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    A Realidade da Ira de Deus

    Erroll Hulse

    24 de Abril de 2002 - Deus

    Artigo

    O que, exatamente, devemos entender como a ira de Deus? um atributo de Deus? E, se assim for, ela age

    fundamentada em qu? Como respostas a estas perguntas no h declarao mais definitiva do que a doapstolo Paulo na sua introduo ao principal tema de sua epstola aos Romanos: A ira de Deus se revelado cu contra toda impiedade e perverso dos homens que detm a verdade pela injustia (Rm 1.18).

    Resumidos nesta declarao esto os pontos salientes de nosso artigo. Esta ira a ira de Deus. Revela-se do cu. Note o tempo presente revela-se. Os julgamentos de Deus na histria testemunham a respeitode sua ira. Alm disso, esta ira dirigida contra os homens especificamente, contra os homens mpios eperversos e, ainda mais especificamente, contra os homens que de- tm a verdade pela injustia.

    Mais adiante no contexto, o apstolo explica que possvel escapar da ira de Deus, mediante a f emCristo, o nico que tem propiciado essa ira (Rm 3.21-26). Com esta concluso, exponho Romanos 1:18 da

    seguinte maneira.

    1. A provocao da ira de Deus ...coa toda impiedade e perverso dos homens...&ro

    2. A natureza da ira de Deus A ira de Deus se revela do cu. A ira procede do ser ou da pessoa de Deus sua contnua e imutvel reao ao mal.

    3. A ira de Deus manifestada A ira de Deus se revela (continuamente).Apokaluptetai, se revela, umverbo que est no presente contnuo. As manifestaes do desagrado divino acontecem ao longo daHistria, e um estudo destas manifestaes nos ajuda a compreender a realidade da ira de Deus.

    4.A propiciao da ira de Deus A quem Deus props, no seu sangue, como propiciao, mediante a f

    (Rm 3.25). Somente o sangue expiatrio de Cristo propicia a ira de Deus, e a justia de Cristo, atribuda ans, assegura-nos proteo permanentemente contra essa ira.

    1. A provocao da ira de Deus

    ...coa toda impiedade e perverso dos homens...&ro

    A impiedade , na verdade, a ao de ser antiDeus e refere-se inimizade e perversidade, as quaisabrem caminho para a injustia (ilegalidade). A piedade age poderosamente como incentivo para a justiade corao e de vida. Sua ausncia deixa um vcuo que facilmente preenchido pela injustia. Onde noh temor a Deus, os desejos sensuais logo conduzem os homens a entregarem-se livremente a toda forma

    de perverso. A impiedade manifesta-se geralmente na forma de idolatria. No mundo pago esta idolatria expressa no servio a dolos e na escravido a demnios associados a esses dolos. Na sociedadeocidental, a idolatria manifesta-se na forma de mundanismo (servir ao mundo, ao invs de servir a Deus), ouseja, no satisfazer a concupiscncia da carne, a concupiscncia dos olhos e a soberba da vida (1 Jo 2.16).

    Visto que a impiedade afeta o prprio ser e carter de Deus, ela provoca sua ira. Paulo declara que a ira deDeus se revela continuamente contra toda impiedade e perverso dos homens que detm a verdade pelainjustia. Isso implica que os homens conhecem a verdade. Eles so convencidos pela verdade mas aabafam, restringindo-a ou empurrando-a para trs. Isto verdade em relao a todos aqueles que praticama impiedade, mas verdade especialmente em relao aos judeus a quem Paulo se refere em Romanos 2 e3. Os judeus tinham orgulho do seu conhecimento da verdade (Rm 2.20) mas desprezaram-na de tal

    maneira que provocaram nosso Senhor a proferir palavras de feroz indignao: Ai de vs, escribas efariseus, hipcritas, porque fechais o reino dos cus diante dos homens pois vs no entrais, nem deixaisentrar os que esto entrando! (Mt 23.13)

    Todo pecado tem sua origem na apostasia do homem para com Deus. O pecado, ento, aumenta e se

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    multiplica medida que as restries de Deus sobre os pecadores diminuem. Finalmente, todo pecado temsua consumao no fogo da ira de Deus. Todos os atos de ira e indignao neste mundo so apenas umpreldio do estado final de ira que ser revelado no dia da ira e da revelao do justo juzo de Deus (Rm2.5).

    O que ocorre no que a ira cai sobre o pecado abstrato. A maioria das referncias na Bblia mostramexplicitamente que a ira de Deus cai sobre os pecadores. Aborreces a todos os que praticam a iniqidade(Sl 5.5). H aproximadamente 26 passagens bblicas declarando que Deus odeia pecados como divrcio,

    roubo, idolatria, etc. Destas, pelo menos 12 referem-se ao fato de que Deus odeia os prprios pecadores.Devemos observar tambm que toda expresso de ira na histria deste mundo tem uma realidadeescatolgica (move-se em direo ao julga- mento final). Tudo est se movendo para aquele grande diasobre o qual a Bblia fala constantemente (Mt 25.31 Rm 2.5, 5.9 Ef 5.6 Hb 9.27 Ap 20.11). Naquele dia,tudo ser revelado, e o lago de fogo se tornar um monumento permanente justia de Deus.

    Uma tremenda expresso de dio para com Deus dio que tem como resultado a ira de Deus reveladoem Apocalipse 20.8,9. Todos os exrcitos e poderes do Anticristo se organizam contra o acampamento dopovo de Deus. Os poderes da impiedade unidos avanam para atacar a noiva de Cristo. Ao examinarmos abatalha, vemos que, enquanto gloriosa santidade caracteriza a Divindade, dio e feira so as marcas doinimigo. A ira de Deus se manifesta contra a impiedade aquilo que guerreia contra Ele.

    2. A natureza da ira de Deus

    A ira de Deus se revela do cu.

    O castigo humano difere do castigo divino por sua natureza varivel e inexata. Ao lidarmos com crime ecastigo, pensamos geralmente em termos de reforma dos culpados e de proteo dos inocentes. A idia deretribuio no popular. No julgamento final, a ira divina ser expressa somente em termos de retribuio.O inferno no ser uma penitenciria, isto , um lugar para correo. Dureza incorrigvel caracterizar osmpios. O castigo naquele dia ser retribuio justa.

    Os magistrados so autorizados por Deus a punir (Rm 13.1-4), mas, em ltima instncia, a retribuio, deacordo com a Bblia, funo somente da Divindade. A mim pertence a vingana eu que retribuirei, diz oSenhor (Rm 12.19 Hb 10.30). O papel da conscincia importante. No h arrependimento no inferno (Ap16.11) e a ira de Deus, na forma de castigo sem fim, ser apoiada pela conscincia humana que prestartestemunho e a aprovar na sentena condenadora.

    A realidade da ira de Deus levanta a questo de impassibilidade: encontramos em nossas declaraes de fa afirmao de que Deus no tem partes ou paixes corporais. Isto estabelece uma verdade importantedesignada a evitar qualquer idia de que Deus seja instvel ou sujeito s disposies ou distrbios que nsmortais conhecemos. No entanto, seria desastroso concluir, por isso, que Deus uma mquina semsentimentos. Ele eternamente santo e perfeito no seu amor trino. Vemos seus sentimentos expressosem Cristo, mas no possvel sabermos, de maneira prtica, como Deus sente. Se a declarao Deus amor tem algum significado, ento, conclumos que Deus sente emoes sua prpria maneira infinita eimutvel. Em nossa prpria experincia, sentimos o amor de Deus de forma tangvel, medida que esseamor derramado em nossos coraes pelo Esprito Santo, que nos foi outorgado (Rm 5.5). A lngua bblicaprincipal o hebraico. A palavra aphdenota raiva, estremecimento, (210 vezes) e chemah significa calor,ira, fria (115 vezes). Vistas nos seus contextos, estas palavras demonstram claramente a mensagem deque Deus tem sentimentos fortssimos em relao maldade. O assunto obviamente precisa de exposioseparada, na qual o maior cuidado necessrio para resguardar nosso ponto de vista da imutabilidade deDeus, e o nosso entendimento dEle como um Deus (sempre santo em Si mesmo) que amor e ira.

    Sobre o assunto de ira e amor, Shedd comenta: Estas duas emoes so reais e essenciais em Deus: uma

    despertada pela justia e a outra pelo pecado. A existncia de uma necessita da existncia da outra as-sim, se no houver amor pela justia, no haver dio pelo pecado e, reciprocamente, se no houver diopelo pecado, no haver justia. A coexistncia necessria destes senti- mentos continuamente ensinadana Bblia: Vs que amais o Senhor, detestai o mal (Sl 97.10).

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    A perfeita compatibilidade entre a ira e o amor vista na prova substitutiva de Cristo. Somente Ele poderiacumprir os requisitos da justia. As ofertas queimadas de Levtico 1.1-9 eram completamente consumidaspelo fogo. Produziam um aroma agradvel ao Senhor. O agradvel uma referncia total satisfao de

    justia e no significa, nem por um momento, que Deus teve prazer nos sofrimentos de Cristo. Elerepugnava isto (lembremos a prova de Abrao, ao ser chamado para sacrificar Isaque) com perfeitarepugnncia, mas teve prazer na vindicao da justia e no cumprimento da justia representada na vitriade seu Filho. A dor do Cordeiro em corpo e alma era to imensa, que somente os poderes de uma pessoadivina poderiam suport-la.2 Como sua alma fervia debaixo do fogo da ira, e seu sangue vazava atravs

    de todos os poros, por causa do extremo calor da chama.

    Por causa destes interesses essenciais pela justia, a ira de Deus veio sobre o Cordeiro, e podemos apenasconcluir que essa ira uma terrvel realidade.

    3. A ira de Deus manifestada

    A ira de Deus se revela (continuamente)...

    Enquanto escrevo sobre essa ira, a mdia est trabalhando para expor ao mundo atrocidades que ocorremem vrias partes do mundo. A opinio mundial tem sido despertada rapidamente, exigindo que tome-se umaposio contra o grande nmero de mortes. A Bblia fala clara- mente sobre acontecimentos desse tipo esobre calamidades como guerras, fomes, enchentes, furaces e vulces. A Bblia avisa claramente sobre osfatos do julgamento de Deus na Histria.

    A queda de Ado e Eva. A primeira manifestao da ira de Deus aquilo que veio como inexorvelcumprimento de suas palavras: No dia em que dela comeres, certamente morrers (Gn 2.17). Os primeirospecadores receberam sobre si mesmos uma maldio a mulher foi amaldioada na principal rbita de suavida e, de maneira semelhante, o homem. A terra tambm foi amaldioada. Todos os descendentes de Adoe Eva, por causa da Queda, so nascidos na iniqidade (Sl 51.5). Toda pessoa que nasce neste mundo culpada do pecado de Ado, ou seja, falta-lhe aquela justia na qual Ado foi criado, e a pessoa corruptapor natureza (Rm 5.12-21). Isto significa que toda pessoa nasce neste mundo como pecador e,

    conseqentemente, a culpa clama por ira, devido aos pecados que ela comete cada vez mais. A demora naaplicao do castigo, expresso em Gnesis 2.17, vista de vrias maneiras. Ado no morreu fisicamentede imediato. O castigo de Caim pelo assassinato de Abel foi adiado, apesar de ser evidente que ele era umhomem perverso. A civilizao caimita, descrita em Gnesis 4.16-24, foi ricamente abenoada com osbenefcios da graa comum e se excedeu nos avanos tecnolgicos e culturais. Ao mesmo tempo, essacivilizao era prottipo de humanismo e impiedade.

    O dilvio nos dias de No. A decadncia da humanidade, como conseqncia da Queda tem seu prpriocomentrio na observao feita por Jeov, ao reclamar que a inclinao do pensamento do corao dohomem era somente maldade em todo o tempo! O pecado sempre traz consigo a reao da ira. O Senhordeclarou: Farei desaparecer da face da terra o homem que criei (Gn 6.7). Os males da indiferena e do

    pecado caracterizaram a gerao de No. A busca de atividades legais comer, beber, construir, casar sefor seguida sem motivos teocntricos provoca a ira de Deus. O aumento da criminalidade tambm foi umprecursor do dilvio. A terra estava cor- rompida vista de Deus e cheia de violncia ento, Deus disse aNo: Resolvi dar cabo de toda carne (Gn 6.11-13). Referindo-se ao pecado de mundocentrismo nos diasde No, nosso Senhor declarou claramente que um estado semelhante de mundanismo preceder suasegunda vinda (Lc 17.26).

    Sodoma e Gomorra. De acordo com Calvino, o caso de Sodoma foi trazido ateno de Abrao, a fim deensin-lo que os sodomitas mereciam, com justia, a sua destruio. Ao dizer que o clamor tem semultiplicado, Deus indica quo doloroso so os pecados dos mpios porque, apesar de prometeremimpunidade para si mesmos, escondendo suas maldades, os seus pecados soaro nos ouvidos de Deus.

    O horroroso mal que veio a ser chamado de sodomia foi revelado inteiramente na noite anterior ao dia emque L foi removido da cidade, quando os homens daquela cidade cercaram a casa... assim os mooscomo os velhos e exigiram abusar dos dois anjos (Gn 19.4). Romanos 1 mostra que este pecado emparticular um sinal de perverso, um sinal de que Deus tem entregado os homens destruio. Paulo diz

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    que impossvel para um homossexual herdar o reino de Deus, mas algumas pessoas em Corinto searrependeram deste pecado e encontraram a salvao (1 Co 6.9-11).

    O caso de Sodoma nos ensina que os pecados que destroem a instituio da famlia e que tornamintolervel a vida de crianas exigem a ira de Deus. O alarmante abuso sexual de crianas, em nossos dias,certamente provoca a ira de Deus. O pecado dos amorreus se tornou insuportvel, quando chegou ao seuauge, na poca quando essa nao foi destruda por Israel. A invaso foi um ato de guerra mas tambm de

    justia (Gn 15.16 1 Rs 21.26 2 Rs 21.11).

    A maneira pela qual as cidades da plancie foram destrudas no insignificante. Seus crimes exigiam umato de indignao que foi manifestado por fogo do cu, no um fogo de aniquilao, e sim um fogo detormento sem fim este fato apoiado por Judas 7: Sodoma, e Gomorra, e as cidades circunvizinhas, que,havendo-se entregado prostituio como aqueles, seguindo aps outra carne, so postas para exemplo dofogo eterno, sofrendo punio.

    A ira caindo sobre os indivduos. A ira de Deus contnua na sua manifestao e universal na suaaplicao. Deus um juiz justo, que manifesta sua ira todo o dia. Esta ira pode ser percebida na vida depessoas como Acabe e Jezabel, no Antigo Testamento e de Ananias e Safira, no Novo Testamento e, maistarde, na vida do Rei Herodes, que foi morto quando recebeu adorao que deveria ser prestada somente a

    Deus e, na era moderna, na morte de ditadores como Hitler e os Ceaucescus.

    Naes e imprios. As naes e os imprios mundiais tambm so pesados na balana divina. Grandestrechos das mensagens profticas so dedicados a este tema (Is 13-15 Jr 46-50 Ez 25-32 e Am 1-2). Aobrigao de Naum era mostrar que a hora da ira de Deus havia chegado para Nnive, porque ela vendia ospovos com a sua prostituio e as gentes, com as suas feitiarias (Na 3.4). Por essas razes, a sua clerase derrama como fogo (Na 1.6). Daniel 2 descreve o julgamento de Deus sobre quatro imprios orgulhososque se sucederam, e todos foram totalmente destrudos.

    As setes taas da clera de Deus. As taas de ouro de Apocalipse 16 so taas de ira. Alguns dos horroresdos julgamentos descritos de maneira simblica no Apocalipse j esto, at certo ponto, presentes conosco.

    Seca, fome e poluio so terrveis realidades. Sempre pergunta-se porque Deus permite os terrveisdesastres de guerras civis (no Sudo, durante 25 anos em Moambique, durante 16 anos o conflito recenteentre o Iraque e o Ir, etc.) fomes (como na Etipia, no Sudo e na Somlia) holocaustos (na AlemanhaNazista, na Rssia e, mais recentemente, no Camboja). Isaas 24.5-6a nos diz: Na verdade, a terra estcontaminada por causa dos seus mora- dores, porquanto transgridem as leis, violam estatutos, e quebram aaliana eterna. Por isso, a maldio consome a terra, e os que habitam nela se tornam culpados.

    A ira de Deus revelada contra seu povo eleito. O privilgio traz consigo a responsabilidade. A aliana deDeus resumida em Deuteronmio coloca bastante nfase na importncia da fidelidade. A fidelidade seriarecompensada com abundante prosperidade. Para o povo de Deus, a regra seria emprestars a muitasgentes, porm tu no tomars emprestado (Dt 28.12). Por outro lado, a desobedincia, especialmente se

    fosse no caso de servir a dolos imprestveis, provocaria o cime do Senhor e acenderia o fogo da sua ira(Dt 32.21-24).

    Talvez a alegoria da infiel Jerusalm, registrada em Ezequiel 16, fornea a mais marcante lio de ira. Estafoi provocada pela promiscuidade e prostituio de Israel. Tendo sido removida do campo onde havia sidolanada na sua infncia, e onde revolvia-se no sangue sem ter sido cortado o seu cordo umbilical,Jerusalm foi embelecida pelo seu Salvador e amante. Mas ela tinha dormido com seus vizinhos lascivos detodos os lados. Por isso, Ele diz: Te farei vtima de furor e de cime (Ez 16.38).

    O paralelo no Novo Testamento encontra-se em Hebreus 6 e 10. A justia de Deus proporcional responsabilidade humana. Aqueles que fazem profisso de f, tornam-se membros da igreja, recebem a luz,

    o ensino e os benefcios do evangelho e depois rejeitam esses privilgios sero devidamente punidos: Dequanto mais severo castigo julgais vs ser considerado digno aquele que calcou aos ps o Filho de Deus, eprofanou o sangue da aliana com o qual foi santificado, e ultrajou o Esprito da graa? Ora nsconhecemos aquele que disse: A mim pertence a vingana eu retribuirei. E outra vez: O Senhor julgar oseu povo. Horrvel coisa cair nas mos do Deus vivo (Hb 10.29-31).

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    4. A propiciao da ira de Deus

    A quem Deus props, no seu sangue, como propiciao, mediante a f (Rm 3.25).

    Nada to inescrutvel ou to maravilhosamente eficaz como o sacrifcio vicrio de Cristo, realizado de umavez por todas, para propiciar a ira de Deus. To terrvel foi essa ira que at mesmo Cristo, que conheciatodas as coisas, quando estava para tomar o clice da ira, disse: A minha alma est profundamente tristeat morte (Mc 14.34).

    Na sua exposio de Isaas 53. 10: Todavia, ao Senhor agradou mo-lo, fazendo-o enfermar, Mantondisse: Ento, aprenda: (a) a total impiedade do pecado, custou a Cristo uma vida de sofrimento, umadolorosa, vergonhosa, amaldioada morte e uma incrvel com- preenso da ira de Deus, a fim de reconciliarpecadores (b) O temor da ira de Deusfez com que Cristo morresse (c) a extenso das nossas obrigaes

    para com Cristo fez com que Ele condescendesse em suportar a ira de Deus (d) devemos estar prontos asofrer qualquer coisa por Cristo. Visto que Ele suportou a raiva e a ira de Deus por nossa causa, nosuportaremos a raiva e a ira dos homens por causa de Cristo?

    Propiciar (do latimpropitiare) significa apaziguar, tornar favorvel ou conciliar. Envolve o elemento pessoal.Uma pessoa ofendida conciliada. Deus propiciado no sentido em que sua ira removida.

    A ddiva de Cristo como nossa propiciao a mais completa expresso do amor de Deus. Nisto consisteo amor: no em que ns tenhamos amado a Deus, mas em que Ele nos amou e enviou o seu filho comopropiciao pelos nossos pecados (1Jo 4.10). Aqui est o amor eficaz, um amor determinado a salvar, umamor que foi to longe, a ponto de transferir a ira dos que a mereciam para Aquele que nos amou de talmaneira que somente Ele estava preparado a suport-la. Com base na mesma propiciao, toda a graacomum e benevolente manifestada a ira, contida e o julgamento, adiado. Todos os favores que at osmpios recebem neste mundo, diz John Murray, esto relacionados de alguma forma expiao, e pode-sedizer que tm sua origem nela.7

    Concluso

    A realidade da ira de Deus como um atributo, uma parte essencial e intrnseca do seu Ser, deve agir comodefesa contra o ensino falso e idias sem fundamento no sentido de que no h inferno. A ira de Deus vistanos atos histricos de julgamento deve servir tambm para nos fortalecer contra as influncias do liberalismotico. A verdade de que a ira de Deus permanece sobre os homens deve induzir-nos a compartilhar oevangelho com eles. notvel que uma recesso no fervor missionrio pode ser atribuda mudana deatitude nos pregadores em afastarem-se da nfase sobre esse tema que caracterizava nossosantepassados evanglicos. A propiciao realizada pela cruz de Cristo , em si mesma, um testemunhosobre a realidade da ira divina. Essa ira, e a propiciao que a silencia, deve impelir-nos, com todos osrecursos disponveis, evangelizao do mundo.

    O leitor tem permisso para divulgar e distribuir esse texto, desde que no altere seu formato, contedo e /ou traduo e que informe os crditos tanto de autoria, como de traduo e copyright. Em caso de dvidas,faa contato com a Editora Fiel.