IE733 – Prof. Jacobus Cap. 5 Transistores MOS com canal implantado. (parte 1)
MINISTÉRIO DA SAÚDE HOSPITAL SANTA...
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MINISTÉRIO DA SAÚDE HOSPITAL SANTA MARCELINA
Implantação do Método KanBan no Pronto Socorro (SUS) em um Hospital Filantrópico Quaternário da Zona Leste de São Paulo
Autoria: Ir. Carla Rosimeire Felix
São Paulo 2013
RESUMO
Kanban é uma expressão japonesa com origem nos cartões utilizados por empresas
japonesas, desenvolvido pela Toyota Motor Company, aplicado aos processos de
previsão, produção e distribuição, seguindo os princípios do JUST IN TIME (JIT). Os
objetivos do método Kanban são: assegurar a eficiência da produção (tornando
visíveis e disponíveis todas às informações inerentes ao processo), disciplinar o
fluxo de materiais, auto-controle do sistema de programação e controle de produção.
Na área da saúde, o método Kanban está sendo adaptado e aplicado nas unidades
do Pronto Socorro para melhorar o fluxo e resolutividade dos pacientes internados
nas unidades de emergência. Com intuito de melhorar a gestão do Pronto Socorro
SUS, uma instituição hospitalar filantrópica, quaternária, com Pronto Socorro Porta
Aberta, na Zona Leste de São Paulo, sendo um dos hospitais selecionados no
Programa SOS Emergência implantado pelo Ministério da Saúde, em fevereiro de
2012, implantou o método Kanban, nas unidades de Emergência Clínica, Cirúrgica e
Pediátrica. Tendo como objetivo melhorar o fluxo e resolutividade dos pacientes nas
unidades do pronto socorro; diminuir a longa permanência dos pacientes em
unidades de pronto socorro; melhorar a qualidade no atendimento e melhorar a
administração de recursos humanos e materiais. Isso porque, o método Kanban tem
como vantagens: ser um método simples e prático; permite a visão geral da unidade
de maneira rápida e sistematizada; ter uma visão global dos pacientes e da unidade
por todos os membros da equipe multiprofissional; ter o controle do tempo de
permanência de cada paciente na unidade e a visualização rápida dos pacientes
com problema de resolutividade. Inicialmente, os dados dos pacientes internados no
pronto socorro eram inseridos em planilha do Excel pelo enfermeiro e
automaticamente identificados respeitando a coloração da classificação do KanBan.
Juntamente, cada leito foi sinalizado com placas de identificação com cores:
vermelha (para pacientes internados superior à 72 horas), amarela (para internados
entre 24 e 72 horas) ou verde (para até 24 horas), de acordo com o tempo de
permanência do paciente, sendo atualizada de forma periódica e sistemática pelo
enfermeiro. Em seguida, percebeu-se a necessidade de implantar uma visita
multiprofissional para analisar os fatores desencadeantes da longa permanência e
tentar diminuí-la o mais rapidamente possível. Iniciou-se com os casos sinalizados
com cor vermelha com intuito de tomar ciência do que estava impactando para a
permanência prolongada destes pacientes no Pronto Socorro. Para todos os
pacientes houve o apontamento dos motivos de permanência nas unidades, sendo
os principais: falta leito de UTI, falta leito de internação, instabilidade clínica, motivo
social, etc. Atualmente, o método Kanban está sendo implantado nas unidades de
internação e UTI, respeitando as médias históricas dos tempos de permanência de
cada unidade, com objetivo de melhorar o fluxo de entrada e saída do paciente no
hospital, melhorando o atendimento dos pacientes e rotatividade dos leitos de
internação, ou seja, implantação de um sistema de gestão da clínica na instituição.
Contudo, chega-se a conclusão que a implantação desse método, melhorou a
gestão da clínica no Pronto Socorro fortalecendo toda a equipe assistencial.
Palavras-chave: Kanban, Gestão de Leitos, Serviço Hospitalar de Emergência,
Tempo de Permanência, Qualidade da assistência à saúde.
I. Introdução Kanban é uma expressão japonesa com origem nos cartões utilizados nas
empresas japonesas para solicitar componentes e outros equipamentos da mesma
linha de produção, e que designa um método de fabricação em série, desenvolvido
pela Toyota Motor Company, aplicado aos processos de previsão, produção e
distribuição, seguindo os princípios do JUST IN TIME (JIT): o tempo certo para
quantidade e qualidades certas e defeitos zero. (Domingos, 1996)
Definido como um sistema de coordenação de ordens de produção e compra,
o sistema Kanban controla a produção dos produtos necessários, na quantidade e
no momento necessário. (Fernandes, 2007)
A tradução literal da palavra kanban é anotação visível ou sinal. De modo
geral, vem se empregando na literatura esta palavra com o significado de cartão,
pois o sistema kanban é conhecido por empregar determinados cartões para
informar e sinalizar determinadas ações. (Godinho, 2008)
Os objetivos do método Kanban são: assegurar a eficiência da produção
(tornando visíveis e disponíveis todas às informações inerentes ao processo),
disciplinar o fluxo de materiais, auto-controle do sistema de programação e controle
de produção. (Domingos, 1996).
Na área da saúde, o método Kanban está sendo adaptado e aplicado nas
unidades do Pronto Socorro para melhorar o fluxo e resolutividade dos pacientes
internados nas unidades de emergência.
O Hospital Municipal Miguel Couto iniciou a implantação do método kanban
como uma nova forma de controle diário dos pacientes da emergência baseada no
kanban. A novidade visa à melhoria do fluxo dos leitos, uma das metas da ação SOS
Emergências, implementada pelo Ministério da Saúde.
O Hospital Santa Marcelina – Itaquera é um dos hospitais selecionados na
ação SOS Emergências implantado pelo Ministério da Saúde e, com o intuito de
atender o objetivo desta ação, o Núcleo de Acesso e Qualidade Hospitalar (NAQH)
formado por profissionais do próprio hospital e por apoiadores técnicos do Ministério
da Saúde baseou-se no modelo kanban implantado no Hospital Miguel Couto para
elaboração do projeto de implantação deste método com algumas adaptações
conforme as particularidades do nosso hospital.
II. Objetivos 1. Melhorar o fluxo e resolutividade dos pacientes nas unidades do pronto
socorro
2. Diminuir a longa permanência dos pacientes em unidades de pronto socorro
3. Melhorar a qualidade no atendimento
4. Melhorar a administração de recursos humanos e materiais
III. Vantagens:
1. Método simples e prático
2. Permite a visão geral da unidade de maneira rápida e sistematizada
3. Visão global dos pacientes e da unidade por todos os membros da equipe
multiprofissional
4. Controle do tempo de permanência de cada paciente na unidade e
visualização rápida dos pacientes com problema de resolutividade.
IV. Proposta da Metodologia a. Público alvo
Inicialmente a proposta seria aplicar o método Kanban em todos os pacientes
internados no Pronto Socorro Clínico, Cirúrgico e Pediátrico.
b. Estratégia de funcionamento
Os dados dos pacientes internados no pronto socorro serão inseridos em
planilha pelo enfermeiro e automaticamente serão identificados conforme coloração
de classificação do KanBan.
A ideia é sinalizar com placas de identificação cada leito. Serão utilizadas
placas de cores vermelha, amarela ou verde, de acordo com a classificação diária
do paciente.
Haverá um painel nas unidades com todos os pacientes internados e a
sinalização da cor para que as equipes visualizem os pacientes que estão fora do
planejamento do tempo de permanência e tentem solucionar o problema.
O painel e as placas de identificação dos leitos/macas serão atualizados
diariamente. Os médicos responsáveis pelo paciente sinalizarão à enfermeira
responsável pelo setor os problemas detectados no tratamento que prolonguem a
permanência do paciente.
As placas terão os seguintes significados:
ü Verde – Permanência abaixo da média - Ideal – até 24 horas
ü Amarela – Permanência no limite da média – de 24 a 72 horas
ü Vermelha – Permanência acima da média – após 72 horas
Conforme a indicação da placa, a equipe multiprofissional, deverá analisar os
fatores desencadeantes do problema e tentar solucionar o mais rapidamente
possível.
Os casos sinalizados com cartão vermelho serão discutidos diariamente com
a equipe para agilizar o processo e o fluxo de atendimento destes pacientes. Caso
necessário, o problema será direcionado para a diretoria auxiliar na resolução do
fluxo. Os pacientes com cartão vermelho deverão ter a descrição do motivo da longa
permanência. Os motivos serão os seguintes:
1. Falta de leito de internação
2. Falta de leito de UTI
3. Instabilidade clínica
4. Falta de resultado de exames para alta
5. Aguarda transferência para outro hospital
6. Motivo social (não tem familiar, falta de domicílio, falta de transporte...)
Todos os pacientes internados terão uma planilha preenchida com os
seguintes dados:
1. Nome completo (já no nome será colorido conforme classificação do kanban)
2. Leito
3. Idade
4. Data de internação 5. Período de internação (M/T/N) 6. Dias de internação 7. Indicadores de risco assistencial (queda, flebite, ulcera por pressão, extubação
acidental, perda de cateter nasoenteral) 8. Número de atendimento 9. Especialidade médica 10. Diagnóstico médico 11. Exames realizados 12. Complicações 13. Motivos de permanência 14. Intercorrências 15. Motivo de Saída (destino)
Posteriormente o pronto socorro será redimensionado com as seguintes
áreas: Leitos de Observação, Leitos de retaguarda e Leitos de UTI e para cada área
será adaptada o método Kanban, ou seja, para cada área o tempo de permanência
será diferenciado. As especialidades que atendem os pacientes no pronto socorro
deverão especificar o tempo médio de permanência deste paciente nas unidades em
que permanecerão internados (unidade de observação ou retaguarda). Estas
unidades deverão especificar o tempo médio que o paciente deverá permanecer e
sinalizar quando este é excedido.
Futuramente a idéia é que o método kanban, de controle de tempo
permanência hospitalar, seja implantado em todas as unidades de internação para
melhorar o fluxo de entrada e saída do paciente no hospital, melhorando o
atendimento dos pacientes e rotatividade dos leitos de internação.
O Núcleo de Acesso e Qualidade Hospitalar (NAQH) formado na instituição
por membros indicados para acompanhar e viabilizar as ações do SOS Emergências
promovido pelo Ministério da Saúde realizará a implantação, o monitoramento e
aperfeiçoamento da proposta do método kanban nas unidades do Pronto Socorro do
Hospital Santa Marcelina.
c. Responsabilidades ü Núcleo de Acesso e Qualidade Hospitalar (NAQH): elaborar e aplicar o projeto
Kanban nas unidades do pronto socorro, monitorar o funcionamento e resolutividade
do processo, apoiar e acompanhar a equipe multiprofissional, disponibilizar recursos
para aplicabilidade do método.
ü Equipe Médica: aplicar conduta terapêutica, definir tempo de permanência para
cada diagnóstico (levando em consideração o faturamento SUS), sinalizar a
enfermagem problemas de resolutividade, discutir o caso com a equipe
multiprofissional, aplicar o índice de Comorbidade de Charlson.
ü Equipe de enfermagem: prestar assistência de enfermagem necessária ao
paciente, sinalizar com as placas os leitos de acordo com a classificação do TMP,
atualizar quadro/painel geral de controle da unidade, discutir o caso com equipe
multiprofissional, sinalizar equipe envolvida com problemas de resolutividade,
sinalizar o gerenciamento de leitos os pacientes classificados como amarelo e
vermelho.
ü Gerenciamento de leitos: monitorizar o fluxo de pacientes conforme
classificação estabelecida, melhorar o fluxo de atendimento e de internação,
trabalhar em conjunto com a equipe multiprofissional.
d. Monitoramento O monitoramento será realizado diariamente por todas as equipes envolvidas
e acompanhado pelo Núcleo de Acesso e Qualidade Hospitalar (NAQH).
V - Infraestrutura necessária ü Instalação de painel digital em todos os setores para sinalizar o tempo de
permanência dos pacientes – total de 06 grandes painéis: 02 PS Infantil (sala
observação e retaguarda), 02 PS Clínico (sala observação e retaguarda) e 02 PS
Cirúrgico (sala observação e retaguarda).
ü Compra de etiquetas coloridas (vermelha, amarela e verde) para sinalizar os
leitos/macas.
VI – Desenvolvimento e Resultados Todos os profissionais de enfermeiros do Pronto Socorro foram treinados
quanto a metodologia, e iniciou a implantação no dia 06 de fevereiro de 2012. Em
paralelo, foram treinados todos os outros profissionais do pronto socorro e a seguir
todos os profissionais do hospital.
Inicialmente, foi difícil a compreensão do método, pois teve que mudar a
cultura de escolha de pacientes para transferência para o andar. Mas atualmente
isso foi superado.
As macas no pronto socorro foram identificadas conforme figura abaixo.
Com essa implantação foi adaptado a planilha do Censo do Pronto Socorro,
segundo os critérios do Kanban. O modelo da planilha em Excel está representado
na figura a seguir.
Até 24 horas
Acima de 72 horas
Entre 24 a 72 horas
A partir dessa planilha foram coletados indicadores de qualidade. Os
indicadores que foram sendo coletados foram os seguintes:
ü Saída do pronto socorro de acordo com o fugulin e kanban
ü Motivos de saída por Kanban
ü Percentual de pacientes por tempo de permanência (kanban)
ü Motivos de permanência por Kanban
ü Óbito - situação pacientes relacionado ao motivo da permanência
ü Tempo de Permanência de acordo com Classificação de Fugulin
ü Percentual de cada cor no Pronto Socorro
A seguir está apresentado alguns gráficos com esses indicadores que foram
citados acima.
0
10
20
30
40
50
60
70
Títu
lo d
o Ei
xo
KANBAN DE SAIDA PRONTO SOCORRO CLINICO
VERDE
AMARELO
VERMELHO
05
101520253035404550
Títu
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o Ei
xo
KANBAN DE SAIDA PRONTO SOCORRO CIRURGICO
VERDE
AMARELO
VERMELHO
Pronto Socorro Clínico
0%
20%
40%
60%
80%
ago/12 set/12 out/12 nov/12 dez/12 jan/13 fev/13 mar/13
MOTIVO SAIDA EM % KANBAN VERDEALTA
TRANSF. ENFERMARIA
TRANSF. UTI
TRANSF. OUTRO SERVIÇO
OBITO
CC
EVASÃO
0%
20%
40%
60%
80%
ago/12 set/12 out/12 nov/12 dez/12 jan/13 fev/13 mar/13
MOTIVO SAIDA EM % VERMELHO
ALTA
TRANSF. ENFERMARIA
TRANSF. UTI
TRANSF. OUTRO SERVIÇO
OBITO
CC
0%
20%
40%
60%
80%
ago/12 set/12 out/12 nov/12 dez/12 jan/13 fev/13 mar/13
MOTIVO SAIDA EM % KANBAN AMARELOALTA
TRANSF. ENFERMARIA
TRANSF. UTI
TRANSF. OUTRO SERVIÇO
OBITO
CC
EVASÃO
Pronto Socorro Cirúrgico
0%
20%
40%
60%
80%
ago/12 set/12 out/12 nov/12 dez/12 jan/13 fev/13 mar/13
MOTIVO SAIDA EM % KANBAN VERDEALTA
TRANSF. ENFERMARIA
TRANSF. UTI
TRANSF. OUTRO SERVIÇO
OBITO
CC
EVASÃO
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
ago/12 set/12 out/12 nov/12 dez/12 jan/13 fev/13 mar/13
MOTIVO SAIDA EM % VERMELHO
ALTA
TRANSF. ENFERMARIA
TRANSF. UTI
TRANSF. OUTRO SERVIÇO
OBITO
CC
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
ago/12 set/12 out/12 nov/12 dez/12 jan/13 fev/13 mar/13
MOTIVO SAIDA EM % KANBAN AMARELOALTA
TRANSF. ENFERMARIA
TRANSF. UTI
TRANSF. OUTRO SERVIÇO
OBITO
CC
EVASÃO
A implantação do Kanban foi o ‘ponta-pé’ para as mudanças internas
acontecerem, já caminhou bastante, mas é preciso mais. Depois de alguns meses
da utilização da ferramenta percebeu-se que esta não estava provocando resultados
significativos na escolha efetiva dos pacientes para subirem para o andar ou UTI, e
foi sendo banalizada. Com intuito de iniciar um trabalho de gestão da clínica, com
ajuda do NAQH, começou um trabalho na emergência clínica, o lugar mais crítico do
Pronto Socorro para implantação de uma visita multiprofissional.
Primeiramente, foram selecionados os profissionais que deveriam compor
essa equipe, e então, chegou a seguinte proposta: Coordenadora do Pronto
MÊS VERDE AMARELO VERMELHO MÊS VERDE AMARELO VERMELHO MÊS VERDE AMARELO VERMELHO MÊS VERDE AMARELO VERMELHO MÊS VERDE AMARELO VERMELHO
ago/12 18 14 68 ago/12 6 41 53 ago/12 10 29 62 ago/12 23 33 45 ago/12 11 44 44set/12 18 11 71 set/12 34 0 66 set/12 16 44 40 set/12 21 30 49 set/12 21 32 47out/12 21 13 64 out/12 15 28 57 out/12 15 31 54 out/12 13 49 38 out/12 14 48 38nov/12 23 15 62 nov/12 22 25 53 nov/12 18 29 53 nov/12 15 35 50 nov/12 19 42 39dez/12 25 17 58 dez/12 26 28 46 dez/12 14 21 65 dez/12 18 38 44 dez/12 25 42 33jan/13 20 14 66 jan/13 21 25 54 jan/13 15 20 65 jan/13 19 25 56 jan/13 24 45 31fev/13 23 12 65 fev/13 32 29 39 fev/13 19 23 58 fev/13 22 23 55 fev/13 28 46 26mar/13 24 11 65 mar/13 24 25 51 mar/13 21 22 57 mar/13 21 32 47 mar/13 24 49 27
CUIDADOS MINIMOS
KANBAN POR SAIDA E GRAU DE DEPENDENCIA NO PRONTO SOCORRO CLINICO EM %
CUIDADOS INTENSIVOS CUIDADOS SEMI INTENSIVOS CUIDADOS ALTA DEPENDENCIA CUIDADOS INTERMEDIARIOS
MÊS VERDE AMARELO VERMELHO MÊS VERDE AMARELO VERMELHO MÊS VERDE AMARELO VERMELHO MÊS VERDE AMARELO VERMELHO MÊS VERDE AMARELO VERMELHO
ago/12 28,5 21,5 50 ago/12 40 10 50 ago/12 28 36 36 ago/12 18 50 32 ago/12 40 44 16set/12 20 40 40 set/12 20 60 20 set/12 38 32 30 set/12 35 43 22 set/12 42 37 21out/12 30 30 40 out/12 11 33 56 out/12 46 41 13 out/12 42 35 23 out/12 52 35 13nov/12 32 29 39 nov/12 15 15 70 nov/12 38 40 22 nov/12 45 42 13 nov/12 55 28 17dez/12 33 28 39 dez/12 18 14 68 dez/12 34 41 25 dez/12 42 43 15 dez/12 49 33 18jan/13 31 35 34 jan/13 16 13 71 jan/13 36 39 25 jan/13 39 44 17 jan/13 47 32 21fev/13 32 36 32 fev/13 17 18 65 fev/13 38 35 27 fev/13 35 42 23 fev/13 47 35 18mar/13 36 34 30 mar/13 20 11 69 mar/13 36 32 32 mar/13 38 38 24 mar/13 44 36 20
KANBAN POR SAIDA X GRAU DE DEPENDENCIA NO PRONTO SOCORRO CIRURGICO %
CUIDADOS INTENSIVOS CUIDADOS SEMI INTENSIVOS CUIDADOS ALTA DEPENDENCIA CUIDADOS INTERMEDIARIOS CUIDADOS MINIMOS
Socorro; Médico Horizontal P.S.; Enfermeiro P.S.; Fisioterapeuta; Assistente Social;
Nutricionista; Farmacêutico; Representante do NIR; CCIH. Em seguida, foram
realizadas algumas reuniões para estruturação de um impresso para registro da
visita, que está representado a seguir. Foi estipulado, um horário e periodicidade
semanal (às 9h da manhã de segunda a sexta-feira).
Com o início das visitas multiprofissionais, precisou-se fazer alguns ajustes
gerais, pois o volume dos pacientes eram muitos e o tempo pequeno, então, foi
estipulado o período de uma hora de visita aos pacientes com maior tempo de
permanência, ou seja, os vermelhos e alguns amarelos de acordo com a
resolutividade da visita. Inicialmente, encontramos barreiras com os diversos
profissionais, mas atualmente, essa é uma estratégia fundamental para a gestão da
clínica no Pronto Socorro.
Foi com o Kanban e com as visitas multiprofissionais que constatamos
diversas necessidades, como por exemplo: novos leitos de UTI, aumento de quadro
funcional, leitos de retaguarda, entre outros.
A seguir, estão algumas informações coletadas nas visitas de novembro de
2012 a março de 2013.
Com o desenvolvimento e avanço do método, foi necessário criar um software
para melhor gerenciamento das informações, pois a planilha do Excel apresentava
limitações. Portanto, em novembro de 2012, iniciou uma parceria com o Sistema de
Gestão Hospitalar MV, para atender as necessidades do Programa SOS
Emergências, e foi criado uma tela semelhante à planilha do censo do Pronto
Socorro para melhoria da gestão do Kanban. A seguir está o modelo da tela que foi
criada.
Com isso, percebeu-se a importância de ampliar o foco do Kanban, não
reduzi-lo somente as emergências, mas expandi-lo para as Unidades de Internação
e UTIs. Portanto, atualmente, o método Kanban está sendo implantado nas
unidades de internação e UTI, respeitando as médias históricas dos tempos de
permanência de cada unidade, com objetivo de melhorar o fluxo de entrada e saída
do paciente no hospital, melhorando o atendimento dos pacientes e rotatividade dos
leitos de internação, ou seja, implantação de um sistema de gestão da clínica na
instituição.
VII - Considerações Finais
Diante disso, pode-se concluir que a ferramenta Kanban é muito relevante
numa emergência, pois além de mostrar a situação local, é a mola impulsionadora
para a implantação de uma gestão da clínica.
Como bem afirma, Lima (2006), as mudanças são extremamente necessárias
nos hospitais e, para isso, o Modelo de Gestão da Qualidade e o Redesenho de
Processos podem ajudar a promove o Desenvolvimento Organizacional, e ampliar a
capacidade e qualidade da assistência nestas instituições.
Segundo Heisler (2012), o sistema Kanban nas emergências hospitalares
pode ser entendido como uma ferramenta de qualificação do gerenciamento do
cuidado, por sítios assistenciais. Dessa forma, através dessa ferramenta podemos
identificar o paciente, identificar a equipe responsável, localizar o paciente na
emergência, indicar o tempo de permanência, entre outros.
Contudo, chega-se a conclusão que a implantação desse método, melhorou a
gestão da clínica no Pronto Socorro fortalecendo toda a equipe assistencial.
VIII - Referências Bibliográficas ü Godinho, M; Junior, ML. Adaptações ao sistema kanban: revisão,
classificação, análise e avaliação. Gest. Prod. Vol 15 nº1 São Carlos Jan/Apr. 2008.
http:// www.scielo.br/scielo.php?pid=s0104-530x2008000100015$script=sci_attext
acessado em 23/01/2012.
ü Fernandes, FCF; Godinho FM. Sistemas de coordenação de ordens: revisão,
classificação, funcionamento e aplicabilidade. Revista Gestão &Produção, São
Carlos, v.14, n.2, 2007.
ü Domingos R. Teoria Geral da Administração. São Paulo, 1996.
ü Heisler, PA. Aplicação da metodologia Kanban como ferramenta adaptada
para a gestão de “leitos” na emergência. Porto Alegre, 2012.
ü Lima, MBBPB. A Gestão da Qualidade e o Redesenho de Processos como
Modelo de Desenvolvimento Organizacional em Hospitais Públicos Universitários: o
caso do Hospital das Clínicas da UNICAMP. Campinas, 2006.