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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ZOOTECNIA CARACTERIZAÇÃO DA SILAGEM DA RAMA DA BATATA DOCE COM ADITIVO ANNELISE ARAGÃO CORRÊA 2013

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ZOOTECNIA

CARACTERIZAÇÃO DA SILAGEM DA RAMA DA BATATA DOCE COM

ADITIVO

ANNELISE ARAGÃO CORRÊA

2013

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ZOOTECNIA

ANNELISE ARAGÃO CORRÊA

CARACTERIZAÇÃO DA SILAGEM DA RAMA DA BATATA DOCE COM

ADITIVO

Orientador : Prof. Dr. Alfredo Acosta Backes Co-orientador :Prof. Dr. Jailson Lara Fagundes

São Cristóvão-SE

2013

Dissertação apresentada à Universidade Federal de Sergipe como parte integrante do Mestrado em Zootecnia, para obtenção do título de “Mestre”.

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ANNELISE ARAGÃO CORRÊA

CARACTERIZAÇÃO DA SILAGEM DA RAMA DA BATATA DOCE COM ADITIVO

APROVADA em 28 de fevereiro de 2013.

_____________________________________________ Prof. Dr. Gladston Rafael Arruda Santos (UFS)

_____________________________________________ Prof. Dr. Nailson Lima Santos Lemos (FANEB)

_____________________________________________

Prof. Dr. Alfredo Acosta Backes (Orientador – UFS)

São Cristóvão-Se 2013

Dissertação apresentada à Universidade Federal de Sergipe como parte das exigências para obtenção do título de Mestre em Zootecnia.

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FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA CENTRAL

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

Corrêa, Annelise Aragão

C824c Caracterização da silagem de rama de batata doce com aditivo / Annelise Aragão Corrêa ; orientador Alfredo Acosta Backes. – São Cristóvão, 2013. 33 f. : il. Dissertação (mestrado em Zootecnia) –Universidade Federal de Sergipe, 2013.

O 1. Ipomoea batatas. 2. Silagem. 3. Matéria seca. 4.

Zootecnia. I. Backes, Alfredo Acosta, orient. II. Título CDU 636.085

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OFEREÇO

Aos zootecnistas e estudantes da nutrição animal, que estudam ou que irão estudar

alimentos alternativos como fonte nutricional de ruminantes.

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DEDICO

À Ana Cecília Aragão da Silva e Eduardo Franco de Castro Corrêa, meus pais.

À Eldinho, meu namorado, pelo estímulo.

Aos meus irmãos, familiares e amigos.

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BIOGRAFIA DO AUTOR

Annelise Aragão Corrêa, natural de Aracaju-SE, filha de Eduardo Franco de Castro

Corrêa e Ana Cecília Aragão da Silva. Em 2006 ingressou no curso de Zootecnia pela

Universidade Federal de Sergipe.

Foi bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC).

Em agosto de 2010 concluiu o curso de Zootecnia pela Universidade Federal de

Sergipe.

Em Março de 2011 ingressou no Programa de Pós-Graduação em Zootecnia da

Universidade Federal de Sergipe, concluindo em Fevereiro de 2013.

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente à Deus.

À meus pais, Eduardo Franco de Castro Corrêa e Ana Cecília Aragão da Silva, pela torcida, estímulo e apoio constante.

Ao meu namorado Eldinho, pela compreensão.

Aos estagiários, principalmente a Yuri Cruz, hoje mestrando no mestrado em Zootecnia. A estagiária Luana Karla, pela fiel ajuda em todas as etapas do trabalho.

À meu orientador Alfredo Acosta Backes, co-orientador Jasilson Lara Fagundes, e ao professor e coordenador da pós-graduação Gladston Rafael de Arruda Santos pela ajuda no procedimentos laboratoriais e também pela boa vontade no esclarecimento de todas as dúvidas durante o mestrado.

À Capes pela ajuda financeira.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO GERAL....................................................................................10

2. REVISÃO DE LITERATURA...........................................................................12

2.1 ASPECTOS GERAIS DA CULTURA.........................................................12

2.2 BATATA DOCE NA ALIMENTAÇÃO ANIMAL.....................................13

2.3 SILAGEM......................................................................................................13

2.4 EMURCHECIMENTO..................................................................................15

2.5 ADITIVOS ....................................................................................................15

3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................18

4. CAPÍTULO I.......................................................................................................20

RESUMO.............................................................................................................20

ABSTRACT........................................................................................................20

INTRODUÇÃO................................................................... ...............................20

MATERIAL E MÉTODOS.................................................................................22

RESULTADOS E DISCUSSÃO.........................................................................23

CONCLUSÃO.....................................................................................................28

REFERÊNCIAS..................................................................................................28

ANEXOS.............................................................................................................32

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1. INTRODUÇÃO GERAL

A batata-doce (Ipomoea batatas) é cultivada, praticamente, em toda a área do globo

terrestre, usada tanto na alimentação humana, como na alimentação animal e também como

matéria prima para a indústria de etanol. Esta cultura é encontrada em regiões localizadas

desde a latitude 42 ºN até 35ºS, desde o nível do mar até 3000 m de altitude. É cultivada em

locais de climas diversos como o das Cordilheiras dos Andes; em regiões de clima tropical

como o da Amazônia; temperado como no do Rio Grande do Sul e até desértico como o da

costa do Pacífico (SILVA, et al. 2004).

Em todo o mundo, a área plantada com batata-doce em 2006 foi de 8.661.288 ha com

um rendimento de 14,7 t ha-1 (FAO, 2010). A China se destaca como o maior produtor

mundial com mais de 4,7 milhões de hectares cultivados com batata-doce e com

produtividade média de 21,3 t ha-1 de raízes. O continente africano se destaca como o

segundo grande produtor, porém com baixa produtividade média de raízes (4,4 t ha-1). O

Brasil, em 2008, foi o décimo quinto produtor mundial de batata-doce, colhendo

aproximadamente 518.000 toneladas de raízes, em uma área plantada superior a 48.000 ha,

com produtividade média de 11.219 kg ha-1 (IBGE, 2009). O Rio Grande do Sul é

considerado o maior produtor de batata-doce, com uma produção de 158.629 toneladas, que

representa aproximadamente 31,0% da produção nacional.

A planta batata doce produz uma parte aérea abundante com folhas e talos suculentos e

que geralmente é descartado na própria lavoura para servir como adubo natural, porém

Monteiro et al. (2007) afirmaram que ramas de batata-doce consistem em importantes fontes

de alimentos também para animais (bovinos e suínos), podendo ser fornecidas nas formas de

forragem verde ou de silagem. Segundo Viana (2009), afirma que as ramas da batata-doce

apresentam grande potencial de utilização na alimentação animal. Em países como a China e

Vietnã, as ramas são empregadas exclusivamente ou em associação às raízes, são largamente

utilizadas na alimentação de suínos, seja na forma fresca, seja na forma de silagem

(MONTEIRO et al. 2007).

A produção de silagem é um dos processos mais importantes na conservação de

plantas forrageiras, para servir como alimento principalmente durante o período de escassez

de pastagens, processo este de grande importância econômica para a maioria dos países do

mundo, inclusive o Brasil, em virtude da produção irregular das plantas forrageiras durante as

estações do ano (ANDRIGUETTO, 2002). Esta produção irregular, leva ao fornecimento de

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forragens de baixa qualidade aos animais, determinando inadequado consumo de nutrientes e

comprometendo a produção animal (FERREIRA et al. 2004).

A silagem compreende o armazenamento da forragem em condições de anaerobiose,

objetivando o desenvolvimento de bactérias produtoras de ácido lático a partir de substratos

como açúcares solúveis, ácidos orgânicos e compostos nitrogenados solúveis. Este processo é

extremamente complexo, pois envolvem vários fatores inter-relacionados, como espécies

vegetais utilizadas, características físico-químicas da forragem, às condições climáticas, à

extensão do período de conservação, à condução das operações de ensilagem, e o manejo do

fornecimento da silagem após a abertura do silo (FREITAS et al. 2006).

No entanto, este processo apresenta riscos que podem levar a perda de nutrientes

decorrentes de fermentações indesejáveis (VIEIRA et al. 2004). O uso de aditivos com função

de reduzir os riscos do processo é uma alternativa para melhorar a qualidade da silagem.

Entre esses aditivos, citam-se as fontes de carboidratos, como fubá de milho, farelo de

trigo, polpa cítrica e resíduos regionais da agroindústria (SILVA et al. 2007). Produtos que

elevam o teor de MS da silagem, e aumentam as chances de boa fermentação.

Tem-se, portanto, a necessidade de investigar produtos alternativos que supram a falta

de alimento no período escasso de forragem, e que tenham menor custo comparados aos

alimentos considerados nobres, como o milho e o soja. Para isso, é necessário analisar as

qualidades desses alimentos alternativos a fim de obter recomendações mais precisas e

seguras aos produtores.

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

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Na região Nordeste existe dois períodos climáticos distintos, os quais são o período de

chuva onde existe boa produção de forragens de boa qualidade e um período de seca onde a

produção de forrageiras é quase inexistente. Durante este período de estiagem os pequenos

produtores acabam gastando muito dinheiro na compra de alimentos considerados nobres e

caros como o soja e o milho, o que acaba por elevar o custo final de produção. Uma

alternativa seria tentar substituir estes alimentos nobres por alimentos alternativos.

O alto custo das dietas dos animais, o qual pode chegar a 80% dos gastos operacionais,

ocasiona uma maior procura por alimentos alternativos para tentar reduzir estes custos sem

afetar a produção dos animais. Portanto torna-se interessante a utilização de fontes

alimentares alternativas de baixo custo que de preferência possuam boa porcentagem de

proteína bruta e boa concentração de energia. A rama da batata doce (Ipomoea batatas) pode

ser utilizada para este fim e, além disso, seu tubérculo possui grande importância social, por

ser uma fonte energética para a população e auxiliar na geração de emprego e renda

contribuindo para a fixação do homem no campo, de uma forma geral, é cultivada

principalmente por pequenos produtores rurais, em sistemas agrícolas.

2.1 Aspectos gerais da cultura

De acordo com as informações da FAO (2010), a batata doce é considerada uma

hortaliça de estimável valor nutritivo, sendo atualmente um alimento consumido em quase

todo mundo, cerca de 111 países, sendo que aproximadamente 90% da produção é obtida na

Ásia, apenas 5% na África e 5% no restante do mundo. Apenas 2% da produção estão em

países industrializados como os Estados Unidos e Japão.

Os maiores produtores de batata-doce do Brasil são: Rio Grande do Sul (154.071t);

Paraíba (42.392 t); Minas Gerais (37.632 t); Sergipe (37.504 t) e São Paulo (30.485 t), sendo

estes estados responsáveis por 61% da produção de batata-doce nacional. Entretanto, os

estados com maior produtividade por hectare são: Amazonas (21,06 t.ha-1); Espírito Santo

(21,06 t.ha-1); Santa Catarina (17,86 t.ha-1); São Paulo (16,83 t.ha-1) e Minas Gerais (16,15

t.ha-1) (PRODUÇÃO AGRÍCOLA MUNICIPAL, 2010). A batata doce é uma planta

herbácea, apresentando caule rastejante, que atinge até 3m de comprimento e folhas com

pecíolos longos. A parte aérea, constituída por uma vegetação agressiva, forma boa cobertura

do solo e compete, vantajosamente, com as plantas invasoras. Trata-se de uma planta perene,

porém cultivada como anual (FILGUEIRA, 2003). Quanto ao regime pluvial, a cultura deve

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ser implantada em locais com pluviosidade anual média de 750 a 1.000 mm, sendo que cerca

de 500 mm são necessários durante a fase de crescimento (SILVA, et al. 2004).O baixo custo

de produção, a rusticidade do cultivo, o alto potencial produtivo e o valor alimentício da

batata-doce são fatores relevantes para sua utilização, principalmente na agricultura familiar

(GOMES, 2007). Dentro outras utilizações deste alimento, como na alimentação humana e

animal, este alimento também vêm sendo utilizado para produção de etanol.

2.2 Batata doce na alimentação animal

De acordo com Dapeng (2004), houve um aumento no uso de raízes de batata-doce na

alimentação de suínos e em sistemas de produção de gado na China, durante os últimos 30

anos. Conforme esse mesmo autor, 0 a 50 milhões de toneladas ou mais de batata-doce estão

sendo usados na alimentação animal, de monogástricos e ruminantes. Sendo a maior parte das

ramas simplesmente descartada como resíduo inaproveitável (MONTEIRO et al. 2007).

Segundo Viana (2009), as ramas de batata-doce apresentam potencial de utilização na

alimentação animal, tanto na forma fresca como na forma de silagem, e, para a obtenção de

maiores produtividades de matéria fresca (ramas) e matéria seca, as ramas devem ser colhidas

até os 150 dias após o plantio.

Massaroto (2008), avaliando clones de batata-doce para alimentação animal, verificou

que a cultura da batata-doce tem um grande potencial para utilização tanto na forma de ramas

como também na forma de silagem.Na qual as silagens de ramas dos clones avaliados por

esse autor apresentaram valores de pH dentro do padrão ideal, proteína bruta variando de 9,6 a

13,2%, fibra em detergente neutra entre 37,9 a 58,2% e matéria seca variando de 16,0 a

26,3%.

2.3 Silagem

A estacionalidade climática determina uma distribuição desuniforme da produção ao

longo do ano, indicando grande potencial para conservação de forragens por meio da

ensilagem. (EVANGELISTA et al. 2004). A ensilagem é uma técnica que consiste em

preservar forragens por meio de fermentação anaeróbica, após seu corte, picagem,

compactação e vedação em silos. O produto final dessa fermentação, denominado silagem, é

obtido pela ação de microorganismos sobre os açucares presentes na plantas com a produção

de ácidos, resultando em queda do pH até valores próximos de 4 (OBEID et al. 2002).

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Durante o processo de conservação de forragens na forma de silagens ocorre

fermentação do material ensilado, que pode ser dividida em três fases distintas: A fase I (fase

aeróbica) caracterizando pela presença de oxigênio junto ao material que será ensilado. A fase

II (fase anaeróbica) ocorre após o esgotamento do oxigênio presente na massa ensilada e fase

III que se caracteriza pela estabilização do material ensilado (VIEIRA, 1974 citado por

NEUMAN et al. 2010).

A conservação de forragens na forma de silagem é dependente da quantidade de

açúcares prontamente fermentáveis presentes na planta a ser ensilada. Se a concentração de

carboidratos solúveis é adequada, as condições são mais favoráveis para o estabelecimento e

crescimento de bactérias do gênero Lactobacillus, as quais produzem o ácido lático, que por

ser o mais “forte” devido a sua maior acidez torna-se eficiente em reduzir e estabilizar os

valores de pH rapidamente proporcionando melhor conservação do material ensilado

(SANTOS et al. 2008).

Silagens produzidas a partir de material com baixo teor de matéria seca apresentam

maior produção de ácido total, exigindo maior disponibilidade de carboidratos solúveis, que

compõem os substratos prontamente disponíveis para o desenvolvimento de bactérias láticas

(NEUMAN et al. 2010). Essa situação é comum de ser encontrada em ramas da batata-doce

devido a esta forragem possuir elevado teor de umidade e, por conseqüência, baixo teor de

matéria seca.

Particularmente, na ensilagem de forragens colhidas quando se tem alta quantidade e

qualidade de biomassa, são observados alto teor de umidade e poder tamponante e baixo teor

de CS, o que favorece o desenvolvimento de microrganismos deterioradores, principalmente

bactérias clostrídicas, que produzem nitrogênio amoniacal e ácido butírico que são altamente

prejudiciais ao processo de conservação do material ensilado, comprometendo dessa forma a

maximização da preservação original dos nutrientes encontrados na forragem fresca

(ZANINE et al. 2006).

A rama da batata doce por possuir elevado teor de umidade pode desencadear uma

grande perda de efluentes acarretando possíveis perdas de qualidade nutricional e podendo

ocasionar ainda fermentações indesejáveis como a butírica. A utilização de aditivos

absorventes ou emurchecimento podem amenizar esse problema, pois elevam o teor de

matéria seca final do material a ser ensilado.

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2.4 Emurchecimento

O emurchecimento se caracteriza como uma das práticas mais eficientes em aumentar

o teor de matéria seca a fim de reduzir a produção de efluentes. Também contribui para elevar

a capacidade fermentativa, pois reduz o poder tamponante do material ensilado. Porém, a

exposição aeróbia da forragem permite que a respiração do tecido vegetal seja estendida,

aumentando assim o consumo de carboidratos solúveis e as perdas mecânicas no recolhimento

do material no campo (MUCK & SHINNERS, 2001).

O excesso de umidade presente em certos materiais como a rama de batata doce

implica em riscos de fermentações indesejáveis, já que a menor pressão osmótica favorece o

desenvolvimento de bactérias do gênero Clostridium (FERRARI JR et al. 2009). Portanto, o

uso da técnica de emurchecimento poderia servir para reduzir esse excesso de umidade e,

desta forma, diminuir as chances de ocorrer a fermentação butírica provocada pelo

desenvolvimento dos Clostrídium.

Evangelista et al. (2004) observaram que a remoção parcial de água da planta, por

meio do pré-emurchecimento, garantiu vantagens operacionais na ensilagem e sobre a

qualidade da silagem. Todavia, os resultados obtidos por meio do pré-emurchecimento têm

sido conflitantes. Castro et al. (2006), ao avaliarem a conservação do capim-tifton 85,

observaram que o pré-emurchecimento reduziu a atividade da água, restringindo o

crescimento de bactérias e consequentemente a intensidade da fermentação, resultando em

maior estabilidade aeróbica da silagem. Porém, a desidratação excessiva da forragem a ser

ensilada pode diminuir a qualidade da silagem, quando ocorre aquecimento do material,

provocando a formação de compostos indigestíveis, como nitrogênio insolúvel em detergente

ácido (NIDA) (EVANGELISTA et al. 2004).

A adição de material absorvente (cereais moídos) é uma alternativa ao

emurchecimento, apresentando a vantagem de reduzir o risco de perdas por ocorrência de

chuvas durante a desidratação (PAZIANI et al. 2006) .

2.5 Aditivos

Os aditivos ocasionalmente podem possuir a vantagem de enriquecer o material com

substratos ideais (açúcares) para o bom desenvolvimento das bactérias desejáveis

(lactobacillus) melhorando, dessa forma, a qualidade fermentativa final do material ensilado.

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Para favorecer a conservação e melhorar o valor nutritivo e a qualidade da silagem, uma

alternativa são os aditivos. Segundo Schmidt (2008), o uso de aditivos na ensilagem tem por

objetivo reduzir as perdas de matéria seca elevar o valor nutritivo ou melhorar a estabilidade

aeróbica do produto final. Vários fatores podem interferir na eficiência do aditivo, como

características da espécie utilizada, temperatura e pH da massa, teor de carboidratos solúveis e

população de microrganismos. O aumento do teor de umidade facilita a compactação, mas é

indesejável do ponto de vista fermentativo, pois pode resultar em alta produção de calor,

ocorrência de fermentações indesejáveis e redução da digestibilidade dos nutrientes (ÍTAVO

& ÍTAVO, 2008).

Diversos aditivos têm sido utilizados em silagens de várias espécies, apresentando

resultados variáveis (FREITAS et al. 2006). As mudanças no desenvolvimento da

fermentação de silagens devido à aplicação de aditivos podem alterar a composição final do

alimento e afetar o consumo de matéria seca, assim como a digestibilidade de nutrientes.

Segundo Bergamaschine et al. (2006), o ingrediente usado como aditivo nas silagens

deve apresentar alto teor de matéria seca, alta capacidade de retenção de água, boa

palatabilidade, além de fornecer carboidratos para fermentação. Devem ser, também, de fácil

manipulação, baixo custo e fácil aquisição. Dentre os aditivos mais utilizados atualmente se

encontram a polpa cítrica e o fubá de milho.

Segundo Silva et al. (2007), os aditivos mais utilizados na ensilagem do capim-

elefante são os materiais secos, que elevam o teor de MS e aumentam as chances de obter

fermentação adequada, dentre estes aditivos, os autores citam o fubá de milho.Muitos estudos

realizados com o objetivo de avaliar a qualidade de silagens adicionadas destes aditivos têm

mostrado bons resultados. Ítavo & Ítavo (2010), em seu experimento comprovaram que o fubá

de milho utilizado como aditivo, promoveu melhor padrão de fermentação e menores perdas

de matéria seca na silagem em comparação a uréia, sal entre outros. O fubá de milho é obtido

da moagem seca da mistura de gérmen (com ou sem a remoção do óleo), tegumentos e de

parte da porção amilácea da semente. Em composição química esse alimento assemelha-se ao

farelo ou a quirera e praticamente tem o mesmo valor nutritivo (ANDRIGUETTO, 2002).

Segundo Pinho et al. (2008), a ensilagem de capim sem aditivos está sujeita a

significativas perdas por efluente, o qual contém grandes quantidades de compostos

orgânicos, tais como: açúcares, ácidos orgânicos e proteínas. Como formas de diminuição das

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perdas por efluente pode-se utilizar técnicas como o emurchecimento e aplicação de aditivos

absorventes da umidade.

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3. REFERÊNCIAS

ANDRIGUETTO, J. M.Nutrição Animal. 2.ed. São Paulo: Nobel, 2002. v.1, 395p.

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CASTRO, F.G.F. et al. Perfil microbiológico, parâmetros físicos e estabilidade aeróbia de silagens de capim-tifton 85 (Cynodon sp.) confeccionadas com distintas concentrações de matéria seca e aplicação de aditivos. Revista Brasileira de Zootecnia,Viçosa,v.35, n.2, p.358- 371, 2006.

DAPENG, Z.; L.I.X.Q. Chapter 2. Sweetpotato as Animal Feed: The Perspectiva of Crop Improvement for Nutrition Quality, 2004. p. 26-40.

EVANGELISTA, A.R. et al. Produção de silagem de capim-marandu (Brachiaria brizantha Stapf cv. Marandu) com e sem emurchecimento. Ciência e Agrotecnologia, Lavras, v.28, n.2, p.443-449, 2004.

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FERRARI JUNIOR, E.V.T.; PAULINO, R.A.;POSSENTI, T.L. Aditivos em silagem de capim elefante paraíso (Pennisetum hybridum cv. paraíso). Archivos de Zootecnia, Córdoba, v. 58 n.222, p.185-194, 2009.

FERREIRA, A.C.H.; et al. Valor nutritivo das silagens de capimelefante com diferentes níveis de subprodutos da indústria do suco de caju. Revista Brasileira de Zootecnia, Viçosa, v.33, n.6, p.1380-1385, 2004.

FILGUEIRA, F. A. R. Novo manual de olericultura: agrotecnologia moderna na produção e comercialização de hortaliças. 2. ed. Viçosa, MG: UFV, 2003. 412p.

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IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Indicadores IBGE, dezembro de 2009. Estatística da produção pecuária, 2009.

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Caracterização Da Silagem Da Rama Da Batata Doce Com Aditivo

Silage Characterization Of The Raw Sweet Potato With Additive

RESUMO

Objetivou-se avaliar características nutricionais da silagem da rama da batata doce

(Ipomoea batatas) emurchecida e acrescentada com aditivo. O trabalho foi realizado na

Universidade Federal de Sergipe (UFS), município de São Cristóvão-SE. O delineamento

experimental utilizado foi inteiramente casualizado com quatro repetições, sete níveis de

aditivos (0,5,10,15,20,25,30%), distribuídos em mini-silos laboratoriais. A matéria seca

aumentou de acordo com a elevação do nível de aditivo. A proteína bruta apresentou

diminuição nos valores em função dos níveis, provavelmente pelo teor de proteína do aditivo.

A fibra em detergente neutro e fibra em detergente ácido, não apresentaram diferenças

significativas (P>0,05), porém, estes valores apresentaram-se maiores na silagem sem

aditivo.O pH e o N-NH3 da silagem obtidos variaram de 3,31 a 3,89 e 2,84% a 3,91%. As

silagens das ramas de batata-doce apresentaram bons teores protéicos e energéticos e

adequado perfil fermentativo, portanto, concluiu-se que a utilização de 15% de aditivo na

presente silagem apresentou melhor resultado.

Palavras - chave: Ipomoea batatas; Emurchecida; Matéria seca;

ABSTRACT

This study was to evaluate the nutritional characteristics of silage sweet potato shoots.

The study was conducted at the Federal University of Sergipe (UFS), municipality of Saint

Kitts UP. The experimental design was completely randomized with four replications, seven

levels of additives (0,5,10,15,20,25,30%), divided into mini-laboratory silos. The dry matter

with increased according to increasing levels of additive. The protein showed a decrease in

values depending on the levels, probably by protein additive. The neutral detergent fiber and

acid detergent fiber, no significant differences (P> 0.05), however, these values were higher

in silage without aditivo.O pH and NH3-N of silage obtained ranged from 3.31 and 2.84 to

3.89% to 3.91%. The silage from sweet potato vines had good energy and protein levels and

adequate fermentation profile therefore concluded that the use of 15% of this additive in

silage showed a better result.

Keywords: Ipomoea batatas; Wilted, Dry matter;

INTRODUÇÃO

De acordo com a informação da FAO (2010), a batata doce (Ipomoea batatas) é

considerada uma hortaliça de estimável valor nutritivo, sendo atualmente um alimento

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consumido em quase todo mundo, cerca de 111 países, sendo que aproximadamente 90% da

produção é obtida na Ásia, 5% na África e 5% no restante do mundo. Apenas 2% da produção

estão em países industrializados como os Estados Unidos e Japão.

Praticamente cultivada em toda a área do globo terrestre, usada tanto na alimentação

humana, como na alimentação animal, e também como matéria prima para a indústria de

etanol, esta planta produz uma parte aérea abundante com folhas e talos suculentos e que

geralmente é descartado na própria lavoura para servir como adubo natural, porém

MONTEIRO et al. (2007) afirmaram que ramas de batata-doce consistem em importantes

fontes de alimentos também para animais (bovinos e suínos), podendo ser fornecidas nas

formas de forragem verde ou de silagem.

A produção de silagem é um dos processos mais importantes na conservação de

plantas forrageiras, para servir como alimento principalmente durante o período de escassez

de pastagens, processo este de grande importância econômica para a maioria dos países do

mundo, inclusive o Brasil, em virtude da produção irregular das plantas forrageiras durante as

estações do ano (ANDRIGUETTO, 2002). No entanto, este processo apresenta riscos que

podem levar a perda de nutrientes decorrentes de fermentações indesejáveis (VIEIRA et al.

2004).

Quando a forragem apresenta teor elevador de umidade, superior a 70%, o

emurchecimento antes da ensilagem é uma prática interessante, pois, pode eliminar a

produção de efluentes. EVANGELISTA et al. (2004) observaram que a remoção parcial de

água da planta, por meio da pré-secagem ou pré-emurchecimento, garantiu vantagens

operacionais na ensilagem e sobre a qualidade da silagem.

O uso de aditivos com função de reduzir os riscos do processo é uma alternativa para

melhorar a qualidade da silagem. Segundo BERGAMASCHINE et al. (2006), o ingrediente

usado como aditivo nas silagens deve apresentar alto teor de matéria seca, alta capacidade de

retenção de água, boa palatabilidade, além de fornecer carboidratos para fermentação. Devem

ser, também, de fácil manipulação, baixo custo e fácil aquisição. Dentre os aditivos mais

utilizados atualmente se encontram a polpa cítrica e o fubá de milho.

Segundo SILVA et al. (2007), os aditivos mais utilizados na ensilagem do capim-

elefante são os materiais secos, que elevam o teor de MS e aumentam as chances de obter

fermentação adequada, dentre estes aditivos, os autores citam o fubá de milho.Muitos estudos

realizados com o objetivo de avaliar a qualidade de silagens adicionadas destes aditivos têm

mostrado bons resultados.

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Estudos utilizando a da rama da batata doce, para conhecimento das características

nutricionais desta, como silagem, são escassos. Realizou-se o presente trabalho com o

objetivo de investigar produtos alternativos, como o caso da silagem da rama da batata doce,

que supram a falta de alimento no período escasso de forragem, analisando as características

nutricionais, para obter informações mais precisas e seguras para uma possível utilização

desta silagem na alimentação animal.

MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi realizado na Universidade Federal de Sergipe (UFS), no Departamento de

Zootecnia (DZO), município de São Cristóvão-SE, no período de 08/08/2011 a 01/11/2011.

A rama da batata doce (Ipomoea batatas) utilizada foi a do acesso 149, desenvolvido e

cedido pela Universidade Federal de Sergipe (UFS), cultivado no Campus Rural da mesma

instituição. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado com quatro

repetições, sete níveis de aditivos (0,5,10,15,20,25,30%), totalizando sete tratamentos,

distribuídos em 28 mini-silos laboratoriais. Como unidades experimentais, foram utilizados

mini-silos feitos de tubos de PVC com 100 mm de diâmetro e 50 cm de comprimento.

As ramas cedidas chegaram à instituição pela manhã do dia 08/08/2011 e, logo após,

foram espalhadas sobre uma lona preta, expostas ao sol durante quatro horas para inicio do

processo de emurchecimento. Após o processo de emurchecimento as ramas foram trituradas

em forrageira e postas nos mini-silos juntamente com o fubá de milho, a quantidade do fubá

adicionado foi calculada na base da matéria seca da rama da batata doce e adicionada

conforme o tratamento, o fubá foi adicionado enquanto a silagem era compactada com um

socador de madeira. Depois de cheios, os mini-silos foram tapados com pedaços de lona preta,

amarradas com tiras de borracha para que não ocorresse entrada de ar ou umidade. A abertura

dos silos ocorreu aos 50 dias após a ensilagem. Após a abertura, foram retiradas amostras

homogeneizadas da silagem da rama, estas foram transportadas para o Laboratório de

Zootecnia da Universidade Federal de Sergipe e congeladas. Parte das amostras foi pré-seca,

conforme método adotado por NEIVA et al. (1998), em estufa de circulação forçada de ar

com temperatura controlada a 45 °C, por tempo suficiente para redução da umidade do

material, de forma que esse material pudesse ser moído posteriormente.

Para determinação da quantidade de efluentes foi posto em cada mini-silo 1 kg de

areia seca, esta primeiramente foi posta em estufa por 48h a 65ºC para retirada de sua

umidade. As perdas por efluente foram estimadas conforme descrito pela equação proposta

por SCHMIDT (2006):

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E = {(Pab-Pen)/MVfe}x100

Onde E = Produção de efluente (kg/t de massa verde); Pab = Peso do conjunto

(silo+areia+tela) na abertura (kg); Pen = Peso do conjunto (silo+areia+tela) na ensilagem

(kg); MVfe = Massa verde de forragem ensilada (kg).

As perdas por gases foram calculadas por meio da equação proposta por MARI

(2003):

PG = (PSI – PSF)/MSI × 100

Em que: PG = perda por gases (% da MS); PSI = peso do silo no momento da ensilagem (kg),

PSF = peso do silo no momento da abertura (kg); MS= matéria seca e MSI = matéria seca

ensilada (quantidade de forragem em kg × % MS).

As análises laboratoriais da silagem para determinação da matéria seca (MS), proteína

bruta (PB), extrato etéreo (EE), fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente ácido

(FDA), lignina, proteína insolúvel em detergente neutro (PIDN), proteína insolúvel em

detergente ácido (PIDA), potencial hidrogeniônico (pH) e a aferição dos teores de

nitrogênio amoniacal (N-NH3) foram realizadas de acordo com metodologias descritas por

SILVA & QUEIROZ (2002). O valor de Nutrientes Digestíveis Totais (NDT) foi determinado

conforme a seguinte equação: NDT = 83,79 – 0,4171 x FDN (CAPPELLE, et al, 2001). Para

estimativa dos carboidratos totais (CHOT) foram seguidas equações descritas por SNIFFEN

et al. (1992).

As análises estatísticas foram feitas usando os procedimentos de modelos lineares

gerais (GLM) e de regressão (REG) do Sistema para Análises Estatísticas SAS (SAS Institute,

2002). Uma vez que os fatores níveis de adição de fubá de milho são quantitativos, seus

efeitos foram avaliados por meio de análise de regressão.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os teores de matéria seca diferiram (P<0,05) entre os diferentes níveis de aditivos,

apresentando efeito quadrático, houve um leve aumento no teor de matéria seca, porém é

observado que a silagem sem aditivo apresentou menor valor de MS em relação às silagens

adicionadas ao fubá de milho (Tabela.1). Estes valores corroboram com os resultados

encontrados por ANDRADE et al. (2012), que utilizaram casca de soja e fubá de milho como

aditivos na silagem de capim elefante e observaram que a silagem pura apresentou um

incremento no teor de MS de 41%, em relação ao capim natural, enquanto que, a adição de

10% de casca de soja e fubá de milho apresentou respectivamente 89 e 93% de acréscimo na

MS após a silagem.

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Em função dos aditivos serem citados na literatura como forma de aumentar o

percentual de MS pela absorção do excesso de umidade (ZANINE et al. 2006) melhorando a

fermentação microbiana e o valor nutricional em silagem de gramíneas, percebemos que no

presente trabalho o fubá de milho funcionou como eficiente aditivo para silagem úmida, como

o caso da rama da batata doce, sendo esperado que sua adição aumentasse o teor de MS. No

entanto, segundo VALVASORI et al. (1995), os teores de matéria seca encontrados são

considerados baixos para a produção de silagens, os quais se recomendam teores próximos de

30%.

A adição do fubá de milho na ensilagem da rama da batata doce reduziu os teores de

PB nas silagens (Tabela 1), observou-se um comportamento quadrático (P<0,05), conforme

descrito na Tabela.2, o que pode ser atribuído ao teor de PB do aditivo ser de

aproximadamente 8%, sendo menor que a da forragem ensilada, então a medida que foi

adicionando maiores quantidades de aditivo na forragem, diminui-se proporcionalmente a

quantidade de PB presente na silagem. Estes resultados corroboraram com SOUZA et al.

(2003), que utilizaram casca de café como aditivo em seu experimento, concluíram que com

níveis superiores a 20,82% de casca, a queda no teor de PB pode ter sido causada por um

efeito de diluição, pois a casca de café apresentou menor teor de PB em relação à forrageira.

FERRARI JR. & LAVEZZO (2001), em seu experimento com adição de farelo de mandioca

em silagens de capim-elefante (Pennisetum purpureum Schum.), observaram também que a

PB da silagem diminuiu à medida que se aumentava o farelo de mandioca, os autores

atribuíram este fato também ao efeito de diluição. No entanto, as silagens com 0% de fubá de

milho apresentaram 11,23% de PB, valores superiores aos 7% considerados como nível

mínimo para que haja bom funcionamento ruminal (VAN SOEST, 1994). MONTEIRO et al.

(2007), encontraram valores semelhantes para silagem de ramas de batata-doce, variando de

10,06 a 13,16%.

Os teores de PIDN e PIDA dão idéia da quantidade de nitrogênio do alimento que é

lenta ou parcialmente degradada. A PIDN é degradada geralmente mais lentamente que a

proteína, já a PIDA é pouco degradada, dependendo da sua ligação com a lignina. Portanto,

quanto maior a quantidade de PIDN e PIDA na proteína de um alimento, menor ou mais lenta

é a degradação da proteína (FREITAS, 2011). Segundo SNIFFEN et al. (1992), esta fração

corresponde a nitrogênio indisponível, sendo insolúvel em detergente ácido. Contém a

proteína associada à lignina, taninos e compostos de Maillard altamente resistentes à

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degradação microbiana e enzimática, sendo considerada inaproveitável, tanto no rúmen como

no intestino.

Os teores da PIDN e PIDA das silagens da rama da batata doce sofreram efeitos

quadráticos (P<0,05) (Tabela.2), sendo observado que a silagem com 30% de aditivo

apresentou o menor valor de PIDN.

Não houve diferença significativa para o EE (Tabela.2) , porém, verifica-se que a

porcentagem de extrato etéreo (7,6%) das silagens, está abaixo do limite de 8% EE,

recomendado por MCGUFFEY & SCHINGOETHE (1980) para que não ocorra redução na

ingestão de alimento, diminuindo o desempenho animal.

Também não forram observados efeitos (P>0,05) tanto na FDN, como na FDA em

função dos níveis de fubá de milho adicionados à silagem da rama da batata doce. No entanto

é observado que a silagem com 0% de aditivo obteve teores superiores aos outros níveis nos

dois itens. De acordo com FIGUEIREDO et al. (2012), Os valores de FDN e FDA fazem

parte da fração fibrosa do volumoso e valores muito altos podem ser prejudiciais, pois

dificultam a digestão pelos microrganismos no trato digestível dos animais, diminuindo a

qualidade nutricional. O teor de FDN é um importante parâmetro que define a qualidade da

forragem, sendo que valores acima de 60% correlacionam-se negativamente com o consumo

voluntário dos animais (VAN SOEST, 1994). No presente trabalho obtivemos média de

valores de FDN de 51,94% (Tabela.2), o que representa um bom parâmetro conforme este

autor. MONTEIRO et al. (2007), também encontraram valores de FDN menores que 60% em

seu trabalho com silagens de rama de batata doce, verificaram-se teores de FDN entre 37,86 e

58,18%. Já a FDA está mais relacionada com a digestibilidade, pois a fração indigestível da

fibra, a lignina, representa uma maior proporção da FDA. A quantificação das diferentes

frações de carboidratos fibrosos é importante para o entendimento da utilização das

forrageiras, pois podem afetar a fermentação ruminal (VAN SOEST, 1994). De acordo com

NUSSIO et al. (2001), forragens com teores de FDA em torno de 40%, ou mais, apresentam

baixo consumo e digestibilidade. VIANA, et al. (2011), em seu trabalho utilizando silagem da

rama batata doce emurchecida, obtiveram médias de FDA de 38,39%, os quais foram valores

próximos obtidos no presente trabalho, onde a média do FDA foi 39,79%. MONTEIRO et al.

(2007), também utilizando em seu trabalho silagens de diferentes cultivares e clones de batata

doce obtiveram valores de FDA de 34,33% a 50,76%.

Houve efeito linear nos teores de lignina em relação aos níveis de fubá de milho

adicionados (Tabela.2). Segundo VAN SOEST (1994), a lignina é o fator mais significante

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que limita a disponibilidade da parede celular da planta aos animais herbívoros nos sistemas

de digestão anaeróbios. Em função da lignina do fubá de milho ser 1,6% (VALADARES et

al. 2002), provavelmente isto ocasionou a queda no teor de lignina da silagem.

Em relação aos carboidratos totais, houve um efeito quadrático (P>0,05) (Tabela.2),

pode-se observar que as silagens com menores valores de carboidratos totais foram as silagens

sem aditivo e com 5% de aditivo adicionado (Tabela. 1). Os valores de carboidratos totais

obtidos neste estudo corroboram com os relatados por VAN SOEST (1994), constituindo 50 a

80% da matéria seca das plantas forrageiras.

Não houve diferença significativa do NDT da silagem em relação aos níveis de fubá

de milho adicionados (P>0,05) (Tabela.2). O conteúdo de nutrientes digestíveis totais (NDT)

é importante, uma vez que a energia e proteína são frequentemente os fatores mais limitantes

para ruminantes (OLIVEIRA et al. 2010). Segundo KEPLIN (1992), para ser considerada de

boa qualidade, uma silagem deve apresentar de 64 a 70% de NDT. Podemos observar que a

silagem da rama da batata doce sem aditivo adicionado apresentou menor valor de NDT em

relação às silagens adicionadas ao aditivo (Tabela.1), apenas as silagens com os níveis de 15 e

25% de fubá de milho não apresentaram valores dentro dos parâmetros citados por este autor.

VIANA et al. (2011), também utilizando silagens da rama de batata doce emurchecida,

obtiveram média dos valores de NDT de 60,95%.

Quanto à matéria orgânica e as cinzas, estas não apresentaram diferenças significativas

(P>0,05) (Tabela.2). Apresentando médias de 88,31% e 11,68% respectivamente.

O pH de um alimento é um dos principais fatores que determina a proliferação e

sobrevivência dos microrganismos presentes, além de ser empregado como parâmetro de

qualidade da silagem (AMARAL et al., 2007). A eficiência dos aditivos na melhoria da

qualidade de fermentação pode ser explicada pelo fornecimento de carboidratos solúveis,

aumento do teor de MS ou redução do poder tampão da forragem, o que vai influenciar na

redução do pH da silagem (ÁVILA et al. 2003). No presente trabalho, obtivemos efeito

quadrático dos valores de pH em relação ao nível de aditivo adicionado (Tabela. 2).

TOMICH et al. (2004) relataram que valores de pH entre 3,8 e 4,2 são considerados

adequados às silagens bem conservadas, pois nessa faixa se tem a restrição das enzimas

proteolíticas da planta e de enterobactérias e clostrídeos suficiente para preservar o material

analisado. Segundo parâmetros deste autor, no presente trabalho, observamos que somente a

partir da adição de 20% de fubá de milho na silagem (Tabela.1), é que obtemos valores

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maiores que 3,8 e menores que 4,2. Resultados semelhantes de pH foram encontrados por

MONTEIRO et al. (2007), em silagem de ramas de batata-doce. com valor médio de 3,68.

O nitrogênio amoniacal, expresso em porcentagem do nitrogênio total, indica a

quantidade de proteína degradada durante a fase de fermentação. Portanto, esse parâmetro é

um dos mais importantes na determinação da qualidade do processo fermentativo da massa

ensilada (SANTOS et al.2010).

No presente trabalho, verificou-se efeito quadrático para os teores de N-NH3

(Tabela.2). Estes variaram de 2,84% a 3,91% (Figura 2), considerados muito bons segundo

MCDONALD et al. (1991), que na classificação quanto ao teor de nitrogênio amoniacal em

relação ao nitrogênio total, consideram a silagem como muito boa quando os valores são

inferiores a 10%; aceitável, de 10 a 15%; e insatisfatória, quando os valores se situaram acima

de 20%. Nesse aspecto, menores teores de nitrogênio amoniacal indicam menor intensidade

de proteólise durante o processo de fermentação. Todas as silagens estudadas apresentaram

índices bens inferiores, o que indica que houve reduzida degradação da PB.

Quanto à perda por gases, foi observado efeito quadrático (P<0,05) (Tabela 2.). As

perdas por gases estão associadas ao tipo de fermentação ocorrida na ensilagem. Quando a

fermentação ocorre via bactérias homofermentativas, utilizando a glicose como substrato para

produzir lactato, as perdas de MS são menores. Quando ocorre a produção de álcool (etanol

ou manitol), há aumento considerável de perdas por gases e esse tipo de fermentação é

promovido por bactérias heterofermentativas, enterobactérias e leveduras (TAVARES et al.

2009).

No presente trabalho, obtivemos valores de 2,15% a 4,27% da matéria seca inicial

(Tabela 1.), sendo observado que estes teores começam a diminuir a partir de 20% adicionado

do aditivo. De acordo com PUPO (2002) as perdas gasosas podem atingir de 2 a 5% da

matéria seca inicial, portanto as silagens deste estudo apresentaram uma perda por gases

considerada baixa.

Segundo JOBIM et al. (2007), a baixa perda por gases pode ser ocasionada pela baixa

manifestação de bactérias do gênero Clostridium, que ao atuarem, sobre o lactato ou sobre os

açúcares, produzem ácido butírico e CO2.

O volume do efluente produzido em um silo é influenciado, principalmente, pelo

conteúdo de matéria seca da espécie forrageira ensilada e o grau de compactação, além de

outros, tais como: tipo de silo, pré-tratamento mecânico da forragem, dinâmica de

fermentação e fertilização do solo que tem influência direta sobre o desenvolvimento da

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cultura e, em conseqüência, sobre a percentagem de matéria seca (WOOLFORD, 1984). O

efluente proveniente do silo contém grande quantidade de compostos orgânicos e de minerais

provenientes do material ensilado (LOURES et al., 2003).

A perda por efluentes (PE), foi influenciada em função do nível de aditivo adicionado,

obtendo-se no presente trabalho efeito quadrático (P<0,05) (Tabela.2). ANDRADE et al.

(2010), afirma que o uso de aditivos absorventes ou sequestrantes de umidade é uma das

técnicas mais recomendadas para o controle da produção de efluente em silagens.Apesar de o

aditivo utilizado ter aumentado levemente os teores de matéria seca da silagem da rama da

batata doce, este não influenciou positivamente na qualidade da silagem no presente trabalho

na diminuição de perda por efluentes (Tabela.1). Este fato provavelmente ocorreu pelo alto

teor de umidade contida na silagem que pode ter influenciado negativamente na compactação

e gerado maiores quantidades de efluentes mesmo com o uso de aditivos. Concordando com

WOOLFORD (1984), materiais muito úmidos são facilmente compactados, o que resulta em

uma barreira física, que dificulta o escoamento do efluente.

CONCLUSÃO

Pode-se concluir que as silagens produzidas caracterizam-se como volumosos de boa

qualidade, apresentando valores médios de 10,36% de proteína bruta, baixos teores de fibra,

teores de NDT superiores a 56,74%, pH entre 3,31 a 3,89 e N-NH3 entre 2,84% a 3,91%,

comprovando a utilização da rama da batata doce emurchecida na forma de silagem. Foi

concluído que a utilização de 15% de aditivo na presente silagem apresentou melhor

resultado.

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ANEXOS

Tabela 1. Composição da silagem da rama da batata doce em função dos níveis de aditivo

Níveis de Fubá de Milho(%)

Composição Nutricional 0 5 10 15 20 25 30 Matéria seca (%) 19,36 20,39 22,00 22,69 22,63 24,80 23,55 Proteína Bruta (%MS) 11,23 10,26 10,85 11,16 9,62 9,96 9,46 Proteína insolúvel em detergente neutro (%MS)

1,63 1,87 1,64 1,74 1,4 1,36 1,15

Proteína insolúvel em detergente ácido (%MS)

1,42 1,37 1,34 1,22 1,05 1,24 0,70

Extrato etéreo (%MS) 7,3 7,5 7,7 7,8 7,7 7,8 7,9 Fibra em detergente neutro (%MS) 64,49 39,76 48,43 58,41 46,15 62,83 43,53 Fibra em detergente ácido (%MS) 45,29 37,53 40,65 37,05 35,96 42,82 39,25 Lignina (%MS) 8,43 8,35 8,25 8,05 8,04 7,93 7,77 Carboidratos totais (%MS) 69,01 69,88 70,49 70,35 70,08 70,37 70,77 Nutrientes digestíveis totais (%MS) 56,74 67,21 63,59 59,43 64,54 57,58 65,63 Matéria Orgânica (%MS) 88,14 88,31 89,25 88,97 87,49 87,96 88,07 Cinzas (%MS) 11,86 11,69 10,75 11,03 12,51 12,04 11,93

Características da Silagem

Potencial hidrogeniônico 3,78 3,47 3,47 3,31 3,88 3,89 3,88

Nitrogênio amoniacal (%NT) 2,84 3,44 3,18 3,59 3,38 3,55 3,91Perda por Gases (%MS) 3,59 3,54 4,05 4,27 2,82 2,54 2,15Perda por Efluentes (Kg/ton) 200,57 207,05 199,42 209,99 233,72 233,65 248,05

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Tabela 2. Equações de regressão e coeficientes de determinação dos parâmetros avaliados

Equação de Regressão

CV

Matéria seca (%) Y=19,246+0,301x-0,0048x² 0,908 12,73 Proteína Bruta (%MS) Y=10,970-0,013x-0,001x² 0,600 8,303 Proteína insolúvel em detergente neutro (%MS)

Y= 1,701+0,0119-0,001x² 0,854 17,73

Proteína insolúvel em detergente ácido (%MS)

Y= 43,762-0,7255+0,0213x² 0,429 26,13

Extrato etéreo (%MS) Y=7,67 --- 4,00 Fibra em detergente neutro (%MS) Y=51,94

---

28,87

Fibra em detergente ácido (%MS) Y=39,79 --- 16,37 Lignina (%MS) Y=8,4418-0,0216x 0,976 2,10 Carboidratos totais (%MS) Y=69,258+0,1019-0,002x² 0,729 2,84 Nutrientes digestíveis totais (%MS) Y=62,10

---

10,24

Matéria Orgânica (%MS) Y=88,31 --- 14,79 Cinzas (%MS) Y=11,68 --- 1,95 Potencial Hidrogeniônico Y=3,678-0,031x+0,0014x² 0,540 7,04 Nitrogênio amoniacal(%NT) Y=3,0067+ 0,0301x -0,0001x2 0,692 14,15 Perda por Gases (%MS) Y =3,554+0,0745x-0,0043x2 0,794 30,13 Perda por Efluentes(Kg/ton) Y=200,46+0,1607x+0,0494x2 0,907 7,83