MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA … · submitted to venous zinc tolerance test” ... sistemas...
Transcript of MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA … · submitted to venous zinc tolerance test” ... sistemas...
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE
ERIKA DANTAS DE MEDEIROS ROCHA
EFEITO DA SUPLEMENTAÇÃO ORAL DE ZINCO SOBRE O CRESCIMENTO DE
CRIANÇAS PRÉ-PÚBERES SAUDÁVEIS E EUTRÓFICAS SEM DEFICIÊNCIA DE
ZINCO
Natal/RN
2014
ERIKA DANTAS DE MEDEIROS ROCHA
EFEITO DA SUPLEMENTAÇÃO ORAL DE ZINCO SOBRE O CRESCIMENTO DE
CRIANÇAS PRÉ-PÚBERES SAUDÁVEIS E EUTRÓFICAS SEM DEFICIÊNCIA DE
ZINCO
NATAL/RN
2014
Tese apresentada ao Programa de Pós-graduação em
Ciências da Saúde da Universidade Federal do Rio Grande
do Norte como requisito para a obtenção do título de
Doutor em Ciências da Saúde.
Orientador: Professor Dr. José Brandão Neto
Apoio ao Usuário
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN – Biblioteca Setorial do Centro de Ciências da Saúde
Rocha, Érika Dantas de Medeiros.
Efeitos da suplementação oral de zinco sobre o crescimento de crianças
pré-púberes saudáveis e eutróficas. – Natal/RN, 2014.
94f.
Orientador: Prof. Dr. José Brandão Filho.
Tese (Doutorado em Ciências da Saúde) – Programa de Pós-
Graduação em Ciências da Saúde. Universidade Federal do Rio Grande
do Norte. Centro de Ciências da Saúde.
1. Zinco – Tese. 2. Administração venosa – Tese. 3. Suplementação
oral – Tese 4. Sistema GH-IGF1 – Tese. 5. Crescimento – Tese. 6.
Criança – Tese. I. Brandão Filho, José. II. Título.
RN/UF/BSA01 CDU: 616.379-008.64
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE
Coordenador do Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde:
Professor Dr. Erivaldo Sócrates Tabosa do Egito
iii
ERIKA DANTAS DE MEDEIROS ROCHA
EFEITO DA SUPLEMENTAÇÃO ORAL DE ZINCO SOBRE O CRESCIMENTO DE
CRIANÇAS PRÉ-PÚBERES SAUDÁVEIS E EUTRÓFICAS SEM DEFICIÊNCIA DE
ZINCO
Aprovada em ____/____/____
Banca Examinadora:
Presidente da Banca:
Professor Dr. José Brandão Neto
Membros da Banca:
Professor Dr. Alcides da Silva Diniz
Professora Dra. Karine Cavalcanti Maurício de Sena Evangelista
Professora Dra. Maria José de Carvalho Costa
Professora Dra. Selma Sousa Bruno
iv
AGRADECIMENTOS
“Nada na vida acontece por um acaso, e se aconteceu DEUS quis assim”. Portanto, minha
gratidão, primeiramente, e acima de tudo, a Ele que, diante de todas as atribulações, esteve
presente em minha vida, guiando todos os obstáculos, removendo as pedras que surgiram em
meu caminho e atendendo as minhas necessidades.
À minha família, especialmente, meu pai Durval Dantas, minha irmã Mariana Medeiros
Dantas, e meus irmãos Davi Marins Dantas e Durval Dantas Junior, pelo apoio em todos os
momentos vivenciados.
À minha mãe, peça fundamental do quebra-cabeça da minha vida e de importância
inquestionável; por ter me carregado em seu ventre por nove meses, sem se queixar; por ter
cuidado de mim, com tanto amor e dedicação, sem se importar com o amanhã; pelos
incessantes esforços em me proporcionar educação de qualidade e ensinamentos de ética e
moral. Minha eterna gratidão!
À minha tia, Marluce Dantas de Medeiros, considerada minha “segunda mãe”, a qual tenho
enorme apreço e respeito, pelo amor, carinho, dedicação e ensinamentos proporcionados.
Ao grupo de pesquisa, em especial, as colegas Lúcia Dantas Leite e Naira Josele Neves de
Brito Neves, pela paciência e pelo companheirismo durante a trajetória da pós-graduação.
v
A todas as crianças e suas respectivas famílias, que aceitaram em participar do estudo,
colaborando de forma ímpar para a concretização do mesmo.
A todos os funcionários que, direta ou indiretamente, contribuíram para a realização deste
trabalho.
vi
AGRADECIMENTO ESPECIAL
Ao meu orientador, Professor Dr. José Brandão-Neto, pelos seus valiosos ensinamentos, pela
divisão de conhecimento, pela amizade, pela confiança, pelo estímulo, pela presença marcante
na minha vida acadêmica, me ensinando e estimulando a correr atrás de meus objetivos e
superar os meus limites.
vii
“A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e
viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos”.
Charles Chaplin
viii
RESUMO
Introdução: o zinco é um importante micronutriente para numerosos processos bioquímicos
em animais e humanos, desempenhando papel de destaque no crescimento e desenvolvimento.
Em populações mundiais, a deficiência primária grave de zinco não é comum, embora, a
deficiência leve seja bastante prevalente. Considerando que o zinco é essencial para a saúde
humana e regula o sistema hipotálamo, hipófise, fígado e osso, buscamos averiguar os seus
efeitos no eixo GH-IGF1-IGFBP3 agudamente, mediante administração intravenosa com o
elemento zinco, e cronicamente, mediante suplementação oral com o elemento zinco, usando
doses fisiológicas de 0.06537 mg Zn/kg (via intravenosa) e 10 mg Zn/dia (via oral). A
inclusão de crianças pré-púberes aparentemente saudáveis e eutróficas sem deficiência de
zinco é raro na literatura, pois grande parte das publicações foram reportadas em crianças
apresentando deficiência de zinco. A metodologia aplicada foi absolutamente inovadora e
original, tornando o estudo altamente relevante para a interface entre endocrinologia e
nutrição. Objetivo: investigar os efeitos da suplementação oral e administração intravenosa
com o elemento zinco sobre a secreção de GH, IGF1, IGFBP3, OCN, ALP, TRAP e PT em
crianças aparentemente saudáveis e eutróficas sem deficiência de zinco. Métodos: o estudo
foi conduzido durante um período de três meses, e caracterizado por ser randomizado
controlado triplo cego. As crianças foram selecionadas por amostragem não probabilística de
conveniência, provenientes de escolas públicas municipais, de ambos os gêneros, na faixa
etária compreendida entre 8 e 9 anos de idade, divididas em grupo controle (20 crianças
recebendo solução placebo contendo 10% de sorbitol) e grupo experimental (20 crianças
suplementadas com o elemento zinco na forma de sulfato de zinco heptahidratado –
ZnSO4.7H2O). As crianças foram submetidas à suplementação oral de zinco elementar (10 mg
Zn/dia) e à administração intravenosa de zinco (0.06537 mg Zn/kg de peso corporal), na
forma de ZnSO4.7H2O, cujas amostras sanguíneas foram coletadas em 0, 60, 120, 180 e 210
minutos. Foram realizadas avaliações antropométricas e dietéticas e dosagens bioquímicas e
hormonais nas crianças estudadas. Resultados: após a suplementação oral, foi observado no
grupo experimental (i) aumento significativo dos valores de ingestão de energia total, proteína
e gordura total (p = 0.0007, p< 0.0001, p< 0.0001, respectivamente), (ii) aumento
significativo do zinco sérico basal (p< 0.0001), aumento significativo das concentrações
plasmáticas de fostatase alcalina (p = 0.0270), e (iv) correlação positiva com o IGF1,
IGFBP3, OCN, comparando antes e após a suplementação (p = 0.0011, p< 0.0001, p< 0.0446,
respectivamente). Durante a administração venosa de zinco, as concentrações plasmáticas de
IGF1 e IGFBP3 aumentaram significativamente no grupo experimental (p = 0.0468, p <
0.0001, respectivamente). Em relação o cálculo da adequação aparente, segundo as DRI, para
o cálcio, houve inadequação da dieta com 85% de confiabilidade dos dados; para o ferro,
adequação da dieta, com 85% de confiabilidade dos dados. Para o zinco, adequação da dieta,
com 50% de confiabilidade dos dados. Conclusões: a suplementação oral com o elemento
zinco pode ter estimulado um aumento na ingestão de energia total, proteína e gordura total,
assim como, nas concentrações basais de zinco sérico e nas concentrações plasmáticas de
fosfatase alcalina. A administração intravenosa de zinco aumentou as concentrações séricas de
zinco e as concentrações plasmáticas de GH, IGF1 e IGFBP3 no grupo experimental.
Descritores: zinco; administração intravenosa; suplementação oral; sistema GH-IGF1;
crescimento; criança.
x
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ALP Alkaline Phosphatase (Fosfatase Alcalina)
BMI Body Mass Index (Índice de Massa Corporal)
DRI Dietary Reference Intake (Ingestão Dietética de Referência)
EAR Estimated Average Requirements (Necessidade Média Estimada)
GH Growth Hormone (Hormônio de Crescimento)
GHRH Gonadotropin-Releasing Hormone (Hormônio Liberador de GH)
IGF1 Insulin-Like Growth Factor 1 (Fator de Crescimento Semelhante a Insulina
Tipo 1)
IGFBP
3
Insulin-like Growth Factor-Binding Protein-3 (Proteína Ligadora 3 do Fator
de Crescimento Semelhante a Insulina)
OCN Osteocalcin (Osteocalcina)
OMS Organização Mundial de Saúde
PT Total Protein (Proteínas Totais)
PTH Parathyroid Hormone (Paratormônio)
RDA Recommended Dietary Allowance (Ingestão Dietética Recomendada)
T3 Triiodothyronine (Triiodotironina)
TRAP Tartrate-Resistant Acid Phosphatase (Fosfatase Ácida Resistente ao
Tartarato)
UFRN Universidade Federal do Rio Grande do Norte
UL Tolerable Upper Intake Levels (Limite Superior Tolerável de Ingestão)
WHO World Health Organization
xi
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Ação do zinco sobre o crescimento ósseo longitudinal.
Figura 2 Desenho experimental do estudo.
Figura 3 Esquema da administração venosa com o elemento zinco.
Figura 4 Esquema da avaliação do estado nutricional.
Figura 5 Esquema dos procedimentos biológicos e análises bioquímicas.
xii
LISTA DE APENDICES
Apêndice 1 Original Research
“Sensitivity of zinc kinetics and nutritional assessment of children
submitted to venous zinc tolerance test”
Apêndice 2 Review
“Kinetics of zinc status and zinc deficiency in Berardinelli-Seip syndrome”
Apêndice 3 Figura 1: zinco sérico (A), área sob a curva de zinco (B), zinco ingerido e
suplementado (C) nos grupos controle e experimental.
Apêndice 4 Figura 2: concentrações plasmáticas de GH (A), IGF1 (B), IGFBP3 (C) e
OCN (D) nos grupos controle e experimental durante a administração
intravenosa de zinco.
Apêndice 5 Figura 3: área sob a curva de zinco e IMC (A), GH (B), IGF1 (C), IGFBP3
(D), OCN (E) e IGF1 versus IGFBP3 (F) no grupo experimental após a
suplementação oral de zinco.
Apêndice 6 Tabela 1: valores de ingestão de energia e nutrientes antes e após a
suplementação oral de zinco nos grupos controle e experimental,
comparados com as recomendações segundo gênero e idade.
Apêndice 7 Tabela 2: valores do peso corporal, altura e IMC obtidos antes e após a
suplementação oral com o elemento zinco nos grupos controle e
experimental.
xiii
LISTA DE ANEXOS
Anexo 1
Certificado do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos do Hospital
Universitário Onofre Lopes da Universidade Federal do Rio Grande do Norte
(CEP-HUOL)
xiv
SUMÁRIO
RESUMO ix
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS xi
LISTA DE FIGURAS xii
LISTA DE APÊNDICES xiii
LISTA DE ANEXOS xiv
SUMÁRIO xv
1. INTRODUÇÃO 17
2. OBJETIVOS 21
2.1. Objetivo Geral 21
2.2. Objetivos Específicos 21
3. JUSTIFICATIVA 22
4. MÉTODOS 23
4.1. Sujeitos 23
4.2. Critérios de Inclusão e Exclusão 24
4.3. Desenho Experimental 25
4.4. Suplementação Oral com o Elemento Zinco 27
4.5. Administração Intravenosa com o Elemento zinco 28
4.6. Avaliação Antropométrica do Estado Nutricional 29
4.7. Avaliação Dietética 30
4.8. Materiais Biológicos 32
4.9. Procedimentos para Coleta de Materiais Biológicos e Análises
Bioquímicas
33
4.10. Tratamento Estatístico 35
5. ARTIGO PRODUZIDO 36
6. COMENTÁRIOS, CRÍTICAS E CONSIDERAÇÕES FINAIS 77
7. REFERÊNCIAS 81
APÊNDICE 1 87
APÊNDICE 2 88
APÊNDICE 3 89
APÊNDICE 4 90
APÊNDICE 5 91
APÊNDICE 6 92
APÊNDICE 7 93
ANEXO 1 94
xvi
17
1. INTRODUÇÃO
O zinco é um elemento-traço essencial à vida, desempenhando inúmeras funções vitais
no organismo humano. A compreensão a respeito de sua essencialidade foi descrita, pela
primeira vez, por meio de estudos desenvolvidos em 1869, os quais mostraram a necessidade
desse micronutriente para o crescimento do fungo Aspergilus niger 1, 2
.
O zinco atua na síntese e degradação de DNA (ácido desoxirribonucléico) e RNA (ácido
ribonucléico), expressão gênica, proliferação e diferenciação celular, apoptose, estabilização
de membranas e componentes celulares, sistemas imunológico e hormonal, crescimento e
desenvolvimento 3,4
. Além disso, é constituinte estrutural, regulador e catalítico de várias
enzimas e proteínas. Possui ação antioxidante, protegendo estruturas biológicas da ação de
radicais livres 5. Considerando sua multiplicidade de funções vitais, a deficiência de zinco
pode causar sérios problemas à saúde humana 6.
Em populações mundiais, a deficiência primária grave de zinco não é comum, embora,
a deficiência leve seja bastante prevalente 7,8
. Porém, não existe um método diagnóstico
completamente fidedigno para detectar a deficiência subclínica desse micronutriente.
Alterações fisiológicas ou teciduais não são evidentes com o declínio da concentração sérica
de zinco. Apesar das limitações, o zinco sérico é utilizado como marcador bioquímico para
avaliar o estado corporal de zinco, principalmente, em populações 9,10
.
Crianças de baixa renda, de países em desenvolvimento e em idade escolar, representam
um grupo de risco para o desenvolvimento da deficiência de zinco. Isso, devido a escolhas
alimentares errôneas. Portanto, a carência deste micronutriente, nesta faixa etária, pode
promover conseqüências como atraso no crescimento e desenvolvimento, hiporexia,
supressão do sistema imunológico e dano na função cognitiva 11
. A magnitude dessas
18
conseqüências é proporcional à severidade de sua deficiência 12
. Nos países em
desenvolvimento, a deficiência de zinco constitui um dos fatores mais importantes para o
agravamento de doenças com elevada mortalidade. Sendo assim, a suplementação de zinco
pode contribuir na redução da mortalidade infantil 13
.
Inúmeros modelos animais e estudos envolvendo seres humanos têm mostrado a relação
do zinco com a ativação de mecanismos envolvidos no crescimento e desenvolvimento. Este
micronutriente atua em mecanismos de secreção e ação periférica de hormônios envolvidos
no crescimento 14, 15
. Os principais mecanismos são: o zinco pode estimular o GHRH
(hormônio liberador de GH) no hipotálamo 16
, a síntese de GH (hormônio de crescimento) na
hipófise 17
, a ação do GH nos seus receptores hepáticos e consequente síntese do IGF1 (fator
de crescimento semelhante a insulina tipo 1) no fígado 18
, a ação do IGF1 nos condrócitos
(epífises ósseas) 19
, a síntese de IGFBP3 (proteína ligadora 3 do fator de crescimento
semelhante a insulina) no fígado 20
, a síntese de ALP (fosfatase alcalina) e OCN (osteocalcina)
na matriz óssea 14,21
. Além disso, pode potencializar a ação do estradiol 22
, testosterona 23
,
insulina 24
, vitamina D3 (colecalciferol) 25
, T3 (triiodotironina) 26
, e inibir a ação do PTH
(paratormônio) 27
. A Figura 1 ilustra esses mecanismos.
19
Figura 1: Ação do zinco sobre o crescimento ósseo longitudinal.
O sistema hipotálamo-hipófise-fígado-osso é o principal regulador do crescimento. A
maioria dos estudos mostram o efeito positivo do zinco no crescimento de crianças com
deficiência de zinco, embora os mecanismos não estão completamente compreendidos 28
. No
entanto, observa-se que o zinco estimula ou induz (Figura 1): os neuropeptídeos
hipotalâmicos 16
, a secreção fisiológica do GH 28, 17
, a sensibilidade do GH endógeno 29
, a
ligação do GH nos seus receptores hepáticos 18
, a bioatividade do GH 30
, a dimerização do GH
19, a expressão gênica dos receptores de GH e IGF1 no fígado
31, e GH pós-receptor
23.
As concentrações plasmáticas dos hormônios IGF1 e IGFBP3 aumentam com a idade
em crianças, particularmente no puberal catch-up 32
. Esses hormônios são influenciados pelo
zinco, e a deficiência deste micronutriente pode diminuir as concentrações plasmáticas de
IGF1 e IGFBP3 circulantes 20
, que são aumentados após a suplementação oral de zinco,
incluindo crianças sem deficiência de zinco 14, 20
. Em relação o IGF1, o zinco é essencial para
Pituitária
Fígado
OSSO
GH
IGF1
Condroblastos
Osteoblastos
Fibroblastos
Estradiol
Testosterona
Insulina
Colecalciferol
Triiodotironina
Paratormômio
[--]
[--]
[-]
Zn
Zn
Zn
Zn
Zn +
+
+
+
+
+
HIPOTÁLAMO
GHRH
[+]
GHIH
[--]
Osteocalcina
Fosfatase alcalina
20
a indução da proliferação de células de IGF1 33
, a ativação do receptor tirosina quiinase de
IGF1 34
, e a expressão gênica hepática de IGF1 35
.
O hormônio OCN, proteína não colagenosa, dependente de vitamina K, é secretado na
fase final do processo de diferenciação de osteoblastos 36
. Suas concentrações séricas estão
mais elevadas durante a infância e a puberdade, marcadamente nos gêneros feminino e
masculino 37
. Além disso, os níveis mRNA de OCN foram positivamente correlacionados com
o zinco em uma linha de osteoblasto-like em ratos 38
.
A suplementação oral com o elemento zinco aumentou os níveis séricos de OCN em
crianças com baixa estatura apresentando deficiência subclínica de zinco 21
e em MC3T3-E1,
uma linha celular osteoblástica em ratos 38
, confirmando a sua importância para o bom
funcionamento do metabolismo ósseo 36
. Portanto, o zinco interage em várias etapas da
síntese, secreção e ação dos hormônios, essenciais para o crescimento linear.
Portanto a ALP é um subproduto da atividade dos osteoblastos, associada com a
formação óssea, enquanto TRAP (fosfatase ácida resistente ao tartarato) é uma enzima
expressa pelos osteoclastos de reabsorção óssea. A síntese de ALP pode está prejudicada em
crianças com deficiência de zinco 14
.
Diante do exposto, o nosso objetivo foi avaliar o efeito da suplementação oral com o
elemento zinco sobre a secreção de GH, IGF1, IGFBP3, OCN, ALP, TRAP e PT (proteínas
totais) em crianças aparentemente saudáveis e eutróficas, de ambos os gêneros, na faixa etária
compreendida entre 8 (oito) e 9 (nove) anos de idade, portanto, sem deficiência de zinco,
usando uma dose fisiológica pelas vias oral e intravenosa.
21
2. OBJETIVOS
2.1. Objetivo Geral
Avaliar o efeito da suplementação oral e administração venosa de zinco na secreção de GH,
IGF1, IGFBP3, OCN, ALP, TRAP e PT em crianças pré-púberes aparentemente saudáveis e
eutróficas sem deficiência de zinco.
2.2. Objetivos Específicos
Estimar a ingestão dietética de energia total, macronutrientes, fibras, cálcio, ferro e
zinco;
Verificar a adequação aparente da dieta consumida habitualmente pelas crianças, em
relação o cálcio, ferro e zinco;
Determinar o estado nutricional antropométrico mediante o indicador IMC/idade;
Analisar, antes e após a suplementação oral com o elemento zinco, as dosagens de
zinco sérico, ALP, TRAP e PT e hemoglobina;
Estudar a relação do zinco sérico com os níveis plasmáticos de GH, IGF1, IGFBP3 e
OCN, durante a administração venosa de zinco, tanto antes e como após a sua
suplementação oral;
Investigar a relação do zinco sérico com os níveis plasmáticos de ALP, TRAP e PT.
22
3. JUSTIFICATIVA
O zinco é apontado como um dos principais micronutrientes essenciais para os seres
vivos, em especial, os humanos. Atua positivamente sobre os sistemas imunológico, nervoso
central e periférico, reprodutivo, além do metabolismo intermediário. Em virtude de sua
multiplicidade de funções vitais, a deficiência de zinco pode causar vários danos à saúde
humana 2.
Considerando que este micronutriente é vital para o crescimento e desenvolvimento
humano, buscou-se averiguar seus efeitos sobre o sistema hipotálamo, hipófise, fígado e osso,
mediante administração intravenosa e suplementação oral com o elemento zinco. Existem
vários estudos abordando o retardo no crescimento como causa de déficits nutricionais
relacionados com macro e micronutrientes.
A desaceleração do crescimento ocorre como resposta adaptativa a uma nutrição
subótima que impede o suprimento adequado para alcançar um determinado potencial
genético de crescimento. A carência subclínica de micronutrientes, especialmente de zinco, é
de difícil avaliação e muitas vezes não condiz com o diagnóstico da antropometria. Além
disso, muitas nucleoproteínas que contém zinco estão envolvidas na expressão de proteínas
importantes ao crescimento. A deficiência deste micronutriente pode também reduzir a síntese
e ação de GH, IGF1 e IGFBP3.
Este trabalho foi realizado com crianças pré-púberes aparentemente saudáveis e
eutróficas sem deficiência de zinco, usando doses fisiológicas (10 mgZn/dia e 0.06537
mgZn/kg) vias oral e intravenosa, sem efeitos adversos à saúde das crianças. Portanto, a
metodologia aplicada foi absolutamente inovadora e original, tornando o estudo altamente
relevante para a interface entre endocrinologia e nutrição. Quando detectada a deficiência, a
intervenção poderá melhorar o processo de crescimento e desenvolvimento da criança.
23
4. MÉTODOS
4.1. Sujeitos
Participaram do estudo 40 (quarenta) crianças, sendo 17 (dezessete) do gênero feminino
e 23 (vinte e três) do gênero masculino, na faixa etária compreendida entre 8 (oito) e 9 (nove)
anos de idade. Aumentamos o número de crianças para 20 (vinte) controles e 20 (vinte)
experimentais e também a dose de 5 mg Zn/dia para 10 mg Zn/dia. Foram incluídas apenas as
crianças nesta faixa etária, em virtude de resistirem melhor o tempo exigido pelo teste venoso
de tolerância ao zinco, que passou de 2 (duas) horas para 4 (quatro) horas, após jejum noturno
de 12 (doze) horas.
As crianças foram provenientes de três escolas municipais do noroeste da Cidade do
Natal, RN, Brasil, entre o período de 2008 e 2011. As escolas que participaram do estudo
foram Escola Municipal Laura Maia localizada na Rua do Motor, Praia do Meio; Escola
Municipal Henrique Castriciano na Rua Décio Fonseca, Rocas; e Escola Municipal Antônio
Campos na Rua João, Mãe Luíza.
Foram selecionadas por amostragem não probabilística de conveniência. O tamanho da
amostra foi calculado usando a fórmula η = (α Z + Zβ) 2.σ2D/d2, através da qual o tamanho
da amostra necessária seria η = 15. A principal limitação foi a falta de outro grupo de estudo
com uma dose farmacológica de 25 mg Zn/dia durante 3 (três) ou 6 (seis) meses.
O consentimento escrito foi obtido de todos os pais ou responsáveis, além da
concordância da criança em participar do estudo. Os protocolos foram aprovados pelo Comitê
de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário Onofre Lopes (CEP-HUOL) da UFRN (nº
323/09). Para o desenvolvimento do presente estudo, foram atendidos todos os princípios
24
éticos da pesquisa envolvendo seres humanos, em consonância com a Resolução Nº 466 de 12
de dezembro de 2012 do Conselho Nacional de Saúde.
Após a aprovação do estudo pelo CEP e antes do seu inicio, foi realizada uma reunião
com os responsáveis legais pelas crianças e direção da escola para explicar o caráter da
pesquisa e as etapas do estudo. Após os esclarecimentos, foi entregue para assinatura o Termo
de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) para confirmar a participação voluntária da
criança no estudo.
Foi ainda esclarecido sobre o sigilo das informações obtidas e que os resultados deste
estudo poderiam ser publicados, sem revelar a identificação dos participantes. Além disso,
que os mesmos poderiam desistir de participar da pesquisa, em qualquer momento, e sem
nenhum prejuízo.
4.2. Critérios de Inclusão e Exclusão
Participaram do estudo, crianças na faixa etária compreendida entre 8 e 9 anos de idade,
de ambos os gêneros, aparentemente saudáveis e eutróficas sem deficiência de zinco, sem
doenças agudas ou crônicas, segundo avaliações antropométrica, clínica e laboratorial. De
acordo com o estado nutricional, conforme indicador antropométrico IMC/idade, foram
classificadas como eutróficas, com base no ponto de corte para o percentil entre 15 e 85.
Clinicamente, foram avaliadas segundo estágio I de Tanner para crescimento de pêlos
pubianos, seios e genital 39
. Esta avaliação foi realizada por um médico endocrinologista.
Foram excluídas as crianças categorizadas no estágio II de Tanner com presença de
telarca (desenvolvimento de glândulas mamárias), pubarca (aparecimento precoce de pêlos
pubianos), ou menarca (aparecimento da primeira menstruação), presença de sobrepeso,
25
obesidade, doenças infecciosas ou inflamatórias agudas ou crônicas, submetidas a cirurgia,
utilizando qualquer suplemento vitamínico e mineral, ou que desistiram de participar do
estudo. Além disso, aquelas que apresentaram zinco sérico abaixo de 0.7 μg/mL.
4.3. Desenho Experimental
O estudo foi conduzido no Laboratório Multidisciplinar de Doenças Degenerativas
Crônicas, durante um período de três meses (Figura 2). Determinamos este período pelo fato
de ser o tempo mínimo para uma boa ação do zinco sobre os mecanismos biológicos, nos
quais ele atua. Foi caracterizado por ser randomizado controlado do tipo triplo-cego, formado
por um processo de amostragem não probabilística (amostra de conveniência), cujos
voluntários foram divididos em grupos controle e experimental. O pareamento foi realizado
de maneira aleatória, considerando idade e gênero. O grupo controle foi constituído por 20
(vinte) crianças, sendo 9 (nove) do gênero feminino e 11 (onze) do gênero masculino, usando
placebo. O grupo experimental foi constituído por 20 crianças, sendo 8 (oito) do gênero
feminino e 12 (doze) do gênero masculino, usando suplementação oral com o elemento zinco.
A ingestão dietética de energia, macronutrientes, fibras, cálcio, ferro e zinco; a
avaliação do estado nutricional antropométrico; as dosagens de zinco sérico, GH, IGF-1,
IGFBP-3, OCN, ALP, TRAP, PT e hemoglobina foram observadas antes e após a
suplementação oral com o elemento zinco.
As crianças faziam parte de um mesmo universo de estudo, compunham uma faixa
etária previamente definida e tinham condições socioeconômicas similares, contribuindo para
a homogeneidade da amostra. Outro aspecto importante é que embora os parâmetros
antropométricos indicassem a classificação de eutrofia, a determinação do estado nutricional
26
não deveria ser baseada unicamente nesse método. Na maioria dos casos, o peso pode estar
adequado à altura e à idade. No entanto, o consumo alimentar e os dados bioquímicos podem
indicar carência de proteínas e micronutrientes, contrapondo-se a um estado de eutrofia.
Considerando esses aspectos, as crianças foram reunidas em dois grupos (controle e
experimental), e avaliadas em momentos distintos, antes e após a suplementação oral de zinco
durante três meses.
Figura 2: Desenho experimental do estudo.
27
4.4. Suplementação Oral com o Elemento Zinco
Durante 3 (três) meses, as crianças do grupo experimental foram submetidas a
suplementação oral com 10 mg do elemento zinco por dia, sob a forma de solução de sulfato
de zinco heptahidratado (ZnSO4.7H2O, Merck, Darmstadt, Alemanha). A escolha por esta
fórmula química foi devido ser a mais usada na literatura científica, assim como, ser a mais
bem tolerada pelos humanos, sem causar flatulência, náuseas, vômitos e pirose. As crianças
do grupo controle receberam, por via oral, solução de placebo contendo sorbitol a 10%.
Os xaropes foram preparados no Laboratório de Farmacotécnica do Departamento de
Farmácia da UFRN. Cada gota do xarope continha 1 mg de zinco elementar. Dez gotas de
xarope foram adicionadas a um alimento líquido (leite ou suco) servido todos os dias, no
desjejum. A escolha deste alimento ficou sob critério dos pais e crianças, a fim de evitar
interferências nas opções individuais e garantir maior adesão dos participantes. A ingestão foi
monitorada pelo mesmo observador, quinzenalmente, por meio de contato pessoal em visita
domiciliar, ou telefônico, com a mãe ou responsável pela criança.
A dose suplementada (10 mg Zn/dia) ultrapassou em 6 mg a EAR (4 mg Zn/dia) e em 5
mg a RDA (5 mg Zn/dia) para as crianças com 8 (oito) anos de idade. Para as crianças com 9
(nove) anos de idade, a dose ficou aquém da EAR e RDA (7 mg e 8 mg Zn/dia,
respectivamente). As crianças com 8 (oito) anos de idade, o somatório entre zinco
suplementado e o zinco proveniente da alimentação ultrapassou os valores de UL (12 mg
Zn/dia) 40
. No entanto, para as crianças com 9 (nove) anos de idade, não excedeu os valores
de UL (23 mg Zn/dia). Entretanto, podemos dizer que a dose escolhida foi considerada segura
e fisiológica.
28
4.5. Administração Intravenosa com o Elemento Zinco
As crianças dos grupos controle e experimental foram submetidas à administração
venosa de zinco em dois momentos, antes (tempo 1) e após (tempo 2) a suplementação oral
com o elemento zinco. O teste teve início às 7 horas da manhã, após um jejum noturno de 12
(doze) horas, e concluído às 12 (doze) horas. Todas as crianças foram monitoradas, pelos
pesquisadores responsáveis (médico e nutricionistas).
Cada criança foi mantida em decúbito dorsal durante o procedimento. Uma veia
antecubital do antebraço foi puncionada e infundida solução salina (livre de zinco) durante
todo o ensaio. Uma dose de 0,06537 mg Zn/kg de peso corporal (1 μmol ZnSO4.7H2O) foi
injetado no tempo 0 minuto, em bolus. Cada ampola continha 5 mL = 40 μmol ZnSO4.7H2O.
Essas ampolas foram preparadas pela Injectcenter (Manipulação de Injetáveis, Ribeirão Preto,
Brasil). As amostras de sangue foram coletadas nos tempos 0 (zero), antes da administração
venosa com o elemento zinco, 60 (sessenta), 120 (cento e vinte), 180 (cento e oitenta) e 210
(duzentos e dez) minutos, após a administração venosa com o elemento zinco, como mostrado
na Figura 3. Seringas de plástico polipropileno foram utilizadas em todas as coletas de
sangue.
29
Figura 3: Esquema da administração venosa com o elemento zinco.
4.6. Avaliação Antropométrica do Estado Nutricional
Para a avaliação antropométrica do estado nutricional (Figura 4), o peso corporal (kg) e
a altura (cm) foram aferidos utilizando-se uma balança eletrônica (Balmak, BK50F, São Paulo,
Brasil) e um estadiômetro fixo (Estadiômetro Professional Sanny, American Medical do
Brasil, São Paulo, Brasil), respectivamente. Para aferição do peso, a criança permaneceu em
pé sobre a balança vestindo roupas leves e sem calçados. Para aferição da altura, a criança
permaneceu em pé, sem calçados, com os calcanhares juntos e o corpo o mais reto possível.
Os calcanhares, glúteo, ombros e cabeça tocaram a superfície vertical do equipamento de
medida. Os procedimentos foram realizados pelo mesmo observador.
A classificação do estado nutricional foi baseada no indicador antropométrico
30
IMC/idade mediante as curvas de crescimento publicadas pela OMS 41
, a qual reconstruiu a
referência de crescimento recomendada pelo National Center for Health Statisticspara
crianças de 5 (cinco) a 19 (dezenove) anos de idade. Os pontos de corte recomendados pela
OMS foram percentil abaixo de 0,1 para IMC muito baixo para a idade, percentil entre 0,1 e
3,0 para IMC baixo para a idade, percentil entre 3,0 e 15,0 vigilância para IMC baixo para a
idade, percentil entre 15 e 85 para IMC adequado para a idade, percentil entre 85 e 97
vigilância para IMC elevado para a idade (sobrepeso), e percentil acima de 97 para excesso de
peso (obesidade). Os cálculos foram realizados mediante o WHO AnthroPlus v1.0.4 42
.
4.7. Avaliação Dietética
Para a avaliação da ingestão dietética (Figura 4), foi utilizado o registro alimentar
prospectivo de três dias, sendo dois dias durante a semana e um dia do final de semana. Todas
as mães ou responsáveis foram orientados sobre a técnica para o preenchimento dos registros
alimentares. Foram registrados os horários das refeições, tipos de alimentos e bebidas
consumidos durante o dia e suas respectivas medidas caseiras, a fim de prover estimativas da
ingestão habitual do momento em que a criança acordou até a hora que foi dormir. Além disso,
foram coletadas descrições detalhadas dos alimentos consumidos e o modo de preparo das
refeições.
As medidas caseiras foram convertidas em unidades de peso (miligramas) e em
unidades de volume (mililitros e litros). Foi realizado também o controle de qualidade dos
registros alimentares, mediante identificação e correção de eventuais erros na obtenção de
dados dietéticos, tais como, descrição incompleta dos alimentos, modo de preparo e/ou das
medidas caseiras.
31
Posteriormente, para a análise do valor nutricional de energia, macronutrientes, fibras,
cálcio, ferro e zinco dos alimentos e refeições consumidos, foram utilizados o ambiente
virtual do software NutWin versão 1.5 43
e as informações contidas na tabela de composição
química de alimentos da UNICAMP (TACO) 44
. Quando não existiam informações na tabela
TACO, era procedida a inserção de novos alimentos ou preparações no software, através do
rótulo nutricional do alimento consumido pela criança. Os valores foram comparados com as
recomendações para idade e gênero: energia, macronutrientes e fibras 45, 46
, cálcio 47
, ferro e
zinco 40
.
Foi realizado o cálculo da adequação aparente, segundo as DRI (ingestão dietética de
referência), para cálcio, ferro e zinco. Os cálculos foram feitos individualmente, considerando
gênero e idade. Os dados utilizados para calcular o nível de confiabilidade da dieta está
adequada e atender as necessidades do nutriente foram a ingestão dietética total, a avaliação
da ingestão dos três dias de consumo alimentar, estimativa de necessidade do nutriente sendo
EAR (necessidade média estimada) o valor de referência utilizado e as variâncias inter e
intrapessoal. Para o cálcio, houve inadequação da dieta com 85% de confiabilidade dos dados.
Para o ferro, adequação da dieta, com 85% de confiabilidade dos dados. Para o zinco,
adequação da dieta, com 50% de confiabilidade dos dados.
32
Figura 4: Esquema da avaliação do estado nutricional.
4.8. Materiais Biológicos
As amostras de sangue para análises de zinco foram coletadas em tubos Vacutainer
Becton Dinckson (Trace Element, Soro, BD Franklin Lakes, NJ, USA), as amostras de sangue
para análises bioquímicas foram coletados em tubos Vacuette Z com soro ativador coágulo
(GreinerBio-One, Monroe, NC, USA), e as amostras de sangue para análises hormonais foram
coletadas em tubos Vacuette NH Sod Hep PREM GRN/GRN (GreinerBio-One, Monroe, NC,
USA).As amostras de zinco foram armazenadas em uma estufa de aço inoxidável adequada
para metais (Orion, Fanem, São Paulo, SP, Brasil). As soluções salinas (livres de metais)
foram adquiridas de Gaspar Viana S/A (Fortaleza, CE, Brasil) e seringas de polipropileno de
Becton Dinckson (Hercules, CA, USA). Ponteiras de plástico e tubos (livres de metal) foram
33
obtidos na Bio Rad Laboratories (Hercules, CA, USA).
4.9. Procedimentos para Coleta de Materiais Biológicos e Análises Bioquímicas
Observa-se na Figura 5 mostra o esquema geral dos procedimentos para coleta de
materiais biológicos e análises bioquímicas. As amostras de sangue foram coletadas por
punção de uma veia do antebraço sem uso de torniquete. As amostras de zinco foram
armazenadas a 37oC, em uma estufa para metais, durante 2 horas. Em seguida, foram
centrifugadas a 2500 rpm (rotações por minuto), por 6 minutos, a fim de se obter soro. As
amostras hemolisadas foram descartadas, uma vez que os eritrócitos são ricos em zinco 48
. As
amostras de soro foram armazenadas a 20 ºC negativos, para posterior mensuração.
Para a análise de zinco, foram coletados 500 µL de soro com ponteiras de plástico livres
de metais e transferidos para tubos de vidro livres de metais contendo 2000 µL de água ultra
pura (Milli-Q Plus, Millipore, Massachusetts, USA). Para as análises de zinco foi considerada
diluição de 1:4. Posteriormente, as amostras foram congeladas e estocadas a 80 ºC negativos
(Ultralow Freezer, Nuaire, Minnesota, USA), para posterior análise.
O zinco sérico foi mensurado por espectrofotometria de absorção atômica (SpectrAA-
200FS, Varian, Victoria, Australia). O comprimento de onda foi de 213,9 nm, a corrente da
lâmpada 10 mA, e os outros procedimentos como calibração e medições foram realizados em
conformidade com as instruções do fabricante.
O aparelho foi previamente calibrado, após estabelecimento de uma curva de
linearidade (r²>0,999), a partir de concentrações crescentes (0–1,0 mg/L em ppm) solução-
padrão versus absorbância. A solução-padrão de zinco (1000 mg/mL) foi obtida por diluição
de TitrisolZinc Standard (Merck, Darmstadt, Germany) em água ultra pura. A sensibilidade
34
foi de 0,01 μg/mL, o coeficiente de variação intra-ensaio foi de 2,2%, e os valores de
referência foram 0.7 – 1.2 μg/Dl 49
. A creatinina sérica e foi determinada, usando métodos
padrão de laboratório clínico e as análises realizadas por meio do analisador semiautomático
RA-50 (Bayer Diagnostics, Dublin, Ireland). Todos os procedimentos relacionados com a
manipulação de amostras de zinco foram realizados de acordo com normas internacionais 50
.
Os hormônios GH, IGF1, IGFBP3 e OCN foram mensurados pelo método
quimioluminescência, utilizando os kits do Immulite (IMMULITE ® 1000 Immunoassay
System; Siemens, Washington,USA).
As análises hematológicas foram mensuradas mediante métodos laboratoriais (Horiba
ABX Diagnostics, Micros 60, Montpellier, France), através do aparelho ABX Micro 60 semi
automatizado. As análises bioquímicas de ALP, TRAP e PT foram mensuradas pelo método
colorimetria (DadeBehring Dimension AR, Illinois, USA).
35
Figura 5: Esquema dos procedimentos biológicos e análises bioquímicas.
4.10. Tratamento Estatístico
Para analisar a normalidade dos dados foram utilizados os testes de D’Agostino &
Pearson. Foi utilizado o teste t de Student para amostras pareadas e não pareadas. Para
complementar, testes não paramétricos foram utilizados como: Mann-Whitney (amostras
pareadas) e Wilcoxon (amostras não pareadas). Correlação foi usada para mensurar duas
variáveis em cada sujeito mediante os coeficientes de correlação de Pearson (paramétrico) e
Spearman (não paramétrico). Foi utilizado o Graph Pad Prism versão 6.0 (Graph Pad
Software. Inc., San Diego, USA), e como nível de significância o p < 0,05.
36
5. ARTIGO PRODUZIDO
Título:
Effect of zinc supplementation on GH, IGF1, IGFBP3, OCN, and ALP in non-zinc-deficient
children
Autores:
Érika Dantas de Medeiros Rocha, MSc, Naira Josele Neves de Brito, PhD, Márcia Marília
Dantas, MSc, Alfredo Silva, MSc, Maria das Graças Almeida, PhD, and José Brandão-Neto,
PhD.
Aceite:
Journal of the American College of Nutrition
Fator de Impacto: 2,97
Qualis B1 para Área de Medicina II
JOURNAL OF THE AMERICAN COLLEGE OF NUTRITION
COMMENTS RECEIVED
05-Apr-2014
Dear Dr Brandão-Neto:
Your manuscript entitled "Effect of zinc supplementation on GH, IGF1, IGFBP3, OCN and
37
ALP in non-zinc-deficient children", which you submitted to Journal of the American College
of Nutrition, has been reviewed. The reviewer comments are included at the bottom of this
letter.
The reviews are in general favourable and suggest that, subject to minor revisions, your paper
could be suitable for publication. Please consider these suggestions, and I look for ward
toreceiving your revision.
When you revise your manuscript please high light the changes you make in the manuscript
by using the track changes mode in MS Word or by using bold or coloured text.
To start the revision, please click on the link below:
http://mc.manuscriptcentral.com/jacn?URL_MASK=77dbd54e0aea45b19a30e0d1b2d11104
This will direct you to the first page of your revised manuscript. Please enter your responses
to the comments made by the reviewer(s) in the space provided. You can use this space to
document any changes you made to the original manuscript. Please be as specific as possible
in your response to the reviewer(s).
This link will remain active until you have submitted your revised manuscript. If you begin a
revision and intend to finish it at a later time, please note that your draft will appear in the
“Revised Manuscripts in Draft” queue in your Author Center.
IMPORTANT: Your original files are available to you when you upload your revised
38
manuscript. Please delete any redundant files before completing the submission.
Because we are trying to facilitate timely publication of manuscripts submitted to Journal of
the American College of Nutrition, your revised manuscript should be uploaded by 05-May-
2014. If it is not possible for you to submit your revision by this date, we may have to
consider your paper as a new submission.
Once again, thank you for submitting your manuscript to Journal of the American College of
Nutrition and I look for ward to receiving your revision.
Sincerely,
Dr Zapatero
Associate Editor, Journal of the American College of Nutrition
Reviewer(s)' Comments to Author:
Reviewer: 1
Comments to the Author
"Effect of zinc supplementation on GH, IGF1, IGFBP3, OCN and ALP in non-zinc-deficient
children" for Journal of the American College of Nutrition. This study was do net investigate
the effects of this micronutrient on the secretion of growth hormone (GH), insulin-like
growth factor 1 (IGF1), insulin-like growth factor binding protein 3 (IGFBP3), osteocalcin
(OCN), and alkaline phosphatase (ALP) in healthy and eutrophic children. The authors
39
concluded that Zn supplementation improved thein take of some macronutrients and basal
serum zinc and plasma alkaline phosphatase levels. Zn administration increased hormone sof
the GH-IGF1 system. The study was nicely done and well conducted. Some comments are
written below:
Comments:
MATERIALS AND METHODS: The study design is OK, and all procedures are nicely
described. The study has some limitations. Nevertheless, the few limitations do not
compromise the results and conclusions.
FIGURES AND TABLES: The figures and tables are of good quality and the legends
correctly describe their findings.
DISCUSSION: The discussion is good, and the authors compare their findings with data from
studies in the literature.
REFERENCES: References are correctly cited by bracketed character of the corresponding
number. “The list at the end of the paper needs revision”. Please, see and follow the
instructions for authors.
CONCLUDING: I think that the study is relevant and important for clinicians who study
nutrition in children. The English language should be revised. Ex: “Some problems were
detected in the English language pages 15 (line 26, 46, 55)”, “page 16 (line 19, 48, 49)”,
“page 20 (line 10, 23 41, 48)”, etc. The authors must be congratulated for this well-conducted
40
study. The Reviewer assessments should be viewed as a constructive criticism and a
contribution to the improvement of the paper, so that the J Am Coll Nutr can maintain its
recognized quality.
Reviewer: 2
Comments to the Author
“High light the unprecedented aspect of your research in the title, abstract, and text”.
Abstract
“High light the unprecedented aspect in the objective” described in the abstract. Results:
“replace the term “increased energy values” by “stimulated increase in consumption”.
Conclusion: “replace “improved intake” by “stimulated increase in consumption” ... and “add
the word “improved” before basal phosphatase levels.
Introduction
“High light in the last sentence whether this study is unprecedented” or not.
Material and Method
In the item relating to intra venous Zinc administration, specify that “this administration was
performed in all children in the experimental group”.
Results
In results related to the intake of macro and micro nutrients, “calculate the apparent adequacy
of zinc, iron and calcium”.
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
61
62
63
64
65
66
67
68
69
70
71
72
73
74
75
76
77
6. COMENTÁRIOS, CRÍTICAS E CONSIDERAÇÕES FINAIS
A metodologia para a realização deste estudo foi planejada durante o período do
mestrado (2004 a 2008), quando na época foi desenvolvido o trabalho de doutorado da pós-
graduanda Lúcia Dantas Leite, sob a orientação do Professor Dr. José Brandão Neto,
intitulado “Sensibilidade da cinética do zinco e avaliação nutricional em crianças submetidas
ao teste venoso de tolerância ao zinco”. E nessa oportunidade, participei como colaboradora.
O motivo pelo qual nos levou a desenvolvê-lo foi que os resultados preliminares da
pesquisa supracitada mostraram-se instigantes, pois revelava que o zinco aumentava os
valores plasmáticos de GH, IGF1 e IGFBP3 com a dose oral de 5 mg Zn/dia. Esse trabalho
preliminar foi publicado no Journal of Pediatric Endocrinology and Metabolism (Alves CX,
Vale SHL, Dantas MMG, Maia AA, Franca MC, Marchini JS, Leite LD, Brandao-Neto J:
Positive effects of zinc supplementation on growth, GH, IGF1, and IGFBP3 in eutrophic
children. Journal of Pediatric Endocrinology and Metabology 25: 881 - 887, 2012.) e foi
assunto de dissertação da aluna Camila Xavier Alves. Portanto, visando aprimorar e
aprofundar tais resultados e desvendar os desafios da temática relacionada com “zinco e
crescimento infantil” foi traçado um novo desenho metodológico.
O modelo metodológico do presente estudo contou com a participação multidisciplinar
de farmacêuticos, médico, nutricionistas e estatístico, e foi aplicado para avaliar o efeito da
suplementação oral de zinco sobre a secreção hormonal de GH, IGF1, IGFBP3, OCN e ainda
da ALP.
Houve a incessante preocupação com o rigor metodológico durante o desenvolvimento
do estudo, o qual foi cuidadosamente delineado com a finalidade de precisão, fidedignidade e
reprodutibilidade. Podemos considerar que os objetivos propostos foram contemplados e sua
78
realização foi satisfatória, juntamente com a equipe multidisciplinar. Além disso, o que estava
proposto no projeto inicial foi executado com devidos ajustes, os quais contribuíram para a
melhoria do presente estudo, dentro das circunstâncias vivenciadas.
A análise estatística foi cuidadosamente realizada, mediante escolha adequada dos testes
e orientação de um profissional qualificado. Mostrou-se relevante, em nosso estudo, pois
assegurou, mediante significância, as conclusões geradas. Portanto, os resultados obtidos
proporcionaram novas informações para compreender a complexa relação existente entre
zinco e crescimento infantil, certamente essenciais para a comunidade científica.
Ao longo do estudo, observamos que não é fácil trabalhar com pesquisas envolvendo
seres humanos, especialmente crianças, por se tratar de um estudo prospectivo de intervenção,
que requer testes dinâmicos e coletas sucessivas de materiais biológicos, além de jejum muito
prolongado. No entanto, tivemos boa adesão por parte das crianças e seus respectivos
responsáveis, além do prestimoso apoio e receptividade dos diretores e professores das
escolas participantes.
Almejando uma publicação em um periódico internacional de impacto, o manuscrito
oriundo deste estudo foi submetido ao American Journal Experts (USA) para revisão do
inglês. A futura publicação contribuirá, notoriamente, com novos conhecimentos. Por sua
originalidade, acreditamos na nossa colaboração intelectual à pesquisa e, principalmente, aos
investigadores de temas semelhantes ou relacionados.
Em relação à prática docente, a pós-graduação stricto senso me permitiu atuar, entre
2010 e 2012, como docente no Curso de Nutrição da Universidade Potiguar, possibilitando
agregar melhor entendimento da vida acadêmica, participar de orientações e bancas de defesa
de trabalhos de conclusão de curso (TCC), e contribuir com o desenvolvimento de projetos de
especialização do tipo lacto senso em Nutrição Clínica.
Atualmente, resido em Joinville/SC, cidade na qual atuo como docente do Curso de
79
Nutrição de uma instituição de ensino superior denominada Associação Educacional Luterana
Bom Jesus/IELUSC, desde janeiro de 2013, desenvolvendo atividades relacionadas com
ensino, pesquisa e extensão. Dentre as atividades, participo como membro da Comissão
Própria de Avaliação, representando os docentes da área da saúde, analisando as avaliações
institucionais realizadas por discentes e docentes e membro do Comitê de Ética em Pesquisa
envolvendo Seres Humanos contribuindo com a relatoria de projetos de pesquisa de discentes
e docentes da própria instituição e de outras instituições de ensino superior da região.
Coordeno as ações integradas do NENUT (Núcleo de Estudos, Pesquisa e Extensão em
Nutrição). Além das aulas para a graduação do Curso de Nutrição, ministro também aulas
para residência multiprofissional e residência médica do Hospital Municipal São José e
Maternidade Darcy Vargas, ambos são hospital escola, com os módulos de metodologia da
pesquisa científica, bioestatística e epidemiologia.
Durante a trajetória da pós-graduação, alguns artigos foram submetidos e/ou
publicados em periódicos de circulação internacional, tais como:
Leite LD, Rocha ÉDM, Almeida MG, Rezende AA, da Silva CA, França MC,
Marchini JS, Brandão-Neto J: Sensitivity of zinc kinetics and nutritional assessment of
children submitted to venous zinc tolerance test. J Am Coll Nutr 28:405-412, 2009.
Santos MGN, Baracho MFP, Vale SHL, Leite LD, Rocha ÉDM, Brito NJN, França
MC, Almeida MG, Chiquetti SC, Marchini JS, Brandão-Neto, José. Kinetics of zinc
status and zinc deficiency in Berardinelli-Seip syndrome. Journal of Trace Elements in
Medicine and Biology, v. 26, p. 7-12, 2012. (Apêndice 1).
Rocha ÉDM, Brito NJN, Alves CX, Almeida MG, Brandão-Neto J. Zinc regulation of
GH, IGF1, IGFBP3, and OCN in healthy and eutrophic children. Submitted to
Nutrition and Metabolism (USA).
Brito NJN, Rocha ÉDM, Silva AA, Costa JBS, Marchini JS, França MC, Almeida MG,
80
Brandão-Neto J. Oral zinc supplementation can decrease the serum iron profile of
healthy schoolchildren. Submitted to Biological Trace Element Research (USA).
Dantas MMG, Rocha EDM, Alves CX, Brandão-Neto J. Bioelectrical impedance
vector as a method to evaluate zinc supplementation in prepubertal children.
Submitted to Clinical Nutrition (USA).
A conclusão do Doutorado representará para mim uma conquista vitoriosa. Entretanto,
não estagna a necessidade e o desejo que sinto de abarcar novos projetos, como o pós-
doutorado como meta futura que pretendo ainda alcançar. Além disso, a capacitação adquirida
durante o período de mestrado e doutorado (2004 a 2013) e o ganho intelectual, traduzem-se
num preparo mais seguro para o seguimento da carreira acadêmica.
81
7. REFERÊNCIAS
1. Endre L, Beck FWJ, Prasad AS. The role of zinc in human health. J Trace Elem Exp Med
3: 337-375, 1990.
2. Prasad AS. Discovery of human zinc deficiency: its impact on human on health and
disease. Adv Nutr 4: 176-190, 2013.
3. Mafra D, Cozzolino SMF. The importance of zinc in human nutrition.Rev Nutr 17:79-87,
2004.
4. Stefanidou M, Maravelias C, Dona A, Spiliopoulou C. Zinc: a multipurpose trace element.
Arch Toxicol 80:1-9, 2006.
5. Person OC, Botti AS, Feres MCLC. Clinical repercussions of zinc deficiency in human
beings.Arq Med ABC 31:46-52, 2006.
6. Saper RB, Rash R. Zinc: an essential micronutrient. Am FamPhysician 79:768-778, 2009.
7 International Zinc Nutrition Consultative Group (IZiNCG), Brown KH, Rivera JA,
Bhutta Z, Gibson RS, King JC et al. Assessment of the risk of zinc deficiency in
populations and options for its control. Food Nutr Bull 25: S99-S203, 2004.
8. Gibson RS, Hess SY, Hotz C, Brown KH. Indicators of zinc status at the population level:
a review of the evidence. Br J Nutr 99: S14-S23, 2008.
9 Lowe NM, Fekete K, Decsi T. Methods of assessment of zinc status in humans: a
systematic review. Am J Clin Nutr 89: S2040-S2051, 2009.
10. Ryu MS, Langkamp-Henken B, Chang SH, Shankar MN, Cousins RJ. Genomic analysis,
cytokine expression, and microRNA profiling reveal biomarkers of human dietary zinc
depletion and homeostasis. Proc Natl Acad Sci USA 108: 20970-20975, 2011.
11. Moura JE, Moura ENO, Alves CX, Vale SHL, Dantas MMG, Silva AA, Almeida MG,
82
Leite LD, Brandão-Neto J. Oral zinc supplementation may improve cognitive function in
schoolchildren. Biol Trace Elem Res 155: 23–28, 2013.
12. Hotz C, Brown KW. Assessment of the risk of zinc deficiency in populations and options
for its control.International zinc nutrition consultative group (IZiNCG). Food Nutr Bull
25: S91-S204, 2004.
13. Krishna SS, Mamjumbar I, Grishin NV. Structural classification of zinc fingers. Nucleic
Acids Res 31: 532-550, 2003.
14. Imamoğlu S, Bereket A, Turan S, Taga Y, Haklar G: Effect of zinc supplementation on
growth hormone secretion, IGF-I, IGFBP-3, somatomedin generation, alkaline
phosphatase, osteocalcin and growth in prepubertal children with idiopathic short stature.
J Pediatr Endocrinol Metab 18: 69–74, 2005.
15. Yu ZP, Le GW, Shi YH: Effect of zinc sulphate and zinc methionine on growth, plasma
growth hormone concentration, growth hormone receptor and insulin-like growth factor-I
gene expression in mice. Clin Exp Pharmacol Physiol 32: 273-278, 2005.
16. LaBella F, Dular R, Vivian S, Queen G: Pituitary hormone releasing or inhibiting activity
of metal ions present in hypothalamic extracts. Biochem Biophys Res Comm 52: 786-791,
1973.
17. Sun P, Wang S, Jiang Y, Tao Y, TianY, Zhu K, Wan H, Zhang L, Zhang L: Zip1, zip2, and
zip8 mRNA expressions were associated with growth hormone level during the growth
hormone provocation test in children with short stature. Biol Trace Elem Res 155: 11-22,
2013.
18. Herington AC: Effect of zinc on the binding and action of GH in isolated rat adipocytes.
Biochem Int 11: 853–862, 1985.
19. Petkovic V, Miletta MC, Eblé A, Iliev DI, Binder G, Flück CE, Mullis PE: Effect of zinc
binding residues in growth hormone (GH) and altered intracellular zinc content on
83
regulated GH secretion. Endocrinology 2013 Aug 22. [Epub ahead of print].
20. Cesur Y, Yordaman N, Doğan M: Serum insulin-like growth factor-I and insulin-like
growth factor binding protein-3 levels in children with zinc deficiency and the effect of
zinc supplementation on these parameters. J Pediatr Endocrinol Metab 22: 1137-1143,
2009.
21. Nakamura T, Nishiyama S, Futagoishi-Suginohara Y, Matsuda I, Higashi A: Mild to
moderate zinc deficiency in short children: effect of zinc supplementation on linear
growth velocity. J Pediatr 123: 65−69, 1993.
22. Hammond GL, Avvakumov GV, Muller YA. Structure/function analyses of human sex
hormone-binding globulin: effects of zinc on steroid-binding specificity. J Steroid
BiochemMolBiol 85:195-200, 2003.
23. Karaca Z, Tanriverdi F, Kurtoglu S, Tokalioglu S, Unluhizarci K, Kelestimur F. Case
report. Pubertal arrest due to Zn deficiency. The effect of zinc supplementation.
Hormones 6: 71-74, 2007.
24. Li YV. Zinc and insulin in pancreatic beta-cells.Endocrine.2013 Aug 24.[Epub ahead of
print].
25. Yamaguchi M, Inamoto K. Differential effects of calcium-regulating hormones on bone
metabolism in weanling rats orally administered zinc sulphate. Metabolism 35: 1044–
1047, 1986.
26. Ertek S, Cicero AFG, Caglar O, Erdogan G. Relationship between serum zinc levels,
thyroid hormones and thyroid volume following successful iodine supplementation.
Hormones 9: 263-268, 2010.
27. Kwun I-S, Cho Y-E, Lomeda R-A R, Shin H-I, Choi J-Y, Kang Y-H, Beattie JH. Zinc
deficiency suppresses matrix mineralization and retards osteogenesis transiently with
catch-up possibly through Runx 2 modulation. Bone 46: 732–741, 2010.
84
28. Alves CX, Vale SHL, Dantas MMG, Maia AA, Franca MC, Marchini JS, Leite LD,
Brandao-Neto J: Positive effects of zinc supplementation on growth, GH, IGF1, and
IGFBP3 in eutrophic children. J Pediatr Endocrinol Metab 25: 881–887, 2012.
29. Oner G, Bhaumick B, Bala RM: Effect of zinc deficiency on serum somatomedin levels
and skeletal growth in youngrats. Endocrinology 114:1860–1863, 1984.
30. Dattani MT, Hindmarsh PC, Brook CG, Robinson IC, Weir T, Marshall NJ: Enhancement
of GH bioactivity by zinc in theelutedsta in assay system. Endocrinology 133: 2803–2808,
1993.
31. Lefebvre D, Beckers F, Ketelslegers JM, Thissen JP: Zinc regulation of insulin-like
growth factor-I (IGF-I), growth hormone receptor (GHR) and binding protein (GHBP)
gene expression in rat culture dhepatocytes. Mol Cell Endocrinol 138:127-136, 1998.
32. Juul A, Dalgaard P, Blum WF, Bang P, Hall K, Michaelsen KF, Müller J, Skakkebaek NE:
Serum level sofinsulin-like growth factor (IGF)-binding protein-3 (IGFBP-3) in healthy
infants, children, and adolescents: there lation to IGF-I, IGF-II, IGFBP-1, IGFBP-2, age,
sex, body mass index, and pubertal maturation. J Clin Endocrinol Metab 80: 2534-2542,
1995.
33. Hadley KB, Newman SM, Hunt JR:
Dietaryzincreducesosteoclastresorptionactivitiesandincreasesmarkersofosteoblastdifferent
iation, matrix maturation, and mineralization in the long bone sofgrowing rats. J Nutr
Biochem 21: 297–303, 2010.
34. MacDonald RS: The role of zinc in growth and cell proliferation. J Nutr130:S1500–S1508,
2000.
35. Ninh NX, Thissen JP, Maiter D, Adam E, Mulumba N, Ketelslegers JM: Reduced liver
insulin-like growth factor-I gene expression in young zinc-deprived rats is associated
with a decrease in liver growth hormone (GH) receptors and serum GH-binding protein. J
85
Endocrinol 144:449−456, 1995.
36. Neve A, Corrado A, Cantatore FP: Osteocalcin: skeletal and extra-skeletal effects. J Cell
Physiol 228: 1149-1153, 2013.
37. Bayer M: Reference value so fosteocalcinandpro collagentype I N-propeptide plasma
levels in a healthy Central European population aged 0-18 years. Osteoporose Int 2013
Aug 22 [Epubaheadofprint].
38. Nagata M, Lönnerdal B: Role of zinc in cellular zinc trafficking and mineralization in a
murine osteoblast-like cellline. J Nutr Biochem 22: 172-178, 2011.
39. Tanner JM, Whitehouse RH: Clinical longitudinal standards for height, weight, height
velocity, weight velocity and stages of puberty. Arch Dis Child 51:170–179, 1976.
40. Food and Nutrition Board, Institute of Medicine. Dietary reference intakes for vitamin A,
vitamin K, arsenic, boron, chromium, copper, iodine, iron, manganese, molybdenum,
nickel, silicon, vanadium, and zinc. The National Academies Press, Washington, DC,
USA, 2003.
41. Onis, M, Onyango, AW, Borghi, E, Siyam, A, Nishida, C, and Siekmann, J: Development
of a WHO growth reference for school-aged children and adolescents. Bull World Health
Organ 85: 660–667, 2007.
42. World Health Organization. Growth reference data for 5-19 years [online], 2007.
Available from www.who.int/growthref/en/ [accessed 15 February 2013].
43. Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Programa de Apoio à Nutrição [online],
2007. Available from http://sourceforge.net/projects/nutwin/ [accessed 12 March 2013].
44. Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Nucleo de Estudos e Pesquisas em
Alimentação (NEPA): Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (TACO). 4ed,
NEPA-UNICAMP, Campinas, Brazil, 2011.
45. Joint FAO/WHO/UNU Expert Consultation. Human energy requirements. Rome, Italy,
86
2001. Available from http://www.fao.org/docrep/007/y5686e/y5686e00.htm. [accessed 10
March 2013.
46. Food and Nutrition Board, Institute of Medicine. Dietary reference intakes (DRIs) for
energy, carbohydrate, fiber, fat, fatty acids, cholesterol, protein, and amino acids.The
National Academies Press, Washington, DC, USA, 2005.
47. Food and Nutrition Board, Institute of Medicine. Dietary reference intakes for calcium
and vitamin D. The National Academies Press, Washington, DC, USA, 2011.
48. Berdanier CD. Advanced Nutrition.Micronutrients. Boca Ratón: CRC Press; 1998.
49. Leite LD, Rocha EDM, Almeida MG, Rezende AA, da Silva CA, França MC, Marchini
JS, Brandão-Neto J: Sensitivity of zinc kinetics and nutritional assessment of children
submitted to venous zinc tolerance test. J Am Coll Nutr 28: 405-412, 2009.
50. Lowe NM, Fekete K, Decsi T. Methods of assessment of zinc status in humans: a
systematic review. Am J Clin Nutr 89: S2040-S2051, 2009.
87
APÊNDICE 1
Journal of
the American College of Nutrition, Vol. 28, No. 4, 405–412 (2009)Published by the American College of Nutrition
88
APÊNDICE 2
89
APÊNDICE 3
Figura 1: zinco sérico (A); área sob a curva de zinco (B) e zinco ingerido e suplementado (C)
nos grupos controle e experimental. Valores expressados em média ± erro padrão da média. P
nível de significância de 5%.
90
APÊNDICE 4
Figura 2: concentrações plasmáticas de GH (A), IGF1 (B), IGFBP3 (C) e OCN (D) nos
grupos controle e experimental durante a administração intravenosa com o elemento zinco.
Valores expressados em média ± erro padrão da média. P nível de significância de 5%.
91
APÊNDICE 5
Figura 3: área sob a curva de zinco e IMC (A), GH (B), IGF1 (C), IGFBP3 (D), OCN (E) e
IGF1 versus IGFBP3 (F) no grupo experimental após a suplementação oral com o elemento
zinco. Valores expressados como coeficientes de determinação (R2). P nível de significância
de 5%.
92
APÊNDICE 6
Tabela 1: valores de ingestão de energia e nutrientes antes e após a suplementação oral com o
elemento zinco nos grupos controle e experimental, comparada com as recomendações
segundo gênero e idade. Valores expressados em média ± erro padrão da média. P nível de
significância de 5%.
93
APÊNDICE 7
Tabela 2: Valores de peso corporal, estatura e IMC obtidos antes e após a suplementação oral
com o elemento zinco nos grupos controle e experimental. Valores expressados em média ±
erro padrão da média. P nível de significância de 5%.
94
ANEXO 1