MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE...
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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
RELATÓRIO DE AUTOAVALIAÇÃO
INSTITUCIONAL 2015
Missão: “Produzir e socializar conhecimentos,
contribuindo com a formação de cidadãos e
profissionais altamente qualificados, atuando
como vetor para o desenvolvimento regional
socialmente referenciado” (PDI, 2013-2018)
CUIABÁ – MT
30/03/ 2016
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RELATÓRIO DE AUTOAVALIAÇÃO
INSTITUCIONAL 2015
Documento elaborado pela Comissão Própria
de Avaliação da UFMT atendendo as
exigências do Sistema Nacional de Avaliação
da Educação Superior – SINAES, instituído
pela Lei 10.861 de 14 de abril de 2004.
CUIABÁ – MT
30/03/ 2016
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REITORA
Maria Lúcia Cavalli Neder
VICE-REITOR
João Carlos de Souza Maia
PRÓ-REITORA ADMINISTRATIVA
Valéria Calmon Cerisara
PRÓ-REITORA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO
Irene Cristina de Mello
PRÓ-REITORA DE ENSINO DE PÓS-GRADUAÇÃO
Leny Caselli Anzai
PRÓ-REITOR DE PESQUISA
Joanis Tilemahos Zervoudakis
PRÓ-REITORA DE PLANEJAMENTO
Elisabeth Aparecida Furtado de Mendonça
PRÓ-REITORA DE ASSISTENCIA ESTUDANTIL
Myrian Thereza de Moura Serra
PRÓ-REITORA DE CULTURA, EXTENSÃO E VIVÊNCIA
Luis Fabrício Cirillo de Carvalho
PRÓ-REITOR DO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE RONDONÓPOLIS
Javert Melo Vieira
PRÓ-REITOR DO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA
José Marques Pessoa
PRÓ-REITOR DO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP
Marco Antônio de Araújo Pinto
PRÓ-REITOR DO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE VÁRZEA GRANDE
Adnauer Tarquínio Daltro
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COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO – CPA
Portaria GR nº 1263, de 02 de dezembro de 2015
Presidente
Maria de Sousa Rodrigues
Representantes Docentes
Câmpus Universitário de Cuiabá
Irenilda Ângela dos Santos
José Roberto Temponi de Oliveira
Taciana Mirna Sambrano
Câmpus Universitário do Araguaia
Anna Maria Penalva Mancini
Marco Donisete de Campos
Maximilian Wilhelm Brune
Câmpus Universitário de Rondonópolis
Guilherme Ribeiro Alves
João Eduardo Frederico (Aguardando Portaria)
Paula Faustino Sampaio (Aguardando Portaria)
Câmpus Universitário Sinop
Fábio José Lourenço
Onice Terezinha Dall’Oglio
Tiago dos Santos Branco
Câmpus Universitário de Várzea Grande
Flávia Regina Pereira Santos
Representantes Técnicos
Câmpus Universitário de Cuiabá
Andréia Márcia Zattoni
Elizaine Bagatelli
Jéssica da Graça Bastos Borges
Laura Rocha Spalatti
Maria Antonieta Fernandes
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Leandro Elias dos Santos
Keila Cristina Pinheiro Antunes
Câmpus Universitário do Araguaia
Lusnaiara Rodrigues Lima
Câmpus Universitário de Rondonópolis
Leandro Basso Motta
Rafael Dalla Libera Bens (Aguardando Portaria)
Câmpus Universitário de Sinop
Tainara Gabriele B. Rodrigues de Camargo
Câmpus Universitário de Várzea Grande
Emanuella Araújo dos Santos
Representantes Discentes
Câmpus Universitário de Cuiabá
Marenice Marques de Macedo
Maria Cleidilene dos Reis Tiem
Jessica Caroline Amaral da Silva
Câmpus Universitário Araguaia
Karina Luzia de Andrade
Câmpus Universitário de Rondonópolis
Paola Carioli Soares Câmara
Câmpus Universitário de Sinop
Max Vinicius Martins
Brenda Paesano Grellmann
Câmpus Universitário Campus de Várzea Grande
Tays Laura Rondon de Almeida (Aguardando Portaria)
Representante Discente – Pós Graduação
Cintia Lopes Branco
Representantes da Sociedade Civil
Fátima Araújo Barbosa Possamai
Luzia Rodrigues de Arruda
Maria Eugênia Batista da Silva Neta
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Participação Especial/STI
Kengo Fugimura
Aldo Leandro Pacheco
Observação:
Por meio da Portaria GR Nº 072, de 27 de janeiro de 2016, a presidente da CPA foi
substituída pela Profa. Dra. Tereza Cristina Cardozo de Souza Higa, porém toda a
atividade até a data da postagem do Relatório de Autoavaliação Institucional 2015 foi
realizada sob da Presidência da Profa. Dra. Maria de Sousa Rodrigues (Portaria GR nº
1263, de 02 de dezembro de 2015).
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SUMÁRIO
AUTOAVALIAÇÃO INSTITUCIONAL NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE
MATO GROSSO (UFMT) – INTEGRAÇÃO E PARTICIPAÇÃO. ....................... 9
AUTOAVALIAÇÃO INSTITUCIONAL - UFMT – Educação Presencial. .......... 16
EIXO 1 – PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL ........................ 16
EIXO 2 – DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL .......................................... 21
EIXO 3– POLÍTICAS ACADÊMICAS................................................................ 42
ENSINO DE GRADUAÇÃO .............................................................................. 42
ENSINO DE PÓS-GRADUAÇÃO ..................................................................... 46
PESQUISA EXTENSÃO................................................................................. 56
POLÍTICAS DE ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL ................................................. 65
EIXO 4 – POLÍTICAS DE GESTÃO ................................................................. 73
ANÁLISE COMPARATIVA DA COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO – UFMT: Período de 2012
a 2014. ............................................................................................................. 73
EIXO 5 – INFRAESTRUTURA FÍSICA ............................................................. 86
INFRAESTRUTURA FÍSICA - UFMT ............................................................... 86
AUTOAVALIAÇÃO INSTITUCIONAL - UFMT – Educação a Distância. ......... 91
EIXO 1 - PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL - EaD ............... 93
EIXO 2 – DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL - EaD ................................ 94
EIXO 3 – POLÍTICAS ACADÊMICAS - EaD .................................................... 96
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EIXO 4 – POLÍTICAS DE GESTÃO - EaD ....................................................... 98
EIXO 5 – INFRAESTRUTURA FÍSICA - EaD ................................................. 100
CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................... 106
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................... 109
Anexo I ........................................................................................................... 110
ACOMPANHAMENTO DE EGRESSOS DA UFMT – 2010 a 2014 ................ 110
9
AUTOAVALIAÇÃO INSTITUCIONAL NA UNIVERSIDADE FEDERAL
DE MATO GROSSO (UFMT) – INTEGRAÇÃO E PARTICIPAÇÃO.
Maria de Sousa Rodrigues – [email protected]
José Roberto Temponi de Oliveira - [email protected]
Laura Rocha Spalatti - [email protected]
Maria Antonieta Fernades - [email protected]
Alguns aspectos, contidos neste texto inicial foram editados em relatórios
anteriores, após revisão, continuam como parte da narrativa por constituírem um retrato
panorâmico da Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT, ou seja, os dados da
instituição - a criação, localização com sua dimensão territorial e população, quantidade
de cursos de graduação presencial e a distância, pós-graduação stricto sensu e o
respectivo total de discentes. Quanto a composição da CPA foi elaborada uma breve
narrativa histórica. Na sequência constam o desenho do planejamento da Autoavaliação
Institucional do ano de 2015 e o modus operandi da elaboração do Relatório.
A UFMT está localizada no Estado de Mato Grosso, terceiro Estado brasileiro
em dimensão territorial, com área total de 901,4 mil km2, representando 10,55% do
território nacional com 142 municípios e uma população de 3.265.486 habitantes
(IBGE, 2015). Situa-se em um contexto geográfico envolvendo três biomas distintos –
Pantanal, Cerrado e Amazônia – e as três mais importantes bacias hidrográficas do país:
a do Paraguai, a do Amazonas e a do Araguaia-Tocantins.
A Universidade, instituída sob a forma de fundação, por meio da Lei 5.647, de
10 de dezembro de 1970, e de acordo com o Anuário Estatístico 2015/UFMT, está
composta por cinco Campi Universitários e 31 Polos Educação a Distância (EaD):
1. Campus Universitário de Cuiabá, contando com 08 (oito) Institutos, 10
Faculdades e um total de 55 cursos de graduação e 45 de pós-graduação sendo
18 residências médicas, 30 cursos de mestrados e 15 doutorados. Dispõe
também de 01 Biblioteca Central, 01 hospital para humanos, 01 hospital
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veterinário, 01 Biotério, 01 Zoológico, 01 Núcleo de Documentação Histórica,
01 Núcleo de Organização da Mulher (NUEPOM), 01 Núcleo de estudos da
Violência (NIEVICI), 01 Núcleo de Prática Jurídica, 01 Juizado Civil da
Comarca da Capital 01 Escritório de Inovação Tecnológico, 01 Teatro, 01
Cinema, 03 Museus, 01 Ginásio de Esporte, 03 Quadras Cobertas, 01 Piscina, 01
Fazenda Experimental, 01 unidade para Atendimento e Perícia Médica, 01
Restaurante Universitário e diversos laboratórios de diferentes áreas de
conhecimento.
2. Campus Universitário de Araguaia possui 03 institutos e 16 cursos de graduação
e 03 de Pós-graduação, nível de mestrados, distribuídos entre dois campus
situados nas cidades de Barra do Garças e Pontal do Araguaia. Conta com 01
cinema, 01 Quadra Coberta, 01 estúdio para Rádio/TV, 01 Núcleo de Prática
Jurídica, 01 Planetário, 01 espaço Multiuso/vivências, 01 Restaurante
Universitário e está em construção 01 Centro de Convenções e laboratórios de
diferentes áreas de conhecimento.
3. Campus Universitário de Rondonópolis, conta com 03 institutos, 19 cursos de
graduação e 03 de Pós-graduação, nível de mestrado. Dispõe de 01 biblioteca,
01 Restaurante Universitário, laboratórios para as áreas de conhecimento
existentes no campus com destaque para o de Climatologia, o centro
meteorológico, 01 prédio do NEATI (Núcleo de Estudos e Atividades da
Terceira Idade), a garagem para abrigar os veículos da UFMT/R.
4. Campus Universitário de Sinop, conta com 03 institutos e 11 cursos de
graduação 03 cursos de Pós–graduação nível de mestrado. Dispõe também de
diversos laboratórios de diferentes áreas de conhecimento, 01 biblioteca, 01
Restaurante Universitário, 01 Hospital Veterinário.
5. Campus Universitário de Várzea Grande, 01 instituto com 05 cursos de
graduação. Até 30/12/2015(ano base deste relatório) a construção do Campus
ainda não tinha sido finalizada.
6. Polos Educação a Distância (EaD): conta com 31 polos, 05 cursos de graduação
e 07 pós-graduação lato sensu na modalidade EaD, atualmente, são ofertados
por meio da Universidade Aberta do Brasil/ UFMT em 12 Polos de Apoio
Presencial no Estado.
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Atualmente, a UFMT dispõe de 106 cursos de graduação, em diferentes áreas do
saber, contando com 18.552 alunos matriculados em 2015. Possui 15 cursos de
doutorado com 508 alunos matriculados e 37 mestrados com 1.637 alunos, além dos
cursos na modalidade EaD que tem 1.685 alunos. A IES desempenha relevantes funções
sociais e, como tal, compromete-se, através de uma inserção ativa na região, com a
construção do devir da sociedade mato-grossense e brasileira.
Atenta e cumpridora da normatização e da legislação nacional, e em atenção ao
que preceitua a Lei 10.861 de 14 de abril de 2004, que instituiu o Sistema Nacional de
Avaliação de Ensino Superior (SINAES) com objetivo de assegurar o processo nacional
de avaliação, cuja finalidade é a melhoria da qualidade da educação superior, a
promoção do aprofundamento dos compromissos de responsabilidades sociais, seus
valores democráticos, respeito à diferença e à diversidade, afirmação da autonomia e
identidade institucional.
Até a presente data, já foram editadas as seguintes portarias da composição da
CPA, instituídas pelos dirigentes máximos da UFMT: Portaria GR n.º 262, de 13 de
Julho de 2004; Portaria GR199 de 04/03/ 2010; Portaria GR nº 668 de 23 de Julho de
2010; Portaria GR785 de 18/08/2011; Portaria GR 1.444 de 22 de outubro de 2013;
Portaria GR nº 1263, de 02 de dezembro de 2015, Portaria GR Nº 072, de 27 de Janeiro
de 2016. Esta última os membros da CPA pediram revogação, tal solicitação se justifica
pelo fato de constar no artigo 4º que os efeitos da referida portaria deveriam ser a partir
de 19 de agosto de 2015, e considerando que todos os membros constantes da portaria
GR nº 1263, de 02 de dezembro de 2015 desenvolveram todas as atividades pertinentes
a Comissão Própria de Avaliação (CPA), inclusive constando como carga horária dos/as
representantes docentes, técnicos e discentes, até 30 de março de 2016, data limite para
postagem do presente relatório.
Ao longo dos anos a Constituição da CPA/UFMT foi passando por
transformações e no ano de 2015, a mesma ocorreu, por indicação ou eleição do
Instituto ou Faculdade, homologado em reuniões das congregações e observando o que
dispõe o,
Art. 11. Cada instituição de ensino superior, pública ou privada, constituirá
Comissão Própria de Avaliação - CPA, no prazo de 60 (sessenta) dias, a
contar da publicação desta Lei, com as atribuições de condução dos processos
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de avaliação internos da instituição, de sistematização e de prestação das
informações solicitadas pelo INEP, obedecidas as seguintes diretrizes:
I – constituição por ato do dirigente máximo da instituição de ensino
superior, ou por previsão no seu próprio estatuto ou regimento, assegurada a
participação de todos os segmentos da comunidade universitária e da
sociedade civil organizada, e vedada à composição que privilegie a maioria
absoluta de um dos segmentos;
II – atuação autônoma em relação a conselhos e demais órgãos
colegiados existentes na instituição de educação superior.
Ressaltamos que a Autoavaliação visa subsidiar a formulação e implementação
de políticas públicas para a área educacional a partir de parâmetros de qualidade e
equidade, bem como produzir informações claras e confiáveis aos gestores,
pesquisadores, educadores e público em geral.
Desde o ano de 2004, a CPA/UFMT, já elaborou 08 Relatórios de Autoavaliação
Institucional. Seis pesquisas de campo, sendo a primeira no período de 2006/2008. Em
2009, houve mudanças no período de elaboração da avaliação passando a ser obrigatória
a postagem anual dos relatórios. Optou-se, portanto por revalidar os dados da avaliação
anterior.
No ano de 2010, aplicou-se um questionário online e, a partir desses dados,
elaborou-se um relatório contendo uma análise de uma forma generalista. Em 2011,
optou-se por qualificar os dados da pesquisa do ano anterior a partir das devolutivas de
resultados realizadas nos campus da UFMT.
No ano de 2012 foi realizada a terceira grande pesquisa de Autoavaliação
conforme dispõe os conceitos, princípios e critérios definidos no Sistema Nacional de
Avaliação da Educação Superior – SINAES, instituído pela Lei 10.861 de 2004.
Em 2014, o Relatório foi fruto da Pesquisa de Campo com a comunidade interna
e externa e foi elaborado segundo a nota técnica INEP/DAES/CONAES/Nº 065 de 09
de outubro de 2014, contemplando os cinco eixos: Planejamento e Avaliação
Institucional, Desenvolvimento Institucional, Políticas Acadêmicas, Políticas de Gestão
e Infraestrutura Física.
O presente relatório consiste em uma revisão sistemática das informações
produzidas pela CPA nos anos de 2012, 2013 e 2014, desta feita, entende-se que o
avanço do conhecimento científico depende do acúmulo de fatos, informações da
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realidade empírica, do cotidiano, enfim dos diferentes ramos do conhecimento.
Constitui-se de um relatório integral analítico, haja vista que em outubro de 2016, finda
o mandado da atual equipe gestora.
METODOLOGIA
O desenho metodológico, de um trabalho, entre outros aspectos, possibilita a
descrição e visualização de um projeto. Assim foi lançado um olhar para todos os
ângulos de constituição e elaboração dos relatórios anteriores: desenho metodológico,
objeto, objetivos, referências teórica e metodológica, instrumentos, as relações
constitutivas e implicações deste com o campo de referência e estudo – A
Autoavaliação Institucional.
Assim, para elaboração do presente foi delimitado que o universo amostral seria
os relatórios aos anos de 2012, 2013 e 2014, e comparados com a finalidade de verificar
as potencialidades, fragilidades e pontos que a equipe gestora utilizou para programar
ações e ou dar outra providências e outros encaminhamentos.
Para dar agilidade à execução das atividades, a CPA/UFMT foi dividida em
equipes de trabalho, conforme os 05 eixos propostos na Nota Técnica
INEP/DAES/CONAES Nº065/14 1. Planejamento e Avaliação Institucional; 2.
Desenvolvimento Institucional; 3. Políticas Acadêmicas; 5. Políticas de Gestão e
Infraestrutura Física. Foi delimitado ainda que o produto final de cada equipe seria em
forma de artigo, conforme proposta para elaboração de trabalho científico do Simpósio
Avalies 2016.1
Os trabalhos foram executados pelas suas referidas equipes com 03 grandes
reuniões de 02 dias cada, para socialização dos dados. Após todos sistematizaram os
1 Instruções para Autores dos Artigos e Abstracts da Conferência SBC - de autoria de: Luciana P. Nedel,
Rafael H. Bordini, Flávio Rech Wagner, Jomi F. Hübner Instituto de Informática – Univ. Federal do Rio
Grande do Sul (UFRGS) de Porto Alegre – RS e Department of Computer Science – University of
Durham, U.K./ Dep. de Sistemas e Computação Universidade Regional de Blumenau (FURB) –
Blumenau, SC – Brazil. Disponível em <http://goo.gl/TfcZG8> Acesso em 12 fev. 2016.
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dados, elaboraram o artigo e entregaram para a comissão de redação final. Esta por sua
vez, observando a decisão da maioria dos membros da CPA, que os artigos deveriam
constituir o corpus do trabalho (desenvolvimento, análise dos dados e das informações,
ações com base na análise) e após inserir os demais, itens necessários: Introdução,
Metodologia, Considerações Finais e Anexo I- Relatório de Pesquisa referente ao
acompanhamento de Egressos 2010-2014.
Outros fatores que contribuíram para a composição deste relatório foram às
atividades desenvolvidas pelos membros da CPA, no período, a saber: reuniões da CPA,
visita nos 5 campi, organização do Encontro Estadual de CPA, elaboração de artigos,
participação nos seminários regionais da CPA, reuniões com coordenadores de cursos,
diretores, técnicos, representação de discentes nos 5 campi universitários; participação
das avaliações de curso in loco das Comissões designadas pelo MEC para
Reconhecimento e Renovação de Reconhecimento, autorização, visitas nos polos Ead,
elaboração do regimento da CPA, a convivência dos membros da CPA/UFMT, que
constaram em todas as Portarias, as bolsistas permanência e CNPQ, a pesquisa
registrada sob o número 147; a pesquisa de acompanhamento de egressos, o trabalho da
equipe técnica da PROPLAN (Secretaria, Planejamento Físico, Gerencia de
Informações e Estatísticas, Gerencia de Planejamento, Coordenação de Planejamento
Físico, Convênios Contratos, Assistência de Avaliação Institucional, entre outros.
Os princípios da Autoavaliação sempre foram respeitados pela equipe, quais
seja sensibilização, mobilização, participação, transparência, autonomia, respeito,
liberdade, equidade e democracia.
No processo de pesquisa sempre se fez opção por uma amostra voluntária de
todos os segmentos, por considerar que é uma forma democrática de participação, o que
propicia respostas mais fidedignas, participação de todos os segmentos com
disponibilização do questionário online no site da UFMT, por um período de 45 dias; o
questionário sempre foi elaborado pela comissão, as potencialidades e fragilidades da
instituição deveriam sempre constar no relatório, mesmo a pedido de um gestor/a.
A divulgação do processo de autoavaliação, por meio de cartazes, folhetos, TVU
e visitas as salas de aula e demais setores da Universidade. Encerrado o período da
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pesquisa online, realiza-se o processamento dos dados, bem como a discussão e análise
destes para a elaboração do relatório.
Em decorrência da amplitude dos dados considerados na reflexão sobre o
próprio desempenho institucional e da responsabilidade de traduzir em palavras,
gráficos e outros símbolos, o pensamento da comunidade interna e externa, a Comissão
Própria de Avaliação (CPA) apresenta este relatório, resultante da análise dos relatórios
de 2012, 2013, 2014, neste Relatório Integral de Autoavaliação, realizada na
Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT no ano de 2015, e Anexo I- Relatório de
Pesquisa referente ao acompanhamento de Egressos 2010-2014.
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AUTOAVALIAÇÃO INSTITUCIONAL - UFMT – Educação Presencial.
EIXO 1 – PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
Planejamento e Avaliação na Universidade Federal de Mato Grosso
João Eduardo Frederico – [email protected]
Departamento de Matemática do Instituto de Ciências Exatas e Naturais Rodovia Rondonópolis
- Guiratinga, KM 06 (MT-270) - Sagrada Família 78735910 - Rondonópolis, MT – Brasil.
I. INTRODUÇÃO
Com a criação do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior - SINAES,
instituído pela Lei 10.861 de 2004, as entidades de ensino instituíram as comissões
próprias de autoavaliações (CPA) para realizarem autoavaliações utilizando eixos:
Nosso objetivo neste artigo é discutir o primeiro eixo 1: Planejamento e Avaliação
Institucional.
A. Avaliação e Planejamento
O contexto socioeconômico, político e cultural da atualidade exigem que a
instituição tenha capacidade de adaptar-se e de responder às transformações sociais e à
rápida evolução da ciência, contribuindo com a formação para a cidadania. Frente aos
seus princípios institucionais, visão de futuro e missão, a Universidade Federal de
Mato Grosso estabeleceu o Plano de Desenvolvimento Institucional(PDI) 2013 - 2018
com as seguintes políticas estruturantes:
1. Buscar maior qualidade e a indissociabilidade entre o ensino, pesquisa e
extensão;
2. Ampliar as relações com a sociedade para melhor contribuir com o
desenvolvimento regional sustentável;
3. Modernizar sistema de gestão e avaliação com vistas a melhores resultados
administrativos e acadêmicos;
4. Promover a melhoria da ambiência universitária;
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5. Fortalecer a comunicação institucional de forma integrada e articulada com o
sistema de comunicação social;
6. Ampliar quantitativa e qualitativamente as ações no âmbito da saúde;
7. Fortalecer a universidade multicampus;
Para uma análise se o PDI esta cumprindo suas finalidades expostas acima,
fazemos uma avaliação anual com toda a comunidade universitária.
II. METODOLOGIA
A pesquisa foi exploratória com uma amostra voluntária de todos os segmentos. Para
isso, foi disponibilizado no site da UFMT por um período de 45 dias, um questionário,
elaborado pela comissão, destinado a docentes, técnicos, discentes e comunidade
externa. Foram feitas as seguintes perguntas:
1. Qual a sua satisfação quanto a política de gestão e ações executadas na UFMT,
que foram mensuradas da seguinte forma:
(a) Totalmente satisfeito(TS); (b) Satisfeito(S);
(c) Parcialmente insatisfeito(PI);
(d) Totalmente insatisfeito(TI);
2. Você consultou os resultados apresentados pela Comissão Própria de Avaliação
(CPA) disponibilizada no site da UFMT.
3. Você participou da pesquisa de autoavaliação do ano anterior.
III. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Vamos apresentar os resultados obtidos para os anos de 2013 e 2014 separados para
cada pergunta. Uma observação que para o ano de 2013 os dados não foram tabelados
especificando cada segmento universitário, mas apenas os valores globais de cada
parâmetro.
A. Quanto à política de gestão e ações executadas na UFMT
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Para o ano de 2013 obtivemos que 7,1% estavam totalmente satisfeito, 36,6%
estavam satisfeito, 42,9% estavam parcialmente insatisfeito e 17,4% estavam totalmente
insatisfeito.
Para o ano 2014 obtemos a seguinte tabela
Categoria TS(%) S(%) PI(%) TI(%)
Docentes 6,85 37,9 40,87 14,38
Técnicos 10,29 41,91 31,62 16,18
Técnicos 10,29 41,91 31,62 16,18
Alunos de Graduação 4,55 42,91 31,62 10,61
Alunos de Pós Graduação 5,58 29,35 44,42 20,65
EAD 10 58,75 22,5 8,75
Os dados contidos em 2014 mostram que entre os docentes a maior percentagem é
de parcialmente insatisfeitos com uma percentagem de 40,87% enquanto os totalmente
satisfeito eram 6,85%:Na categoria de técnicos foi um pouco diferente apresentado uma
porcentagem de 41,91% de satisfeitos enquanto os totalmente satisfeito ficaram em 10,
29%.Entre os alunos de graduação temos 42,91% de satisfeitos enquanto nos alunos de
pós graduação foram 44,42% de parcialmente insatisfeitos. Nos alunos de ensino a
distância a maioria estavam satisfeitos.
B. Consultou os resultados da Comissão Própria de Avaliação (CPA)
disponibilizada no site da UFMT.
Para o ano de 2013 obtivemos que 23,9% tinham consultado o resultado apresentado
pela CPA enquanto que 73,3% não tinham consultado.
Para o ano 2014 obtemos a seguinte tabela
Categoria SIM(%) Não(%)
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A tabela nos mostra que o percentual de pessoas que não consultam o relatório de
auto avaliação é bastante razoável. Entre os técnicos é de 69%, docentes de 63,33%
alunos de graduação de 84,40% e dos alunos de pós-graduação e EAD são
respectivamente de 80% e 81,25%.
C. Você participou da pesquisa de autoavaliação do ano anterior
Para o ano de 2013 obtivemos que 32,6% tinham participado da pesquisa
anterior enquanto que 64,5% não.
Para o ano 2014 obtemos a seguinte tabela
Categoria SIM(%) Não(%)
Docentes 48,6 51,37
Técnicos 51,47 48,53
Alunos de Graduação 26 73,44
Alunos de Pós Graduação 20 80
EAD 25 75
A tabela nos mostra que o percentual de pessoas que não participaram é bastante
razoável. Entre os técnicos é de 48,53%, docentes de 51,37% alunos de graduação de
73,44% e dos alunos de pós graduação e EAD são respectivamente de 80% e 75%.
Docentes 37,67 63,33
Técnicos 30,15 69,85
Alunos de Graduação 15,60 84,40
Alunos de Pós Graduação 20 80
EAD 18,75 81,25
20
CONCLUSÕES
Neste artigo analisamos as ações de gestão onde percebemos que a taxa de
totalmente satisfeitos ficou em 7,1% no ano de 2013 e abaixo dos 10% em média em
2014. Na categoria dos técnicos obteve-se um índice maior de satisfação, que pode ser
explicado pela sua maior proximidade em questões administrativas. Podemos concluir
também que é necessária uma maior divulgação destas ações para a comunidade
acadêmicas.
Outro ponto abordado foi o conhecimento dos resultados anteriores obtidos e
divulgados pela CPA no site da UFMT. De acordo com os dados houve uma melhora
os índices de conhecimento entre as categorias de docentes e técnicos em 2014
quando comparados com os do ano de 2013. A pesquisa também mostrou um índice
baixo de conhecimento pela categoria dos discentes. Neste ponto será necessário
implantar medidas de conscientização desta categoria quanto a importância de se
conhecer a avaliação de sua universidade.
Os resultados quanto a participação da pesquisa de avaliação implementadas
pela CPA mostrou uma melhora nos índices de participação em 2014 em comparação
com 2013.Mais ainda é possível notar que devemos melhorar a participação sobretudo
dos alunos. Deverá se implementar ações de conscientização da comunidade acadêmica
sobre a importância desta participação para o desenvolvimento da instituição UFMT.
Referências Bibliográficas
____,UFMT, Universidade Federal de Mato Grosso. Relatório de Autoavaliação
Institucional 2013. Cuiabá: UFMT, 2013. Disponível em :
http://200.129.241.80/autoavaliacao/relatorios.php Acesso em: 10 fev 2016.
____, Universidade Federal de Mato Grosso. Relatório de Autoavaliação Institucional
2014. Cuiabá: UFMT, 2014. Disponível em:
http://200.129.241.80/autoavaliacao/relatorios.php Acesso em: 10 fev 2016.
21
EIXO 2 – DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL
Andreia Marcia Zattoni1, Cintia Lopes Branco
2, Tiago dos Santos Branco
3
1Pró-Reitoria de Planejamento- PROPLAN – UFMT – Cuiabá – MT – Brasil
2 Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Política Social. UFMT – Cuiabá – MT – Brasil
3Instituto de Ciências Naturais, Humanas e Sociais, Campus Universitário de Sinop,
Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) – Cuiabá – MT – Brasil
{andreia.ufmt@gmail, [email protected], [email protected] }
DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL
O Eixo Desenvolvimento Institucional neste novo formato de apresentação do
relatório da CPA, seguindo as orientações da nota técnica INEP/DAES/CONAES Nº
065 de 2014, abarca duas dimensões do formato anterior: a Dimensão 1 - Missão e
Plano de Desenvolvimento Institucional e a Dimensão 3 - Responsabilidade Social da
Instituição. Como processo de autoconhecimento a avaliação da CPA, em especial neste
Eixo 2, assume o papel de induzir maior comprometimento da IES na construção de
seu PDI – Plano de Desenvolvimento Institucional, no sentido de utilizar as avaliações
internas como medidas balizadoras de tomada de decisões, tanto no âmbito acadêmico
como no administrativo e no de Gestão. Busca-se com a autoavaliação fornecer
subsídios para as ações institucionais, primando pela coerência entre o previsto e o
realizado a partir do PDI. O compromisso social será focado neste eixo da avaliação,
voltando-se para medidas indicadoras de responsabilidade social, seja de inclusão social
ou de promoção dos direitos humanos e igualdade étnico racial.
A missão constante no Plano de Desenvolvimento Institucional do período 2013
a 2018 estabelecida no conjunto das unidades institucionais responsáveis pela sua
execução, torna-se a referência para apontar em que medida se avançou, a qualidade dos
acertos, as dificuldades encontradas nesse processo e ainda quanto falta percorrer para
consolidação das intenções e proposições institucionais nela estabelecida.
Frente aos seus princípios institucionais, visão de futuro e missão, a
Universidade Federal de Mato Grosso estabeleceu no Plano de Desenvolvimento
Institucional 2013 – 2018 sete políticas estruturantes, analisadas a seguir a partir de
determinadas ações institucionais a elas relacionadas.
22
1 - Buscar maior qualidade e a indissociabilidade entre o ensino,
pesquisa e extensão, articulada com as necessidades regionais.
Como indutor dessa qualidade proposta, na Política de Pessoal verificou-se que
vem se destacando os investimentos na capacitação dos servidores, docentes e técnicos,
o que amplia e garante a eficácia nas ações desses atores no campo educacional e
administrativo.
Tabela 1 - Quadro comparativo de Qualificação dos Docentes de 2012 a 2015
NÍVEL/TÍTULO 2012 2013 2014 2015
Graduados 33 28 32 32
Especialistas 90 88 117 95
Mestres 522 582 561 527
Doutores 863 972 1.055 1138
Total 1.508 1.670 1.735 1792
Fonte: Sistema de Tecnologia e Informação - STI
Nota-se uma diminuição do número de graduados no período e um aumento de 24%
no número de doutores da Instituição.
Na tabela abaixo vemos o número de estudantes envolvidos com a iniciação
científica na Instituição.
Tabela 2 - Número de estudantes participantes de atividades de iniciação científica por programa e área de conhecimento - (2014)
Área de conhecimento PIBIC PIBIC/ AF PIBIT VIC Total
Ciências Exatas e da Terra 99 0 6 57 162
Ciências Biológicas 51 0 0 36 87
Engenharias 16 0 0 7 23
Ciências Médicas e da Saúde 79 2 0 58 139
Ciências Agrárias 213 2 20 154 389
Ciências Sociais Aplicadas 15 0 0 45 60
Ciências Humanas 55 3 0 23 81
Linguística, Letras e Artes 3 0 0 7 10
Total Geral 531 7 26 387 951
Fonte: Equipe de apoio à pesquisa, 2015.
23
Na pesquisa da CPA de 2014, sobre os resultados referentes à pesquisa e
iniciação científica, mostrados em gráfico abaixo, vemos que os alunos de pós-
graduação apresentam uma porcentagem de 4,48% como totalmente insatisfeitos;
32,84% de insatisfação, bem como 41,79% de satisfação e 20,90% de total
satisfação. É válido destacar que o grau de satisfação abarca 41,79%, é o mais alto
entre os respondentes, mas o grau de insatisfação é significativo abrangendo 32,84%.
Nas respostas dos alunos de graduação têm-se o seguinte panorama:
totalmente insatisfeitos 18,58%, insatisfeitos 32,95%, satisfeitos 33,97%, totalmente
satisfeitos 14,50%. Observa-se o equilíbrio entre as porcentagens de insatisfação
32,95% e satisfação de 33,97%, a diferença entre os que responderam é pequena,
próximo de 1,0%.
Com referência as respostas dos docentes: 9,89% posicionaram-se como
totalmente insatisfeitos; 36,04% insatisfeitos; 41,98%, como satisfeitos e 12,09%
totalmente satisfeitos. Aqui é visível a porcentagem maior de satisfação entre os
docentes, mas o número de insatisfeitos é expressivo 36,04%.
Dos técnicos pode-se apresentar que 11,64% estão totalmente insatisfeitos,
34,91%, estão insatisfeitos 37,45% estão satisfeitos e 16,00% totalmente satisfeitos
frente aos procedimentos referentes à pesquisa e iniciação científica. Entre os técnicos
os números percentuais dos insatisfeitos e dos satisfeitos se aproximam.
24
Figura 1 - Procedimentos referentes à pesquisa e iniciação científica - (2014) Fonte: Relatório da CPA 2015
2 - Ampliar as relações com a sociedade para melhor contribuir com o
desenvolvimento regional sustentável.
Em relação ao desenvolvimento de atividades de extensão, como fóruns,
encontros e semanas para discussão da educação no estado de Mato Grosso, a
UFMT tem promovido diversas ações de extensão procurando socializar o
conhecimento produzido no seio da Instituição. Os programas e eventos de
extensão somaram, no ano de 2014, 2316 eventos, com 2.594.122 alunos
beneficiados e 321.592 certificados emitidos.
25
Figura 2 - Ações de Extensão por Área Temática - (2014) Fonte: Coordenação de extensão, 2015.
3 - Modernizar sistema de gestão e avaliação com vistas a melhores
resultados administrativos e acadêmicos;
Ao serem questionados se o funcionamento dos órgãos e sistemas da gestão
(CONSEPE, Pró-Reitorias, Sistema Acadêmico) está de acordo com o proposto no PDI,
a maioria dos participantes da pesquisa realizada pela CPA em 2014 responderam
afirmativamente.
0 20000 40000 60000 80000
100000 120000 140000 160000 180000 200000
183 159 60 57 40 29 20 24
101006
141029
14167
42217
185578
103612
6024 6026
Ações Beneficiados
26
Figura 3 - As Funções, órgãos e sistemas da gestão estão funcionando de acordo com proposta no
PDI (CONSEPE, Pró-Reitorias, Sistema Acadêmico)? Fonte Relatório da CPA 2015
Em relação às ações acadêmico-administrativas desenvolvidas nos últimos
semestres verificamos um alto índice de satisfação, indicando que há uma dinâmica
de melhorias implementadas pela gestão que tem resultados positivos nos processos
administrativos vivenciados. A grande maioria observou que houve alguma
melhoria, destacando os alunos de pós-graduação, que na sua ampla maioria,
81,8%, responderam afirmativamente. Fato que pode ser explicado pelo esforço da
Universidade em ampliar e melhorar em larga escala, a infraestrutura e a
qualificação do corpo docente e técnico.
27
Figura 4 - Você observou alguma melhoria nas ações acadêmicas/administrativas nas soluções dos
problemas nos últimos semestres? Fonte Relatório da CPA
4 - Promover a melhoria da ambiência universitária;
Para promover a ambiência universitária verificamos que algumas ações com
vistas à melhoria da vivência acadêmica, sobretudo a estudantil, foram
implementadas. No campus de Cuiabá e Rondonópolis tivemos reformas e
revitalizações em espaços culturais e esportivos conforme tabela abaixo:
Tabela 3 – Construção de Infraestrutura de espaços de vivência UFMT 2014
Revitalização do Complexo Desportivo Quadra Poliesportiva no Câmpus Cuiabá -
Cbá
Reforma do Teatro Universitário no câmpus da UFMT - Cbá
Ampliação do Centro Cultural no Câmpus da Universidade Federal de Mato
Grosso em Cuiabá - Cbá
Construção do Centro de Vivência - Roo
Anuário Estatístico 2015- Ano Base 2014
Quanto à participação nas atividades esportivas, apontadas na pesquisa da
CPA de 2014, 72 alunos da pós-graduação responderam ao questionário e apenas
28
8 alunos afirmaram ter participado destas atividades, totalizando um percentual de
11,9%. Entre os alunos da graduação 1861 responderam sendo que 358 declararam
ter participado de atividades esportivas, com um percentual de 21,8%. Já entre os
docentes, dos 460 que participaram do processo de autoavaliação, 53 afirmaram ter
participado de atividades esportivas com um percentual de 11,7%. Quanto aos
técnicos houve a participação de 294 respondentes sendo que 52 disseram que
participam destas atividades totalizando 18,7%, dados apresentados na Figura
abaixo.
Figura 5 - Participaram das atividades esportivas realizadas pela UFMT no último ano. Fonte: Relatório da CPA 2015
Ao questionarmos quanto à satisfação com as atividades esportivas, 72
alunos da pós-graduação responderam sendo que 38,9% disseram estar satisfeitos,
enquanto que 54,2% afirmaram estar insatisfeitos. Observa-se que os alunos de
graduação também estão insatisfeitos totalizando 52,6%. Entre os docentes 43,9%
afirmaram estar satisfeitos, enquanto que 55,2% estão insatisfeitos. Semelhante aos
docentes o nível de insatisfação dos técnicos administrativos correspondeu a 60,1%,
conforme dados a seguir.
29
Figura 6 - Atividades esportivas desenvolvidas pela UFMT
Fonte: Relatório da CPA 2015
A grande maioria dos alunos de pós-graduação, ou seja, 70,1%
disseram não ter participado de atividades culturais e esportivas desenvolvidas
pela universidade, entre os outros segmentados, a participação ficou próxima à
50%, como se segue.
Figura 7 - Participação de atividades culturais na UFMT no último ano.
Fonte: Relatório da CPA 2015
30
5 - Fortalecer a comunicação institucional de forma integrada e
articulada com o sistema de comunicação social;
Como suporte para divulgação das pesquisas e de produtos culturais
produzidos pela comunidade acadêmica a Gráfica da UFMT publicou diversos
materiais de apoio para eventos científicos e culturais realizados em 2015. Os
materiais impressos na Gráfica têm auxiliado nos processos de comunicação interna
e externa. Esses materiais também dão suporte para os trâmites administrativos
proporcionando maior eficácia e celeridade nos procedimentos de Gestão.
Tabela 4 – Serviços executados pela gráfica da UFMT - (2014)
Serviços executados Quantidade
Jornais 5.950
Panfletos/filipetas 103.450
Cartaz 16.893
Certificados 69.893
Folders 66.313
Envelopes 71.700
Convites 6.754
Impressos/HUJM 274.800
Impressos diversos 996.580
Total 1.612.333
Fonte: Gráfica da UFMT, 2015.
31
Fonte: Gráfica da UFMT, 2015
Apesar dos números de publicação da Gráfica da UFMT apresentados
acima ainda verificamos que, de acordo com a pesquisa da CPA de 2014, em
relação à eficiência da comunicação interna na UFMT, 63,6% dos estudantes de
Pós-Graduação consideram insatisfatórias, enquanto 36,4% avaliam como
satisfatória. Entre os estudantes de graduação, 70,3% estão insatisfeitos e 29,7%
satisfeitos. Na EaD, 25,3% avaliam como insatisfatórias e 74,7% satisfatórias. Na
categoria dos docentes, 56,8% apontam como insatisfatórias e 43,2% como
satisfatórias. Para os técnicos, 59,5% declaram insatisfatória à eficiência da
comunicação interna na UFMT e 40,5% como satisfatórias. Sabemos que os
pesquisados provavelmente levaram em consideração outras fontes de comunicação
utilizadas pela Instituição, como o Sítio da UFMT e a TV Universitária e estes
resultados indicam a necessidade de um maior empenho nos veículos de
comunicação Institucional, se quiser atender a expectativa da comunidade
acadêmica.
0
200.000
400.000
600.000
800.000
1.000.000
5.950 103.450
16.893 69.893 66.313
71.700
6.754
274.800
996.580 Jornais
Panfletos/filipetas
Cartaz
Certificados
Folders
Envelopes
Convites
Impressos/HUJM
Impressos diversos
Figura 8 - Serviços executados pela gráfica da UFMT - (2014)
32
Figura 9 - Nível de satisfação dos estudantes da pós-graduação, graduação, EAD, Docentes e
Técnicos quanto à eficiência da comunicação interna na UFMT.
Fonte: Relatório da CPA 2015
Verificamos também um esforço institucional para estabelecer intercâmbios
internacionais propulsionando trocas culturais e científicas com variados países.
Esses convênios têm permitido a melhoria na capacitação dos docentes que atuam na
Instituição e a cooperação científica em diversas áreas de conhecimento.
Tabela 5 - Acordos/convênios de cooperação firmados - (2014).
País Instituição Duração
Bulgária The Technical University - Varna 10/07/2019
Colômbia Universidade de Caldas 07/10/2019
Estados Unidos
Universidade Massachusetts 25/06/2019
Universidade de Illinois
01/02/2019
Espanha Universidade de Córdoba 10/07/2019
Hungria Universidade Szent István 03/09/2019
Itália Universidade de Bologna 03/09/2019
Universitá degli Studi di Urbino 03/09/2019
Jamaica University of the West Indies - Câmpus
Mona 01/05/2019
México Universidade de Guadalajara 11/02/2019
22,7
40,9
28,8
7,6
31,9
38,4
20,7
8,9 7,6
17,7
45,6
29,1
23,3
33,6 33,8
9,4
19,3
40,1
29
11,5
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
Totalmente Insatisfeito
Insatisfeito Totalmente Satisfeito Satisfeito
Estudantes Pós-Graduação Estudantes Graduação Estudantes EAD
Docentes Técnicos
33
Moçambique Universidade Pedagogica 03/09/2019
Peru Universidade Continental 23/09/2019
Portugal Universidade de Lisboa 25/03/2019
Fonte: Secretaria de Relações Internacionais, 2015.
Este processo de incentivo ao intercâmbio verifica-se tanto nos acordos e
convênios de cooperação firmados com outros países quanto nos programas de
mobilidade institucional, notadamente no Ciência sem Fronteiras.
Tabela 6- Mobilidade discente - estudantes encaminhados - (2014).
Instituição País Nº
discentes Programa
Minnesota State University Mankato
Estados Unidos 1 Ciência sem Fronteiras
Allegheny College Estados Unidos 2 Ciência sem Fronteiras
Arizona State University Estados Unidos 1 Ciência sem Fronteiras
Auburn University Estados Unidos 2 Ciência sem Fronteiras
Budapest University of Technologics and Economics
Hungria 6 Ciência sem Fronteiras
Concordia University Canadá 1 Ciência sem Fronteiras
Eötvös Loránd University Hungria 1 Ciência sem Fronteiras
Faculty of Forest Sciences and Forest Ecology
Alemanha 1 Ciência sem Fronteiras
Florida State University Estados Unidos 1 Ciência sem Fronteiras
Georgia State University Estados Unidos 1 Ciência sem Fronteiras
Hungarian Rector’s Conference
Hungria 2 Ciência sem Fronteiras
Hungary University of Fine Arts
Hungria 1 Ciência sem Fronteiras
Indiana State University Estados Unidos 2 Ciência sem Fronteiras
Kansas State University Estados Unidos 2 Ciência sem Fronteiras
Leeds Metropolitan University Reino Unido 1 Ciência sem Fronteiras
Lehman College Estados Unidos 1 Ciência sem Fronteiras
Milwaukee School of Engineering
Estados Unidos 1 Ciência sem Fronteiras
Missouri State University Estados Unidos 1 Ciência sem Fronteiras
34
Monash University Austrália 1 Ciência sem Fronteiras
Montana Tech of University of Montana
Estados Unidos 2 Ciência sem Fronteiras
Montfort University Reino Unido 1 Ciência sem Fronteiras
Northern Arizona University Estados Unidos 1 Ciência sem Fronteiras
Ohio State University Estados Unidos 1 Termo Intercâmbio
Politecnico de Milano Itália 1 Ciência sem Fronteiras
Queen's University Belfast Reino Unido 1 Ciência sem Fronteiras
San Diego State University Estados Unidos 1 Ciência sem Fronteiras
Seoul National University Coréia do Sul 1 Ciência sem Fronteiras
Sheffield Hallam University Reino Unido 1 Ciência sem Fronteiras
Southern illinois University Estados Unidos 1 Ciência sem Fronteiras
St. John's University Estados Unidos 1 Ciência sem Fronteiras
State University Estados Unidos 1 Ciência sem Fronteiras
Texas A&M International University
Estados Unidos 1 Ciência sem Fronteiras
The University of California Estados Unidos 1 Termo Intercâmbio
The University of New Mexico Estados Unidos 2 Ciência sem Fronteiras
Tohoku University Japão 1 Babel
Universidad de Valladolid Espanha 1 Ciência sem Fronteiras
Universidad de Zaragoza Espanha 1 Ciência sem Fronteiras
Universidade Beira do Interior Portugal 2 Luso
Universidade de A Coruna Espanha 1 Ciência sem Fronteiras
Universidade de Aveiro Portugal 2 Luso
Universidade de Newcastle Reino Unido 1 Ciência sem Fronteiras
Universidade de Santiago da Compostela
Espanha 4 Ibero, Babel
Universidade de Talca Chile 2 Ibero
35
Universidade do Minho Portugal 1 Capes/Mestrado
Universidade do Porto Portugal 5 Ibero, Babel,
Capes/Mestrado, Luso
Università degli Studi Roma Tre
Itália 2 Ciência sem Fronteiras
Universitá Romatre Itália 1 Ciência sem Fronteiras
Universitetet i Bergen Noruega 1 Ciência sem Fronteiras
University College Cork Irlanda 2 Ciência sem Fronteiras
University College Dublin Irlanda 3 Ciência sem Fronteiras
University of Alabama Estados Unidos 1 Ciência sem Fronteiras
University of Alberta Canadá 1 Ciência sem Fronteiras
University of Arkansas Estados Unidos 1 Ciência sem Fronteiras
University of Bridgeport Estados Unidos 1 Ciência sem Fronteiras
University of California Estados Unidos 1 Ciência sem Fronteiras
University of Colorado Estados Unidos 1 Ciência sem Fronteiras
University of Dundee Reino Unido 1 Ciência sem Fronteiras
University of Georgia Estados Unidos 1 Ciência sem Fronteiras
University of Idaho Estados Unidos 1 Ciência sem Fronteiras
University of Illinois at Urbana-Champaign
Estados Unidos 1 Ciência sem Fronteiras
University of Kentucky Estados Unidos 1 Ciência sem Fronteiras
University of Limerick Irlanda 1 Ciência sem Fronteiras
University of Manitoba Canadá 1 Ciência sem Fronteiras
University of Minnesota Estados Unidos 3 Ciência sem Fronteiras
University of Mississippi Estados Unidos 2 Ciência sem Fronteiras
University of Montana Estados Unidos 1 Ciência sem Fronteiras
University of Nebraska Estados Unidos 1 Ciência sem Fronteiras
University of Nevada Estados Unidos 2 Ciência sem Fronteiras
36
University of New York Estados Unidos 2 Ciência sem Fronteiras
University of Oregon Estados Unidos 1 Ciência sem Fronteiras
University of PortsMouth Reino Unido 1 Ciência sem Fronteiras
University of Science and Technology Beijing
China 1 Ciência sem Fronteiras
University of Sligo Irlanda 2 Ciência sem Fronteiras
University of south carolina Estados Unidos 1 Ciência sem Fronteiras
University of Toronto Canadá 2 Ciência sem Fronteiras
University of Wisconsin Estados Unidos 1 Ciência sem Fronteiras
Washington E Jefferson College
Estados Unidos 1 Ciência sem Fronteiras
Washington State University Estados Unidos 1 Ciência sem Fronteiras
Waterford Institute of Technology
Irlanda 4 Ciência sem Fronteiras
Western New Mexico University
Estados Unidos 1 Ciência sem Fronteiras
Total 116
Observamos a presença do Intercâmbio em três continentes, Ásia, Oceania e
Europa, e na América nos Estados Unidos e Canadá, totalizando no ano de 2014 a
mobilidade de 116 alunos.
6 - Ampliar quantitativa e qualitativamente as ações de bem estar
e saúde de forma articulada com o sistema único de saúde,
contribuindo para a melhoria do ensino e da pesquisa na área de
saúde.
O Hospital Júlio Muller (HUJM) é vinculado à Universidade Federal de
Mato Grosso (UFMT), Müller e foi inaugurado em 31 de julho de 1984,
disponibilizando cerca de 80 leitos. Atualmente, o HUJM possui: 30 leitos na
Clínica Médica, sendo quatro em Unidade de Semi Intensivo Adulto; 14 na
Clínica Pediátrica; 24 na Clínica Cirúrgica; 19 na Clínica Obstétrica; cinco na
Clínica Ginecológica; oito na UTI Adulto; 10 na UTI Neonatal; cinco na Unidade
37
de Cuidados Intermediários Convencional e Canguru (UCinco); e três no Pré-
parto, Parto e Puerpério (PPP). O HUJM oferece atendimento em mais de 30
especialidades médicas na Atenção Especializada como urologia, dermatologia e
cardiopediatria. O Hospital Universitário também realiza atendimento
multiprofissional em nove áreas, dentre elas, assistência social, nutrição e
psicologia.
Tabela 7- Produção hospitalar 2014/2015
Procedimentos Cirúrgicos
Outubro a dezembro de 2014 Total de 338
Janeiro a setembro de 2015 Total de 716, considerando que houve redução na
produção devido ao fechamento temporário do
centro cirúrgico.
Procedimentos Obstétricos
Outubro a dezembro de 2014 Total de 377
Janeiro a setembro de 2015 Total de 1.162, visto que o Pronto Atendimento
Obstétricos do HUJM manteve atendimento devido
a Projeto da Rede Cegonha.
Fonte: Relatório de Gestão 2014/2015
Quanto aos procedimentos cirúrgicos e obstétricos temos um número
expressivo de atendimentos conforme Tabela acima. Dentre os procedimentos a
obstetrícia oferece o maior número de atendimentos.
Tabela 8 - Número de médicos residentes por programas e por áreas do HUJM (2013/2014)
Medicina
Programa/Área Número de Residentes
2013 2014
Clínica Médica 8 10
Cirurgia Geral 8 8
Obstetrícia e Ginecologia 12 12
Pediatria 12 16
Anestesiologia 18 17
Infectologia 9 8
38
Medicina de Família e
Comunidade
12 8
Medicina Intensiva Neonatal 3 3
Urologia 2 3
Dermatologia 6 6
Oftalmologia 4 6
Endocrinologia e Metabiologia - 2
Medicina Tropical - 1
Residência
Multiprofissio
nal em Saúde
Programa/Área Número de
Residentes
Nutrição - 6
Enfermagem - 11
Psicologia - 5
Serviço Social - 5
Odontologia
Programa/Área Número de
Residentes
Cirurgia Buco Maxilo Facial - 2
Total Geral 94 129
Fonte: Diretoria do HUJM, 2014/2015.
Acima apresentamos a comparação entre número de residentes do ano
de 2013 e de 2014 no HUJM. Vemos que houve um aumento de 28% no
número de alunos residentes e ampliação das áreas de atuação médica com
oferta de vagas. Ressaltamos que, embora tenha havido ampliação do número
de residentes e de áreas ofertadas, na área Medicina da Família e Comunidade,
área de fundamental importância no atendimento de populações de baixa renda,
houve decréscimo de 4 vagas, índice de queda de oferta de 34%.
Tabela 9 – Procedimentos e ocorrências no Hospital Universitário Júlio Müller – (2013/2014)
Descrição
Quantidad
e
2013
Quantidad
e
2014
1. Números de leitos - 118
1.1 Número de casos de infecção hospitalar 258 177
39
2.Assistência hospitalar, ambulatorial e de emergência
2.1 Números de Internações
Clínica Médica 848 730
Clínica Cirúrgica 1.373 932
Clínica Obstétrica 1.109 1.574
Clínica Pediátrica 521 316
UTI Adulto 152 76
UTI Neonatal 187 137
2.2 Número de Cirurgias
Centro Cirúrgico 1.764 1.187
Ambulatoriais 10.898 719
2.3 Número de Consultas
Médicas e Ambulatoriais 94.790 66.477
Outras Consultas 19.898 19.894
3. Número de Óbitos
Óbitos 151 166
Fonte: Diretoria do HUJM, 2014/2015.
Observamos na Tabela acima no comparativo do ano de 2013 para 2014
que houve um decréscimo no número de procedimentos realizados. Observamos
que houve um decréscimo positivo de 32% no número de casos de infecção
hospitalar.
7 - Fortalecer a Universidade multicampus;
O campus de Várzea Grande, antiga reivindicação da comunidade várzea-
grandense, na região metropolitana de Cuiabá, o qual se destina a ser polo de
ensino, pesquisa e extensão em engenharias, passou a funcionar no ano 2014,
ampliando o número de campus e de vagas na graduação da UFMT.
Tabela 10 – Evolução das vagas na graduação presencial por campus – (2012 a 2014)
Campus *2012 **2013 ***2014
Campus de Cuiabá 2.707 3.337 2.791
40
Campus de Rondonópolis 1.011 1.114 1.070
Campus de Sinop 725 787 789
Campus do Araguaia 745 745 749
Campus de Várzea Grande - - 150
Total 5.188 5.983 5.549
Fonte: Editais de processo seletivo de 2012 a 2014. *Vagas do SiSU. **Vagas do SiSU (5.187), transferência facultativa (772) e Plano Nacional de Formação de Professores – PARFOR (24). ***Vagas
do SISU e processo seletivo específico para indígenas
Observamos na tabela acima que houve um aumento de 361 vagas de oferta no
total de vagas ofertadas pela Instituição quando comparamos o ano de 2012 com 2014.
Esse aumento da oferta está presente em todos os campus, excetuando-se Rondonópolis.
O Gráfico abaixo mostra o número de matriculados por sexo no ensino de
graduação na UFMT.
Figura 10 - Estudantes matriculados na graduação presencial por Campus e por sexo – (2014).
Fonte: Secretaria de Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação – STI, 2015.
Verificamos uma predominância de alunos do sexo feminino entre os
matriculados, em todos os campi da Instituição, excetuando-se o campus de Várzea
Grande, o qual oferta exclusivamente cursos de Engenharia.
Considerações Finais sobre o Eixo 2- Desenvolvimento Institucional
0 2.000 4.000 6.000 8.000 10.000 12.000 14.000 16.000 18.000 20.000
Câmpus de Cuiabá
Câmpus de Rondonópolis
Câmpus de Sinop
Câmpus do Araguaia
Câmpus de Várzea Grande
Total Geral
4.752
1.524
1.184
1.046
79
8.585
5.346
1.998
1.528
1.306
39
10.217
10.098
3.522
2.712
2.352
118
18.802
Masculino Feminino Total
41
A Universidade Federal de Mato Grosso foi fundada em 1970, por meio da
Lei 5.647, em Cuiabá. É a maior Instituição do Ensino Superior do Estado e se
mantêm como referência no desenvolvimento de pesquisas e na formação e
capacitação de recursos humanos. Observamos que a dinâmica de crescimento vem
sendo preservada, tanto em sua estrutura física quanto na ampliação da oferta de
vagas e de cursos, tanto na Graduação como na Pós-graduação, sem esquecer a
capacitação na formação de profissionais que já atuam em suas áreas de
conhecimento, através de Programas como o Parfor- Plano Nacional de Formação
de Professores e a oferta de cursos de extensão. Observamos também um
investimento em realizar intercâmbios Internacionais. Além de diversos convênios
firmados com Instituições Internacionais, houve a adesão ao Programa Ciência sem
Fronteiras, beneficiando centenas de alunos que puderam enriquecer sua formação.
Atualmente temos o Curso de Enfermagem de Cuiabá com selo de qualidade Arcu-
Sul (Acreditação Regional de Cursos Universitários do Mercosul) e o curso de
Medicina pleiteando o mesmo certificado, com processo em fase final.
Destacamos na última década o processo de expansão da Universidade para o
interior do Estado. Hoje a UFMT não se limita à sua sede. Além de possuir quatro
campus no interior do estado ainda atua em diversos municípios através do Ensino
à Distância. Quanto ao compromisso social, a atuação da Universidade no
desenvolvimento de pesquisas e na formação de profissionais no Estado, em
diversas áreas, continuando sendo significativa. O hospital Júlio Müller e a atuação
da Universidade na formação de profissionais da saúde e no desenvolvimento de
pesquisas na área da saúde exemplifica notadamente a expressão social da
Universidade atendendo pacientes de todo o Estado e sendo um suporte
fundamental na oferta de procedimentos médicos de qualidade à população. A
identidade Institucional também tem sido considerada em suas ações, voltando um
olhar para questões sociais, econômicas. Ambientais e históricas locais nas
pesquisas desenvolvidas e programas adotados pela Instituição. Sentimos esse
envolvimento regional, por exemplo, nas obras publicada em nossa Editora, a qual
tem privilegiado obras com temáticas voltadas para a região, seja na área social,
educacional ou tecnológica.
42
EIXO 3– POLÍTICAS ACADÊMICAS
ENSINO DE GRADUAÇÃO
Elizaine Bagatelli¹, Leandro Elias dos Santos¹, Tainara Gabriele Brito Rodrigues de Camargo²
¹Pró-reitoria de Ensino de Graduação – PROEG – Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) – Cuiabá – MT – Brasil; ²Gêrencia de Ensino de Graduação – CUS - Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT – Sinop – MT – Brasil.
{[email protected], [email protected], [email protected]}
Na Universidade Federal de Mato Grosso o Ensino de Graduação é gerido pela
Pró-reitoria de Ensino de Graduação (PROEG) que é responsável por planejar,
coordenar e acompanhar todas as atividades de ensino nos cursos de graduação,
promovendo as condições necessárias à consecução dos objetivos da universidade.
Considerando os anos letivos em análise (2012, 2013 e 2014), o quantitativo de
vagas ofertadas no ensino de Graduação em 2015 sofreu um acréscimo de 8,85% em
relação ao ano anterior, como evidencia a Tabela 1. Esse aumento se deve ao
atendimento da Resolução CONSEPE nº 106, de 23/10/2014, que aprovou a ampliação
de vagas nos cursos de graduação da UFMT, prevista no Plano de Desenvolvimento
Institucional (PDI).
Tabela 1 – Dados do Ensino de Graduação da UFMT
Ano Vagas Matrícula Presencial
Matrícula
EaD
2012 5.188 20.162 1.362
43
2013 5.187 18.963 1.685
2014 5.408 20.307 1.685
2015 5.933 19.314 593
Fonte: Relatórios de Gestão 2012/2013 e 2014/2015
Em 2012 a UFMT ofertou à comunidade 5.188 vagas distribuídas em 100 cursos
de graduação. Neste mesmo ano a UFMT já trabalhava com a política de sobrevagas,
sendo que 24 vagas foram ofertadas para estudantes indígenas das etnias de Mato
Grosso. A UFMT atendeu ainda a 121 alunos ingressantes por transferência facultativa,
134 alunos de matricula de graduado e 18 alunos por transferência ex-oficio.
A quantidade de discentes atendidos pela UFMT no ano de 2012 foram de
20.162 nos cursos presenciais e 1.362 na modalidade de ensino a distância, totalizando
21.524 alunos matriculados nos quatro campus.
No ano de 2013 a UFMT ofertou 5.187 vagas. No que diz respeito a outras
formas de ingresso, a UFMT atendeu 310 alunos ingressantes por transferência
facultativa, 35 alunos de matricula de graduado e 23 por transferência ex-oficio.
Desta forma, a UFMT apresentava no ano de 2013 a quantidade de 18.963
discentes matriculados nos cursos presenciais de 1.685 na modalidade de ensino à
distância, totalizando 20.648 alunos matriculados.
Já no ano de 2014 houve o crescimento da universidade com a criação de mais
um campus. Neste ano a UFMT ofertou 5.408 vagas nos cursos de graduação,
totalizando 20.307 alunos matriculados nos cursos presenciais e 1.685 na modalidade de
ensino a distância, totalizando 21.992 estudantes.
Em 2015, relativamente a anos anteriores, foi ligeiramente mais fácil ingressar
na UFMT devido ao acréscimo na oferta de vagas. Correlatamente, o menor número de
matrículas nos ensinos presencial e a distância resultou em decréscimo de 5% no total
de matrículas no ensino presencial e de 54% na EaD, em relação a 2014. Há que se
44
considerar que a diminuição do número total de matriculados é influenciada por outros
fatores, como conclusão de curso, trancamento de matrícula e abandono. No caso da
EaD, há também o efeito da sazonalidade na oferta de cursos, muitos de oferta única, os
quais, à sua conclusão, induzem à forte diminuição no total de alunos matriculados
nessa modalidade.
Diminuíram, também, as bolsas para a mobilidade acadêmica, providas pela
UFMT, que passaram de 30, em 2014, para 19 em 2015. No entanto, a principal
explicação, neste caso, decorre da diminuição de recursos descentralizados pelo governo
federal; já as bolsas Andifes/Santander para mobilidade mantiveram-se em cinco.
Os resultados apresentados na autoavaliação são utilizados na Administração
Universitária, fomentando um sistema de feedback que auxilia no planejamento e na
elaboração das metas e estratégias indicadas no Plano de Desenvolvimento Institucional
(PDI).
A Pró-Reitoria de Graduação (PROEG) trabalha juntamente com a Comissão
Própria de Avaliação no sentido de divulgar, sensibilizar e motivar os alunos, com o
auxilio das coordenações dos cursos, para que percebam a importância da autoavaliação
institucional e da avaliação dos cursos.
Os alunos dos cursos de graduação representam a maior parte dos respondentes
da pesquisa de autoavaliação da UFMT, porém, se avaliarmos somente o universo de
discentes dos cursos de graduação e relacionarmos com o total de respondentes,
verificamos que a quantidade de participantes deste segmento não chega a 10% em
nenhum dos anos letivos abordados neste relatório.
Sendo assim, a CPA e as instâncias de gestão da universidade dividem, entre si,
um desafio constante de divulgar e sensibilizar a comunidade universitária a participar
do processo de autoavaliação e mostrar o quão relevante ele é para a instituição, pois é o
momento de ser ouvido e apontar as fragilidades e potencialidades da nossa academia,
criando desta forma, um ciclo de construção de um planejamento melhor, pois estará
45
voltado às forças e fraquezas da instituição, conforme apontamentos obtidos no
processo de autoavaliação, efetuado pela comunidade acadêmica.
Quanto à avaliação externa dos cursos de graduação, entre os ciclos avaliativos
do Exame Nacional de Desempenho do Estudante (Enade) de 2012, 2013 e 2014, os
cursos de graduação da UFMT obtiveram desempenhos satisfatórios, conforme
evidencia a Tabela 2.
Tabela 2 – Indicadores de Qualidade dos Cursos de Graduação CICLOS AVALIATIVOS DO ENADE
Áreas Avaliadas Ano Conceitos Nº de
Cursos
Percentual
Ciências Sociais Aplicadas
2012
4 05 38,46%
3 05 38,46%
S/C 03 23,07%
Ciências Agrárias e da Saúde
2013
4 11 55%
3 06 30%
S/C 03 15%
Licenciaturas, respectivos Bacharelados e
Todas as Engenharias
2014
5 01 1,96%%
4 16 31,37%
3 27 52,94%
2 02 3,92%
S/C 05 9,80%
Fonte: INEP (Enade 2012, 2013 e 2014)
No ciclo avaliativo do ano de 2012, em que foram avaliados os cursos da área de
Ciências Sociais e Aplicadas, dos 13 (treze) cursos participantes, 10 (dez) ficaram com
conceitos satisfatórios e 03 (três) sem conceito por serem cursos novos ainda não
reconhecidos.
Em 2013, foram avaliados 20 (vinte) cursos das áreas das Ciências Agrárias e da
Saúde, dos quais 17 (dezessete) cursos ficaram com conceitos satisfatórios e 03 (três)
sem conceito, também, por serem cursos novos ainda não reconhecidos.
46
Quanto ao ciclo avaliativo de 2014, ano dos cursos de Licenciaturas, respectivos
Bacharelados e Engenharias, o ciclo com o maior número de cursos da UFMT, foram
avaliados 51 (cinquenta e um) cursos. Destes, 44 (quarenta e quatro) obtiveram
conceitos satisfatórios, 05 (cinco) cursos ficaram sem conceito e 02 (dois) cursos com
conceitos insatisfatórios. Os Cursos de Ciências Sociais, licenciatura, ofertado pelo
Instituto de Ciências Humanas e Sociais do campus universitário de Cuiabá e o Curso
de Engenharia Florestal, bacharelado, ofertado pela Faculdade de Engenharia Florestal,
também do campus universitário de Cuiabá, obtiveram conceito preliminar de curso
(CPC) 2 (dois), o que acarretará a celebração de protocolo de compromisso com o
Ministério da Educação, devendo receber visita de verificação in loco para fins de
renovação do ato autorizativo de reconhecimento.
A Universidade Federal de Mato Grosso tem mantido o Índice Geral de Cursos
(IGC) em conceito 4 (quatro) nos últimos três anos. O IGC da Instituição é um
indicador de qualidade de instituições de educação superior, que considera, em sua
composição, a qualidade dos cursos de graduação e pós-graduação (mestrado e
doutorado). O resultado final está em valores contínuos (que vão de 0 a 500) e em faixas
(de 1 a 5).
ENSINO DE PÓS-GRADUAÇÃO
Cíntia L. Branco1, Tiago dos Santos Branco¹, Andreia M. Zattoni
1,
1Comissão Própria de Avaliação – Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)
Av. Fernando Corrêa da Costa, nº 2367 - Bairro Boa Esperança. CEP: 78060-900 -
Cuiabá - MT - Brasil
[email protected], [email protected], [email protected],
Política para o Ensino de Pós-Graduação
A Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PROPG) é responsável pelas atividades
relativas ao oferecimento de cursos, sejam eles, lato ou Stricto Sensu. Além disso, a
47
PROPG também coordena os procedimentos de qualificação dos servidores, docentes e
técnico-administrativos, no país e no exterior.
Atualmente a UFMT oferece 51 cursos stricto sensu, sendo 41 a nível de
mestrado e 15 de doutorado. Desses, três cursos de doutorado e um de mestrado são
oferecidos em rede. Todos os cursos de doutorado estão concentrados no campus sede
da UFMT.
Quanto a responsabilidade da Pró-Reitoria de Pós-Graduação em coordenar os
procedimentos referentes a qualificação dos servidores, vale ressaltar que numa
iniciativa conjunta de vários órgãos da gestão foi efetivada a destinação de sobrevagas
para os servidores técnico-administrativos em vários programas de mestrado e
doutorado da instituição, sem prejuízo das demais vagas.
Tabela 1 – Dados do Ensino de Pós-Graduação da UFMT Ano Alunos Matriculados Mestrado Doutorado
2012/2013 1737 37 11
2013/2014 1931 39 12
2014/2015 1820 41 15
Fonte: Relatórios de Gestão 2012/2013, 2013/2014 e 2014/2015.
A política da Pró-Reitoria de Pós-Graduação da atual gestão busca consolidar os
programas de mestrado e doutorado existentes, superando as dificuldades e promovendo
às atividades acadêmicas e de apoio à produção científica, como custeio de bancas
externas e destinando recursos para tradução de textos científicos para publicação em
periódicos. Outra atividade que marca a política tratada para esta modalidade é a Mostra
de Pós-Graduação que se coloca como:
[...] ação efetiva de consolidação dos programas mediante a
visibilidade das pesquisas por eles tuteladas, através da
apresentação dos resultados parciais das dissertações e teses em
andamento dos pós-graduandos dos cursos stricto sensu.
Acompanha anualmente esta atividade, uma Comissão de
Avaliação formada por pesquisadores de diferentes áreas de
conhecimento que, ao final da Mostra, oportuniza um relatório
48
consistente da pesquisa no âmbito da pós-graduação na UFMT
[...]. (UFMT, 2013, p.37)
Atentando às preocupações expressas no Projeto Pedagógico Institucional
(UFMT,2013), a primeira referente às “condições de desenvolvimento das funções
básicas da Instituição relativas às condições de oferta do ensino de graduação e pós-
graduação, o desenvolvimento da pesquisa e as práticas de extensão” e a segunda, que
se “refere à inserção regional da instituição, no sentido de contribuir com o
desenvolvimento do Estado e do País”, as metas institucionais e as ações da gestão
buscam fortalecer o que hoje se apresentam como fragilidades e realinhar os objetivos
da Universidade com as demandas da comunidade acadêmica. Nesse sentido, a pesquisa
de Autoavaliação Institucional traz elementos essenciais para essa construção.
Os resultados obtidos não estão deslocados do que se passa bem
perto dos olhos de toda a comunidade acadêmica e servirão
como parâmetros de autorregulação da melhoria da qualidade do
ensino, pesquisa e extensão, do aumento da eficiência
institucional, da efetividade acadêmica e social e do
aprofundamento dos compromissos e responsabilidades sociais,
o que envolve o desafio de assegurar os valores democráticos,
do respeito à diferença e à diversidade, à afirmação da
identidade institucional, à conquista e promoção dos direitos
num mundo globalizado. (UFMT, 2012, p. 15)
A quarta grande pesquisa de autoavaliação da UFMT ocorreu em 2014, dessa
vez já organizada a partir dos cinco eixos2, a saber: Planejamento e Avaliação
Institucional, Desenvolvimento Institucional, Políticas Acadêmicas, Política de Gestão e
Infraestrutura Física. Com base nesses dados, não apenas foi construído o relatório
elaborado no mesmo ano, como compõe esta análise, que pretende, a partir dos diversos
segmentos envolvidos na autoavaliação institucional, conhecer o universo acadêmico.
Dessa forma, ao discutir Autoavaliação Institucional, a academia
se defronta com uma nova perspectiva prática, desvelado a partir
de um novo significado, sob novo ângulo, com seus autores
assumem novos compromissos e responsabilidades. Ao propor
Autoavaliação institucional, não cabe à Academia apenas
2 De acordo com a Nota Técnica INEP/DAES/CONAES/N° 065, de 09 de outubro de 2014.
Disponível em <http://goo.gl/Wfk5ro>, último acesso em: 10 fev. 2016..
49
avaliar, mas sim, ser avaliada, não participam apenas
determinados segmentos, como no caso da avaliação de
aprendizagem. Ao contrário, se faz necessária à participação de
toda a comunidade, interna e externa e tal processo por si só,
embora abrangente, dinâmico e contínuo, traz inúmeros desafios
e carrega em seu âmago as nuances fundamentais para
determinar o seu sucesso ou até mesmo, seu fracasso. (Branco
et. al; 2015, p. 06)
O segmento dos discentes de pós graduação - que no ano de 2012 representou
2,9% na pesquisa e em 2014, 2,68% - revela que 80% dos respondentes de 2014 não
participaram da pesquisa de 2012. Temos assim um grupo de respondentes
majoritariamente diferente do grupo que participou em 2012. Esse cenário traz a
possibilidade de averiguar se as fragilidades de 2012 foram sanadas nos anos
posteriores ou, ao contrário, elas se mantém ou se agravam.
Nesse processo, consideramos fundamental a participação dos
discentes, pois eles representam um dos principais “atores”
institucionais que dependem da rede executora de ações da área
de gestão. Realizamos diversas manifestações para
sensibilização da comunidade quanto à importância da
participação no processo de avaliação da instituição. A
participação ainda que pouca, estatisticamente é significativa
aos propósitos a que se destina. (UFMT, 2014, p. 22)
Além disso, o fato de 20% dos respondentes do segmento dos discentes de pós-
graduação terem participado anteriormente da pesquisa, nos dá um número novo, o de
participantes que atribuem valor a essa ferramenta de participação e construção coletiva,
o que é corroborado pelo índice de 20% que responderam ter consultado os resultados
das pesquisas anteriores no site da UFMT.
Em relação à política de gestão e ações executadas na UFMT, os alunos de pós-
graduação apresentam índices de satisfação muito próximos aos de insatisfação,
inclusive os respondentes totalmente insatisfeitos são o dobro dos totalmente satisfeitos,
o que demonstra a urgência na elaboração de um instrumento de análise minuciosa
sobre esse aspecto, independente do grande questionário de pesquisa de autoavaliação
institucional.
50
Figura 11 - Política de gestão e ações executadas na UFMT (alunos de pós-graduação).
Quanto aos dados levantados a partir das questões do Eixo 2 – Desenvolvimento
Institucional, percebemos inconsistências nas respostas, como no caso do baixo
conhecimento em relação ao Plano de Desenvolvimento Institucional, onde 68,6%
afirmaram não conhecer o PDI, ao mesmo tempo em que 81,8% dos respondentes
afirmam que as funções, órgãos e sistemas da gestão funcionam de acordo com o
proposto no documento. Ora, fato de não conhecerem o PDI mostra a impossibilidade
de saberem se este está sendo cumprido ou não.
Figura 3 – Respostas dos discentes de Pós-Graduação 2014.
10,61
42,42
42,42
4,55
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
Totalmente Insatisfeito
Parcialmente Insatisfeito
Parcialmente Satisfeito
Totalmente Satisfeito
Quanto à política de gestão e ações executadas na UFMT
31,4
81,8
81,8
68,6
18,2
18,2
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Você conhece o PDI?
As funções, órgãos e sistemas da gestão estão funcionando de acordo como proposta no PDI?
Você observou alguma melhoria nas ações acadêmicas/administrativas nas soluções dos
problemas nos últimos semestres?
Discentes Pós-Graduação 2014
Não Sim
51
Independente do conhecimento do documento, 81,8% dos respondentes de pós-
graduação observaram melhorias nas ações acadêmicas/administrativas nos últimos
semestres, o que demonstra uma preocupação por parte da gestão em utilizar as
demandas levantadas para mudar positivamente os rumos da instituição.
Em relação as atividades esportivas e culturais, os discentes de pós-
graduação pouco participaram dessas atividades. Em 2012, 69% dos participantes
disseram não participarem das atividades e 73% a alegavam não serem satisfatórias. Em
2014, a CPA resolveu desmembrar as questões, dividindo-as em dois temas: esporte e
cultura, para melhor dimensionar o problema. Ainda assim, resta verificar se de fato as
atividades desenvolvidas atendem os interesses do público, se há divulgação efetiva das
atividades culturais e esportivas, bem como diagnosticar se a pouca participação ou
satisfação é um fenômeno específico de algum campus, como os do interior que não
contam com a mesma infraestrutura da sede, para isso se faz necessário um instrumento
específico de pesquisa.
Figura 4 – Quanto às atividades culturais e esportivas desenvolvidas pela UFMT - Respostas dos discentes de Pós-Graduação 2014.
A melhoria na ambiência universitária e a ampliação nos espaços de vivência,
que figura como meta da Política Estruturante no PDI, , representa uma fragilidade
institucional. Se analisarmos os dados obtidos em 2012, quando 75% dos respondentes
de pós-graduação se diziam parcial ou totalmente insatisfeitos, número que passou para
11,9
41,8
29,9
44,8
88,1
58,2
70,1
55,2
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Você participou das atividades esportivas realizadas pela UFMT no último ano?
As atividades esportivas desenvolvidas pela UFMT estão satisfatórias?
Você participou de atividades culturais desenvolvidas pela UFMT no último ano?
As atividades culturais desenvolvidas pela UFMT são satisfatórias?
Quanto às atividades culturais e esportivas desenvolvidas pela UFMT
Não Sim
52
67,8% em 2014, percebemos que pouco se caminhou para resolver essa fragilidade.
Além disso, 67,2% consideram a quantidade, de espaços destinados a cultura e esportes,
insatisfatória, segundo dados de 2014.
Figura 5 – Quanto à acessibilidade à pessoa com deficiência física é adequada no interior do campus? - Respostas dos discentes de Pós-Graduação 2012 e 2014.
Os índices também apontam uma permanente insatisfação em relação a
adequação dos espaços às necessidades das pessoas com deficiências, entretanto, de
acordo com dados da gestão, estudos tem ocorrido para sanar essas dificuldades e
adequar os espaços, visando o amplo acesso em todos os espaços da universidade.
Sabendo que qualquer adequação necessita de verbas e investimentos, acreditamos que
as soluções ocorrerão a médio e longo prazo.
Os dados revelam ainda que a UFMT está formando profissionais para atuarem
na região, atendendo assim sua missão institucional. Em 2012, 90% dos respondentes da
pós-graduação afirmavam que após a conclusão dos cursos pretendiam atuar na região.
Na pesquisa de 2014, 88,1% responderam positivamente sobre permanecerem na região.
Além disso, em 2012, 45% dos respondentes demonstravam estar insatisfeitos com a
inserção do seu curso no mercado de trabalho, índice que em 2014, cai para 7,5%.
Entretanto, faz-se necessário um sistema de acompanhamento de egressos para perceber
se esses números se concretizam.
Ao serem questionados sobre as políticas acadêmicas, em especial sobre os
procedimentos referentes à política de pós-graduação, os acadêmicos desse segmento
manifestam elevado nível de satisfação. Os números demonstram que os índices de
31
30
30
9
32,8
28,4
25,4
13,4
0 5 10 15 20 25 30 35
Totalmente Insatisfeito
Insatisfeito
Satisfeito
Totalmente Satisfeito
Quanto à acessibilidade à pessoa com deficiência física é adequada no interior
do câmpus?
2014 2012
53
totalmente insatisfeitos caíram de 5,6% em 2012, para 1,49 em 2014. Além disso, o
índice dos Totalmente satisfeitos duplicou de 5,6% para 13,43%.
Figura 6 – Quanto aos procedimentos referentes à política de pós-graduação - Respostas dos discentes de Pós-Graduação 2012 e 2014.
Quanto aos procedimentos referentes à pesquisa e iniciação científica os
números mostram que nesse interregno os índices de insatisfação pouco se alteraram,
assim como os de satisfação, merecendo outras ferramentas para um entendimento
maior sobre o tema.
No que tange à adequação entre o Projeto Pedagógico do curso e as necessidades
da área de formação, os números representam um alerta à gestão e aos Programas de
Pós-Graduação, uma vez que o nível de satisfação quanto essa adequação tem
decrescido alarmantemente entre uma pesquisa e outra, passando de 29,6% para 43,28%
o número de insatisfeitos.
5,6
37
51,9
5,6
1,49
37,31
47,76
13,43
0 10 20 30 40 50 60
Totalmente Insatisfeito
Insatisfeito
Satisfeito
Totalmente Satisfeito
Quanto aos procedimentos referentes à política de pós-graduação
2014 2012
54
Figura 7 – Quanto à adequação entre o Projeto Pedagógico do seu curso e as necessidade da área de formação. - Respostas dos discentes de Pós-Graduação 2012 e 2014.
Os dados demonstram que a insatisfação se apresenta apenas em relação ao
Projeto Pedagógico e as exigências da área de formação, pois quando questionados
sobre o índice de satisfação em relação ao curso, as respostas entre satisfeitos e
totalmente satisfeitos chegam em 80,6% em 2014, contra 19,4 insatisfeitos ou
totalmente insatisfeitos no mesmo período.
Com relação à orientação sobre a importância das atividades de pesquisa, com
índices acima de 70% em 2014 e 87% em 2012, os acadêmicos demonstram satisfação,
entretanto cabe mais uma vez à gestão e aos programas averiguar a queda de satisfação
de 17 pontos percentuais entre 2012 e 2014, assim como o aumento de 15,36% de
insatisfeitos ou totalmente insatisfeitos ocorrido na última pesquisa, números que
podem apresentar uma fragilidade que vem sendo constituída.
Em relação à orientação sobre a importância das atividades de extensão os
índices não apresentaram grandes alterações de uma pesquisa para outra, entretanto é
salutar restabelecer atividades de extensão para esse segmento e divulga-las à
comunidade interna e externa, pois reside aí um grande canal de divulgação das ações e
dos conhecimentos produzidos pela universidade junto a sociedade. Dos 40,8%
satisfeitos ou totalmente satisfeitos, em 2012, passou-se para 46%, em 2014.
Um dos grandes desafios enfrentados pela UFMT é sua área de abrangência.
Com cinco campus, estabelecer um fluxo de informações que seja eficaz demonstra,
principalmente ao longo dos últimos 5 anos, ser um dos pontos nevrálgicos da
13
29,6
35,2
22,2
7,46
43,28
31,34
17,91
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Totalmente Insatisfeito
Insatisfeito
Satisfeito
Totalmente Satisfeito
Quanto à adequação entre o Projeto Pedagógico do seu curso e as
necessidades da área de formação
2014 2012
55
instituição. Os índices de insatisfação em relação às informações da UFMT divulgadas à
comunidade têm se mantido constante, de 61,1%, em 2012, para 60,6%, em 2014. Ao
considerar à eficiência da comunicação interna na UFMT, os dados são preocupantes,
de 55,5% de insatisfeitos ou totalmente insatisfeitos em 2012, passou para 63,6%, em
2014. É necessário estabelecer um estudo que vise facilitar o fluxo de informações de
forma rápida e eficiente, aproveitando a ampla gama de canais de comunicação que se
fazem disponíveis. Para os acadêmicos de pós-graduação, esses meios são aqueles
ligados a internet, sítios, WEB e redes sociais.
Quando questionados sobre a Ouvidoria da UFMT, serviço que não está em
funcionamento, os discentes de pós-graduação deram respostas curiosas, como o fato de
48,5% responderem que esta existia, número bem superior aos 27,8% dos que deram a
mesma resposta em 2012. Além disso, 4,5% dos discentes de pós-graduação, na
pesquisa de 2014, afirmaram já terem utilizado o serviço, o que nos leva a crer que os
discentes não sabem do que trata a Ouvidoria e a confundem com outros canais de
comunicação da instituição, como o canal Fale com a Reitora.
Os acadêmicos da pós-graduação respondentes da pesquisa de autoavaliação de
2014 demonstram uma crescente insatisfação com as instalações para leitura, pesquisa e
estudos oferecidas pelos campus, bem como com a quantidade e qualidade dos espaços
destinados a orientação acadêmica. Entretanto, mostram satisfação em relação ao acervo
bibliográfico disponível.
A pesquisa de 2014 aponta uma crescente satisfação quanto as instalações de
laboratórios, enquanto em 2012, 30% dos respondentes demonstravam estar satisfeitos e
totalmente satisfeito, em 2014 esse número subiu para 49,3%, entretanto é necessário
atentar que o número de total ou parcialmente insatisfeitos em 2014 ainda passa dos
50%. Quanto as instalações de sala de aula, os alunos de pós-graduação se mostram
satisfeitos em sua maioria com as instalações existentes.
A pesquisa de autoavaliação de 2014 também mostra a grande insatisfação do
segmento de pós-graduação referente às ferramentas de tecnologia de comunicação e
informação os respondentes do segmento de pós-graduação, problema que pode refletir
em tantas outras demandas e necessita de um replanejamento por parte da instituição.
Referências Bibliográficas
56
BRASIL. Ministério da Educação. Portaria Normativa Nº 1, de 10 de janeiro de
2007. Brasília: Governo Federal, 1997. Disponível em: em: <http://goo.gl/UaXVen>.
Acesso em: 10 fev. 2016.
UFMT, Universidade Federal de Mato Grosso. Relatório de Autoavaliação
Institucional 2012. Cuiabá: UFMT, 2012. Disponível em : Acesso em: 10 fev 2016.
_____, Universidade Federal de Mato Grosso. Relatório de Gestão 2012 - 2013.
Cuiabá: UFMT, 2013. Disponível em: <http://goo.gl/BRftcJ>. Acesso em: 10 fev 2016.
_____, Universidade Federal de Mato Grosso. Plano de Desenvolvimento
Institucional 2013 - 2018. Cuiabá: UFMT, 2013. Disponível em:
<http://goo.gl/guRo6Z>. Acesso em: 10 fev 2016.
_____, Universidade Federal de Mato Grosso. Relatório de Autoavaliação
Institucional 2014. Cuiabá: UFMT, 2014. Disponível em: Acesso em: 10 fev 2016.
PESQUISA EXTENSÃO
Pesquisa e Extensão na Universidade Federal de Mato Grosso
Paula Faustino Sampaio1, Guilherme Ribeiro Alves
2
1 Universidade Federal de Mato Grosso, Campus Rondonópolis, Instituto de Ciências
Humanas e Sociais, Departamento de História
2 Universidade Federal de Mato Grosso, Campus Rondonópolis, Instituto de Ciências
Agrárias e Tecnológicas, Curso de Zootecnia
[email protected], [email protected]
1. Apresentação
A autoavaliação institucional é uma preocupação das instituições educacionais
interessadas em melhorar a qualidade e o desempenho de suas missões. A autoavaliação
visa a construção de autonomia no ambiente educacional, e é um instrumento
democrático para percepção do desempenho das instituições.
57
Conforme Gadotti (2012, p.1), a autoavaliação vem sendo “[...]
institucionalizada como um processo necessário da administração, condição para a
melhoria do ensino e da pesquisa e exigência da democratização”.
A autoavaliação institucional foi instituída pela Lei Federal 10.861 de 14 de
abril de 2004 que criou o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior –
SINAES. O artigo 1º da lei define que o SINAES tem “[...] o objetivo de assegurar
processo nacional de avaliação das instituições de educação superior, dos cursos de
graduação e do desempenho acadêmico de seus estudantes, nos 6 termos do art. 9º, VI,
VIII e IX, da Lei n° 9.394, de 20 de dezembro de 1996”.
O SINAES é coordenado e supervisionado pelo órgão colegiado Comissão
Nacional de Avaliação da Educação Superior – CONAES. A CONAES é responsável
direto pela coordenação das avaliações externas, instituídas pelo Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas Educacionais – INEP, vinculado ao Ministério da Educação.
Segundo SINAES, para realização das avaliações internas, as instituições devem
criar a Comissão Própria de Avaliação – CPA, conforme o artigo 11º da mesma lei,
“(...) com as atribuições de condução dos processos de avaliação internos da instituição,
de sistematização e de prestação das informações solicitadas pelo INEP”.
Em atendimento ao que define o SINAES, a Universidade Federal de Mato
Grosso, por meio do trabalho da Comissão Própria de Avaliação, realizou as
autoavaliações institucionais a partir do ano 2006, conforme Normativa 01 de janeiro de
2007 do ciclo SINAES.
Este artigo apresenta análise comparativa dos dados relativos à Pesquisa e à
Extensão constantes nos relatórios de autoavaliação institucional, anos 2012, 2013 e
2014 da Universidade Federal de Mato Grosso.
2. Estruturação dos Relatórios de Autoavaliação Institucional Universidade
Federal de Mato Grosso
O relatório de autoavaliação institucional ano 2012 investigou as seguintes
dimensões:
58
a) Dimensão 02 – A política para o Ensino (Graduação e Pós-Graduação, A
Pesquisa, A Extensão e as Respectivas normais de operacionalização,
incluídos os procedimentos para estímulo à produção acadêmica, para bolsas
de pesquisa, de monitoria e demais modalidades;
b) Dimensão 04 – Comunicação com a Sociedade;
c) Dimensão 06 – Organização e Gestão da Instituição, especialmente o
funcionamento e representatividade dos colegiados, sua independência e
autonomia na relação com a mantenedora e a participação dos segmentos da
comunidade universitária nos processos decisórios;
d) Dimensão 07 – Infraestrutura física, especialmente de ensino e de pesquisa,
biblioteca, recursos de informação e comunicação.
O relatório de autoavaliação institucional ano 2013 investigou as seguintes
dimensões:
a) Dimensão 1 – A missão e o plano de desenvolvimento institucional;
b) Dimensão 02 – A política para o Ensino (Graduação e Pós-Graduação), a
Pesquisa, a Extensão e as respectivas normais de operacionalização,
incluídos os procedimentos para estímulo à produção acadêmica, para bolsas
de pesquisa, de monitoria e demais modalidades;
c) Dimensão 03 – A representatividade Social da Instituição, considerada
especialmente no que se refere à sua contribuição em relações à inclusão
social, ao desenvolvimento econômico social, à defesa do meio ambiente, da
memória cultural, da produção artística e do patrimônio cultural;
d) Dimensão 04 – Comunicação com a Sociedade;
e) Dimensão 05 – As políticas de Pessoal, de carreiras do Corpo Docente e
Técnico Administrativo, seu aperfeiçoamento, seu desenvolvimento
profissional e suas condições de trabalho;
f) Dimensão 06 – Organização e Gestão da Instituição, especialmente o
funcionamento e representatividade dos colegiados, sua independência e
autonomia na relação com a mantenedora e a participação dos segmentos da
comunidade universitária nos processos decisórios;
g) Dimensão 07 – Infraestrutura física, especialmente de ensino e de pesquisa,
biblioteca, recursos de informação e comunicação.
59
h) Dimensão 08 – Planejamento e Avaliação
i) Dimensão 09 – Política de Assistência Estudantil
j) Dimensão 10 – Sustentabilidade financeira, tendo em vista o significado
social da continuidade dos compromissos na oferta de educação superior.
O relatório de autoavaliação institucional ano 2014 investigou os seguintes
eixos:
a) Eixo 1 – Planejamento e Avaliação Institucional;
b) Eixo 2 – Desenvolvimento Institucional;
c) Eixo 3 – Políticas Acadêmicas;
d) Eixo 4 – Políticas de Gestão;
e) Eixo 5 – Infraestrutura Física.
Seja por dimensões ou por eixos, conforme estruturação definida no SINAES, os
relatórios de autoavaliação institucional tratam sobre a Pesquisa e a Extensão
relacionada ao Ensino.
Apresentar a estruturação dos relatórios é relevante para melhor mensurar os
dados e localizar as informações relativas à pesquisa e à extensão. Sendo assim, analisar
comparativamente as autoavaliações institucionais quanto à pesquisa e à extensão, é
investigar dois dos pilares do tripé que formam o Ensino Superior no Brasil.
3. A Pesquisa nos Relatórios de Autoavaliação Institucional anos 2012, 2013
e 2014.
Na Universidade Federal de Mato Grosso, a Pró-Reitoria de Pesquisa (PROPEQ)
tem por objetivos: o apoio à criação e à consolidação de grupos de pesquisa; à formação
de novos pesquisadores; o avanço do conhecimento científico e tecnológico; o
desenvolvimento regional e do setor produtivo.
A PROPEQ tem ações e programas a desenvolver. Trata-se do Programa de
Iniciação Científica e Tecnológica na UFMT, por meio do PIBIC (Programa
Institucional de Bolsas de Iniciação Científica), do VIC (Voluntários em Iniciação
60
Científica), do PIBIC-AF (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica –
Ações Afirmativas) e do PIBIT (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação
Tecnológica), bem como a realização da Semana Anual de Iniciação Científica e ações
para a garantia de espaços institucionais para pesquisa científica, tecnológica e
inovação, a exemplo do Biotério Central, Herbário, Base Avançada de Pesquisa do
Pantanal – BAPP e o Escritório de Inovação Tecnológica.
A autoavaliação institucional investigou junto aos alunos de graduação, alunos
de pós-graduação, docentes e técnicos o nível de satisfação e insatisfação quanto aos
procedimentos referentes à pesquisa e iniciação científica.
Conforme relatório autoavaliação institucional, ano 2012, no que se refere ao
nível de satisfação da comunidade acadêmica quanto aos procedimentos referentes à
pesquisa e iniciação científica, verificou-se que professores e graduandos consideraram
insatisfatórios, com níveis de 54,8 e 51,3%, enquanto os técnicos e pós-graduandos
manifestaram satisfação, neste item com níveis de 61,4 e 66,7%, respectivamente.
De acordo com o relatório de autoavaliação, ano 2013, em relação ao nível de
satisfação da comunidade acadêmica quanto aos procedimentos referentes à pesquisa e
iniciação científica, verificou-se que professores e graduandos consideraram os
procedimentos insatisfatórios, com níveis de 54,8 e 51,3%, enquanto os técnicos e pós-
graduandos manifestaram satisfação neste item com níveis de 61,4 e 66,7%.
O nível de satisfação da comunidade acadêmica quanto aos procedimentos
referentes à pesquisa e iniciação científica, conforme relatório de autoavaliação, ano
2014, obteve o seguinte resultado:
Os alunos de pós-graduação apresentam uma porcentagem de
4,48% como totalmente insatisfeitos; 32,84% de insatisfação, bem
como 41,79% de satisfação e 20,90% de total satisfação. É válido
destacar que o grau de satisfação abarca 41,79%, é o mais alto entre
os respondentes, mas o grau de insatisfação é significativo
abrangendo 32,84%. Nas respostas dos alunos de graduação têm-se
o seguinte panorama: totalmente insatisfeitos 18,58%, insatisfeitos
32,95%, satisfeitos 33,97%, totalmente satisfeitos 14,50%. Observa-
se o equilíbrio entre as porcentagens de insatisfação 32,95% e
61
satisfação de 33,97%, a diferença entre os que responderam é
pequena, próximo de 1,0%.Com referência as respostas dos
docentes: 9,89% posicionaram-se como totalmente insatisfeitos;
36,04% insatisfeitos; 41,98%, como satisfeitos e 12,09% totalmente
satisfeitos. Aqui é visível a porcentagem maior de satisfação entre os
docentes, mas o número de insatisfeitos é expressivo 36,04%.Dos
técnicos pode-se apresentar que 11,64% estão totalmente
insatisfeitos, 34,91%, estão insatisfeitos 37,45% estão satisfeitos e
16,00% totalmente satisfeitos frente aos procedimentos referentes à
pesquisa e iniciação científica. Entre os técnicos os números
percentuais dos insatisfeitos e dos satisfeitos se aproximam.
Quanto aos procedimentos referentes à pesquisa e iniciação científica entre
alunos de graduação e pós-graduação há um indicativo de crescimento nos índices de
satisfação, especialmente apresentado no relatório de autoavaliação, ano 2014.
Nos três relatórios em apreço, entre os docentes, os índices de insatisfação
quanto aos procedimentos referentes à pesquisa e iniciação científica foram maiores do
que os índices de satisfação.
Entre os técnicos, os índices de satisfação permaneceram levemente ascendentes.
E os índices de insatisfação apresentaram próximos, especialmente no relatório de
autoavaliação, ano 2014.
Vale destacar que entre os relatórios de autoavaliação institucional, ano 2012 e
2014, a PROPEQ informatizou o procedimento de submissão de projetos de pesquisa, e
implementou a iniciação científica em ações afirmativas (PIBIC-AF) e em
desenvolvimento tecnológico e inovação (PIBITI).
Referente ao nível de satisfação de alunos de graduação e pós-graduação quanto
à orientação sobre a importância das atividades de pesquisa nos relatórios anos 2013 e
2014, foi observado índices de satisfação nos dois grupos, com percentual de satisfação
de 87% na pós-graduação ano 2013. Na pesquisa do ano 2014, entre alunos de pós-
graduação há uma porcentagem igual à registrada para os satisfeitos e insatisfeitos de
23,88%.
62
Entre alunos de graduação, no relatório de autoavaliação institucional ano 2014,
adicionando os percentuais de satisfeito e de totalmente satisfeito tem-se 48,66% e
somando os insatisfeitos e totalmente insatisfeitos tem-se 51,34 %. Verificou-se que os
percentuais estão próximos.
Comparativamente, houve aumento no número de projetos registrados, de
professores com projetos registrados, de publicação científica, de bolsas PIBIC e de
alunos Voluntários, conforme relatório de autoavaliação, ano 2013.
É importante analisar os percentuais referentes ao nível de satisfação da
comunidade acadêmica quanto aos procedimentos referentes à pesquisa e iniciação
científica e ao nível de satisfação de alunos de graduação e pós-graduação quanto à
orientação sobre a importância das atividades de pesquisa, porque orientação é um dos
procedimentos de pesquisa e de iniciação à pesquisa que tem relação direta com a
formação de novos pesquisadores e fortalecimentos das pesquisas.
No cruzamento dos índices observou-se a necessidade de continuação da
política de melhoria dos procedimentos de incentivo à pesquisa e de fortalecimento da
mesma na Universidade Federal de Mato Grosso, abarcando a comunidade acadêmica.
4. A Extensão nos Relatórios de Autoavaliação Institucional anos 2012, 2013
e 2014.
Conforme o relatório de autoavaliação, ano 2012, a Pró-Reitoria de Cultura
Extensão e Vivência (PROCEV) teve por responsabilidade a extensão (CODEX) e a
vivência universitária (CARE). No relatório de autoavaliação, ano 2013, está sob a
responsabilidade a Coordenação de Esportes e Lazer – CEVEL, responsável pelas
ações de esportes e lazer na comunidade interna e externa, e, no relatório de
autoavaliação, ano 2014, a Pró-Reitoria de Assistência Estudantil (PRAE), está
responsável pela proposição e acompanhamento das políticas de assistência estudantil
e as ações afirmativas da UFMT, com o objetivo de garantir com qualidade o acesso
e permanência dos estudantes.
63
De forma indissociável, a Extensão tem por missão compor o processo
educativo, cultural e científico articulado ao ensino e à pesquisa, e viabilizar a relação
transformadora entre a Universidade e a Sociedade, conforme define o Plano
Nacional de Extensão, com o qual a Universidade Federal de Mato Grosso está em
sintonia.
Em tempo, a Extensão realiza ações que contribuem diretamente na difusão e
produção de ações culturais, criando condições para a expressão de distintos objetos
da cultura. Neste contexto a Universidade Federal de Mato Grosso constitui-se em um
espaço rico em aprendizagem, que possibilita por meio de diferentes ações a
participação de estudantes, de servidores (docentes e técnicos) e da sociedade.
Quanto ao nível de satisfação da comunidade acadêmica quanto aos
procedimentos referentes à extensão, o relatório autoavaliação institucional Ano
2012, os professores e técnicos apresentam grau de satisfação similar e maior que o
grau de insatisfação apresentado entre os alunos, sobretudo em se tratando dos de pós-
graduação. Dado que permanece inalterado no relatório de autoavaliação
institucional, ano 2013.
No relatório de autoavaliação institucional, ano 2014, quanto ao nível de
satisfação dos estudantes da pós-graduação, graduação, docentes e técnicos
administrativos quanto aos procedimentos referentes à extensão, verificou-se que:
Em relação aos procedimentos referentes à extensão, 52,24% dos
estudantes de pós-graduação e 48,09% dos estudantes de graduação
mostram-se satisfeitos ou totalmente satisfeitos. Na mesma
categoria estão os docentes com 57,80% e os técnicos
administrativos com 58,91%. Demonstraram insatisfação em relação
aos procedimentos referentes à extensão, 47,76% dos estudantes de
pós-graduação, 51,91% dos estudantes de graduação, 42,20% dos
docentes e 41,09% dos técnicos administrativos.
Observou-se que o nível de satisfação e insatisfação da comunidade
acadêmica (alunos, professores e técnico) é similar. Notou-se um percentual de
64
aproximadamente 50% de satisfação e aproximadamente 50% de insatisfação, o que,
por um lado, demonstram um empate, e, por outro, a necessidade do desenvolvimento
e ampliação dos trabalhos de extensão nos diversos segmentos que compõe a
Universidade no diálogo com a Sociedade, e na política de permanência dos
estudantes na instituição.
Considerações finais
A análise dos relatórios de autoavaliação institucional possibilita diagnosticar a
evolução dos trabalhos desenvolvidos na Universidade Federal de Mato Grosso, através
de suas Pró-reitorias. No estudo realizado, observou-se que, embora tenham melhorado
e ampliado suas ações em atendimento às necessidades da comunidade acadêmica,
ainda não foi possível observar alteração no perfil de satisfação, o que permite inferir
que há necessidade de maiores investimentos nas ações e no acompanhamento, através
de estudos de autoavaliação institucional.
Referência Bibliográfica
BRASIL. Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior - CONAES. Brasília:
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP, 2004.
________. Educação a distância. Brasília: MEC LEGIS, 2007. Disponível em: em:
http://meclegis.mec.gov.br/index/busca/page/1/pesquisa/educa%C3%A7%C3%A3o+a+
di st%C3%A2ncia Acessado em 29 de fevereiro de 2016.
________. Legislação e Normas da Educação Superior. Brasília: Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP, 2010. Disponível em:
http://portal.inep.gov.br/superior-avaliacao_institucional-legislacao Acessado em: 29 de
fevereiro de 2016.
COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE
MATO GROSSO. Relatório de Auto avaliação Institucional 2012. Cuiabá, MT, 2013.
Relatório. Mimeografado.
65
COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE
MATO GROSSO. Relatório de Auto avaliação Institucional 2013. Cuiabá, MT, 2013.
Relatório. Mimeografado.
COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE
MATO GROSSO. Relatório de Auto avaliação Institucional 2014. Cuiabá, MT, 2015.
Relatório. Mimeografado.
GADOTTI, Moacir. Avaliação Institucional – Necessidade e condições para a sua
realização. Disponível em: http://www.drb-assessoria.com.br/Avali_Institucional.pdf
Acessado em: 29 de fevereiro de 2016.
POLÍTICAS DE ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL
EVOLUÇÃO DAS POLÍTICAS DE ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL NO ÂMBITO
DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO NOS ANOS DE 2012 A
2015
Brenda Paesano Grellmann1, Onice Teresinha Dall`Oglio
2, Fábio José Lourenço
2, Tiago
dos Santos Branco2
1 Representante Discente do Campus Universitário de Sinop na CPA/UFMT;
2 Representante Docente do Campus Universitário de Sinop na CPA/UFMT.
[email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]
INTRODUÇÃO
O Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior (SINAES) foi instituído
pela lei n°. 10.861, de 14 de abril de 2004, com o objetivo de assegurar o processo
nacional de avaliação das instituições de educação superior e do desempenho acadêmico
de seus estudantes (BRASIL, 2004). O SINAES tem por finalidades a melhoria da
qualidade da educação superior, a orientação da expansão da sua oferta, o aumento
permanente da sua eficácia institucional e efetividade acadêmica e social e,
especialmente, a promoção do aprofundamento dos compromissos e responsabilidades
66
sociais das instituições de educação superior, por meio da valorização de sua missão
pública, da promoção dos valores democráticos, do respeito à diferença e à diversidade,
da afirmação da autonomia e da identidade institucional.
Os resultados obtidos por meio do SINAES possibilitam traçar um panorama da
qualidade dos cursos e instituições de ensino superior do Brasil, sendo utilizados para
orientar políticas públicas e decisões quanto à realidade dos cursos e das instituições.
No âmbito da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) foram realizadas, desde o
ano de 2006 até o presente, cinco pesquisas de campo neste sentido.
Este trabalho se propõe a realizar uma compilação dos dados das pesquisas de
autoavaliação da UFMT, realizadas nos anos de 2012 e 2014, para o eixo 3 – Políticas
Acadêmicas – na Dimensão 9 Políticas de Atendimento aos Discentes, com o objetivo
de verificar os avanços alcançados e os entraves identificados neste período de
avaliação.
METODOLOGIA
Foi realizada uma análise retrospectiva tomando-se como referência os dados
obtidos por ocasião da realização das pesquisas de campo e publicadas nos Relatórios
da Comissão Própria de Avaliação dos anos de 2012 (UFMT, 2013a), 2013 (UFMT,
2013b) e 2014 (UFMT, 2015a). Para fins de atualização dos dados referentes ao número
de discentes atendidos por programas assistenciais da UFMT, utilizou-se o Relatório de
Gestão 2014/2015 (UFMT, 2015b) e o Anuário Estatístico (UFMT, 2015c) publicado
em 2016.
A partir da observação e tabulação dos dados obtidos nas fontes acima, foram
elaboradas tabelas e figuras descritivas, apresentando os números absolutos ou, quando
possível, as médias para cada ano avaliado no presente estudo, utilizando-se a planilha
eletrônica Microsoft Excel® versão 15.19.1.
RESULTADOS
Políticas Estudantis no âmbito da Universidade Federal de Mato Grosso
67
As políticas estudantis na Universidade Federal de Mato Grosso são
coordenadas e executadas, prioritariamente, pela Pró-Reitoria de Assistência Estudantil
(PRAE). Criada em dezembro de 2012. A PRAE é composta por três coordenações, a
saber: Coordenação de Assistência Estudantil (CAS), Coordenação de Políticas
Acadêmicas e Afirmativas (CPAAf) e Coordenação de Articulação Intercampus e de
Moradia (CARIM).
A PRAE assume o compromisso com a assistência estudantil com a meta
proporcionar ao discente uma formação integral de excelência pautada nos princípios da
responsabilidade ética, social e ambiental, e compreende a necessidade de um espaço
institucional para a gestão dos programas de apoio acadêmico e das demandas voltadas
à permanência e conclusão dos estudos e programas ofertados no ensino de graduação e
de pós-graduação.
O Programa de Ação Afirmativa da UFMT reserva 50% de vagas em todos os
cursos de graduação, para estudantes de escolas públicas, com o recorte étnico-racial e
social e requer estratégias de acompanhamento e o estabelecimento de programas e de
gestão de políticas voltadas à formação acadêmica de qualidade com vistas à redução de
retenção e evasão.
Em suma, os Programas de Assistência Estudantil na Universidade Federal de
Mato Grosso incluem:
a) Moradia em duas modalidades: Auxílio Moradia e Residências universitárias;
b) Restaurante universitário;
c) Auxílio-alimentação;
d) Bolsa permanência;
e) Bolsas de apoio à participação em eventos estudantis e acadêmicos realizados
dentro e fora da instituição;
f) Apoio aos eventos estudantis realizados nos campi;
g) Apoio pedagógico;
68
h) Apoio à promoção da saúde que se dá por meio da articulação e do
encaminhamento dos estudantes à rede pública de saúde.
A Tabela 1 apresenta o número de discentes atendidos em diferentes
modalidades de Programas de Assistência Estudantil entre os anos de 2012 e 2014.
Tabela 1. Número de discentes atendidos em Programas de Assistência Estudantil nas modalidades Auxílio Permanência, Auxílio Alimentação e Auxílio Moradia entre os anos 2012 e 2014
Ano Base
20121 20132 20142
Auxílio Permanência 1250 1338 1881
Auxílio Alimentação 1254 1495 2010
Auxílio Moradia 180 410 787
Total 2684 3243 4678
Fontes: 1 PRAE (2016). 2 Relatório de Autoavaliação 2014 (UFMT, 2015a)
As políticas de assistência estudantil não foram objeto de avaliação no Relatório
de Auto Avaliação Institucional do ano de 2012. As pesquisas de campo relativas a esta
dimensão foram realizadas e divulgadas nos Relatórios de Autoavaliação dos anos de
2013 e 2014.
As Figuras de número 1 a 4 ilustram os níveis de satisfação dos discentes em
relação aos programas de auxílio evento para as atividades científicas, culturais,
artísticas, esportivas e de lazer (Figura 1); apoio à inclusão digital (Figura 2); apoio ao
aprendizado de línguas estrangeiras (Figura 3) e; políticas de acesso e permanência
estudantil da UFMT: restaurante universitário, residência universitária, auxílio
permanência, auxílio moradia, auxílio alimentação e auxílio evento (Figura 4).
69
Figura 1 – Nível de satisfação de discentes de graduação e pós-graduação quanto a Auxílio Evento nos anos de 2012 e 2014.
Apesar de notar-se um acréscimo na porcentagem de acadêmicos de pós-
graduação totalmente satisfeitos em 2014 (14,9%), observou-se comportamento
semelhante no grupo de discentes totalmente insatisfeitos, tanto para acadêmicos de
pós-graduação quanto de graduação. Na graduação, a porcentagem de acadêmicos
totalmente insatisfeitos em 2012 foi de 19,9% enquanto em 2014 foi de 23,8%. Quando
avaliado o nível de satisfação entre os discentes da pós-graduação, verificou-se que no
ano de 2012 12,1% destes estavam totalmente insatisfeitos tendo este valor aumentado
no ano de 2014 (17,9%).
19,9%
40,2%
31,2%
8,7%
23,8%
36,5%
31,0%
8,8%
12,1%
48,5%
30,3%
9,1%
17,9%
38,8%
28,4%
14,9%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
Totalmente Insatisfeito Parcialmente Insatisfeito Parcialmente Satisfeito Totalmente Satisfeito
Po
rcen
tag
em
de R
esp
ost
as
2012 (Graduação) 2014 (Graduação) 2012 (Pós-Graduação) 2014 (Pós-Graduação)
25,8%
42,0%
26,5%
5,8%
28,7%
41,5%
22,5%
7,3%
21,2%
42,4%
33,3%
3,0%
23,9%
32,8% 32,8%
10,4%
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
45%
Totalmente Insatisfeito Parcialmente
Insatisfeito
Parcialmente Satisfeito Totalmente Satisfeito
Porcen
tagem
de R
esp
ost
as
2012 (Graduação) 2014 (Graduação) 2012 (Pós-Graduação) 2014 (Pós-Graduação)
70
Figura 2 – Nível de satisfação de discentes de graduação e pós-graduação quanto ao apoio à inclusão digital nos anos de 2012 e 2014.
Avaliando a evolução dos percentuais de discentes totalmente insatisfeitos e
totalmente satisfeitos, permite-se afirmar que ocorreu um aumento na quantidade de
acadêmicos totalmente insatisfeitos quanto ao apoio à inclusão digital em cursos de
graduação entre os anos de 2012 (25,8%) e 2014 (28,7%). Este comportamento também
foi verificado em cursos de pós-graduação comparando-se os anos de 2012 (21,2%) e
2014 (23,9%).
Entretanto, no mesmo período foi possível verificar diferenças maiores na
porcentagem de acadêmicos totalmente satisfeitos. Nos cursos de graduação verificou-
se que 5,8% dos discentes estavam totalmente satisfeitos com as políticas de apoio à
inclusão digital em 2012, ao passo que em 2014 este percentual subiu para 7,3%. Já nos
cursos de pós-graduação este aumento foi ainda mais evidente. No ano de 2012, apenas
3% dos discentes declararam-se totalmente satisfeitos, enquanto em 2014 10,4% o
afirmaram.
Figura 3 – Nível de satisfação de discentes de graduação e pós-graduação quanto ao apoio ao aprendizado de línguas estrangeiras nos anos de 2012 e 2014
34,8%
33,2%
24,6%
7,4%
21,9%
26,4%
32,3%
19,4%
33,3%
27,3% 27,3%
12,1% 13,4%
25,4%
31,3% 29,9%
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
Totalmente Insatisfeito Parcialmente Insatisfeito Parcialmente Satisfeito Totalmente Satisfeito
Porc
enta
gem
de
Res
post
as
2012 (Graduação) 2014 (Graduação) 2012 (Pós-Graduação) 2014 (Pós-Graduação)
71
A evolução das políticas de apoio ao aprendizado de línguas estrangeiras entre
os anos de 2012 e 2014 apresentou relevante melhora tanto nos cursos de graduação
quanto de pós-graduação. Em linhas gerais, em 2012 foram verificados 34,8 e 33,3% de
acadêmicos totalmente insatisfeitos enquanto em 2014 estes valores foram de 21,9 e
13,4% na graduação e pós-graduação, respectivamente. Paralelamente, enquanto o
percentual de discentes totalmente satisfeitos em 2012 foi de 7,4 e 12,1%, estes valores
apresentaram uma grande elevação em 2014, sendo estes de 19,4 e 29,9% na graduação
e pós-graduação, respectivamente.
Figura 4 – Nível de satisfação de discentes de graduação e pós-graduação quanto às Políticas de Ingresso e Permanência Estudantil nos anos de 2012 e 2014
Quando se considera o nível de satisfação acadêmica quanto às políticas de
ingresso e permanência estudantil também é possível destacar melhoras quando
comparados os anos de 2012 e 2014. O percentual de acadêmicos totalmente
insatisfeitos reduziu de 29,7 para 25,4% na graduação e de 27,3 para 19,4% na pós-
graduação. Observa-se que o nível de satisfação dos acadêmicos que se declararam
insatisfeitos em 2012 com a política de auxílio estudantil migraram para os demais
níveis, a saber: parcialmente insatisfeitos, parcialmente satisfeitos e totalmente
29,7% 28,7%
26,5%
15,1%
25,4%
27,0% 27,8%
19,8%
27,3%
21,2%
33,3%
18,2% 19,4%
28,4%
35,8%
16,4%
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
Totalmente Insatisfeito Parcialmente Insatisfeito Parcialmente Satisfeito Totalmente Satisfeito
Porcen
tag
em
de R
esp
ost
as
2012 (Graduação) 2014 (Graduação) 2012 (Pós-Graduação) 2014 (Pós-Graduação)
72
satisfeitos. No caso específico dos cursos de graduação, houve expressiva melhora na
percepção dos acadêmicos quanto a estas políticas. Enquanto em 2012 15,1% dos
acadêmicos declaram-se totalmente satisfeitos, em 2014 este número elevou-se para
19,8%, refletindo essencialmente o aumento no número de discentes de graduação
atendidos por algum auxílio desta modalidade.
CONCLUSÃO
Conclui-se que o aumento no número de discentes atendidos por políticas de
assistência estudantil entre os anos de 2012 e 2014 produziu os efeitos esperados. Ao
avaliar quatro quesitos de assistência estudantil, verifica-se que houve uma involução
apenas quanto ao auxílio a eventos. Quando se considera as políticas de apoio à
inclusão, apoio ao aprendizado de línguas estrangeiras e, por fim, do conjunto de
políticas de ingresso e permanência estudantil na Universidade Federal de Mato Grosso,
verifica-se um aumento importante no nível de satisfação acadêmica.
REFERENCIAS
BRASIL, Lei 10.861 de 14 de abril de 2004. Institui o Sistema Nacional de Avaliação
da Educação Superior – SINAES e dá outras providências, 2004;
PRAE – Pró-Reitoria de Assistência Estudantil / UFMT, Transparência, Disponível em:
<http://www.ufmt.br/ufmt/unidade/index.php/secao/siteAlt/6640/5156/PRAE>. Acesso
em: 17 mar. 2016.
UFMT – Universidade Federal de Mato Grosso – Comissão Própria de Avaliação,
Relatório de Auto Avaliação Institucional 2012, Cuiabá – MT, 2013a;
UFMT – Universidade Federal de Mato Grosso – Comissão Própria de Avaliação,
Relatório de Autoavaliação Institucional 2013, Cuiabá – MT, 2013b;
UFMT – Universidade Federal de Mato Grosso – Comissão Própria de Avaliação,
Relatório de Autoavaliação Institucional 2014, Cuiabá – MT, 2015a;
UFMT – Universidade Federal de Mato Grosso, Relatório de Gestão 2014 / 2015,
Cuiabá – MT, 2015b.
UFMT – Universidade Federal de Mato Grosso, Anuário Estatístico 2015 – Ano Base
2014, Cuiabá – MT, 2015c.
73
EIXO 4 – POLÍTICAS DE GESTÃO
ANÁLISE COMPARATIVA DA COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA) DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO – UFMT:
Período de 2012 a 2014.
Flávia Regina Pereira Santos1, Emanuella Araújo dos Santos
1
1Instituto de Engenharia do Campus de Várzea Grande - Universidade Federal de Mato
Grosso (UFMT)
Av. Fernando Corrêa da Costa, nº 2367 - 78060-900 - Bairro Boa Esperança.
Cuiabá - MT - Brasil
[email protected], [email protected]
Introdução
Neste trabalho iremos abordar os resultados das avaliações realizadas pela CPA
da UFMT nos anos de 2012, 2013 e 2014 com relação ao eixo 4 do SINAES. Este eixo
compreende as Políticas de Gestão será terá uma análise comparativa trabalho.
Breve Histórico da UFMT
A Universidade Federal de Mato Grosso foi criada por meio da Lei 5.647, de 10
de dezembro de 1970, seu campus central é um dos locais mais visitados da Capital.
Está localizada no estado de Mato Grosso e, ocupa estratégica posição geopolítica em
relação às Américas, é considerado o centro da América do Sul e Portal da Amazônia.
Com uma população de aproximadamente 3,1 milhões de habitantes e 141 municípios,
Mato Grosso é o terceiro estado brasileiro em dimensão territorial, com área de 901,4
mil km 2, representando 10,55% do território nacional.
A expansão quantitativa e qualitativa da UFMT faz dela a mais abrangente
instituição de ensino superior no Estado. Está presente em todas as regiões de Mato
Grosso. Integram a estrutura da UFMT não só o campus sede, como três outros campi
74
universitários instalados em áreas estratégicas do estado, em termos populacionais,
econômicos e de produção. Na região leste do Estado encontra-se o Campus
Universitário do Araguaia (CUA), localizado nos municípios de Barra do Garças e
Pontal do Araguaia; na área sul do estado, na cidade homônima, localiza- se o Campus
Universitário de Rondonópolis (CUR); no médio-norte do estado, com sede na cidade
de Sinop, está o Campus Universitário de Sinop (CUS) e encontra-se em fase de
implantação o Campus de Várzea Grande.
Destaca- se, ainda, os 15 polos de formação a distância que permitem a presença
da UFMT em todo estado, ampliando sua capacidade de atendimento e,
consequentemente, seu papel social. O funcionamento desses polos vem oportunizando
a formação superior em áreas específicas para atender algumas das principais demandas
regionais, especialmente a formação de professores nos mais distantes municípios de
Mato Grosso.
Atualmente a UFMT conta com 28 unidades acadêmicas (Institutos e
Faculdades) atuando em programas de ensino, pesquisa e extensão nas grandes áreas do
conhecimento: Ciências Humanas e Sociais, Ciências Jurídicas, Ciências Econômicas,
Ciências da Educação, Ciências Agronômicas, Ciências Exatas e da Terra, Ciências
Biológicas, Ciências da Saúde, Ciências da Tecnologia, Engenharias e Ciências da
Comunicação. Do total de unidades acadêmicas, 18 integram o Campus de Cuiabá, 09
nos campi de Rondonópolis, Sinop e Araguaia que contam cada um com 3 Institutos e
01 (um) Instituto no Campus de Várzea Grande que está em fase de implantação.
Ainda se destacam na estrutura da Universidade Federal de Mato Grosso, o
Hospital Universitário Julio Müller e Fazenda experimental em Cuiabá e os Hospitais
Veterinários dos Campi de Cuiabá e Sinop.
1. Políticas de Gestão
75
A Política de pessoal da Universidade Federal de Mato Grosso visa política de
contratação, formação, capacitação, bem-estar e saúde do trabalhador. Ao longo dos
anos a satisfação dos colaboradores tem alcançado melhorias com resultado das ações
implantadas ao longo dos anos.
A abordagem da avaliação se deu quanto ao plano de carreira, programas de
qualificação/ capacitação profissional, condições de trabalho, compatibilidade frente à
formação e licença para capacitação. Nos anos de 2013 e 2014, a Comissão Própria de
Avaliação pesquisou-se o nível de satisfação de técnicos e docentes quanto ao Plano de
Carreira conforme demonstrado na Figura 1.
Figura 1 – Quanto ao Plano de Carreira.
Conclui-se que os docentes entre 2013 e 2014 tem aumentado o nível de
satisfação, contrapondo a avaliação dos técnicos, que por sua vez, ficaram menos
satisfeitos e mais insatisfeitos no período comparado. No comparativo dos resultados
da avaliação quanto a programas de qualificação/ capacitação profissional de acordo
com a figura 2, para os anos de 2013 e 2014.
76
Figura 2 – Quanto a Programas de qualificação/ capacitação Profissional.
A Universidade Federal de Mato Grosso no quesito condições de trabalho recebe
avaliação de satisfação crescente entre os anos de 2013 e 2014. Os investimentos em
infra-estrutrura e organização dos setores provocam melhorias não somente nas
condições de trabalho (Figura 3), e sim na melhoria do serviço prestado a comunidade.
Figura 3 – Quanto às condições de trabalho.
77
Foi avaliada a compatibilidade frente à formação dos docentes e técnicos (Figura
4) da Universidade e conclui-se que há aumento no nível de satisfação por parte de
ambos avaliados, o que remete a atuação profissional.
Figura 4 – Quanto à compatibilidade frente à sua formação.
Quanto ao conhecimento sobre a licença para capacitação (Figura 5), docentes e
técnicos, avaliaram de forma positiva o que transparece o entendimento acerca do
assunto.
Figura 5 – Quanto à licença para capacitação.
78
2. Organização e gestão da instituição
A UFMT possui em sua estrutura órgãos deliberativos, que merece ser
contextualizados aqui para que se tenha visão imediata de suas funções e tenha uma
devolutiva de suas ações para a comunidade. O Conselho Diretor (CD) é o conselho
responsável pela administração da Fundação e a supervisão da Universidade. Este tem a
função precípua de gerir o patrimônio da Fundação, de modo a assegurar à Universidade
seu pleno desenvolvimento em consonância com os objetivos previstos na legislação de
ensino. O órgão executivo do Conselho Diretor é o Presidente da Fundação, que
também exerce a função de Reitor da Universidade. O Conselho é composto de seis
membros titulares e seis membros suplentes, sendo três membros de livre escolha do
Presidente da República, um membro indicado pelo Ministério da Educação, um
membro indicado pelo Governo do Estado de Mato Grosso e um membro indicado pelas
classes empresariais do Estado. Todos os membros são nomeados pelo Presidente da
República.
O Conselho Universitário (CONSUNI) é um dos órgãos normativos,
deliberativos e consultivos da Gestão Universitária. Delibera sobre a matéria
administrativa, econômica, financeira e de desenvolvimento de pessoal, nos termos da
legislação vigente.
O Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CONSEPE) é órgão normativo,
deliberativo, consultivo e última instância para recursos nas áreas de Ensino, Pesquisa e
Extensão, nos termos da legislação vigente. A ele compete exercer a gestão da
Universidade, em matéria relacionada ao ensino, à pesquisa e à extensão,
supervisionando e fiscalizando as atividades didático–científicas realizadas pela
Universidade Federal de Mato Grosso, funcionando na forma colegiada, nos termos da
legislação federal, disposições estatutárias e por seu regimento.
A Congregação de Instituto e Faculdade é a instância consultiva, deliberativa e
de recursos acadêmicos e administrativos dos Departamentos, dos Cursos de Graduação
de Programas e Cursos de Pós-Graduação que os integra, sem prejuízo das suas
atribuições originárias e específicas dentro do que dispuser o Regimento Geral,
79
Resoluções dos Conselhos Superiores e este Estatuto. Os Institutos e Faculdades são
geridos por uma congregação de Instituto e Faculdade, constituída pelo Diretor, que a
preside; pelos Chefes dos seus Departamentos; pelos Coordenadores de Cursos de
Graduação e de Programas de Pós-Graduação; pelos seus representantes no Conselho de
Ensino, Pesquisa e Extensão; pelos Chefes de Núcleo e pelos representantes docentes,
discentes e técnico-administrativos, eleitos por seus pares, permitido a reeleição.
O Curso de Graduação é gerido pelo Colegiado de Curso de Graduação; que
planeja e executa as tarefas que lhe são peculiares, sendo a instância deliberativa e
consultiva sobre políticas, estratégias e rotinas acadêmicas, para os fins de Ensino,
Pesquisa e Extensão, no âmbito do curso, dentro do que estabelecer este Estatuto e o
Regimento Geral e ou Resoluções dos Conselhos Superiores.
O Colegiado de Curso de Graduação é composto pelo Coordenador do Curso,
que o preside, por representações docentes e discentes; na forma e proporção da Lei e
do Regimento Geral e ou Resoluções dos Conselhos Superiores.
3. Resultados da autoavaliação com relação a Conhecimento
Tendo como premissa que os Órgãos Colegiados Superiores têm importante
papel na gestão do ensino superior como instâncias decisórias onde representam espaços
do exercício da independência e autonomia de toda comunidade acadêmica numa
dinâmica que reflete uma relação democrática e participativa, acredita-se que este
aspecto da gestão pode demonstrar a capacidade de se propiciar conhecimento,
participação e comprometimento de docentes, técnicos e discentes no gerenciamento e
operacionalização das ações planejadas na Universidade Federal de Mato Grosso.
Quando a comunidade acadêmica foi questionada quanto ao conhecimento,
representatividade e divulgação das decisões geradas por estes conselhos e colegiados,
foram obtidos os seguintes resultados mostrados nos gráficos a seguir.
Figura 6 – Quanto ao conhecimento dos conselhos superiores por docentes e técnicos
80
Na Figura 6 verificou-se que em relação aos cursos presenciais que os resultados da
pesquisa, referente ao conhecimento sobre o CONSEPE e Colegiado de Curso foram
considerados satisfatórios, porém o mesmo não ocorre em relação à Congregação de
Instituto. Os discentes de pós-graduação quanto ao quesito conhecimento constata-se
que houve uma relativa estabilização em relação ao Colegiado e quanto aos demais
Conselhos o crescimento foi significativo. No tocante a representação também foi
observada um aumento; e um ligeiro decréscimo em relação à Congregação. E em
relação a todos os Órgãos Colegiados o item informação apresentou crescimento. Nos
resultados obtidos no segmento de graduação identifica-se que em relação ao
conhecimento do Colegiado os resultados podem ser considerados satisfatórios, contudo
100 em relação ao conhecimento do CONSEPE demonstrou-se um ligeiro decréscimo
nos itens conhecimento e informação. Quanto ao CONSUNI também houve decréscimo
de 6% no item conhecimento, já no quesito informação houve decréscimo quanto a
todos os Conselhos.
Em 2013 (Figura 7) com relação aos alunos de pós-graduação os valores se
mostram satisfatórias com relação ao conhecimento do colegiado do seu curso,
apresentando 88,9%. Enquanto que para conhecimento do CONSEPE, os valores são
regulares (57,4%) e para CONSUNI e Congregação do instituto os valores não são
satisfatórios, com valores em entorno de 37%. Em 2013 com relação aos alunos de
graduação os valores se mostram satisfatórias com relação ao conhecimento do
colegiado do seu curso, apresentando 74,7%. Enquanto que para conhecimento do
81
CONSEPE, os valores são regulares 60,7%) e para CONSUNI (31%) e Congregação
(33,5%) do instituto os valores não são satisfatórios.
Figura 7 – Quanto ao conhecimento dos conselhos superiores por discentes de graduação e
pós-graduação
Portanto verificou-se na Figura 7 acima que os resultados da pesquisa em todos
os segmentos, referente ao conhecimento sobre o Colegiado de Curso foram
considerados satisfatórios, porém o mesmo não ocorre em relação ao CONSUNI e à
Congregação de Instituto. Insta informar que aproximadamente 80% dos docentes e
técnicos declararam que conhecem o CONSUNI, entretanto mais de 63% dos discentes
da graduação e pós-graduação desconhecem sua existência.
4. Resultados da autoavaliação quanto à representatividade:
Figura 8 – Quanto à representatividade dos conselhos superiores por docentes e técnicos.
82
Quanto à representatividade nos órgãos colegiados os docentes (Figura 8)
sentem-se representados no Colegiado de curso e na Congregação do instituo, no
CONSEPE e CONSUNI a representatividade é regular, enquanto os demais declararam
que não se sentem representados. Com relação aos técnicos (Figura 8) os valores são de
regulares a baixos em relação a representatividade. Sendo que os menores valos são do
Colegiado de Curso. Os maiores valores são do CONSUNI, onde 49,1% se sentem
representados, mesmo assim não chegam a valores satisfatórios.
Figura 9 – Quanto à representatividade nos conselhos superiores por discentes de graduação e
pós-graduação.
83
Os alunos de pós-graduação (Figura 9) se sentem representados de forma
satisfatória no Colegiado de Curso, nos outros órgãos os valores são baixos, menos que
40% dos alunos se sentem representados nesses órgãos. Os alunos de graduação cerca
de 60,6% se sentem representados no Colegiado de Curso, nos outros órgãos os valores
são baixos, menos que 35% dos alunos se sentem representados nesses órgãos
colegiados.
5. Resultados da autoavaliação com relação à Informação:
Quanto à divulgação das informações decisões tomadas pelos conselhos
informação nos órgãos colegiados os docentes (Figura 10) apresentam maior satisfação
com relação ao Colegiado de curso. Valores um pouco menores para Congregação e
CONSEPE (72,5%). E para o CONSUNI e CD os valores são abaixo de 42%, o que
indica uma insatisfação em relação ao recebimento e divulgação das informações destes
órgãos colegiados. Os técnicos apresentam um resultado distinto (Figura 10), com
valores menores para Colegiado de Curso e Congregação; e valores maiores para os
outros órgãos colegiados.
Figura 10 – Quanto a informação dos conselhos superiores por docentes e técnicos.
84
Os alunos de pós-graduação e graduação (Figura 11), com relação a informação
apresentam dados semelhantes, com quantidade regular em relação ao Colegiado de
Curso e satisfação baixa (em torno de 20%) para os outros órgãos colegiados. Quanto à
divulgação das decisões tomadas pelos conselhos superiores representadas na (Figura
11) apenas as do colegiado de curso foram consideradas satisfatórias, quanto aos demais
foram insatisfatórias. Portanto, observa-se que as decisões tomadas não chegam a toda a
comunidade acadêmica e que deve haver maior divulgação das mesmas. Quando
questionados se mantém informados sobre as decisões do Conselho Diretor, cerca de
70% declararam que não. Vale ressaltar que estas informações devem ser repassadas de
forma que seja acessível a todos. Diante dos dados recomendamos que fossem
socializadas de forma eficiente as decisões.
Figura 11 – Quanto a informação dos conselhos superiores por discentes de graduação e pós-
graduação.
5. Sustentabilidade Financeira
O orçamento da Universidade Federal de Mato Grosso está contido no
orçamento geral do Ministério da Educação, juntamente com seus Programas de gestão
e manutenção de ensino das instituições federais de ensino superior. O orçamento é
aprovado anualmente pela lei orçamentária da União – LOA.
85
Além dos recursos garantidos na LOA, a UFMT recebe fomentos provenientes
de outras fontes (destaques e descentralizações), voltados para o atendimento de
programas e ações específicas executadas pela instituição, seja por meio de editais ou
termos de cooperação aprovados pelas instituições da União, a exemplo do Programa
EaD, que conta com recursos consignados no Orçamento Geral da CAPES.
6. Conclusões e sugestões
A abordagem da avaliação quanto ao plano de carreira, programas de
qualificação/ capacitação profissional, condições de trabalho predominam as opiniões
de parcialmente insatisfeito e parcialmente satisfeito. E em frente a compatibilidade
quanto à formação predomina parcialmente satisfeito e totalmente satisfeito; e quanto a
licença para capacitação constatou-se que o nível de satisfação de técnicos e docentes é
satisfatório predominando o SIM como resposta. Quando a comunidade acadêmica foi
questionada quanto ao conhecimento, representatividade e divulgação das decisões
geradas por estes conselhos e colegiados, foram obtidos os seguintes resultados
mostrados nos gráficos a seguir diante dos dados verificou-se que há necessidade de
maior divulgação destes órgãos principalmente em torno dos discentes, bem como de
sua função institucional. Quanto aos servidores técnicos, nota-se uma insatisfação
principalmente congregação do instituto e colegiados de curso. E quanto ao orçamento
da UFMT notou-se um aumento no investimento para o ano de 2014, de R$
739.677.697,61 enquanto que em 2013 o valor investido era de R$ 645.161.378,72. Para
o ano de 2015, o valor foi de R$ 732.778.313,00 e para o ano de 2016 espera-se um
decréscimo no valor, dado a política adotada pelo governo federal.
Referências
Relatório CPA UFMT, ano de 2012.
Relatório CPA UFMT, ano de 2013.
Relatório CPA UFMT, ano de 2014.
86
EIXO 5 – INFRAESTRUTURA FÍSICA
INFRAESTRUTURA FÍSICA - UFMT Anna Maria Penalva Mancini
1, Lusnaiara Rodrigues Lima
2, Maximilian Wilhelm
Brune2, Marco Donisete de Campos
3
1Instituto de Ciências Humanas e Sociais – ICHS – Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) -
Campus Universitário do Araguaia (CUA) – Barra do Garças – MT – Brasil
2 Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde – ICBS - Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) –
Campus Universitário do Araguaia (CUA) - Barra do Garças – MT – Brasil
3 Instituto de Ciências Exatas e da Terra – ICET - Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) –
Campus Universitário do Araguaia (CUA) - Barra do Garças – MT – Brasil
([email protected], [email protected], [email protected],
Introdução
O Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES), instituído
pela Lei n° 10.861/2004, fundamenta-se na necessidade de promover a melhoria da
qualidade da educação superior, orientar a expansão da sua oferta, o aumento
permanente da sua eficácia institucional, da sua efetividade acadêmica e social e,
especialmente, o aprofundamento dos compromissos e responsabilidades sociais.
(Ministério da Educação, 2004).
A Universidade Federal de Mato Grosso, UFMT, desde o ano de 2006 vem
buscando, por meio da autoavaliação institucional, avaliar todas as ações por ela
desenvolvidas com a finalidade de identificar as possíveis causas dos problemas e
deficiências apresentadas pelas unidades acadêmicas e administrativas. Ao longo desses
anos foram gerados sete relatórios e, na situação atual, faz-se necessário uma análise
sistemática e contínua dos dados apresentados com o objetivo de identificar tanto os
avanços quanto as possíveis fragilidades que ainda persistem. Diante disso, neste
trabalho é feita uma análise baseada nos resultados obtidos a partir dos Relatórios da
Autoavaliação Institucional publicados no biênio 2013-2014, especificamente em
relação à infraestrutura física.
87
A análise foi feita com base nos dados apresentados nos Relatórios de
Autoavaliação Institucional referentes ao biênio 2013-2014, com enfoque
especificamente quanto à infraestrutura física. Os questionários que geraram os
relatórios foram disponibilizados online aos quatro segmentos que compõem a UFMT,
ou seja, docentes, alunos de graduação e pós-graduação, técnicos administrativos e
comunidade externa.
Infraestrutura Física
A UFMT dispõe de uma área física total de 5,1 milhões de metros quadrados
distribuídos nos 5 (cinco) campus Cuiabá, Rondonópolis, Araguaia, Sinop, Fazenda
Experimental e Várzea Grande com cinco engenharias, cujas turmas já estão tendo suas
atividades na Capital com perspectiva de serem transferidas em 2016.
Quando questionados sobre as instalações para leitura, pesquisa ou estudo
oferecidas pela biblioteca de cada campus observou-se que a média de insatisfação
dentre docentes, alunos e técnicos administrativos foi em torno de 50%. Já em relação à
questão do acervo existente nas bibliotecas, o índice de insatisfação foi de 52%,
aproximadamente.
A análise dos indicadores referentes às instalações para os laboratórios específicos
dos cursos aponta uma insatisfação em torno de 62%, por parte de alunos de graduação,
pós graduação e docentes, quanto aos técnicos o índice de insatisfação foi em média de
25% tendo em vista que esta questão não se aplica a todos os servidores técnicos
administrativos. Apesar destes dados, segundo os Relatórios de Gestão publicados neste
período, nota-se um investimento na ordem de mais de 38 milhões para a construção de
blocos de salas de aula e laboratórios, possibilitando assim que em um mesmo ambiente
o aluno tenha contato com a disciplina teórica juntamente com a prática. Foram
realizadas reformas, ampliações e adequações em diversos laboratórios, sendo
investidos mais de 5 milhões de reais (Relatório de Gestão, 2014,2015).
Outra questão relacionada ao tema refere-se a qualidade dos espaços para
orientações. Baseando nos Relatórios de Autoavaliação, a qualidade dos espaços para
orientações não estão satisfatórias, mais de 68% dos docentes não estão satisfeitos e
quanto aos alunos de graduação esta insatisfação chega a mais de 70%. Segundo
Beltrame e Moura (2009), na construção de espaços educativos deve-se levar em
88
consideração as condições térmicas, luminosas e acústicas promovendo, desta forma,
um conforto ambiental propiciando harmonia entre usuário e ambiente. Observamos que
não há harmonia porque muitos estão insatisfeitos, desta forma faz-se necessário
verificar como estão estes ambientes e juntamente com a comunidade acadêmica buscar
formas para melhorar a qualidade destes espaços.
Em relação às instalações de salas de aula 52,95% dos docentes, 51,8% dos
alunos de graduação e 35,05% dos alunos de pós-graduação estão parcialmente ou
totalmente insatisfeitos, evidenciando, assim, um índice de satisfação apenas no
segmento da pós-graduação. Essa tendência de insatisfação também é notada quanto à
quantidade de espaços para orientação acadêmica: 75%, em média, dentre os docentes e
alunos. Constatou-se também que 76,65% dos docentes e 71,4% dos alunos de
graduação estão parcialmente ou totalmente insatisfeitos quanto à quantidade de espaços
para formação, tais como o Pibid – o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à
Docência, o PET – o Programa de Educação Tutorial, dentre outros. Já quanto à
qualidade desses mesmos espaços, verificou-se que 77% dos docentes e 71,05% dos
discentes estão parcialmente ou totalmente insatisfeitos. Quanto à quantidade de
espaços para convivência, atividades culturais e de lazer temos um índice de
insatisfação de, aproximadamente, 71%.
É descrito nos objetivos do Plano de Desenvolvimento Institucional da UFMT
para o período 2013-2018, a melhoria do ambiente universitário por meio de várias
ações, dentre elas a construção de espaços específicos para atividades culturais,
poliesportivas e de vivência acadêmica (p.71-72). No biênio ao qual se remete os
Relatórios de Autoavaliação Institucional, apesar dos altos índices de insatisfação aqui
apresentados, muito se tem avançado. Haja vista, investimentos em infraestrutura
descritos nos Relatórios de Gestão referentes ao mesmo período apontando aplicações
na ordem de mais de 230 milhões de reais, valendo destacar, por exemplo, a reforma do
Teatro Universitário, a Construção do Centro de Vivência Científica e Cultural no
Campus Universitário do Araguaia e a construção do Campus Universitário de Várzea
Grande.
Agora, quanto às ferramentas de tecnologia de comunicação e informação o
índice de insatisfação atinge 63%. Para o período 2013-2018, o Plano de
Desenvolvimento Institucional da UFMT prevê o apoio e o fortalecimento, ampliação,
89
modernização e otimização da Secretaria de Tecnologia da Informação e da
Comunicação através de diversas ações como a manutenção do atendimento de serviços
de telecomunicações em geral, incluindo redes de internet e soluções de telefonia; a
aquisição de serviços para suporte e manutenção para redes lógica, vigilância eletrônica,
telefonia e sistemas de comunicação em geral, equipamentos laboratoriais, audiovisuais
e de tecnologia da informação em geral; o desenvolvimento, aquisição ou adaptação de
sistemas de informação a fim de atender as demandas acadêmicas e administrativas.
Considerações Finais
Sobre a questão da infraestrutura na UFMT foi possível aferir, no âmbito dos
dados apresentados, importantes aspectos, tais como: uma grande demanda para
recuperação, melhoria e ampliação dos espaços destinados tanto às atividades
acadêmicas, como salas de aula e biblioteca, quanto aos destinados à vivência, cultura e
lazer, como parques esportivos e os espaços de convivência universitária e de cultura,
sobretudo nos campus do interior. Tendo em vista a grande demanda em relação à
concepção, desenvolvimento e execução de projetos arquitetônicos e executivos, bem
como o acompanhamento e finalização de obras, faz-se necessária contratação de
pessoal técnico especializado.
A guisa de conclusão espera-se que as constatações aqui apresentadas
contribuam não só para uma visão mais ampliada do processo de consolidação e
melhoria da infraestrutura da UFMT, bem como sirvam como norte para futuras
decisões, a serem consolidadas de maneira mais qualitativamente referenciadas.
Referências
BRASIL. Ministério da Educação. Análise sobre a Expansão das Universidades
Federais 2003 a 2012. Relatório da Comissão Constituída pela Portaria nº 126/2012.
Brasília: MEC, 2012. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_
docman&view=download&alias=12386-analise-expansao-universidade-federais-2003-
2012-pdf&Itemid=30192>. Acesso em: 2 fev 2016.
____________________________. Plano de Desenvolvimento Institucional, PDI-
UFMT: 2013-2018. Cuiabá: UFMT, 2013.
90
____________________________. Relatório de Gestão 2013-2014 da Universidade
Federal de Mato Grosso. Cuiabá: UFMT, Secretaria de Comunicação e Multimeios,
2014.
____________________________. Relatório de Gestão 2014-2015 da Universidade
Federal de Mato Grosso. Cuiabá: UFMT, Secretaria de Comunicação e Multimeios,
2015.
BELTRAME, M. B; MOURA, G. R. S. Edificações escolares: infra-estrutura necessária
ao processo de ensino e aprendizagem escolar. Revista Unioeste, v. 3, n. 2 2009.
91
AUTOAVALIAÇÃO INSTITUCIONAL - UFMT – Educação a Distância.
A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NA UFMT: UMA ANÁLISE SOBRE AS
AVALIAÇÕES INSTITUCIONAIS DE 2012 A 2014
Taciana Mirna Sambrano
Departamento de Ensino e Organização Escolar – Instituto de Educação e Coordenação de Educação
Mediada por TIC/Secretaria de Tecnologia da Informação e Comunicação Aplicadas à Educação –
Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) – Cuiabá – MT – Brasil.
A Universidade Federal de Mato Grosso, cumprindo a missão de “Formar e
qualificar profissionais nas diferentes áreas, produzir conhecimentos e inovações
tecnológicas e científicas que contribuam significativamente para o desenvolvimento
regional e nacional” (PDI, 2013), tem possibilitado o acesso à educação de forma
democrática e igualitária a estudantes de regiões distantes de Mato Grosso, de outros
estados brasileiros e de outros países, por intermédio de programas e projetos de
formação na modalidade de Educação a Distância.
Atualmente, os cursos de graduação e pós-graduação lato sensu na modalidade
EaD são ofertados por meio da Universidade Aberta do Brasil/ UFMT em 12 Polos de
Apoio Presencial no Estado.
Com o objetivo de cotejar os dados advindos das avaliações institucionais
realizadas nos últimos três anos pela CPA/UFMT, há que se considerar que as
informações apresentadas neste relatório trazem a influência direta das políticas
educacionais que vigoram no presente momento histórico.
Assim, entre os anos de 2012 a 2014, a UFMT, por meio da UAB, ofertou os
seguintes cursos, por nível de ensino: a) graduação: Administração Pública,
Licenciatura em Ciências Naturais e Matemática e Licenciatura em Pedagogia, Letras
Português/ Inglês e Letras Português/ Espanhol; b) pós-graduação lato sensu:Educação
das Relações Étnico-raciais no Contexto da Educação de Jovens e Adultos; Educação de
Jovens e Adultos para a Juventude; Gênero e Diversidade na Escola; Gestão em Saúde;
92
Gestão Pública; Gestão Pública Municipal; Informática na Educação; Práticas
Pedagógicas na Educação do/no Campo; c) aperfeiçoamento: Educação de Jovens e
Adultos na Diversidade; Educação do Campo; Escola, Saúde e Meio Ambiente;
Prevenção do Uso de Drogas - Para Educadores da Educação Básica; Produção de
Material Didático na Educação de Jovens e Adultos; d) extensão: Formação de Tutores,
Formação de Autores, Ambiente Virtual de aprendizagem, Gestão em Polos EaD,
Informática: configuração e manutenção de equipamentos, Design Instrucional em EaD.
No entanto, importa enfatizar que os cursos ofertados pela Universidade Aberta
do Brasil vinculam-se a editais de fomento do Ministério da Educação por meio da
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Sem a
proposição de tais editais e, consequentemente, de aporte financeiro para que os cursos
possam acontecer, os mesmo não podem ser ofertados. Ressalta-se, ainda, que na
segunda metade do mês de dezembro de 2014, a CAPES lançou o Edital nº75/2014, mas
as propostas submetidas ainda estão em análise pelo órgão de fomento e não há recursos
financeiros destinados às IES proponentes.
Dessa forma, por questões de ordem político-orçamentária alheia à UAB/UFMT,
somente os cursos de graduação em Administração Pública, Bacharelado, Pedagogia,
Licenciatura; Letras Português/ Inglês, Licenciatura e Letras Português/ Espanhol,
Licenciatura, continuam em funcionamento.
Nesse momento de análise dos anos de 2012 a 2015, vale enfatizar que a UFMT
passou pelo processo de recredenciamento da Universidade na modalidade à distância.
Esse processo contou com a presença de treze comissões responsáveis pela avaliação de
doze polos e a sede da IES. No entanto, apesar de o processo ter sido finalizado no
âmbito da UFMT, ainda não foi concluído nas instâncias superiores, uma vez que a
universidade aguarda a divulgação do resultado deste processo.
Na UFMT, desde 2012, a Coordenação de Educação Mediada por TIC
(CEMTIC), em parceria com a UAB e com a CPA, tem dado apoio à modalidade de
Educação a Distância, mediante ações administrativas, pedagógicas e de políticas
institucionais, como a discussão e elaboração da Resolução CONSEPE nº.55/2014 que
regulamenta os cursos de pós-graduação lato sensu, incluindo a modalidade EaD,
implantação do Sistema Acadêmico para os cursos de graduação na modalidade EaD,
com o estabelecimento de normas para o registro acadêmico, bem como a adaptação do
93
Plano Individual de Atividades docentes (PIA/UFMT) para a modalidade EaD,
considerando a estrutura por polos e a divisão por salas e respeitando-se a proporção de
um orientador para cada 25 alunos, elaboração e realização de Transferência para cursos
na modalidade a distância por meio de Edital de Ocupação de vagas específico para a
EaD, ações que só puderam ser desenvolvidas graças ao trabalho em parceria com
diferentes instâncias desta universidade, como Universidade Aberta do Brasil, Pró-
reitoria de Graduação, Pró-reitoria de Pesquisa, Secretaria de Tecnologia de
Informação, Coordenação de Administração Escolar, entre outras.
Articulada com a Secretaria de Tecnologia da Informação – STI/UFMT, a
CEMTIC também promoveu, acompanhou e implementou um Programa de Educação
Mediada por Tecnologias da Informação e Comunicação que objetivou capacitar
docentes sobre as possibilidades de utilização das TIC em contexto de ensino-
aprendizagem presencial. Foram capacitados, entre 2012 e 2014, em torno de 1.900
servidores, entre docentes efetivos, substitutos e residentes, nos campi de Cuiabá,
Sinop, Rondonópolis e Pontal do Araguaia. Esses docentes contam hoje com o apoio do
AVA para fomentar novas estratégias de ensino no contexto da educação presencial.
A fim de se apresentar dados cotejados das avaliações institucionais realizadas
nos últimos três anos, o presente relatório seguirá a sequência dos eixos norteadores da
avaliação, de acordo com o INEP.
EIXO 1 - PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL - EaD
Em relação ao Eixo 1, que abarca as questões referentes ao Planejamento e
Avaliação Institucional, os dados podem sugerir um decréscimo na participação dos
alunos, fato que precisa ser qualificado, uma vez que na pesquisa realizada em 2012,
havia um grande número de alunos na graduação matriculados em cursos ou turmas que
estavam em processos de finalização, como os cursos de Administração Pública e
Ciências Naturais e Matemática, e uma turma de Pedagogia iniciando. Em
contrapartida, em 2014, uma turma do curso de Administração Pública havia iniciado
suas atividades há um ano e os cursos de Letras Português/ Inglês e Letras Português/
Espanhol tinha iniciado há poucos meses.
94
Dessa forma, quando indagados se participaram da avaliação anterior da CPA, a
resposta positiva foi de apenas 25% dos respondentes, o que destoa consideravelmente
quando se vislumbra os 75,9% manifestos em 2012. No entanto, vale evidenciar que,
quando indagados em 2014 sobre a participação em 2012, muitos dos alunos
respondentes ainda não estavam matriculados na UFMT, fato que justifica a maioria das
respostas negativa.
Na mesma esteira, quando indagados se haviam consultado a pesquisa de
avaliação institucional anterior, apenas 18,8% dos participantes de 2014 responderam
positivamente, enquanto 77,1% dos acadêmicos participantes da pesquisa de 2012 havia
consultado o relatório da CPA. ,ais uma vez, ressalta-se que muitos dos alunos
participantes desta última pesquisa estavam conhecendo a CPA pela primeira vez, visto
serem ingressantes na UFMT.
Neste mesmo eixo, ao se considerar a satisfação dos alunos no tocante à política
de gestão e ações executadas pela UFMT, na avaliação de 2012, 77% dos participantes
afirmaram estar satisfeitos, enquanto 68,8% apresentaram satisfação em 2014.
Apesar das considerações que por ora foram feitas, os dados sugerem que: a) é
imprescindível que cada vez mais sejam fomentados, no interior da instituição,
mecanismos que incentivem a participação efetiva de todos os segmentos da
comunidade acadêmica, sobretudo dos alunos, nos processos de planejamento, execução
e avaliação das ações institucionais, visando consolidar a cultura da participação; b) há a
necessidade de a CPA, em parceria com as coordenações dos cursos, intensificaremo
trabalho de convencimento da necessidade dos discentes dos cursos da modalidade a
distância tomarem parte desse canal de participação importante da UFMT, bem como
buscarem alternativas para socializar de forma dinâmica a devolutiva da avaliação
institucional junto aos mesmos.
EIXO 2 – DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL - EaD
Em relação ao Eixo 2, que contempla as dimensões referentes à Missão e Plano
de Desenvolvimento Institucional e à Responsabilidade Social da Instituição, algumas
considerações precisam ser tecidas.
95
Com o intuito de saber se os alunos conhecem o PDI da instituição, constatou-se
que houve uma diminuição de 11,5% do total de participantes da pesquisa que revelam
ter conhecimento do referido documento, tomando-se por base os anos de 2012 e 2014.
Apenas aos estudantes que afirmaram conhecer o PDI, foi perguntado se os
órgãos e sistemas da gestão (CONSEPE, Pró-Reitorias, Sistema Acadêmico), na visão
deles, estavam funcionando de acordo com o proposto no PDI. Os dados revelam que
79,3% destes estudantes responderam afirmativamente em 2014, enquanto em 2012,
86,9% apontaram a mesma resposta.
Esses dados indicam que será necessária uma maior e melhor divulgação do
documento, apesar de o mesmo já estar disponível no Ambiente Virtual de
Aprendizagem – AVA de todos os cursos de graduação e de estar disponível, também,
na página da UFMT e da Universidade Aberta do Brasil – UAB/UFMT. De fato, frente
aos resultados que a pesquisa aponta, sugere-se a necessidade de um maior engajamento
das instâncias profissionais que estão diretamente em contato com os alunos, como
coordenadores de curso, professores e tutores, a fim de que os documentos
institucionais como um todo possam ser, de fato, conhecidos pelos discentes.
Ainda neste Eixo 2, avaliou-se a intenção dos estudantes em prosseguir a vida
profissional na região do Mato Grosso após a conclusão do curso. Os dados advindos
desta análise revelam que a IES tem alcançado o objetivo de contribuir com o
desenvolvimento social da região do Centro-Oeste do Brasil, em se tratando da
formação profissional dos mato-grossenses ou de cidadãos que escolhem essa região
para viver, qualificar-se e trabalhar, visto que mais de 90% dos estudantes revelam, em
todas as pesquisas feitas, que desejam permanecer no Estado.
Nesse mesmo sentido, mais de 70% dos respondentes em ambos os momentos
de avaliação consideram que o curso ajuda sua inserção no mercado de trabalho.
Os estudantes foram questionados, ainda nessa dimensão, sobre a participação
em atividades acadêmicas ofertadas pela UFMT no último ano. Em média, cerca de
75% dos estudantes afirmam terem participado de atividades acadêmicas como
encontros, seminários e congressos, bem como de eventos culturais promovidos e
ofertados pela UFMT, dado que chama a atenção, visto que os cursos acontecem nos
municípios do Estado onde se localizam os polos e os eventos geralmente acontecem
nos campi da instituição. Essa informação pode servir de base para as discussões
96
implementadas na IES no sentido de as políticas estudantis serem, de fato,
disponibilizadas indistintamente para os acadêmicos da UFMT, independentemente da
modalidade do curso no qual estão vinculados – se presencial ou a distância.
Em relação à responsabilidade social da instituição no que se refere à inclusão
social, os acadêmicos foram questionados sobre a acessibilidade da pessoa com
deficiência no interior do polo. Tendo como base as pesquisas realizadas nos anos de
2012 e 2014, a porcentagem de estudantes que consideram haver acessibilidade no
interior do polo aumentou 13% na última pesquisa, fato de grande relevância para a
oferta de cursos na modalidade a distância, uma vez que os cursos são ofertados em
parceria com as prefeituras municipais que são responsáveis pela infraestrutura dos
polos e que, frequentemente, precisam fazer adaptações nos prédios a fim de cumprir as
especificidades legalmente determinadas no que tange à acessibilidade.
EIXO 3 – POLÍTICAS ACADÊMICAS - EaD
O Eixo 3, apresentado na sequência, contempla as dimensões referente às
Políticas para o Ensino, a Pesquisa e a Extensão, à Comunicação com a Sociedade e às
Políticas de Atendimento aos Discentes.
No que diz respeito à dimensão referente às políticas para ensino, pesquisa e
extensão, os dados das avaliações realizadas em 2012 e em 2014 revelam que a
satisfação pelo curso atinge, em média, 84% dos participantes, sendo seguida pela
média de 88% de satisfação dos estudantes pelo corpo docente, sugerindo que o
professor figura entre uma potencialidade dos cursos ofertados na modalidade à
distância, especificamente em relação à qualificação destes profissionais.
No âmbito dessa discussão, merecem destaque os dados apontados pelos
discentes no que tange à adequação entre o Projeto Pedagógico do curso e as
necessidades prementes de sua área de formação. Entre os participantes, 84%
demonstram estar satisfeitos com o Projeto Pedagógico do curso, considerando-se a
média entre os anos de 2012 e 2014, o que sugere uma coerência entre estes resultados e
aqueles apresentados em relação à satisfação com o curso propriamente dito.
No entanto, ao serem questionados sobre sua satisfação em relação aos
procedimentos referentes à política de pós-graduação, 66% dos estudantes afirmam
97
estar satisfeitos, sugerindo que os alunos da modalidade à distância precisam de maiores
informações sobre as possibilidades (e oportunidades efetivas) de continuidade no
processo de formação iniciado com a graduação, seja por meio de cursos de pós-
graduação ofertados na modalidade a distância, seja presencial.
Esse dado remete à próxima dimensão a ser analisada neste terceiro eixo que traz
uma análise referente à comunicação com a sociedade. É interessante perceber que os
estudantes mantêm-se bem informados sobre os assuntos pertinentes à universidade e ao
seu curso, visto que o nível de conhecimento e de satisfação pelas informações que
recebem está acima de 70%, quando se considera a média entre os anos de 2012 e 2014.
Outro dado a ser enfatizado é a alteração visível entre os canais de comunicação
mais utilizados entre os anos de 2012 e 2014. Na primeira pesquisa abordada neste
relatório, o canal mais utilizado era o Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA),
seguido pela TV e as redes sociais apareciam em terceiro lugar. Já na pesquisa de 2014,
o AVA e as redes sociais estão quase que empatados como meios mais utilizados de
comunicação com a universidade e curso, refletindo as alterações culturais pelas quais a
sociedade passa nos últimos anos, com o crescente uso de redes sociais no cotidiano das
pessoas, seja para assuntos pessoais, seja para profissionais ou de formação. Em
contrapartida, a utilização de folhetos e material impresso também apresenta aumento
na sua circulação e preferência dos estudantes, saltando de 4% em 2012 para 14,9% em
2014.
Ainda neste Eixo 3, a dimensão referente à política estudantil apresenta dados
relativos à satisfação dos alunos acerca das condições ofertadas pela IES nas diversas
modalidades de atividades acadêmicas, como bolsa de iniciação científica, auxílio
alimentação, entre outras. Considerando os dois momentos da pesquisa, 73% dos
participantes, em média, afirmam que estão satisfeitos, o que sugere a necessidade de
maiores investigações, visto que os alunos da modalidade EaD realizam a parte
presencial do curso nos polos de apoio presencial, localizados no interior do Estado e,
dessa forma, boa parte das ações oriundas da política estudantil acabam não sendo
usufruídas pelos mesmos, não somente pela questão geográfica, mas também pela falta
de uma política adequada à EaD no âmbito federal, não somente na UFMT.
98
EIXO 4 – POLÍTICAS DE GESTÃO - EaD
Este eixo tem como foco a verificação do desenvolvimento das políticas de
pessoal e da organização e gestão da instituição. Abrange, ainda, elementos do
planejamento e da sustentabilidade financeira da IES para garantir o seu pleno
desenvolvimento de forma sustentável. No entanto, em relação à EaD, somente a
discussão referente à organização e gestão da instituição será abordada neste relatório,
mais especificamente nos processos de tomada de decisão, tendo em vista as
peculiaridades da modalidade a distância.
Destaca-se, primeiramente, que os dados apresentados em 2012 revelam um
maior conhecimento e satisfação dos estudantes quanto aos processos de gestão e
tomada de decisão que envolve a UFMT e, consequentemente, o curso frequentado.
Em relação aos órgãos colegiados superiores da universidade – o CONSEPE e o
CONSUNI – em média 32% dos estudantes afirmam saber de sua existência e conhecer
suas funções e, nessa perspectiva, apenas 30% sente-se representado nestes órgãos.
Em relação à Congregação do Instituto ou Faculdade a que pertence o curso, os
dados revelam um descompasso muito grande entre as avaliações de 2012 e de 2014,
visto que 71,3% afirmam conhecê-lo no primeiro momento analisado neste relatório,
enquanto apenas 20,5% dizem que conhecem a Congregação do Instituto no qual seu
curso está inserido na avaliação realizada em 2014. Em contrapartida, nas duas
avaliações, a porcentagem de estudantes que se sentem representados nessa instância é
bastante similar, ficando na faixa dos 40%, ou seja, entre os alunos que afirmam
conhecer a congregação, quase metade deles sente-se representado nas reuniões que
ocorrem no Instituto ou Faculdade que oferta seu curso.
Essa configuração fica um pouco mais equilibrada ao se analisar as respostas dos
estudantes sobre o colegiado do curso. Apenas cerca de 60% dos estudantes
participantes de ambas as avaliações afirmam conhecer e se sentem representados junto
ao colegiado de seu curso. Esse dado sugere a necessidade de que os coordenadores de
curso procurem disseminar de forma ampla e clara junto aos alunos a função e a
importância desse órgão para os rumos do curso e, além disso, explicitar aos estudantes
que o colegiado se caracteriza como um espaço em que todos os segmentos que
compõem o curso necessitam participar ativamente, sobretudo os alunos.
99
Já em relação à disseminação de informações, foi perguntado aos alunos se estes
são informados das decisões dos conselhos superiores. É interessante perceber que tanto
em relação ao CONSEPE, quanto ao CONSUNI e Congregação de curso, a
porcentagem de estudantes que revelam manter-se informados das decisões desses
órgãos é de 25%, distinguindo-se apenas quando se questiona a respeito do colegiado de
curso, instância em que 60% dos estudantes, em média, revelam manter-se informados
das decisões tomadas nesse espaço de gestão.
Os órgãos colegiados consistem em instâncias coletivas de análise e resolução de
problemas e espaço de promoção da participação coletiva nos processos decisórios,
visando a conquista de uma nova forma de exercício de poder na instituição.
Basicamente, são órgãos eminentemente políticos, pois fazem emergir de cada
segmento que o compõe a sua especificidade, congregando os interesses destes para a
consecução de uma educação de qualidade, que atenda aos anseios da comunidade
acadêmica e de formação discente.
Por serem espaços promotores de debates, de ideias, de alternativas, bem como
de mediação de conflitos e interesses, têm caráter pedagógico ao garantirem a formação
e a prática democrática. Por isso, na gestão colegiada, os sujeitos envolvidos no mesmo
não apenas devem fazer parte, mas tomar parte dos processos de decisão, por meio do(s)
representante(s) dos segmentos que os compõem. A participação dos membros do
colegiado/conselho está pautada na representatividade. Tanto nas suas reuniões
ordinárias, como nas reuniões extraordinárias, os membros não estão nela se auto
representando. Eles devem ser os procuradores no colegiado/ conselho das
necessidades, dos interesses, das dúvidas, das decisões e dos anseios do segmento que
representam, ou seja, o grupo representado deposita confiança no representante.
Contudo, os dados revelam que no que se referem aos órgãos superiores
(CONSEPE, CONSUNI, Congregação do Instituto ou Faculdade), os alunos dos cursos
na Modalidade de Educação a Distância, como revelou os dados das pesquisas de 2012
e de 2014, continuam não se sentindo representados em seus interesses e necessidades.
Daí a importância e a emergência de se divulgar mais no que consiste e qual o papel e
importância desses órgãos na vida acadêmica do aluno. Além disso, cabe pensar acerca
da representatividade deles e na dinâmica dessa representatividade, de modo que os
100
representantes discentes desses órgãos proponham e viabilizem mecanismos de
comunicação com os alunos dos cursos na modalidade de EaD.
EIXO 5 – INFRAESTRUTURA FÍSICA - EaD
No quinto eixo, verificam-se as condições que a IES apresenta para o
desenvolvimento de suas atividades de ensino, pesquisa, extensão e gestão,
contemplando a dimensão relativa à infraestrutura física. Na medida em que estão sendo
discutidas as respostas dos estudantes matriculados em cursos da modalidade a
distância, toda a análise que por ora se apresenta não diz respeito às condições de
infraestrutura da IES, mas sim dos polos nos quais os cursos acontecem.
Conforme indicam os Referenciais de Qualidade para a Educação Superior a
Distância (MEC, 2007), o polo de apoio presencial consiste em unidade operacional no
país ou no exterior, para o desenvolvimento descentralizado de atividades pedagógicas e
administrativas relativas aos cursos e programas ofertados a distância (Decreto
5.622/05, art. 26). Nele, são realizadas as atividades presenciais dos cursos, como as
avaliações, orientações com os tutores presenciais, seminários, palestras, aulas com os
professores especialistas por meio de videoconferências, trabalhos individuais e em
grupos na biblioteca, nos laboratórios de informática ou nos laboratórios pedagógicos.
Trata-se de um espaço de referência importante para os alunos. Por isso, existe a
necessidade de que sua organização e gestão sejam eficazes no sentido de que seus
espaços atendam de fato as necessidades dos alunos e tutores. Os polos precisam,
portanto, ter as condições mínimas de conforto e ergonomia dos mobiliários, espaços
arejados e iluminados que possibilitem melhor atendimento ao aluno e desenvolvimento
do trabalho do tutor presencial.
A biblioteca deve ter um acervo amplo, diversificado, atualizado e compatível
com as necessidades do aluno. Além disso, no que tange à estrutura física, deve ter
espaço de estudo individual e em grupo, e seu acervo, se possível, deve ser digitalizado,
de modo a favorecer a busca de títulos específicos.
Os laboratórios de informática devem também ser espaços amplos e
organizados, de modo a possibilitar que os alunos desenvolvam suas atividades
101
acadêmicas. Devem ter bons computadores em número suficiente para atender a
demanda dos alunos. A capacidade desses computadores deve possibilitar o uso de
diferentes mídias, como CD-ROM, DVD, pendrives. Devem ainda estar interligados e
ter banda larga e de modo fácil e rápido possibilitar o acesso ao Ambiente Virtual de
Aprendizagem.
Do mesmo modo, nos projetos pedagógicos dos cursos devem conter diretrizes
que norteiam sua utilização. Devem possuir espaço físico, mobiliário e material
pedagógico condizente com o projeto e em número suficiente para atender as
necessidades didático-pedagógicas das atividades propostas pelas disciplinas que dele
farão uso. Em relação aos outros espaços do polo de apoio presencial, como sala da
coordenação e secretaria, bem como as salas de tutoria e salas de aula para a realização
da avaliação presencial, também devem ser espaços adequados às necessidades dos
profissionais. Devem ter as mínimas condições, como mobiliário suficiente, material de
apoio e computadores interligados à internet.
Pautando-se nestes aspectos, buscou-se saber dos alunos as percepções que
revelam sobre as condições das instalações da biblioteca para leitura, pesquisa ou
estudo. Do total de participantes, a média de satisfação é de 65%. No entanto, houve um
decréscimo na satisfação dos estudantes, visto que há uma diferença de 17% entre as
avaliações, ou seja, em 2012, um maior número de alunos manifestou satisfação em
relação às instalações da biblioteca frente ao percentual de alunos satisfeitos em 2014.
Esse dado vai ao encontro das respostas dos alunos quando se questiona a
satisfação em relação ao acervo da biblioteca; em 2012, a porcentagem de estudantes
que demonstrava satisfação era 22% maior do que os satisfeitos em 2014 com o acervo
disponível nas bibliotecas dos polos.
Quanto às instalações dos laboratórios específicos dos cursos, bem como quanto
às instalações das salas de aula disponíveis no polo, as respostas dos alunos sugerem
uma proximidade no grau de satisfação. Para ambos os espaços analisados, cerca de
60% dos estudantes revelam satisfação quanto aos laboratórios e salas de aula
disponibilizadas para os encontros presencias, seja na avaliação realizada em 2012, seja
em 2014.
Informação semelhante é encontrada quando se analisa a quantidade e qualidade
de espaços disponíveis no polo para a orientação acadêmica dos alunos (sala de tutoria).
102
Em ambas as avaliações – 2012 e 2014 – cerca de 60% dos estudantes revelam-se
satisfeitos em relação a esses espaços utilizados frequentemente pelos alunos e tutores
presenciais dos cursos ofertados na modalidade a distância.
Esses dados revelam uma coerência na análise que os estudantes fazem em
relação à infraestrutura dos polos – salas de aula, biblioteca, laboratórios e sala de
tutoria/orientação – na medida em que os temas pesquisados apresentam similar
porcentagem de satisfação nos dois momentos de avaliação.
Quanto à Tecnologia da Informação e da Comunicação, a média de satisfação
dos estudantes nas avaliações realizadas entre 2012 e 2014 é de 68% em relação às
ferramentas disponibilizadas pelo curso e pela IES.
A Coordenação de Educação Mediada por Tecnologias da Comunicação-
CEMTIC e a Universidade Aberta do Brasil/ UFMT com vistas a atender as emanações
legais e o que indicam os Referenciais de Qualidade da Educação Superior a Distância,
têm procurado desenvolver ações no sentido de promover nos polos de apoio presencial
maior qualidade em sua infraestrutura, ainda que diretamente a responsabilidade desse
aspecto não seja da IES, e sim, das prefeituras que sediam os polos.
Estas ações têm sido pautadas por visitas in loco realizadas pela coordenação e
coordenação adjunta da UAB/UFMT para debater junto às autoridades locais a melhoria
das condições objetivas dos polos. Também têm sido realizado por esta coordenação,
em parceria com a coordenação da CEMTIC, reuniões bimestrais junto aos
coordenadores de curso na modalidade a distância para discutir questões pedagógicas,
administrativas e de infraestrutura dos cursos e polos de apoio.
Considerações Finais
A educação a distância, modalidade que se caracteriza, fundamentalmente, pela
não simultaneidade temporal e espacial dos atores envolvidos no processo educativo –
docentes, discentes, tutores, gestores – e que, por essas razões, obriga a todos a
desenvolverem estratégias e metodologias apropriadas aos canais de comunicação que
utilizarão, obriga-os, na mesma medida, a pensarem diferentes estratégias de
participação dos estudantes na gestão da universidade na qual estão matriculados.
103
As instituições de ensino superior ainda têm o desafio de caracterizar a EaD
como uma modalidade com importância similar ao ensino presencial, visto que, como
bem pontua Costa (2013, p.358), a “educação a distância ainda é vista por uma grande
franja da sociedade como um ensino de segunda categoria”. Nessa medida,
cabe às instituições clarificarem a sua concepção de educação a
distância, assumindo um papel pedagógico na sua promoção e
fornecendo as informações necessárias de modo a que o público
em geral e os potenciais interessados, em particular, se
assegurem da sua qualidade, metodologias e diferenças
relativamente ao ensino presencial. (COSTA, 2013. p.358)
Objetiva-se que o presente texto possa ser um instrumento promotor de
informações dessa natureza, ou seja, que possa clarificar alguns aspectos da EaD para
seus potenciais interessados na UFMT e que, mais do que isso, possa nortear estratégias
para que problemas sejam solucionados a fim de que a modalidade a distância não
ocupe lugar de segunda categoria.
Objetiva-se, ainda, que o trabalho efetivado pela CPA possa desenvolver sempre
e com mais afinco ações de diagnóstico situacional da EaD e com vistas à proposição de
encaminhamentos articulados às novas Diretrizes e Normas Nacionais para a oferta de
programas e cursos de educação superior na modalidade a distância (BRASIL, 2015),
homologada pela Resolução CNE/CES nº 1/2016 (BRASIL, 2016).
Os dados levantados no presente texto não parecem animadores para a
modalidade a distância no tocante à participação discente. No entanto, espera-se – e se
trabalhará no sentido de – que a CPA, embora sem poder decisório, possa restaurar,
na cena avaliativa o principio da legitimidade política para
identificar, sistematizar e encaminhar às instâncias colegiadas
evidências tanto das potências como das fragilidades
encontradas nos projetos pedagógicos (PP) institucionais e de
cursos para apoiar os processos de tomada de decisão ligados ao
aprimoramento da qualidade do ensino. Uma concepção de
qualidade comprometida com os interesses da sociedade e que
relembrava o significado da missão de cada IES no
cumprimento de seu papel social. (SORDI, 2011, p.604)
Assim, o presente texto pretende ser mais um ponto de apoio para que a
educação ofertada pela UFMT possa “formar e qualificar profissionais nas diferentes
104
áreas, produzir conhecimentos e inovações tecnológicas e científicas que contribuam
significativamente para o desenvolvimento regional e nacional”, independentemente da
modalidade de ensino escolhida/possível ao estudante – se presencial ou a distância.
Referências
BRASIL. Resolução nº1, de 11 de março de 2016. Estabelece diretrizes e normas
nacionais para a oferta de programas e cursos de educação superior na modalidade a
distância. Brasília: MEC/CNE/CES, 2016. Disponível em
<http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=355
41-res-cne-ces-001-14032016-pdf&category_slug=marco-2016-pdf&Itemid=30192>
Acesso em 11 mar. 2016.
BRASIL. Parecer CNE/CES nº564/2015. Diretrizes e normas nacionais para a oferta
de programas e cursos de educação superior na modalidade a distância. Brasília:
conselho Nacional de Educação/Câmara de Educação Superior, 2015. Disponível em
<http://aunirede.org.br/portal/images/Arquivos/parecer_cne_ces_564_15_EaD_Dourad
o.pdf> Acesso em 10 mar. 2016.
COSTA, Rogério. Educação a Distância – um desafio atual. In: MILL, Daniel;
MACIEL, Cristiano (Org.). Educação a Distância: elementos para pensar o ensino-
aprendizagem contemporâneo. Cuiabá: EdUFMT, 2013. p. 355-69.
SORDI, Mara Regina Lemes. Comissão Própria de Avaliação (CPA): similaridades e
dessemelhanças no uso da estratégia na educação superior e em escolas do ensino
fundamental. Avaliação. Campinas; Sorocaba, SP, v. 16, n. 3, p. 603-617, nov. 2011.
Disponível em <http://www.scielo.br/pdf/aval/v16n3/v16n1a06.pdf> Acesso em 10
mar.2016.
UFMT, Universidade Federal de Mato Grosso. Relatório de Autoavaliação
Institucional 2012. Cuiabá: UFMT, 2012. Disponível em
<http://200.129.241.80/autoavaliacao/relatorios.php> Acesso em 10 fev 2016.
UFMT, Universidade Federal de Mato Grosso. Relatório de Autoavaliação
Institucional 2013. Cuiabá: UFMT, 2013a. Disponível em
<http://200.129.241.80/autoavaliacao/relatorios.php> Acesso em 10 fev 2016.
_____, Universidade Federal de Mato Grosso. Plano de Desenvolvimento
Institucional 2013-2018. Cuiabá: UFMT, 2013b. Disponível em:
<http://www.ufmt.br/ufmt/site/userfiles/relatorios/pdi2013-2018.pdf>. Acesso em: 10
fev 2016.
_____, Universidade Federal de Mato Grosso. Relatório de Autoavaliação
Institucional 2014. Disponível em
<http://200.129.241.80/autoavaliacao/relatorios.php> Acesso em 10 fev 2016.
106
CONSIDERAÇÕES FINAIS
No marco dos onze anos da Comissão Própria de Avaliação da Universidade
Federal de Mato Grosso muitas foram as conquistas, principalmente por construirmos
um espaço permanente para pensar e construir a universidade. Antes de uma ação
mecânica, tal processo tem se mostrado vivo e dinâmico, características do ato de
avaliar.
Nessa trajetória percebe-se a importância dos relatórios de autoavaliação por
congregar a evolução institucional do período. Através dele, podemos perceber as
demandas, as ações implementadas, o grau de satisfação da comunidade e acompanhar
os investimentos ao longo do período, o que nos propicia um quadro único da
universidade.
A Universidade Federal de Mato Grosso ao longo desse percurso se constituiu
como referência no desenvolvimento de pesquisa e na formação de recursos humanos.
Um reconhecimento não só por sua estrutura física que abrange hoje cinco câmpus e os
polos de Educação a Distância, mas também pela oferta de cursos de graduação e pós-
graduação de qualidade reconhecida nacionalmente. Além disso, a UFMT traça seu
compromisso social com maestria, seja no desenvolvimento das atividades do Hospital
Júlio Müller ou na preservação e valoração da cultura regional.
Entretanto, é sabido que nesse processo de reconhecimento institucional e
enfrentamento de realidade muito ainda há para ser feito, nesse sentido os relatórios nos
permitem perceber as fragilidades enfrentadas no universo acadêmico, se as mesmas
foram sanadas e principalmente visualizar situações que podem enfraquecer a
instituição antes que as mesmas tomem seu efeito, repensando ações e investimentos.
Dessa forma, ao longo desse relatório, algumas questões foram elencadas e ações se
fazem urgentes para que a Universidade Federal de Mato Grosso continue executando
seu papel com maestria:
* Investir em um canal de divulgação das ações da universidade para a comunidade
acadêmica, nesse sentido, pode-se utilizar as redes sociais, uma vez que o próprio
107
relatório demonstra que são os veículos de comunicação mais utilizados pelo nosso
público alvo;
* rediscutir junto aos órgãos de representação medidas para (re)significar os processos
de responsabilidade e pertencimento necessário para o desenvolvimento da identidade
institucional;
* revitalizar a universidade a partir de obras de infraestrutura, tanto para recuperação,
melhoria, ampliação, quanto para construção, atrelando as obras aos aspectos
relacionados a sustentabilidade, inovação tecnológica, design. Renovando os espaços de
vivência e acadêmicos e integrando a cultura regional.
* discussão com docentes e discentes do Projeto Pedagógico e sua constante adequação
com as exigências da área de formação.
* revigorar as atividades de extensão percebendo-o como um canal de diálogo com a
comunidade externa, um feedback constante sobre o papel da universidade na
sociedade.
* Estabelecer um estudo que vise facilitar o fluxo de informações de forma rápida e
eficiente, aproveitando a ampla gama de canais de comunicação que se fazem
disponíveis.
* restabelecimento da Ouvidoria como canal de comunicação sociedade/universidade.
* Criação de ambientes para leitura e estudos alternativos, aproveitando as áreas verdes
dos campi, criando quiosques e redarios, viabilizando assim, espaços de interação
aluno/natureza e agregando o perfil de sustentabilidade ambiental.
* Otimização dos espaços de laboratórios, com uso multidisciplinar e contínuo,
possibilitando as atividades práticas;
* Ampliação das políticas de assistência estudantil em todas as suas modalidades.
108
Tais ações, embora não dependam totalmente da gestão, visto que algumas
necessitam de investimentos financeiros para acontecer, devem ser analisadas com
atenção uma vez que trazem o anseio da comunidade acadêmica e o perfil que a
universidade deve adotar.
Durante a preparação desse relatório percebemos a necessidade de elaborarmos
outros instrumentos de avaliação, principalmente quando analisadas respostas de
determinados grupos, o que poderia ocorrer ao longo do ano acadêmico, em momentos
oportunos e com questões específicas, propiciando uma autoavaliação mais condizente
com a realidade.
Dessa forma, a Comissão Própria de Avaliação da UFMT ao concluir mais uma
etapa de trabalho, o relatório 2015, se nutre de novas visões e conhecimentos para
construir novos instrumentos e processos de avaliação, elaborando estratégias para lidar
com suas fragilidades e fortificando táticas para alcançar cada vez mais e maiores
desafios.
109
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FURASTÉ, Pedro Augusto. Normas Técnicas para o Trabalho Científico: explicitação
das Normas da ABNT. 15ª. Ed. Porto Alegre: s.n; 2009.
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Estimativas da População
Residente nos municípios brasileiros com data de referência em 1º de julho de 2015
ftp://ftp.ibge.gov.br/Estimativas_de_Populacao/Estimativas_2015/estimativa_dou_2015
_20150915.pdf. Acesso em 29 de março de 2015.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Comissão Nacional de Avaliação de Educação
Superior. Instituto Nacional de Estudos e pesquisas Educacionais Anísio Teixeira.
Avaliação Externa das Instituições de Ensino Superior. Diretrizes e Instrumento.
Brasília, 2006.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Referenciais de Qualidade para Educação Superior a
Distância, 2007.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL – UFMT – 2013/2018.
ANUÁRIO ESTATÍSTICO 2015 - UFMT, disponível no link:
http://www.ufmt.br/proplan/arquivos/3354cdfebe06a14091fe3fdbc83eefdf.pdf
SINAES – Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior: da concepção à
regulamentação. 5.ed. rev. e ampl. Brasília: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira, 2009.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO. Relatório de Gestão: Exercício
2014. Cuiabá: UFMT, 2015.
110
Anexo I
ACOMPANHAMENTO DE EGRESSOS DA UFMT – 2010 a
2014
José Roberto T. Oliveira1, Vera Lucia M. Sandanielo
1, Hudson Teixeira da Silva
1
1Departamento de Estatística - ICET – Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) –
Cuiabá – MT – Brasil
{[email protected], [email protected], [email protected] }
Apresentação
A Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT, com sede em Cuiabá/MT é
composta por cinco Campi: Cuiabá, Rondonópolis, Sinop, Araguaia e Várzea Grande.
Exerce um papel fundamental na sociedade mato-grossense ao formar profissionais nas
mais variadas áreas do conhecimento e ao relacionar-se com a comunidade da qual faz
parte, os cursos de graduação buscam formar profissionais multidisciplinares que atuam
em várias áreas de sua formação.
Os egressos por sua vez tem participação importante na decisão do tipo de curso
a ser ofertado, bem como as melhorias necessárias a serem realizadas para o bom
desempenho das IES e dos mesmos no ambiente de trabalho.
Neste trabalho apresentamos os dados de pesquisa junto aos egressos da UFMT
de 2010 a 2014, como alternativa de subsidiar a avaliação dos cursos oferecidos, a fim
de averiguar suas percepções quanto à formação profissional, empregabilidade e
adequabilidade das condições oferecidas pela instituição em sua formação,
possibilitando uma visão das transformações que ocorreram no aluno devido a
influencia exercida pelo curso e quanto às necessidades de adequação, reformulação e
reestruturação física e pedagógica dos cursos.
111
Permite, também, que informações sejam extraídas para fundamentar tomadas de
decisão por parte das Coordenações de Curso, Pró-reitorias, Reitoria e a própria
Comissão Permanente de Avaliação - CPA.
De acordo com o planejamento inicial do projeto, a pesquisa teria como escopo e
universo de referência os egressos de 2010 a 2014 para subsidiar a demanda da
Comissão Própria de Avaliação - CPA da UFMT, fornecendo informações para o
relatório de 2015.
Objetivos
O trabalho com Egressos da UFMT revela-se como uma
ferramenta estratégica, que cria condições para avaliar o processo de inserção dos
mesmos no mundo do trabalho, o seu perfil e a percepção dos egressos em relação à
formação recebida na sua trajetória de aluno na instituição.
O objetivo da pesquisa foi analisar a formação superior ofertada
pela instituição em relação a 2 (dois) aspectos:
1) A empregabilidade dos egressos,
2) Avaliação do curso e corpo docente,
As informações obtidas servirão para fundamentar tomadas de
decisão por parte de gestores, coordenadores de curso, pró-reitorias, professores e
egressos, no sentido de direcionar e retroalimentar o planejamento das políticas
educacionais da UFMT.
Metodologia
Neste estudo a população (universo) foi constituída pelos alunos graduados, no
período de 2010 a 2014 em todas as carreiras e campi da UFMT, com aproximadamente
10.000 alunos. A pesquisa foi realizada no modo eletrônico para agilizar a coleta de
dados. Um link foi disponibilizado no site da UFMT, pela Secretaria de Tecnologia da
Informação – STI, que esteve disponibilizado no período de junho a setembro de 2015
e uma amostra de 529 egressos participaram desse estudo.
112
Os membros e ex-alunos pertencentes à Comissão Permanente de Avaliação –
CPA validaram o instrumento de avaliação (questionário), desenvolvido pelos autores,
que continha questões relativas à formação profissional, adequabilidade da estrutura de
formação oferecida pela Instituição, além de duas opções para críticas e sugestões.
A transcrição dos dados para uma planilha do software estatístico SPSS
(Statistical Package for the Social Sciences), versão 17, foi feita logo após a coleta dos
dados, para uma análise quantitativa.
Resultados e discussões
A pesquisa com egressos desenvolvida no âmbito da Universidade Federal de
Mato Grosso teve, no período de junho de 2015 a outubro de 2015, a adesão de 529
egressos, em termos estatísticos, foi considerada uma amostra significativa.
Os resultados serão apresentados por campus, em ordem: Araguaia, Cuiabá,
Rondonópolis e Sinop; possibilitando uma visão geral das unidades dando subsídios
para que a administração superior possa tomar decisões quanto à reformulação dos
Projetos Pedagógicos dos Cursos se necessário.
O perfil dos entrevistados está mostrado na Tabela 1 abaixo e observa-se que o
percentual de participação feminina foi um pouco maior nos campus de Cuiabá,
Rondonópolis e Sinop (acima de 50%). A grande maioria (acima de 80%) destes
egressos participantes é solteira, em todos os campi, seguida dos casados, variando de
8% a 14%.
Tabela 2: Perfil dos entrevistados
Araguaia Cuiabá Rondonópolis Sinop
Perguntas/Respostas n (%) n (%) n (%) n (%)
Sexo
Feminino 45 (45,5) 138 (56,8) 49 (50,5) 50 (55,6)
Masculino 54 (54,5) 105 (43,2) 48 (49,5) 40 (44,4)
Total 99 (100) 243 (100) 97 (100) 90 (100)
113
Estado Civil
Casada 8 (8,1) 25 (10,3) 14 (14,4) 12 (13,3)
Divorciada/outros 2 (2,0) 2 (0,8) 1 (1,0) 1 (1,1)
Solteira 89 (89,9) 216 (88,9) 82 (84,5) 77 (85,6)
Total 99 (100) 243 (100) 97 (100) 90 (100)
Fonte: Pesquisa de Campo
Quanto à confiabilidade no término do Curso, os egressos responderam que se
sentiram seguros para atuar sozinhos, com maior percentual somente nos campi de
Araguaia e Rondonópolis (41,8% e 43,8%, respectivamente). Nos campi de Cuiabá e
Sinop o percentual (49,6% e 50,6%, respectivamente) daqueles que se sentiam seguros
para atuar supervisionado foi maior. Observa-se que no campus de Cuiabá o percentual
de seguros para atuar sozinhos (28,9%) é próximo daqueles que se sentem inseguros
(21,5%). Nos campi de Araguaia, Rondonópolis e Sinop, os percentuais de inseguros
não chegaram a 20%, como mostrado na Tabela 2.
Tabela 3: Confiabilidade ao término do Curso
Araguaia Cuiabá Rondonópoli
s
Sinop
Perguntas/Respostas n (%) n (%) n (%) n (%)
Seguro para atuar sozinho 41 (41,8) 70 (28,9) 42 (43,8) 29 (32,6)
Seguro para atuar supervisionado 40 (40,8) 120 (49,6) 36(37,5) 45 (50,6)
Inseguro 17 (17,3) 52 (21,5) 18 (18,8) 15 (16,9)
Total 98 (100) 242 (100) 96 (100) 89 (100)
Fonte: Pesquisa de Campo
114
A Tabela 3 mostra que os egressos dos campi: Araguaia, Cuiabá e Rondonópolis
possuem pós-graduação, em maior percentual, acima de 50%, no nível de
Especialização, enquanto que no campus de Sinop o percentual de pós-graduação no
nível de Mestrado supera o nível de Especialização. No nível de Doutorado, o campus
de Cuiabá está à frente com quase 5% dos egressos. Conclui-se que nos campi de
Cuiabá e Rondonópolis, praticamente metade dos egressos respondentes (57,9% e
50,7%) não possui curso de pós-graduação, enquanto que nos campi de Araguaia e
Sinop, o percentual é acima de 60% (64% e 67,1% respectivamente). O campus de
Rondonópolis possui maior percentual de egressos com pós-graduação (35,05%),
seguido pelo campus de Cuiabá com 34,16%, Sinop com 27,78% e Araguaia com
27,27%.
Tabela 4: Tem pós-graduação e o nível da mesma
Araguaia Cuiabá Rondonópolis Sinop
Perguntas/Respostas n (%) n (%) n (%) n (%)
Especialização 14 (51,9) 49 (59,0) 18 (52,9) 11 (44,0)
Mestrado 13 (48,1) 30 (36,1) 15 (44,1) 12 (48,0)
Doutorado 0 (0) 4 (4,8) 1 (2,9) 2 (8,0)
Total 27 (100) 83 (100) 34 (100) 25 (100)
Fonte: Pesquisa de Campo
Em todos os campi o motivo alegado para fazer opção por uma pós-graduação,
com maior número de egressos respondentes foi aprimorar os conhecimentos (19, 57,
22 e 15 respondentes, respectivamente), seguido de exigência do mercado de trabalho,
nos campi de Araguaia e Rondonópolis (18 e 20 respondentes, respectivamente) e
seguir carreira acadêmica/pesquisa nos campi de Cuiabá e Sinop (38 e 13 respondentes,
respectivamente). A opção financeira imediata, em todos os campi foi a menos
respondida pelos egressos, como mostrado na Tabela 4 abaixo. Cada egresso pode optar
por mais de uma resposta.
115
Tabela 5: Opção pela pós-graduação
Araguaia Cuiabá Rondonópolis Sinop
Variáveis n n n n
Seguir carreira acadêmica/pesquisa 15 38 19 13
Aprimorar os conhecimentos 19 57 22 15
Exigência do mercado de trabalho 18 36 20 11
Opção financeira imediata 5 20 7 3
Outra. Especificar 1 5 4 0
Fonte: Pesquisa de Campo
Quanto à atuação na área de formação, um percentual maior que 60% dos
egressos dos campi de Cuiabá e Sinop responderam que sim, 55,1% dos egressos do
Araguaia também responderam que sim e 42,4% dos egressos de Rondonópolis
responderam que não. O campus com maior atuação na área de formação pelos egressos
foi o campus de Sinop com 63,1% dos respondentes, como mostrado na Tabela 5.
Tabela 6: Atua profissionalmente na sua área de formação
Araguaia Cuiabá Rondonópolis Sinop
Perguntas/Respostas n (%) n (%) n (%) n (%)
Sim 49 (55,1) 135 (62,8) 80 (37,2) 53 (63,1)
Não 40 (44,9) 80 (37,2) 33 (42,3) 31 (36,9)
Total 89(100) 215(100) 113(100) 84(100)
Fonte: Pesquisa de Campo
Em relação ao grau de satisfação com a atividade profissional, os egressos do
campus de Rondonópolis contabilizaram percentual de 50% de satisfeitos com a
atividade profissional, seguidos pelos egressos dos campi de Cuiabá, Rondonópolis e
Sinop (44,6%; 43,48% e 43,10%, respectivamente). Rondonópolis tem o maior
116
percentual de egressos muito satisfeitos (34,78%) e o menor percentual foi dos egressos
do Araguaia (18%). Os egressos insatisfeitos, por campus, variaram de 1,5% a 5,5%. A
satisfação média, por parte dos egressos, foi maior no campus Araguaia (28%) e a
menor foi no campus de Rondonópolis (19,57%), como mostrado na Figura 1.
Figura 12: Grau de satisfação com a atividade profissional
A tabela 6 mostra que a maioria dos egressos respondentes de todos os campi
não tiveram dificuldades em acompanhar as transformações e/ou inovações tecnológicas
da sua área de formação. Os maiores percentuais foram do campus de Cuiabá (86,8%)
seguido do campus de Sinop (82,5%). Os egressos do campus do Araguaia
contabilizaram 32% de respostas afirmativas às dificuldades em acompanhar as
transformações e/ou inovações tecnológicas da sua área de formação, seguido de
Rondonópolis, com 21,7%.
Tabela 7: Teve dificuldades em acompanhar as transformações e/ou inovações
tecnológicas da sua área de formação.
Araguaia Cuiabá Rondonópolis Sinop
Perguntas/Respostas n (%) n (%) n (%) n (%)
Sim 16 (32) 18 (13,2) 10 (21,7) 10 (17,5)
18,00%
26,62%
34,78% 31,03%
50,00%
44,60% 43,48% 43,10%
28,00%
23,74% 19,57%
24,14%
4,00% 5,04% 2,17% 1,72%
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
Alto Araguaia Cuiabá Rondonópolis Sinop
muito satisfeito satisfeito satisfação média insatisfeito
117
Não 34(68) 118 (86,8) 36 (78,3) 47 (82,5)
Total 50 (100) 136 (100) 46 (100) 57 (100)
Fonte: Pesquisa de Campo
Quanto às dificuldades dos egressos na contratação e/ou execução da profissão no
mercado de trabalho, os campi de Cuiabá e Rondonópolis apresentaram percentual
acima de 60% de egressos que não tiveram dificuldades na contratação e/ou execução
da profissão no mercado de trabalho. Nos campi do Araguaia e Sinop o percentual de
egressos que tiveram dificuldades (60% e 53,7%, respectivamente) foi maior do que
aqueles que não tiveram dificuldades (40% e 46,3%, respectivamente). Os egressos do
campus de Cuiabá lideram em termos de não apresentação de dificuldades na
contratação e/ ou execução da profissão no mercado de trabalho, com 86,8%.
Figura 13: Enfrentou dificuldades na contratação e/ou execução da profissão no
mercado de trabalho.
Dentre as dificuldades encontradas pelos egressos na contratação e/ ou execução
da profissão no mercado de trabalho, os campi de Cuiabá, Rondonópolis e Sinop
tiveram contabilização maior na variável falta de experiência (50, 16 e 24,
respectivamente). No campus do Araguaia a contabilização maior foi na variável forte
concorrência para obter emprego (21). O número daqueles que não tiveram dificuldades
foi maio nos campi de Cuiabá e Rondonópolis (63 e 22, respectivamente). No campus
60,0
13,2
39,1
53,7
40,0
86,8
60,9
46,3
,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
100,0
Alto Araguaia Cuiabá Rondonópolis Sinop
Per
cen
tual
sim não
118
do Araguaia o número de egressos que tiveram dificuldades pela forte concorrência para
obter emprego foi maior do que o número daqueles que tem falta de experiência (21 e
20, respectivamente), conforme apresentado na Tabela 7. Os egressos puderam escolher
mais de uma variável.
Tabela 8: Quais as dificuldades foram encontradas
Araguaia Cuiabá Rondonópolis Sinop
Variáveis n n n n
Falta de experiência 20 50 16 24
Forte concorrência para obter emprego 21 28 13 13
Falta de domínio de uma língua
estrangeira 7 9 7 7
Outra 10 21 7 8
Nenhuma dificuldade 14 63 22 20
Fonte: Pesquisa de Campo
Foi perguntado aos egressos sobre a utilização de alguma estrutura da UFMT
para o desenvolvimento de sua formação profissional e o resultado em todos os campi
foi não, em ordem decrescente de percentual: Sinop com 81,5%, Araguaia com 77,6%,
Rondonópolis com 75,6% e Cuiabá com 67,4%, conforme Tabela 8. Os egressos
respondentes que mais utilizam a estrutura da UFMT são aqueles do campus de Cuiabá
(32,6%), seguidos dos egressos do campus de Rondonópolis com 24,4%.
Tabela 9: Utilização de alguma estrutura da UFMT para o desenvolvimento de sua formação profissional.
Araguaia Cuiabá Rondonópolis Sinop
Perguntas/Respostas n (%) n (%) n (%) n (%)
Sim 11 (22,4) 44 (32,6) 11 (24,4) 10 (18,5)
Não 38 (77,6) 91 (67,4) 34 (75,6) 44 (81,5)
119
Total 49 (100) 135 (100) 45 (100) 54 (100)
Fonte: Pesquisa de Campo
Os egressos se manifestaram quanto ao grau de satisfação da organização
curricular (distribuição da grade curricular), como mostrado na Figura 3 e em todos os
campi o percentual de egressos satisfeitos está entre 58% a 67%, sendo que o campus de
Rondonópolis tem o maior percentual de satisfeitos (66,7%) e Araguaia o maior
percentual de egressos insatisfeitos (36,1%) com a distribuição da grade curricular. O
campus de Sinop apresenta o maior percentual de egressos muito satisfeitos (13,2%),
seguido do campus de Rondonópolis (12,1%).
Figura 14: Satisfação com a organização curricular (distribuição da grade curricular)
Quanto à satisfação com o acervo bibliográfico disponível durante o curso, os
egressos dos campi do Araguaia e Cuiabá se sentiram insatisfeitos com o acervo (56,9%
e 49,2% respectivamente), enquanto que 44,7 % dos egressos do campus de Sinop se
sentiram satisfeitos e 11,8% se sentiram muito satisfeitos. Os egressos do campus de
Sinop apresentaram o menos percentual de insatisfação (42,1%). No campus de
Rondonópolis, 45,5% dos egressos se sentiram insatisfeitos e 45,5% deles se sentiram
satisfeitos, como mostrado na Figura 4.
,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
Alto Araguaia Cuiabá Rondonópolis Sinop
2,8 3,5
12,1 13,2
58,3 61,8
66,7 61,8
36,1 33,2
21,2 25,0
2,8 1,5 0,0 0,0
Per
cen
tual
muito satisfeito satisfeito insatisfeito sem condições para responder
120
Figura 15: Satisfação com o acervo bibliográfico disponível
A Figura 5 mostra um percentual, acima de 60%, de egressos que se sentiram
satisfeitos com a avaliação em todos os campi considerados. Nos campi de Cuiabá,
Sinop e Rondonópolis, o percentual de egressos que se sentiram insatisfeitos ficou
acima dos que se sentiram muito satisfeitos. Somente no campus do Araguaia, o
percentual de muito satisfeito (9,7%) superou o percentual de insatisfeitos (8,3%). O
campus de Cuiabá teve o maior percentual (28,6%) de egressos insatisfeitos com
método de avaliação durante o curso e o penúltimo percentual, em ordem decrescente
(68,3%) de egressos satisfeitos.
Foi perguntado aos egressos sobre as condições das aulas práticas e o resultado
está mostrado na Tabela 9 abaixo. Nos campi do Araguaia, Cuiabá, Rondonópolis e
Sinop, o percentual de insatisfeitos foi superior a 52%. A variação de egressos
satisfeitos foi de 32,9% (Sinop) a 42,4% (Rondonópolis). O campus de Cuiabá obteve o
segundo maior percentual de insatisfeitos (55,3%) e o ultimo percentual de egressos
muito satisfeitos (3,5%), em ordem decrescente, sobre as condições das aulas práticas.
,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
Alto Araguaia Cuiabá Rondonópolis Sinop
6,9 5,0 9,1
11,8
36,1
44,2 45,5 44,7
56,9
49,2 45,5
42,1
0 1,5 0 1,3
Pe
rce
ntu
al
muito satisfeito satisfeito
insatisfeito sem condições para responder
121
Figura 16 : Satisfação com método de avaliação durante o curso
Tabela 10: Condições materiais das aulas práticas
Araguaia Cuiabá Rondonópolis Sinop
Variáveis n (%) n (%) n (%) n (%)
muito satisfeito 4 (5,6) 7 (3,5) 3 (4,5) 4 (5,3)
satisfeito 29 (40,3) 78 (39,2) 28 (42,4) 25 (32,9)
insatisfeito 38 (52,8) 110 (55,3) 35 (53,0) 46 (60,5)
sem condições para
responder 1 (1,4) 4 (2,0) 0 (0) 1 (1,3)
Total 72 (100) 199 (100) 66 (100) 76 (100)
Fonte: Pesquisa de Campo
Quanto ao domínio do conteúdo das disciplinas pelos docentes, em todos os
campi, os egressos afirmaram estar satisfatório com percentual variando de 71,1% a
75,6%. Os percentuais de muito satisfeitos superaram os percentuais de insatisfeitos em
todos os campi, conforme mostrado na Figura 6.
Quanto aos recursos didáticos pedagógicos utilizados pelos docentes, a Figura 7
mostra que em todos os campi Sinop, Cuiabá, Rondonópolis e Araguaia, os egressos
responderam que estavam satisfeitos, com percentual variando de 61,8% a 80,8%,
respectivamente. Em relação à variável muito satisfeito, as respostas dos egressos, em
,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
Alto Araguaia Cuiabá Rondonópolis Sinop
9,7 2,5
7,6 10,5
80,6
68,3 74,2
64,5
8,3
28,6
18,2 25,0
1,4 0,50 0,0 0,0
Per
cen
tual
muito satisfeito satisfeito
insatisfeito sem condições para responder
122
ordem crescente de percentual foram: 1,3% no campus do Araguaia, 5,4% no campus de
Cuiabá, 10% no campus de Rondonópolis e 14,5% no campus de Sinop. Foi verificado
o maior índice percentual de insatisfeitos no campus de Cuiabá com 26,6%, seguido do
campus de Sinop com 23,7%.
Figura 17: Satisfação quanto ao domínio do conteúdo das disciplinas pelos Professores
,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
Alto Araguaia Cuiabá Rondonópolis Sinop
15,4 14,3 17,1 15,8
75,6 72,9 72,9 71,1
9,0 11,8 10,0 13,2
0,0 1,0 0,0 0,0
Pe
rce
ntu
al
muito satisfeito satisfeito
insatisfeito sem condições para responder
Total
123
Figura 18: Satisfação quanto aos recursos didáticos pedagógicos utilizados pelos Professores
O estímulo ao aprendizado realizado pelos Professores durante a realização do
curso foi medido e em todos os campi, os egressos se consideraram satisfeitos, com
percentuais variando de 53,8% a 65,8%. A variação dos percentuais de insatisfação foi
de 15,8% a 32,5%. O campus de Sinop apresentou o maior percentual de satisfeito
(65,8%), o maior percentual de muito satisfeito (17,1%) e o menor percentual de
insatisfeito (15,8%). O campus de Cuiabá teve o menor índice percentual de muito
satisfeito (7,9%) e o maior percentual de insatisfeito (32,5%), como mostrado na Figura
8.
,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
Alto Araguaia Cuiabá
Rondonópolis Sinop
1,3 5,4 10,0 14,5
80,8
67,0 68,6
61,8
17,9 26,6
21,4 23,7
0,0 1,0
0,0 0,0
Pe
rce
ntu
al
muito satisfeito satisfeito insatisfeito sem condições para responder
124
Figura 19: Satisfação quanto ao estímulo ao aprendizado pelos Professores.
Os egressos da UFMT participam de atividades complementares, como
monitoria acadêmica, projetos de ensino, projetos de pesquisa, projetos de extensão,
disciplinas especiais, entre outras, durante a realização do curso. A participação dos
egressos nestes tipos de atividades foi avaliada e em todos os campi a variável que teve
maior participação dos egressos foi eventos, seguida de projetos de pesquisa. A variável
projetos de extensão obteve, em todos os campi a terceira maior participação dos
egressos. No campus de Cuiabá as variáveis: projetos de extensão e estágios voluntários
obtiveram o mesmo número de participações pelos egressos. Disciplinas eletivas foi a
variável de menor participação em todos os campi, como mostrado pela Tabela 10. Os
egressos puderam escolher mais de uma variável.
Tabela 11: Atividades Complementares realizadas pelos egressos.
Araguaia Cuiabá Rondonópolis Sinop
Variáveis n n n n
Monitoria acadêmica 37 66 32 46
Projetos de ensino 18 25 12 14
Projetos de pesquisa 49 113 38 48
Projetos de extensão 47 89 34 36
,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
Alto Araguaia Cuiabá
Rondonópolis Sinop
11,5 7,9
20,0 17,1
53,8
59,1
54,3
65,8
32,1
32,5
25,7
15,8 2,6
,5 0,0
1,3
Pe
rce
ntu
al
muito satisfeito satisfeito insatisfeito sem condições para responder
125
Disciplinas especiais 25 73 23 32
Cursos de extensão 41 73 33 25
Eventos 63 153 56 56
Estágios voluntários 28 89 27 35
Disciplinas eletivas 16 42 14 13
Outras 6 15 3 5
Fonte: Pesquisa de Campo
Quanto ao grau de importância dos conhecimentos adquiridos para a formação
profissional, em todos os campi, o percentual da variável satisfeito esteve entre 65,7% a
78,2%. No campus de Cuiabá, os egressos insatisfeitos (19,2%) superaram os egressos
muito satisfeitos (10,3%). Nos campi do Araguaia, Rondonópolis e Sinop, os egressos
muito satisfeitos (12,8%, 17,1% e 17,1%, respectivamente) superaram os insatisfeitos
(9,0%, 15,7% e 11,8%, respectivamente). O campus do Araguaia se apresentou com
maior percentual de egressos satisfeitos (78,2%) com os conhecimentos adquiridos
durante o curso para a formação profissional, conforme mostra a Figura 9, abaixo.
Figura 20: Avaliação dos conhecimentos adquiridos pelos egressos durante o curso para a formação profissional.
A tabela 11 mostra as áreas de formação dos egressos, sendo que somente
41,98% dos egressos do campus de Cuiabá responderam sobre sua área de formação. Os
maiores percentuais de respondentes são da área de Exatas, em ordem: campus de Sinop
com 54,4%, campus do Araguaia com 42,4%, campus de Cuiabá com 41,2% e
,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
Alto Araguaia Cuiabá Rondonópolis Sinop
12,8 10,3 17,1 17,1
78,2
70,0 65,7
71,1
9,0
19,2 15,7
11,8
0,0 0,5 1,4 0,0
Pe
rce
ntu
al
muito satisfeito satisfeito insatisfeito sem condições para responder
126
Rondonópolis com 35,1%. No campus de Sinop não houve participação dos egressos da
área de Humanas. Os menores percentuais foram verificados na área de Humanas nos
campi de Cuiabá (24,5%) e Araguaia (25,3%) e na área de Biológicas (24,7%) no
campus de Rondonópolis.
Tabela 12: Área de formação dos egressos
Araguaia Cuiabá Rondonópolis Sinop
Perguntas/Respostas n (%) n (%) n (%) n (%)
Humanas 25 (25,3) 25 (24,5) 39 (40,2) 0 (0,0)
Exatas 42 (42,4) 42 (41,2) 34 (35,1) 49 (54,4)
Biológicas 32 (32,3) 32 (31,4) 24 (24,7) 40 (44,4)
0 (0,0) 3 (2,9) 0 (0,0) 1 (1,1)
Total 99 (100) 102 (100) 97 (100) 90 (100)
Fonte: Pesquisa de Campo
Depoimentos dos Egressos
Foram deixados espaço para críticas e sugestões/observações na pesquisa. Como
houve um grande número de participações nesta etapa do questionário, torna-se inviável
a apresentação de todas elas. Dessa forma apresentamos um resumo por campi das
críticas e sugestões/observações emitidas pelos egressos.
Que crítica faria a UFMT? (Araguaia) Sugestões / Observações (Araguaia)
O campus do Araguaia não possuir uma área
experimental para que os alunos da agronomia
tivesse mais contato com a parte pratica.
Melhorar a estrutura dos laboratórios de ensino e
acervo bibliográfico disponível na biblioteca.
Falta de livros de algumas matérias, falta de
Melhoria dos laboratórios, aquisição de uma área
experimental ou fazenda experimental, mais
professores.
O curso de Ciência da computação está totalmente
defasado em relação ao mercado de trabalho.
Melhorar o acervo bibliográfico, pois existem
127
didática de alguns professores e falta de interesse
de alguns coordenadores de curso.
Burocracia e demora na resolução de problemas.
A UFMT Campus Araguaia possui uma
quantidade muito baixa de professores e não tem
nenhum doutor dentro da equipe.
A falta de recursos (livros, laboratórios, etc.)
afetou diretamente na qualidade do ensino que
recebemos.
Melhoria dos laboratórios, bem como aumentar o
acervo bibliográfico e o corpo docente. Muitos dos
meus professores foram substitutos. O que
atrapalhou muito no aprendizado e nas aulas
práticas.
Melhorar sempre o corpo docente!
Contrato de professores substitutos diminui muito
a qualidade do ensino-aprendizagem.
Pouca disposição de vagas para projeto de
pesquisa e de mestrado.
Completa falta de atenção para com os campi do
interior, deixando muito a desejar na
disponibilidade de materiais necessários para o
bom desempenho das aulas práticas.
Necessidade de maior investimento nos Campi
interiores, para que os alunos tenham qualidade
de ensino satisfatória.
O principal problema que enfrentei durante a
graduação foi à falta de livros na biblioteca, falta
de estrutura física, no que diz respeito a salas de
aula e principalmente falta de professores e
técnicos.
poucos exemplares e tinha que recorrer para
Xerox e apostilas.
Sugiro que o vínculo entre o egresso e a
instituição seja mais próximo no que se refere ao
acesso aos programas de pós-graduação.
Sugiro maior interação entre o meio acadêmico e
o meio profissional durante o curso.
Abrir concursos para novos professores, melhorar
as condições de laboratórios e biblioteca do
campus Araguaia.
Cursos para capacitações pedagógicas de
professores.
Mais ambientes para laser dos universitários
(praças, bosques e/ou centros de vivencia);
Melhorias nas salas de estudo; Contratação de
mais técnicos em laboratórios, bem como melhoria
na parte estrutura física.
Melhor distribuição/aplicação dos recursos
financeiros. Maior parceria com
indústrias/empresas para estimulação do estágio
extracurricular. Farmácia escola.
Melhorar a gestão, ampliar a estrutura física.
A principal sugestão é na contratação de mais
professores e técnicos, bem como na capacitação
do quadro já existente. Chamo a atenção também
para a reposição de livros na biblioteca, que muito
deixa a desejar.
Melhora na estrutura e capacitação de
profissionais principalmente para o foco prático
dos cursos.
A relação entre academia e sociedade tem que ser
128
Falta de estrutura física de qualidade! Faltam
bibliotecas e livros atualizados
A estrutura física da UFMT, por ser nova, deixou
a desejar. Falta de laboratórios e espaços de
vivência nas dependências do campus. O acesso à
rede mundial (internet) foi muito precária, o que
prejudicou muito.
Especificamente no curso que fiz, faltou ou são
poucos os programas que possibilita aos alunos
atuarem em suas áreas de estudo e pesquisa na
forma de estágios ou outros, permitindo a vivencia
pratica.
A instituição é muito lenta para resolver
problemas, concluir processos e emitir
documentos. Há uma enorme falta de informação
e comunicação por parte dos técnicos
administrativos para atender os discentes.
mais ativa e próxima no sentido de aplicar os
conhecimentos desenvolvidos na academia. Não só
isso, mas, a socialização deste conhecimento dará
ao acadêmico amadurecimento.
A Universidade deve ser mais ágil para solucionar
problemas, emitir pareceres e documentos
(certificados e diplomas). Sugiro que a instituição
padronize tudo aquilo que é ato frequente e
rotineiro.
A Universidade necessita de mais projetos mais
eventos para que assim os alunos possam
desenvolver na pratica ou em forma de projeto
tudo o que aprendem e assim possam fazer algo
em troca para a sociedade.
Que crítica faria a UFMT ? (Cuiabá) Sugestões / Observações (Cuiabá)
Muita burocracia para que os alunos/professores
tenham acesso a recursos físicos e financeiros.
Alguns professores perto da aposentadoria mesmo
possuindo muito conhecimento, não se
encontravam motivados para dar aula,
comprometendo o ensino. Falta de aulas práticas
e extensão rural.
Falta estrutura física para os acadêmicos, a
biblioteca não possui livros atualizados e
periódicos da área para consulta.
Pouca integração de atividades acadêmicas entre
Uma gestão menos política e com mais foco na
pesquisa. Alunos tinham ótimas ideias mas eram
"tolhidos" por esse engessamento. Professores
bons desmotivados por não ter o devido valor da
instituição e financeiro.
Sugiro rever a estrutura curricular do curso além
de ver o que realmente é importante para os
alunos. Mais teoria ou mais prática?
O espaço acadêmico poderia ser melhor
aproveitado, realizando a integração da
129
os diversos cursos; Poucas aulas de campo para
cursos de humanas; baixa conexão entre a
produção intelectual e a melhoria direta na
sociedade.
A parte prática, que da uma ideia de como é o
mercado de trabalho é fraca. Acredito que a
Universidade deve deixar o aluno mais preparado
para o trabalho, o exercício da profissão
escolhida.
Proporcionar mais vivências para os alunos que
queiram estudar no exterior através de bolsas de
auxílio. Melhorar a estrutura dos laboratórios e
o acesso à fazenda experimental.
As greves prejudicam os alunos, corpo docente e
calendário acadêmico.
Na formação de graduação ocorreu tudo de
acordo, apenas as greves que enfrentamos no
período atrapalharam um pouco o aprendizado
pelo fato das disciplinas serem dadas de modo
rápido pela falta de tempo.
A respeito do meu curso, que foi o de
Comunicação Social - Jornalismo, as maiores
deficiências estão nos materiais tecnológicos
disponíveis, sobretudo aparelhos de foto e vídeo e
ilhas de edição.
A estrutura para aulas práticas está muito
defasada e o nº de equipamentos é insuficiente p
atender aos alunos.
Precisamos de profissionais mais qualificados,
com especialização na área. O TCC não deveria
ser requisito limitante para graduação, outras
atividades práticas sim.
Encontrei muitas restrições burocráticas para me
comunidade com a sociedade acadêmica.
Deveria investir em equipamentos, livros para a
biblioteca e professores com melhor formação.
Contratação de mais profissionais
Minha sugestão é que a UFMT valorize mais os
cursos na área de humanas, pois senti que tanto o
bacharelado foi deficiente pela falta de prática de
pesquisa, quanto a licenciatura pelo estágio
deficitária.
Sugestões: Mais projetos universitários que
integrem as diversas áreas do conhecimento e
vivência estudantil. - Maior investimento em
espaços de Lazer e cultura para atrair a sociedade
para a universidade.
Melhorar o vínculo com empresas para uma maior
oferta de estágios, e manter acompanhamento e
fiscalização dos estágios.
Melhoria no atendimento telefônico. Menos
documentos necessários para qualquer processo.
Cuidados com jardinagem, mais lixeiras
espalhadas, pontos de coleta seletiva. Maior
segurança.
Laboratórios melhores, equipamentos novos, mais
técnicos p auxiliar os alunos, mais professores,
trocar professores que não querem dar aula.
Melhorar os laboratórios; Programas de
incentivos aos professores para fazerem
trabalhos/projetos extras com os alunos;
Melhorar a grade curricular da Engenharia Civil;
Ter mais aulas práticas;
Melhores condições de trabalho para os
professores e colaboradores; atualização da
130
legalizar enquanto estagiário em empresas
atuantes no mercado, perdi oportunidades e
trabalhei de forma irregular e sinto que isso
prejudicou meu desempenho.
Desmotivação profissional e péssimo atendimento
por parte dos profissionais que trabalham com o
público de forma geral, em especial, os técnicos.
Alto contraste entre professores extremamente
bons e específicos.
Há a necessidade urgente de atualização do
acervo da biblioteca e aumento da quantidade de
livros aos discentes.
universidade através da inclusão de softwares de
engenharia e afins; - criação de laboratórios.
A universidade precisa de parcerias com a
iniciativa privada a fim de preparar os estudantes
para a vida profissional como um todo não
somente prepara-los para resolver problemas
teóricos.
Dois fatores que deveriam ser priorizados dentro
da instituição é a contratação de mais professores
e técnicos qualificados em diversas áreas e
melhorar a segurança dentro do campus, aonde
vem ocorrendo roubos.
Que crítica faria a UFMT? (Rondonópolis) Sugestões / Observações (Rondonópolis)
Acho que deveria ter melhor estrutura para
incentivo a pesquisa. Melhores laboratórios para
aulas práticas, para não ficar só na teoria,
principalmente as disciplinas de biologia que
requer conhecimento.
Melhorar a estrutura dos laboratórios dos campi e
incentivar os professores a participar de pesquisas
e extensão, e envolver os graduandos nelas.
Minha crítica é quanto à aula prática, que na
minha época não teve estrutura nenhuma, a
biblioteca não tinha livros de todas as disciplinas
e os que tinham muitos eram antigos.
Péssimas instalações, livros muito velhos e
ultrapassados, professores desmotivados.
Relacionado a burocracia de documentação,
Creio que investimentos em laboratórios e
modernização da grade curricular do curso
formariam profissionais mais dinâmicos e
preparados para o que o mercado de trabalho
exige dos profissionais.
A universidade deve estar sempre renovando,
incentivando seus alunos a participar de
congressos, pesquisa, ensino. Mostrar de forma
prática o que é repassado em sala de aula. Acho
que faltam mais eventos.
Sugiro mais investimentos no curso de
enfermagem, com materiais para aulas praticas e
laboratórios equipados, além do acervo da
biblioteca, com livros atuais e de referencia na
área da enfermagem.
131
muitas greves que atrapalham no rendimento
geral, falta de laboratórios...
Há um baixo número de livros disponíveis
relacionados às bibliografias básicas das
disciplinas, bem como há necessidade de maior
investimento em ampliação e estruturação de
laboratórios.
A UFMT devia dar mais atenção aos campos do
interior e procurar convênios com empresas para
estágio dos alunos.
Na UFMT precisa ter mais transparência na
administração e professores mais bem preparados.
Maior investimento em infraestrutura, novos
prédios são construídos enquanto outros caem aos
pedaços. Primeiro deveria dar excelência ao que
já existe, para depois investir em novos cursos.
O campus de Rondonópolis é repreendido demais
por depender da UFMT de Cuiabá para tudo,
devia ser sua própria universidade.
Falta de organização na entrega de certificados,
incluindo demora e certificados não enviados
corretamente.
Maior proximidade com a sociedade e mercado de
trabalho, maior fomento por parte da UFMT a
parcerias para estágios curriculares e não
curriculares para melhor formação do egresso,
entre outras sugestões.
Diminuir a burocracia. O corpo discente tem
dificuldade em conseguir apoio para suas
realizações durante o curso. Como egresso,
também encontrei dificuldades em manter o
vínculo com a instituição parceira.
Deve-se se atentar para reformulações realmente
eficazes da grade curricular e na manutenção dos
equipamentos para o ensino, pesquisa e extensão.
As atividades culturais são escassas (Campus de
Rondonópolis)
Poderia ter aulas práticas, estágio com maior
tempo prático do que teórico, mais aula de campo
no curso de pedagogia.
Melhoria na estrutura das salas e laboratórios.
Maior investimento nas relações de estágios e uma
maior formação de pensadores, ao invés de ensino
técnico e formação supérflua.
Que crítica faria a UFMT? (Sinop) Sugestões / Observações (Sinop)
Melhores condições para estudos no campus de
Sinop para incentivo ao estudo.
No meu caso, se tratando da área de agrárias,
falta ainda o funcionamento da fazenda
experimental no campus de Sinop. Aliar os
A UFMT deve investir mais em pesquisa, melhorar
as condições para permanência e intensificar as
políticas de aproximação entre a realidade da
futura vida profissional do aluno e o conhecimento
que o mesmo terá.
132
conhecimentos teóricos com a prática é de suma
importância para o desenvolvimento do curso.
A falta de estrutura principalmente para
atividades pratica e a falta de uma estrutura que
possibilidade a pesquisa cientifica de fato.
Atualmente a formação está deficiente na parte
prática de desenvolver no acadêmico a visão
sistêmica do mercado, o pensamento crítico do
ambiente. Durante minha formação acompanhei
diversos acadêmicos
Falta de professores, greves que atrapalham a
conclusão do curso, alguns professores
desqualificados e sem didática de ensino. Horário
de atendimento das secretarias e biblioteca
deveria ser mais estendido.
Alguns professores despreparados para a
docência; Aula pratica com pouco material
didático e dificuldades enfrentada em alguns
campi de estagio por parte da instituição que geri
o campus.
É necessário melhoria nos laboratórios de aula
prática. Faltam equipamentos e materiais, o que
dificulta o processo de aprendizagem. Devido a
essa falta de materiais, equipamentos e vidrarias
as aulas são incompletas.
Deve ser dada mais atenção aos Campi
localizados no interior do Estado.
Muita greve e falta de recursos para aprimorar os
cursos oferecidos pela UFMT.
Acho que o foco que toda instituição de ensino
pública deve ter primordialmente, é ter o
direcionamento do curso para o mercado de
trabalho, ensino, pesquisa etc. A UFMT não tem
Quadro bom de profissionais da educação, tanto
técnico quanto professores.
Que os alunos sejam estimulados a não perder o
vínculo com a universidade, que participe
amplamente de desenvolvimento de pesquisas com
parceira com professores e demais alunos da
universidade.
Mais estímulos aos cursos do noturno,
especialmente licenciaturas campus - Sinop
Adquirir material didático para trabalhar com
educação especial, aumentar a carga horária
para libras e incluir Braille.
Manter uma comunicação mais ampla com os ex
alunos onde esse possam acompanhar melhor os
novos cursos e pós graduações oferecido pela
instituição.
Melhorar as disciplinas práticas para que seja
fornecido mais conhecimento e experiência aos
alunos.
É importante que os professores estejam sempre
atualizados. Também é necessário melhorar a
didática dos professores, onde esse problema é
evidenciado principalmente nos professores
temporário-contratados.
Sugiro a instituição, quando for emitir o diploma,
fazer sua entrega numa pasta com capa dura igual
das principais instituições do país. Pela reputação
da UFMT, o diploma é simples e o meu chegou
todo amassado.
As estruturas da UFMT permitem uma ótima
qualidade de ensino, no entanto, algumas atitudes
dentro do campo comprometem a qualidade do
ensino. Sendo assim, a valorização e capacitação
133
isso. dos docentes permanentes.
Instalação imediata da fazenda experimental do
campus de Sinop.
Considerações finais
Os resultados do estudo mostraram os níveis de satisfação dos egressos com a
UFMT em sua formação, a adequabilidade da estrutura oferecida pela instituição e as
mudanças relativas ao modo de agir e pensar frente à sociedade. Estes resultados
sugerem que o gestor da universidade deve olhar com mais cuidado sua atuação e que
os apontamentos feitos pelos egressos podem ser transformados em boas ferramentas
desde que sejam tratados como um caminho de aprendizado.