informações complementares ao TR.
4.3.1.9. Populações Tradicionais
- Realizar estudos que indiquem possíveis interferências em comunidades ou terras ou
populações tradicionais/ extrativistas e grupos étnicos (especialmente i´dígenas ou
remanescentes de quilombos) na área de influência do empreendimento.
Caso seja verificada a existência de Terras Indígenas, de acordo com a definição do inciso I do
Artigo 3° da Portaria Interministerial nº60 de 24 de março de 20015, localizados dentro dos limites
estabelecidos no Anexo I dessa Portaria, atender no mínimo o conteúdo do Termo de Referência do
Anexo II-B, visando à manifestação da FUNAI, que poderá solicitar informações complementares
ao TR;
Nos casos de existência de Terras Quilombolas, de acordo com a definição do inciso II do Artigo 3°
da Portaria Interministerial nº60 de 24 de março de 20015, localizados dentro dos limites
estabelecidos no Anexo I dessa Portaria, atender no mínimo o conteúdo do Termo de Referência do
Governo do Estado do Pará
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade
Diretoria de Licenciamento Ambiental
Coordenadoria de Infraestrutura, Fauna. Aquicultura e Pesca
Gerência de Projetos de Infraestrutura de Energia, Parcelamento do Solo e Saneamento
MINUTA
Anexo II-C, visando à manifestação da Fundação Cultural Palmares, que poderá solicitar a inclusão
de informações complementares ao TR.
4.3.2. Estrutura Produtiva e de Serviços
A caracterização da estrutura produtiva e de serviços, incluindo:
4.3.2.1. Economia Regional
Formação da economia e suas tendências no período recente (1980-presente);
Principais eixos e fatores determinantes do crescimento econômico.
4.3.2.2.Atividade Econômica
Caracterização da atividade econômica: Agropecuária (áreas cultivadas e principais tipos
de culturas, etc), Indústria (extrativo-mineral, indústria de transformação, construção civil
e serviços industriais de utilidade pública) e Serviços;
Capacidade do empreendedorismo local (estudo qualitativo) – identificação de
oportunidades; incentivos, articulação/ capacitação/ potencialização das forças de
trabalho local;
Atividades de cooperativismo e associativismo;
Trabalho informal.
4.3.2.3.Estrutura Ocupacional
População economicamente ativa (PEA), por faixa etária e por sexo, rural e urbana;
População ocupada, por faixa etária e por sexo;
Condição de ocupação (empregador, empregado – C/CT, S/CT, autônomo, outras);
Renda na ocupação principal e outras;
Distribuição da população ocupada nos setores da economia (cruzado com a classificação de
atividade econômica);
Taxa de desocupação/índices de desemprego;
Trabalho infantil;
Trabalho clandestino / escravo.
Governo do Estado do Pará
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade
Diretoria de Licenciamento Ambiental
Coordenadoria de Infraestrutura, Fauna. Aquicultura e Pesca
Gerência de Projetos de Infraestrutura de Energia, Parcelamento do Solo e Saneamento
MINUTA
4.3.2.4.Finanças Públicas Municipais
Identificação das receitas, despesas, níveis de endividamento e de investimento e sua
evolução nos últimos 05 anos;
Receitas próprias;
Transferências correntes;
Investimentos com recursos próprios e de terceiros.
Programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos;
recomendação quanto à alternativa mais favorável (conclusões e comentários de ordem
geral).
5 ANÁLISE INTEGRADA
Deverá ser realizada uma análise das condições ambientais atuais e de suas tendências evolutivas,
explicitando as relações de dependência e/ou de sinergia entre os meios físico, biótico e
socioeconômico, de forma a se compreender a estrutura e a dinâmica ambiental na área de
influência. Essa análise, realizada a partir da Matriz de Atributos, terá como objetivo subsidiar a
identificação e a avaliação dos impactos decorrentes do planejamento, implantação e operação do
empreendimento, bem como a qualidade ambiental futura da área. O objetivo de tal procedimento é
fornecer conhecimentos capazes de embasar a identificação e a avaliação dos impactos decorrentes
do empreendimento e fundamentar uma avaliação da qualidade ambiental futura na área de
influência. Esta avaliação deverá ser consubstanciada em Cartas de Qualidade Ambiental para a
área de influência do estudo, em escalas apropriadas.
As unidades territoriais básicas devem possuir contiguidade espacial, serem georeferenciadas e
pertencentes a uma classificação tipológica que permita seu agrupamento em diversas ordens de
grandeza. Existem várias entidades geográficas que atendem a esses requisitos básicos, tais como
bacias hidrográficas, municípios e distritos, unidades de paisagem ou regiões geoeconômicas.
6 PROGNÓSTICO COM IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS
O prognóstico ambiental constitui-se em uma etapa onde, a partir do diagnóstico e dos elementos
constituintes do empreendimento, se delineiam quadros prospectivos de uma qualidade ambiental
Governo do Estado do Pará
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade
Diretoria de Licenciamento Ambiental
Coordenadoria de Infraestrutura, Fauna. Aquicultura e Pesca
Gerência de Projetos de Infraestrutura de Energia, Parcelamento do Solo e Saneamento
MINUTA
futura e se estabelecem os impactos ambientais.
A partir da análise integrada, serão elaborados quadros prospectivos tendenciais para a região
considerando um horizonte temporal com o empreendimento e outro considerando sua não
implantação. Esses dois quadros prospectivos serão comparados entre si e também com um quadro
diagnóstico de qualidade ambiental.
O prognóstico requer que sejam efetivadas as avaliações dos impactos ambientais, fundamentadas
em critérios de valoração considerando as diferentes causas de sua geração, sua magnitude,
abrangência, relevância e reversibilidade, nas fases de planejamento, implantação e de operação do
empreendimento.
Deverão ser utilizados critérios complementares aos critérios de valoração, de forma a subsidiar a
identificação de ações a serem implementadas em cada caso específico a saber: duração, forma de
manifestação, ocorrência, incidência, prazo para ocorrência e natureza.
A referida avaliação deverá propiciar a proposição de medidas destinadas ao controle dos aspectos
ambientais significativos, à mitigação dos impactos ambientais adversos significativos, à
compensação dos impactos não mitigáveis e à maximização dos impactos ambientais positivos.
Na apresentação dos resultados deverão constar:
A metodologia de identificação dos impactos e os critérios adotados para a
interpretação e análise de suas interações;
A valoração, magnitude e importância dos impactos;
Uma descrição detalhada dos impactos sobre cada aspecto ambiental relevante,
considerado no diagnóstico ambiental;
Uma síntese conclusiva dos principais impactos que poderão ocorrer nas fases de
planejamento, implantação e operação, acompanhada de suas interações.
O prognóstico deverá contemplar ainda a elaboração de estudos de Modelagem de Dispersão
Atmosférica.
7 AÇÕES DE CONTROLE, DE MITIGAÇÃO E DE COMPENSAÇÃO AMBIENTAL
Com base na comparação do prognóstico das condições emergentes com e sem a implantação do
empreendimento, deverão ser avaliados os impactos ambientais potenciais e as medidas
Governo do Estado do Pará
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade
Diretoria de Licenciamento Ambiental
Coordenadoria de Infraestrutura, Fauna. Aquicultura e Pesca
Gerência de Projetos de Infraestrutura de Energia, Parcelamento do Solo e Saneamento
MINUTA
MINUTA
recomendadas que venham a minimizá-los, maximizá-los, compensá-los ou eliminá-los.
Estas medidas devem contemplar, portanto, as ações de controle dos aspectos ambientais
significativos, as ações de mitigação dos impactos ambientais adversos significativos, as ações de
maximização dos impactos ambientais benéficos significativos, a compensação dos impactos não
mitigáveis.
Tais ações deverão ser expressas em programas específicos os quais deverão contemplar os
respectivos monitoramentos, como forma de propiciar a avaliação do desempenho das ações
propostas e, se necessário, corrigir os desvios.
Os diferentes Programas deverão estar expressos em nível de detalhamento tal que possibilite
identificar o seu objetivo, escopo, público-alvo, duração, desempenho esperado, abrangência,
responsabilidades, cronograma e planta de localização – se aplicável.
Na implementação das medidas, em especial aquelas vinculadas ao meio socioeconômico, deverá
haver uma participação efetiva da comunidade diretamente afetada, bem como dos parceiros
institucionais identificados, buscando-se, desta forma, a inserção regional do empreendimento.
8 COMPENSAÇÃO AMBIENTAL
O percentual de compensação deverá ser elaborado utilizando o sistema de compensação ambiental
presente no endereço eletrônico http://www.sema.pa.gov.br/compensacao2/usuarios/login e
observando as determinações presentes nas seguintes legislações: Lei 9985/2000; Portaria
1432/2014; Decreto Estadual 2033/2009; Instruções Normativas 01/2013 e 05/2014.
9 ANÁLISE DE RISCO
A Análise de Risco relativa ao empreendimento deverá identificar os eventuais eventos indesejáveis
associados ao empreendimento e deverá contemplar os itens apresentados a seguir:
9.1. Descrição do Empreendimento e da Região
A caracterização do empreendimento e da região deve incluir o levantamento dos seguintes dados:
Localização e descrição física e geográfica da região, incluindo mananciais, áreas litorâneas,
sistemas viários e cruzamentos e/ou interferências com outros sistemas existentes;
Distribuição populacional da região;
Governo do Estado do Pará
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade
Diretoria de Licenciamento Ambiental
Coordenadoria de Infraestrutura, Fauna. Aquicultura e Pesca
Gerência de Projetos de Infraestrutura de Energia, Parcelamento do Solo e Saneamento
MINUTA
Descrição física e layout da instalação, em escala;
Carta planialtimétrica ou fotos aéreas que apresentem a circunvizinhança ao redor do
empreendimento;
Características climáticas e meteorológicas da região;
Substâncias químicas utilizadas nas atividades operacionais e auxiliares, através da
nomenclatura oficial – IUPAC (International Union of Pure and Applied Chemistry) e
número CAS (Chemical Abstract Service) e as respectivas Fichas de Informação de
Segurança de Produtos Químicos – FISPQ conforme norma ABNT NBR 14.725:2004.
Devem ser consideradas as matérias-primas, produtos auxiliares, intermediários e acabados,
bem como os resíduos, insumos e utilidades.
Descrição do processo e rotinas operacionais;
Apresentação dos fluxogramas de processo, plantas baixas das unidades e de tubulações;
Caracterização dos sistemas de segurança e proteção.
9.2. Identificação dos Perigos
Consiste na aplicação da sistemática definida no PRO-0032-DIAT – Diretrizes e Critérios Gerais
para a identificação de perigos e avaliação de riscos, considerando os eventos perigosos
identificados a partir da caracterização do empreendimento. A identificação dos eventos perigosos
não deve se limitar àqueles mencionados na caracterização do empreendimento e cabe a empresa
responsável pela condução do Estudo de Análise de Risco, em função do conhecimento e
experiência, acrescentar novos eventos perigosos, se necessário.
Essa etapa poderá ser precedida da elaboração de uma análise histórica de acidentes, de forma a
subsidiar a identificação dos perigos.
Para os cenários acidentais classificados como de risco crítico, conforme PRO-0032-DIAT, devem
ser avaliadas as condições objetivas para a avaliação das conseqüências e a estimativa dos efeitos
físicos decorrentes desses cenários. Essa análise deverá ser precedida da elaboração da Árvore de
Eventos.
Nos empreendimentos cujos efeitos físicos extrapolem os limites da empresa e que possam afetar
pessoas, os riscos do empreendimento (individual e social) devem ser calculados e para tanto,
devem ser estimadas as frequências de ocorrência dos cenários acidentais identificados.
Governo do Estado do Pará
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade
Diretoria de Licenciamento Ambiental
Coordenadoria de Infraestrutura, Fauna. Aquicultura e Pesca
Gerência de Projetos de Infraestrutura de Energia, Parcelamento do Solo e Saneamento
MINUTA
MINUTA
As frequências de ocorrência dos cenários acidentais poderão ser estimadas através de registros
históricos constantes de banco de dados ou referências bibliográficas, desde que, efetivamente
tenham representatividade para o caso objeto do estudo ambiental. Todavia, de acordo com a
complexidade das instalações envolvidas no empreendimento, pode haver a necessidade de ser
utilizada a Análise por Árvores de Falhas para a estimativa das frequências.
A estimativa das frequências de ocorrência dos eventos iniciadores de um determinado cenário
acidental deve considerar a aplicação de técnicas de confiabilidade humana para a avaliação das
probabilidades de erros humanos que possam contribuir para a ocorrência do cenário acidental sob
estudo.
A avaliação dos riscos social e individual deve ser realizada considerando os requisitos
especificados pela Norma CETESB P4.261, item 8. Caso os riscos encontrem-se fora dos critérios
de aceitabilidade, devem ser propostas medidas capazes de reduzir a freqüência de ocorrência e/ou
as consequências desses cenários acidentais. Nesses casos, os riscos devem ser reestimados a fim de
proceder a uma reavaliação dos riscos individual e social.
9.3.Plano de Ação de Emergência – PAE
Independentemente das ações preventivas previstas no PGR, um Plano de Ação de Emergência deve
ser elaborado e considerado como parte integrante do processo de gerenciamento de riscos.
O PAE deve ser se basear nos resultados obtidos no estudo de análise e avaliação de riscos e na
legislação vigente, devendo contemplar os seguintes aspectos:
Introdução;
Estrutura do plano;
Descrição das instalações envolvidas;
Cenários acidentais considerados;
Área de abrangência e limitações do PAE;
Estrutura organizacional, contemplando as atribuições e responsabilidades dos
envolvidos;
Fluxograma de acionamento;
Ações de resposta às situações emergenciais compatíveis com os cenários acidentais
considerados, de acordo, com os impactos esperados e avaliados no estudo de análise
Governo do Estado do Pará
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade
Diretoria de Licenciamento Ambiental
Coordenadoria de Infraestrutura, Fauna. Aquicultura e Pesca
Gerência de Projetos de Infraestrutura de Energia, Parcelamento do Solo e Saneamento
de riscos, considerando procedimentos de avaliação, controle emergencial (combate
a incêndios, isolamento, evacuação, controle de vazamentos, etc.);
Recursos humanos e materiais;
Divulgação, implantação, integração com outras instituições e manutenção do plano;
Tipos e cronogramas de exercícios teóricos e práticos, de acordo com os diferentes
cenários acidentais estimados;
Documentos anexos, tais como: Plantas de localização da instalação e layout,
incluindo a vizinhança sob risco, lista de acionamento (interna e externa), listas de
equipamentos, sistemas de comunicação e alternativas de energia elétrica, relatórios.
10 RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL – RIMA
As informações técnicas geradas no Estudo de Impacto Ambiental - EIA deverão ser apresentadas
em um documento em linguagem acessível ao público, que é o Relatório de Impacto Ambiental -
RIMA, em conformidade com a Resolução CONAMA nº 001/86.
O Relatório de Impacto Ambiental- RIMA refletirá as conclusões do Estudo de Impacto Ambiental -
EIA.
As informações técnicas devem ser nele expressas em linguagem acessível ao público geral,
ilustradas por mapas em escalas adequadas, quadros, gráficos ou outras técnicas de comunicação
visual, de modo que se possa entender claramente as possíveis consequências ambientais do projeto
e de suas alternativas, comparando as vantagens e desvantagens de cada uma delas.
Como documento complementar à versão impressa, deverá ser produzido um componente
audiovisual do RIMA – “video-documento”, objetivando propiciar o maior alcance/abrangência
dessas informações nas áreas de influência do empreendimento.
Conforme estabelece a CONAMA 001/86 o Relatório de Impacto Ambiental - RIMA deverá conter,
basicamente:
Os objetivos e justificativas do projeto, sua relação e compatibilidade com as políticas setoriais,
planos e programas governamentais, em desenvolvimento e/ou implementação;
A descrição do projeto e suas alternativas tecnológicas e locacionais, especificando, para cada
uma delas, na fase de construção e operação a área de influência, as matérias-primas e mão-de-
obra, as fontes de energia, as emissões e resíduos, as perdas de energia, os empregos diretos e
Governo do Estado do Pará
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade
Diretoria de Licenciamento Ambiental
Coordenadoria de Infraestrutura, Fauna. Aquicultura e Pesca
Gerência de Projetos de Infraestrutura de Energia, Parcelamento do Solo e Saneamento
MINUTA
indiretos a serem gerados, a relação custo-benefício do ônus e benefícios sociais/ambientais do
projeto e da área de influência;
A síntese dos resultados dos estudos sobre o diagnóstico ambiental da área de influência do
projeto;
A descrição dos impactos ambientais analisados, considerando o projeto, as suas alternativas, os
horizontes de tempo de incidência dos impactos e indicando os métodos, técnicas e critérios
adotados para sua identificação, quantificação e interpretação;
A caracterização da qualidade ambiental futura da área de influência, comparando as diferentes
situações de adoção do projeto e de suas alternativas, bem como a hipótese de sua não
realização;
A descrição do efeito esperado das medidas mitigadoras previstas em relação aos impactos
negativos, mencionando aqueles que não puderam ser evitados e o grau de alteração esperado;
Programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos;
recomendação quanto à alternativa mais favorável (conclusões e comentários de ordem geral).
O RIMA deverá indicar a composição da equipe autora dos trabalhos, devendo conter, além do
nome de cada profissional, seu título, número de registro na respectiva entidade de classe e
indicação dos itens de sua responsabilidade técnica.
11 EQUIPE TÉCNICA
Deverá ser apresentada a equipe técnica multidisciplinar responsável pela elaboração do
EIA/RIMA, indicando o número e a Anotação de Responsabilidade Técnica nos respectivos
Conselhos de Classe.
12 BIBLIOGRAFIA
Deverá constar a bibliografia consultada para a realização dos estudos, especificada por área de
abrangência do conhecimento, de acordo com as normas da ABNT.
13 GLOSSÁRIO
Deverá constar uma listagem dos termos técnicos utilizados no estudo.