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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA – UFRA MAX ALVES DE SOUZA SILVA RAFAELA LEAL FERREIRA ILHAS DE CALOR URBANO DURANTE O PERÍODO CHUVOSO EM PARAUAPEBAS, PARÁ PARAUAPEBAS, PARÁ 2019

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃOUNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA – UFRA

MAX ALVES DE SOUZA SILVA

RAFAELA LEAL FERREIRA

ILHAS DE CALOR URBANO DURANTE O PERÍODO CHUVOSO EM

PARAUAPEBAS, PARÁ

PARAUAPEBAS, PARÁ2019

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MAX ALVES DE SOUZA SILVA

RAFAELA LEAL FERREIRA

ILHAS DE CALOR URBANO DURANTE O PERÍODO CHUVOSO EM

PARAUAPEBAS, PARÁ

Trabalho de Conclusão de Curso apresentadoao curso de Engenharia Florestal daUniversidade Federal Rural da Amazônia,Campus de Parauapebas, como requisito paraobtenção do grau de Bacharel em EngenhariaFlorestal.Orientador: Prof. Dr. Rafael Ferreira da CostaPARAUAPEBAS, PARÁ

2019

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___________________________________________________________________ Silva, Max Alves de Souza Ilhas de calor urbano durante o período chuvoso em Parauapebas, Pará / Max Alves de Souza Silva, Rafaela Leal Ferreira - Parauapebas, 2019. 43 f.: il. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Florestal) – Universidade Federal Rural da Amazônia, Campus de Parauapebas, 2019. Orientador Prof Dr Rafael Ferreira da Costa 1.Meteorologia – Clima urbano - Parauapebas - Pará 2.Temperatura do ar 3. Uso do solo I. Costa, Rafael Ferreira da (Orient.) II. Título CDD 23.ed 551.69068115

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AGRADECIMENTOS Max Alves de Souza SilvaEm primeiro lugar, agradeço ao meu bom DEUS, na pessoa do nosso SENHOR JESUSCRISTO, que é o autor e consumador da minha fé, meu baluarte, minha fortaleza, meuesconderijo.A minha amada mãe Claudelice Alves de Souza Silva, ao meu querido pai SebastiãoMartins da Silva, a minha tia avó Maria das Dores de Souza, as minhas Irmãs Maria SimoneAlves da Silva e Patrícia Alves Sobiesk, ao meu irmão Jhonnataz Alves da Silva, ao meuamado filho Max Victor Alves Aguiar, a minha cunhada Patrícia jardim, a minha sobrinhaMaria Júlia, ao meu cunhado Ulisses Sobiesk, as minhas sobrinhas Amanda Guilhermina eAna Clara, as pessoas maravilhosas que entraram na minha vida no “meio da jornada”, masque também foram importantes nessa caminhada, Sheilla Pires Rabelo, Kemelly Eduarda,Michelly Eduarda e Tayla Eduarda.Aos meus amigos do Hospital Geral de Parauapebas pela compreensão e colaboração,aos amigos da UFRA, que tornaram a convivência e o processo de graduação mais agradável.A Gilmara Cardoso de Aguiar, a minha companheira de TCC Rafaela Leal Ferreira,que de fato faz “jus” ao nome, parceira leal e dedicada, sem a qual seria improvável aconclusão desse trabalho. Aos amigos (as) Hellen Lopes, Raquel Feitosa, Joseane Memória,Amanda Mikaele, Bruna Virgílio, Beatriz, Carina Coutinho, Dândara Leite, Paulo Caleb,Erondina Alho, Isamara, Jhonata Benathar, Cássia, Milayne, Gleiciane, Nayara Moura,Leidiane, Pedro Wellington, Reynaldo Coury, Renata Moreira, Ana Carolina, Juliene Matos,companheiros de luta que dividiram a mesma “trincheira” na turma de Engenharia Florestalde 2014.A todos os meus professores da graduação, que com toda certeza foram fundamentaisna construção não apenas do conhecimento técnico, mas também no aprendizado pra vida,considero a todos mais que professores, considero como amigos e referências.Ao meu orientador Rafael Ferreira da Costa pela confiança e paciência;A minha banca avaliadora Robson José e Carlos Alberto Nogueira, pra mim será umahonra ser avaliado pelos senhores;Ao Professor Ângelo Augusto Ebling, meu orientador de Estágio;A minha Coordenadora de Curso Gladis Jucoski;A minha Querida Professora Selma Lopes Goulart;A todos que de alguma forma contribuíram para que fosse possível a realização do quevai muito além de um objetivo, da realização de um sonho.

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AGRADECIMENTOS Rafaela Leal FerreiraAgradeço, primeiramente, a Deus, pelo dom da vida, pelo cuidado diário, pela coragem e porter tranquilizado-me o espírito nos momentos mais difíceis da minha trajetória acadêmica.Agradeço, também, toda a minha família, em especial, aos meus pais, Francisco das ChagasFerreira e Rosenilde Leal Ferreira, que fizeram de tudo para tornar os momentos difíceis maisbrandos. Gratidão, meus pais, pelo amor gigantesco, pelo incentivo para não desistir de nadanessa vida e pelos esforços diários no decorrer do curso e durante a toda a minha existência.Aos meus irmãos, especialmente à minha irmã Dulce Leal, que de maneira especial ecarinhosa, deu-me força e coragem, confiando em meu potencial e que, muitas vezes,tranquilizou-me e acreditou em mim, orgulhando-se da trajetória que decidi trilhar.É com um enorme prazer que agradeço à Universidade Federal Rural da Amazônia, campusde Parauapebas, por dedicar-se a buscar excelência cotidianamente. Obrigada aos seusprofissionais, desde o administrativo até a coordenação do curso de Engenharia Florestal, peloo apoio e empenho em proporcionar um ambiente confortável e coerente para a nossaformação profissional e, também, para a conclusão deste trabalho com êxito.À Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (PROAES), reconheço o apoio financeiro(auxílio PNAES), no decorrer do curso, o qual foi crucial para a minha permanência nainstituição.Ao corpo docente, minhas congratulações por toda a dedicação e conhecimentoscompartilhados no decorrer desses 05 anos de academia.À coordenadora de Curso de Engenharia Florestal, Gladis Jucoski, foi um imensoprazer ter-lhe como coordenadora. Você é um ótimo exemplo de profissionalismo; um ser quebusca acolher e auxiliar aqueles que sempre precisam de sua ajuda e trabalho. Que seuscaminhos sejam mais iluminados e repletos de realizações.Professor Álvaro Augusto Soares, sou grata por ter acompanhado-me e orientado-meem um estágio deveras importante na academia. Com o seu auxílio, as oportunidades deaprender, no âmbito científico, foram mais prazerosas e a iniciação científica foi de sumarelevância para a minha formação.Mais e não menos importante, gostaria de enfatizar a importância do professor RafaelFerreira da Costa, na elaboração deste trabalho, pois, no decorrer de toda a sua composição,pude ser conduzida pela sua esplêndida orientação, a qual foi feita com bastanteprofissionalismo, ética e amizade.

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Agradeço às minhas amigas “exaltadas”, Amanda Mikaele e Carina Coutinho, pelocarinho. Aos meus amigos do grupo “parte a cara”, o qual é composto por pessoas onde tivea oportunidade de compartilhar momentos de ternura e dificuldades, são eles: Paulo Pereira,Ana Paula Sena, Dândara Leite, Renata Moreira, Igor Leone e Raquel Feitosa. Obrigada porterem sido uma família para mim. A amizade, o amor, o apoio incondicional, as risadas efuradas que passamos juntos, impulsionaram-me a acreditar e entender o quão importantevocês são para mim e ajudaram-me a recompor-me nos momentos de pesar. Vocês foram/sãoessenciais na minha vida!Às minhas amigas de infância, Rebeca Pinho e Vitória Silva, pela compreensão,incentivo e companheirismo de sempre. É maravilhoso, para mim, chegar a esta etapa e poderver que, até o presente momento, nossa amizade permanece sólida e recheada decompanheirismo.Ao meu amigo e companheiro de TCC, Max Alves de Souza Silva, gostaria de dizer-lhe que o teu otimismo e dedicação foram incisivos para que seguíssemos em frente,confiando em nossas potencialidades e superando nossas dificuldades. Obrigada!A todos aqueles que, de alguma maneira, colaboraram para a conclusão dessagratificante etapa, bem como, para a realização deste trabalho, é que dedico essas linhasescritas e essa fase concluída. Obrigada por contribuírem, significativamente, na biografia daminha vida, fazendo essa longa viagem valer à pena. Gratidão por serem as flores do meujardim! Muito obrigada mesmo!! “Ele ergue do pó o desvalido e domonturo o necessitado, para fazê-lose assentar com os Príncipes, sim,com os príncipes do seu povo”.(Salmos 113:7, 8).

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RESUMOO objetivo desse trabalho foi determinar as ocorrências de ilhas de calor urbano (ICU) nomunicípio de Parauapebas, Pará. Para a realização do experimento foram definidos doispontos representativos, um em área urbana (CEUP) e o outro em área rural (UFRA) durante omês de março de 2014, que é o mês mais chuvoso do ano. Foram determinados como períodoseco os dias 01, 10, 13, 16 e 26 e, como período chuvoso os dias 02, 06, 08, 12 e 25. Para asmedições na área urbana foi utilizado um termo-higrômetro (HOBO U10-003J). Na da árearural as informações foram obtidas na Estação Meteorológica Automática (AgSolve) daUniversidade Federal Rural da Amazônia, Campus de Parauapebas (06° 04' 16,4" S; 49° 49'08,3" O; 270 m), em intervalo de 15 minutos. Quando a diferença na temperatura do ar (Tar)entre a área urbana e a rural é positiva, caracteriza-se a Ilha de Calor Urbano (ICU = Tarurbana - Tar rural > 0). Ocorrências de ICU foram observadas durante o período analisado.Nesta época chuvosa, no mês de março de 2014, determinaram-se as ocorrências de ICU, emmédia, de 2,4 oC em dias com chuva e, de 3,2 oC em dias sem chuva.Palavras chave: Clima urbano, Temperatura do ar, Uso do solo.

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ABSTRACTThe objective of this work was to determine the occurrences of urban heat islands (UHI) inthe city of Parauapebas, Pará State. Two representative points were defined for the experiment,one in urban area (CEUP) and the other in rural area (UFRA) during the month of March2014, which is the wettest month of the year. Days 01, 10, 13, 16 and 26 were determined asdry period and, as rainy days, 02, 06, 08, 12 and 25. For measurements in the urban area amicrologger (HOBO U10-003J). In the rural area, the information was obtained from theAutomatic Meteorological Station (AgSolve) of the Federal Rural University of Amazonia,Parauapebas Campus (06° 04' 16.4" S, 49° 49' 08.3" W, 270m) in a 15 minutes interval. Whenthe difference in air temperature (Tair) between the urban area and the rural area is positive, itis characterized by the Urban Heat Island (UHI = Tair urban - Tair rural > 0). Occurrences ofUHI were observed during the analyzed period. In the rainy season, in March 2014, UHIoccurrences were determined on average 2.4 oC in rainy days and 3.2 oC in dry days.Key words: Air Temperature, Land Use, Urban Climate.

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SUMÁRIO1. INTRODUÇÃO............................................................................................................. 132. OBJETIVOS.................................................................................................................. 152.1. Objetivo geral.................................................................................................................152.2. Objetivos específicos......................................................................................................153. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA..................................................................................... 163.1 A urbanização e as alterações microclimáticas.......................................................... 163.2. O processo de urbanização na cidade de Parauapebas, Pará...................................163.3. Os benefícios das áreas verdes em ambientes urbanos..............................................193.4. Ilha de Calor Urbano (ICU).........................................................................................204. MATERIAL E MÉTODOS.......................................................................................... 214.1. Área de estudo................................................................................................................214.2. Material.......................................................................................................................... 225. RESULTADOS E DISCUSSÃO...................................................................................255.1. Precipitação pluvial anual no período de 2013 a 2017............................................... 255.2. Precipitação pluvial mensal no ano de 2014, e médias do período de 2013 a 2017..275.3. Variações diárias da Precipitação Pluvial no mês de março de 2014....................... 295.4. Variações médias diárias da Temperatura do Ar, Tar (°C) e da Umidade Relativa

do Ar, UR (%) para a área urbana (CEUP) e rural (UFRA) no mês de março de 2014. 295.5. Variações médias horárias da Temperatura do Ar (°C) e da Umidade Relativa do

Ar, UR (%) para a área urbana (CEUP) e rural (UFRA) no mês de março de 2014.......315.6. Variações médias horárias da Temperatura do ar (°C), para cinco dias sem chuva

(seco) e, cinco dias com chuva (chuvoso) no mês de março de 2014 em Parauapebas..... 335.7. Variações horárias da Temperatura do Ar (oC) medidas na área Urbana (CEUP) e

área Rural (UFRA) em Parauapebas, em março de 2014, e ocorrências de Ilhas de Calor

Urbano (ICU).......................................................................................................................... 345.8. Ilhas de calor urbano (ICU) em Parauapebas no período Seco x Chuvoso............. 386. CONCLUSÃO................................................................................................................40

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................ 41

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LISTA DE FIGURASFigura 1 Evolução demográfica de Parauapebas, Pará.............................................................17Figura 2 Evolução geográfica urbana de Parauapebas, Pará, entre os anos de 1988 e 2016....18Figura 3 Localização do Município de Parauapebas no Estado do Pará. No destaque imagemda área urbana.......................................................................................................... .21Figura 4 Localização das áreas de estudo. Área urbana (CEUP, Bairro Cidade Nova) e, Árearural (UFRA, Campus Parauapebas) e distância em linha reta entre os pontos decoleta.........................................................................................................................22Figura 5 Localização da Estação Meteorológica Automática (EMA) da Universidade FederalRural da Amazônia, Campus Parauapebas, na área rural.........................................23Figura 6 Localização do Centro Universitário de Parauapebas, CEUP, na área urbana...........23Figura 7 Termo-higrômetro HOBO U10 instalado na área urbana (CEUP) à esquerda e,Datalogger da Estação Meteorológica Automática, à direita, instalada na área rural(UFRA).....................................................................................................................24Figura 8 Precipitação Pluvial no período 2013 a 2017, medidos na EMA da UFRA, Campusde Parauapebas. (a) Variações anuais da quantidade de dias com PrecipitaçãoPluvial (dias). (b) Variações anuais da Precipitação Pluvial (mm ano-1).................26Figura 9 Precipitação do mês de março de 2014. (a) Variações mensais da quantidade de diascom Precipitação Pluvial. (b) Precipitação mensal (mm mês-1) referente ao ano de2014. As linha vermelhas representam as médias.................................................... 28Figura 10 Variações diárias da Precipitação Pluvial (mm dia-1) no mês de março de 2014,medidas na Estação Meteorológica da UFRA, Campus de Parauapebas.................29Figura 11Temperatura do Ar (oC) e da Umidade Relativa do Ar (%) no mês de março de 2014,medidas na Estação Meteorológica da UFRA, Campus de Parauapebas. (a)Variações diárias da Temperatura do ar máxima, média e mínima. (b) Variaçõesdiárias da Umidade Relativa do ar máxima, média e mínima..................................30Figura 12 Variações médias horárias da Temperatura do ar e da Umidade Relativa do ar (%):(a) variações médias horárias da Temperatura do ar (oC); (b) variações médiashorárias da Umidade Relativa do ar (%), no mês de março de 2014, medidas na áreaUrbana (CEUP) e área Rural (UFRA) em Parauapebas...........................................32Figura 13 Variações médias horárias da Temperatura do ar (°C), para cinco dias sem chuva(seco) e cinco dias com chuva (chuvoso) no mês de março de 2014, medidas naárea Urbana (CEUP) e área Rural (UFRA) em Parauapebas...................................34

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Figura 14 Variações horárias da Temperatura do Ar (oC) medidas na área Urbana (CEUP) eárea Rural (UFRA) em Parauapebas, em março de 2014, indicando ocorrências deIlhas de Calor Urbano (ICU). À esquerda o período seco, dias; 01 (a); 10 (c); 13 (e);16 (g); 26 (i) e, à direita o período chuvoso, dias; 02 (b); 06 (d); 08 (f); 12 (h); 25 (j)................................................................................................................................ ...36Figura 15 Variações médias horárias da Temperatura do Ar (oC) para cinco dias secos (linhavermelha) e cinco dias chuvosos (linha azul) em março de 2014, medidas nas áreasUrbana (CEUP) e Rural (UFRA) em Parauapebas. Indicando ocorrências de Ilhasde Calor Urbano (ICU)........................................................................................ .....39

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131. INTRODUÇÃOA maioria da população mundial está concentrada em centros urbanos, atualmenteaproximadamente 54% da população, com previsões de aumento para 66% em 2050. Oprocesso de urbanização dos países está relacionado ao processo de industrialização. A açãoconjunta da urbanização com a industrialização afeta as características atmosféricas bemcomo os elementos climáticos, temperatura do ar, umidade relativa, vento, radiação solar eoutros, (BASANE et al., 2011).A região de Parauapebas, assim como a maior parte da Amazônia brasileira, nãoapresenta uma grande variação na amplitude térmica durante o ano inteiro.Os amazônidas relacionam muito de suas atividades cotidianas aos ciclos das chuvas.Principalmente nos meses de maiores ocorrências das precipitações pluviais. Entretanto, operíodo de ocorrência e a intensidade das chuvas dependem da localização (FERREIRA DACOSTA et al., 1998).Conceitua-se ilha de calor como sendo uma anomalia térmica, oriunda de diversosfatores, destacando-se entre eles a disparidade de absorção e armazenamento de energia solarpelos materiais constituintes da superfície urbana (OLIVEIRA, 2014).Ilha de calor urbano é um fenômeno característico das cidades, entretanto, a suadistribuição e intensidade é proporcional ao tamanho da urbe e de sua população. Sendo maisintensa durante os dias da semana, quando as atividades urbanas são máximas, e mínima nofinal da semana. Variando com o tipo de uso do solo e, com a situação geográfica. Tambémvaria diuturna e sazonalmente, com mais intensidade sob condição de céu claro e vento calmo.Na estação seca é mais pronunciada, quando os efeitos atenuantes da umidade são reduzidos(LANDSBERG, 1981).A cidade exemplifica as mudanças ambientais impostas pelas atividades humanas. Oprocesso de urbanização altera o clima à medida que modifica a baixa troposfera, produzindocondições atmosféricas locais distintas das arredores. A atmosfera da cidade torna-se maisaquecida, tanto devido à presença de material particulado (poeira, fuligem), liberação degases (CO2, CO, e outros), provenientes de veículos e indústrias como pela liberação de calorarmazenado no tecido urbano (MAITELLI, et al. 1991, 2004).As áreas verdes reduzem a temperatura do ar nas áreas urbanas, pois, parte daenergia solar que seria usada para o aquecimento das superfícies é utilizada no processo detranspiração pela vegetação (SILVA JÚNIOR et al., 2012).

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14No Brasil, diversos estudos de clima urbano e descrições de ocorrências de ilha decalor urbano foram realizados, destacando-se os de Lombardo (1984), Brandão (1996),Maitelli & Wright (1996), Costa (1998), Correia (2000), Costa & Matos (2004) e, Silva Júnioret al., (2012).Para cidades de pequeno e médio porte na Amazônia, Costa & Matos (1998)descreveram o caso de Bragança no nordeste do Pará.Para a região de Parauapebas alguns estudos de clima urbano foram apresentados(PIMENTEL & LIMA, 2014) e análises de ilhas de calor urbano (FERREIRA DA COSTA etal. 2015; LIMA et al. 2018).

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152. OBJETIVOS

2.1. Objetivo geralO objetivo desse trabalho foi determinar as ocorrências de ilhas de calor urbano (ICU) nomunicípio de Parauapebas, Pará.2.2. Objetivos específicos

• Caracterizar as ICU no período mais chuvoso do ano de 2014.• Quantificar as ICU observadas em dias com ocorrências de precipitação pluvial e emdias sem ocorrência de precipitação pluvial no mês de março de 2014.

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163. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

3.1 A urbanização e as alterações microclimáticasTransformações no espaço urbano impactam no ambiente através de alteraçõesmicroclimáticas locais. As modificações antrópicas têm consequências físicas no espaçonatural (MILLS et al., 2010).O clima urbano é um produto de transformação de energia oriunda das interaçõesentre o ar atmosférico e o ambiente construído (OKE, 1978).O Sistema Clima Urbano (SCU) que é dividido em sistemas termodinâmico, físico-químico e hidrometeórico, se sustenta nos pilares básicos da climatologia; a temperatura, aumidade e a pressão atmosférica. O SCU, ao receber energia solar, a transforma, a ponto degerar novas características físicas para o ambiente urbano (MONTEIRO & MENDONÇA,2001). O sistema atmosférico urbano tem sido um dos mais alterados pela modificação defatores como o uso e cobertura do solo urbano, redução de áreas verdes, ações antropogênicasvariadas, adensamento urbano, dentre outros (SANTOS, 2011; SANTOS et al., 2011;SANTOS et al., 2012).A preocupação com a perda de qualidade ambiental urbana no Brasil teve seu inícioa partir das décadas de 1950 e 1960, sendo oriunda da intensificação do processo deurbanização e impulsionou os primeiros estudos inerentes ao clima urbano nas cidades do Riode Janeiro e de São Paulo (LOMBARDO, 1984).3.2. O processo de urbanização na cidade de Parauapebas, Pará.Em levantamento anual em domicílios, realizado pela Divisão de Vigilância Ambiental (DVA)da Secretaria Municipal de Saúde (SEMSA), a população de Parauapebas alcançou 281,6 milhabitantes no ano de 2016, um crescimento de 839% em relação ao ano da emancipaçãopolítica do município ocorrida em 1988 (Figura 1).

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17Figura 1 – Evolução demográfica de Parauapebas, Pará.

Fonte: IBGE, 2010; DVA /SEMSA, 2016.O crescimento se concentrou na área urbana da cidade. Em 1991 a população residentena área urbana do município representava 51% da população total. No ano de 2015 opercentual passou para 90,1% da população (NUNES & LEITE, 2016) (Tabela 1).Tabela 1. Evolução da urbanização em Parauapebas, Pará nos anos de 1991 a 2015.Urbanização de Parauapebas entre os anos de 1991 e 20151991 51,0%2000 83,0%2010 90,0%2015 90,1%Fonte: NUNES & LEITE, 2016.Melo & Cardoso (2014) abordaram a alternância da trajetória formal e informal naevolução urbana do município e como essas malhas urbanas se configuram, destacando quatrofases de expansão do município: ocupação instantânea, ocupação espontânea, e posteriorregularização urbanística e fundiária dos núcleos pioneiros (até 1985); abertura de novasfrentes de expansão, extensão do núcleo pioneiro e origem das primeiras ocupaçõesperiféricas (de 1986 a 1995); explosão da ocupação informal, tendo como elemento aprivatização da então estatal de mineração Companhia Vale do Rio Doce e com o aumentomassivo da população urbana no município, aliado ao acelerado processo de expansãoperiférica e surgimento de loteamentos clandestinos e irregulares (1996-2005); distribuição do

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18tecido urbano através da abertura de loteamentos formais de médio e alto padrão (2005 a2014). O município de Parauapebas apresenta urbanização de vias públicas (21,8%) earborização de vias (30,5%) (IBGE, 2018).A evolução da ocupação territorial urbana do município de Parauapebas, emintervalos regulares de quatro anos, de 1988 a 2016 (Figura 2).Figura 2 - Evolução geográfica urbana de Parauapebas, Pará, entre os anos de 1988 e 2016.

Fonte: Google Earth 2017.

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193.3. Os benefícios das áreas verdes em ambientes urbanosAs áreas verdes são como um subsistema do sistema de espaços livres de construção, onde hápredominância de áreas plantadas, cuja vegetação e solo permeável devem ocupar pelo menos70% da área e ainda desempenhar função estética, ecológica e de lazer (NUCCI, 2008).Kliass & Magnolli (1967) definiram espaço livre como sendo as áreas não edificadasde propriedade municipal, independentemente de sua destinação de uso. Quando os espaçoslivres se destinam a áreas verdes, são definidos como espaços verdes.No contexto da qualidade de vida urbana, as áreas verdes, além de atribuir melhoriasao meio ambiente e ao equilíbrio ambiental; contribuem para o desenvolvimento social e trazbenefícios ao bem-estar, a saúde física e psíquica da população, ao proporcionarem condiçõesde aproximação do homem com o meio natural, e disporem de condições estruturais quefavoreça a prática de atividades de recreação e de lazer. Desse modo, quando dotadas deinfraestrutura adequada, segurança, equipamentos e outros fatores positivos, poderão se tornaratrativas à população, que passará a frequentá-las, para a realização de atividades comocaminhada, corrida, práticas desportivas, passeios, descanso e relaxamento; práticasimportantes na restauração da saúde física e mental dos indivíduos (LONDE & MENDES,2014). As áreas verdes tendem a assumir diferentes papéis na sociedade e suas funçõesdevem estar inter-relacionadas no ambiente urbano, de acordo com o tipo de uso a que sedestinam. As funções destas áreas estariam relacionadas aos vieses sociais (possibilidade deconvívio social e de lazer que essas áreas oferecem à população), estéticos (diversificação dapaisagem construída e embelezamento da cidade), ecológicos (provimento de melhorias noclima da cidade e na qualidade do ar, água e solo, resultando no bem-estar dos habitantes e nadiversificação da fauna), educativos (possibilidade oferecida por tais espaços como ambientepara o desenvolvimento de atividades educativas, extraclasse e de programas de educaçãoambiental) e psicológicos (possibilidade de realização de atividades físicas, de lazer e derecreação). Do ponto de vista microclimático, as árvores ciclam oxigênio, carbono e águaatmosféricos, contribuindo para a manutenção do ciclo hidrológico (VIEIRA, 2004).Barbosa (2016) afirmou que as áreas verdes complementam os sistemas de drenagemde águas pluviais, amenizando os efeitos negativos causados pela impermeabilização do solono ciclo hidrológico.

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203.3.1 A vegetação e o clima urbanoA vegetação urbana funcionando como um filtro e exerce influência no clima urbano,alterando a temperatura do ar e umidade relativa do ar e, a radiação solar incidente àsuperfície (TOUDERT, 2005).Segundo Labaki et al., (2011) 90% da radiação visível e 60 % da radiaçãoinfravermelha são absorvidas pela a vegetação. A radiação absorvida é utilizada em processosvitais pelos vegetais, atenuando a radiação incidente, promovendo menor aquecimento dassuperfícies e diminuição das temperaturas superficiais. Contudo, Marques Filho et al., (2005)salientaram que a eficácia de interceptação dos raios solares é resultante da quantidade deelementos vegetais, da orientação e da sua distribuição espacial.A vegetação promove a diminuição da temperatura do ar devido à evapotranspiraçãoda água de suas folhas, que consiste na transpiração da água presente internamente e aevaporação na superfície das plantas, de forma conjunta. Assim, as plantas são promovedorasde trocas de calor latente e, trocas de vapor d’água com a atmosfera, resfriando o arlocalmente. A evapotranspiração, por sua vez, contribui para o aumento da umidade relativado ar, influenciando na sensação térmica (BARBOSA, 2016).3.4. Ilha de Calor Urbano (ICU)Conceitua-se ilha de calor urbana (ICU) como sendo uma anomalia térmica, oriunda dediversos fatores, destacando-se entre eles a disparidade de absorção e armazenamento deenergia solar pelos materiais constituintes da superfície urbana (OLIVEIRA, 2014).Algumas variações estão diretamente relacionadas com a ocorrência de ICU, entreeles a absorção e retenção de calor, a transpiração das plantas e evaporação da água e apenetração da água no solo (OKE, 1978).Uma das mais acentuadas modificações meteorológicas provocadas pela urbanização,é o aumento da temperatura do ar em relação ao seu entorno rural adjacente. Este fenômeno éconhecido como ilha de calor urbano (COSTA & MATOS, 2004).

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214. MATERIAL E MÉTODOS

4.1. Área de estudoO município de Parauapebas está localizado na mesorregião sudeste do Pará (Figura 3). Em10 de maio de 1988, a partir da Lei Estadual nº 5.443/88, a então Vila de Parauapebas, foidesmembrada do município de Marabá, tornando-se município de Parauapebas, com uma áreade 6.957,3 km2, e uma população, à época, de cerca de 30.000 habitantes.Figura 3 - Localização do Município de Parauapebas no Estado do Pará. No destaque imagem da área urbana.

A área do Campus da UFRA está inserida em uma região ocupada por propriedades agrícolas,com a vegetação predominantemente de pastagens. Nos limites da área universitária, nasdireções norte e noroeste há um fragmento florestal ocupando uma serra com altitude médiade 540m, entretanto, o vento predominante vem do lado leste.Na zona urbana onde se localiza o CEUP, a área é predominantemente composta poredificações residenciais, em geral de um ou dois pavimentos e, prédios comerciais que emalguns casos têm três ou mais pavimentos. No Bairro Cidade Nova as ruas são todaspavimentadas com asfalto e poucas apresentam alguma arborização. Na direção oeste há umagrande formação florestal que compõe a Floresta Nacional de Carajás (FLONACA).Os dois locais de coleta das informações, UFRA e CEUP, estão distantes entre siaproximadamente 9,7 km, em linha reta (Figura 4).

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22Figura 4 - Localização das áreas de estudo. Área urbana (CEUP, Bairro Cidade Nova) e, Área rural (UFRA,Campus Parauapebas) e distância em linha reta entre os pontos de coleta.

Fonte: Adaptado do Google mymaps 2019.O clima do município de Parauapebas, Pará, pela classificação de Köppen, é do tipo Aw, ouseja, tropical chuvoso, com as chuvas concentradas no verão, de dezembro a março, e estaçãoseca no inverno, de junho a setembro. Podendo variar para Aw’ apresentando chuvas de verãoe outono entre dezembro e maio. A precipitação pluvial média anual de 1626+84 mm ano-1.Umidade relativa do ar média de 78,2+0,8 %. Temperatura de ar média de 26,8+0,2 °C. Aregião de Parauapebas, assim como a maior parte da Amazônia brasileira, apresenta pequenavariação na amplitude térmica durante todo o ano.4.2. MaterialAs informações das variáveis meteorológicas referentes à área rural foram obtidas da EstaçãoMeteorológica Automática (06o 04' 16,4" S, 049o 49' 8,3" O; 270m) da Universidade FederalRural da Amazônia, UFRA, Campus de Parauapebas (Figura 5). As informações da áreaurbana foram coletadas no Centro Universitário de Parauapebas (CEUP) no Bairro CidadeNova, no centro da cidade (06o 03' 51,5" S, 049o 54' 26,3" O; 167m) (Figura 6).

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23Figura 5 - Localização da Estação Meteorológica Automática (EMA) da Universidade Federal Rural daAmazônia, Campus Parauapebas, na área rural.

Fonte: Adaptado do Google Earth 2019.Figura 6 - Localização do Centro Universitário de Parauapebas, CEUP, na área urbana.

Fonte: Adaptado do Google Earth 2019.Para a coleta de dados da área urbana foi utilizado um termo-higrômetro modeloHOBO U10, (Onset, EUA) e, na área rural um dalalogger modelo AG LOGGER (Ag Solve,Brasil) na Estação Meteorológica Automática (Figura 7).

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24Figura 7 - Termo-higrômetro HOBO U10 instalado na área urbana (CEUP) à esquerda e, Datalogger da EstaçãoMeteorológica Automática, à direita, instalada na área rural (UFRA).

Fonte: Acervo pessoal.4.3. MétodosForam analisadas a temperatura do ar, umidade relativa do ar e a precipitação pluvial do mêsde março de 2014. Assim, foram divididos em dois grupos denominados de período seco eperíodo chuvoso.O mês de março de 2014 está inserido no período chuvoso da região (dezembro amaio). Dentro deste mês, foram escolhidos todos os cinco dias sem precipitação (dias 01, 10,13, 16 e 26) e os cinco dias com maiores valores (Prp > 12 mm dia-1) de precipitações diárias(dias 02, 06, 08, 12 e 25), entre os vinte e seis com ocorrências de precipitação em março.Os registros de temperatura e umidade relativa do ar foram realizados com intervalode 15 minutos, perfazendo noventa e seis informações diárias para cada variável.O modelo matemático utilizado para determinar a ocorrência da ICU em Parauapebasfoi:

��� � ��� ���� – ��� ����� > 0 Equação 1.Quando a diferença entre as temperaturas do ar da área urbana e da área rural forpositiva, caracteriza a ICU. Posteriormente os dados foram tratados em planilha eletrônica.

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255. RESULTADOS E DISCUSSÃO

5.1. Precipitação pluvial anual no período de 2013 a 2017.A média anual de precipitação para o período de 2013 a 2017 foi de 1587 mm ano-1.Na distribuição anual da quantidade de dias com Precipitação Pluvial no período de2013 a 2017, se observa que o ano de 2013 teve mais dias com chuva (185 dias) e, 2015 omenor quantitativo de dias com chuva (141 dias). No ano de 2014 o número total de dias comprecipitação pluvial foi de 172 dias. A média do período de 2013 a 2017 foi de 162 dias comprecipitação (Figura 8a).Para o ano de 2013, a quantidade de dias com chuva foi 14,2% superior à média doperíodo, que representam 23 dias a mais com chuva. Enquanto que em 2015, esse total foi12,9% menor que a média dos cinco anos, totalizando 21 dias a menos com precipitaçãopluvial. Em 2014, essa diferença também ocorreu, sendo 6,2% ou 10 dias acima da média.Para os volumes totais de precipitação anual (mm ano-1) dentro do período 2013 a2017, novamente, o ano de 2013 apresentou o maior valor registrando 1813,4 mm ano-1. Ovolume de precipitação pluvial em 2013 foi 14,3% superior à média do período amostrado,representando 226,3 mm a mais. No ano de 2014 o total de precipitação pluvial foi de 1737mm ano-1, representando 9,4% superior à média do período, o que significam 149,9 mm amais de chuva. Enquanto que em 2015, ano que esteve sob a forte influência do El Niño,evento climático de escala global no qual a temperatura da superfície do mar (TSM) estáacima da média no Pacífico Equatorial, reduz as chuvas em várias localidades da Amazônia,esse volume foi de 1244 mm ano-1. Este valor foi 21,6% inferior à média, ou 343,1mm amenos (Figura 8b).Nas análises das variáveis há redução tanto na quantidade de dias com chuva quantono volume precipitado no ano de 2015 com a ocorrência de forte El-Niño.Os eventos El Niño diminuem, em relação à média, os totais de precipitação,influenciando no clima e ecossistemas da Amazônia (FOLEY et al., 2002).No ano de 2015, os eventos de El Niño e, a TSM abaixo da média no AtlânticoTropical Sul induziram a redução da convecção tropical, diminuindo as precipitações naAmazônia oriental, na região de Parauapebas no sudeste do Pará (FERREIRA DA COSTA etal., 2018).Após esse evento, os volumes anuais de precipitação aumentaram, atingindo valoresacima da média deste período no ano de 2017.

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26Figura 8- Precipitação Pluvial no período de 2013 a 2017, medidos na EMA da UFRA, Campus de Parauapebas.(a) Variações anuais da quantidade de dias com Precipitação Pluvial (dias). (b) Variações anuais da PrecipitaçãoPluvial (mm ano-1).

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275.2. Precipitação pluvial mensal no ano de 2014 e, médias do período de 2013 a 2017.A distribuição mensal da quantidade de dias com Precipitação Pluvial referente ao ano de2014, tendo março como o mês de maior ocorrência de precipitações (26 dias) e agosto comoo mês com menor número de eventos com três dias apenas (Figura 9a).O ano de 2014 apresentou sete meses com dias de ocorrências de precipitação acimada média mensal do período de 2013 a 2017 (Linha vermelha). Os meses de janeiro e marçocom 5% acima da média, fevereiro com 14,3% acima da média e dezembro com 12,5% dedias com chuva acima da média, no período chuvoso e, os meses de setembro, outubro enovembro, no período seco, ambos com (12,5% > média). Tendo ainda, os meses de abril ejulho que ficaram na média do período e maio, junho e agosto com 6,6%, 20% e 40%respectivamente a baixo da média.Os totais mensais de precipitação pluvial (mm) no ano de 2014, tendo como valoresde máximo o mês de março (291 mm mês-1), os meses com o menor valor foram junho e julho,ambos com 18 mm mês-1 (Figura 9b).Os meses de janeiro, março, abril, junho e julho apresentaram valores de precipitaçãoabaixo da média. Janeiro registrou 153 mm, 13,6% abaixo da média. Março com 291 mm,3,8% menor que a média. Em abril foram 222 mm, 11,2% inferior à média, junho com 18 mm,24,6% menor e julho 18 mm, 51,1% abaixo da média do período.Os meses de fevereiro, maio, agosto, setembro, outubro, novembro e dezembro, comprecipitação acima da média, tendo os valores 220 mm, 1,9% maior que a média parafevereiro, 189 mm, 31,5% maior que a média para maio, 26 mm, 28,8% maior que a médiaem agosto, 50 mm, 18,8% a mais que a média para setembro, 191 mm, 30,6% superior àmédia do período no mês de outubro, 117 mm, 4,3% a mais que a média para o mês denovembro e o mês de dezembro com 241 mm, 38,5% superior à média.

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28Figura 9 - Precipitação do mês de março de 2014. (a) Variações mensais da quantidade de dias com PrecipitaçãoPluvial. (b) Precipitação mensal (mm mês-1) referente ao ano de 2014. As linhas vermelhas representam asmédias.

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295.3. Variações diárias da Precipitação Pluvial no mês de março de 2014.A Precipitação Pluvial diária (mm dia-1) referente ao mês de março de 2014 registrou o valormáximo no dia 25 quando alcançou 47,4 mm dia-1.Como o mês de março é climatologicamente o mais chuvoso do ano em Parauapebas,há uma regularidade na distribuição das chuvas ao longo do período. Para o ano de 2014, emdez dias ocorreram precipitações maiores que 10 mm dia-1. Neste mês, houve apenas cincodias nos quais não ocorreram precipitações pluviais, nos dias 01, 10, 13, 16 e 26 que foramusados neste estudo como representantes do período seco (Figura 10).Figura 10 - Variações diárias da Precipitação Pluvial (mm dia-1) no mês de março de 2014, medidas na EstaçãoMeteorológica da UFRA, Campus de Parauapebas.

5.4. Variações médias diárias da Temperatura do Ar, Tar (°C) e da Umidade Relativa do

Ar, UR (%) para a área urbana (CEUP) e rural (UFRA) no mês de março de 2014.A Figura 11a ilustra as variações médias diárias da Tar (ºC) máximas, médias e, mínimasreferentes ao mês de março de 2014. Os valores máximos diários foram 33,3 °C no dia 07 e,33,4 °C no dia 31. A média diária teve seu valor máximo nos dias 20 e 24, ambos com 27 °C.O mínimo valor diário ocorreu no dia 15, sendo 20,6 ºC.Na Figura 11b estão as variações médias da UR (%) máximas, médias e mínimas paramarço de 2014. Os valores máximos da UR mantiveram-se acima de 95% praticamentedurante o período, com apenas uma pequena elevação no dia 22, sendo este o maior valor

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30observado, alcançando 99,5%. Na média, a UR foi sempre superior aos 80% durante todo omês analisado. A menor média mínima diária da UR ocorreu no dia 07, com o valor de 53%.Figura 11 - Temperatura do Ar (oC) e da Umidade Relativa do Ar (%) no mês de março de 2014, medidas naEstação Meteorológica da UFRA, Campus de Parauapebas. (a) Variações diárias da Temperatura do ar máxima,média e mínima. (b) Variações diárias da Umidade Relativa do ar máxima, média e mínima.

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315.5. Variações médias horárias da Temperatura do Ar (°C) e da Umidade Relativa do

Ar, UR (%) para a área urbana (CEUP) e rural (UFRA) no mês de março de 2014.A variação média horária da temperatura do ar Tar (°C) para a área urbana (CEUP) e rural(UFRA), durante o mês de março de 2014, onde é possível visualizar que nas primeiras horasdo dia, ambas as áreas apresentaram temperaturas semelhantes, em torno de 24°C durante amadrugada e início da manhã (Figura 12a).A partir das sete horas da manhã, a Tar tanto para a área urbana quanto para a área ruralsofre considerável elevação e segue crescente até atingir seu máximo, em média às 14h (30,8°C) na área urbana e às 14h e 16h (28,8 °C) na área rural, tal fenômeno pode ter como agentecausal a radiação solar mais intensa que ocorre por volta de 12h e a liberação dessa energiapelas superfícies.Nas horas seguintes das 17h às 23h, pode-se observar uma queda de temperatura nasduas áreas, devido à diminuição e ausência da radiação solar e, a partir das 18h ocorre oprocesso de liberação da energia acumulada dos materiais para a atmosfera, tendo como atemperatura no final do dia 24,1°C.A variável UR é apresentada, para a área urbana, onde se manteve entre 95 e 100% atéàs 08h, seguida de queda acentuada até atingir o valor mínimo de 71,7% às 15h (Figura 12b).A partir das 17h a UR se eleva, retornando à faixa entre 95% e 100% às 23h. Já para aárea rural, a UR se manteve em seu máximo pela madrugada até o amanhecer, a partir da oitohoras, a umidade sofre declínio ao longo do dia até atingir seu valor mínimo de 73,9% às 16h,na hora seguinte, a UR retoma elevação até atingir o valor de 90,8% às 23 h.A UR atinge seu menor valor às 15h, com uma diferença entre área urbana X rural de2,2%.

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32Figura 12 - Variações médias horárias da Temperatura do ar e da Umidade Relativa do ar (%): (a) variaçõesmédias horárias da Temperatura do ar (oC); (b) variações médias horárias da Umidade Relativa do ar (%), nomês de março de 2014, medidas na área Urbana (CEUP) e área Rural (UFRA) em Parauapebas.

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335.6. Variações médias horárias da Temperatura do ar (°C), para cinco dias sem chuva

(seco) e, cinco dias com chuva (chuvoso) no mês de março de 2014 em Parauapebas.As ICU são caracterizadas pela diferença positiva entre Tar da área urbana e a área rural. Asvariações médias horárias da Tar para cinco dias sem chuva (seco) e cinco dias com chuva(chuvoso) para as áreas urbana (CEUP) e rural (UFRA) são apresentas na (Figura 13).Nota-se que para a variável Tar nas quatro situações (CEUP seco e chuvoso, UFRA,seco e chuvoso) é semelhante, tendo seus valores mínimos nas primeiras horas do dia (de 01has 07h), seguida de elevação constante a partir das oito horas, atingindo o máximo entre 15h e17h, com diminuição e estabilização nas últimas horas do dia.Entretanto, é importante salientar que no ambiente (Rural x Urbano) é perceptível adiferença na área urbana a Tar atingiu valores médios máximos de 33°C, enquanto que, naárea rural, os valores médios máximos foram de 30°C.Costa & Matos, 2004, analisando as variações sazonais da ilha de calor urbano emBelém do Pará, no período menos chuvoso da região, constataram que a Tar média nas áreasurbanas foi de 33,3 °C, valor semelhante ao observado no estudo em questão, para a áreaurbana, no período chuvoso. Para o período menos chuvoso, a temperatura da área urbana foisempre superior à temperatura da área rural, corroborando com os resultados encontrados nopresente trabalho.Outra observação trata da diferença entre os períodos Seco X Chuvoso. Observa-seque no CEUP a Tar máxima atingida no período seco (33°C) foi superior ao chuvoso (30°C) eque na UFRA seco foi de 30°C e no chuvoso foi de 28°C.Santos (2015) ao realizar um Estudo do Fenômeno da Ilha de Calor Urbano na cidadede Belém, Pará durante o ano de 2012 analisou o variação da temperatura e precipitaçãopluvial no período chuvoso (março) e seco (setembro) do ano de 2012, onde constatou quepara a mesma área e diferentes períodos, a temperatura tem variações distintas, com valoresmédios superiores no período seco se comparados ao período chuvoso, resultado semelhanteao observado neste trabalho.É importante avaliar também a variação média da Tar entre a área urbana X rural paraos períodos seco e chuvoso.No período seco a Tar na área urbana apresentou 33°C de valor máximo às 16h,enquanto que para a área rural a máxima Tar foi de 30,2°C também às 16h.No período chuvoso a Tar máxima observada na área urbana foi de 30,1°C às 15h, ena área rural foi de 28,4°C às 16h.

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34Para o período seco a diferença positiva de Tar entre a área urbana e rural foi de 2,8 °C, jápara o período chuvoso essa diferença foi de 1,7 °C. Os horários onde ocorreram as máximastemperaturas foram entre as 14h e 16h, divergindo dos resultados obtidos por Santos (2015) queverificou que no período chuvoso, tanto para a área urbana, quanto para a área rural, Tar máximaocorreu às 12h.Figura 13 - Variações médias horárias da Temperatura do ar (°C), para cinco dias sem chuva (seco) e cinco diascom chuva (chuvoso) no mês de março de 2014, medidas na área Urbana (CEUP) e área Rural (UFRA) emParauapebas.

5.7. Variações horárias da Temperatura do Ar (oC) medidas na área Urbana (CEUP) e

área Rural (UFRA) em Parauapebas, em março de 2014, e ocorrências de Ilhas de Calor

Urbano (ICU).As Variações médias horárias da Temperatura do Ar (oC) indicando a ocorrência de Ilhas deCalor Urbano (ICU). À esquerda (período seco) nos dias 01 (14a); 10 (14c); 13 (14e); 16 (14g)e, 26 (14i). À direita (período chuvoso) nos dias 02 (14b); 06 (14d); 08 (14f); 12 (14h) e, 25(14j), durante o mês de março de 2014 (Figura 14).No dia 01 (período seco), o valor máximo da ICU foi de 2,7 °C. No dia 10, aintensidade da ICU foi de 4,8°C, esta foi a ICU diária mais forte do período seco estudado.

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35No terceiro dia do período seco, dia 13, a ICU atingiu valor máximo de 2,7 °C, igualao dia 01 e inferior ao dia 10.O dia 16, por sua vez, apresentou variação de Tar de 3,9 °C, sendo 1,2 °C superior aodia 13. O quinto dia do período seco analisado, dia 26, obteve 4,2°C de Tar, sendo a segundaICU mais intensa do período.O valor médio da intensidade da ICU no período seco foi de 3,6 °C, considerando-se oconforto térmico, essa diferença de temperatura é percebida pela população da referida área.Segundo Romero (1988) as altas temperaturas estão relacionadas ao estresse de calor,podendo interferir na capacidade de manutenção da temperatura corporal em valores ideais.Em estudo realizado em Parauapebas, 100% dos entrevistados escolheram o horáriopela parte da manhã para a realização de atividades físicas, devido ao maior conforto térmico.Pois, a temperatura do ambiente tem papel importante no bem-estar da população(PIMENTEL & LIMA, 2014).O período chuvoso, não ficou isento da ocorrência de ICU, pois, no dia 02 atingiu3,9°C, sendo superior ao dia 01 do período seco. Essa variação foi em função da hora deocorrência da chuva. A intensidade máxima da ICU ocorreu às 12h, seguida de quedaacentuada às 13h.No dia 06, a ICU atingiu a máxima intensidade de 2,1°C às 15h, dentro intervalo daamplitude de ocorrência da ICU das14h às 19h.Em comparação com o dia 10 (período seco), houve diferença de 2,7°C, indicando quedependendo do horário, a precipitação pluvial influencia a intensidade da ICU.No dia 08 (período chuvoso), a ICU atingiu o valor de máximo de 3,0°C entre 13h e15h. Com acréscimo de 0,9°C em relação ao dia 06 (período chuvoso).O dia 12 (chuvoso) apresentou valor máximo de ICU = 3,2°C, atingindo seu picomáximo às 17h. Em relação ao dia 02 (chuvoso), a ICU reduziu 0,7°C, e acréscimo de 0,5°Cno dia 13 do período seco. O dia 25(chuvoso) alcançou a maior variação da ICU = 5,3°C,entre todos os dias analisados (Figura 14j).No dia 25 observou-se que entre 01h e 07h, a amplitude da variação se manteveestável. Das 08h às 13h ocorreu leve oscilação da ICU, seguida de acentuada elevação,atingindo o valor máximo (5,3 oC) às 15h, seguida de queda abrupta às 16h, sendo estedeclínio causado pela presença de precipitação pluvial localizada na área urbana nesse horário.A ocorrência de chuva em área urbana, não necessariamente representa chuva na área rural,visto que a distância entre os pontos é de quase dez quilômetros.

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36É importante ressaltar que a intensidade e duração das chuvas também influenciam navelocidade de resfriamento das superfícies e materiais constituintes das áreas, além de outrosfatores como a própria vegetação.Yu & Hien (2006) consideram que a presença da vegetação arbórea em áreas urbanaspromove um efeito de oásis e mitiga o aquecimento urbano nos níveis macro emicroclimáticos.Leal (2012) em estudo sobre a influência da vegetação no clima urbano em Curitiba(PR) verificou que as áreas mais quentes se concentraram nos locais com menordisponibilidade de vegetação.A precipitação pluvial também atua como moderadora das variações climáticas. Maisespecificamente, nas ICU. Entretanto, é importante destacar que o horário de ocorrência daschuvas, a intensidade e distribuição espacial também podem influenciar na ocorrência de ICU.Em Parauapebas é bastante comum a ocorrência de precipitações pluviais no final damadrugada e início da manhã, eventos esses que, isoladamente, não atenuam a formação deICU durante o restante do dia, principalmente durante o final da tarde e início da noite.Figura 14 - Variações horárias da Temperatura do Ar (oC) medidas na área Urbana (CEUP) e área Rural (UFRA)em Parauapebas, em março de 2014, indicando ocorrências de Ilhas de Calor Urbano (ICU). Àesquerda o período seco, dias; 01 (a); 10 (c); 13 (e); 16 (g); 26 (i) e, à direita o período chuvoso, dias;02 (b); 06 (d); 08 (f); 12 (h); 25 (j).

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385.8. Ilhas de calor urbano (ICU) em Parauapebas no período Seco x Chuvoso.As variações médias horárias de temperatura do ar, de cinco dias sem precipitação, dias 01, 10,13, 16 e 26 de março de 2014 (período seco, linha vermelha) e, de cinco dias comprecipitação, dias 02, 06, 08, 12 e 25 de março de 2014 (período chuvoso, linha azul) sãoapresentadas a seguir (Figura 15).Para os dias secos, observa-se que, em média, a ICU ocorreu durante todo o dia, comexceção das 09h que não apresentou variação positiva. A máxima intensidade da ICU foiobservada às 17h, com variação de 3,2 °C. Isto demonstra que, mesmo na estação chuvosa daregião, que se estende de dezembro a maio, como na Amazônia a amplitude térmica não éacentuada, mas as temperaturas são elevadas, bastam alguns dias sem chuva e, porconseguinte, com menos nebulosidade, para que o aquecimento das superfícies,principalmente as construídas, seja suficiente para a formação de ilha de calor urbano.Em estudo realizado em Parauapebas em dia seco no mês de setembro, dentro daestação seca que vai de junho a novembro, também no Bairro Cidade Nova em local próximoao CEUP, Ferreira da Costa et al. (2015) determinaram uma intensidade para ICU de 3,9 oC.As variações médias horárias da ICU no período chuvoso alcançaram a máximaintensidade de 2,4 °C às 15 horas. Como, em geral, os dias chuvosos tendem a serem diastambém nublados, é de se esperar que sejam menos aquecidos. Isto se reflete na intensidadeda ilha de calor, mas, o menor aquecimento das superfícies dependerá do horário e duração daocorrência de nebulosidade e consequentemente da precipitação pluvial.Analisando a ocorrências de ilha de calor no mês de janeiro (estação chuvosa), emuma área de expansão residencial de Parauapebas (Bairro Cidade Jardim) distante do CEUP,Lima et al. (2018) encontraram valores máximos de ICU = 1,2 oC e 2,6 oC para dias chuvosose dias secos, respectivamente.A precipitação pluvial influenciou na intensidade da ICU, com diferença de - 0,8 °Cno período chuvoso em relação ao seco. Entretanto, em alguns dias, o horário de ocorrênciadas chuvas, não impossibilita a presença de ilhas de calor urbano com intensidadessignificativas, pois, chuvas noturnas ou no início da manhã não atenuam a insolação,permitindo grande aquecimento das superfícies.

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39Figura 15 - Variações médias horárias da Temperatura do Ar (oC) para cinco dias secos (linha vermelha) e cincodias chuvosos (linha azul) em março de 2014, medidas nas áreas Urbana (CEUP) e Rural (UFRA) emParauapebas. Indicando ocorrências de Ilhas de Calor Urbano (ICU).

As maiores intensidade de ICU ocorreram alternadamente entre os dias secos echuvosos (Tabela 2). Demonstrando que nas baixas latitudes, com intensa insolação, oaquecimento das superfícies ocorre de maneira semelhante em dias secos ou chuvosos,bastando para isso que, durante o fotoperíodo, os dias sejam parcialmente nublados,alternando momento de sol e momentos com sombra.Alguns dias com precipitação apresentaram maior intensidade da ICU do que diassecos. Isto se deve aos horários de ocorrência das chuvas na região de Parauapebas nestaépoca do ano, que são registradas frequentemente na madrugada e início da manhã.Tabela 2. Ilhas de Calor Urbano (ICU) em Parauapebas, Pará, em dias de março de 2014.Ordem Intensidade da ICU

(oC)Dia do mês Condição do tempo1 5,3 25 Chuvoso2 4,8 10 Seco3 4,2 26 Seco4 3,9 02 Chuvoso5 3,9 16 Seco6 3,2 12 Chuvoso7 3,0 08 Chuvoso8 2,7 01 Seco9 2,7 13 Seco10 2,1 06 Chuvoso

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406. CONCLUSÃOFoi observada a ocorrência de Ilha de Calor Urbano (ICU), em todos os dias estudados do mêsde março de 2014, tanto do período seco (cinco dias), quanto do período chuvoso (cinco dias),com intensidades máximas de 4,8 °C no dia 10 (período seco) e, 5,3 °C no dia 25 (períodochuvoso).No período seco, para os dias 01, 10, 13, 16 e 26, as máximas intensidades da ICUatingiram valores de 2,7 ºC; 4,8 ºC; 2,7 ºC; 3,9 ºC e 4,2 ºC, respectivamente.Para o período chuvoso, nos dias 02, 06, 08, 12 e 25, as intensidades máximas deICU formam de 3,9 ºC; 2,1 ºC; 3,0 ºC; 3,2 ºC e 5,3 ºC, respectivamente.Nos dez dias analisados, as maiores intensidade de ICU se alternaram entre os diassecos e chuvosos. Indicando que na região equatorial, nas baixas latitudes e com grandeinsolação, o aquecimento das superfícies ocorre de maneira semelhante em dias secos ouchuvosos, desde que sejam dias parcialmente nublados durante o fotoperíodo.Em alguns dias com precipitação, a intensidade da ilha de calor urbano foi maiorque em dias secos. Este fato deveu-se aos horários de ocorrência das chuvas em Parauapebasnesta época do ano, que frequentemente são registradas na madrugada e início da manhã.Em média, as intensidades máximas da foram de ICU = 3,2 ºC e 2,4 ºC nos períodosseco e chuvoso, respectivamente.

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