MINICURSOS TEMÁTICOS COMO ESTRATÉGIA DE...
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MINICURSOS TEMÁTICOS COMO ESTRATÉGIA DE SENSIBILIZAÇÃO PARA A
EDUCAÇÃO E SEGURANÇA NO TRÂNSITO: A FÍSICA NO TRÂNSITO
Fernanda Carolina Freitas Cabral
Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de
Pós-Graduação em Ensino de Física no Curso de
Mestrado Profissional de Ensino de Física (MNPEF),
como parte dos requisitos necessários à obtenção do
título de Mestre em Ensino de Física.
Orientador:
João dos Santos Cabral Neto
Manaus
Maio, 2016

ii
MINICURSOS TEMÁTICOS COMO ESTRATÉGIA DE SENSIBILIZAÇÃO PARA A
EDUCAÇÃO E SEGURANÇA NO TRÂNSITO: A FÍSICA NO TRÂNSITO
Fernanda Carolina Freitas Cabral
Orientador:
João dos Santos Cabral Neto
Dissertação de Mestrado submetida ao Programa de Pós-Graduação em Ensino de Física
no Curso de Mestrado Profissional de Ensino de Física (MNPEF), como parte dos
requisitos necessários à obtenção do título de Mestre em Ensino de Física
Aprovada por:
_________________________________________
Dr. Luiz Henrique Pacobahyba – UFRR
_________________________________________
Dr. José Ricardo de Sousa – UFAM
_________________________________________
Dr. João dos Santos Cabral Neto – IFAM
Manaus
Maio, 2016

iii
“Sei que meu trabalho é uma gota no oceano.
Mas sem ele, o oceano seria menor...”
Madre Teresa de Calcutá

iv
FICHA CATALOGRÁFICA
L927i
Cabral, Fernanda Carolina Freitas
Minicursos Temáticos como Estratégia de Sensibilização para a Educação e
Segurança no Trânsito: A Física no Trânsito/ Fernanda Carolina Freitas Cabral
- Manaus: UFAM / IFAM, 2015.
viii, 193 f.: il.;30cm.
Orientador: João dos Santos Cabral Neto
Dissertação (mestrado) – UFAM / IFAM / Programa de Pós-Graduação em
Ensino de Física, 2015.
Referências Bibliográficas: f. 111-117.
1. Minicursos de Física no Trânsito. 2. Leis de Newton. 3. Ensino de Física. I.
Neto, João dos Santos Cabral. II. Universidade Federal do Amazonas, Instituto
Federal do Amazonas, Programa de Pós-Graduação em Ensino de Física. III.
Minicursos de sensibilização para o trânsito: unidade de ensino.

v
Dedico esta dissertação aos meus pais, em especial ao meu pai Francisco Augusto da Silva
Cabral (in memorian), por em vida ter me ensinado através do seu exemplo como ser humano
e após a sua passagem, que o que deve prevalecer são as nossas convicções.

vi
Agradecimentos
A alguns colegas, do Instituto de Educação do Amazonas, por abraçar junto comigo essa causa
pessoal e profissional e com devidas contribuições. Em especial, à professora Lúcia Lopes pela
significativa colaboração no que se refere à logística para a realização da pesquisa, às também
colegas de trabalho e amigas pessoais, Bruna Barbosa de Freitas, Erickson Moraes de Medeiros,
Tarciana Almeida de Paula e Jessyca Macedo Brasil, pelo grato incentivo.
Aos meus alunos e ex alunos, pelo constante incentivo e torcida nesta caminhada.
Aos meus colegas, do curso de Mestrado Nacional Profissional em Ensino de Física (polo 4),
pelo entrosamento e perseverança coletiva, apesar de alguns percalços.
A cada um dos professores e colaboradores, do curso de Mestrado Nacional Profissional em
Ensino de Física (polo 4), pela contribuição nessa trajetória.
Ao meu orientador, pela paciência e incentivo, fator determinante para que todo o processo da
pesquisa ocorresse da melhor maneira possível.
A todos, que nunca duvidaram de que um dia eu pudesse chegar até aqui, meu muito obrigada.

vii
RESUMO
Fernanda Carolina Freitas Cabral
Orientador:
João dos Santos Cabral Neto
Dissertação de Mestrado submetida ao Programa de Pós-Graduação em Ensino de Física no
Curso de Mestrado Profissional de Ensino de Física (MNPEF), como parte dos requisitos
necessários à obtenção do título de Mestre em Ensino de Física
O projeto Minicursos Temáticos como Estratégia de Sensibilização para a Educação e
Segurança no Trânsito: A Física no Trânsito, surgiu a partir de um problema social recorrente
e cujo desdobramento se reflete no cotidiano de todos nós, o trânsito. Esta problemática pode
ser abordada em sala de aula por meio da sensibilização para o tema, desta forma é possível que
tais conhecimentos incorporem seus devidos significados no ensino da física e passem a fazer
sentido no cotidiano do estudante. Este trabalho teve como objetivo avaliar o papel da educação
no trânsito e associá-lo ao ensino de física a fim de promover mudanças no comportamento,
embora a longo prazo, de futuros condutores. Participaram da pesquisa os alunos do segundo
ano do ensino médio de uma instituição de ensino público na cidade de Manaus. O referencial
teórico adotado foi o da aprendizagem significativa de David Ausubel, que fornece orientações
sobre o uso e benefício do conhecimento prévio do estudante. Esta pesquisa descreve o
desenvolvimento de atividades educativas através de minicursos de Física, caracterizado como
um produto educacional e relata ainda uma experiência particular em sala de aula, a fim de
viabilizar um ensino mais crítico no tocante às leis de Newton, para que o mesmo possa ser
reproduzido e aprimorado.
Palavras-chave: Minicursos, Aprendizagem Significativa, Trânsito.
Manaus
Maio, 2016

viii
ABSTRACT
Fernanda Carolina Freitas Cabral
Academic Advisor:
João dos Santos Cabral Neto
Masters dissertation submitted to the Postgraduate Studies Program in Physics Teaching in the
Professional Masters Course in Physics Teaching (MNPEF) as part of the requirements in order
to obtain a Master's degree in Physics Teaching.
The Thematic Short Courses project with an awareness strategy for physics teaching
came from a recurring social problem and which impact is reflected in the daily lives of all of
us, the traffic. This issue can be approached in the classroom through the awareness to the
subject, for this reason, it is possible that such knowledge can incorporate its own meanings in
Physics Teaching and it starts to make sense in the student's daily life.
This study aimed to evaluate the role of Traffic Education and associate it to Physics Teaching
so as to promote changes in behavior, even though it is a long-term change, of future drivers.
Students from the second year of High School Education (Junior year) of a state educational
institution in the city of Manaus participated in this survey.
The theoretical framework adopted was the meaningful learning by David Ausubel, that
provides guidance on the use and the benefit of student’s previous knowledge.
This research describes the development of educational activities through the short courses of
Physics, characterized as an educational product and it also reports a particular experience in
the classroom in order to enable a more critical education regarding Newton's Laws, so that it
can be reproduced and improved.
Keywords: Short Courses, Meaningful Learning, Traffic.
Manaus
May, 2016

ix
Sumário
Introdução .................................................................................................................. .....1 Capítulo 1 Questões sobre a Física e a Educação no Trânsito .................................. 3
1.1 O Código de Trânsito Brasileiro e a Educação para o Trânsito ......................... 3 1.2 O PCN e a Educação para o Trânsito ................................................................. 6
1.3 Dados do comportamento no Trânsito de Manaus (de 2012 a 2015) ................. 9 1.3.1 Estatísticas nacionais referentes ao trânsito: comparativo..........................13 1.3.2 Tendências: Década Mundial da Segurança Viária (2010 – 2020).............17
Capítulo2 Princípios básicos da mecânica no contexto do trânsito ......................... 19 2.1 Princípios Fundamentais da Mecânica: as Leis de Newton ............................. 19
2.2 O limite de velocidade das vias ........................................................................ 23 2.3. Desaceleração: evitando colisão ..................................................................... 28
2.3.1. Distrações ao volante.................................................................................29 2.3.2. Atrito e os freios.......................................................................................31
2.4. Por que usar o cinto de segurança? .................................................................. 33 2.5. A investigação de um acidente de trânsito ...................................................... 35
Capítulo 3 ...................................................................................................................... 38 Estratégias de ensino: o uso de minicursos para a Educação no Trânsito .............. 38
3.1 Elementos Básicos da Investigação .................................................................. 38
3.1.1 Objeto de estudo........................................................................................38 3.1.2 Problemática..............................................................................................38
3.1.3 Questão de pesquisa....................................................................................39 3.1.4 Objetivos Geral e Específicos...................................................................39
3.2 Conceitos básicos da aprendizagem significativa ............................................ 40
3.3 Unidade de ensino: Ensino de Física e Educação no Trânsito ......................... 42 3.3.1 Público alvo e suas especificidades............................................................42
3.3.2 Definição do tema.......................................................................................43 3.3.3 Planejamento do recurso pedagógico.........................................................43
3.3.4 O ensino por temas.....................................................................................54 3.3.5 Uso de um jogo no formato de quiz (questionário)....................................55
3.3.6 Descrição das atividades do mini evento (minicursos)..............................57
Capítulo 4 Análise e discussão dos resultados ........................................................... 69 4.1 Estrutura e organização .................................................................................... 69
4.2 Avaliação dos minicursos ................................................................................. 73 4.2.2 Resultados quantitativos.............................................................................81
Apêndice A Pré e pós testes do mini evento ............................................................... 104 Apêndice B Termo de autorização (para pais ou responsáveis de menores de idade) 108
Considerações Finais .................................................................................................. 109
Referências Bibliográficas ......................................................................................... 111 Apêndice ...................................................................................................................... 118 6. Sobre o Produto Educacional ................................................................................... 118
6.1 Descrição do Produto ..................................................................................... 119
6.2 Produto ........................................................................................................... 122

x
Lista de ilustrações
Figura 1: Fonte - Detran (AM) ................................................................................................... 9 Figura 2: Dados da Secretaria de Segurança segundo o Portal de notícias G1 Amazonas ...... 10 Figura 3: Dados do MANAUSTRANS de acordo com o Portal de notícias G1 Amazonas .... 10
Figura 4: Fonte - DATASUS .................................................................................................... 15 Figura 5: Fonte - Anuário estatístico DPVAT (2014) .............................................................. 16 Figura 6: Fonte – ONSV ........................................................................................................... 18 Figura 7: Repercussão internacional – Jornal inglês The Guardian. Disponível em
<http://bhaz.com.br/2015/07/10/tres-semanas-depois-midia-internacional-repercute-cristiano-
araujo-e-nos-define-como-abismo-cultural/>. Acesso em agosto de 2015. ............................. 25 Figura 8: Fonte - Próprio autor ................................................................................................. 26 Figura 9:Velocidade do veículo e a distância de parada. ......................................................... 27
Figura 10: Matéria sobre acidente com jovens, apontando como causa principal o excesso de
velocidade (Jornal A Crítica de Manaus em 04 de Outubro de 2015) ..................................... 27 Figura11:Matéria sobre distrações no trânsito
(<http://new.d24am.com/plus/comportamento/estudo-aponta-celular-ainda-maior-causa-
acidentes-transito/117009>) de 1 de agosto de 2014 ............................................................... 29 Figura 12:Representação da força de atrito exercida entre o pneu e a pista de rolamento.
Figura 13:Slides do minicurso I (Exemplos de questões de um dos quizzes) .......................... 56 Figura 14: Visualização de vídeo ............................................................................................. 70 Figura 15:Divulgação do projeto .............................................................................................. 71
Figura 16: Print de tela do pré – teste 1 e 2 .............................................................................. 72 Figura 17:Print de tela dos pós – testes 1 e 2............................................................................ 73
Figura 18: Plataforma Digital do projeto A Física na Educação do Trânsito........................... 80

xi
Lista de gráficos e tabelas
Quadro 1: Plano do minicurso I.................................................................................................45
Quadro 2: Plano do minicurso II...............................................................................................50
Gráfico 1:Questão 1 (Pré-teste) ................................................................................................ 82 Gráfico 2:Questão 2 (Pré-teste) ................................................................................................ 83 Gráfico 3:Questão 3 (Pré-teste) ................................................................................................ 84 Gráfico 4:Questão 4 (pré – teste) .............................................................................................. 85
Gráfico 5:Questão 5 (pré – teste) .............................................................................................. 86 Gráfico 6:Questão 6 (pré – teste) .............................................................................................. 87 Gráfico 7:Questão 1 (pós – teste) ............................................................................................. 88
Gráfico 8:Questão 2 (pós – teste) ............................................................................................. 89 Gráfico 9:Questão 3 (pós – teste) ............................................................................................. 90 Gráfico 10:Questão 4 (pós – teste) ........................................................................................... 91 Gráfico 11:Questão 5 (pós – teste) ........................................................................................... 92
Gráfico 12:Questão 6 (pós – teste) ........................................................................................... 93 Gráfico 13:Questão 7 (Pós-teste) .............................................................................................. 94
Gráfico 14:Questão 1 (pré – teste) ............................................................................................ 95 Gráfico 15:Questão 2 (pré – teste) ............................................................................................ 96 Gráfico 16:Questão 3 (Pré-teste) .............................................................................................. 97
Gráfico 17:Questão 4 (Pré-teste) .............................................................................................. 98 Gráfico 18:Questão 1 (pós – teste) ........................................................................................... 99
Gráfico 19:Questão 2 (pós – teste) ......................................................................................... 100 Gráfico 20:Questão 3 (pós – teste) ......................................................................................... 101 Gráfico 21:Questão 4 (pós – teste) ......................................................................................... 102
Gráfico 22:Questão 5 (pós – teste) ......................................................................................... 103

xii
Lista de siglas
ABRAMET – Associação Brasileira de Medicina de Tráfego
ABS – Anti-lock Braking System
AS – Aprendizagem Significativa
CET – Companhia de Engenharia de Tráfego
CNH – Carteira Nacional de Habilitação
CNT – Código Nacional de Trânsito
CTB – Código de Trânsito Brasileiro
DATASUS – Departamento de informática do Sistema Único de Saúde do Brasil
DENATRAN – Departamento Nacional de Trânsito
DETRAN – AM – Departamento Estadual de Trânsito do Estado do Amazonas
DIP – AM – Departamento Integrado de Polícia do Estado do Amazonas
DPVAT – Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre
GB – Giga Bytes
IBGE – Instituto de Geografia e Estatística
LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
MANAUSTRANS – Instituto Municipal de Engenharia e Fiscalização do Trânsito
ONU – Organização das Nações Unidas
OMS – Organização Mundial da Saúde
ONSV – Observatório Nacional de Segurança Viária
PCN’s – Parâmetros Curriculares Nacionais
SSP – AM – Secretaria de Segurança Pública do Estado do Amazonas
SUS – Sistema único de Saúde
TAS – Teoria da Aprendizagem Significativa
TCE – AM – Tribunal de Contas do Estado do Amazonas
UNICAMP – Universidade Estadual de Campinas

1
Introdução
Diante do sucateamento que a educação em geral vem sofrendo e sem entrar no mérito
da questão, o ensino – aprendizagem nas aulas de Física tem sobrevivido de inovações
metodológicas. Pois em pleno século XXI, na era da tecnologia, despertar a atenção de um
estudante de ensino médio não é uma tarefa muito simples quando se dispõe apenas de quadro
branco, pincel e um amontoado de expressões matemáticas sem nenhuma relação com o
cotidiano.
É muito comum ouvir-se: “onde eu vou utilizar isso?” ou ainda: “Vou exercer uma
profissão na qual não vou precisar saber Física”. É nesse momento que o papel do professor
ganha uma relevância ainda maior, contextualizando situações nas quais o estudante se
familiarize e entenda que tal ciência não está tão distante ou não é inacessível como
provavelmente se pensa.
Neste sentido, problematizar situações cotidianas com uma roupagem científica
viabiliza uma educação mais cidadã e crítica, possibilitando que os conhecimentos adquiridos
possam pautar suas ações diárias. Isto acontece no trânsito, onde as leis de Newton podem ser
contextualizadas para que o estudante compreenda de forma palpável que o motivo de se
respeitar as leis de trânsito não se baseia apenas no politicamente correto, mas também que
certas atitudes acarretam consequências drásticas que podem ser evitadas apenas fazendo - se
uso do bom senso e da sensibilização a esta questão.
Assim, o objetivo desta dissertação é “simplificar” a Mecânica por meio do trânsito
urbano de veículos, utilizando como aporte um evento escolar interno, com o intuito de
minimizar as dificuldades acerca da compreensão do referido conteúdo; haja vista que o mesmo
normalmente é abordado sem tanta relevância por conta do grau de abstração que requer.
Elaborou-se então, roteiros embasados nos conceitos da aprendizagem significativa, destinados
aos estudantes do primeiro ano do ensino médio ou que já o tenham cursado, contendo
situações-problema alusivas ao trânsito e como instrumento de avaliação de aprendizagem,
criou - se um quiz bastante lúdico e com comandos simples.
Esta dissertação descreve o desenvolvimento destas atividades didáticas que
caracterizam um mini evento de Física e o relato desta experiência em sala de aula. Tais
atividades foram executadas como instrumentos de auxílio para um Ensino de Física mais
contextualizado e consequentemente uma aprendizagem de maneira mais significativa no

2
ensino médio; uma vez que o trânsito é uma problemática que repercute bastante nas principais
discussões sociais da atualidade.
Tal fato possibilitou a criação de um produto educacional nos moldes de um tutorial,
que compacta a descrição de tais atividades para posterior reprodução a outros profissionais de
educação ou a quem possa interessar. E para que a aprendizagem significativa não fique apenas
em nosso discurso, é imprescindível que não nos limitemos a meras metodologias que muitas
vezes não se adequam ao público alvo, é necessário ajustar elementos específicos em cada sala
de aula, haja vista que dentro da mesma, há realidades cognitivas distintas e é este, o grande
desafio.
O capítulo 1 versa sobre as parâmetros educacionais e regulamentações legislativas
vigentes que regem o trânsito brasileiro, em especial, na cidade de Manaus, onde o índice de
acidentes de trânsito envolvendo jovens, têm crescido de forma preocupante.
No tocante ao capítulo 2, buscou – se contextualizar alguns princípios físicos da
Mecânica, com ênfase em conceitos que estejam envolvidos na temática do trânsito, tais como:
aceleração, atrito, velocidade, leis de Newton e conceitos afins. Em consonância portanto, com
os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) e o Código de Trânsito Brasileiro (CTB),
conforme foi abordado no primeiro capítulo. Já o capítulo 3 relata como e qual foi a estratégia
de ensino utilizada para o desenvolvimento da pesquisa em questão, a descrição e a influência
que cada etapa metodológica realizada causou nos estudantes. O referido desenvolvimento,
consta como sequências de ensino.
No último capítulo apresenta-se os dados coletados no decorrer da pesquisa e sua
respectiva discussão, com o intuito de sistematizar e facilitar a utilização do produto
educacional que encontra-se em apêndice. Destaca – se também as vantagens e desvantagens
da realização de minicursos dentro do ambiente escolar e ainda, uma plataforma digital que
permite a propagação e a continuidade do projeto.

3
Capítulo 1
Questões sobre a Física e a Educação no Trânsito
1.1 O Código de Trânsito Brasileiro e a Educação para o Trânsito
O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) é baseado na Constituição Federal de 1988 e
entrou em vigor em 22 de janeiro 1998 por meio da lei nº 9.503 de 23/09/1997, quando foi
aprovadab oficialmente pelo Congresso Nacional. Atualmente é constituído de 20 capítulos,
com um capítulo dedicado exclusivamente à educação, determinando, entre outros aspectos, a
implementação da educação para o trânsito em todos os níveis de ensino, onde no artigo 76
estabelece que “a educação para o trânsito será promovida na pré-escola e nas escolas de 1º, 2º
e 3º graus [...]”, BRASIL [1]
No parágrafo único, alínea I, desse artigo, temos de maneira clara a obrigatoriedade de
adoção, nos vários níveis de ensino, de um currículo interdisciplinar que contemple o tema
transversal segurança e educação no trânsito:
I - a adoção, em todos os níveis de ensino, de um currículo interdisciplinar com
conteúdo programático sobre segurança de trânsito [2]
No artigo 315 desta lei é definido que o Ministério da Educação e do Desporto,
atualmente, Ministério da Educação, num prazo de duzentos e quarenta dias contado da
publicação, deveria estabelecer o currículo com conteúdo programático relativo ao tema
segurança e a educação no trânsito para atender o disposto no CTB. Deste modo, várias questões
devem ser observadas para uma proposta de currículo que contemple este tema. Não é objeto
de estudo deste trabalho discutir a questão curricular, mas investir em questões que podem
produzir uma mudança de comportamento no trânsito diretamente relacionada ao sentido dado
para a aprendizagem de conceitos básicos da mecânica.
O CTB dedica vários artigos para direcionar a conduta de pedestres e condutores de
veículos, motorizados ou não, com o propósito de zelar pela segurança individual e coletiva e
o exercício da cidadania. No tocante às orientações ou determinações que podem estar
correlacionados aos conceitos básicos da mecânica, destacamos os seguintes [3]:
____________________________
[1] BRASIL. Ministério das Cidades. Conselho Nacional de Trânsito. Departamento Nacional de Trânsito. Código
de Trânsito Brasileiro. Brasília, 2008, p.34.
[2] Ibidem, p. 35.
[3] Ibidem, p. 23-30.

4
Art. 27. Antes de colocar o veículo em circulação nas vias públicas, o condutor deverá
verificar a existência e as boas condições de funcionamento dos equipamentos de uso
obrigatório, bem como assegurar-se da existência de combustível suficiente para
chegar ao local de destino.
Art. 28. O condutor deverá, a todo momento, ter domínio de seu veículo, dirigindo-o
com atenção e cuidados indispensáveis à segurança do trânsito.
Art. 29. O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à circulação obedecerá às
seguintes normas:
[...]
II - o condutor deverá guardar distância de segurança lateral e frontal entre o seu e os
demais veículos, bem como em relação ao bordo da pista, considerando-se, no
momento, a velocidade e as condições do local, da circulação, do veículo e as
condições climáticas;
[...]
XI - todo condutor ao efetuar a ultrapassagem deverá: [...]; b) afastar-se do usuário ou
usuários aos quais ultrapassa, de tal forma que deixe livre uma distância lateral de
segurança;
Art. 31. O condutor que tenha o propósito de ultrapassar um veículo de transporte
coletivo que esteja parado, efetuando embarque ou desembarque de passageiros,
deverá reduzir a velocidade, dirigindo com atenção redobrada ou parar o veículo com
vistas à segurança dos pedestres.
Art. 34. O condutor que queira executar uma manobra deverá certificar-se de que pode
executá-la sem perigo para os demais usuários da via que o seguem, precedem ou vão
cruzar com ele, considerando sua posição, sua direção e sua velocidade.
Art. 42. Nenhum condutor deverá frear bruscamente seu veículo, salvo por razões de
segurança.
Art. 43. Ao regular a velocidade, o condutor deverá observar constantemente as
condições físicas da via, do veículo e da carga, as condições meteorológicas e a
intensidade do trânsito, obedecendo aos limites máximos de velocidade estabelecidos
para a via, além de:
[...]
II - sempre que quiser diminuir a velocidade de seu veículo deverá antes certificar-se
de que pode fazê-lo sem risco nem inconvenientes para os outros condutores, a não
ser que haja perigo iminente;
III - indicar, de forma clara, com a antecedência necessária e a sinalização devida, a
manobra de redução de velocidade.
Art. 44. Ao aproximar-se de qualquer tipo de cruzamento, o condutor do veículo deve
demonstrar prudência especial, transitando em velocidade moderada, de forma que
possa deter seu veículo com segurança para dar passagem a pedestre e a veículos que
tenham o direito de preferência.
Art. 58. Nas vias urbanas e nas rurais de pista dupla, a circulação de bicicletas deverá
ocorrer, quando não houver ciclovia, ciclo faixa, ou acostamento, ou quando não for
possível a utilização destes, nos bordos da pista de rolamento, no mesmo sentido de
circulação regulamentado para a via, com preferência sobre os veículos automotores.
Art. 65. É obrigatório o uso do cinto de segurança para condutor e passageiros em
todas as vias do território nacional, salvo em situações regulamentadas pelo
CONTRAN.
Art. 69 Para cruzar a pista de rolamento o pedestre tomará precauções de segurança,
levando em conta, principalmente, a visibilidade, a distância e a velocidade dos

5
veículos, utilizando sempre as faixas ou passagens a ele destinadas sempre que estas
existirem numa distância de até cinquenta metros dele [...]
Conceitos sobre velocidade (velocidade relativa), distância de segurança (intrínseco o
tempo de reação, cálculo de distância de parada e frenagem), aceleração (desaceleração), inércia
(obrigatoriedade do uso de cinto de segurança), e de modo geral, as leis de Newton, estão
presentes nesses artigos. As conexões entre o CTB e conceitos da Física dão evidências da
necessidade de se discutir numa perspectiva interdisciplinar, a segurança e a educação no
trânsito dentro da escola.
O Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, constatou que em 2009 do
total de mortes provocadas por acidentes de trânsito 45,6% das pessoas envolvidas tinham idade
entre 20 e 39 anos. Este quantitativo quando somado àqueles que têm entre 15 e 19, sobe para
53,4%. Os dados indicam que os jovens têm grande parcela de contribuição para as mortes
provocadas no trânsito, Portal Brasil [4]. Esta realidade não deixa dúvida da necessidade de se
discutir conceitos que envolvam segurança e educação no trânsito no âmbito da escola, e
principalmente para o público jovem. Segundo Faria e Braga [5], a participação de jovens nesta
alarmante estatística se dá porque
[...] os jovens podem estar mais motivados a assumir comportamentos de risco na
medida em que sentem necessidade de autonomia (contrapondo-se à autoridade dos
pais e das normas sociais), necessidade de novidades e de sensações, bem como
necessidade de auto afirmação, quando o risco caracteriza-se como uma fonte de
prestígio e de competitividade.
O CTB e as penalidades impostas pela lei, por si só não tem surtido o efeito desejado,
que é a redução dos índices de vítimas do trânsito, gerando inclusive gastos orçamentários para
o país, como afirma o Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV) [6]: “O Brasil gasta,
em média, R$ 16,1 bilhões em decorrência de acidentes de trânsito, R$ 10,7 bilhões é o custo
decorrente das mortes. O restante, R$ 5,4 bilhões, com os feridos [...]”. Entre outros custos
destacam-se: previdência social, custos legais, perdas materiais, despesas com seguro entre
outros. Apesar da normas de conduta sujeitas à penalidade, esse contexto continua preocupante,
pois não tem sido suficiente para minimizar as estatísticas alarmantes que o Brasil possui acerca
dos acidentes de trânsito.
_________________________
[4] Portal Brasil. Jovens respondem por metade das mortes provocadas pelo trânsito, 2011. Disponível
em:<http://www.brasil.gov.br/saude/2011/11/jovens-respondem-por-metade-das-mortes-provocadas-pelo-
transito> Acesso em set. 2015.
[5] FARIA e BRAGA, 1999, p.100
[6] ONSV, Observatório Nacional de Segurança Viária, Brasília, 2015. Disponível em < http://www.onsv.org.br/noticias/brasil-gasta-mais-de-r-16-bilhoes-por-ano-com-acidentes-de-transito/>. Acesso
em: maio 2015.

6
Contudo, conforme mencionado no artigo 76, a conscientização para esse tema deve ter
a escola como fomentadora e geradora de conhecimento. Estes conceitos são vistos no Ensino
Médio, e o significado (sentido) dado a eles no contexto da segurança e educação no trânsito
pode produzir vantagens pedagógicas na interação entre o conhecimento aprendido
(conhecimento físico com significado) e a desejada mudança de comportamento das pessoas no
trânsito. Ayres e Ferri [7] quando discutem sobre o que deve ser considerado para a educação
no trânsito, ressaltam que a educação é um dos alicerces fundamentais para que o
comportamento adequado ao trânsito seja desenvolvido de maneira que evite os acidentes com
vítimas. Ou seja, a educação está intimamente relacionada à consciência de valores das pessoas.
É preciso uma intervenção significativa, concreta e um trabalho educativo e contínuo
nas escolas desde a mais tenra idade. Os jovens precisam aprender de forma significativa sobre
respeito, responsabilidade, ética, normas e regras que devem ser seguidas no trânsito e saber
que sua conduta, neste contexto, pode ainda ser melhorada com a compreensão a respeito de
conceitos básicos da mecânica. O desenvolvimento de um trabalho sistemático sobre segurança
e educação para o trânsito que envolva todos na escola deve dar-se não só por campanhas, ou
pequenos eventos, mas no dia a dia, no processo de ensino-aprendizagem.
A ideia de contribuir para uma mudança de comportamento de pessoas no trânsito
instigou a elaboração desta proposta, cuja finalidade é discutir as leis fundamentais da mecânica
no contexto do tema segurança e a educação com alunos do ensino médio que cursam a 1ª série,
buscando alternativas de intervenção que visem tornar a aprendizagem significativa da física
para o trânsito, despertar o significado de conceitos da física, como uma iniciativa de ação
modificadora dos índices alarmantes de acidentes com jovens.
1.2 O PCN e a Educação para o Trânsito
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), utilizados como fonte curricular pelas
escolas do ensino médio, faz parte da educação brasileira desde 1999 e apresentam importantes
encaminhamentos para o ensino da Física que propiciem um aprendizado útil à vida e ao
trabalho BRASIL [8]. Este documento considera que o conhecimento físico incorporado à
cultura tornou-se indispensável à formação cidadã contemporânea, e espera que
[...] o ensino de Física, na escola média, contribua para a formação de uma cultura
científica efetiva, que permita ao indivíduo a interpretação dos fatos, fenômenos e
processos naturais, situando e dimensionando a interação do ser humano com a
natureza como parte da própria natureza em transformação.
____________________________
[8] BRASIL, 1999, p.22

7
Portanto, é preciso ensinar Física em novas perspectivas para possibilitar uma melhor
compreensão da realidade pessoal, do mundo e do exercício da cidadania. Para isso, o PCN
sugere a adaptação e utilização de alguns temas transversais, que pressupõem um tratamento
integrado das áreas e um compromisso das relações interpessoais e sociais escolares com as
questões que estão envolvidas nos temas, a fim de que haja uma coerência entre os valores
experimentados na vivência que a escola propicia aos alunos e o contato intelectual com tais
valores BRASIL [9]. Porém, além de eventuais adaptações, é importante que sejam eleitos
temas locais para integrar o componente temas transversais; por exemplo, muitas cidades têm
elevadíssimos índices de acidentes com vítimas no trânsito, o que faz com que suas escolas
necessitem incorporar a educação para o trânsito em seu currículo. Assim, a segurança e a
educação no trânsito tratam não só de questões morais e éticas, como também de princípios
gerais da mecânica clássica que permitem ao estudante dar sentido à aquilo que aprende. O
intuito é provocar desde cedo uma reflexão comportamental contínua nas tomadas de decisão
por parte dos cidadãos.
O poder público, através das esferas de cunho administrativo: municipal, estadual e
federal criam campanhas onde a direção defensiva é sempre contemplada, porém, a sua
ineficácia se dá pelo fato de que são realizadas apenas em momentos alusivos à semana nacional
de trânsito, que ocorre de 18 a 25 de setembro ou diante de graves acidentes que repercutem na
mídia, não havendo uma propagação contínua nessa perspectiva, pois apesar de estar previsto
no Código de Trânsito Brasileiro, o investimento para a educação no trânsito no Brasil é escasso
frente ao exacerbado crescimento da frota de veículos automotores. Por exemplo
O artigo 320 do Código de Trânsito Brasileiro determina a destinação da verba
arrecadada pela imprudência dos condutores exclusivamente à sinalização, engenharia
de tráfego, policiamento, fiscalização e educação para o trânsito, mas, apesar da
arrecadação das multas de trânsito crescer anualmente de forma vertiginosa, o
investimento acerca da educação voltada à campanha socioeducativa ainda é muito
inexpressivo. [10]
Neste sentido, a escola pode contribuir com a sociedade sem necessariamente ter como
única opção as políticas públicas, que embora necessárias, neste contexto têm sido ineficazes.
É possível ainda, que este caráter efêmero de combate aos acidentes no trânsito, induza o jovem
estudante, até pela oscilação comportamental inerente à faixa etária, a refletir e moldar o seu
comportamento apenas momentaneamente.
____________________________
[10] BRASIL, 2008, p. 96

8
De forma complementar, dispõe – se das Diretrizes Curriculares Nacionais para
Educação Básica [11], em consonância ainda com os
Art. 16. Leis específicas, que complementam a LDB, determinam que sejam incluídos
componentes não disciplinares, como temas relativos ao trânsito, ao meio ambiente e
à condição e direitos do idoso.
Art. 17. No Ensino Fundamental e no Ensino Médio, destinar-se-ão, pelo menos, 20%
do total da carga horária anual ao conjunto de programas e projetos interdisciplinares
eletivos criados pela escola, previsto no projeto pedagógico, de modo que os
estudantes do Ensino Fundamental e do Médio possam escolher aquele programa ou
projeto com que se identifiquem e que lhes permitam melhor lidar com o
conhecimento e a experiência.
§ 1º Tais programas e projetos devem ser desenvolvidos de modo dinâmico, criativo
e flexível, em articulação com a comunidade em que a escola esteja inserida.
§ 2º A interdisciplinaridade e a contextualização devem assegurar a transversalidade
do conhecimento de diferentes disciplinas e eixos temáticos, perpassando todo o
currículo e propiciando a interlocução entre os saberes e os diferentes campos do
conhecimento.
A Lei de Diretrizes e Bases na Educação Nacional (LDB) endossa, conforme a Por Vias
Seguras [12], a importância do tema trânsito no ensino escolar; onde cada escola possui
autonomia para a elaboração e execução de seu projeto político – pedagógico de acordo com a
perspectiva curricular de educação básica, onde considera-se de suma importância a inclusão
do tema Educação para o Trânsito, seguindo – se as seguintes diretrizes:
a) Difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos cidadãos
e do respeito o bem comum;
b) Desenvolvimento da capacidade de aprender e criar condições aos alunos para a
manifestação de ideias;
c) Compreensão do ambiente natural e social, do sistema político e tecnológico,
propiciando aos alunos o acesso igualitário à informação e valorizando o saber e a
cultura, ampliando, assim, seus horizontes.
Vale a ressalva de que, o tema trânsito está diretamente ligado à questão da saúde, pois
os PCN abordam a prevenção de acidentes, inserida nos temas transversais e melhor detalhada
nos temas de saúde. O objetivo fundamental é educar, sensibilizar e conscientizar os alunos
sobre o direito à saúde.
Os principais tópicos abordados são:
________________________
[11] BRASIL, 2013, p. 480.

9
a) Compreender que a saúde é um direito de todos;
b) Compreender que as condições de saúde depende do meio físico, econômico e
sociocultural, sendo identificadas nestes meios como fatores de risco à saúde pessoal e
coletiva;
c) Conhecer formas de acesso aos recursos da comunidade e as possibilidades de utilização
dos serviços voltados para a proteção e recuperação da saúde;
d) Abordar a questão dos acidentes tanto do ponto de vista das medidas práticas de
prevenção, como da aprendizagem de medidas de primeiros socorros a crianças.
1.3 Dados do comportamento no Trânsito de Manaus (de 2012 a 2015)
De acordo com o Instituto Municipal de Engenharia e Fiscalização do Trânsito
(MANAUSTRANS) [13], o número de mortes registradas no trânsito subiu 7,4% nos primeiros seis
meses de 2014 em comparação com o mesmo período de 2013, totalizando 256 mortes em Manaus.
Tais dados compõem a estatística do Instituto referente ao período de 1º de janeiro a 6 de julho de
2014 e aponta como causa principal das mortes no trânsito, a imprudência ao dirigir.
Apenas no mês de março de 2014, 38 pessoas perderam a vida em colisões fatais. No ano
anterior, o Instituto havia contabilizado 23 vítimas de colisões no mesmo período. No dia 28 de
março, do mesmo ano, registrou-se uma das maiores tragédias de trânsito da história da capital, um
acidente entre um caminhão e um micro-ônibus na movimentada Avenida Djalma Batista, Zona
Centro - Sul da cidade de Manaus que vitimou fatalmente 15 pessoas, entre elas, os motoristas dos
dois veículos, uma criança e uma mulher grávida. Mas há ainda localizações mais propícias ao
acontecimento de acidentes de trânsito:
Figura 1: Fonte - Detran (AM)

10
Segundo o Portal G1 Amazonas [14], os dados da Secretaria de Segurança Pública do
Amazonas (SSP-AM) fornecidos pelo Departamento Estadual de Trânsito de Manaus (DETRAN -
AM), aponta que houve um aumento de 41% nos casos de acidentes de trânsito nos últimos três anos.
Figura 2: Dados da Secretaria de Segurança segundo o Portal de notícias G1 Amazonas
Mais de 21 mil vítimas ficaram feridas nessas tragédias; 1.063 perderam suas vidas. O
número de feridos entre 2012 e 2014 é o mais expressivo, pois saltou de 21.036 para 29.658 casos.
Ainda no primeiro semestre de 2014, em comparação com o mesmo período do ano anterior, pode
– se notar um aumento, ainda que sutil, se comparado a outros momentos:
Figura 3: Dados do MANAUSTRANS de acordo com o Portal de notícias G1 Amazonas

11
No total, de 2012 a junho de 2015, 21.606 pessoas sofreram lesões durante acidentes de
trânsito, sendo 3.459 somente no primeiro semestre de 2015. Durante esses anos e nos seis primeiros
meses de 2015 foram notificadas 92.514 colisões entre veículos na capital.
Na opinião do diretor-presidente do DETRAN - AM, em entrevista ao referido portal de
notícias, a falta de conscientização e a imprudência, aliados ao consumo de álcool por parte dos
condutores são as principais causas das colisões no trânsito.
Ele afirma que mesmo com a realização de campanhas educativas foram apreendidas mais
de 5 mil carteiras de habilitação nas blitze realizadas em 2014 e em 2015, foram suspensas e cassadas
mais de 2 mil. O diretor ainda enfatiza que a ocorrência de acidentes de trânsito envolve
principalmente os jovens, pelo alto índice de consumo de álcool na direção. Por outro lado, o
primeiro semestre de 2015 teve redução de 19,23% no número de vítimas fatais de trânsito em
relação ao mesmo período do ano passado, na cidade de Manaus.
De acordo com as estatísticas do MANAUSTRANS de 1º de janeiro a 29 de junho de
2014, foram registradas 256 mortes. No mesmo período de 2015, a estatística revelou 105
vítimas fatais, G1 Amazonas [15]. Segundo este mesmo órgão, em junho de 2015 houve redução
de 42,86% nos casos de vítimas fatais em acidentes de trânsito, em comparação com o mesmo
período do mês de 2014, que normalmente á atribuído ao período das férias escolares e recessos
locais. Esta redução começou ainda 2014, quando houve uma queda de 10,5% no comparativo com
o ano anterior. Apesar da diminuição das mortes no trânsito, em pouco mais de três anos, 1.063
pessoas morreram nas ruas de Manaus. Os jovens e adultos da faixa etária de 18 a 34 anos são as
maiores vítimas dos acidentes de trânsito.
As estatísticas do supracitado órgão mostram que apesar de em 2015 haver diminuído
quantitativamente os acidentes de trânsito, os números ainda são expressivos e as circunstâncias
dos referidos acidentes, muito violentas. Dos 137 casos de acidentes com vítimas fatais
registrados até julho de 2015, por exemplo, 80% tiveram como fator o consumo de álcool,
prática juvenil bastante comum entre os jovens da capital, o que contribui para alargar as
estatísticas de jovens mortos em acidentes de trânsito. De acordo com o inspetor do núcleo de
policiamento e fiscalização da Polícia Rodoviária Federal (PRF), isso está ligado à
vulnerabilidade emocional dessa faixa etária. Segundo ele, os jovens são mais propensos à
impetuosidade e acabam se arriscando porque gostam de aventura, Portal de notícias D24am
[16]. O portal de informações noticia ainda que, segundo o Mapa da Violência 2014 elaborado
com base nos dados do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde
(MS), entre os amazonenses com idade abaixo dos 15 anos e com 30 anos ou mais, a taxa de

12
mortes por cem mil habitantes foi de 14,2. Entre o público juvenil, 0,3 mortes por cem mil
jovens, foram registradas.
Assim, o número de jovens que faz parte direta ou indiretamente das estatísticas de
acidentes de trânsito, fatais ou não, é preocupante e exige uma política, que apesar de acarretar
a mudança de comportamento no trânsito a longo prazo, necessita de um investimento mais
maciço, para que estes índices, ao menos, não cresçam como vem acontecendo.
De acordo com o Portal de notícias G1 Amazonas [17], na tentativa de coibir infrações e
orientar motoristas e pedestres sobre o respeito às leis de trânsito, a MANAUSTRANS afirma
fiscalizar e realizar operações diárias nas ruas da cidade para monitorar o trânsito e que o setor de
Educação para Trânsito mantém atividades de rotina em escolas e empresas, realiza abordagens e
campanhas nas ruas para sensibilizar as pessoas sobre comportamento seguro no trânsito.
Neste ano, a programação da Prefeitura de Manaus [18], por meio de atividades
coordenadas pelo MANAUSTRANS acerca da Semana Nacional de Trânsito, desenvolveu o
projeto “Trânsito em Conexão” para o público universitário. O palestrante Francisco Rodrigues,
do setor de educação do trânsito, explanou sobre a responsabilidade de cada um para
proporcionar mais segurança no trânsito e ao final do evento, convidou os jovens a adotarem
uma atitude transformadora. “Jovens, vocês não são o futuro. Vocês são o presente. A mudança
acontece a partir da atitude de cada um de vocês, hoje, aqui, agora!”, endossou.
Embora a iniciativa da Prefeitura consista em estabelecer um importante canal de
educação para o trânsito, ainda é muito ínfimo o número de projetos que de fato sirvam para
conscientizar continuamente a juventude, que de acordo com inúmeras pesquisas, lidera os
casos de acidentes no trânsito.
Neste sentido, a abordagem ideal de todas estas problemáticas deve começar dentro da
sala de aula e desencadear ações pautadas no respeito e no bom senso, porém, de forma
científica para dar significado ao que se aprende. Para tanto, acredita-se que uma
instrumentalização por meio de conhecimentos da Mecânica, em especial, das leis de Newton,
seja uma estratégia adequada.
É de suma importância salientar que pelo fato de as estatísticas do DETRAN – AM não
serem atualizadas e devidamente divulgadas em tempo hábil, se faz necessário buscar
informações em veículos de imprensa. Tal situação, inclusive, foi salientada por um
parlamentar local. Segundo o mesmo, em novembro de 2015, tribunais, hospitais e órgãos de
regulação de trânsito deveriam reunir, pela primeira vez, informações sobre acidentes e mortes
no trânsito. “Durante a audiência foi proposto por mim, e aceito por todos, que os órgãos

13
públicos presentes repassem ao Detran diversos dados inéditos que hoje ficam somente com
cada um, para elaborarmos um meio de reduzir mortes e acidentes no trânsito”, explicou o
parlamentar.
Neste contexto, se quisermos uma precisão na real situação no tocante aos acidentes de
trânsito em Manaus, teremos de recorrer principalmente aos veículos de informações locais,
mencionado anteriormente; como os jornais, por exemplo, que possuem seus métodos
particulares para obterem tais dados e se confiáveis ou não, muitas vezes é um dos únicos
parâmetros locais para obtenção deste tipo de informação.
1.3.1 Estatísticas nacionais referentes ao trânsito: comparativo
Nos dias atuais torna – se um tanto complexo comparar estaticamente acidentes de
trânsito no âmbito nacional, pois alguns órgãos competentes nesse sentido, por razões que
fogem a um padrão específico, não atualizam mais informações acerca do trânsito e de seus
desdobramentos diários, como acidentes, por exemplo.
De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (artigo 19, §X e XI) [19]:
Compete ao órgão máximo executivo de trânsito da União: organizar a estatística
geral de trânsito no território nacional, definindo os dados a serem fornecidos pelos
demais órgãos e promover sua divulgação; e estabelecer modelo padrão de coleta de
informações sobre as ocorrências de acidentes de trânsito e as estatísticas do trânsito;
Porém, o DENATRAN (Departamento Nacional de Trânsito) cumpriu tal missão até o
ano de 2006, e em 2007, não o fez mais. Dessa maneira, não há estatísticas nacionais de
acidentes de trânsito atualizadas, o que dificulta a comparação por estatísticas; uma vez que,
para que sejam encontrados dados de acidentes de trânsito depois dos referidos anos, é
necessário que se faça em cada estado. Isso gera, por sua vez, um padrão pouco coeso.
Por conta deste longo caminho percorrido rumo a sistematização nacional das
declarações de óbito, estamos nesse quesito, bem desatualizados, pois a última base disponível
é do ano de 2007. Existem atualmente três fontes de dados que buscam contabilizar as mortes
em acidentes de trânsito no Brasil. Tratam-se de bases com estatísticas completamente distintas
umas das outras e que ao serem tomadas como fontes, podem revelar um panorama distorcido
da realidade. No tocante aos acidentes de trânsito, são encontradas três fontes distintas de dados
que registram os óbitos ocorridos no país.
_________________________
[19] DENATRAN, Código de Trânsito Brasileiro, lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997. Disponível em:
<http://www.denatran.gov.br/ctb.htm>

14
São elas: DENATRAN – Departamento Nacional de Trânsito; Seguros DPVAT - Danos
Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre e o DATASUS – Banco de
dados do Sistema Único de Saúde.
O DENATRAN elabora seus anuários estatísticos a partir dos boletins de ocorrência
lavrados pela polícia. Computa, portanto, apenas as mortes no próprio local de acontecimento.
Trata-se da fonte considerada com o maior nível de desagregação de dados para análises. Indica,
por estado e por capitais, além do número de mortes, o sexo das vítimas, faixa etária e
tipificação (condutor, pedestre, passageiro, ciclista, motociclista, e outros). Apesar de serem os
dados mais detalhados, são os mais subestimados e em geral são distantes da realidade. Muitos
acidentes com vítimas não são registrados pela polícia, pois nem sempre é acionada. Além
disso, muitas vezes, a vítima morre posteriormente no hospital, dado que também não é
computado pela polícia.
A Seguradora Líder dos Consórcios do Seguro DPVAT é um seguro obrigatório,
instituído em 1974, que ampara as vítimas de acidentes com veículos e que administra o
DPVAT. Tem divulgado a quantidade de seguros pagos por mortes no trânsito anualmente, por
região e segundo o perfil das vítimas.
A terceira fonte é o DATASUS, que elabora as estatísticas de óbitos decorrentes de
acidentes de trânsito a partir da documentação do SUS – Sistema único de Saúde. Esse sistema
do Ministério da Saúde computa as mortes das pessoas atendidas em estabelecimentos de saúde.
É a única fonte que disponibiliza a quantidade de mortes por município.
Tal avaliação global do número de mortes por ano segundo os seguros pagos é a fonte
mais próxima da realidade brasileira. No entanto, mesmo pagando regularmente esse seguro,
muitos brasileiros ainda desconhecem o direito de receber indenização em caso de morte,
invalidez permanente e despesas médicas e hospitalares de vítimas de acidentes de trânsito.
Assim, nem todos os casos de morte por acidentes de trânsito geram pedidos de indenização
junto às seguradoras do DPVAT, fato que deixa seus números também um pouco aquém da
realidade.
Assim, fica a cargo de cada estado a atribuição de administrar o trânsito no seu território,
e obviamente, seu conteúdo varia muito de um estado para outro, isso, quando atualizado.Vale
ressaltar, por exemplo, que apenas alguns DETRAN’s publicam estatísticas atualizadas, mas
ainda assim, de forma não padronizada. Segundo o Ministério da Saúde [20], o Brasil é o quinto
país no mundo em mortes por acidentes no trânsito.
________________________
[20] MINISTÉRIO DA SAÚDE. Blog da Saúde, 2015. Disponível em: <http://www.blog.saude.gov.br/35535-
brasil-e-o-quinto-pais-no-mundo-em-mortes-por-acidentes-no-transito.html>. Acesso em junho de 2016.

15
Para ilustrar este panorama, tem-se que pouco mais de 41 mil pessoas foram a óbito em
acidentes de trânsito no país em 2013, sendo o envolvimento de ciclistas, o mais destacável
neste contexto. Já a Organização Mundial da Saúde (OMS) destaca o Brasil, ainda no ano de
2013, como sendo o país com maior número de mortes no trânsito por habitante da América do
Sul. Em contrapartida, em relação a países populosos como os Estados Unidos e a China, é o
que mais aplica leis de controle de risco:
Entre os dez países mais populosos do mundo, o Brasil aparece como destaque,
cumprindo quatro dos cinco cinco principais fatores de risco no trânsito, que são: uso
de cinto de segurança, capacete, limite de velocidade, segurança para crianças e
proibição de ingestão de bebida alcoólica antes de dirigir. Na lista dos dez mais
populosos, também se encontram Estados como China, EUA e Índia. Esses Estados
somam 4,2 milhões de pessoas e 56% das mortes por acidentes de trânsito. (ONUBR,
2015) [21]
No ano de 2014, as mortes causadas por acidentes de trânsito no Brasil cresceram,
atingindo total superior a 43 mil pessoas. Tal dado foi obtido em estudo realizado pelo
Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV) [22], a partir de números oficiais,
consolidados e disponibilizados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde
do Brasil (DATASUS), do Ministério da Saúde. A elevação destes dados, ainda que pouco
expressiva, salienta o crescimento contínuo deste tipo de situação e rompe uma tendência de
queda que foi verificada em 2013, quando a redução no número de acidentes com vítimas fatais
no trânsito havia superado o ano anterior. O gráfico a seguir mostra o aumento do número de
óbitos registrados pelo Ministério da Saúde desde 2004 até o ano de 2014, com um pequeno
aumento no último ano.
Figura 4: Fonte - DATASUS
__________________________
[21] ONUBR, Nações Unidas no Brasil. Direitos Humanos. OMS: Brasil é o país com maior número de mortes
de trânsito por habitante da América do Sul, 2015. Disponível em: < https://nacoesunidas.org/oms-brasil-e-o-
pais-com-maior-numero-de-mortes-de-transito-por-habitante-da-america-do-sul/>. Acesso em junho de 2016.
[22] ONSV, Observatório Nacional de Segurança Viária. Serviços: Mortes em acidentes de trânsito no Brasil
crescem 3,6% em 2014. Disponível em: http://www.onsv.org.br/noticias/mortes-em-acidentes-de-transito-no-
brasil-crescem-36-em-2014/. Acesso em junho de 2016.

16
Quando a análise é feita por região geográfica, considerando o período de 2010 até 2014,
é possível notar que apesar de alguns estados terem registrado decréscimo no índice de mortes
neste período, nenhum deles apresentou comportamento contínuo de redução. Considerando
ainda o índice de mortes por 10 mil veículos para o ano de 2014, o referido estudo apurou que
os estados líderes neste ranking se localizam na região Nordeste. Piauí, Maranhão e Alagoas
são os estados que registraram o pior desempenho no quesito redução da acidentes. Já os
melhores resultados foram distribuídos entre estados das regiões Sudeste: São Paulo, Rio
Grande do Sul e Distrito Federal. Isso representa uma situação de contraste no território
nacional no tocante à segurança viária e de certa forma é reflexo da situação socioeconômica
de cada estado.
Já no ano de 2015, conforme o DPVAT [23], em 2015 foram pagas 652.349 mil
indenizações por acidentes de trânsito em todo o país. O número, referente a reembolso de
despesas hospitalares, invalidez permanente e morte, é inferior ao mesmo período de 2014. A
maior queda registrada no período foi na cobertura de morte, seguida de reembolso de despesas
hospitalares e invalidez permanente. No total, foram pagos R$ 3,381 bilhões em despesas de
pagamento de indenizações durante o ano passado.
Figura 5: Fonte - Anuário estatístico DPVAT (2014)
[23] Viver Seguro no Trânsito. Seguradora Líder: Seguro DPVAT, 2016. Diponível em:
http://www.viverseguronotransito.com.br/tag/estatistica/. Acesso em junho de 2016.

17
O registro dos óbitos pelo DATASUS é feito de acordo com a data do óbito, sendo 2012
o último ano disponibilizado pelo DATASUS até a data de geração documento acima.
Segundo o diretor-presidente da Seguradora Líder-DPVAT, a queda é um reflexo de
uma fiscalização mais efetiva. “Os efeitos da Lei Seca e a conscientização sobre o uso de
equipamentos de segurança no trânsito já começam a fazer efeito. No entanto, nossas ruas,
estradas e avenidas produzem por dia muitos feridos, inválidos e mortos todos os dias. Temos
que investir agora na educação do cidadão no trânsito para que o número de acidentes reduza
mais ainda”, acredita o presidente.
1.3.2 Tendências: Década Mundial da Segurança Viária (2010 – 2020)
No ano 2010, a ONU proclamou a Década Mundial de Ações de Segurança no Trânsito,
período que irá até o ano de 2020 , com o objetivo de reduzir de 50% a taxa de mortalidade no
trânsito. O número de mortos no trânsito no mundo era, até então, avaliado em 1,3 milhões por
ano. Esta decisão vinha sendo intensivamente maturada durante vários anos, especialmente
quanto à organização das ações, resultando em um modelo de Plano Nacional de Redução de
Acidentes, que abrange itens como: gestão da segurança do trânsito; infraestrutura mais segura
e mobilidade; veículos mais seguros; usuários mais seguros e assistência às vítimas.
O Brasil manifestou oficialmente a sua intenção de participar na Década. O
DENATRAN lançou uma consulta pública sobre o Plano Nacional de Redução de Acidentes e
recebeu propostas detalhadas de adaptação do modelo da ONU à realidade brasileira, porém,
não chegou a concluir. De fato, a aplicação do modelo de Plano implicava esforços financeiros
importantes e muitas mudanças na abordagem do problema dos acidentes. O governo federal
desistiu então de definir um plano nacional de redução de acidentes.
A estrutura federal do país e a municipalização do trânsito fazem com que todos os
estados e municípios têm de ser envolvidos no combate aos acidentes. Surgiu então a ideia de
um pacto que permitiria conseguir progressivamente o envolvimento das entidades e das
pessoas indispensáveis ao sucesso da Década. O Pacto Nacional pela Redução de Acidentes foi
lançado pelo Ministério das Cidades em Maio 2011. Infelizmente, em vez de ser um
instrumento de coordenação entre o governo federal, os estados e os municípios para o conjunto
das ações da década, ele se transformou em uma simples campanha de conscientização do
público conduzida pelo DENATRAN.
O início da Década foi um momento de entusiasmo, ocasionou por exemplo, a
mobilização espontânea de muitos estados e municípios e chegou a ser a maior referência no

18
país em matéria de combate aos acidentes de trânsito. O país caminhava para mudar de rumo
nesse quesito, mas esta oportunidade excepcional não foi aproveitada.
Segundo as estatísticas mais recentes relativas ao ano de 2012, 44.812 pessoas morreram
no trânsito brasileiro nesse período. Este valor é maior que o de alguns anos atrás, em 2010,
quando no início da Década Mundial da Segurança Viária foi proclamada pela ONU; as nações
se comprometeram em reduzir o número de mortes previsto para 2020 pela metade. Entretanto,
o que se observa no Brasil nos primeiros anos dessa década é que as mortes no trânsito
apresentam uma tendência de crescimento, a qual se mantém praticamente desde o ano de 2000.
Figura 6: Fonte – ONSV
Essa tendência de aumento do número de mortes ressurgiu após um significativo
impacto do Novo Código de Trânsito Brasileiro.
No mais recente relatório da Organização Mundial da Saúde sobre a situação da
segurança viária no mundo, baseado em dados de 2010, o Brasil ocupava o 4º lugar no ranking
do número de mortes no trânsito no mundo, posicionando-se atrás apenas de China, Índia e
Nigéria. [24]
_______________________
[24] ONSV. Estatísticas. Tendências: Mortes em acidentes de trânsito por ano. Disponível em: < http://iris.onsv.org.br/portaldados/#/tendencies>

19
Capítulo2
Princípios básicos da mecânica no contexto do trânsito
2.1 Princípios Fundamentais da Mecânica: as Leis de Newton
Culturalmente o ensino e a aprendizagem de Física são uma árdua tarefa, cuja prática
satisfatória depende de todo um contexto educacional, mas principalmente, de elementos que
despertem constantemente a curiosidade dos estudantes pelos fenômenos da natureza. Portanto,
nada mais atrativo e palpável do que problematizar ocorrências corriqueiras de forma a atribuir
um sentido científico na vida deste estudante, e o trânsito é uma delas.
Como normalmente a primeira explanação de conteúdos no ensino médio envolve a
Mecânica sob a ótica do senso comum, isso possibilita a relação com os conhecimentos físicos
adquiridos na sala de aula a partir da assimilação dos conceitos sobre as Leis de Newton; que
por serem comumente abstratas, podem ser contextualizadas por meio situações e
desdobramentos cotidianos, porém isso nem sempre acontece, de maneira que o aluno enfrenta
uma certa dificuldade de assimilação. Segundo Peduzzi [25], “isso ocorre porque é difícil para
o aluno considerar o esquema newtoniano inteligível, verossímil e mais útil que o anterior na
interpretação de eventos e situações – problema”.
Nos cursos de mecânica, normalmente, o tratamento da relação força e movimento
culmina diretamente nas leis de Newton:
As leis de Newton relacionam as forças que os objetos exercem uns sobre os outros e
relacionam qualquer variação no movimento de um objeto às forças que atuam sobre
ele. As leis de Newton do movimento são as ferramentas que nos permitem analisar
uma grande variedade de fenômenos mecânicos. Mesmo que já tenhamos uma ideia
intuitiva de força como um empurrão ou um puxão, conforme os exercidos por nossos
músculos ou por elásticos esticados e molas, as leis de Newton nos permitem refinar
nossa compreensão sobre forças. MOSCA; TIPLER [26]
A relação da força com a mudança no estado de movimento de um objeto na perspectiva
da contextualização e no que concerne a fenômenos alusivos à segurança no trânsito (ou a
explicação das causas em acidentes de trânsito), pode envolver nesta relação, a utilização de
dispositivos de segurança, o conceito de excesso de velocidade, a utilização de telefone móvel
(celular) no trânsito, a ingestão de bebidas alcóolicas, entre outras questões.
____________________________
[25] PEDDUZZI, 1988, p. 143.
[26] MOSCA; TIPLER, 2009, p. 93

20
Desta forma, é provável que o estudante se sinta mais próximo de uma ciência que, até
então, não está nem perto de ser popular, ora porque não tem sua devida importância
reconhecida e ora porque quando tem, nem sempre é eficaz no que diz respeito à transposição
didática. Pois,
O fracasso do enfoque usual dado às leis de Newton justifica, por si só, a introdução
de estratégias alternativas de ensino neste tópico que levem em consideração as
concepções dos alunos em relação a este tema e as sugestões apontadas nos diversos
estudos efetuados nesta área, os quais têm se concentrado, principalmente, na
identificação e na classificação das concepções encontradas [27].
Modificar tal ponto de vista dos estudantes não é uma simplória tarefa e até mesmo a
utilização de aportes experimentais, que normalmente aguçam a curiosidade, muitas vezes, por
si só, não são suficientes para que isso ocorra.
Uma vez que as Leis de Newton descrevem como os corpos em movimento se
comportam, certas situações no trânsito podem ser problematizadas em sala de aula, como no
caso de uma colisão, pois o condutor (corpo) estará com a mesma velocidade do veículo, e ao
frear de forma brusca, o veículo tem sua velocidade reduzida e o condutor (corpo) poderá não
experimentar a mesma desaceleração, podendo permanecer em movimento dentro do veículo.
A tendência, portanto, é a de os corpos ocupantes serem arremessados para a frente por conta
da inércia. Para reduzir os efeitos de uma colisão sobre o condutor do veículo (e dos outros
ocupantes) é de muita utilidade o uso do cinto de segurança. A compreensão deste fato é
encontrada na chamada primeira lei de Newton:
Todo corpo persiste em seu estado de repouso, ou de movimento retilíneo uniforme,
a menos que seja compelido a modificar esse estado pela ação de forças impressas
sore ele”. [28].
Contudo, o tratamento que se destina à lei da inércia, é muitas vezes mecanizado, o que
resvala na memorização de um conceito vazio e sem aplicabilidade no dia a dia do estudante.
O princípio da inércia ainda hoje é um assunto que se mostra complexo para quem
estuda Física, pois a sua compreensão envolve uma importante abstração que é a
desconsideração do atrito. No entanto, a presença constante do atrito nas situações do
quotidiano faz com que as pessoas concluam que “o movimento de um corpo resulta
da aplicação constante de força sobre ele”.
Assim, quando um estudante se depara com o estudo formal da 1ª lei de Newton, ele
já traz uma concepção intuitiva sobre a relação força e movimento conflitante com
esta lei. [...] [29].
____________________________
[27] PEDUZZI, op. cit., p. 144.
[28] MOSCA; TIPLER, op.cit., p. 94.
[29] PEDUZZI, op. cit, p. 151

21
Nesse sentido, a instrumentalização do princípio da inércia pode abranger a
problematização de um acidente de trânsito, esclarecendo que, dependendo da velocidade do
veículo, as consequências podem ser de maior ou menor gravidade. E ainda, que ao frear
bruscamente, as pessoas no interior do veículo continuam com o mesmo movimento que o ele
estava antes de frear e que portanto é muito útil o uso do cinto de segurança, pois controla o
impacto gerado num acidente.
Outra lei de Newton passível de contextualização no trânsito é o chamado princípio
fundamental da dinâmica (que permite determinar a evolução de um sistema no campo de
atuação da mecânica clássica), segundo a qual: “A aceleração de um corpo é diretamente
proporcional à força resultante que atue sobre ele, e o inverso da massa do corpo é a constante
de proporcionalidade [...]” [30].
A situação – problema, nesse caso, pode ser sistematizada nos possíveis efeitos causados
no condutor do veículo após a colisão. A desaceleração (ou aceleração noutros casos) sofrida
devido a colisão com o painel de instrumentos do veículo (estando este sem o cinto de
segurança) é proporcional a força (ao impacto) sobre seu corpo. Segundo Associação Por Vias
Seguras [31], a colisão de um veículo é o resultado de três colisões sucessivas: a primeira
colisão é a do veículo contra o obstáculo; a segunda colisão, no interior do veículo, é a dos
ocupantes contra as paredes, o para-brisa, os assentos etc.; a terceira colisão, no corpo de cada
pessoa, é a dos órgãos internos contra a estrutura óssea e também entre eles. Nos momentos da
segunda e terceira colisões, o condutor, sem o cinto de segurança, poderá sofrer impactos nos
joelhos (pernas) contra o painel de instrumentos podendo causa fraturas, no tórax contra o
volante podendo causa rupturas de órgãos internos e na cabeça contra o para-brisa podendo
causa lesões cerebrais. Outra exemplificação de um acontecimento bastante comum em nosso
cotidiano é empurrar um veículo que esteja enguiçado, uma vez que o resultado só será
satisfatório se a força aplicada ao automóvel for proporcional à sua massa, produzindo assim,
aceleração; tal como descreve a segunda lei de Newton.
E por fim, há ainda a possível caracterização cotidiana do princípio de ação e reação,
conhecida como terceira lei Newton. Mosca e Tipler [32], argumentam que quando dois corpos
(A e B) interagem entre si, a força exercida pelo corpo (B) sobre o corpo (A) tem a mesma
magnitude e sentido oposto ao da força exercida pelo corpo (A) sobre o corpo (B).
____________________________
[30] MOSCA e TIPLER, op. cit., p. 96.

22
No caso de uma colisão frontal entre dois veículos de massas semelhantes, o resultado
é que ambos ficam amassados, deformados, ou mesmo destruídos, dependendo das suas
velocidades antes da colisão. Se um deles agora tiver massa superior ao outro, no caso da colisão
entre um caminhão e um carro, por exemplo, embora o princípio da ação e reação seja válido,
os efeitos causados de um sobre o outro depende da relação entre suas massas e velocidades (a
quantidade de movimento que cada um possui): a força mútua (mesma intensidade) causará
efeitos diferentes no caminhão e no carro. Estes exemplos, também são de fácil aproveitamento
em sala de aula, haja vista que provavelmente se adequa ao imaginário de qualquer estudante
de segundo grau.
Logo, as três situações mencionadas são totalmente contextualizáveis do ponto de vista
metodológico e no tocante à Física, porém, não são as únicas abordagens possíveis. Há ainda a
força estabelecida entre as rodas de um veículo e o solo, denominada força de atrito, que
contribui não só para o deslocamento do veículo, mas também para a ação de frenagem; fator
importante quando se está ao volante.
Ao fazermos menção acerca do atrito, é importante salientar que além de tratar-se de
uma força resistente que surge do contato entre duas superfícies, depende da reação normal à
superfície sobre a qual o corpo está apoiado, do estado das superfícies em contato e do tipo de
material de que são feitas, além ainda, das condições físico-ambientais tais como a temperatura
e a umidade relativa do ar. Assim, sem o atrito, o ato de frenagem seria impraticável, sobretudo
em situações onde o atrito é reduzido: uma pista molhada ou repleta de barro, por exemplo.
Outra situação passível de abordagem se dá quando frenamos um veículo, de forma que
nos permite classificar o atrito cinético: as rodas travam e ocorre um deslizamento do carro.
Em condições físicas idênticas, há a possibilidade de optar pela melhor técnica de
frenagem, pois o atrito estático é maior que o dinâmico. A maneira mais acertada, portanto,
consiste em reduzir rapidamente a velocidade, sem contudo efetivamente deslizar, ou seja,
travar as rodas.
A partir das estatísticas crescentes envolvendo jovens motoristas em acidentes de
trânsito, uma chamada de atenção viável para a promoção de uma aprendizagem significativa
desses conceitos básicos da mecânica clássica, pode a princípio ser desencadeada através de
notícias de revistas, jornais, televisão e principalmente das mídias virtuais, pois como o referido
tema vem sendo abordado quase que diariamente pelos meios de comunicação de uma forma
geral, isto pode ser usado a favor da aquisição do conhecimento científico.
Sensibilizar jovens ao volante (ou futuros condutores) pode não ser uma tarefa muito
simples, mas torna-se plausível quando se adentra neste universo.

23
Desta forma, há de se optar por metodologias em sala de aula que tenham como enfoque
a abertura de um espaço para o debate em torno da temática trânsito à luz dos conhecimentos
da Física, e a relevância do conhecimento científico na tentativa de promover atitudes mais
conscientes frente a problemática do trânsito.
2.2 O limite de velocidade das vias
O excesso de velocidade é um fator que seduz a maior parte dos condutores,
principalmente se forem jovens, pela ansiedade que lhes é peculiar, e isto acaba por desencadear
o fator pressa, que por sua vez, tende a potencializar o excesso de velocidade. Muitas vezes, o
condutor, principalmente quando é jovem, tende a transgredir certas leis por julgá-las meras
imposições sociais.
Contudo, se este mesmo condutor for cientificamente instrumentalizado, perceberá sem
maiores problemas que se não utilizar o cinto de segurança, por exemplo, poderá ter seu corpo
jogado bruscamente para a frente numa eventual colisão frontal e que tal situação tem
explicação por meio do princípio da inércia.
Este simples exemplo já evidencia que o conhecimento oriundo da física, neste caso,
pode provocar uma mudança na postura do condutor se de fato ele entender as consequências
de suas ações enquanto partícipe de circunstâncias relacionadas ao trânsito, pois são também
de sua responsabilidade, atitudes que contemplem um trânsito mais tranquilo.
Porém, como excesso de velocidade é um dos fatores que mais ocasiona ou agrava um
acidente de trânsito, outras abordagens que envolvem as leis da Mecânica podem ser
relacionadas em sala de aula como, por exemplo, no caso em que há aplicabilidade da segunda
lei de Newton, ou seja, quando a resultante das forças que agem sobre o automóvel não for nula,
produzindo assim, a variação de velocidade.
E é exatamente isso que acontece num eventual acidente de trânsito, já que a força e a
aceleração são grandezas físicas diretamente proporcionais. Assim, no caso da trajetória ser
retilínea, a força resultante e a aceleração têm sempre a mesma direção que a velocidade, porém,
podem ter sentidos opostos. Já no caso do movimento ser curvilíneo, a força resultante e a
aceleração terão direção e sentido diferentes da velocidade. O ideal seria desconstruir o
pensamento Aritotélico associando força e velocidade.
Todavia, há ainda outras abordagens acerca do cálculo da velocidade de um carro:
através do tamanho das marcas de derrapagem e do coeficiente de atrito; do estado em que
ficaram os automóveis depois do impacto; do raio e do coeficiente de atrito para calcular a
velocidade crítica nas curvas ou ainda por meio do princípio de conservação do momento linear.

24
Com a mesma abordagem, a pesquisa de Kleer, Santos e Thielo [33] afirma que:
Acidentes quase sempre envolvem colisões de um tipo ou de outro. O Princípio de
Conservação do Momento Linear pode ser aplicado. Contudo, tal aplicação depende
de se a trajetória e as velocidades dos veículos são conhecidas antes e após o impacto.
O princípio de conservação do Momento pode ser aplicado para determinar as
velocidades pré - impacto dos veículos se a massa e as velocidades após o impacto
são conhecidas. As velocidades pós - impacto são usualmente determinadas a partir
das marcas de derrapagem.
Ou ainda da energia, de acordo com a pesquisa de Viana [34]:
Sendo a energia cinética de um corpo em movimento dada por 1/2mv², uma alteração
no valor de v produz uma alteração na energia do corpo. No acidente de trânsito, os
veículos entram com velocidade v e saem com velocidade u; logo existe uma perda
de energia no acidente (esta perda só não ocorrerá nas colisões perfeitamente elásticas,
em que não acontecem deformações). A energia dissipada transformou-se no trabalho
das forças de deformação dos corpos colidentes, que corresponde ao produto da força
média pela distância média da deformação.
Que fique claro, que esta abordagem em sala de aula deve ser conceitual, a princípio, de
forma que o estudante conceba de fato os conceitos envoltos à velocidade num acidente de
trânsito, para posteriormente sistematiza – lo matematicamente.
Conforme BRASIL [35], o ensino de Física muitas vezes inclui a resolução de
problemas, nos quais o desafio central para o aluno consiste em identificar qual fórmula deve
ser utilizada, o que exige memorização, mas há de se tomar cuidado para que não se perca o
sentido contextual, caso desejarmos desenvolver outras competências.
Já no tocante ao caráter legal do excesso de velocidade ser uma das maiores causas de
acidentes no trânsito e consequentemente de multas, tem – se na regulamentação do Código de
Trânsito Brasileiro (CTB), o capítulo III das normas gerais de circulação e conduta:
Art. 61. A velocidade máxima permitida para a via será indicada por meio de
sinalização, obedecidas suas características técnicas e as condições de trânsito. § 1º
Onde não existir sinalização regulamentadora, a velocidade máxima será de:
I - nas vias urbanas:
a) oitenta quilômetros por hora, nas vias de trânsito rápido:
b) sessenta quilômetros por hora, nas vias arteriais;
c) quarenta quilômetros por hora, nas vias coletoras;
d) trinta quilômetros por hora, nas vias locais;
____________________________
[33] KLEER, SANTOS e THIELO, 1997, p. 166
[34] VIANA, 2009, p. 30
[35] BRASIL, 2002, p. 31

25
II - nas vias rurais:
a) nas rodovias:
II - nas vias rurais:
a) nas rodovias:
1) 110 (cento e dez) quilômetros por hora para automóveis, camionetas e motocicletas;
(Redação dada pela Lei nº 10.830, de 23.12.2003)
2) noventa quilômetros por hora, para ônibus e micro-ônibus;
3) oitenta quilômetros por hora, para os demais veículos;
b) nas estradas, sessenta quilômetros por hora.
§ 2º O órgão ou entidade de trânsito ou rodoviário com circunscrição sobre a via
poderá regulamentar, por meio de sinalização, velocidades superiores ou inferiores
àquelas estabelecidas no parágrafo anterior.
Neste ano, um conhecido cantor brasileiro e sua namorada, uma jovem de 19 anos,
foram vitimados fatalmente em um acidente de trânsito; notícia repercutida até mesmo
internacionalmente, tamanha a comoção que causou.
A perícia indicou o excesso de velocidade como fator crucial, combinado com a não
utilização do cinto de segurança traseiro; a falta de conservação dos pneus e a prática da direção
noturna efetuada sob cansaço físico, pois haviam saído de uma apresentação. Isto pode ser
constatado em uma matéria do jornal inglês The Guardian:
Figura 7: Repercussão internacional – Jornal inglês The Guardian. Disponível em <http://bhaz.com.br/2015/07/10/tres-
semanas-depois-midia-internacional-repercute-cristiano-araujo-e-nos-define-como-abismo-cultural/>. Acesso em agosto de
2015.

26
Vale a ressalva de que o modelo do carro envolvido neste acidente, é considerado um
dos mais seguros do mundo, segundo R7 notícias [36].
Casos como este, pelo grau de notoriedade dado, ajudam a evidenciar que tal
problemática social pode e deve ser cientificamente analisada para uma absorção cognitiva
fundamentada e consequentemente mais crítica por parte do cidadão.
Entre o momento que o condutor do veículo observa um obstáculo (percepção) e o
instante em que ele começar a acionar os freios (reação ainda mais influenciada se o condutor
estiver sob efeito de álcool), há um intervalo de tempo denominado de tempo de reação do
condutor. Este tempo é resultado da capacidade do condutor de reagir a um estímulo; o olho vê
o obstáculo e manda informação ao cérebro que aciona um dos pés para pisar no freio.
Conforme Gazis e colaboradores Apud Souza [37], um dos primeiros a investir em estudos para
estimar o tempo de reação de um condutor, onde foram observados 87 condutores que se
aproximavam de um semáforo e mediu - se o intervalo de tempo entre o acionamento da luz
amarela e a luz de freio do veículo, o resultado encontrado foi um tempo médio de reação da
ordem de 1,14s. Outros resultados são mostrados por Souza, mas em média o tempo de reação
é adotado como da ordem de 1s. Vale ressaltar que no referido estudo, foi analisada a taxa de
desaceleração, quando o veículo aproxima-se de um obstáculo para vários valores de
velocidades. Destes valores, escolhemos 5m/s² por considerar casos com velocidade acima de
70 Km/h.
A distância percorrida pelo veículo durante o tempo de reação (tR) varia em função da
velocidade do veículo. Supondo que durante este tempo a velocidade do veículo (v) manteve-
se constante, a distância percorrida (dtr) é dada por: dtr = v.tR.
Ao acionar os freios, o veículo experimentará uma desaceleração e a distância percorrida
(dF, distância de frenagem) será dF = v2/2a, sendo a a aceleração. A distância total de parada
(d) antes de atingir o obstáculo é d = dtr + dF.
Figura 8: Fonte - Próprio autor

27
Considerando o tempo médio de reação do condutor de 1s e uma desaceleração igual a
5 m/s2, mostramos na figura 2 um diagrama das distâncias de parada em função da velocidade
do veículo. A velocidade durante o tempo de frenagem (vf) pode ser calculada em função da
velocidade inicial (v0) do veículo e da distância como: 𝑣𝑓 = √2𝑎(𝑑 − 𝑣 ∙ 𝑡𝑅) .
Figura 9:Velocidade do veículo e a distância de parada.
Para o veículo que trafega com velocidade de 60 Km/h, o mesmo poderia parar, sem
travar as rodas, numa distância próxima de 45 metros após observar o obstáculo. Caso o veículo
viaje a 100 Km/h, poderá parar numa distância próximo de 105 metros e se o obstáculo estiver
a menos de 100 metros, a colisão será inevitável.
O respeito à velocidade limite estabelecido para uma via é essencial para um trânsito de
veículos seguro, para que não aconteça situações como esta a seguir:
Figura 10: Matéria sobre acidente com jovens, apontando como causa principal o excesso de velocidade (Jornal A Crítica de
Manaus em 04 de Outubro de 2015)

28
2.3. Desaceleração: evitando colisão
Uma das formas de evitar acidentes de trânsito é manter a velocidade do veículo no
limite permitido para a via.
De acordo com o princípio fundamental da Dinâmica, segunda Lei de Newton, a força
é diretamente proporcional à aceleração, portanto, a velocidade do veículo influencia no tempo
da desaceleração do automóvel quando tem os freios acionados.
Conforme a dissertação de Chagas [38]: “a força resultante, baseada na 2 ª lei de
Newton, necessária para imobilizar um corpo em movimento, no caso de um acidente, é
proporcional à sua desaceleração [...]”. Logo, quanto mais rápido o condutor dirige, mais
dificuldade terá para reduzir a velocidade.
A desaceleração de um veículo ao frear, mas sem trancar as rodas, ou seja, sem
deslizar, depende de quão firme os freios são aplicados. Por conveniência, a
desaceleração é frequentemente expressa como uma fração decimal de g. Se não há
evidência de derrapagem, o investigador deve assumir um certo valor para a
desaceleração do veículo ao frear. As equações para o movimento com aceleração
constante serão também úteis em tais casos [39].
O acidente ocorrido em outubro de 2015, citado anteriormente, retrata de forma cruel a
perda da vida de cinco jovens, que poderia ter sido evitada, não fosse principalmente o excesso
de velocidade, combinada com direção noturna e álcool.
Contudo, vale ressaltar que para que a redução da velocidade de um automóvel ocorra
sem prejuízo aos ocupantes é necessário utilizar uma força controlada para que uma parada
abrupta não ocorra. Trata-se do atrito, que age por meio dos freios, aplicando forças gradativas
nas rodas, culmina na diminuição da sua rotação.
Para desacelerar ou parar o carro, aplicamos os freios. Numa parada de emergência,
tendemos a aplicar os freios fortemente. Para sistemas convencionais (não ABS), as
rodas são trancadas e impedidas de girar. Como resultado, o carro derrapa e
desacelera. A força de desaceleração é, na verdade, o atrito de escorregamento. Nesse
caso, é um empurrão para trás do solo sobre os pneus. Numa estrada nivelada, essa
força é igual ao produto do coeficiente de atrito dos pneus com a estrada µ e o peso
mg do carro, isto é, F = µmg, onde m é a massa do carro e g é a aceleração devido à
gravidade. [40]
____________________________
[38] CHAGAS, 2014, p. 121
[39] KLEER, SANTOS e THIELO, op. cit., p. 165
[40] KLEER, SANTOS e THIELO, op. cit., p. 162

29
Neste mesmo segmento, um dos dispositivos mais eficientes para evitar lesões em
batidas é o airbag cujo funcionamento básico no momento do impacto baseia-se na
desaceleração e tem por finalidade reduzir a força de impacto do condutor contra o painel, uma
vez que a força e a variação da quantidade de movimento são grandezas físicas diretamente
proporcionais.
A força, por sua vez, é inversamente proporcional ao tempo de colisão:
�⃗� = Δ�⃗⃗�
Δ𝑡
Ou seja, com a utilização do airbag, a força de impacto dos indivíduos contra painel,
tende a ser menor. Logo, ao aumentarmos o tempo de reação, diminuímos a força de impacto
(inversamente proporcional).
Quando um condutor decide ou necessita parar o veículo ele deve acionar os freios e
produzir uma desaceleração, observando a distância ao obstáculo para efetuar o processo de
frenagem com segurança. A desaceleração média é definida como a razão entre a variação da
velocidade e o tempo necessário para o veículo parar. Por meio da cinemática, expressamos
esta definição na forma �⃗� = Δ�⃗⃗�
Δ𝑡 , em que ∆𝑣 é a variação da velocidade (diferença da velocidade
inicial e final).
2.3.1. Distrações ao volante
As distrações contribuem significativamente para a ocorrência de acidentes de trânsito,
trata-se de atitudes relativamente simples, mas que aliadas a outras práticas, possibilitam maior
chance para a ocorrência de colisões. A utilização de telefones celulares é uma delas, pois
possibilita a distração. Além disso, as duas mãos ao volante permitem ao condutor ter maior
controle sobre o automóvel no caso de uma situação emergencial.
Figura 11:Matéria sobre distrações no trânsito (<http://new.d24am.com/plus/comportamento/estudo-aponta-celular-ainda-
maior-causa-acidentes-transito/117009>) de 1 de agosto de 2014

30
Segundo Associação Por Vias Seguras [41]:
Estudos sobre as consequências do uso do aparelho celular no trânsito ainda são
bastante raros, porém já detectaram que este uso aumenta consideravelmente o risco
de o condutor sofrer acidentes. Estes dados são apresentados em um estudo realizado
no Canadá. A pesquisa, com a duração de 14 meses, foi realizada com 699 motoristas
que usavam telefones celulares ao volante e que tinham sido responsáveis por
acidentes com perdas materiais relativamente graves, porém sem grande dano pessoal.
O resultado demonstrou que o número de acidentes acontecidos durante ou
imediatamente após uma conversa ao telefone foi mais de quatro vezes maior do que
o esperado na direção normal de veículos, bem como que os motoristas mais jovens
têm maior tendência a vivenciar problemas nessa situação do que os mais velhos.
Porém, como se verifica na matéria seguinte, esta não é a única prática, outros fatores
como ouvir música, conversar, utilizar maquiagem, entre outras, tende a causar distração e
diminuir o tempo de reação do condutor, potencializando a probabilidade de ocorrer acidentes.
Um estudo conduzido pelo centro de tecnologia da Allianz, uma das maiores
seguradoras do mundo, mostrou que alguns acidentes de carro ocorrem devido à
distração do motorista, e não ao que chamaríamos de "barbeiragem" (inabilidade ao
volante) ou mesmo imprudência (excesso de velocidade, por exemplo). A variedade
de práticas que podem desviar a atenção do motorista é grande, mas de acordo com a
Allianz, a maioria acredita que o único vilão é o telefone celular, e que a ação de maior
risco é atender a uma ligação. Porém, atitudes corriqueiras, [...] aumentam o risco de
acidente em 15% [...]. (Matéria sobre distrações no trânsito - Uol/ São Paulo de 04 de
agosto de 2014). <http://carros.uol.com.br/noticias/redacao/2014/08/04/distracao-ao-
volante-causa-acidentes-de-carro-e-celular-nao-e-unico-vilao.htm>) [42].
Há ainda os efeitos que o álcool promove nos condutores, o que infelizmente é uma
prática comum apesar das penalizações previstas em lei e que também configura-se como uma
das principais causas de acidentes no país. Na cidade de Manaus, pode-se destacar exemplos
como este:
Seis pessoas morreram em um acidente envolvendo um carro e um ônibus, na Avenida
Grande Circular 2, zona norte, no início da manhã desta quarta-feira (22). O caso foi
registrado no 6º Distrito Integrado de Polícia (DIP) e será encaminhado para a
Delegacia Especializada em Acidentes de Trânsito (Deat). O motorista conduzia um
veículo modelo Voyage, segundo a Polícia Militar. Ele perdeu o controle do carro,
bateu no canteiro central da avenida e atravessou a pista, atingindo frontalmente um
ônibus que fazia transporte de trabalhadores do Distrito Industrial. (Matéria de
acidente de trânsito cuja as vítimas eram jovens sob efeito de álcool - Página de
Notícias D24am < http://new.d24am.com/noticias/amazonas/seis-pessoas-morrem-
acidente-entre-carro-micro-onibus-grande-circular/137361> de 22 de julho de 2015)
[43].
____________________________
[41] POR VIAS SEGURAS, 2010, p. 77
[42] UOL. NOTÍCIAS, 2014. Disponível em: < http://carros.uol.com.br/noticias/redacao/2014/08/04/distracao-
ao-volante-causa-acidentes-de-carro-e-celular-nao-e-unico-vilao.htm> Acesso em agosto de 2015.
[43] NOTÍCIAS, D24am, 2015. Disponível em: http://new.d24am.com/noticias/amazonas/seis-pessoas-morrem-
acidente-entre-carro-micro-onibus-grande-circular/137361> Acesso em agosto de 2015

31
A ingestão de bebidas alcóolicas é um fator comportamental que evidencia a gravidade
das situações no trânsito em relação também aos jovens.
Outra prática igualmente comum, em termos de distração no trânsito é a não obediência
de uma distância mínima entre os automóveis, o que no caso de má sinalização ou condições
climáticas desfavoráveis, pode reduzir o tempo de reação do condutor.
Todavia, vale a ressalva de que não são apenas questões de ordem comportamental,
como a prática da direção noturna, que comprometem uma locomoção segura no trânsito,
fatores como pista molhada também requerem distâncias maiores a serem percorridas até o
veículo parar de fato.
Nos casos citados deve-se ainda levar em consideração o fato de que o veículo não para
imediatamente, pois mesmo com a força oposta, chamada de atrito, o veículo necessita de um
intervalo de tempo para desacelerar e parar.
O condutor ao observar um obstáculo necessitará de um tempo até acionar os freios.
Este tempo entre o estímulo e a reação é o tempo de reação do condutor. Segundo Homburger
[44], este tempo é dividido em quatro momentos: percepção, identificação, emoção e reação. O
momento da percepção é quando condutor visualiza o obstáculo; o momento da identificação
se dá quando o condutor reconhece o tipo de obstáculo; o momento da emoção, quando o
condutor decide o que fazer (frear, mudar de faixa, desviar do obstáculo ou mesmo ultrapassá-
lo) e o momento da reação, é quando o condutor executa aquilo que decidiu fazer. Tudo isso
ele deve fazer no menor tempo possível, e se seus sentidos estiverem por algum motivo
alterados, esse tempo será bem maior que 1s.
2.3.2. Atrito e os freios
Chamamos de força de atrito (contato) a reação tangencial entre dois corpos sólidos em
contato (por exemplo, o pneu do veículo e a pista de rolamento), quando colocadas em
movimento um em relação ao outro (deslizamento). É típico do atrito se opor ao movimento
que o corpo teria na sua ausência, e depende do estado das superfícies em contato: áspera ou
lisa. A força de atrito máxima entre duas superfícies é uma construção empírica e dada por
𝑓𝑎𝑡 = 𝜇𝑒𝑁, em que 𝜇𝑒 é chamado de coeficiente de atrito estático e depende da natureza das
superfícies. Uma vez atingindo seu valor máximo, e depois que o corpo começa a deslizar sobre
a superfície, verifica-se uma diminuição na força de atrito. Nessa condição escrevemos, em que
𝜇𝑐 é chamado de coeficiente de atrito cinético, sendo que 𝜇𝑐 e 𝜇𝑒 são menores que 1, e 𝜇𝑒 > 𝜇𝑐
,Nussenzveig [45].

32
Em relação ao trânsito, esta abordagem pode ser combinada com a sistematização dos
freios; uma situação bem comum é ficar imobilizado na lama, onde as rodas do automóvel
giram como que em falso e não há tração, logo, o automóvel não sairá do lugar, pois a área do
pneu que está em contato com o solo desliza. Isso prova que o atrito é primordial para a
locomoção do automóvel.
A força de atrito é na maioria das vezes tratada como vilã, por se opor aos
movimentos, fazendo os corpos perderem velocidade, e consequentemente energia.
No entanto, várias situações cotidianas não seriam possíveis se não houvesse esta
força. Se não fosse o atrito, um veículo não poderia acelerar, não conseguiria frear,
nem poderia fazer curva numa pista horizontal. Além disso, seria impossível manter
um veículo estacionado numa avenida que não fosse perfeitamente horizontal, pois
ele escorregaria em busca dos pontos mais baixos. [46]
O pneu do veículo assume papel importante no quesito segurança, e é responsável por
fazer o veículo andar ou parar. Ele permite que o torque produzido pelo motor produza
movimento por meio da força de atrito de rolamento com a pista.
Nas rodas, para onde é transferido o torque produzido pelo motor, há a ação da força (-
Fe), devido ao torque, com a pista de rolamento com sentido oposto ao do movimento do veículo
em relação ao solo, e este reage com uma força de atrito de mesmo módulo (Fe), mas em sentido
contrário, impulsionando o carro para a frente (veja figura 12).
Em outras palavras, o pneu empurra a pista e esta empurra o pneu, impulsionando o
veículo. Quando acionamos os freios por meio de mecanismos existentes no veículo, o freio
exerce uma ação na roda que se opõe ao seu giro. O pneu age empurrando o chão para frente,
por atrito, e o chão reage, em consonância com a terceira lei de Newton, ou seja, com uma força
de atrito no pneu, para trás [...] [47].
Figura 12:Representação da força de atrito exercida entre o pneu e a pista de rolamento. Extraída de [44].
____________________________
[46] CHAGAS, 2014 p.128

33
Quando os pneus de um veículo estão se movendo sobre uma pista, girando mas sem
deslizar, é a força de atrito estático entre os pneus e a pista de rolamento que o impulsionam
para frente (já que parte destes pneus que estão em contato com o solo possuem velocidade nula
em relação a ele). Caso os pneus deslizem sobre a pista, consideramos então, que vale o atrito
cinético. Ou seja, sem deslizamento no rolamento não teremos força de atrito quando a
velocidade for constante e se acelerarmos, o atrito estático agirá.
Na frenagem brusca com um sistema convencional de freios, o pneu pode ser travado
pelo freio e começar a deslizar, fazendo com que a força de atrito que era estática torne-se
cinética. Como consequência, o automóvel possivelmente não mais responderá à tentativa de
mudança de trajetória.
Independente do sistema de freio utilizado num veículo ser a tambor ou a disco,
quando ele é exigido, o fato da roda parar de girar não assegura que o veículo já estará
em repouso, pois o atrito responsável pela sua imobilização é aquele que há entre a
banda de rodagem do pneu e o solo. Em condições adversas (pneu careca e/ou pista
molhada) pode ocorrer, numa freada brusca, do pneu parar de girar e o veículo
continuar em movimento, devido o princípio da Inércia. Neste caso, em que o veículo
estará derrapando, proporciona grande risco aos seus ocupantes. [48]
Em função desta problemática é que foi criado um tipo de freio cuja eficiência de
funcionamento é maior do que a de um freio comum, uma vez que não permite o travamento
das rodas enquanto os freios permanecerem acionados. Trata-se dos freios ABS (Anti-lock
Breaking System), que a grosso modo, são freios antitravamento, que proporcionam pelo menos
duas vantagens: a parada do veículo, que acontece de forma mais rápida e a possibilidade de
mudança de trajetória possível, que permite uma distância de frenagem mais curta em
superfícies escorregadias, o que auxilia bastante em dias chuvosos ou na ocorrência do
fenômeno de aquaplanagem; que por sua vez, caracteriza-se pela formação de uma camada de
água entre os pneus e a pista.
2.4. Por que usar o cinto de segurança?
De acordo com o Programa Volvo Segurança no Trânsito [49], muitos condutores
utilizam o cinto de segurança apenas para não serem penalizados com multas, mas ainda assim,
uma pesquisa atual divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no
início do mês de junho de 2015, revelou que 20% da população não usa cinto de segurança no
banco da frente. Este contexto se agrava ainda mais em relação ao uso do cinto de segurança
nos bancos traseiros: metade dos entrevistados admitiu que não usa o equipamento obrigatório.
____________________________
[48] CHAGAS, op cit., p.138

34
Segundo a Associação Por Vias Seguras [50]:
Quase 2/3 dos pacientes (66,7%) admitidos pela Rede SARAH em razão de acidentes
de trânsito não usavam cinto de segurança na ocasião do acidente. Contudo, observou-
se uma relação entre a idade dos pacientes na ocasião do acidente e o uso do cinto de
segurança. Os dados indicaram uma tendência ao aumento do uso de cinto de
segurança conforme aumento da idade do paciente: de 15 a 39 anos (intervalo que
representa 62,7% do total de vítimas em análise), proporção de usuários cresceu a
cada faixa etária subsequente, de 18,4% até 50,0%; acima de 40 anos, essa proporção,
embora oscilante, manteve-se sempre em torno de 40% dos casos investigados.
Conforme noticiado na Tribuna da Bahia [51], a obrigatoriedade da utilização do cinto
de segurança está prevista no Código Nacional de Trânsito (CNT) e possui a finalidade não só
de reduzir o número de mortes, como de minimizar os efeitos bruscos que uma colisão pode
ocasionar no corpo humano. Segundo o portal, a Associação Brasileira de Medicina de
Tráfego (ABRAMET) estipula que a utilização deste dispositivo de segurança pode reduzir
em até 75% o risco de morte em caso de acidentes.
No tocante ao princípio da Inércia, o condutor do veículo em movimento terá a mesma
velocidade do veículo em relação ao solo e, se o veículo parar, o condutor tende a continuar no
mesmo estado de movimento (considerando que esteja sem o cinto de segurança). Nesse
sentido, contextualizar a prática deste item de segurança na abordagem do trânsito em sala de
aula é, além de eficaz, um serviço de utilidade pública, uma vez que o estudante provavelmente
conduzirá um veículo futuramente.
Outra abordagem possível envolvendo este tema é o conceito de impulso, que está
diretamente ligado aos conceitos de segurança no trânsito e é definido como 𝐼 = ∫ �⃗� ∙ 𝑑𝑡𝑡2
𝑡1, em
que 𝐼 é o impulso e ∆𝑡 o intervalo de tempo de atuação da força. A discussão sobre este conceito
é sugerida pelos PCN+ relacionando-o com o uso do dispositivo denominado airbag, capaz de
prolongar o tempo de colisão e, consequentemente, diminuir os danos causados no condutor do
veículo (e seus ocupantes) por uma colisão [52]. No que concerne à causa dos efeitos
produzidos sobre o veículo, o condutor e seus ocupantes, no caso de uma colisão, estarão sob
os efeitos da terceira lei de Newton:
Quando um motorista perde o controle de seu carro, por exemplo, e colide em um
poste que sofre pequenas rachaduras, o carro fica totalmente destruído. Pode-se em
algum momento haver a seguinte indagação durante o estudo das forças: “Porque o
carro destrói – se se foi este que aplicou uma força contra o poste?”.
____________________________
[50] POR VIAS SEGURAS, 2010, p. 72

35
A terceira Lei de Newton diz que para toda força de ação, existe uma força de reação,
ou seja, o carro aplicou uma força no poste e este por sua vez, exerceu uma força sobre
o carro na mesma direção, em sentido oposto e mesma intensidade. Essa diferença de
estado que se encontra os dois corpos após a colisão é devido a diferença de material
ao qual os dois são compostos, assim como a massa e a aceleração inicial que estes se
encontravam. Concluindo, diz – se que ocorreu um par de forças ação-reação. [53]
Assim, fica claro que o cinto de segurança não é apenas um formalismo no trânsito ou
propaganda de empresas com o mero objetivo de comercializar automóveis com dispositivos
mais seguros; a não utilização, quando não tem como consequência a morte, deixa traumas e
sequelas que, reversíveis ou não, podem ser evitadas.
Há outros fatores que podem ainda ser discutidos em aula de aula como curiosidade, por
exemplo, os tipos de cinto de segurança e quais são os mais seguros.
2.5. A investigação de um acidente de trânsito
Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), em consonância com as
Normas Brasileiras de Regras (NBR) [54], todo evento não premeditado que resulte em dano
ou lesões ao veículo, às pessoas e/ou animais, em que pelo menos uma das partes esteja em
movimento nas vias terrestres ou abertas ao público, é considerado acidente de trânsito. Pode
originar-se, terminar ou envolver um veículo parcialmente na via pública.
Diversos fatores contribuem para a ocorrência de um acidente de trânsito, que por sua
vez, podem estar relacionados com a via, o ambiente, outros veículos e principalmente ao
comportamento desrespeitoso das pessoas, de uma forma geral. Isso engloba: excesso de
velocidade, distrações, não obediência às leis de trânsito; além de fatores intrínsecos da natureza
como clima não propício para a prática da direção, condições de visibilidade, além de fatores
de cunho administrativo, como a má sinalização do sistema viário. Nota-se que maior parte das
razões mencionadas são de cunho comportamental e portanto, dependem exclusivamente do
bom senso do condutor.
Contudo, cada uma delas também possui uma relação com a física, em especial às leis
de Newton. Portanto, um acidente de trânsito pode ser analisado dentro deste contexto, podendo
ser levado para a sala de aula e internalizado no estudante para que promova no mínimo, uma
reflexão acerca das tomadas de decisão quando o mesmo estiver dirigindo.
As informações oriundas por meio de conhecimentos físicos acerca do trânsito são tão
importantes que auxiliam até na reconstituição científica de acidentes para que a justiça faça valer
a sentença cabível ao caso.
________________________
[53] LUCENA, 2014, p. 17

36
A área de atuação da Física nos processos forenses que mais se destaca é a
interpretação de acidentes de trânsito, eventos esses, cada vez mais frequentes no
cotidiano de todos e que envolvem diversos fatores que podem ser analisados,
buscando entender como estes aconteceram e os possíveis culpados, tais como erro
humano ou falha mecânica [55].
O principal princípio físico utilizado pela física forense, por exemplo, para investigar os
acidentes no trânsito é o da conservação da quantidade de movimento, que por sua vez,
possibilita a investigação das velocidades de impacto dos veículos. É possível se estimar, por
exemplo, a velocidade de automóveis a partir das medições da derrapagem. Contudo, a mecânica
em geral, contribui bastante para tal averiguação.
Diante do conteúdo da Física Mecânica, percebe-se uma grande aplicação desta, em
investigação de acidentes de trânsito, um tema comum a todos e que faz parte da realidade
dos estudantes, embora muitas vezes não seja percebida pelos alunos pela falta de
incentivos quanto à educação no trânsito. Logo, a investigação de acidentes de trânsito
pode ser facilmente inserida nas técnicas pedagógicas para abordagem do conteúdo,
facilitando a aprendizagem e, promovendo uma aplicação científica na resolução de
problemas da vida real e assim, reforçando a motivação dos alunos pelo estudo da Física.
[56].
Outro fator que pode ser analisado quanto à questão do acidente de trânsito é o cálculo
da força que faz o vidro do para-brisa de um carro quebrar:
É comum nos atropelamentos, o pedestre chocar-se contra o para – brisa do veículo,
causando sua ruptura. Para ocorrer este fenômeno, é necessário que a pressão exercida
contra a superfície do para - brisa exceda a resistência do vidro. O valor da resistência
à pressão que deve ser oferecida é normatizado, no Brasil, por resolução do
CONTRAN. Conhecido este valor, bem como a deformação máxima do vidro antes
de romper – se, é possível estabelecer a força mínima necessária para a ruptura e, por
meio dela, avaliar a energia cinética do veículo. O fundamento da aplicação deste
princípio pode ser assim resumido: um vidro para – brisa de veículo deve resistir à
pressão (do vento, impactos, etc.) até um certo limite, como estipula a Resolução Nº
463/ 73 do CONTRAN [57].
Desta forma, para cada causa de acidente de trânsito, há a possibilidade de
implementação de ações que dificultarão a sua ocorrência. Logo, a condição necessária para
que se determinem as medidas preventivas adequadas é a análise de tais fatores. A possível
consequência, conforme a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) [58], é a redução destes
acidentes:
Qualquer política de redução de acidentes de trânsito não pode prescindir de um banco
de dados de acidentes confiável e atualizado. Assim, todos os acidentes registrados
pela Polícia ou, pelo menos, todos os que provocam vítimas, devem constar do banco
de acidentes do órgão de trânsito.
____________________________
[56] LUCENA, op. cit., p. 7
[57] VIANA, 2009, p. 32
[58] CET, 2009, p. 16

37
Esta ferramenta é indispensável para poder avaliar corretamente a situação da
violência no trânsito e acompanhar sua evolução enquanto as medidas de segurança
forem sendo implementadas para reduzir o número de acidentes
Os princípios fundamentais da mecânica utilizados na investigação em acidentes de
trânsito são vistos no Ensino Médio e, portanto, podem ser entendidas pelos estudantes desse
nível de ensino. Kleer e colaboradores [59] argumentam que contextualizar as leis de Newton
em situações do trânsito traz vantagens pedagógicas porque:
a)evidencia a relevância da Física e mostra como esta pode ser aplicada para resolver
problemas práticos da vida real; b) fornece ótimos exercícios de problemas que
permitem diferentes métodos de resolução; c) fornece exercícios de testagem de
hipóteses, por exemplo, declaração de testemunhas; d) promove a consciência acerca
de questionamentos científicos sobre problemas da vida real que necessitam ser
complementados, por exemplo, por considerações legais e morais e e) reforça a
importância da segurança nas estradas, evidenciando as vantagens do uso do cinto de
segurança e da obediência às leis do trânsito.
É importante que o Ensino de Física no Ensino Médio, bem como no Ensino
Fundamental, enfatize a Física do cotidiano, buscando uma proximidade com a realidade do
estudante, na tentativa de promover um processo ensino-aprendizagem mais significativo e
mais relevante.
_______________________
[59] KLEER, SANTOS e THIELO, op. cit., p. 161

38
Capítulo 3
Estratégias de ensino: o uso de minicursos para a Educação no
Trânsito
Esta proposta de trabalho busca promover a aprendizagem de conceitos fundamentais
da mecânica clássica, as leis de Newton, no contexto de situações que ocorrem no trânsito
urbano relacionadas com a educação e segurança, observando a escola como um espaço de
formação cidadã, do exercício do respeito e de princípios éticos. O processo de investigação
implementado foca na promoção de experiências pedagógicas sobre trânsito e o Ensino de
Física, e deseja contribuir para a formação de atitudes positivas que possibilitem a melhoria na
qualidade de vida do indivíduo e da coletividade.
Para nortear o desenvolvimento do trabalho considera-se necessária a apresentação dos
elementos básicos significativos da pesquisa, os quais são apresentados neste capítulo.
3.1 Elementos Básicos da Investigação
3.1.1 Objeto de estudo
O foco desta proposta é envolver situações que acontecem no trânsito e problematizá-
las no contexto da Física por meio de um evento escolar, que ainda que de pequena dimensão,
tem a finalidade de sensibilizar para que haja conscientização dos estudantes do ensino médio
no sentido de respeitar as leis de trânsito através de um entendimento científico fundamentado,
de forma que eles o propaguem às pessoas de seu convívio. A intenção é viabilizar uma
sensibilização para uma possível conscientização e mudança de comportamento despertadas
por meio da concepção de conceitos físicos.
3.1.2 Problemática
Diante das várias dificuldades constatadas atualmente no ensino de Física, destaca-se a
escassez de metodologias que vislumbrem o aprimoramento das concepções espontâneas dos
estudantes, uma vez que a assimilação dos conceitos introdutórios referentes à cinemática
normalmente é insatisfatória, comprometendo assim, a adequada aprendizagem de conteúdos
da Mecânica, em especial, as leis de Newton. E apesar de parecer muito abstrata ao estudante,
também serve de elo para a problematização de outros conteúdos, que não são o foco desta

39
dissertação. Neste sentido, cabe a seguinte indagação: A dificuldade observada em alunos da 1ª
série do ensino médio quanto à compreensão das leis de Newton, pode ser minimizada com
uma ação pedagógica interdisciplinar envolvendo a educação e segurança no trânsito por meio
de recurso pedagógico na forma de um mini evento escolar?
3.1.3 Questão de pesquisa
Apesar de haver políticas públicas a respeito da educação para o trânsito, a correlação
com a Física na sala de aula ainda é muito escassa, caracterizando estudos e projetos com uma
roupagem meramente preventiva, em muitos casos.
Em contrapartida, alguns projetos escolares podem ser onerosos ou demandar muitas
aulas, o que acaba inviabilizando a sua implantação. Assim, torna-se uma estratégia viável,
realizar minicursos ou oficinas dentro da própria escola utilizando como tipo de avaliação um
quiz, ao invés de avaliações formais. Neste caso, como roteirizar com atividades lúdicas, os
princípios da aprendizagem significativa acerca da Física no trânsito?
3.1.4 Objetivos Geral e Específicos
3.1.4.1 Objetivo Geral
Contextualizar as leis de Newton no trânsito urbano de veículos por meio de uma
metodologia que problematize os fenômenos físicos presentes em situações diárias.
3.1.4.2 Objetivos Específicos
1. Explorar conceitos físicos por meio das concepções prévias apresentadas, na
tentativa de reduzir a dificuldade dos alunos que estão cursando ou já cursaram a 1ª
série do ensino médio;
2. Sensibilizar jovens estudantes por meio do saber científico para uma postura mais
consciente como pedestre ou como condutor do meio de locomoção urbano;
3. Aplicar os roteiros com situações - problemas alusivos ao trânsito;
4. Criar um jogo didático, no formato de quiz, como instrumento de avaliação da
aprendizagem;
5. Analisar o roteiro no tocante ao aprendizado de conceitos envolvidos nas leis de
Newton.

40
6. Elaborar um produto educacional que promova aprendizagem das leis de Newton
no contexto da educação e segurança no trânsito.
3.2 Conceitos básicos da aprendizagem significativa
O norteador teórico da aprendizagem desta pesquisa é a teoria cognitiva de David
Ausubel [60], tendo como enfoque a teoria da aprendizagem significativa (TAS) e as estratégias
utilizadas para atingir tal objetivo.
Considera-se que uma aprendizagem é significativa quando ideias verbalizadas ou
contidas num texto apresentam uma relação lógica e clara com o conhecimento já existente na
estrutura cognitiva de um sujeito. Na TAS essa característica é denominada de interação não
arbitrária. Por outro lado, o sujeito ao apresentar o que foi aprendido e apreendido, observando
as correlações entre as ideias e novas ideias, deve saber o significado daquilo que se ensinou de
forma clara e objetiva (linguagem simples), porém não deixando de utilizar o formalismo
adequado; as interações não arbitrária e substantiva de ideias são fundamentais na ampliação
da estrutura cognitiva, na incorporação de novos conhecimentos, na flexibilidade de uso do
conhecimento e no tempo de armazenamento, PRÄSS [61].
Segundo Ausubel, Novak e Hanesian [62], para que ocorra a aprendizagem
significativa, de fato, duas condições precisam ser satisfeitas: que o material oferecido ao
estudante seja potencialmente significativo para ele e que o mesmo esteja predisposto a
aprender de forma significativa e não mais mecânica, como normalmente acontece; e isto requer
esforço e dedicação do aprendiz para correlacionar de maneira não arbitrária e substantiva, o
novo conhecimento na sua estrutura cognitiva. É importante também que o aluno demonstre
possuir conhecimentos prévios sobre o conteúdo abordado. Ausubel denomina o conhecimento
prévio de subsunçor, que nada mais é do que uma informação prévia que dá significado a um
novo conhecimento apresentado e facilita a conexão com o mesmo. O processo de inter-
relacionar novas ideias às ideias existentes, consiste em correlaciona – las com o conteúdo
aprendido, sendo denominado de diferenciação progressiva.
A continuidade dos estudos sobre um determinado conteúdo, eliminando dúvidas ou
diferenças aparentes, aumentando o grau de complexidade do conteúdo e agregando novos
conhecimentos ao conteúdo inicial, levará o estudante a ampliar sua perspectiva sobre um certo
conceito; já isto, na TAS, é denominado de reconciliação integradora. De outra forma, dizemos

41
que a reconciliação integradora é o processo que define a dinâmica da aprendizagem
simultaneamente à diferenciação progressiva, Tavares [63].
Outro fator primordial para que a aprendizagem significativa aconteça é a utilização dos
organizadores prévios, que são materiais geralmente inseridos antes do material de
aprendizagem pretendido. Possui como objetivo servir de ponte entre as informações que o
aluno já possui e as novas informações a ele repassadas.
Os conhecimentos prévios seriam os suportes nos quais o novo conhecimento se
apoiaria. Tal processo, Ausubel denominou de ancoragem. Essa ideia é defendida por
ele na seguinte frase: “o fator isolado mais importante que influencia a aprendizagem
é aquilo que o aprendiz já sabe. Averigue isso e ensine-o de acordo”. AUSUBEL apud
MOREIRA [64].
Podemos distinguir a AS em três tipos: representacional, conceitual e proposicional.
Aprendizagem representacional: ocorre quando o sujeito reconhece um signo
(palavra, símbolo ou ideia) para representar um significado, um conceito. O símbolo
assume uma ideia concreta.
Aprendizagem conceitual: é uma aprendizagem representacional de alto nível,
onde os conceitos ou significados são reconhecidos agora por outros conceitos ou
significados que o ancoram. Neste caso, o efeito que deve ser observado no ganho
de aprendizagem é uma maior diferenciação do conceito.
Aprendizagem proposicional: neste tipo de aprendizagem, temos o aprendizado do
conceito ou significado de ideias expressas sob a forma de proposições e suas
devidas associações.
O ensino da Física muitas vezes não contextualiza o cotidiano do estudante, de forma
que é provável que não haja uma identificação com problemáticas corriqueiras, como o trânsito,
por exemplo.
Se faz necessário, portanto, a utilização de uma metodologia que possibilite aos
estudantes uma compreensão maior dos conceitos abordados em sala de aula, que dê real
significado ao que se aprende. Obviamente, a referida metodologia deve ser constituída de
elementos que elenquem práticas que auxiliem uma melhor assimilação.
_______________________
[64] AUSUBEL e colaboradores, 1980 apud MOREIRA, 2006, p. 13

42
Na tentativa de contribuir para uma aprendizagem mais significativa em relação aos
conceitos abstratos que são estudados em Física, como as leis de Newton, além de promover
uma reflexão crítico-social nos estudantes acerca do comportamento no trânsito, o mini evento
(produto desta dissertação) foi idealizado para utilizar em todas as atividades os pressupostos
da TAS com estudante do Ensino Médio sobre educação e segurança no trânsito.
3.3 Unidade de ensino: Ensino de Física e Educação no Trânsito
Sistematizamos nesta seção discussões sobre conceitos emergentes das leis de Newton
de forma interdisciplinar com situações do trânsito urbano de veículos, utilizando como recurso
pedagógico uma sequência didática materializada num evento escolar. A ideia é possibilitar
uma melhor compreensão acerca das dificuldades sobre os conceitos de inércia, velocidade
(envolvendo colisão, tempo de reação, distância de parada), aceleração (desaceleração) e a lei
da ação e reação.
Os subsídios teóricos e práticos da unidade são os seguintes:
3.3.1 Público alvo e suas especificidades
a) Perfil do aluno: haver cursado o primeiro ano do ensino médio e possuir conhecimento prévio
sobre as leis de Newton.
Observação: Como levou – se em consideração as concepções prévias dos estudantes, seria
mais adequado que o público alvo fossem alunos do primeiro ano do Ensino Médio, uma
vez que ainda não teriam conhecimentos científicos acerca da cinemática. Porém, por
questões administrativamente internas da instituição de ensino em que os minicursos
foram realizados, isto não foi possível. Obteve – se respostas possivelmente distintas em
comparação com o público alvo pretendido a princípio, mas não menos importantes, pois
em muitos casos, mesmo já tendo “visto” o referido conteúdo, o estudante ainda não
rompeu cognitivamente a ideia Aristotélica; ele apenas apresenta uma vaga noção que
pode ser reformulada com um cunho científico.
b) Participantes da pesquisa: alunos cursistas do segundo ano do ensino médio. Os participantes
estavam cientes do objetivo deste trabalho e obtiveram a permissão para participar do projeto
através de um termo de autorização com anuência da escola (destinado a pais ou responsáveis);
c) Espaço de ensino e aprendizagem: as atividades propostas foram realizadas em uma
instituição de ensino público, em 3 turmas, totalizando 105 alunos e está localizada na área
central da cidade de Manaus, recebendo estudantes de vários bairros, adjacentes ou não.

43
O local de realização do mini evento ocorreu na sala de música desta instituição, que comporta
120 alunos (sentados). Possui mesa, quadro branco, tela para projeção e a acústica é satisfatória
para este tipo de atividade.
d) Recursos: a escola disponibilizou equipamentos e materiais como: projetor de imagem,
quadro e equipamentos de som, bem como uma sala específica para a implementação da
pesquisa e aplicação do produto educacional.
e) Duração: o mini evento foi realizado durante dois dias consecutivos, com duração de 2 horas
em cada dia.
3.3.2 Definição do tema
A formação cidadã requer, além de elementos morais e éticos, uma compreensão
significativa do conhecimento aprendido na escola. A soma desses elementos, neste caso, com
ênfase no conhecimento físico, pode produzir atitudes positivas quanto ao comportamento de
pessoas no trânsito. Tendo por referência as leis de Newton para discutir e compreender
fenômenos físicos que ocorrem no trânsito, no contexto educação e segurança, investigamos o
uso de um evento escolar como recurso pedagógico para promover aprendizagem significativa
da Física para que seja executada no trânsito.
3.3.3 Planejamento do recurso pedagógico:
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) considera que o conhecimento físico
incorporado à cultura tornou-se indispensável à formação cidadã contemporânea; sugere a
adaptação e utilização de alguns temas transversais com um exercício entre os valores
experimentados na vivência que a escola propicia aos alunos e sua realidade pessoal.
A temática educação e segurança para o trânsito é sugerida pelos PCN na área de
Ciências, Códigos e suas tecnologias. No componente curricular de Física, busca tratar não só
de questões morais e éticas, como também de princípios gerais da mecânica clássica que
permitem ao estudante dar sentido à aquilo que aprende, podendo provocar desde cedo uma
reflexão comportamental contínua nas tomadas de decisão por parte destes cidadãos.
O planejamento do recurso pedagógico implementado em nossa investigação, que diz
respeito a ação docente, visa uma prática metodológica que se ajuste melhor ao público alvo
por meio de atividades lúdicas que compõem um mini evento com a temática educação e
segurança para o trânsito. Segundo Libâneo [65], é um processo de racionalização, organização

44
e coordenação da ação docente, que articula a atividade escolar e a problemática do contexto
social; planejar é uma atividade consciente de previsão das ações docentes (um guia de
orientação de ações sequenciadas, com objetividade, coerência e flexível) observando as
situações didáticas concretas. Há três modalidades de planejamento: plano de escola, plano de
ensino e plano de aula. É do interesse desta investigação o plano de aula, pois trata – se do que
o professor fará em sala de aula para alcançar os objetivos educacionais propostos.
O plano de aula deve portanto, ser construído levando-se em consideração o tempo
disponível para a sua execução, o objetivo, o conteúdo, as atividades a serem desenvolvidas e
a avaliação. Deve também ser elaborado com uma sequência lógica de conteúdos visando a
abordagem de conceitos em torno de uma ideia central, formando um todo significado que
possibilite ao aluno uma percepção clara, coerente e coordenada do tema [66].
Ainda nesse contexto, acredita – se que a realização de minicursos como estratégia de
ensino é eficaz no sentido de ser uma prática democrática, pois o estudante conquista uma
liberdade cognitiva no decorrer das tarefas praticadas em função de inteligências distintas que
o mesmo pode ter e que podem ser exercitadas e testadas nestes minicursos, haja vista que o
mesmo contempla atividades variadas. A essa teoria, atribui – se o termo inteligências
múltiplas, proposta por Gardner [67], que por sua vez, defende que tais capacidades intelectuais
apontam que os indivíduos possuem distintas habilidades. Assim, uma atividade pode ser mais
simples e satisfatória para uns, do que para outros, sugerindo que o reconhecimento destas
várias habilidades promove um ganho no que diz respeito à aprendizagem. E complementa: “é
uma visão pluralista da mente, reconhecendo muitas facetas diferentes e separadas da cognição,
reconhecendo que as pessoas têm forças cognitivas diferenciadas e estilos cognitivos
contrastantes”. [68]
Seguindo orientação similar, a formatação destas aulas foi configurada como um mini
evento observando os seguintes aspectos: tema, divulgação, planejamento das atividades,
acessibilidade de informação e controle. A intenção foi contemplar justamente as possibilidades
cognitivas de cada estudante, na medida do possível. Conforme Gardner [69]:
Enquanto alguns indivíduos são “promissores” em uma inteligência, outros “correm
perigo”. Na ausência de ajudas especiais, aqueles que correm perigo em uma
inteligência provavelmente irão falhar nas tarefas que envolvem aquela inteligência.
Reciprocamente, os promissores provavelmente terão sucesso. Uma intervenção
intensa numa idade inicial talvez possa levar um grande número de crianças a um
nível “promissor”.
_______________________
[68] GARDNER, 1995, p. 13
[69] Ibid., p. 32

45
O mini evento, neste caso, contém dois minicursos (executados em duas aulas) sobre o
tema educação e segurança para o trânsito, de tal forma que abrangeu as atividades idealizadas
para sensibilizar e promover compreensão de conceitos básicos da mecânica. Cada minicurso
foi planejado para três turmas de estudantes cursando a segunda série do ensino médio,
totalizando 105 pessoas inscritas, com duração de 2 (duas) horas cada um.
A abordagem contempla os seguintes assuntos: limite de velocidade nas vias;
desaceleração (evitando colisão), distrações ao volante (tempo de reação), atrito e os freios, a
importância dos equipamentos de segurança e elementos básico na investigação de acidentes
de trânsito.
A divulgação do mini evento contou com a colaboração do setor pedagógico da escola,
que disponibilizou ainda: um auditório com capacidade para 120 pessoas, um projetor de
imagens acoplado a um computador, uma caixa de som amplificada e microfone.
Os minicursos têm abordagem teórico-prática que englobam a discussão de situações-
problema apresentadas por meio de vídeos (que constam nos planos do minicursos por meio de
links) e reportagens que abarquem o tema e ainda a realização de experimentos e um jogo
didático, tendo como instrumento avaliativo um outro jogo em formato de quiz. Nos quadros 1
e 2, temos o planejamento do mini evento.
PLANO DO MINICURSO I
Título: “Cinto”, muito!
Apresentação
Nome da Professora: Fernanda Cabral
Componente Curricular: Física I
Ano letivo: 2015
Público alvo: estudantes cursistas do segundo ano do Ensino Médio
Obs: Para um melhor aproveitamento, em se tratando de concepções prévias,
o ideal seria que o público alvo fossem cursistas do primeiro ano do Ensino Médio,
pois ainda não teriam estudado cinemática. Porém, neste caso e por questões
administrativamente internas da instituição de ensino em que os minicursos foram
realizados, isto não foi possível. Contudo, a essência do projeto não foi abalada, de

46
forma que obteve – se respostas possivelmente distintas em comparação com o
público alvo pretendido, mas não menos importantes.
Carga Horária: 2h
Objeto do minicurso
Problematizar as práticas juvenis que mais causam acidentes de trânsito e conceituar
fisicamente as grandezas físicas envolvidas nos casos de: velocidade excessiva, não
utilização do cinto de segurança, consumo de álcool e uso de celular ao volante.
Justificativa
Baseando-se nas estatísticas locais, os acidentes de carro envolvendo jovens têm crescido
freneticamente e causado muitos transtornos às famílias afetadas e à sociedade como um
todo. Estes acidentes podem ser evitados por meio de uma postura pautada no bom senso
e no respeito às leis de trânsito e isto pode começar a ser explorado na sala de aula.
Obs: Sugere – se fazer um comparativo a nível nacional.
Resultados pretendidos
▪ Deseja – se que o estudante consiga operacionalizar o tema educação e segurança no
trânsito na sala de aula e consequentemente em seu dia a dia.
▪ Espera-se que o estudante consiga relacionar cada caso analisado com as grandezas
físicas já conceituadas no minicurso I, conciliando as suas concepções previamente
apresentadas com situações – problema no trânsito.
Conteúdos de Física a serem explorados nas atividades do minicurso
▪ velocidade;
▪ aceleração;
▪ atrito;
▪ leis de Newton.
Metodologia de Ensino
▪ Problematizar a diferença entre velocidade escalar média e instantânea, de acordo com
as situações exploradas na palestra e nos vídeos acerca da velocidade excessiva e dos
dispositivos de segurança no trânsito, como o cinto de segurança, por exemplo e debater
a aplicabilidade da terceira lei de Newton (ação e reação) caso de uma colisão frontal
entre dois veículos que possuam massas similares.
▪ Discutir por meio de animação a diferença entre os conceitos de aceleração e velocidade;

47
Obs: A animação utilizada foi criada no programa flash e editada no programa movie
maker (link disponível na Sequência de Momentos de Ensino – Aprendizagem 1, do
minicurso I)
▪ Exemplificar experimentalmente a relação que existe entre o atrito e a inércia e qual a
utilidade disto na locomoção do carro.
▪ Demonstrar experimentalmente (com materiais caseiros) o funcionamento do air bag
como dispositivo de segurança, inserindo o conceito de desaceleração.
▪ Analisar a grandeza física torque relacionando à segunda lei de Newton para rotações e
ainda discutindo sua aplicabilidade em circunstâncias corriqueiras no trânsito, como a
troca de pneus, por exemplo. Para isso, pode – se utilizar a porta (dobradiça) do local de
realização do minicurso.
Material de Apoio
Palestra e vídeos: ▪ projetor (data – show);
▪ caixa de som;
▪ microfone (facultativo);
▪ computador;
▪ quadro.
Experimentos: ▪ cd (inutilizado);
▪ balão;
▪ seringa;
▪ vinagre;
▪ saco (plástico);
▪ bicarbonato de sódio.
Demonstração (exemplo prático): ▪ porta (dobradiça).
Verificação de Aprendizagem (Quiz): ▪ projetor (data – show);
▪ microfone (facultativo).
▪ questionários.
Avaliação
▪ quiz (questionário) / pré – teste: explorar os conhecimentos prévios dos estudantes
utilizando um material potencialmente significativo.
▪ quiz (questionário) / pós – teste: promover ao final do minicurso, a reconciliação
integradora entre os conhecimentos prévios apresentados pelos estudantes e o “novo”
conhecimento já ressignificado.

48
Bibliografia (lista as referências necessárias para a preparação das palestras e estudos)
[1] MARIM, I. H. Como montar uma palestra. UEM. Disponível em:<
http://www.fazenda.pr.gov.br/arquivos/File/pdf/iseminario/20041103Comomontarumap
alestra.pdf>
[2] Gl, Globo.com. Jornal Hoje. Acidente de trânsito é a principal causa de mortes de jovens
no mundo. Disponível em: http://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2015/06/acidente-de-
transito-e-principal-causa-de-mortes-de-jovens-no-mundo.html>
[3] Portal do trânsito. Vida no trânsito. Morte de jovens em acidentes de transporte cresceu
mais de 30% em dez anos. Disponível em: <http://portaldotransito.com.br/noticias/estatisticas/morte-
de-jovens-em-acidentes-de-transporte-cresceu-mais-de-30-em-dez-anos>
[4] TRÂNSITOBR. Adolescente no volante. Disponível em: <
http://www.transitobr.com.br/index2.php?id_conteudo=112>
[5] Observatório Nacional de Segurança Viária (OSNV). Serviços. Notícias. Brasil tem
mais vítimas de acidentes de trânsito do que câncer, informa estudo. Disponível em:
< http://www.onsv.org.br/noticias/brasil-tem-mais-vitimas-de-acidentes-de-transito-do-
que-cancer-informa-estudo/>
[6] WIKIHOW. Como Criar um Quiz Usando Apenas o Powerpoint. Disponível Em:
< http://pt.wikihow.com/Criar-um-Quiz-Usando-Apenas-o-Powepoint>
[7] Projeto Experimentos de Física com Materiais do Dia-a-Dia - UNESP/Bauru.
Experimentos de física. Disco flutuante. Disponível em:<
http://www2.fc.unesp.br/experimentosdefisica/mec06.htm>
[8] UMCOMO. Tempo livre. Como fazer uma air bag caseiro. Disponível em: <
http://tempolivre.umcomo.com.br/video/como-fazer-um-airbag-caseiro-12895.html>
Fonte: ROSA, P. R. da S. Modelo de plano de minicurso. UFMS. Disponível em:
https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=4&cad=rja&uact=8&ved=0ahUK
EwiLgYHCj67JAhVDJJAKHQP_BYQQFggzMAM&url=http%3A%2F%2Fwww.paulorosa.docente.ufms.br
%2FInformatica_Educacao%2FPlano_minicurso.docx&usg=AFQjCNEhxH1bTnqafhU1v1LDIYzMWjjvlg&
sig2=UjrGuMPLqAIF_nJc05LQrA
Quadro 1:Plano do minicurso I

49
Anexo
Tabela de habilidades cognitivas e verbos relacionados
NÍVEL DEFINIÇÃO
AMOSTRA
DE
VERBOS
AMOSTRA DE
DESEMPENHOS
CONHECIMENTO
O aluno irá recordar ou
reconhecer informações,
ideias, e princípios na
forma (aproximada) em
que foram aprendidos.
Escreva, Liste
Rotule,
Nomeie
Diga, Defina.
O aluno irá definir os
seis níveis da
Taxonomia de Bloom
no domínio
cognitivo.
COMPREENSÃO
O aluno traduz,
compreende ou
interpreta informação
com base em
conhecimento prévio.
Explique,
Resuma,
Parafraseie,
Descreva,
Ilustre.
O aluno irá explicar a
proposta da
taxonomia de Bloom
para o domínio
cognitivo.
APLICAÇÃO
O aluno seleciona,
transfere e usa dados e
princípios para
completar um problema
ou tarefa com um
mínimo de supervisão.
Use, Compute,
Resolva,
Demonstre,
Aplique,
Construa.
O aluno irá escrever
um objetivo
educacional para
cada um dos níveis
da Taxonomia de
Bloom.
ANÁLISE
O aluno distingue,
classifica, e
relaciona pressupostos,
hipóteses, evidências ou
estruturas de uma
declaração ou questão.
Analise,
Categorize,
Compare,
Contraste,
Separe.
O aluno irá comparar
e contrastar os
domínios: afetivo e
cognitivo.
SÍNTESE
O aluno cria, integra e
combina ideias num
produto, plano ou
proposta, novos para ele.
Crie, Planeje,
Elabore
hipótese(s),
Invente,
Desenvolva.
O aluno irá elaborar
um esquema de
classificação para
escrever objetivos
educacionais que
integre os domínios
cognitivo, afetivo e
psicomotor.
AVALIAÇÃO
O aluno aprecia, avalia
ou critica com base em
padrões e critérios
específicos.
Julgue,
Recomende,
Critique,
Justifique.
O aluno irá julgar a
efetividade de se
escrever objetivos
educacionais usando
a taxonomia de
Bloom. Fonte : http://www.edpsycinteractive.org/topics/cogsys/bloom.html

50
PLANO DO MINICURSO II
Título: Parece que bebe!
Apresentação
Nome da Professora: Fernanda Cabral
Componente Curricular: Física I
Ano letivo: 2015
Público alvo: estudantes cursistas do segundo ano do Ensino Médio
Carga Horária: 2h
Objeto do minicurso
Discutir, no sentido de sensibilizar, como e quais fatores comportamentais que os jovens
devem aderir para reduzir as estatísticas de acidentes de trânsito na cidade de Manaus.
Justificativa
Elencar as situações – problema no trânsito inserindo os conceitos físicos pertinentes a
cada situação explorada, para sensibilizar o estudante quanto à prática da educação no
trânsito por meio de conhecimentos de Física.
Resultados pretendidos
▪ Almeja – se que o estudante seja sensibilizado quanto à utilidade do tema educação e
segurança no trânsito em seu cotidiano, aliado aos conhecimentos de Mecânica;
▪ Acredita-se que o estudante conseguirá, ao final do minicurso II, sistematizar e estender
às pessoas do seu convívio a importância da educação no trânsito e o quão facilitador o
conhecimento de física é para tal prática.
Conteúdos de Física a serem explorados nas atividades do minicurso
▪ velocidade escalar média e instantânea;
▪ aceleração;
▪ atrito;
▪ leis de Newton.
OBS: Os mesmos conteúdos explanados no minicurso I, porém, contextualizando-os
por meio de fatos reais.

51
Metodologia de Ensino
▪ Debater as questões suscitadas no minicurso I, recobrando – as, suscitar perguntas e/ou
comentários dos estudantes acerca de acidentes de trânsito envolvendo jovens, quais as
principais causas e no que a educação no trânsito juntamente com conhecimentos de
Física podem servir de auxílio.
▪ Explorar por meio de um jogo de perguntas e respostas alguns conceitos da Mecânica
de forma lúdica, no intuito de conquistar a atenção dos estudantes quanto às questões do
trânsito.
▪ Sensibilizar por meio da utilização de vídeos contendo relatos de vítimas diretas ou
indiretas de acidentes de trânsito, com o intuito de conscientizar para a relevância da
temática.
Material de Apoio
Debate: ▪ microfone (facultativo);
Vídeos: ▪ projetor (data – show);
▪ caixa de som;
▪ microfone (facultativo);
▪ computador;
▪ quadro.
Jogo didático: ▪ livros de física;
▪ papel;
▪ caneta;
Verificação de Aprendizagem (Quiz): ▪ projetor (data – show);
▪ microfone (facultativo).
▪ questionários.
Avaliação
▪ quiz (questionário) / pré – teste: explorar os conhecimentos prévios dos estudantes
utilizando um material potencialmente significativo.
▪ quiz (questionário) / pós – teste: promover ao final do minicurso, a reconciliação
integradora entre os conhecimentos prévios apresentados pelos estudantes e o “novo”
conhecimento já ressignificado para a prática consciente da direção no trânsito.

52
Bibliografia (lista as referências necessárias para a preparação das palestras e
estudos)
[1] ALTARUGIO, Maisa Helena; DINIZ, Manuela Lustosa e LOCATELLI, Solange
Wagner. Relatos de sala de aula. O debate como estratégias em aulas de Química.
Disponível em: <http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc32_1/06-RSA-8008.pdf>
[2] SCHEFFER, Fabricio da Silva. Dissertação de mestrado. O uso de vídeo aulas para a
aprendizagem de Cinemática. Porto Alegre, 2014.
[3] PEREIRA, Ricardo Francisco; FUSINATO, Polônia Altoé e NVES, Marcos Cesar Danhoni.
Encontro Nacional de Pesquisas em Educação em Ciências. Desenvolvendo um jogo de
tabuleiro para o ensino de física. Universidade Estadual De Maringá. Florianópolis, 2009.
[4] RAHAL, Fábio Adhemar da Silva. Simpósio Nacional de Ensino de Física. Jogos
didáticos no ensino de Física: um exemplo na Termodinâmica. Universidade Federal
do Paraná.
[5] WIKIHOW. Como Criar um Quiz Usando Apenas o Powepoint. Disponível Em:
< http://pt.wikihow.com/Criar-um-Quiz-Usando-Apenas-o-Powepoint>
[6] TERRA, Notícias. Brasil. Separados pelo trânsito. Famílias dizimadas pelo
trânsito. Disponível em:< http://noticias.terra.com.br/brasil/separados-pelo-transito/>
[7] Laboratório de transportes e logística. Programa de segurança rodoviária.
Campanha contra violência no trânsito reúne relatos em site interativo.
Universidade Federal de Santa Catarina, 2015. Disponível em:
<https://www.labtrans.ufsc.br/PSR/post/Campanha-contra-violencia-no-transito-reune-
relatos-em-site-interativo.aspx>
[8] Jornal Folha do Sul. Notícia. Semana Nacional de Trânsito. Palestrante mostra
relatos de vítimas com sequelas. Ano 6, nº 1698, 2015. Disponível em: <
http://www.jornalfolhadosul.com.br/noticia/2015/09/19/palestrante-mostra-relatos-de-
vitimas-com-sequelas>
Fonte: ROSA, P. R. da S. Modelo de plano de minicurso. UFMS. Disponível em:
<https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=4&cad=rja&uact=8&ved=0ahU
KEwiLgYHCj67JAhVDJJAKHQP_BYQQFggzMAM&url=http%3A%2F%2Fwww.paulorosa.docente.ufms.
br%2FInformatica_Educacao%2FPlano_minicurso.docx&usg=AFQjCNEhxH1bTnqafhU1v1LDIYzMWjjvlg
&sig2=UjrGuMPLqAIF_nJc05LQrA>
Quadro 2:Plano do minicurso II

53
Anexo
Tabela de habilidades cognitivas e verbos relacionados
NÍVEL DEFINIÇÃO
AMOSTRA
DE
VERBOS
AMOSTRA DE
DESEMPENHOS
CONHECIMENTO
O aluno irá recordar ou
reconhecer informações,
ideias, e princípios na
forma (aproximada) em
que foram aprendidos.
Escreva, Liste
Rotule,
Nomeie
Diga, Defina.
O aluno irá definir os
seis níveis da
Taxonomia de Bloom
no domínio
cognitivo.
COMPREENSÃO
O aluno traduz,
compreende ou
interpreta informação
com base em
conhecimento prévio.
Explique,
Resuma,
Parafraseie,
Descreva,
Ilustre.
O aluno irá explicar a
proposta da
taxonomia de Bloom
para o domínio
cognitivo.
APLICAÇÃO
O aluno seleciona,
transfere e usa dados e
princípios para
completar um problema
ou tarefa com um
mínimo de supervisão.
Use, Compute
Resolva,
Demonstre,
Aplique,
Construa.
O aluno irá escrever
um objetivo
educacional para
cada um dos níveis
da Taxonomia de
Bloom.
ANÁLISE
O aluno distingue,
classifica, e
relaciona pressupostos,
hipóteses, evidências ou
estruturas de uma
declaração ou questão.
Analise,
Categorize,
Compare,
Contraste,
Separe.
O aluno irá comparar
e contrastar os
domínios: afetivo e
cognitivo.
SÍNTESE
O aluno cria, integra e
combina ideias num
produto, plano ou
proposta, novos para ele.
Crie, Planeje,
Elabore
hipótese(s),
Invente,
Desenvolva.
O aluno irá elaborar
um esquema de
classificação para
escrever objetivos
educacionais que
integre os domínios
cognitivo, afetivo e
psicomotor.
AVALIAÇÃO
O aluno aprecia, avalia
ou critica com base em
padrões e critérios
específicos.
Julgue,
Recomende,
Critique,
Justifique.
O aluno irá julgar a
efetividade de se
escrever objetivos
educacionais usando
a taxonomia de
Bloom.
Fonte : http://www.edpsycinteractive.org/topics/cogsys/bloom.html

54
3.3.4 O ensino por temas
Em consonância com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNS), a temática do
trânsito, por ser transversal, pode suscitar motivação para o estudo da Física, neste caso, com
ênfase nas leis de Newton.
A articulação de conteúdos tradicionais da Física com temas sociais pode facilitar a
compreensão de conceitos e o exercício da interdisciplinaridade, que também podem gerar uma
mudança nos hábitos sociais e na qualidade de vida. Assim, a abordagem temática não deve ter
uma perspectiva somente de enriquecimento cultural, mas ser uma estratégia que contribua com
a proposta curricular [70].
Segundo Costa e Pinheiro [71], é possível observar que o trabalho por meio de temas
geradores contextualiza o conhecimento permeado de reflexão, pois se estabelece uma
correlação harmônica entre os conhecimentos científicos e sua releitura na busca de
compreender situações que envolvam a realidade local, dando significado para os aprendizados
escolares. E do ponto de vista metodológico, trabalha-se de forma inversa a tradicional: parte-
se de uma situação problema, busca-se uma interpretação mais crítica do tema, percebe-se que
os conhecimentos de senso comum não são suficientes para a plena compreensão do tema em
questão (nesse momento em que se provoca o aluno para a aprendizagem) cujo objetivo final é
a apreensão do conhecimento científico para uma visão reformulada do tema. O resultado
esperado é uma ressignificação de conceitos e o reflexo disso no meio onde se vive.
Com ideias similares, Tozoni – Reis [72] afirma:
[...] os temas geradores são temas que servem ao processo de codificação-
decodificação e problematização da situação. Eles permitem concretizar,
metodologicamente, o esforço de compreensão da realidade vivida para alcançar um
nível mais crítico de conhecimento dessa realidade, pela experiência da reflexão
coletiva da prática social real. Esse é o caminho metodológico: o trabalho educativo
dispensa, pois, um programa pronto e as atividades tradicionais de escrita e leitura,
mecanicamente executadas. A avaliação é um processo coletivo cujo foco não é o
‛rendimento’ individual, mas o próprio processo de conscientização. O diálogo é,
portanto, o método básico, realizado pelos temas geradores de forma radicalmente
democrática e participativa.
Quando na discussão sobre um determinado tema introduz-se algum experimento, este
também deve ser proposto para levar o estudante ao exercício da reflexão, observando a relação
entre conceitos e fenômenos observados. A experimentação é uma estratégia que vincula o
conhecimento científico com o cotidiano do aluno.
_______________________
[72] TOZONI – REIS, 2006, p. 104

55
Aplicada em minicursos, deve ter como finalidade permitir que o aluno estabeleça uma
articulação entre fenômeno e teoria [73]. Machado e Tunes apud Baptista e colaboradores [74]
propõem o seguinte processo:
a)formulação de uma pergunta que desperte a curiosidade dos alunos; b) realização
do experimento, solicitando aos alunos que registrem as observações macroscópicas;
c) solicitação que os alunos formulem possíveis explicações para o fenômeno
observado; registro de possíveis concepções prévias/alternativas dos alunos; d)
apresentação da explicação microscópica, levando em consideração as ideias prévias
dos alunos; nesse momento, de forma dialógica, são formuladas questões desafiadoras
que possibilitem dos alunos; nesse momento, de forma dialógica, são formuladas
questões desafiadoras que possibilitem aos alunos exercitarem suas habilidades
argumentativas, visando à reformulação das ideias prévias; nesse momento, sempre
que possível são inseridos aspectos históricos relacionados aos fenômenos
observados; e) apresentação da expressão representacional do fenômeno, como uma
síntese do que foi observado e explicado; f) conclusão do experimento, consistindo
em responder a pergunta inicial e discutir a interface Ciência-Tecnologia-Sociedade,
por meio da apresentação de um vídeo e/ou leitura de um texto relacionado ao tema.
Desta forma, espera – se que os experimentos no minicurso, vinculados à atividades e
problematizações, direcione a cognição dos alunos, tendo por objetivo uma melhor assimilação
do teor das atividades executadas nos minicursos. Os experimentos realizados durante os
minicursos foram: airbag caseiro e vencendo a inércia.
3.3.5 Uso de um jogo no formato de quiz (questionário)
Outra estratégia adotada durante a realização dos minicursos foi um jogo didático no
formato de quiz (questionário).
Para Pereira e colaboradores [75]: “O jogo é uma atividade rica e de grande efeito que
responde às necessidades lúdicas, intelectuais e afetivas, estimulando a vida social e
representando, assim, importante contribuição na aprendizagem.[..]”.
O quiz (questionário) é um jogo de perguntas e respostas e pode ser utilizado como
recurso didático auxiliador na aprendizagem de maneira simples e lúdica. É uma atividade
perfeitamente cabível de ser realizada na escola por meio de recursos tecnológicos (neste
projeto usamos um projetor de imagens acoplado a um computador). Além do mais, contribui
tanto no processo de aprendizagem (de maneira significativa) como também no processo de
avaliação do desempenho do aluno [76].
_______________________
[75] PEREIRA, 2009, p. 14

56
Com o advento da tecnologia cada vez mais rebuscada, o desafio do professor não é só
o de despertar a curiosidade e atenção dos estudantes em sala de aula, mas principalmente,
manter esses elementos diariamente. Logo, metodologias que contemplem características mais
lúdicas tendem a ser mais atrativas. De acordo com Mitchell apud Oliveira e colaboradores
[77], “os jogos educacionais bem projetados levam os jogadores a um estado de intensa
concentração e envolvimento, o que é importante para o desenvolvimento de novas habilidades
e para a aprendizagem de conteúdos teóricos presentes no recurso”.
Sob a mesma perspectiva, Vicente apud Oliveira e colaboradores [78] afirma que “os
jogos permitem ao estudante associar prazer e aprendizado, representando uma forma de se
estudar conceitos, sem que ele perceba que está sendo ensinado. Isto acaba por desburocratizar,
de certa forma, a aprendizagem da física, que normalmente é pautada na mecanização de
conteúdos e operacionalizações matemáticas de maneira descontextualizada e possui muito
pouca relevância no cotidiano do estudante.
A construção dos quizzes (questionários), um para cada minicurso, implementados nesta
proposta cumpriu as seguintes etapas: (a) definição do conteúdo; (b) elaboração de questões de
múltipla escolha, de completar lacunas, com alternativas de verdadeiro ou falso; (c) elaboração
do formato digital (veja figura 6); e (d) aplicação do jogo.
Figura 13:Slides do minicurso I (Exemplos de questões de um dos quizzes)
_______________________
[77] OLIVEIRA, 2006, p. 150
[79] Ibid., p 149

57
3.3.6 Descrição das atividades do mini evento (minicursos)
3.3.6.1 Minicurso I
Este minicurso é constituído de uma sequência de momentos que roteiriza atividades
embasadas na da aprendizagem significativa, contendo situações – problema alusivas ao
trânsito, demonstrações de experimentos, animações, jogos e para ser utilizado como
instrumento de avaliação de aprendizagem, criou – se um quiz (com comandos simples) e
caráter lúdico.
3.3.6.2 Objetivos
▪ Contextualizar e consequentemente promover uma aprendizagem de maneira mais
significativa no ensino médio; uma vez que o trânsito é uma problemática que repercute nas
principais discussões sociais da atualidade.
▪ Re – significar situações decorrentes do trânsito presentes no cotidiano do estudante,
de forma que tais conhecimentos sirvam de aporte científico para a aprendizagem da Mecânica.
NÍVEL ESCOLAR: 1º ano
MODALIDADE DE ENSINO: Médio
CARGA HORÁRIA: 2 horas (2 tempos de aula)
OBJETIVO GERAL:
▪ Instigar a manifestação da concepção prévia dos estudantes.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
▪ Adequar as concepções previamente apresentadas a situações – problema no trânsito;
▪ Apresentar como o tema educação e segurança no trânsito por meio de conhecimentos de
Mecânica pode ser útil ao dia a dia.
CONTEÚDO:
Conceitual:
▪ Conhecimento de alguns problemas que ocorrem no trânsito urbano;
Procedimental:
▪ Detecção de situações corriqueiras alusivas ao trânsito;

58
Atitudinal:
▪ Sensibilização e bom senso para a prática da direção no trânsito.
SEQUÊNCIA DE MOMENTOS DE ENSINO – APRENDIZAGEM 1
Momento 1: Palestra (análise das concepções prévias)
A palestra visa verificar a concepção prévia dos estudantes acerca dos conhecimentos
de Mecânica, para subsidiar o conteúdo explorado nas atividades seguintes. Os tópicos da
palestra, podem ser direcionados à cada atividade planejada durante os dois dias de mini evento
e é de suma importância que o seu teor seja lúdico, de forma que o estudante seja desafiado não
só a refletir acerca da questão do trânsito, como também, a continuar interessados em participar
dos minicursos.
RECURSOS MATERIAIS:
▪ computador;
▪ equipamento de som;
▪ quadro;
▪ projetor de imagem (data – show).
MATERIAL DE APOIO:
▪ vídeo 1
AVALIAÇÃO:
A avaliação será realizada informalmente, apenas de sondagem e com características de
avaliação diagnóstica (oral).
CARGA HORÁRIA:
▪ 30 minutos

59
Momento 2: Animação computacional
A partir da animação o estudante terá possibilidade de visualmente relacionar e
comparar em seu cotidiano os conceitos e relações entre velocidade e aceleração.
RECURSOS MATERIAIS:
▪ computador;
▪ projetor de imagem (data – show).
MATERIAL DE APOIO:
▪ animação computacional em flash (adaptação de animação extraía da internet).
AVALIAÇÃO:
Nesta atividade não se faz necessário uma atividade avaliativa formal.
CARGA HORÁRIA:
▪ 10 minutos
Momento 3: Teste diagnóstico
Aplicar pré-teste com questões de múltipla escolha sobre questões que envolvem o trânsito e
que foram discutidas na atividade 1 (palestra).
RECURSOS MATERIAIS:
▪ computador;
▪ quadro;
▪ projetor de imagem (data – show).
MATERIAL DE APOIO:
▪ Aplicação do quiz 1

60
AVALIAÇÃO:
Resolução escrita das questões do quiz (formato de questionário).
CARGA HORÁRIA:
▪ 15 minutos
Momento 4: Experimentos e demonstrações
Realizar práticas experimentais que simulem circunstâncias ocorridas no trânsito que
envolvam conceitos de atrito e inércia e informações úteis de como trocar o pneu do carro, por
exemplo. O objetivo é promover no estudante uma reflexão comportamental a partir do conceito
abordado.
RECURSOS MATERIAIS:
▪ experimento: cd;
seringa de (injeção);
balão;
cola.
▪ aplicação prática: porta (dobradiça)
MATERIAL DE APOIO:
▪ vídeo 2
AVALIAÇÃO:
Explanação oral (dos alunos) com mediação do professor (a) acerca da relação dos
experimentos com situações encontradas no trânsito.
CARGA HORÁRIA:
▪ 20 minutos

61
Momento 5: Debate
Esta é uma etapa de suma importância no projeto, o relato de indivíduos que tiveram
suas vidas modificadas de maneira abrupta por conta de acidentes de trânsito.
A ideia é apresentar experiências que estejam relacionadas com fatores
comportamentais como: excesso de velocidade, ingestão de bebidas alcóolicas, falta de atenção,
entre outros.
RECURSOS MATERIAIS:
▪ Não há necessidade, neste caso, de nenhum material (palpável).
MATERIAL DE APOIO:
▪ Reportagens em vídeo de veículos de comunicação como: revistas, jornais e internet,
com vítimas, fatais ou não, de acidentes de trânsito.
AVALIAÇÃO
Explanação oral (dos alunos) com mediação do professor(a) acerca da relação dos
experimentos com situações encontradas no trânsito.
DURAÇÃO:
▪ 20 minutos
Momento 6: Verificação de aprendizagem
Aplicar pós-teste com questões de múltipla escolha sobre a consequências de fatores
comportamentais relacionados com conceitos físicos referentes ao trânsito e que foram
discutidas nas atividades anteriores, inclusive na atividade 3 (pré – teste).
RECURSOS MATERIAIS:
▪ computador;
▪ quadro;
▪ projetor de imagem (data – show).

62
MATERIAL DE APOIO:
▪ Aplicação do quiz 2.
AVALIAÇÃO:
Resolução escrita das questões do quiz (formato de questionário) para comparação com
as respostas da atividade 3 (pré – teste).
CARGA HORÁRIA:
▪ 15 minutos
Momento 7: Encerramento (considerações finais com explanação oral do professor
de forma sucinta de todas as problemáticas e conceitos físicos decorrentes do
trânsito). O objetivo é retomar questões que por ventura não tenham sido
esclarecidas durante o primeiro minicurso.
RECURSOS MATERIAIS:
▪ Não há necessidade, neste caso, de nenhum material (palpável).
MATERIAL DE APOIO:
▪ vídeo 3.
AVALIAÇÃO:
▪ Relatório escrito evidenciando aspectos positivos e negativos do minicurso do
primeiro mini curso com a relevância social que possui e quais conceitos físicos ficaram menos
explícitos. Como as sequências didáticas são passíveis de modificações, o referido relatório por
parte dos estudantes tem por objetivo direcionar as atividades do minicurso do segundo dia,
para que as dúvidas do minicurso do primeiro dia sejam sanadas.
CARGA HORÁRIA:
▪ 10 minutos

63
3.3.6.3 Minicurso II
Este minicurso é constituído de uma sequência de momentos que roteiriza atividades
embasadas na da aprendizagem significativa, contendo situações-problema decorrentes do
trânsito, vídeos (comerciais de televisão), jogo (pergunta – resposta), debate e para ser utilizado
como instrumento de avaliação de aprendizagem, criou – se um quiz com comandos simples e
com caráter lúdico.
3.3.6.4 Objetivos
▪ Analisar questões referentes ao trânsito, com o auxílio da Física, por meio de
depoimentos e comerciais de televisão de modo que se promova a sensibilização para o tema.
▪ Relacionar os conceitos explorados no minicurso I e reinseri – los nas atividades do
minicurso II, de maneira que viabilize a reconciliação integradora.
NÍVEL ESCOLAR: 1º ano
MODALIDADE DE ENSINO: Médio
CARGA HORÁRIA: 2 horas (2 tempos de aula)
OBJETIVO GERAL:
▪ Instigar a manifestação da concepção prévia dos estudantes.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
▪ Adequar as concepções previamente apresentadas a situações – problema no trânsito;
▪ Apresentar como o tema educação e segurança no trânsito por meio de conhecimentos de
Mecânica pode ser útil ao dia a dia.
CONTEÚDO:
Conceitual:
▪ Conhecimento de alguns problemas que ocorrem no trânsito urbano;
Procedimental:
▪ Detecção de situações corriqueiras alusivas ao trânsito;
Atitudinal:
▪ Sensibilização e bom senso para a prática da direção no trânsito.

64
SEQUÊNCIA DE MOMENTOS DE ENSINO – APRENDIZAGEM 2
Momento 1: Debate. O objetivo é recobrar questões suscitadas no minicurso I.
RECURSOS MATERIAIS:
▪ Não há necessidade, neste caso, de nenhum material (palpável).
MATERIAL DE APOIO:
▪ vídeo 4
AVALIAÇÃO:
Nesta atividade não se faz necessário uma atividade avaliativa formal.
CARGA HORÁRIA:
▪ 30 minutos
Momento 2: Verificação de aprendizagem
RECURSOS MATERIAIS:
▪ computador;
▪ quadro;
▪ projetor de imagem (data – show).
MATERIAL DE APOIO:
▪ Aplicação do quis 3.
AVALIAÇÃO:
Resolução escrita das questões do quiz (formato de questionário).

65
CARGA HORÁRIA:
▪ 15 minutos
Momento 3: Argumentação oral
Suscitar perguntas e/ou comentários dos estudantes acerca de acidentes de trânsito
envolvendo jovens, quais as principais causas e no que a educação no trânsito em consonância
com conhecimentos de Física podem auxiliar.
RECURSOS MATERIAIS:
▪ Não há necessidade, neste caso, de nenhum material (palpável).
MATERIAL DE APOIO:
▪ vídeo 5.
AVALIAÇÃO:
Nesta atividade não se faz necessário uma atividade avaliativa formal.
CARGA HORÁRIA:
▪ 20 minutos
Momento 4: Jogo lúdico (Pergunta – resposta)
O momento do jogo no mini curso tem o objetivo de tratar de conhecimentos da
Mecânica de maneira lúdica para tornar as questões problematizadas mais atraentes aos
estudantes.
RECURSOS MATERIAIS:
▪ papel;
▪ caneta.

66
MATERIAL DE APOIO:
▪ Livros de física;
▪ Internet;
AVALIAÇÃO:
Nesta atividade não se faz necessário uma atividade avaliativa formal.
CARGA HORÁRIA: 15 minutos
Momento 5: Sensibilização
A utilização de vídeos com relatos de pessoas que sofreram com os acidentes de
trânsito direta ou indiretamente chamou a atenção, mais ainda, para a conscientização e a
importância de discutir este tema.
RECURSOS MATERIAIS:
▪ computador;
▪ projetor de imagem (data – show);
▪ equipamento de som.
MATERIAL DE APOIO:
▪ Reportagens: veículos de comunicação (revistas, jornais e internet).
AVALIAÇÃO:
Relatos de experiências dos estudantes mediadas pelo professor (a).
CARGA HORÁRIA:
▪ 15 minutos

67
Momento 6: Avaliação final
Aplicar pós-teste com questões de múltipla escolha sobre todos os conceitos físicos, de
forma resumida, abordados nos dois dias de evento escolar.
RECURSOS MATERIAIS:
▪ computador;
▪ quadro;
▪ projetor de imagem (data – show).
MATERIAL DE APOIO:
▪ Aplicação do quiz 4.
AVALIAÇÃO:
Resolução escrita das questões do quiz (formato de questionário) para comparação com
as respostas do quiz da atividade 2 (quiz 3) para verificar se houve melhora acerca dos conceitos
de física que estejam relacionados com o trânsito, em especial, as leis de Newton.
Obs: O ideal seria que houvesse um tempo maior entre a apresentação e a avaliação, pois
seria mais perceptível quais os conceitos assimilados ou não, de maneira que se pudesse
fazer uma intervenção em tempo hábil. Contudo, por motivos de força maior, isto não foi
possível no projeto em questão.
CARGA HORÁRIA:
▪ 15 minutos
Momento 7: Encerramento (considerações finais com explanação oral do professor de
forma sucinta de todas as problemáticas e conceitos físicos decorrentes do trânsito). O
objetivo é retomar todas as questões abordadas nos minicursos e se possível, o professor
(a) deve se pronunciar acerca de alguma situação que tenha vivido ou presenciado no
trânsito. A ideia é tornar o ambiente de aprendizagem mais humano e informal, haja vista
que o normalmente o professor (a) também é partícipe da formação de opinião de grande
parte dos estudantes.

68
RECURSOS MATERIAIS:
▪ Não há necessidade, neste caso, de nenhum material (palpável).
MATERIAL DE APOIO:
▪ vídeo 7.
AVALIAÇÃO:
▪ Relatório escrito evidenciando aspectos positivos e negativos do minicurso do
primeiro mini curso com a relevância social que possui e quais conceitos físicos ficaram menos
explícitos. Como as sequências didáticas são passíveis de modificações, o referido relatório por
parte dos estudantes tem por objetivo direcionar as atividades do minicurso do segundo dia,
para que as dúvidas do minicurso do primeiro dia sejam sanadas.
DURAÇÃO:
▪ 10 minutos

69
Capítulo 4
Análise e discussão dos resultados
O processo de análise de conteúdo foi construído com base na observação dos elementos
básicos desta pesquisa e da questão norteadora: a forma de como correlacionar, de maneira
simples e lúdica, o tema educação e segurança no trânsito com o ensino das leis de Newton para
contribuir na mudança atitudinal de futuros condutores de veículos automotores. O caminho
adotado foi o desenvolvimento de um mini evento sobre o tema, tendo como constituinte, dois
minicursos.
4.1 Estrutura e organização
Os minicursos tiveram o papel principal de promover uma complementação no estudo
das leis de Newton sob um enfoque ainda pouco explorado nas escolas, que é o de contextualizá-
las em situações que ocorrem no trânsito. Por outro lado, analisamos a viabilidade de um
produto educacional como um meio de sensibilizar pessoas para o tema e como estratégia
modificadora do comportamento do cidadão no trânsito.
Os minicursos foram divididos em dois momentos (dois dias): no primeiro (carga
horária de 2h), que corresponde ao minicurso I, apresentamos algumas situações que ocorrem
no trânsito por meio de vídeos contendo cenas de acidentes de trânsito com propósito de
sensibilizar o público para o tema. As atividades foram iniciadas com a palestra intitulada de
Física Automotiva, em que conceitos contidos no Código de Trânsito Brasileiro, dados
estatísticos sobre acidentes de trânsito envolvendo vítimas e conceitos da mecânica foram inter-
relacionados: velocidade, aceleração, inércia e leis da conservação: momento linear e energia
cinética; posteriormente, foram realizados dois experimentos: construção de um airbag caseiro
e vencendo a inércia, e por fim, houve a aplicação do jogo na forma de Quiz para averiguar os
conhecimentos desses conceitos da mecânica contextualizados no trânsito. Os vídeos foram:
Consumo de álcool e direção (duração de aproximadamente 5 minutos) encontrado
no endereço https://www.youtube.com/watch?v=r9_0NUBsyV8;
Campanha publicitária produzida pela Agência de Transporte da Nova Zelândia
(duração de 1 minuto) que repercute por mostrar o tempo "parando" momentos antes

70
de um acidente que envolve dois carros e que pode ser encontrado no endereço
https://www.youtube.com/watch?v=VCG7h1Fois8;
The Faster The Speed, The Bigger The Mess (duração de 1 minuto) encontrado no
endereço https://www.youtube.com/watch?v=5uo-g1SUY14.
No início do vídeo observamos que os estudantes dispensaram pouca atenção à
atividade, porém, com o desenrolar do conteúdo, vimos um auditório em silêncio, com a atenção
voltada para aquilo que era apresentado e ao final constatamos o impacto deste conteúdo e a
atenção despertada pelo tema.
Figura 14: Visualização de vídeo
Após o momento de sensibilização, vem o segundo momento (segundo dia de minicurso com
carga horária de 2h), que inicia com um debate sobre as seguintes questões: (i) “Qual a diferença
entre velocidade e aceleração?”; (ii) “Qual a função do cinto de segurança?” e (iii) Distração
ao volante e tempo de reação. Neste momento buscou-se trabalhar os conceitos da mecânica
contextualizados em situações do trânsito. Também fizeram parte deste momento a projeção de
dois vídeos, uma atividade lúdica (jogo Pergunta Chave) e o Quiz. Os vídeos apresentados
foram:

71
Se beber não dirija, que se encontra no endereço
https://www.youtube.com/watch?v=tmlGHSvvOBI;
Campanha Parada Celular 2013 do Ministério das Cidades (duração de 30
segundos) encontrado no endereço
https://www.youtube.com/watch?v=NUS9Xx7zgoc;
Use o cinto de segurança, que se encontra no endereço
https://www.youtube.com/watch?v=utqPZWededs.
A organização do minicurso depende da colaboração do gestor e do setor pedagógico
da escola, para os quais é necessário explicar o propósito e os resultados esperados. Obtido o
apoio, trabalhamos o calendário do evento e a programação. A etapa seguinte foi a divulgação
com o nome do mini evento, um resumo de cada minicurso, data, local e horário (é importante
visitar as salas de aula para distribuir a programação e convidar todos a participarem). Cartazes
e folders foram utilizados na divulgação.
Figura 15:Divulgação do projeto

72
Os inscritos nos minicursos, devidamente autorizados pelos pais ou responsáveis por
meio de um termo (anexo), são alunos de três turmas do segundo ano do ensino médio, onde
foi realizado um controle de frequência e são alunos da professora pesquisadora.
O material de apoio foi cedido pela escola: material de expediente, projetor de imagem,
computador, caixa de som amplificada, microfone e auditório com capacidade para 120
pessoas.
Na avaliação da aquisição da aprendizagem por meio dos minicursos, destaca-se a
importância de identificar as estratégias e/ou instrumentos de pesquisa mais adequados para
que o desenvolvimento do trabalho transcorra sem maiores problemas. Vale a ressalva de que,
independentemente do tipo de instrumento de pesquisa com abordagem qualitativa que seja
utilizado, pode haver vantagens e desvantagens, de forma que não há de fato uma comprovação
que possa servir de regra. Contudo, tal diversidade metodológica tende a contribuir para que
pesquisadores optem por elementos mais apropriados para os seus respectivos estudos.
Para a avaliação dos minicursos, os estudantes participantes responderam a um
questionário na forma de um jogo (quiz). Este jogo foi aplicado no momento inicial dos
minicursos (pré-teste) e no momento final (pós-teste).
Figura 16: Print de tela do pré – teste 1 e 2

73
Figura 17:Print de tela dos pós – testes 1 e 2
No pré-teste procuramos avaliar quais eram suas concepções a respeito de situações que
ocorrem no trânsito correlacionando-as a conceitos da física. E no pós-teste, o efeito do
minicurso como estratégia para sensibilizar sobre questões do trânsito e a correlação com
conceitos da mecânica.
4.2 Avaliação dos minicursos
Segundo Ausubel, Novak e Hanesian [79], para que ocorra a aprendizagem
significativa, de fato, duas condições precisam ser satisfeitas: que o material oferecido ao
estudante seja potencialmente significativo para ele e que o mesmo esteja predisposto a
aprender de forma significativa e não mais mecânica, como normalmente acontece.
Outro fator primordial para que a aprendizagem significativa aconteça é a utilização dos
organizadores prévios, que são materiais geralmente inseridos antes do material de
aprendizagem pretendido quando o aprendiz não demonstra claramente conhecer o conceito a
ser trabalhado.

74
No tocante à Física e no sentido de promover uma aprendizagem significativa em
relação aos conceitos abstratos que são estudados, como as leis de Newton, além de promover
uma reflexão crítico-social nos estudantes acerca do comportamento no trânsito, o mini evento
foi pensado na tentativa de gerar um material potencialmente significativo envolvendo o tema
educação e segurança no trânsito.
Construímos nossa pesquisa utilizando como base teórica a aprendizagem significativa
proposta por David Ausubel que preconiza que o conjunto de conhecimentos que o estudante
carrega consigo é o propulsor da aprendizagem que o mesmo intitula como significativa; como
tais conhecimentos encontram-se culturalmente enraizados nos estudantes, os minicursos
serviram de conector para que estes estudantes pudessem explicitar suas concepções e obter
uma resposta de forma mais imediata.Vale ressaltar que é possível que ocorra o caso em que as
informações explanadas sejam pouco comuns a alguns estudantes, neste caso, é plausível a
utilização de organizadores prévios, conforme defende Uchôa [80] em sua pesquisa:
Existem duas situações em que os organizadores prévios são utilizados. A primeira é
quando o novo material é relativamente pouco familiar. O organizador prévio é usado
tanto para integrar as novas ideias com conceitos basicamente similares na estrutura
cognitiva, como também para aumentar a discriminabilidade entre ideias novas e
ideias já existentes, mesmo sendo essencialmente diferentes, mas que podem gerar
algum tipo de confusão.
Para que as abordagens conceituais alcançassem o maior número de estudantes possível,
buscou-se realizar uma pequena revisão acerca de conceitos introdutórios para a compreensão
das leis Newton, tais como: massa, inércia, velocidade, aceleração, força e atrito.
Posteriormente, a ideia era sistematizar estes conceitos, salientando-os em situações no trânsito
pertinentes às leis de Newton.
Diante do exposto, apresentamos na abertura do mini evento, a proposta do projeto em
que versaríamos sobre uma problemática social que deve ser discutida em sala de aula na
disciplina de física, o exercício de contextualizar conceitos da física em situações do trânsito.
Isto pôde ser observado na atividade inicial do evento, que consistiu em problematizar através
de uma palestra, informações sobre o trânsito retiradas de reportagens, noticiários de jornais e
veículos de comunicação afins. O objetivo da palestra, que durou cerca de 30 minutos, era
suscitar uma problematização inicial por meio da visualização de vídeos de curta duração,
porém, de conteúdo impactante, a maioria, comerciais de televisão; prática bastante comum
entre os adolescentes.
_______________________
[80] UCHÔA, 2003, p. 54

75
Na referida atividade, os estudantes puderam expressar – se à vontade com indagações
e exposição de situações conhecidas ou vivenciadas. E assim o fizeram.
Como atividade complementar à palestra, apresentou-se uma animação computacional
em formato de animação, extraída da internet e editada com o software Movie Maker. A
animação, que por sua vez dura por volta de 4 minutos, permite a discussão do conceito de
aceleração e sua aplicabilidade no trânsito; o que também foi feito.
Para identificar se os conceitos oriundos do conhecimento prévio dos estudantes, foi
realizada uma avaliação diagnóstica criada em formato de jogo didático (quiz), composto de 7
questões, cada uma com gif animado ou figura para que cada situação – problema pudesse ser
idealizado. O mecanismo de resolução, a princípio, consiste apenas na utilização dos
conhecimentos prévios dos estudantes.
Após a aplicação da avaliação diagnóstica, foi realizada uma demonstração de 2
experimentos simples, na tentativa de materializar as questões mencionadas no quiz. Um
experimento tratava de inércia e atrito e o outro, do funcionamento e de curiosidade de
dispositivos de segurança, como o air bag. Três estudantes foram convidados a auxiliar na
realização dos 2 experimentos e da exemplificação e se mostraram receptivos em participar
ativamente.
O objetivo do primeiro experimento foi observar a relação da inércia com o atrito e
mostrar que, de acordo com Halliday, Resnick e Walker [81], as forças de atrito, estão presentes
em nosso cotidiano, portanto, precisamos vencê - las, caso contrário, todos os movimentos de
quaisquer objetos parariam e todos os eixos girantes, não mais girariam. Assim também ocorre
com o automóvel.
Na atividade seguinte, promoveu-se um pequeno debate para permitir que os estudantes
se manifestassem informalmente acerca das atividades realizadas. Assim, puderam pronunciar
– se quanto às situações decorrentes do trânsito que lhes fossem familiares e quanto a sensação
que os vídeos causaram.
Por fim, para verificar se houve assimilação das reformulações dos conceitos
explanados no minicurso do primeiro dia, a avaliação em forma de pós – teste, foi assim como
a diagnóstica, em formato de jogo didático (quiz).
Ocorridas as 6 atividades idealizadas para o primeiro dia, de acordo com o roteiro criado,
realizou – se o encerramento do mini evento que durou cerca de 10 minutos. No sentido de
sensibilização para o tema, novamente foi utilizado como recurso um vídeo de curta duração e
as considerações finais ressaltando a contribuição dos conhecimentos conceituais da física na
educação no trânsito.

76
Já no minicurso II, correspondente ao segundo dia de evento, a atividade inaugural do
minicurso ficou por conta de uma discussão que destacou a importância do fator humano no
trânsito, quais seriam as mudanças comportamentais mais eficazes nesse sentido e novamente
quais as sensações que os vídeos proporcionaram.
Ainda na busca da sensibilização para a causa da educação para o trânsito, foi
apresentado um vídeo, para que ao final da visualização surgissem perguntas e/ou comentários
acerca da identificação dos elementos físicos e comportamentais.
Com o objetivo de fornecer um caráter mais lúdico ainda ao minicurso II, foi criada uma
brincadeira entitulada de “pergunta chave”, onde algumas perguntas referentes ao minicurso I
foram colocadas atrás da figura de uma chave simbólica, de papel cartão. Foram escolhidos
aleatoriamente 6 estudantes, para que representaram suas respectivas turmas, para responder a
essas perguntas, onde o estudante que melhor explanasse conceitualmente a resposta seria
contemplado com um prêmio simbólico. Para que não ultrapassasse o tempo previsto para a
realização do minicurso II, tal premiação ocorreu num dia formal de aula, sem nenhum prejuízo
cronológico ao objetivo do mini evento.
Para investigar se as informações do dia anterior foram satisfatoriamente retidas, aplicou
– se novamente um pré – teste, mas dessa vez, unificando os conceitos físicos explanados e o
fator comportamental no trânsito mas com a mesma roupagem do quiz (questionário) do
minicurso I. Para isso, aplicou – se novamente um outro vídeo de teor impactante para
consolidar o fator sensibilidade. Os vídeos, por sua vez, apesar da breve duração, foram de
suma importância.
Moran [82] afirma que na concepção dos estudantes, os vídeos possuem significado de
mero entretenimento, e não de aula, o que deve modificar a postura e as expectativas em relação
à sua utilização. E acrescenta: “Precisamos aproveitar essa expectativa positiva para atrair o
aluno para os assuntos do nosso planejamento pedagógico. Mas, ao mesmo tempo, saber que
necessitamos prestar atenção para estabelecer novas pontes entre vídeo e as outras dinâmicas
da aula”. Ou seja, utilizar vídeos como instrumento de aprendizagem, requer do professor um
objetivo claro, para que de fato, esta ferramenta metodológica não seja aplicada em vão ou com
características meramente recreativas.
Por fim, na verificação de aprendizagem final, novamente criada com moldes de quiz,
há 5 questões com características de pós – teste, pois faz menção aos conceitos físicos tratados
nos testes anteriores.
_______________________
[82] MORAN, 1995, p. 1

77
As questões caracterizam-se por enfatizar um contexto de responsabilidade social no
que se refere ao comportamento no trânsito.
O encerramento do segundo dia, bem como no primeiro, ocorreu em tom de
agradecimento pela participação dos estudantes, que por sua vez foram receptivos a todas as
atividades que compunham o evento. Nesse sentido, mais uma vez foi reiterada a importância
de respeitar as leis de trânsito, sobretudo, com a finalidade de evitar acidentes que, fatais ou
não, afetam direta e indiretamente a vida de muitas pessoas.
As atividades que constituem os minicursos, anteriormente mencionados, respeitam
ainda o ritmo de aprendizagem e as distintas conexões dos estudantes, pois como se trata de um
evento, isto pode acontecer gradualmente e sem prejuízo de informações.
No decorrer da realização de todas as atividades e da discussão dos conceitos físicos
envolvidos no trânsito, levando-se em consideração as concepções reveladas pelos estudantes,
foi possível fazer uso de um princípio programático que Ausubel apud Kleinke [83] designa de
diferenciação progressiva para a modificação gradativa do conceito subsunçor (elemento que
serve de “ponte” entre um conhecimento pré – existente e um o novo conhecimento); para que
dessa forma, a aquisição de um novo significado ocorra. Para tanto, o mesmo baseia-se em duas
hipóteses:
a) é menos difícil para seres humanos captarem aspectos diferenciados de um todo mais
inclusivo previamente aprendido, do que chegar ao todo a partir de suas partes diferenciadas
previamente aprendidas;
b) a organização do conteúdo de uma certa disciplina, na mente de um indivíduo, é uma
estrutura hierárquica na qual as ideias mais inclusivas e gerais estão no topo e,
progressivamente, incorporam proposições, conceitos e fatos menos inclusivos e mais
diferenciados.
Desta forma, pode – se afirmar que ocorreu a chamada reconciliação integradora, que
basicamente é o processo pelo qual o aprendiz distingue semelhanças e diferenças entre os
conceitos e ideias identificados, até então, de forma isolada.
De acordo com Moreira e Masini [84], reconciliação integradora é o princípio
programático segundo o qual a instrução deve também explorar relações entre ideias, apontar
similaridades e diferenças importantes e reconciliar discrepâncias reais ou aparentes.
Na tentativa de promover continuamente a difusão do projeto em outras escolas e na
comunidade escolar, possibilitando a interação dos estudantes mesmo após o término do mini
evento, criou – se uma plataforma digital (em uma rede social) para que haja continuidade do

78
projeto a longo prazo através de dúvidas, comentários e interação dos estudantes. Com isso,
espera - se retroalimentar a essência do projeto desta pesquisa, que é a aquisição do
conhecimento da Física para melhorar as ações praticadas no trânsito.
O mais satisfatório do pós evento é que nas aulas diárias seguintes surgiram ainda mais
especulações no tocante às medidas de segurança no trânsito, pois estava sendo veiculado na
mídia (jornais, rádio, televisão e revistas), no mesmo dia da primeira parte de aplicação do
projeto, a morte de um contemporâneo cantor sertanejo que provavelmente por não haver
utilizado o cinto de segurança e estar em alta velocidade, faleceu em decorrência de um acidente
de trânsito; mesmo sendo o veículo em que ele estava considerado seguro.
Obviamente que este fato potencializou a busca dos estudantes acerca das questões que
envolvem o trânsito e evidenciou o poder que a mídia em geral exerce sobre as pessoas, em
geral, os adolescentes. Daí a importância de utilizar como vídeos, os comerciais de televisão
que versam sobre educação para o trânsito, pois costumam transmitir mensagens a mais curto
prazo.
Assim, o objetivo da professora enquanto pesquisadora, foi o de utilizar estes elementos
metodológicos em prol da aprendizagem das leis de Newton, enaltecendo sua relevância tanto
na teoria, quanto na prática.
Neste contexto, o mini evento, sistematizado por meio dos minicursos, possui itens que
o caracterizam como um produto educacional na medida em que é exequível do ponto de vista
da reprodução e/ou aprimoramento.
4.2.1 Avaliação do mini evento
Esta proposta de investigação vem sendo trabalhada por nós, da escola na qual a
pesquisa foi aplicada, na tentativa de praticar as diretrizes dos PCN’s, inserindo - as nas aulas
de Física para promover uma melhoria na aprendizagem dos estudantes do segundo ano do
ensino médio desta mesma instituição.
4.2.1.1 Para a Escola
▪ Vantagens:
A referida proposta serve de aporte lúdico para a instituição aprimorar e diversificar
suas metodologias, ao passo que acaba por envolver não apenas os estudantes, mas a
comunidade escolar em geral, uma vez que os comentários tendem a repercutir na escola como
um todo.

79
Qualitativamente, se os estudantes adquirem ganhos cognitivos, consequentemente a
escola também lucra, pois possivelmente a clientela tornar-se-á mais crítica e problematizará
mais conscientemente não apenas este tema específico, mas todos os outros que requeiram
reflexão, sensibilização e conscientização.
▪ Desvantagens:
Por outro lado, a instituição em questão realiza diversos eventos por conta de possuir
uma ampla estrutura física e assim, tende a comprometer a disponibilidade de tempo e de espaço
físico. Portanto, planejar, criar e principalmente executar eventos, são práticas muitas vezes
incertas quanto ao cotidiano da referida instituição.
4.2.1.2 Para o docente de Física
▪ Vantagens:
Por meio da realização de minicursos, o professor pode encontrar uma maneira de
abordar o assunto e direcionar a sua utilidade no dia a dia dos estudantes, podendo ainda,
acompanhar em sala de aula o desenvolvimento das potencialidades destes alunos, sem
necessariamente ter de optar por um tipo específico de atividades. Assim, o estudante tem
possibilidade de assimilar ou solidificar seus conhecimentos na prática que mais se identificar.
▪ Desvantagens:
Criar e aplicar um projeto, ainda que de pequena dimensão, demanda tempo e
atualmente, um professor pertencente ao quadro de profissionais de educação do estado do
Amazonas possui uma carga horária bastante exaustiva; sem contar a falta de cooperação dos
outros colegas professores e a falta de compreensão da direção da escola. Tudo isso, resulta no
desgaste físico e psicológico, pois muitas vezes o profissional tem de levar trabalho para casa,
podendo gerar frustração e desmotivação em realizar projetos similares.
4.2.1.3 Para o discente
▪ Vantagens:

80
Em projetos como este, os estudantes têm a possibilidade de compartilhar
conhecimentos e informações entre colegas de outras turmas e de aumentar a busca pelo assunto
que será abordado. Isto os motiva a transformar o abstrato em palpável e serve de auxílio para
uma contextualização que sirva como instrumento de verificação de aprendizagem passível de
ser praticada em vestibulares.
▪ Desvantagens:
Pode acontecer de o estudante não possuir interesse pela temática do minicurso e sim
por outras, porém, a aquisição de conhecimentos em qualquer nível de ensino sempre agrega
informações que correlacionadas a outras, propiciam uma melhor assimilação. Porém, buscou
– se uma alternativa para minimizar isso, criando –se então, uma plataforma digital (em uma
rede social) e assim possibilitar um feedback com o intuito de promover a continuidade do
projeto na comunidade escolar.
Figura 18: Plataforma Digital do projeto A Física na Educação do Trânsito
Com isso, espera -se retroalimentar a essência do projeto desta pesquisa, que é a
aquisição do conhecimento da Física para melhorar as ações praticadas no trânsito.

81
4.2.2 Resultados quantitativos
1º dia:
▪ Pré – teste :
As 3 turmas participantes totalizaram um quantitativo de 85 alunos presentes.
(Observação: as respostas dos estudantes foram coletadas conjuntamente, ou seja, não
houve divisão em grupos).
O questionário inicial possui 6 questões que envolvem conceitos de Física em situações
decorrentes do trânsito.
Os pré e pós teste dos 2 dias de evento (apêndice) são compostos pelas mesmas
perguntas que correspondem ao pré - teste (quiz), para que se possa detectar quais as
informações prévias que os alunos concebem no tocante às situações em questão.
2º dia:
No segundo dia, as 3 turmas participantes totalizaram um quantitativo de 68 alunos
presentes. Detectou – se que 9 alunos não compareceram à escola neste dia.
O questionário inicial possui 6 questões que envolvem conceitos de Física em situações
decorrentes do trânsito. O pré – teste (quiz) do segundo dia do evento é composto por 4 questões
e o pós – teste por 5 questões.
Pré - teste (1º DIA)
Questão 1: O cinto é um dispositivo de segurança relacionado a um princípio de Isaac Newton.
De qual princípio se trata?
a) da inércia
b) da ação e reação
c) da incerteza
d) da irreversibilidade
e) da dinâmica

82
Gráfico 1:Questão 1 (Pré-teste)
Objetivo: Possibilitar a significação física da utilidade do cinto de segurança no trânsito através
do Princípio da inércia.
Resultado: Na questão 1 do pré – teste não houve muitas dúvidas referentes ao fato de que a
utilização do cinto de segurança estar relacionado com a inércia. Vale ressaltar que um
questionamento similar foi abordado na palestra e em alguns vídeos.
Questão 2: É comum pensar que o air bag é acionado apenas no momento em que ocorre a
batida, mas isso acontece a partir da variação brusca de qual a grandeza física?
a) tensão
b) velocidade
c) força de atrito
d) aceleração
e) potência
84%
16%
QUESTÃO 1
Corretas Incorretas Rasuradas

83
Gráfico 2:Questão 2 (Pré-teste)
Objetivo: Problematizar o conceito de velocidade e que consequências a sua variação traz para
o trânsito.
Resultado: Na questão 2, referente a outro dispositivo de segurança, o airbag, também não
houve dúvidas maiores quanto à grandeza que varia no momento de uma colisão.
Questão 3: No momento do impacto o funcionamento básico de um air bag baseia-se no(a):
a) temperatura
b) calor
c) relatividade
d) escapamento de ar
e) desaceleração
11%
89%
QUESTÃO 2
Corretas Incorretas Rasuradas

84
Objetivo: Aguçar a curiosidade acerca de um dispositivo de segurança menos óbvio que o cinto
de segurança e qual a sua aplicabilidade no trânsito associado ao fator desaceleração.
Resultado: Já na questão 3 houve proximidade quantitativa entre a resposta “d” (escapamento
de ar) e a resposta “e” (desaceleração). Contudo, a maioria dos estudantes respondeu
corretamente que trata –se neste caso, da última alternativa.
Questão 4: O Código Nacional de Trânsito proíbe o transporte de pessoas na carroceria aberta
de caminhonetes e caminhões. Para um observador situado no solo, quando o veículo em
movimento inicia uma curva, as pessoas, soltas na carroceria, tendem a manter a direção da
velocidade inicial e a prosseguir em linha reta. Isso se justifica através da(o):
a) propagação do calor
b) propagação do som
c) inércia
d) dilatação térmica
e) n.d.a
54%46%
QUESTÃO 3
Corretas Incorretas Rasuradas
Gráfico 3:Questão 3 (Pré-teste)

85
Gráfico 4:Questão 4 (pré – teste)
Objetivo: Promover um elo conceitual entre o comportamento da velocidade e o tipo de
movimento em questão.
Resultado: Também não houve uma significativa quantidade de respostas incorretas nesse
quesito, haja vista que grande parte dos alunos conseguiu classificar o movimento como sendo
retilíneo e uniforme.
Questão 5: Em um choque frontal, os ocupantes de um carro, devido à inércia, tendem a
continuar em movimento e podem, eventualmente, se chocar contra o para-brisa, o volante ou,
no caso dos passageiros que viajam no banco de trás, contra o banco. Nessas condições, o cinto
de segurança tem a finalidade de aplicar força ao corpo do passageiro e ...
a) aumentar a velocidade
b) aumentar o impulso
c) diminuir a velocidade
d) diminuir o peso do corpo
e) aumentar a resistência
96%
4%
QUESTÃO 4
Corretas Incorretas Rasuradas

86
Gráfico 5:Questão 5 (pré – teste)
Objetivo: Reforçar a aplicabilidade física do cinto de segurança, remetendo – se novamente à
1ª questão.
Resultado: Na questão 5, a maioria dos alunos respondeu incorretamente que no caso de uma
colisão frontal, o cinto de segurança tem a finalidade de diminuir o peso do corpo.
Questão 6: O não uso do cinto de segurança aliado à velocidade excessiva costuma gerar, numa
colisão, lesões mais graves que são responsáveis pela maioria das sequelas e mortes no Brasil.
Pois quanto maior a velocidade de um corpo, maior a energia:
a) potencial gravitacional
b) cinética
c) potencial elástica
d) elétrica
e) n.d.a
48%
52%
QUESTÃO 5
Corretas Incorretas Rasuradas

87
Gráfico 6:Questão 6 (pré – teste)
Objetivo: Evidenciar o fator velocidade excessiva no trânsito e desdobramentos na física de
forma estatística.
Resultado: A questão 6 foi satisfatoriamente respondida por quase todos os alunos, pois
conseguiram identificar que a energia vinculada ao movimento dos corpos é a cinética.
Pós – teste (1º DIA)
Questão 1: É muito comum em um acidente de carro a presença de marcas de derrapagem
deixadas no asfalto antes da colisão do mesmo, elas aparecem devido ao trabalho impresso
pela(o):
a) força de atração
b) força elástica
c) força elétrica
d) força de atrito
e) impulso
92%
8%
QUESTÃO 6
Corretas Incorretas Rasuradas

88
Gráfico 7:Questão 1 (pós – teste)
Objetivo: Discutir elementos físicos presentes em um acidente de trânsito utilizando como
exemplo marcas de derrapagem.
Resultado: Na primeira questão do pós – teste os alunos sentiram – se divididos entre as
alternativas “d” (força de atrito) e “e” (impulso), porém, a maioria optou pela alternativa “d”.
Questão 2: Mesmo em uma rodovia retilínea e plana, é difícil manter o carro no mesmo “ritmo”
por muito tempo, pois num trajeto surgem curvas, lombadas, semáforos fechados, outros
veículos trafegando e etc. Isso ocorre devido à variação de:
a) espaço
b) tempo
c) aceleração
d) momento angular
e) velocidade
Obs: Vale a ressalva de que possivelmente esta questão possa ter promovido uma confusão
nas respostas apresentadas pelos estudantes, de maneira que pode tê – los influenciado
negativamente, como pode ser observado no gráfico a seguir. A referida questão torna –
se dúbia a partir do momento em que há mais de uma alternativa correta.
Sugere – se refazer o enunciado ou as alternativas.
88%
12%
QUESTÃO 1
Corretas Incorretas Rasuradas

89
Objetivo: Diferenciar os conceitos de velocidade e aceleração numa situação cotidiana no
trânsito.
Resultado: Houve certa confusão entre os conceitos de velocidade e aceleração, na questão 2,
onde maior parte dos alunos optaram pela alternativa “c” (variação de aceleração). O que mostra
que os dois conceitos não foram devidamente esclarecidos.
Questão 3: Sejam dois carrinhos de corrida, um vermelho e um azul. Os dois partem do mesmo
ponto, lado a lado. O carro vermelho percorre o trajeto da pista em 10 segundos e o carro azul
em 12s.Que carro foi o mais rápido, ou seja, que teve maior velocidade média?
a) os dois chegam com a mesma velocidade
b) o azul
c) o vermelho
d) os dois carros colidem
e) n.d.a
21%
79%
QUESTÃO 2
Corretas Incorretas Rasuradas
Gráfico 8:Questão 2 (pós – teste)

90
Gráfico 9:Questão 3 (pós – teste)
Objetivo: Discutir as grandezas físicas velocidade e tempo em termos de proporção no trânsito.
Resultado: Maior parte dos alunos conseguiu detectar que o carro vermelho percorreu a mesma
distância que o azul, só que num intervalo de tempo menor, portanto, é o mais veloz.
Questão 4: O radar é o equipamento que mede a velocidade dos automóveis no trânsito, onde
dois sensores, com uma distância conhecida entre eles; capta a informação quando o carro passa
pelo primeiro sensor e depois pelo. Esse dispositivo possui um programa que obedece à
expressão V=∆s/∆t, (velocidade é a razão entre a distância percorrida e o intervalo de tempo
que o móvel levou para percorrê-lo). Esta expressão corresponde a que tipo de movimento na
física?
a) movimento circular uniforme
b) movimento uniformemente variado
c) movimento circular uniformemente variado
d) queda livre
e) movimento retilíneo uniforme
89%
11%
QUESTÃO 3
Corretas Incorretas Rasuradas

91
Gráfico 10:Questão 4 (pós – teste)
Objetivo: Dar um significado físico a um dispositivo de trânsito cuja o funcionamento
caracteriza o movimento retilíneo uniforme.
Resultado: Apesar de alguns estudantes não recordarem satisfatoriamente, no momento da
pergunta, as características do movimento retilíneo uniforme, ainda assim, a maioria respondeu
a alternativa que faz menção ao mesmo, “b”.
Questão 5: De acordo com o artigo 58 do Código Nacional de Trânsito, nas vias urbanas e
rurais de via dupla, a circulação de bicicletas deverá ocorrer no mesmo sentido da via em que
circulam os automóveis. Na Física isso é justificável, pois caso haja uma colisão entre um
automóvel e uma bicicleta que trafeguem no sentido oposto um do outro:
a) a velocidade aumenta
b) a velocidade diminui
c) a velocidade continua a mesma
d) o automóvel e a bicicleta sofrem o mesmo impacto
e) n.d.a
38%
62%
QUESTÃO 4
Corretas Incorretas Rasuradas

92
Gráfico 11:Questão 5 (pós – teste)
Objetivo: Contextualizar o conceito e a aplicabilidade da velocidade relativa no caso de um
acidente no trânsito em consonância com o Código de Trânsito Brasileiro.
Resultado: Na questão 5, houve inconsistência no tocante à velocidade relativa, com isso, na
opinião de quase todos os estudantes para a situação em questão, a velocidade aumentaria
(alternativa “a”) e não o inverso. Isto evidencia que o conceito de velocidade relativa também
não foi satisfatoriamente assimilado.
Questão 6: Existe um limite de velocidade para cada via, pois de acordo com a Física, a
aceleração que um corpo adquire é diretamente proporcional à intensidade da força que atua
sobre ele e tem mesma direção e mesmo sentido desta força. Isto é traduzido pelo (a):
a) princípio da inércia
b) princípio da ação e reação
c) princípio da gravitação
d) princípio fundamental da dinâmica
e) princípio da incerteza
4%
96%
QUESTÃO 5
Corretas Incorretas Rasuradas

93
Gráfico 12:Questão 6 (pós – teste)
Objetivo: Contextualizar o limite de velocidade estipulado nas vias por meio do Princípio
Fundamental da Dinâmica.
Resultado: Em relação à sexta questão houve rasura no questionário de 6 alunos, mesmo assim,
grande parte deles confundiu o Princípio Fundamental da Dinâmica com o Princípio da Ação e
Reação.
Mais uma vez, não houve assimilação correta entre a 2ª e 3ª Lei de Newton.
Questão 7: Deve-se ter bastante cuidado ao dirigir um carro cuja a massa seja muito grande,
dificultando a manobra. Pois quanto maior for a massa do veículo, mais energia será necessária
para deslocá-lo. De qual tipo de energia se trata?
a) potencial elétrica
b) potencial gravitacional
c) cinética
d) potencial elástica
e) eólica
4%
89%
7%
QUESTÃO 6
Corretas Incorretas Rasuradas

94
Gráfico 13:Questão 7 (Pós-teste)
Objetivo: Relacionar conceitualmente as grandezas físicas massa e energia cinética no trânsito,
discutindo a proporcionalidade entre ambas.
Resultado: Assim como na questão 6 do pré – teste, o conceito de energia cinética foi
devidamente concebido. Os estudantes conseguiram associar que a massa do objeto influencia
na quantidade de sua energia cinética, de modo que, quanto mais massa, para uma velocidade
fixa, maior será a quantidade de energia cinética.
Alguns lembraram que a energia cinética é diretamente proporcional à massa e ao quadrado da
velocidade do corpo.
Pré - teste (2º DIA)
Questão 1: Uma matéria da Folha Ciência On Line afirma que uma pesquisa na Universidade
de Utah, Estados Unidos, apurou que jovens entre 18 e 25 anos que simultaneamente dirigem e
falam no celular a tal ponto que seus reflexos ficam parecidos com os de um idoso. Isso ocorre
em função do (a):
a) aumento do tempo de reação
63%
37%
QUESTÃO 7
Corretas Incorretas Rasuradas

95
b) redução do tempo de reação
c) tempo de reação ser o mesmo
d) n.d.a
Gráfico 14:Questão 1 (pré – teste)
Objetivo: Possibilitar a reflexão sobre como um fator comportamental, como a utilização do
celular, pode interferir no trânsito através da diminuição do tempo de reação do condutor em
questão.
Resultado: A 1ª questão do pré – teste do segundo dia relaciona a Física com fatores
comportamentais. Nesse quesito, houve uma margem de erro bem pequena. Houve ainda, por
parte de alguns estudantes, manifestações de identificação pessoal com a situação em questão.
Questão 2: O problema de dirigir alcoolizado está ligado principalmente ao fato de que o
nosso tempo de reação aumenta sob efeito do álcool. Tempo de reação é o tempo que
demoramos para reagir a um estímulo externo.
Quais das atitudes a seguir seria a mais segura para alguém que pretenda dirigir e que esteja
alcoolizado:
a) reduzir a velocidade
99%
1%
QUESTÃO 1
Corretas Incorretas Rasuradas

96
b) dormir um pouco, antes de dirigir.
c) procurar vias menos movimentadas
d) ir embora com condutor sóbrio (carona) ou de táxi
Gráfico 15:Questão 2 (pré – teste)
Objetivo: Evidenciar mais uma vez que um outro fator comportamental bastante comum, como
a ingestão de bebida alcóolica, pode contribuir significativamente para a ocorrência de um
acidente de trânsito.
Resultado: Quase todos os estudantes detectaram as atitudes que devem ser tomadas no trânsito
quanto à ingestão de álcool. Porém, o que aliás é bastante preocupante, alguns consideraram
que numa situação como esta, basta que o condutor reduza a velocidade.
Questão 3: O tempo médio de reação de uma pessoa jovem em bom estado de saúde é de
aproximadamente 0,75 segundos. Este é praticamente o tempo que o cérebro necessita para
processar a informação que está recebendo e definir uma ação. Qual ou quais o(s) fator(es) que
influencia(m) no tempo de reação do condutor?
a) sono
b) defeitos da visão
93%
7%
QUESTÃO 2
Corretas Incorretas Rasuradas

97
c) estado emocional
d) todas as alternativas
Gráfico 16:Questão 3 (Pré-teste)
Objetivo: Discutir fatores físicos e psíquicos no trânsito e a influência dos mesmos num
motorista.
Resultado: Alguns alunos responderam a alternativa “b”, que confirma que, na opinião deles,
o único fator que influencia no tempo de reação de um condutor ao volante são defeitos ou
problema decorrentes da visão. Contudo, a maioria dos estudantes respondeu que, nesse caso,
todas as alternativas sugeridas na questão, influenciam de fato.
Observação: Um dos estudantes rasurou esta questão.
Questão 4: Quais os agentes externos descritos a seguir que não provocam distrações no
trânsito?
a) sinalização incorreta ou excessiva
b) olhar paisagens de vez em quando durante o trajeto
c) trocar o CD rapidinho enquanto não há risco imediato
d) no caso do motociclista, usar roupas claras, capacete, com viseira ou óculos protetores
93%
7%
QUESTÃO 3
Corretas Incorretas Rasuradas

98
Gráfico 17:Questão 4 (Pré-teste)
Objetivo: Fazer menção ao teor de algumas das questões do pré – teste do primeiro dia,
referentes ao uso de equipamentos de segurança, para verificar se houve assimilação satisfatória
quanto ao fator comportamental.
Resultado: Quase todos os estudantes optaram pela alternativa “d”. A referida questão faz
menção ao fato de o motociclista utilizar não apenas capacete, mas também indumentárias
claras, viseira ou óculos protetores para evitar fatalidades num eventual acidente no trânsito.
Pós – teste (2º DIA)
Questão 1: No caso de um condutor encontrar no seu trajeto uma curva, ele deve:
a) frear somente no meio da curva, caso a força centrífuga estiver “jogando” o veículo para
dentro da curva.
b) acelerar no início da curva, para aumentar o poder de tração nas rodas.
c) mudar de marcha, passando para uma maior, a fim de aumentar o poder de tração nas rodas.
97%
3%
QUESTÃO 4
Corretas Incorretas

99
d) reduzir a velocidade antes da curva, movimentando o volante de forma suave, acelerando
gradativamente
Gráfico 18:Questão 1 (pós – teste)
Objetivo: Desconstruir a ideia de senso comum de que ao se realizar uma curva, o condutor
deve reduzir a velocidade quando já estiver na curva em questão.
Resultado: De acordo com a maioria dos estudantes participantes, um corpo que se movimenta
em uma trajetória não retilínea está sujeito a uma força cujo efeito altera a sua direção, para que
assim, o corpo possa percorrer a trajetória curva. E apenas 3 estudantes identificaram a força
como sendo centrípeta. Observação: Um dos estudantes rasurou esta questão.
Questão 2: O Ministério das Cidades lançou um aplicativo chamado “mãos ao volante”, que
funciona com o sistema operacional android, que bloqueia chamadas para o celular enquanto
alguém está dirigindo. As pessoas que ligarem, receberão uma mensagem informando que o
destinatário está ao volante. Ao final do trajeto, o condutor poderá checar as informações que
lhe foram enviadas. Este aplicativo ajudar a reduzir o problema da (o):
a) congestionamento
b) excesso de velocidade
54%
45%
1%
QUESTÃO 1
Corretas incorretas Rasuradas

100
c) tempo de reação
d) n.d.a
Gráfico 19:Questão 2 (pós – teste)
Objetivo: Discutir uma das ações governamentais na educação do trânsito e qual a possível
consequência disso no trânsito.
Resultado: A questão 2 deste pós – teste tem o intuito de retomar a problematização realizada
na primeira questão do pré - teste referente ao segundo dia do evento, ainda acerca de fatores
comportamentais e nas consequências disto para o trânsito. Na opinião de alguns alunos, há
uma certa incoerência na pergunta em questão, pois segundo eles, o aplicativo mencionado,
ajudaria a deduzir também o problema do congestionamento e esta razão optaram pela
alternativa “a”. Todavia, a alternativa “c” foi a mais escolhida.Observação: Um dos estudantes
rasurou esta questão.
Questão 3: Por conta da aquaplanagem, a água impede o contato entre o asfalto e os pneus,
fazendo com que os mesmos percam a aderência. Nesta circunstância, tem-se uma redução da:
a) força de atrito
b) força de Coriolis
12%
87%
1%
QUESTÃO 2
Corretas Incorretas Rasuradas

101
c) velocidade
d) aceleração
Gráfico 20:Questão 3 (pós – teste)
Objetivo: Relacionar fenômenos da natureza e grandezas físicas no trânsito.
Resultado: Quase todos os estudantes concordaram que força responsável por fazer os
automóveis de moverem, pararem ou fazerem curvas é a força de atrito estático existente entre
os pneus e o asfalto. Porém, caso o automóvel passe sobre uma lamina de água, a mesma impede
o contato entre o asfalto e os pneus, levando o automóvel a perder a aderência.
Questão 4: Os modelos sequenciais são aqueles que explicam os acidentes por uma cadeia de
eventos, como uma espécie de efeito dominó; modelo aliás, bastante difundido, pois existem
eventos encadeados que levariam à lesão de vários condutores consecutivamente através de
ondas de choque. Esse fenômeno físico está relacionado com qual problema no trânsito?
a) pneus desgastados
b) falta de sinalização
c) Falta de recursos humanos (guarda de trânsito)
d) engarrafamento
96%
4%
QUESTÃO 3
Corretas Incorretas Rasuradas

102
Gráfico 21:Questão 4 (pós – teste)
Objetivo: Comparar uma situação cotidiana comum, como o congestionamento, com
fenômenos físicos, como ondas.
Resultado: A figura animada (gif) utilizada para ilustrar esta pergunta do último quiz aplicado
foi uma sequência de peças de dominó. Quase todos os estudantes associaram esta reação em
cadeia com o congestionamento no trânsito.
Questão 5: Ações que executamos no cotidiano, como abrir uma porta, trocar o pneu de um
carro utilizando uma “chave de rodas”, dentre outras circunstâncias, exigirá de nós menor
quantidade de força se o braço da “alavanca” for aumentado. A grandeza física associada ao
movimento de rotação de um determinado corpo em razão da ação de uma força é denominada:
a) repulsão
b) centrípeta
c) de ação e reação
d) torque
98%
2%
QUESTÃO 4
Corretas Incorretas Rasuradas

103
Gráfico 22:Questão 5 (pós – teste)
Objetivo: Relacionar situações corriqueiras, como abrir e fechar uma porta, com práticas que
podem ser facilitadas, nesse sentido, como trocar um pneu de um automóvel.
Resultado: Como mencionado no capítulo 3, desta pesquisa, em um dos momentos de
explanação dos conteúdos, no primeiro dia, foi solicitado a um aluno que se dirigisse até à porta
(da sala onde o evento ocorreu) e que tentasse fechar empurrando – a em três situações: na
maçaneta, no meio e na dobradiça da porta (a do meio). Tal exemplificação foi realizada com
o intuito de que fazer com que os alunos conseguissem detectar a razão pela qual a maçaneta é
colocada na extremidade oposta à dobradiça do meio.
Na pergunta em questão, ao realizar a troca dos pneus, recomenda - se colocar em um
dos bocais da chave de roda um objeto cilíndrico (no formato de cabo de vassoura) com a
finalidade de “aumentar” o braço da alavanca, pois bem como na porta, quanto mais longe do
eixo giratório, menos força deve ser impressa ao corpo.
93%
7%
QUESTÃO 5
Corretas Incorretas Rasuradas

104
Apêndice A
Pré e pós testes do mini evento
Pré-teste - 1º DIA
PROJETO: A FÍSICA NA EDUCAÇÃO DO
TRÂNSITO
Aluno(a):________________________
2º ano______
1- O cinto é um dispositivo de segurança
relacionado a um princípio de Isaac Newton. De qual
princípio se trata?
a) da inércia
b) da ação e reação
c) da incerteza
d) da irreversibilidade
e) da dinâmica
2- É comum pensar que o air bag é acionado apenas
no momento em que ocorre a batida, mas isso
acontece a partir da variação brusca de qual a
grandeza física?
a) tensão
b) velocidade
c) força de atrito
d) aceleração
e)potência
3- No momento do impacto o funcionamento básico
de um air bag baseia-se no(a):
a) temperatura
b) calor
c) relatividade
d) escapamento de ar
e) desaceleração
4- O Código Nacional de Trânsito proíbe o
transporte de pessoas na carroceria aberta de
caminhonetes e caminhões. Para um observador
situado no solo, quando o veículo em movimento
inicia uma curva, as pessoas, soltas na carroceria,
tendem a manter a direção da velocidade inicial e a
prosseguir em linha reta. Isso se justifica através
da(o):
a) propagação do calor
b) propagação do som
c) inércia
d) dilatação térmica
e) n.d.a
5- Em um choque frontal, os ocupantes de um carro,
devido à inércia, tendem a continuar em movimento
e podem, eventualmente, se chocar contra o para-
brisa, o volante ou, no caso dos passageiros que
viajam no banco de trás, contra o banco. Nessas
condições, o cinto de segurança tem a finalidade de
aplicar força ao corpo do passageiro e...
a) aumentar a velocidade
b) aumentar o impulso
c) diminuir a velocidade
d) diminuir o peso do corpo
e) aumentar a resistência
6- O não uso do cinto de segurança aliado à
velocidade excessiva costuma gerar numa colisão
lesões mais graves, que são responsáveis pela
maioria das sequelas e mortes no Brasil. Pois quanto
maior a velocidade de um corpo, maior a energia:
a) potencial gravitacional
b) cinética
c) potencial elástica
d) elétrica
e) n.d.a

105
Pós-teste - 1º DIA
PROJETO: A FÍSICA NA EDUCAÇÃO DO
TRÂNSITO
Aluno(a):________________________
2º ano______
1- É muito comum em um acidente de carro a
presença de marcas de derrapagem deixadas no
asfalto antes da colisão do mesmo, elas aparecem
devido ao trabalho imprimido pela(o):
a) força de atração
b) força elástica
c) força elétrica
d) força de atrito
e) impulso
2- Mesmo em uma rodovia retilínea e plana, é difícil
manter o carro no mesmo “ritmo” por muito tempo,
pois num trajeto surgem curvas, lombadas,
semáforos fechados, outros veículos trafegando e
etc. Isso ocorre devido à variação de:
a) espaço
b) tempo
c) aceleração
d) momento angular
e) velocidade
3- Sejam dois carrinhos de corrida, um vermelho e
um azul. Os dois partem do mesmo ponto, lado
a lado. O carro vermelho percorre o trajeto da pista
em 10 segundos e o carro azul em 12s.Que carro foi
o mais rápido, ou seja, que teve maior velocidade
média?
a) os dois chegam com a mesma velocidade
b) o azul
c) o vermelho
d) os dois carros colidem
e) n.d.a
4- O radar é o equipamento que mede a velocidade
dos automóveis no trânsito, onde dois sensores, com
uma distância conhecida entre eles; capta a
informação quando o carro passa pelo primeiro
sensor e depois pelo. Esse dispositivo possui um
programa que obedece à expressão V=∆S/∆t,
(velocidade é a razão entre a distância percorrida e o
intervalo de tempo que o móvel levou para percorrê-
lo). Esta expressão corresponde a que tipo de
movimento na física?
a) movimento circular uniforme
b) movimento uniformemente variado
c) movimento circular uniformemente variado
d) queda livre
e) movimento retilíneo uniforme
5- De acordo com o artigo 58 do Código Nacional de
Trânsito, nas vias urbanas e rurais de via dupla, a
circulação de bicicletas deverá ocorrer no mesmo
sentido da via em que circulam os automóveis. Na
Física isso é justificável, pois caso haja uma colisão
entre um automóvel e uma bicicleta que trafeguem
no sentido oposto um do outro:
a) a velocidade aumenta
b) a velocidade diminui
c) a velocidade continua a mesma
d) o automóvel e a bicicleta sofrem o mesmo impacto
e) n.d.a
6- Existe um limite de velocidade para cada via, pois
de acordo com a Física, a aceleração que um corpo
adquire é diretamente proporcional à intensidade da
força que atua sobre ele e tem mesma direção e
mesmo sentido desta força. Isto é traduzido pelo (a):
a) princípio da inércia
b) princípio da ação e reação
c) princípio da gravitação
d) princípio fundamental da dinâmica
e) princípio da incerteza
7- Deve-se ter bastante cuidado ao dirigir um carro
cuja a massa seja muito grande, dificultando a
manobra. Pois quanto maior for a massa do veículo,
mais energia será necessária para deslocá-lo. De qual
tipo de energia se trata?
a) potencial elétrica
b) potencial gravitacional
c) cinética
d) potencial elástica
e) eólica

106
Pré-teste - 2º DIA
PROJETO: A FÍSICA NA EDUCAÇÃO DO TRÂNSITO
Aluno(a):________________________
2º ano______
1-Uma matéria da Folha Ciência On Line afirma que uma pesquisa na Universidade de Utah, Estados Unidos,
apurou que jovens entre 18 e 25 anos que simultaneamente dirigem e falam no celular a tal ponto que seus reflexos
ficam parecidos com os de um idoso. Isso ocorre em função do (a):
a) aumento do tempo de reação
b) redução tempo de reação
c) tempo de reação ser o mesmo
d) n.d.a
2- O problema de dirigir alcoolizado está ligado principalmente ao fato de que o nosso tempo de reação aumenta
sob efeito do álcool. Tempo de reação é o tempo que demoramos para reagir a um estímulo externo. Quais das
atitudes a seguir seria a mais segura para um condutor que esteja alcoolizado:
a) reduzir a velocidade
b) dormir um pouco, antes de dirigir.
c) procurar vias menos movimentadas
d) ir embora com condutor sóbrio (carona) ou de táxi
3- O tempo médio de reação de uma pessoa jovem em bom estado de saúde é de aproximadamente 0,75 segundos.
Este é praticamente o tempo que o cérebro necessita para processar as informações que está recebendo e definir
uma ação. Qual ou quais o(s) fator(es) que influencia(m) no tempo de reação do condutor?
a) sono
b) defeitos da visão
c) estado emocional
d) todas as alternativas
4- Quais os agentes externos descritos a seguir que não provocam distrações no trânsito?
a) sinalização incorreta ou excessiva
b) olhar paisagens de vez em quando durante o trajeto
c) trocar o CD rapidinho enquanto não há risco imediato
d) no caso do motociclista, usar roupas claras, capacete, com viseira ou óculos protetores

‘
107
Pós-teste - 2º DIA
PROJETO: A FÍSICA NA EDUCAÇÃO DO TRÂNSITO
Aluno(a):________________________
2º ano______
1- No caso de um condutor encontrar no seu trajeto uma curva, ele deve:
a) frear somente no meio da curva, caso a força centrífuga estiver “jogando” o veículo para dentro da curva.
b) acelerar no início da curva, para aumentar o poder de tração nas rodas.
c) mudar de marcha, passando para uma maior, a fim de aumentar o poder de tração nas rodas.
d) reduzir a velocidade antes da curva, movimentando o volante de forma suave, acelerando gradativamente
2- O Ministério das Cidades lançou um aplicativo chamado mãos ao volante, que funciona com o sistema
operacional android, que bloqueia chamadas para o celular enquanto alguém está dirigindo. As pessoas que
ligarem, receberão uma mensagem informando que o destinatário está ao volante. Ao final do trajeto, o condutor
poderá checar as informações que lhe foram enviadas. Este aplicativo ajudar a reduzir o problema da (o):
a) congestionamento
b) excesso de velocidade
c) tempo de reação
d) n.d.a
3- Por conta da aquaplanagem, a água impede o contato entre o asfalto e os pneus, fazendo com que os mesmos
percam a aderência. Nesta circunstância, tem-se uma redução da:
a) força de atrito
b) força de Coriolis
c) velocidade
d) aceleração
4- Os modelos sequenciais são aqueles que explicam os acidentes por uma cadeia de eventos, como uma espécie
de efeito dominó; modelo aliás, bastante difundido, pois existem eventos encadeados que levariam à lesão de
vários condutores consecutivamente através de ondas de choque. Esse fenômeno físico está relacionado com qual
problema no trânsito?
a) pneus desgastados
b) falta de sinalização
c) Falta de recursos humanos (guarda de trânsito)
d) engarrafamento
5- Ações que executamos no cotidiano, como abrir uma porta, trocar o pneu de um carro utilizando uma “chave
de rodas”, dentre outras circunstâncias, exigirá de nós menor quantidade de força se o braço da “alavanca” for
aumentado. A grandeza física associada ao movimento de rotação de um determinado corpo em razão da ação de
uma força é denominada
a) centrípeta
b) torque
c) de ação e reação
d) repulsiva

‘
108
Apêndice B
Termo de autorização (para pais ou responsáveis de menores de
idade)
AUTORIZAÇÃO DE PAIS OU RESPONSÁVEIS EM CASO DE PARTICIPANTE
MENOR DE 18 (DEZOITO) ANOS
Eu (nós), abaixo qualificado (s) na qualidade de ______________ (pai, mãe ou tutor), do menor,
responsável (is) legal (is) do menor ___________________________________________________,
carteira de identidade nº ______________________, órgão expedidor ________________ (ou Registro
Civil nº ________________), nascido (a) aos ______de _________ do ano de ________. AUTORIZO
(AMOS) a sua participação no I MINI EVENTO DE FÍSICA do Instituto de Educação do Amazonas,
no qual eventualmente ele poderá ser fotografado e/ou filmado para fins apenas estatísticos. O referido
evento acontecerá na própria escola nos dias 24 (de 14:00h às 16:00h) e 25 de junho de (de 8:00h às
10:00h) de 2015.
ASSUMO (IMOS) toda a responsabilidade pela presente autorização e participação do menor.
Declaro (amos), ainda por meio do presente termo, estar (mos) ciente (s) das atividades a serem
desenvolvidas pelo menor.
Por ser verdade, firmo (amos) a presente autorização sob as penas da Lei e confirmo (amos) a veracidade
das declarações.
Nome:
CPF:
RG:
Endereço completo:
Telefone de contato (DDD):
_________________________________________
(Assinatura)
Nome:
CPF:
RG:
Endereço completo:
Telefone de contato (DDD):
_________________________________________
(Assinatura)
Obs: Sugere – se reconhecer firma (assinatura) do (s) declarante (s) em Cartório de Notas.

‘
109
Considerações Finais
De posse dos dados obtidos nesta pesquisa observou – se que houve uma evolução,
mesmo que de pequena dimensão, acerca de alguns conceitos físicos associados ao trânsito.
Nos pós – testes por exemplo, tal melhora conceitual foi mais perceptível, ainda que alguns
estudantes tenham respondido de forma incorreta, o debate e as discussões foram mais
substanciais. A ideia era avaliá – los quantitativa e qualitativamente; quantitativamente ao
contabilizar as questões respondidas correta e incorretamente e qualitativamente ao buscar uma
melhor assimilação conceitual, na tentativa de evitar a memorização e consequentemente a
mecanização dos conteúdos abordados.
No tocante ao instrumento de avaliação que tem características interativas quiz
(questionário), notou – se que houve bastante aceitação por parte dos estudantes, que por sua
vez, sugeriram que todas as outras avaliações, ao longo do ano letivo, fossem realizadas da
mesma maneira. Há de se observar então, o grau de carência de cunho metodológico que o
ensino tradicional oferece a estes estudantes ; que em plena era da informação tecnológica e da
problematização de muitas questões sociais, estão ávidos por conhecimentos que de fato tenham
significado em suas vidas.
Verificou – se portanto, que a propagação ou a continuidade da proposta de minicursos
com a temática da Educação e Segurança no trânsito nas escolas de Manaus, não só é plausível,
como também é pertinente, posto que faz parte da realidade diária do estudante. Isto fica
evidente a partir do momento em que a própria escola, na qual as atividades foram realizadas,
as implementou como fixas para os anos letivos seguintes e permitiu à proponente do projeto
(professora pesquisadora) apresentá – lo em outras instituições de ensino ou convidá – las a
assistir; haja vista que os PCN’s contemplam esta temática e sugerem que a mesma seja
contextualidade em consonância com o componente curricular de Física.
Uma observação fundamental a ser feita é que propostas como esta tendem a render
consequências muito mais positivas, tanto para o professor, quanto para a escola e os estudantes;
haja vista que todos, de alguma forma, saem da sua zona de conforto cognitivo. O professor
porque terá de buscar elementos mais lúdicos para a sala de aula e especificamente para esta
proposta, o estudante porque não será um mero receptor de informações ou um mero expectador
da própria aprendizagem e a escola porque permitirá inovação e a democratização do ensino
como um todo.

‘
110
Vale a ressalva de que este projeto de pesquisa não possui a presunção de ser o único,
melhor ou mais completo material acerca da Educação e Segurança no Trânsito. No que diz
respeito ao componente curricular de Física, busca munir o professor pesquisador de maneira
que o mesmo tenha acessibilidade a uma compilação de atividades, sem que isso demande
muito tempo.
A referida pesquisa, que a qualquer momento pode ser retomada no sentido de
aprimoramento, pode também ser adaptada à realidade escolar de cada profissional que optar
por utilizá – la. A ideia é despertar no estudante de ensino médio uma reflexão sobre a temática
em questão. Todas as atividades contidas no material instrucional (manual) estão previamente
roteirizadas, com o intuito de auxiliar no andamento e na execução do projeto como um todo,
abarcando questões cotidianas dos estudantes como princípio norteador da metodologia
pedagógica.
Inclusive, existem diversas metodologias acerca do enfoque das leis de Newton em
situações no trânsito, porém, poucas utilizam uma proposta onde o estudante também seja
partícipe da sua própria aprendizagem, sem um caráter tão formal, como minicursos realizados
no próprio ambiente escolar, por exemplo. Sem contar que uma atividade com estas
características não demanda recursos financeiros de grande abrangência, devido a atual
realidade de quase todas as escolas públicas e do país, em geral.
Há muitas campanhas educativas em prol de um trânsito mais seguro, contudo, muitas
não têm a eficácia pretendida, pois geralmente ocorrem apenas na semana nacional do trânsito,
de 18 a 25 de setembro. Não havendo constância, os estudantes tendem a incutir que atitudes
respeitosas e conscientes no trânsito só devem ser praticadas neste período. E como as
estatísticas de acidentes tem crescido assustadoramente, problematizar continuamente essa
questão em sala de aula ajuda a instrumentalizar cientificamente o estudante e possivelmente o
torna um cidadão consciente desde cedo.
Espera – se que outros profissionais da educação possam enriquecer esta ideia e
promover em seus respectivos locais de trabalho, minicursos ou atividades similares que
possuam a mesma finalidade, contextualizar e debater situações que se refiram ao trânsito,
porém, à luz da Física.
Assim, a tendência à melhoria do ensino de física na educação básica ganhará maior
espaço e paralelamente, questões sociais como esta, ganharão cada vez mais destaque. De
maneira que seja muito provável que as políticas públicas de prevenção de acidentes de trânsito
se tornem mais eficazes, pois a sociedade estará mais conscientizada.

‘
111
Referências Bibliográficas
[1] BRASIL. Ministério das Cidades. Conselho Nacional de Trânsito. Departamento Nacional
de Trânsito. Código de Trânsito Brasileiro. Brasília, 2008a, p. 34. Disponível em <
http://www.denatran.gov.br/publicacoes/download/ctb.pdf >. Acesso em abril de 2015.
[2] _______________________________. Departamento Nacional de Trânsito. Código de
Trânsito Brasileiro. Brasília, 2008b, p. 35. Disponível em <
http://www.denatran.gov.br/publicacoes/download/ctb.pdf >. Acesso em abril de 2015.
[3] _______________________________. Departamento Nacional de Trânsito. Código de
Trânsito Brasileiro. Brasília, 2008c, p. 23-30. Disponível em <
http://www.denatran.gov.br/publicacoes/download/ctb.pdf >. Acesso em abril de 2015.
[4] Portal Brasil. Jovens respondem por metade das mortes provocadas pelo trânsito, 2011.
Disponível em:<http://www.brasil.gov.br/saude/2011/11/jovens-respondem-por-metade-das-
mortes-provocadas-pelo-transito> Acesso em set. 2015.
[5] FARIA, E. O., BRAGA, M. G. de C. Propostas para minimizar os riscos de acidentes de
trânsito envolvendo crianças e adolescentes. Ciência & Saúde Coletiva, v. 4, n.1, p. 95-107,
1999.
[6] ONSV, Observatório Nacional de Segurança Viária, Brasília, 2015. Disponível em <
http://www.onsv.org.br/noticias/brasil-gasta-mais-de-r-16-bilhoes-por-ano-com-acidentes-de-
transito/>. Acesso em: maio 2015
[7] AYRES, N., Ferri, L. M. G. C. Considerações para a Educação no trânsito. Colloquium
Humanarum, Presidente Prudente, v.2, n.1, p. 67 - 78, jan./jun., 2004.
[8] BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média Tecnológica. Parâmetros
curriculares nacionais. Ensino Médio: Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias.
Brasília: MEC/SEMT, 1999, p. 22
[9] _______________________________. Parâmetros curriculares nacionais: apresentação
dos temas transversais, ética. Secretaria de Educação Fundamental – Brasília: MEC/SEF, 1997.
[10] _______________________________. Ministério das Cidades. Conselho Nacional de
Trânsito. Departamento Nacional de Trânsito. Código de Trânsito Brasileiro. Brasília, 2008d.
Disponível em < http://www.denatran.gov.br/publicacoes/download/ctb.pdf >. Acesso em abril
de 2015.
[11] _______________________________. Diretrizes Curriculares Nacionais para a
Educação Básica: diversidade e inclusão. Organizado por Clélia Brandão Alvarenga Craveiro
e Simone Medeiros. Brasília: Conselho Nacional de Educação: Ministério da Educação,
Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão, 2013, p. 480
[12] POR VIAS SEGURAS, Associação. Educação. Marcos legais sore a educação para o
trânsito. p. 23-26. Julho 2013. Disponível em :<http://www.vias-

‘
112
seguras.com/educacao/educacao_ao_transito_regulamentacao/marcos_legais_sobre_a_educac
ao_para_o_transito>. Acesso em out. 2015.
[13] AMAZONAS, G1.Aumento no número de mortes por acidente no primeiro semestre de
2014. Disponível em http://g1.globo.com/am/amazonas/transito/noticia/2015/08/manaus-
registra-aumento-de-41-no-numero-de-acidentes-de-transito.html. Acesso em junho de 2015.
[14] AMAZONAS, G1. Manaus registra um aumento de 41% no número de acidentes de
trânsito. Disponível em <http://g1.globo.com/am/amazonas/transito/noticia/2015/08/manaus-
registra-aumento-de-41-no-numero-de-acidentes-de-transito.html>. Acesso em junho de 2015.
[15] AMAZONAS, G1: Em 2015, 105 pessoas morreram no trânsito de Manaus. Disponível
em <http://g1.globo.com/am/amazonas/transito/noticia/2015/06/em-2015-105-pessoas-
morreram-no-transito-de-manaus-diz-prefeitura.html>. Acesso em junho de 2015.
[16] NOTÍCIAS, D24am. Notícias/ Amazonas. Amazonas teve 23 mortes por mês, em média,
em acidentes de trânsito. Disponível em:
<http://new.d24am.com/noticias/amazonas/amazonas-teve-23-mortes-media-acidentes-
transito/127231>. Acesso em agosto de 2015.
[17] AMAZONAS, G1. Número de mortes no trânsito em Manaus sobe 7,4% no 1º
semestre de 2014. Disponível em <
http://g1.globo.com/am/amazonas/transito/noticia/2014/08/numero-de-mortes-no-transito-em-
manaus-sobe-74-no-1-semestre.html>. Acesso em junho 2015.
[18] Prefeitura de Manaus: Trânsito. Disponível em <
http://transito.manaus.am.gov.br/projeto-transito-em-conexao-convoca-universitarios-a
refletir-sobre-transito-seguro/>. Acesso em maio de 2015.
[19] DENATRAN, Código de Trânsito Brasileiro, lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997.
Disponível em: <http://www.denatran.gov.br/ctb.htm> Acesso em junho de 2016.
[20] MINISTÉRIO DA SAÚDE. Blog da Saúde, 2015. Disponível em:
<http://www.blog.saude.gov.br/35535-brasil-e-o-quinto-pais-no-mundo-em-mortes-por-
acidentes-no-transito.html>. Acesso em junho de 2016.
[21] ONUBR, Nações Unidas no Brasil. Direitos Humanos. OMS: Brasil é o país com maior
número de mortes de trânsito por habitante da América do Sul, 2015. Disponível em: < https://nacoesunidas.org/oms-brasil-e-o-pais-com-maior-numero-de-mortes-de-transito-por-
habitante-da-america-do-sul/>. Acesso em junho de 2016.
[22] ONSV, Observatório Nacional de Segurança Viária. Serviços: Mortes em acidentes de
trânsito no Brasil crescem 3,6% em 2014. Disponível em:
http://www.onsv.org.br/noticias/mortes-em-acidentes-de-transito-no-brasil-crescem-36-em-
2014/. Acesso em junho de 2016.
[23] Viver Seguro no Trânsito. Seguradora Líder: Seguro DPVAT, 2016. Diponível em:
http://www.viverseguronotransito.com.br/tag/estatistica/. Acesso em junho de 2016.

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113
[24] ONSV. Estatísticas. Tendências: Mortes em acidentes de trânsito por ano. Disponível
em: < http://iris.onsv.org.br/portaldados/#/tendencies>
[25] PEDUZZI, Sônia S.; PEDUZZI, Luiz O.Q. Leis de Newton: uma forma de ensiná-las.
Caderno Catarinense de Ensino de Física, Florianópolis, v. 5, n. 3, 142 - 161, dez. 1988a.
Trabalho científico apresentado no II Encontro de Pesquisa em Ensino de Física e na 40ª
Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, 1988, São Paulo.
[26] MOSCA, Gene; TIPLER Paul A. Física para cientistas e engenheiros. 6. Ed. Rio Grande
do Sul: Livros Técnicos e científicos, 2009a, p. 93.
[27] PEDUZZI, Sônia S.; PEDUZZI, Luiz O.Q. Leis de Newton: uma forma de ensiná-las.
Caderno Catarinense de Ensino de Física, Florianópolis, v. 5, n. 3, 144, dez. 1988b. Trabalho
científico apresentado no II Encontro de Pesquisa em Ensino de Física e na 40ª Reunião Anual
da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, 1988, São Pau
[28] NUSSENZVEIG, H. Moysés. Curso de Física Básica 1: Mecânica. Ed. Edgard Blücher,
2002, p. 68.
[29] PEDUZZI, Sônia S.; PEDUZZI, Luiz O.Q. Leis de Newton: uma forma de ensiná-las.
Caderno Catarinense de Ensino de Física, Florianópolis, v. 5, n. 3, 151, dez. 1988c. Trabalho
científico apresentado no II Encontro de Pesquisa em Ensino de Física e na 40ª Reunião Anual
da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, 1988, São Paulo.
[30] MOSCA, Gene; TIPLER Paul A. Física para cientistas e engenheiros. 6. Ed. Rio Grande
do Sul: Livros Técnicos e científicos, 2009c, p. 96.
[31] POR VIAS SEGURAS, Associação. Segurança do trânsito. Colisão e sistemas de
proteção. p. 77. Fevereiro 2010a. Disponível em:< http://www.vias-
seguras.com/educacao/aulas_de_educacao_no_transito/aula_10_colisao_e_sistemas_de_prote
cao>. Acesso em 13 nov. 2015
[32] MOSCA, Gene; TIPLER Paul A. Física para cientistas e engenheiros. 6. Ed. Rio Grande
do Sul: Livros Técnicos e científicos, 2009d.
[33] KLEER, Ana A.; SANTOS, Arion C.K; THIELO, Marcelo R. Física utilizada na
investigação de acidentes de trânsito. Caderno Catarinense de Ensino de Física, Rio Grande
do Sul, v. 14, n. 2, 160 – 169, ago.1997a. Projeto do Departamento de Física da FURG, 1997,
Rio Grande do Sul.
[34] VIANA, R. M. Perícia Física de Acidente de Trânsito. 2009. 47 f. Monografia
(Graduação) – Faculdade de Física, Fundação Universidade Federal de Rondônia, Campus de
Ji – Paraná – RO. p. 30.
[35] BRASIL. Ministéria Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Orientações
Educacionais Complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília, 2002, p.
31. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/CienciasNatureza.pdf. Acesso
em: 23 out. 2015.

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114
[36] R7 Notícias. Carros. Disponível em: <http://noticias.r7.com/carros/fotos/land-rover-de-
cristiano-araujo-e-um-dos-carros-mais-seguros-do-mundo-mas-nao-foi-suficiente-
28062015#!/foto/1> Acesso em 20 nov. 2015.
[37] SOUZA, L. A. P. de. Taxas de Desaceleração e Tempos de Percepção e Reação dos
Motoristas em Interseções semaforizadas. Dissertação de mestrado. Programa de Pós-
graduação em Engenharia de Transportes, COPPE, da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
2011.
[38] CHAGAS, C. C. M. A Física no ensino médio através do estudo de fenômenos físicos
em um automóvel: pesquisa. 2014a. 230 f. Dissertação (Mestrado em Educação) -
Universidade Federal do Ceará, Fortaleza – CE, p. 121
[39] KLEER, Ana A.; SANTOS, Arion C.K; THIELO, Marcelo R. Física utilizada na
investigação de acidentes de trânsito. Caderno Catarinense de Ensino de Física, Rio Grande
do Sul, v. 14, n. 2, 165, ago.1997b. Projeto do Departamento de Física da FURG, 1997, Rio
Grande do Sul.
[40] _______________________________. Física utilizada na investigação de acidentes de
trânsito. Caderno Catarinense de Ensino de Física, Rio Grande do Sul, v. 14, n. 2, 162,
ago.1997b. Projeto do Departamento de Física da FURG, 1997, Rio Grande do Sul.
[41] POR VIAS SEGURAS, Associação. Segurança do trânsito. Colisão e sistemas de
proteção. p. 77. Fevereiro 2010b. Disponível em:< http://www.vias-
seguras.com/educacao/aulas_de_educacao_no_transito/aula_10_colisao_e_sistemas_de_prot
ecao>. Acesso em 13 nov. 2015
[42] UOL. NOTÍCIAS. Uol carros. Últimas. Distração ao volante causa acidentes de carro,
e celular não é o único vilão, 2014. Disponível em: <
http://carros.uol.com.br/noticias/redacao/2014/08/04/distracao-ao-volante-causa-acidentes-de-
carro-e-celular-nao-e-unico-vilao.htm> Acesso em agosto de 2015.
[43] NOTÍCIAS, D24am. Notícias/ Amazonas. Seis pessoas morrem em acidente entre carro
e ônibus na Av. Grande Circular 2. Disponível em:
http://new.d24am.com/noticias/amazonas/seis-pessoas-morrem-acidente-entre-carro-micro-
onibus-grande-circular/137361> Acesso em agosto de 2015.
[44] HOMBURGER, W. S., (2003). Fundamentals of Traffic Engineering. University of
California. Berkeley, EUA.
[45] NUSSENZVEIG, H. M. Curso de Física Básica: Mecânica. 4ª edição. Edgar Blücher.
São Paulo. 2002.
[46] CHAGAS, C. C. M. A Física no ensino médio através do estudo de fenômenos físicos
em um automóvel: pesquisa. 2014b. 230 f. Dissertação (Mestrado em Educação) -
Universidade Federal do Ceará, Fortaleza – CE, p. 128.
[47] WERLANG, R. B., SILVEIRA, F. L. da. A Física dos pneumáticos. Cad. Bras. Ens. Fís.,
v. 30, n. 3, p. 614-627, dez. 2013b. 614.

‘
115
[48] CHAGAS, C. C. M. A Física no ensino médio através do estudo de fenômenos físicos
em um automóvel: pesquisa. 2014b. 230 f. Dissertação (Mestrado em Educação) -
Universidade Federal do Ceará, Fortaleza – CE, p. 138.
[49] Programa Volvo de Segurança no Trânsito. Falta de cinto rende 1 multa a cada 2
minutos. Junho 2015. Disponível em: <http://pvst.com.br/2015/06/> Acesso em 20 nov. 2015.
[50] POR VIAS SEGURAS, Associação. Segurança do trânsito. Colisão e sistemas de
proteção. p. 72. Fevereiro 2010c. Disponível em:< http://www.vias-
seguras.com/educacao/aulas_de_educacao_no_transito/aula_10_colisao_e_sistemas_de_prote
cao>. Acesso em 13 nov. 2015
[51] Tribuna da Bahia. Brasil/Segurança. Junho 2015. Disponível em: <
http://www.tribunadabahia.com.br/2015/06/26/cinto-de-seguranca-diminui-em-ate-75-risco-
de-mortes-em-acidentes>. Acesso em 20 nov. 2015.
[52] WRASSE, A. C., ETCHEVERRY, L. P., MARRANGHELLO, G. F., ROCHA, F. S.
Investigando o impulso em crash tests utilizando vídeo-análise. Revista Brasileira de Ensino
de Física, v. 36, n. 1, 1501 (2014).
[53] LUCENA, A. R. L. A Física forense em sala de aula: investigação de acidentes de
trânsito. 2014a, p. 17, 34 f. Monografia (Graduação) – Faculdade de Ciências Exatas,
Fundação Universidade Estadual da Paraíba, Campus VII – Governador Antônio Mariz – PB.
[54] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Símbolos gráficos dos
diagramas de acidente dos relatórios de acidentes de trânsito - NBR 10.696. Rio de Janeiro,
1989.
[55] LUCENA, A. R. L. A Física forense em sala de aula: investigação de acidentes de
trânsito. 2014b, p. 6, 34 f. Monografia (Graduação) – Faculdade de Ciências Exatas, Fundação
Universidade Estadual da Paraíba, Campus VII – Governador Antônio Mariz – PB.
[56] _______________________________. A Física forense em sala de aula: investigação
de acidentes de trânsito. 2014c, p. 7, 34 f. Monografia (Graduação) – Faculdade de Ciências
Exatas, Fundação Universidade Estadual da Paraíba, Campus VII – Governador Antônio Mariz
– PB.
[57] VIANA, R. M. Perícia Física de Acidente de Trânsito. 2009. 47 f. Monografia
(Graduação) – Faculdade de Física, Fundação Universidade Federal de Rondônia, Campus de
Ji – Paraná – RO. p. 32.
[58] COMPANHIA DE ENGENHARIA DE TRÁFEGO. Investigação de Acidentes de
Trânsito fatais. São Paulo, 2008. (Boletim Técnico nº 42). p.16.
[59] KLEER, Ana A.; SANTOS, Arion C.K; THIELO, Marcelo R. Física utilizada na
investigação de acidentes de trânsito. Caderno Catarinense de Ensino de Física, Rio Grande
do Sul, v. 14, n. 2, 161, ago.1997c. Projeto do Departamento de Física da FURG, 1997, Rio
Grande do Sul.

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116
[60] MOREIRA, M.A. A teoria da aprendizagem significativa e a sua implementação em sala
de aula. Brasília: EDUnB, 2006, p. 13.
[61] PRÄSS, A. R., Teorias de Aprendizagem. ScriniaLibris.com, 2012.
[62] AUSUBEL, D; NOVAK, J.D e HANESIAN, H. Psicologia Educacional. 2ed. Rio de
Janeiro. Interamericana, 1980a.
[63] TAVARES, R. Aprendizagem Significativa, codificação dual e objeto de
aprendizagem. Revista Brasileira de Informática na Educação, v. 18, n.2, 2010.
[64] AUSUBEL, D; NOVAK, J.D e HANESIAN, H. Psicologia Educacional. 2ed. Rio de
Janeiro. Interamericana, 1980b, p.13.
[65] LIBÂNEO, José Carlos. Didática. Cortez Editora, 1990a.
[66] ______________________________.Didática. Cortez Editora, 1990b.
[67] GARDNER, Howard. Inteligências múltiplas: a teoria na prática. Porto Alegre: Artes
Médicas, 1995a.
[68] _______________________________. Inteligências múltiplas: a teoria na prática.
Porto Alegre: Artes Médicas, 1995b, p. 13.
[69] _______________________________. Inteligências múltiplas: a teoria na prática.
Porto Alegre: Artes Médicas, 1995c, p. 32.
[70] BAPTISTA, J. A. da Silva, R. R., Gauche, R. Minicursos temáticos para alunos de
ensino secundário: uma estratégia de ensino na formação inicial de professores de
Química. Educació Química EduQ número 10 (2011a), p. 18-27.
[71] COSTA, J. de M.; PINHEIRO, N. A. M. O ensino por meio de temas- geradores: a
educação pensada de forma contextualizada, problematizada e interdisciplinar. Imagens
da Educação, v. 3, n. 2, p. 37-44, 2013.
[72] TOZONI -REIS, M. F. de C. Temas ambientais como “temas geradores”: contribuições
para uma metodologia educativa ambiental crítica, transformadora e emancipatória.
Educar em Revista, n. 27, p. 93-110, 2006. Disponível em: <
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-40602006000100007&script=sci_arttext>.
Acesso em: 27 nov. 2015.
[73] BAPTISTA, J. A. da Silva, R. R., Gauche, R. Minicursos temáticos para alunos de
ensino secundário: uma estratégia de ensino na formação inicial de professores de
Química. Educació Química EduQ número 10 (2011b), p. 18-27.

‘
117
[74] _______________________________. Minicursos temáticos para alunos de ensino
secundário: uma estratégia de ensino na formação inicial de professores de Química.
Educació Química EduQ número 10 (2011c), p. 18-27.
[75] PEREIRA, R. F, Fusinato, P. A., Neves, M. C. D. Desenvolvendo um jogo de tabuleiro
para o ensino de física. Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciência (ENPEC).
2009, p. 14. Disponível em:<http://posgrad.fae.ufmg.br/posgrad/viienpec/pdfs/1033.pdf>.
Acesso 20 de nov. de 2015.
[76] ALVES, R. M. M., Geglio, P. C., Moita, F. M. G. S. C., Sousa, C. N. S., Araújo, M. S. M.
O quiz como recurso pedagógico no processo Educacional: apresentação de um objeto de
aprendizagem. Educação, Tecnologia e a Escola do Futuro. XIII Congresso Internacional de
Tecnologia na Educação (2015). Disponível em: <
http://www.pe.senac.br/ascom/congresso/anais/2015/arquivos/pdf/comunicacao-
oral/O%20QUIZ%20COMO%20RECURSO%20PEDAG%C3%93GICO%20NO%20PROC
ESSO%20EDUCACIONAL%20apresenta%C3%A7%C3%A3o%20de%20um%20objeto%20
de%20aprendizagem.pdf >
[77] OLIVEIRA, M. L.; et al. Scielo. Educ. rev. no.27 Curitiba Jan./June 2006a, p. 150. O jogo
quiz aplicado ao ensino de Biologia Celular: uma abordagem lúdica pra construção do
conhecimento científico no espaço universitário. Disponível em: <
http://interacao.unis.edu.br/files/2014/12/148-168.compressed.pdf>. Acesso em: 27 nov. 2015
[78] _______________________________. Scielo. Educ. rev. no.27 Curitiba Jan./June 2006b,
p. 149. O jogo quiz aplicado ao ensino de Biologia Celular: uma abordagem lúdica pra
construção do conhecimento científico no espaço universitário. Disponível em: <
http://interacao.unis.edu.br/files/2014/12/148-168.compressed.pdf>. Acesso em: 27 nov. 2015
[79] AUSUBEL, D; NOVAK, J.D e HANESIAN, H. Psicologia Educacional. 2ed. Rio de
Janeiro. Interamericana, 1980.
[80] UCHÔA, Antônio Ribeiro. Mestrado Integrado Profissionalizante em Computação.
Organizador Prévio virtual para o ensino de Física. Ceará, 2003, p. 54.
[81] HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos de Física 1-
Mecânica.4. Ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos Editora, 1996.
[82] MORAN, J. M., “O vídeo na sala de aula”. In Revista Comunicação & Educação. São
Paulo, ECA-Ed. Moderna, [2]: 27 a 35, jan./abr. de 1995, p. 1.
[83] KLEINKE. R. de C. M. Aprendizagem Significativa: A pedagogia por pojetos no
processo de alfabetização. 2003, 109f. Dissertação (em Engenharia de Produção),
Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2003.
[84] MOREIRA, M.A; MASINI, E. F. S. Aprendizagem significativa: a teoria de David
Ausubel. 2. ed. São Paulo: Centauro, 2006.

‘
118
Apêndice
6. Sobre o Produto Educacional
Segundo a SBF (Sociedade Brasileira de Física), o produto educacional para o caso do
Mestrado Profissional (MP), deve ser um recurso instrucional independente fisicamente da
dissertação e que qualquer professor possa utilizar em suas aulas.
Há ainda, outras possibilidades instrucionais como a organização de um “mini
congresso” ou de uma “feira” de Física, que também podem ser considerados produtos
educacionais. Porém, desde que se disponha de um guia de instruções sobre como implementar
essa atividade.
Neste sentido, foi criado um tutorial de organização e implementação de um mini evento
nas escolas, sendo que, caso seja necessário a devida adequação quanto à logística, não haverá
perdas quanto à essência do produto educacional em questão.
Assim, o mini evento de Física alusivo ao trânsito foi idealizado tendo como finalidade
contribuir para a formação dos educandos no que diz respeito à compreensão de alguns
conceitos físicos por meio de problemas gerados pelo trânsito, para auxiliar nossos alunos a
refletirem acerca de formas comportamentais de evitar estes tipos de problemas. E além de não
ser oneroso é um produto passível de adaptações.
A temática deste produto educacional contempla a educação proposta pelo Código de
Trânsito Brasileiro (CTB); possibilitando um caráter crítico à formação acadêmica dos
estudantes de forma que se tornem cidadãos mais conscientes no tocante ao comportamento no
trânsito. Como se trata de um evento escolar, voltado a adolescentes, é natural que queiram
expressar as suas opiniões ou vivências cotidianas, de modo que o farão com base naquilo que
conhecem e isso é enriquecedor, do ponto de vista cognitivo.
Nesse contexto, o referencial teórico adotado foi o da Aprendizagem Significativa, de
David Ausubel, que orienta quanto ao aprimoramento do conhecimento prévio que o indivíduo
possui em função daquele que se quer empregar.

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119
6.1 Descrição do Produto
O mini evento escolar cuja temática versa sobre o trânsito contextualizado por meio da
Física é constituído de 2 minicursos, cuja a duração é de 2 horas (cada um) e está sistematizado
através de um tutorial.
A estratégia a ser desenvolvida para a execução deste projeto tem como norteador duas
sequências didáticas roteiros que sistematizam organizadamente cada tarefa deste evento. Os
referidos minicursos terão abordagens teórico - práticas que englobam a discussão de situações
- problema elencados a observações práticas cotidianas, a partir do acesso à vídeos e
reportagens, experimentos e jogos didáticos que abarquem esse contexto. Desta forma, espera-
se que a percepção dos fenômenos que envolvem a Física, a partir das leis de Newton, no que
se refere à locomoção no trânsito, promova uma mudança de postura quanto ao comportamento
cotidiano no trânsito.
Os elementos que compõem o mini evento são divididos em 3 etapas:
1 - Planejamento: atingir metas e objetivos sem planejamento torna-se muito mais complexo,
pois não se pode determinar de antemão a melhor maneira de associar os recursos disponíveis
com a realidade da escola onde o evento ocorrerá. Se isto for feito com antecedência, os ajustes
que levem à maior produtividade e qualidade podem ser realizados com folga de prazo, para
que não comprometa o desenrolar do evento.
Alguns elementos dentro do planejamento devem ser considerados, por exemplo:
Divulgação:
• Fazer um esboço geral dos elementos que irão compor o evento. Assim, todas as
particularidades do mesmo, podem ser idealizadas e/ou modificadas;
Por exemplo:
▪ Tema;
▪ Objetivo;
▪ Público alvo;
▪ Data e Local;
▪ Duração;
▪ Instrumento de Avaliação.

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120
• Criar um folder com informações sucintas e significativas com alusão ao trânsito e à
semana nacional de trânsito, que por sua vez é pouco conhecida, fornecendo mais credibilidade
ao evento, juntamente com a execução das atividades na mesma ordem em que foram
mencionadas no folder;
Sugestão: inserir, se possível, figuras no folder; pois em se tratando de público juvenil,
um texto acompanhado de ilustrações se torna mais atrativo.
• Viabilizar a confecção de banners e faixas também são ferramentas organizacionais
que visam propagar a proposta do mini evento, no sentido de chamar atenção para o mesmo.
Sugestão: solicitar ajuda de custo da gestão da escola, da secretaria de educação ou ainda, de
empresas que desempenhem a função de colaboradores ou ainda, a utilização da bolsa de
mestrado disponibilizada aos cursistas do MNPEF, que neste caso, foi a ajuda de custo utilizada
quase em todas as etapas do projeto.
• Criar um cronograma das atividades que irão compor os minicursos;
Sugestão: “Garimpar” previamente vídeos, reportagens, animações e tipos de experimentos que
envolvam direta ou indiretamente as leis de Newton e conteúdos afins. É provável que o
professor até já possua algum material similar em seu “acervo”.
2 - Metodologia:
• Recursos: Utilizar aparatos tecnológicos e outros recursos da provenientes da própria
escola;
Neste caso, forma utilizados:
▪ Projetor de imagem;
▪ Caixa de som;
▪ Quadro;
▪ Computador.
• Problematizar na atividade inicial (palestra) uma situação cotidiana utilizando
conhecimentos que previamente os estudantes trazem para a sala de aula. No mini evento em
questão, utilizou-se vídeos de curta duração, de conteúdo impactante, a maioria, comerciais de

‘
121
televisão. A etapa seguinte foi a explanação formal de alguns conceitos imprescindíveis para a
melhor assimilação acerca das leis de Newton, como velocidade, aceleração, atrito, entre outros.
Facilitando assim, o desenvolvimento das competências de percepção e compreensão dos
fenômenos que envolvem o trânsito. Isto permitiu ao estudante “confrontar” o conhecimento
que o mesmo tinha como verdade com o que foi adquirido posteriormente.
A referida explanação foi realizada através de indagações; situações-problema;
brincadeiras; simulações computacionais e avaliação diagnóstica em formato de jogo didático
(quiz), utilizado como pré – teste; envolvendo situações – problema onde o estudante teve que
utilizar como mecanismo de resolução apenas o conhecimento prévio que possuía. Esta
sondagem teve por finalidade avaliar o grau de informações científicas que o estudante
inevitavelmente traz para dentro da sala de aula.
3- Desenvolvimento:
A execução das atividades anteriormente mencionadas segue a seguinte ordem:
a) Vídeos: (impactantes e de curta duração) para a problematização inicial;
b) Situações – problema contextualizadas através de experimentos;
c) Avaliação diagnóstica: quiz (pré-teste com situações e consequências decorrentes do
trânsito);
d) Palestra (com abordagem em conceitos físicos e suas aplicações no trânsito de veículos),
animações;
e) Avaliação final: quiz (pós-teste com situações - problema, envolvendo conceitos físicos
relacionados ao trânsito de veículos, tomando o cuidado de ressignificar as situações
abordadas no pré-teste);
f) Plataforma digital: promover uma interação com os estudantes, pós evento, de forma
que caso surgissem mais dúvidas, os mesmos poderiam saná – las de uma forma mais
dinâmica. Ou seja, foi um dos resultados do projeto.

‘
122
6.2 Produto
Manual
MINICURSOS TEMÁTICOS COMO
ESTRATÉGIA PARA O ENSINO DE FÍSICA
Manaus – AM
Novembro, 2015

‘
123
Apresentação:
A ideia do projeto Minicursos temáticos com estratégia para o ensino de Física que nada
mais é do que um mini evento escolar, surgiu da problemática social que mais assola a
mobilidade urbana e é pauta certa dos veículos de comunicação, o trânsito.
Essa temática pode e deve ser abordada em sala de aula, pois vez que agrega eixos temáticos
que viabilizam uma melhor contextualização no ensino de Física, mais especificamente no
que se refere às Leis de Newton.
O projeto tem como principal objetivo avaliar o papel da educação no trânsito associada às
aulas de Física e promover possíveis mudanças de comportamento com relação a futuros
motoristas.
Nesse sentido, o referencial teórico sugerido é o da aprendizagem significativa, de David
Ausubel, que orienta quanto ao aprimoramento do conhecimento que o aprendiz já carrega
consigo.
Este tutorial visa facilitar o desenvolvimento de atividades didáticas que compõem um mini
evento de Física, atividades estas, descritas em de dois roteiros, com a finalidade de
possibilitar uma aprendizagem mais interessante e ao mesmo tempo crítica no tocante às Leis
de Newton e conteúdos afins.
Professora Fernanda Cabral

‘
124
Sumário
Introdução......................................................................................................125
Planejamento geral.......................................................................................126
Recursos....................................................................................................126
Divulgação................................................................................................127
Cronograma de atividades........................................................................128
METODOLOGIA........................................................................................129
DESENVOLVIMENTO..............................................................................130
Sequências didáticas....................................................................................131
Como criar as atividades dos minicursos.....................................................135
Minicurso I...................................................................................................147
Minicurso II.................................................................................................153
Atividades extras........................................................................................158
APÊNDICES..............................................................................................171

‘
125
Introdução
Mesmo que se tenha o domínio da prática de direção, a cada movimento efetivado ao
volante conduz à Física. Até as normas que constituem o Código Nacional de Trânsito
(CTB) são baseadas nas leis da Física e envolve todos os três princípios da Mecânica,
conhecidos como as leis de Newton. Compreendê-las, nos auxilia quanto à redução dos
riscos que o trânsito oferece.
LEIS DE NEWTON
Princípio da Inércia
Inércia é a propriedade que os corpos possuem de manter seu estado de
repouso ou de movimento. Quando um corpo não sofre a influência de forças externas
ele se mantém em repouso ou em movimento retilíneo e uniforme.
Princípio Fundamental da Dinâmica
A aceleração de um corpo é diretamente proporcional à força aplicada nele e
consequentemente, inversamente proporcional à sua massa.
Princípio da Ação e Reação
A toda ação corresponde uma reação, de mesmo módulo, mesma direção,
porém, sentido contrário.
OBS: Apesar de serem conhecidas como as três leis de Newton, a única lei de fato
é a da Ação e Reação, as outras duas, conhecidas como primeira e segunda leis,
são apenas definições.

‘
126
PLANEJAMENTO GERAL
▪ Tema: A Física na Educação do Trânsito.
▪ Objetivo: Mini evento alusivo ao trânsito contextualizado por meio da Física,
especialmente, das Leis de Newton.
▪ Público Alvo: Estudantes da primeira série do Ensino Médio ou que já a tenham cursado.
▪ Atividades: Palestra; vídeos; brincadeiras; experimentos; exemplificações; debate.
▪ Instrumentos de avaliação: Questionários (no formato de quiz) com abordagem que
versa sobre situações decorrentes do trânsito, analisadas a partir de conceitos físicos, sendo
a referida avaliação, o elemento que caracteriza a interação mais dinâmica ao evento.
▪ Duração: 4 horas (2 horas para cada minicurso)
▪ Recursos:
√ Data show;
√ Computador
√ Caixa de som;
√ Microfone (dependendo da acústica do local de realização do evento).

‘
127
▪ Divulgação:

‘
128
▪ Cronograma de atividades
1º dia
Atividades Discriminação Duração
1. Palestra 30 min
2. Animação 10 min
3. Quiz (pré- teste) 15 min
4. Experimentos 20 min
5. Debate 20 min
6. Quiz (pós-teste) 15 min
7. Encerramento 10 min Carga Horária
total: 2h
2º dia
Atividades Discriminação Duração
1. Debate 30 min
2. Pré – teste (Verificação de
aprendizagem)
15 min
3. Vídeos 20 min
4. Jogo 15 min
5. Vídeos 15 min
6. Pós – teste (Verificação de
Aprendizagem)
15 min
7. Encerramento 10 min Carga Horária
total: 2h

‘
129
METODOLOGIA
Estrutura Elementos
Problematização inicial Palestra
Tema A Física Automotiva
Conceitos abordados
Velocidade;
Aceleração;
Força de atrito;
Energia cinética;
Fatores comportamentais
Dispositivos de segurança no
trânsito;
Distância mínima;
Fator humano no trânsito;
Atividades
Experimentos;
Animações;
Vídeos;
Brincadeiras.
Avaliação Quiz (pré-teste e pós teste)
Relatório
Explanação escrita informal sobre o
mini evento.
(Pode constar sugestões).

‘
130
DESENVOLVIMENTO
ETAPAS:
→1ª etapa: Criar e ministrar uma palestra sobre situações diversas que acontecem no trânsito,
que possuam aplicações na Física e que viabilizem um suporte para as questões que serão
respondidas nas avaliações (quizzes);
→2ª etapa: Utilizar vídeos que sirvam de elemento desencadeador no tocante à sensibilização
de acidentes de trânsito.
→3ª etapa: Criar e aplicar um quiz com questões de múltipla escolha (pré-teste) sobre
questões que envolvem o trânsito (pré – teste);
→4ª etapa: Realizar experimentos e demonstrações que simulem circunstâncias ocorridas no
trânsito, de maneira que promova no estudante além de uma reflexão comportamental, uma
relação com o conceito abordado.
→5ª etapa: Aplicar um quiz com questões de múltipla escolha (pós-teste) sobre circunstâncias
que envolvem o trânsito, discutindo as questões abordadas na palestra, nos experimentos e nas
demonstrações
→6ª etapa: Elaborar perguntas acerca de conceitos discutidos na palestra e nos experimentos,
de forma que os estudantes sejam livres para responder com base no que já conheciam (jogo
pergunta – resposta).
→7ª etapa: Sistematizar as respostas no pré e pós teste e divulgar o percentual juntamente
com uma premiação simbólica dos estudantes que obtiveram uma melhor atuação durante o
minicurso.

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131
Sequências didáticas:
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135
COMO CRIAR AS ATIVIDADES DO MINICURSO
1 – Como criar a pauta da palestra?
O primeiro passo é pesquisar em livros, noticiários impressos ou virtuais e revistas, situações
que ocorrem no trânsito. O passo seguinte é selecionar deste material, as principais causas dos
acidentes de trânsito, se for possível, selecionar os mais tem a ver com o público alvo. No caso,
acidentes de trânsito envolvendo jovens.
O ideal é que inicialmente se faça uma explanação do conceito de trânsito, que seja dada a
devida ênfase na Semana Nacional de Trânsito e principalmente que se discuta o fato de que é
de suma importância que o bom comportamento ao volante, não deve ser exercitado apenas
neste ínterim. Por fim, deve – se associar as causas dos acidentes de trânsito às leis de Newton,
de maneira que também seja discutido como evita – los e utilizar um vídeo na tentativa de
impactar e prender a atenção dos estudantes.
Sugestão:

‘
136
Observação: É imprescindível que o professor (a) pontue em forma de tópicos e estatísticas
(inclusive da evolução dos dados), as informações debatidas no momento inicial do minicurso,
pois textos extensos e informações em demasia tendem a cansar todo e qualquer público alvo,
dispersando – os.
2 – Como selecionar os vídeos?
Os vídeos que se se utilizar no decorrer dos minicursos, deve possuir conteúdo apelo emocional
significativo e suficiente, pois uma vez que o público alvo é composto de adolescentes, que
possuem a sensibilidade bastante aflorada em função da faixa etária, a sensibilização deve
ocorrer de forma bastante significativa. Deve-se selecionar vídeos que repercutam as várias
causas dos acidentes de trânsito para posteriormente os mesmos sejam associados às Leis de
Newton e aos fatores comportamentais. Sugere-se que sejam selecionados comerciais de
televisão, pois alguns, já são de conhecimento dos estudantes, porém, podem não ter sido vistos
com a mesma sensibilidade deste momento dos minicursos.
Obs: Há de se tomar as devidas precauções quanto ao grau de apelo dos vídeos
selecionados, para que o impacto emocional não cause nenhum tipo de transtorno ao

‘
137
estudante e ao andamento do minicurso. No caso em questão, os vídeos são de domínio
público (e podem ser encontrados nos links descritos nas sequências didáticas).
Sugestões (links):
1- https://www.youtube.com/watch?v=QFvPqStODUo (Abrace a vida)
2- https://www.youtube.com/watch?v=ceqj2KP8lfM (Comercial do governo
neozelandês sobre álcool e direção perigosa)
3- https://www.youtube.com/watch?v=k0O7qx-2w-4 (Direção + bebida)
4- https://www.youtube.com/watch?v=ZnanqY82LlM (O dia em que um
sorrido parou São Paulo)
5- https://www.youtube.com/watch?v=44_prFoCIq0 (Depoimento de
Jacqueline Saburido)
6- https://www.youtube.com/watch?v=k0O7qx-2w-4 (Vídeo Jacqui Saburido e
Oprah Legendado PRF)
7- https://www.youtube.com/watch?v=Tc6UNJhJicg (Prevenção de acidente
de trânsito – Use a cadeirinha
8- https://www.youtube.com/watch?v=USPubaJSClg (Segurança no trânsito –
Uso da cadeirinha e cinto no banco de trás.
9- https://www.youtube.com/watch?v=mAZa3GrnYKU (Use o cinto de
segurança, veja o porquê!
10- https://www.youtube.com/watch?v=3Kg0FSJXk7E (Campanha de trânsito
produzido produzido na Austrália)
11- https://www.youtube.com/watch?v=YfAP--umw6Y ( Vídeo educativo
Detran/RS)
12- https://www.youtube.com/watch?v=y2fjXSJosxU (Infrações de trânsito e
suas consequências)
13- https://www.youtube.com/watch?v=PVg_E87Ii8Q (Infrações de Trânsito)
14- https://www.youtube.com/watch?v=Pilaw_jRXmQ (As cinco principais
causas de acidentes de Trânsito)
15- https://www.youtube.com/watch?v=jL9bCzcwK6w ( Campanha Educativa:
Acidentes de Trânsito)
16- https://www.youtube.com/watch?v=ne8k9uJhrVQ (Direção defensiva –
Uma reflexão)

‘
138
17- https://www.youtube.com/watch?v=yT1d_3WIoUQ ( Last Word – A última
palavra)
18- https://www.youtube.com/watch?v=ZFxUOWcKM4E&index=1&list=PLF
CXHyXVMRIfLUM8uk3n5-TIEXgXiPzLA (Leis da Física e Leis de trânsito – Fiat
moto perpétuo)
19- https://www.youtube.com/watch?v=s1YSTuD0cO8 (Física no trânsito)
20- https://www.youtube.com/watch?v=SmXtfP2nmX4 (Beakman Q=mv +
Rampa)
21- https://www.youtube.com/watch?v=QpwS-Dsolxo (O mundo de Beakman –
Ação e reação)
22- https://www.youtube.com/watch?v=xDjkMQ42_vs (O mundo de Beakman
– Inércia)
23- https://www.youtube.com/watch?v=CHZq1oMOG5E (O mundo de Beakman
– momento)
24- https://www.youtube.com/watch?v=LIvVcseqPeE (O mundo de Beakman –
Colisões)
25- https://www.youtube.com/watch?v=r9_0NUBsyV8
26- https://www.youtube.com/watch?v=VCG7h1Fois8
27- https://www.youtube.com/watch?v=5uo-g1SUY14
28- https://www.youtube.com/watch?v=tmlGHSvvOBI
29- https://www.youtube.com/watch?v=NUS9Xx7zgoc
30- https://www.youtube.com/watch?v=utqPZWededs
Observação: Sugere-se que os vídeos de curta duração, principalmente os comerciais de
televisão, sejam utilizados em sala de aula. Porém, conforme se queira, alguns vídeos podem
ser editados através do software “Movie Maker”. Os demais podem servir de instrumento de
pesquisa para o professor(a) e estudantes. Os 5 últimos foram utilizados nos minicursos
promovidos.

‘
139
3 – Como selecionar e/ou adaptar as simulações computacionais (simulações)?
Bem como a seleção dos vídeos, a simulação deve ser simples e objetiva, se editada, como na
maior parte dos casos, recomenda-se editar, de forma a ocultar o áudio, para que desta forma,
o professor(a) possa realizar uma explanação mais pessoal.
Sugestões (links):
1- https://www.youtube.com/watch?v=Fd9a24c1iy4 (CBSE CLASS 8
SCIENCE FRICTION)
2- https://www.youtube.com/watch?v=s-lIqTXK4KI (Um exemplo de
aceleração)
3- https://www.youtube.com/watch?v=pSYo-ZHo4O0 (As leis da Física na
animação 3D.mov)
4- https://www.youtube.com/watch?v=8NsFRBDKD-0 (Física para iniciantes)
5- https://www.youtube.com/watch?v=KjxZMY-liYQ (Celular e distrações)
6- https://www.youtube.com/watch?v=QnxMoKYB47M (Cinto de Segurança)
7- https://www.youtube.com/watch?v=XFHIGXOsEYE (Ultrapassagem)
8- https://www.youtube.com/watch?v=7dG582mSAOI (Clubinho Honda)
9- https://www.youtube.com/watch?v=x3r_VwwegVg (Honda Dicas de
Trânsito Corredor)
10- https://www.youtube.com/watch?v=boKAOywucwY (Posicionamento –
Disputa por espaço)
11- https://www.youtube.com/watch?v=D8PEJa_NYaA (Viseira)
12- https://www.youtube.com/watch?v=sTacUb4YU1Q (Frenagem em curvas)
13- https://www.youtube.com/watch?v=huMSMQOkx2E (Honda Dicas de
Trânsito Técnicas de Frenagem)

‘
140
14- https://www.youtube.com/watch?v=83_pOrgpwpc (Lei de Newton –
Blender)
15- https://www.youtube.com/watch?v=gw8aOIVOUKc (Pedestre – I)
Observação: Caso queira, o professor(a) pode editar as simulações através do software
“Movie Maker”.
4 - Como criar as perguntas do quiz?
Antes de criar as perguntas que irão compor o quiz, deve-se previamente sondar quais as
principais dificuldades acerca dos conhecimentos que os estudantes possuem sobre as Leis de
Newton, sobre o trânsito e sobre a relação de ambas. De acordo com as respostas adquiridas, e
as mesmas normalmente variam nas salas de aula, deve-se contemplar as informações que
faltam ou que não foram bem assimiladas, para que juntamente com o eu os estudantes já
conhecem, consiga-se uma aprendizagem mais abrangente.
Sugestão:

‘
141

‘
142
Observação: Os 2 primeiros slides e os três últimos, apenas fazem parte da dinâmica do jogo.
5 – Como criar o quiz?
Em apêndice.
6 - Como criar ou adaptar o(s) experimento(s) para os minicursos?
O(s) experimento(s) que se queira inserir nos minicursos devem ser simples, com materiais
alternativos, de fácil manipulação e principalmente que se possa solicitar o auxílio de um(a)
estudante com o intuito de tornar o minicurso mais interativo. Obviamente, o referido
experimento deve fazer alusão a uma(s) das situações referentes ao trânsito, como por exemplo:
o funcionamento do air bag; a relação do atrito e da inércia para fazer o automóvel se
movimentar; qual a melhor forma de trocar o pneu do carro, entre outras.

‘
143
Sugestão: Em apêndice
7 - Como criar ou selecionar jogos para os minicursos?
Deve – se adequar os jogos ou brincadeiras de acordo com a essência das turmas convidadas a
participar dos minicursos, detalhe que só cabe ao professor(a) organizador. Normalmente,
embora muitos pensem o contrário, as brincadeiras e/ou jogos mais simples, são os mais bem
aceitos, pois possuem regras flexíveis e dão ao minicurso, um viés mais atraente.
8 – Como e o que avaliar?
A avaliação dos minicursos depende do que o professor(a) está buscando com o projeto, mas
pode ser feita de forma quantitativa (tabulando as respostas certas e erradas por meio de
gráficos) e qualitativa (por meio de redações, apontamentos ou debates).
Como se trata de um projeto de cunho epistemológico e social, o conteúdo avaliado deve versar
sobre ambos os contextos. Ou seja, a avaliação fica como critério pessoal de cada professor(a)
de acordo com a sua realidade.

‘
144
Textos de apoio:
Obs: Estes textos têm por finalidade subsidiar a pesquisa do(a) professor(a) direcionando – o(a)
quanto às atividades que deverá realizar.
Texto 1: Amazonas - Manaus tem em média, um acidente de
trânsito por hora.
O Instituto Municipal de Trânsito (Imtrans) registrou pelo menos
um acidente por hora, em média, no primeiro semestre deste ano. Foram 4.451 acidentes: mais de 741 por mês e cerca de 24 por dia. O número de acidentes nos seis primeiros meses do ano caiu 8,4%
em comparação ao ano passado. Em 2005, foram 4.826 registros no primeiro semestre. “Nunca consideramos acidentes normais. Ainda
mais um acidente por hora, como mostra a abordagem da estatística. Os números são altos porque queríamos ter nenhum acidente”, disse o superintendente do Imtrans. Segundo dados do Imtrans, o número
de acidentes com morte também diminuiu no primeiro semestre de 2006. Neste ano, 90 pessoas morreram em acidentes de trânsito nos
seis primeiros meses. “Mesmo quando a vítima não morre, pode ficar com sequelas graves para toda a vida. As pessoas precisam se conscientizar da importância do trânsito seguro para o próprio bem
delas”, afirmou o superintendente do instituto. De janeiro a junho deste ano, o Imtrans registrou 1.732 acidentes em que as pessoas
tiveram ferimentos leves. O superintendente do Imtrans disse que o número de acidentes de trânsito em Manaus não é maior por causa da topografia da cidade, que tem ruas e avenidas não sinuosas,
estreitas e com muitos semáforos. “As duas últimas questões geram incômodo por causa de engarrafamentos. Mas também propiciam
diminuição de acidentes, porque as pessoas não abusam davelocidade. É ilusão e um risco desnecessário correr em Manaus”, afirmou. (Fonte: Rondoniaaovivo.com de 14 de setembro de 2015)
Disponível em: <http://www.rondoniaovivo.com/noticias/amazonas-manaus-tem-em-media-um-acidente-de-transito-por-hora/19722>

‘
145
Texto 2: Acidentes de trânsito matam mais que crimes em Manaus
Falta de conscientização por parte de motoristas e pedestres contribui para alto
índice de ocorrências na cidade – foto: Arthur CastroPara o espanto de alguns, a principal causa de mortes de jovens no Brasil não é o crime, mas, sim, o trânsito. Em Manaus, uma média de 20 acidentes graves são
registrados na cidade, em sua maioria, envolvendo pessoas que consumiram bebidas alcoólicas e dirigiam em alta velocidade. Conforme dados da Secretaria
de Segurança Pública (SSP-AM), nos últimos 3 anos, os casos de acidentes de trânsito na capital subiram em torno de 41%. Foram mais de 21 mil vítimas feridas e outras mil perderam suas vidas. Campanhas de conscientização estão
sempre em vigor, porém, poucas melhoras aconteceram.O delegado titular da Delegacia Especializada em Acidentes de Trânsito (Deat),
compara os crimes no trânsito a uma epidemia, mas com número de vítimas fatais muito superiores a doenças como dengue ou malária. Segundo ele, não basta somente mudanças na legislação, é necessário investir em educação, tanto
de condutores quanto de pedestres para minimizar a quantidade de mortes.“Nós podemos melhorar, porque o trânsito somos nós. Se cada um fizer a sua
parte, vamos melhorar. Agora, é muito difícil, porque é um problema cultural e a gente precisa estar o tempo todo em cima: ‘Olha, cuidado. Se você for dirigir, não beba. Vai beber, não dirija’. Nós temos que colocar isso, o tempo todo bater
na mesma tecla, para ver se os jovens criam consciência”, opina.De acordo com o titular da Deat, é preciso consciência por parte nos condutores.
Desde o ano passado, a lei 12.971/14 alterou 11 artigos do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), para dispor sobre sanções administrativas e crimes de trânsito. Se antes as penas para condutores envolvidos em acidentes com vítimas fatais
eram apenas de detenção de 2 a 4 anos e afiançável, agora o motorista que matar alguém sob efeito de substâncias psicoativas poderá ficar preso por até 4 anos,

‘
146
e afiançável, agora o motorista que matar alguém sob efeito de substâncias
psicoativas poderá ficar preso por até 4 anos, sem direito ao pagamento de fiança.“Houve algumas mudanças que melhoraram o sistema dos problemas de acidente
de trânsito. Tem uma nova legislação para pessoas que vão dirigir e acabam cometendo um acidente com vítimas fatais. Agora, essas pessoas podem realmente ser presas. É o que chamamos de homicídio qualificado. A
qualificadora é justamente o álcool ou qualquer outra substância psicoativa que determine dependência”, explica Monteiro, que está há mais de 10 anos à frente
da Deat.Conforme o delegado, as mudanças na legislação são eficazes no combate aos acidentes de trânsito, mas para as estatísticas caírem é necessária uma
participação maior por parte da população. Para Monteiro, união, educação e respeito são alguns dos fatores que podem mudar a triste rotina do trânsito, que
todos os dias faz vítimas fatais nas ruas de Manaus.“A causa principal de mortes no trânsito é a velocidade e a embriaguez. Agora, nós estamos preocupados com o número de pessoas que andam de motocicleta,
elas têm sido vítimas com mais frequência. As altas velocidades e a falta de respeito levam a isso. Às vezes eles (motoqueiros) têm razão também. O respeito
é fundamental para isso. Tem havido alguns acidentes também com bicicleta, o que também chama a atenção”, diz.O titular da Deat não culpa somente condutores pelos crimes de trânsito. Segundo ele, os pedestres são parte
fundamental do processo de educação nas ruas. Apesar de todo o esforço feito pelos órgãos envolvidos com o trânsito em Manaus, com campanhas de
conscientização realizadas quase que mensalmente, o efeito delas não tem sido o esperado. Para ele, as leis precisam evoluir no sentido de serem mais rigorosas com os que desrespeitam o CBT.
“Quem sabe amanhã nossa legislação seja mais forte e possa ter um peso maior, uma punição que funcione para que a pessoa respeite ainda mais as leis. Hoje,
quando tem blitz de Lei Seca na avenida do Turismo, os jovens se comunicam por rede social para desviar da fiscalização. Que mundo é esse? Todo mundo

‘
147
MINI CURSO I: “CINTO”, MUITO!
Descrição: O minicurso I é constituído de uma sequência didática de atividades embasadas
na da aprendizagem significativa, contendo situações - problema alusivas ao trânsito, vídeos,
debates, demonstrações de experimentos, animações, e como instrumento de avaliação de
aprendizagem, foi criado um quiz com comandos simples e bastante lúdico.
Tal conjunto de atividades didáticas compõem um dos minicursos que caracterizam a atividade
geral como sendo um mini evento científico. A ideia é criar e adaptar instrumentos
metodológicos que sirvam de auxílio para um Ensino de Física mais contextualizado e
consequentemente uma aprendizagem de maneira mais significativa no ensino médio; uma vez
que o trânsito é uma problemática que repercute nas principais discussões sociais atualmente.
Vale ressaltar que os elementos abordados no referido mini evento não são nenhuma novidade
para os estudantes, pois tratam- se de situações presentes em seu cotidiano, porém, tais
conhecimentos serão apenas ressignificados tendo como aporte científico, a Mecânica.
● Objetivos epistêmicos: Aplicar pré-teste com questões de múltipla escolha sobre questões
que envolvem o trânsito e que foram discutidas na atividade 1 (palestra).
● Objetivos pedagógicos:
Atividades do professor Atividades do aluno
▪ Planejar e organizar as atividades conforme
o tempo disponível;
▪ Entregar ao professor o termo de
autorização de participação (para pais ou
responsáveis) devidamente assinado.
Atividades lúdicas
Público alvo: 1º ano do
Ensino Médio

‘
148
▪ Checar a operacionalidade de cada
atividade;
▪ Suscitar e mediar discussões;
▪ Solicitar a assinatura dos pais ou
responsáveis no termo de autorização para
participação do evento.
▪ Manifestar – se sempre que tiver dúvidas
ou algo importante a acrescentar:
experiências consigo ou pessoas próximas;
▪ Fazer as anotações que julgar necessário.
Conhecimentos prévios: velocidade; aceleração; massa; inércia; força e conceitos afins.
SEQUÊNCIA DE MOMENTOS DE ENSINO – APRENDIZAGEM 1
Atividade 1: Palestra
Título: A Física automotiva
A palestra visa verificar a concepção prévia dos estudantes acerca dos conhecimentos
de Mecânica, para subsidiar o conteúdo explorado nas atividades seguintes. Os tópicos da
palestra, podem ser direcionados à cada atividade planejada durante os dois dias de mini evento
e é de suma importância que o seu teor seja lúdico, de forma que o estudante seja desafiado não
só a refletir acerca da questão do trânsito, como também, a continuar interessados em participar
dos minicursos.
Objetivo: analisar as concepções prévias dos estudantes.
Tópicos: ▪ conceituação de trânsito
▪ estatística dos acidentes de trânsito;
▪ principais causas;
▪ fatores comportamentais;
▪ conceitos de mecânica;
▪ situações – problema.
Recursos materiais:
▪ computador (com power point);
▪ equipamento de som;

‘
149
▪ quadro;
▪ projetor de imagem (data – show).
Material de apoio: vídeo 1- link: https://www.youtube.com/watch?v=r9_0NUBsyV8;
Avaliação: A avaliação será realizada informalmente, apenas de sondagem e com
características de avaliação diagnóstica (oral).
Duração: 30 minutos
Atividade 2: Animação computacional
A partir da animação o estudante terá possibilidade de visualmente relacionar e
comparar em seu cotidiano os conceitos e relações entre velocidade e aceleração.
RECURSOS MATERIAIS:
▪ computador;
▪ projetor de imagem (data – show).
MATERIAL DE APOIO:
▪ Animação computacional em flash (adaptação de animação extraía da internet).
AVALIAÇÃO:
Nesta atividade não se faz necessário uma atividade avaliativa formal.
DURAÇÃO:
▪ 10 minutos
Atividade 3: Teste diagnóstico
Aplicar pré-teste com questões de múltipla escolha sobre questões que envolvem o trânsito e
que foram discutidas na atividade 1 (palestra).
RECURSOS MATERIAIS:
▪ computador;
▪ quadro;

‘
150
▪ projetor de imagem (data – show).
MATERIAL DE APOIO:
▪ Aplicação do quiz 1
AVALIAÇÃO:
Resolução escrita das questões do quiz (formato de questionário).
DURAÇÃO:
▪ 15 minutos
Atividade 4: Experimentos e demonstrações
Realizar práticas experimentais que simulem circunstâncias ocorridas no trânsito que
envolvam conceitos de atrito e inércia e informações úteis de como trocar o pneu do carro, por
exemplo. O objetivo é promover no estudante uma reflexão comportamental a partir do conceito
abordado.
RECURSOS MATERIAIS:
▪ experimento: cd;
seringa (de injeção);
balão;
cola.
▪ aplicação prática: porta (dobradiça)
MATERIAL DE APOIO:
▪ vídeo 2 - link: https://www.youtube.com/watch?v=VCG7h1Fois8;
AVALIAÇÃO:
Explanação oral (dos alunos) com mediação do professor (a) acerca da relação dos
experimentos com situações encontradas no trânsito.
DURAÇÃO:
▪ 20 minutos
Atividade 5: Debate

‘
151
Esta é uma etapa de suma importância no projeto, o relato de indivíduos que tiveram
suas vidas modificadas de maneira abrupta por conta de acidentes de trânsito.
A ideia é apresentar experiências que estejam relacionadas com fatores
comportamentais como: excesso de velocidade, ingestão de bebidas alcóolicas, falta de atenção,
entre outros.
RECURSOS MATERIAIS:
▪ Não há necessidade, neste caso, de nenhum material (palpável).
MATERIAL DE APOIO:
▪ Reportagens em vídeo de veículos de comunicação como: revistas, jornais e internet,
com vítimas, fatais ou não, de acidentes de trânsito.
AVALIAÇÃO:
Explanação oral (dos alunos) com mediação do professor(a) acerca da relação dos
experimentos com situações encontradas no trânsito.
DURAÇÃO:
▪ 20 minutos
Atividade 6: Verificação de aprendizagem
Aplicar pós-teste com questões de múltipla escolha sobre a consequências de fatores
comportamentais relacionados com conceitos físicos referentes ao trânsito e que foram
discutidas nas atividades anteriores, inclusive na atividade 3 (pré – teste).
RECURSOS MATERIAIS:
▪ computador;
▪ quadro;
▪ projetor de imagem (data – show).
MATERIAL DE APOIO:
▪ Aplicação do quiz 2.
AVALIAÇÃO:

‘
152
Resolução escrita das questões do quiz (formato de questionário) para comparação com
as respostas da atividade 3 (pré – teste).
DURAÇÃO:
▪ 15 minutos
Atividade 7: Encerramento (considerações finais com explanação oral do professor de
forma sucinta de todas as problemáticas e conceitos físicos decorrentes do trânsito). O
objetivo é retomar questões que por ventura não tenham sido esclarecidas durante o
primeiro mini curso.
RECURSOS MATERIAIS:
▪ Não há necessidade, neste caso, de nenhum material (palpável).
MATERIAL DE APOIO:
▪ vídeo 3 – link: https://www.youtube.com/watch?v=5uo-g1SUY14.
AVALIAÇÃO:
▪ Relatório escrito evidenciando aspectos positivos e negativos do minicurso do
primeiro mini curso com a relevância social que possui e quais conceitos físicos ficaram menos
explícitos. Como as sequências didáticas são passíveis de modificações, o referido relatório por
parte dos estudantes tem por objetivo direcionar as atividades do minicurso do segundo dia,
para que as dúvidas do minicurso do primeiro dia sejam sanadas.
DURAÇÃO:
▪ 10 minutos

‘
153
MINI CURSO II: PARECE QUE BEBE!
Descrição: O minicurso II, assim como o I, é constituído de uma sequência didática de
atividades embasadas na da aprendizagem significativa, contendo situações - problema alusivas
ao trânsito, vídeos, debates, jogos, animações, e o instrumento de avaliação de aprendizagem,
é similar ao do minicurso I, ou seja, um quis, porém, com outras perguntas.
O intuito é aprimorar e reconciliar os conceitos prévios (minicurso I) e os atuais (minicurso II)
pertinentes às leis de Newton em algumas situações que acontecem no trânsito.
● Objetivos epistêmicos: Aplicar pré-teste com questões de múltipla escolha sobre questões
que envolvem o trânsito e que foram discutidas na atividade 1 (palestra).
● Objetivos pedagógicos:
Atividades do professor Atividades do aluno
▪ Planejar e organizar as atividades conforme
o tempo disponível;
▪ Checar a operacionalidade de cada
atividade;
▪ Suscitar e mediar discussões;
▪ Participar por livre e espontânea vontade;
▪ Manifestar – se sempre que tiver dúvidas
ou algo importante a acrescentar:
experiências consigo ou pessoas próximas;
▪ Fazer as anotações que julgar necessário.
Conhecimentos prévios: velocidade; aceleração; massa; inércia; força; atrito e conceitos afins.
Atividades lúdicas
Público alvo: 1º ano do
Ensino Médio

‘
154
SEQUÊNCIA DE MOMENTOS DE ENSINO – APRENDIZAGEM 2
Momento 1: Debate. O objetivo é recobrar questões suscitadas no minicurso I.
RECURSOS MATERIAIS:
▪ Não há necessidade, neste caso, de nenhum material (palpável).
MATERIAL DE APOIO:
▪ vídeo 4 – link: https://www.youtube.com/watch?v=tmlGHSvvOBI
AVALIAÇÃO:
Nesta atividade não se faz necessário uma atividade avaliativa formal.
CARGA HORÁRIA:
▪ 30 minutos
Momento 2: Verificação de aprendizagem
RECURSOS MATERIAIS:
▪ computador;
▪ quadro;
▪ projetor de imagem (data – show).
MATERIAL DE APOIO:
▪ Aplicação do quiz 3.
AVALIAÇÃO:
Resolução escrita das questões do quiz (formato de questionário).
CARGA HORÁRIA:
▪ 15 minutos
Momento 3: Argumentação oral

‘
155
Suscitar perguntas e/ou comentários dos estudantes acerca de acidentes de trânsito
envolvendo jovens, quais as principais causas e no que a educação no trânsito em consonância
com conhecimentos de Física podem auxiliar.
RECURSOS MATERIAIS:
▪ Não há necessidade, neste caso, de nenhum material (palpável).
MATERIAL DE APOIO:
▪ vídeo 5 – link: https://www.youtube.com/watch?v=NUS9Xx7zgoc
AVALIAÇÃO:
Nesta atividade não se faz necessário uma atividade avaliativa formal.
CARGA HORÁRIA:
▪ 20 minutos
Momento 4: Jogo lúdico (Pergunta Chave)
O momento do jogo no mini curso tem o objetivo de tratar de conhecimentos da
Mecânica de maneira lúdica para tornar as questões problematizadas mais atraentes aos
estudantes.
RECURSOS MATERIAIS:
▪ papel;
▪ caneta.
MATERIAL DE APOIO:
▪ Livros de física;
▪ Internet;
AVALIAÇÃO:
Nesta atividade não se faz necessário uma atividade avaliativa formal.
CARGA HORÁRIA: 15 minutos
Momento 5: Sensibilização

‘
156
A utilização de vídeos com relatos de pessoas que sofreram com os acidentes de
trânsito direta ou indiretamente chamou a atenção, mais ainda, para a conscientização e a
importância de discutir este tema.
RECURSOS MATERIAIS:
▪ computador;
▪ projetor de imagem (data – show);
▪ equipamento de som.
MATERIAL DE APOIO:
▪ Reportagens: veículos de comunicação (revistas, jornais e internet).
AVALIAÇÃO:
Relatos de experiências dos estudantes mediadas pelo professor (a).
CARGA HORÁRIA:
▪ 15 minutos
Momento 6: Avaliação final
Aplicar pós-teste com questões de múltipla escolha sobre todos os conceitos físicos, de
forma resumida, abordados nos dois dias de evento escolar.
RECURSOS MATERIAIS:
▪ computador;
▪ quadro;
▪ projetor de imagem (data – show).
MATERIAL DE APOIO:
▪ Aplicação do quiz 4.
AVALIAÇÃO:

‘
157
Resolução escrita das questões do quiz (formato de questionário) para comparação com
as respostas do quiz da atividade 2 (quiz 3) para verificar se houve melhora acerca dos conceitos
de física que estejam relacionados com o trânsito, em especial, as leis de Newton.
CARGA HORÁRIA: 15 minutos
Momento 7: Encerramento (considerações finais com explanação oral do professor de
forma sucinta de todas as problemáticas e conceitos físicos decorrentes do trânsito). O
objetivo é retomar todas as questões abordadas nos minicursos e se possível, o professor
(a) deve se pronunciar acerca de alguma situação que tenha vivido ou presenciado no
trânsito. A ideia é tornar o ambiente de aprendizagem mais humano e informal, haja vista
que o normalmente o professor (a) também é partícipe da formação de opinião de grande
parte dos estudantes.
RECURSOS MATERIAIS:
▪ Vídeo 6 – link: https://www.youtube.com/watch?v=utqPZWededs
AVALIAÇÃO:
▪ Relatório escrito evidenciando aspectos positivos e negativos do minicurso do
primeiro mini curso com a relevância social que possui e quais conceitos físicos ficaram menos
explícitos. Como as sequências didáticas são passíveis de modificações, o referido relatório por
parte dos estudantes tem por objetivo direcionar as atividades do minicurso do segundo dia,
para que as dúvidas do minicurso do primeiro dia sejam sanadas.
DURAÇÃO:
▪ 10 minutos

‘
158
ATIVIDADES EXTRAS:
Cruzadinha (modelo)
Professor (a), se preferir, crie a sua própria cruzadinha nos endereços:
https://www.educolorir.com/crosswordgenerator/por/
http://leab-ulbra.blogspot.com.br/2011/08/dicas-do-leab-cruzadinha.html
http://jocimoreira.blogspot.com.br/2012/09/ir-principal-ir-lateral-dicas-dos.html

‘
159
Caça – palavras (modelo)
Professor (a), se preferir, crie o seu próprio caça - palavras nos endereços:
1- http://www.lideranca.org/word/palavra.php
2- http://www.atividadeseducativas.com.br/index.php?criarcacapalavras
3- http://www.imagem.eti.br/ferramentas-educacionais/users/index.php?pagina=caca-
palavras

‘
160
Jogos (modelos)
Professor(a),
Esta é uma ferramenta excelente para utilizar nos minicursos pois além de bastante
interativa é de fácil manuseio. A garotada vai adorar!

‘
161
Listas de exercícios:
Lista 1
.

‘
162

‘
163
Observação: Lista de exercícios extraída do endereço:
http://www.explicatorium.com/documents/CFQ9_exercicios3.pdf

‘
164
Lista 2

‘
165

‘
166

‘
167

‘
168

‘
169
Observação: Lista de exercícios extraída do endereço:
https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=5&cad=rja&uact=
8&ved=0ahUKEwiAr5Lyzr3JAhXCEZAKHYAoAvAQFggzMAQ&url=https%3A%2F%2Ff
isquisilva.files.wordpress.com%2F2014%2F10%2Fexercc3adcios-de-
revisc3a3o.pptx&usg=AFQjCNE2kwbKUf4nyDgxBf-qfb-
Al6Y96A&bvm=bv.108538919,d.Y2I
Questões comentadas do ENEM:
1. http://fisicaevestibular.com.br/novo/mecanica/dinamica/exercicios-de-vestibulares-
com-resolucao-comentada-sobre-os-conceitos-das-tres-leis-de-newton/
2. http://www.ufjf.br/cursinho/files/2014/05/FISICA-1.pdf

‘
170
Plataforma Digital
Rede social
Ao criar uma rede social que versa sobre a Física contida nas situações decorrentes do trânsito,
o professor(a) terá a possibilidade de sanar dúvidas posteriores e ainda retroalimentar a questão
social do projeto com postagens o mais constante possível, com fotos, informações, serviços de
utilidade pública que o envolva o trânsito, entre outras coisas. Assim, o “feedback” tende a ser
maior.

‘
171
APÊNDICES
APÊNDICE A: Roteiro de criação do quiz
O PowerPoint é ferramenta extremamente didática para criar questionários para os jovens. Ele
elimina a necessidade de criar um questionário de papel e oferece a opção para os estudantes a
fazer um teste a visualização de imagens, neste caso, gifs animados e com situações reais,
acompanhadas pelo som, se necessário. Tudo isso, para que o estudante possa imaginar a
situação antes de responder às perguntas.
▪ Material necessário:
Computador com Microsoft PowerPoint instalado;
Observação: A versão de Power Point utilizada foi a 2013.
Passo a passo:
Passo 1 - Abra o PowerPoint em seu computador.
Passo 2: Clique em “Criar” ou selecione uma variação de cor e clique em “Criar”.
Ao abrir o PowerPoint, você verá alguns temas internos. Um tema é um design de slide que
contém correspondências de cores, fontes e efeitos especiais como sombras, reflexos, dentre
outros recursos.

‘
172
Passo 3: Abra uma nova apresentação no PowerPoint. Um novo documento de apresentação
aparecerá em sua tela. O primeiro slide irá apresentar caixas de texto onde você pode adicionar
um título e subtítulo. Adicione o título do seu quiz, data ou qualquer outra informação que você
queira.
Passo 4 - Depois de ter criado o slide inicial do seu quis, vá na guia inicial da interface do
usuário “PÁGINA INICIAL” e clique em "Novo Slide". Uma seleção de slides será exibida.
Escolha o tipo de slide que você deseja usar para suas perguntas do quiz. Se você quiser
adicionar uma imagem às perguntas, escolha o slide "Imagem com Legenda. " Você também

‘
173
pode iniciar com um slide de vazio para criar suas próprias caixas de texto e inserir suas próprias
imagens onde no slide, onde desejar.
Passo 5: Para alterar o design dos slides clicando na aba " DESIGN" na interface do usuário, ao
lado de “INSERIR”. Uma seleção de projetos irá aparecer. Escolha o desenho que você quiser.
Passo 6: Adicione novos slides, clicando em " Novo Slide " novamente, da mesma maneira
como foi mencionado no passo 2 ou selecionando a opção " Duplicar Slides " no separador
Novo Slide.

‘
174
Observação: crie as perguntas e alternativas. Insira as alternativas em caixas de texto encontrada
no ícone “INSERIR”.
Passo 7: Clique em “INSERIR” novamente para adicionar imagens, clip art, fotos, formas,
gráficos, caixas de texto.
Sugestão: Você pode até mesmo inserir vídeos ou som.
Observação: No quiz em questão, isto não foi feito.
Passo 8: Crie o ponto de partida do seu quiz. Para isso, será necessário criar um hiperlink.
Para que o próximo slide seja acionado, selecione o texto no qual você gostaria de criar o
hiperlink, neste caso, o texto selecionado é “INÍCIO” e clique com o botão direito do mouse e
selecione "Hiperlink". A partir daqui, você pode escolher para qual slide gostaria de criar o
hiperlink.

‘
175
Observação: O próximo slide deste quiz são as instruções, portanto, selecione o texto “INÍCIO”
do seu quiz e em seguida clique no ícone “INSERIR”. Depois disso, clique em “Hiperlink” e
escolha a opção Próximo slide. Assim, ao clicar no ponto de partida do quis, no texto “INÍCIO”,
automaticamente o próximo slide será o que você selecionou.
Este comando vale para todos os outros slides.
No slide das instruções, há o texto “Clique aqui”, faça-o. Ao fazer isso, e seguindo o comand

‘
176
o anterior (do hiperlink para o próximo slide), tem-se a primeira pergunta do quiz.
Passo 9: Crie três slides com textos como; "PARABÉNS", “ERROU” e “TENTE
NOVAMENTE” e crie um hiperlink para cada alternativa da primeira questão. Isso também
vale para as questões seguintes.
Obs: Lembre-se que apenas uma alternativa é a correta, portanto, nesta, crie um hiperlink que
tenha o comando de passar para o slide “PARABÉNS” e para as outras alternativas o hiperlink
criado deve ter o comando que de passar para o slide “TENTE OUTRA VEZ”.
Caso o jogador clique na resposta errada, deve voltar e corrigir seus erros, pois no slide “TENTE
OUTRA VEZ” há uma caixa de texto “Clique aqui”, que possui o comando de voltar à pergunta
cuja a resposta está errada.
Passo 10: Quando você já tiver criado todas as perguntas, crie um slide final que felicita o
jogador por completar o quiz.

‘
177
Considerações: Planejar as perguntas e respostas antes de criar o jogo facilitará bastante.
Este tutorial mostra como criar o quiz de uma forma simples, mas se julgar necessário, confira
alguns outros tutoriais para encontrar dicas sobre como melhorar sua apresentação e como criar
outros tipos de jogos no PowerPoint.
Observação: Para que o quiz se torne ainda mais interativo e para que os estudantes consigam
visualmente ter uma ideia do poderá acontecer nas questões apresentadas, é interessante que
o(a) professor(a) selecione e insira gifs animados e/ou figuras que prenda a atenção dos
estudantes.

‘
178
APÊNDICE B: Roteiro do Experimento Disco Flutuante
▪ Objetivo: Mostrar a influência do atrito sobre o movimento de um objeto.
▪ Teoria: O Princípio da Inércia, ou Primeira Lei de Newton, diz que "um objeto tende sempre
a manter o seu estado de movimento, este podendo também ser o de repouso, se não houver a
ação de forças externas". E o atrito, ou melhor, as forças de atrito, são na maioria dos casos, as
responsáveis pelo fato de que não se observa comumente um objeto se deslocando
continuamente sem a ação de uma outra força propulsora.
Este experimento serve para mostrar que quando posto em movimento, um objeto desloca-se
por distâncias maiores se são removidas fontes de atrito. Quanto mais fontes se remover, maior
será a distância percorrida. Se removermos todas as fontes de atrito, então é plausível que o
objeto se desloque para sempre.
▪ Material experimental:
Balão de borracha;
Cd inutilizado;
Silicone ou “cola quente”;
Seringa de ml.
▪ Procedimento Experimental: Cole a seringa no cd com o silicone. Depois de seco o conjunto
“seringa + cd”, acople um balão cheio de ar na seringa.

‘
179
Quando liberado, o ar contido na bexiga deve sair pela parte de baixo do disco (aquela que fica
em contato com a superfície de um piso ou mesa).
Primeiramente use o cd sem o balão acoplado. Através de petelecos, tenta-se pôr o disco em
movimento. Observa-se a distância percorrida, que vai depender da rugosidade das duas
superfícies em contato: a do disco e a da mesa ou piso.
Ao se acoplar o balão, permitir a saída do ar e dando o mesmo peteleco aplicado ao disco,
observa – se o aumento significativo da distância percorrida.
A ideia é explorar este aumento de distância percorrida como uma consequência direta da
diminuição do atrito entre o cd e a superfície da mesa ou do piso, devido à camada de ar que
existe agora entre as duas superfícies.
▪ Considerações: A conclusão a que se deve chegar é a de que o atrito entre cada superfície e o
ar é bem menor que entre as duas superfícies.
No entanto, a inclusão do balão traz uma nova fonte de atrito para o conjunto “balão + cd”, que
é a resistência do ar ao movimento do balão. O fato é que o atrito total do conjunto ainda é
menor que o atrito do disco sozinho.
Roteiro adaptado do link: http://www2.fc.unesp.br/experimentosdefisica/mec06.htm

‘
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APÊNDICE C: Roteiro do Air bag caseiro
▪ Objetivo: simular o mecanismo de funcionamento de um air bag de automóvel.
▪ Teoria: O airbag faz parte do sistema de segurança dos carros e que tem como objetivo de
proteger quem estiver dentro dele durante um impacto. É formado por um dispositivo que
contém azida de sódio (NaN3), acoplado a um balão, que fica no painel do automóvel. Quando
ocorre a desaceleração brusca do carro em uma colisão, por exemplo, sensores instalados no
para-choque do automóvel desencadeiam a produção de uma faísca, que aciona a decomposição
do NaN3.
▪ Material Experimental:
Bicabornato de sódio;
Vinagre;
2 saquinhos: 1 de plástico e 1 a vácuo.
▪ Procedimento experimental: Coloque 3 colheres de chá de bicarbonato de sódio dentro do
saquinho plástico e amarre-o, tirando todo o ar possível. Em seguida, colo o saquinho com
bicarbonato de sódio dentro do saquinho a vácuo e adicione um copo (250 ml) de vinagre. Lacre
– o.
Desfira alguns socos, sem muita intensidade, no saquinho a vácuo. Ocorrerá uma reação
química que inflará o saquinho a vácuo.