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MINICURSOS 1. MINICURSO Coordenadora: Ana Cristina Bezerril Cardoso e Sandra Helena Gurgel Dantas de Medeiros Título: ABORDAGENS LÚDICAS E JOGOS EM SALA DE AULA DE LÍNGUA ESTRANGEIRA RESUMO Neste minicurso, com duração de 6h (2 x 3h), pretende-se discutir com os alunos das licenciaturas em Letras Francês, Letras Inglês e Letras Espanhol algumas reflexões teóricas sobre a utilização de jogos e de abordagens lúdicas em sala de aula de língua estrangeira. Para ilustrar os aportes teóricos trabalhados serão desenvolvidas, durante o minicurso, atividades práticas. Na primeira sessão não somente refletiremos sobre o como e o porquê da integração de atividades lúdicas na prática pedagógica do professor de língua estrangeira como também iremos vivenciar algumas dessas atividades. A propostapara a segunda sessão é levar os alunos do minicurso a criar jogos e atividades lúdicas e a compartilhar suas criações com os outros participantes através da realização dos mesmos. Com esse minicurso desejamos promover a integração da teoria e da prática no fazer pedagógico do professor de língua estrangeira. Palavras-chave: Ensino de língua estrangeira; Abordagens lúdicas; Jogos. 2. MINICURSO Coordenador: Fábio Alexandre Silva Bezerra Título: Multiletramentos na sala de aula de línguas: integrando imagens, palavras, sons e cores RESUMO Na sociedade atual, a comunicação tem se tornado cada vez mais multimodal, o que faz com que professoras e professores precisem estar preparadas(os) para desenvolver a competência comunicativa multimodal das(os) alunas(os) (ROYCE, 2007; HEBERLE, 2010), preferencialmente a partir de um projeto de multiletramentos (ROJO, 2012; THE NEW LONDON GROUP, 2000[1996]), dando-se destaque para a prática situada e a aprendizagem de metalinguagem que as(os) capacitem a descrever o potencial de significados de recursos semióticos além da linguagem verbal (KRESS; VAN LEEUWEN, 2006). Nesse contexto, a crescente diversidade de gêneros textuais, recursos tecnológicos, práticas textuais, configurações textuais e experiências multiculturais que precisam fazer parte do fazer docente contemporâneo pode, muitas vezes, ser percebida como intimidadora e vir acompanhada por dúvidas sobre como explorar esses elementos de maneira teoricamente embasada e, ao mesmo tempo, prática/dinâmica em sala de aula. Ao desenvolver reflexões sobre esse desafio, este minicurso objetiva, primordialmente, propor às(aos) participantes ideias práticas de como introduzir e/ou incrementar o trabalho com multiletramentos na sala de aula de línguas em contextos variados. Palavras-chave: multiletramentos; competência comunicativa multimodal; fazer docente; sala de aula de línguas 3. MINICURSO Coordenadora: Carolina Gomes da Silva Título: A prosódia em Português do Brasil e em Espanhol: contribuições para o ensino de oralidade em espanhol como língua estrangeira RESUMO Este minicurso pretende apresentar os principais fenômenos prosódicos nas variedades linguísticas do espanhol e do português do Brasil, e dessa maneira, contribuir para a formação de professores de espanhol como língua estrangeira, tendo como base os estudos de Sosa (1999), Pinto (2009), Prieto e Roseano (2010), Gomes da Silva (2014). Com essa abordagem, o minicurso compreenderá: (i) as diferenças entre o componente segmental e o suprassegmental (prosódico); (ii) a caracterização dos fenômenos

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MINICURSOS

1. MINICURSO

Coordenadora: Ana Cristina Bezerril Cardoso e Sandra Helena Gurgel Dantas de Medeiros

Título: ABORDAGENS LÚDICAS E JOGOS EM SALA DE AULA DE LÍNGUA ESTRANGEIRA

RESUMO

Neste minicurso, com duração de 6h (2 x 3h), pretende-se discutir com os alunos das licenciaturas em

Letras Francês, Letras Inglês e Letras Espanhol algumas reflexões teóricas sobre a utilização de jogos e

de abordagens lúdicas em sala de aula de língua estrangeira. Para ilustrar os aportes teóricos trabalhados

serão desenvolvidas, durante o

minicurso, atividades práticas. Na primeira sessão não somente refletiremos sobre o como e o porquê da

integração de atividades lúdicas na prática pedagógica do professor de língua estrangeira como também

iremos vivenciar algumas dessas atividades. A propostapara a segunda sessão é levar os alunos do

minicurso a criar jogos e atividades lúdicas e

a compartilhar suas criações com os outros participantes através da realização dos mesmos. Com esse

minicurso desejamos promover a integração da teoria e da prática no fazer pedagógico do professor de

língua estrangeira.

Palavras-chave: Ensino de língua estrangeira; Abordagens lúdicas; Jogos.

2. MINICURSO

Coordenador: Fábio Alexandre Silva Bezerra

Título: Multiletramentos na sala de aula de línguas: integrando imagens, palavras, sons e cores

RESUMO

Na sociedade atual, a comunicação tem se tornado cada vez mais multimodal, o que faz com que professoras e professores precisem estar preparadas(os) para desenvolver a competência comunicativa multimodal das(os) alunas(os) (ROYCE, 2007; HEBERLE, 2010), preferencialmente a partir de um projeto de multiletramentos (ROJO, 2012; THE NEW LONDON GROUP, 2000[1996]), dando-se destaque para a prática situada e a aprendizagem de metalinguagem que as(os) capacitem a descrever o potencial de significados de recursos semióticos além da linguagem verbal (KRESS; VAN LEEUWEN, 2006). Nesse contexto, a crescente diversidade de gêneros textuais, recursos tecnológicos, práticas textuais, configurações textuais e experiências multiculturais que precisam fazer parte do fazer docente contemporâneo pode, muitas vezes, ser percebida como intimidadora e vir acompanhada por dúvidas sobre como explorar esses elementos de maneira teoricamente embasada e, ao mesmo tempo, prática/dinâmica em sala de aula. Ao desenvolver reflexões sobre esse desafio, este minicurso objetiva, primordialmente, propor às(aos) participantes ideias práticas de como introduzir e/ou incrementar o trabalho com multiletramentos na sala de aula de línguas em contextos variados. Palavras-chave: multiletramentos; competência comunicativa multimodal; fazer docente; sala de aula de

línguas

3. MINICURSO

Coordenadora: Carolina Gomes da Silva

Título: A prosódia em Português do Brasil e em Espanhol: contribuições para o ensino de oralidade em

espanhol como língua estrangeira

RESUMO

Este minicurso pretende apresentar os principais fenômenos prosódicos nas variedades linguísticas do espanhol e do português do Brasil, e dessa maneira, contribuir para a formação de professores de espanhol como língua estrangeira, tendo como base os estudos de Sosa (1999), Pinto (2009), Prieto e Roseano (2010), Gomes da Silva (2014). Com essa abordagem, o minicurso compreenderá: (i) as diferenças entre o componente segmental e o suprassegmental (prosódico); (ii) a caracterização dos fenômenos

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suprassegmentais, mais especificamente a entoação e suas funções; (iii) a comparação entre as descrições entonacionais nas diversas variedades do espanhol (parâmetros acústicos, tipos de contornos melódicos e acentos tonais) com as descrições do português de Brasil (CUNHA, 2000; MORAES, 2008; 2011; SILVA, 2011; SILVESTRE, 2012); (iv) uma reflexão sobre o lugar da entoação nas aulas de espanhol como língua estrangeira e (v) elaboração de atividades didáticas sobre a entoação para o ensino de espanhol como língua estrangeira. Carga horária (6h)

1) Prosódia e fenômenos prosódicos 2) Prosódia e entoação em PB e em Espanhol 3) Prosódia e ensino de ELE Bibliografia AGUILAR, L. “La prosodia”. In: ALCOBA, Santiago (org.) La expresión oral. Barcelona: Ariel, 2000, pp. 89-113. AGUILAR, L. “La entonación”. In: ALCOBA, Santiago (org.) La expresión oral. Barcelona: Ariel, 2000, pp. 115-145. BOERSMA, Paul, WEENINK, David. 1993-2006. http://www.fon.hum.uva.L1/praat visited 28- Jan-07. CORTÉS, M. M. Didáctica de la prosodia del español: la acentuación y la entonación. Madrid: Edinumen,

2000. CUNHA, C. S. Entoação regional no português do Brasil. Tese de Doutorado (Língua Portuguesa). Rio de Janeiro, Faculdade de Letras, Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2000. DE SÁ, P. C. F. Análise entonacional de enunciados assertivos, continuativos e interrogativos lidos em piadas: Espanhol/LE e Espanhol/LM. Rio de Janeiro: UFRJ, Faculdade de Letras, 2008. Dissertação de

Mestrado do Programa de Letras Neolatinas. ESTEBAS VILAPLANA, E. y PRIETO NIEVES, P. La notación prosódica del español: una revisión del Sp_ToBI. In: Estudios de fonética experimental XVII. Barcelona: Laboratori de Fonética de la Universidad de Barcelona, 2008. GIL FERNÁNDEZ, J. Fonética para profesores de español: de la teoría a la Práctica. Madrid, Arco Libros, 2007. MORAES, J. A. A entoação de atos de fala diretivos no PB. In: Resumos do III Colóquio Brasileiro de Prosódia da Fala. FALE-UFMG, Belo Horizonte: Minas Gerais, 2011. PINTO, M. S. Transferências prosódicas do Português do Brasil/LM na aprendizagem do Espanhol/LE: enunciados assertivos e interrogativos totais. Rio de Janeiro: UFRJ, Faculdade de Letras, 2009. Tese de Doutorados do Programa de Letras Neolatinas. PIETRO, P. Teorías de la Entonación. Barcelona: Ariel, 2003. PIETRO, P & ROSEANO, P. (org.). Transcription of Intonation of the Spanish Language. Lincom Europa: München, 2010. _____________ (coord.). Atlas interactivo de la entonación del español. 2009‐2015. Disponible en: http://prosodia.upf.edu/atlasentonacion/ SILVA, J. C. B. Caracterização prosódica dos falares brasileiros: as orações interrogativas totais. Dissertação de mestrado em Língua Portuguesa. Rio de Janeiro, Faculdade de Letras, UFRJ, 2011. SILVESTRE, A. P. S. A entoação regional dos enunciados assertivos nos falares das capitais brasileiras. Dissertação de mestrado em Língua Portuguesa. Rio de Janeiro, Faculdade de Letras, UFRJ, 2012. SOSA, J. M. La entonación del español: su estructura fónica, variabilidad y dialectología. Madrid, Cátedra,

1999.

4. MINICURSO

Coordenador: Arilson Silva de Oliveira

Título: Hinduísmo, Animais, Mulher, Erotismo e Homossexualidade: quando em Max Weber as castas

resolvem contestar racionalmente os valores ocidentais

RESUMO

As informações modernas e recheadas de orientalismos diversos em torno de religiões indianas

(principalmente do hinduísmo), nos leva a propor o presente minicurso, tendo como objetivo uma análise

sociológica e historiográfica da indologia weberiana, assim como de suas inquietações eminentes; as quais

serão “olhadas” pelo viés de “crenças” sem crenças, transvaloração dos valores humanos (Nietzsche),

ímpares visões de mundo e impulsos de espíritos livres que, quase sempre, incomodam os valores

ocidentais. Para tanto, discutir-se-á a diferenciação nas castas e seus valores, a posição central da mulher

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nos ritos e na sociedade em geral, o erotismo de Deuses e humanos e o propósito social do kamasutra, a

visão de homossexualidade no hinduísmo antigo, bem como o valor social e espiritual dos animais e do

vegetarianismo. E tudo isso numa tentativa comparativa com a herança dissimulada de tais valores no crer

e ver ocidental, tendo como base as conjecturas de Max Weber, suas premissas e seus pressupostos

teóricos. Aqui, Weber delimitará a racionalidade indiana como original, tendo como efeito social uma

diversidade de ideias permissivas e coexistentes, sejam elas eróticas, mágicas ou intelectuais. Dirá o

alemão sobre tal cultura religiosa que surgira sobre o substrato de uma poderosa tendência ao

intelectualismo. E Sua expressão “poderosa tendência ao intelectualismo” junto às suas conclusões

sociológicas, desarma muitas teorias e abre um leque de discursões maior do que provocara o movimento

romântico, Schopenhauer e Nietzsche sobre a cultura da Índia antiga, uma vez que a tolerância religiosa e

filosófica, bem como a posição da mulher e dos animais foi, em todo caso: “infinitamente maior que em

qualquer parte do Ocidente antes da Idade contemporânea”; e como em nenhum outro lugar ou cultura,

complementará Weber em seus Ensaios Sobre Sociologia da Religião, tomo II. E suas ideias cognitivas

ainda se abrem para planar mais uma vez na Índia quando aponta que tal tolerância religiosa e social ali

presente nada deve ou se assemelha ao que é especificamente moderno ou ocidental, ao ponto que na

Índia “reinou por longos períodos com uma abrangência tal [...] que jamais se viu em parte alguma do mundo

nos séculos XVI e XVII, e muito menos nas regiões onde o puritanismo era dominante”. O que caracteriza

o Ocidente moderno, conclui, “é precisamente a intolerância religiosa”, uma vez que “a tolerância como tal

com certeza não tem nada a ver com o capitalismo”.

Conteúdo Programático:

Unidade I (primeiro dia) – A divisão tradicional das castas indianas, seu legado religioso e a posição dos

animais no hinduísmo

a) As castas no hinduísmo

b) A posição social dos animais e os porquês da vaca sagrada.

Unidade II (segundo dia) – A peculiaridade da posição religiosa e social da mulher e o propósito do erotismo

e seus efeitos sociais.

a) A singularidade da mulher

b) Erotismo, Homossexualidade e Kamasutra

Metodologia:

Apresentação descritiva, comentada e comparada

Bibliografia:

COOMARASWAMY, Ananda K. Mitos Hindus e Budistas. São Paulo: Landy Editora, 2002.

DAS, Veena. Structure and Cognition: aspects of hindu caste and ritual. Delhi: Oxford University Press,

1982.

DHARMASUTRA. Translated from the Original Sanskrit and Edited by Patrick Olivelle. New York: Oxford

University Press, 1999.

DONIGER, Wendy. Kamasutra. Oxford World's Classics. Oxford: Oxford University Press, 2002.

DUMONT, Louis. Homo Hierarchicus. São Paulo: EDUSP, 1997.

ELIADE, Mircea. Imagens e Símbolos. São Paulo: Martins Fontes, 1991.

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FELIPE, Sônia Ética e Experimentação Animal. Florianópolis: UFSC, 2007.

FEUERSTEIN, Georg, KAK, Subhash & FRAWLEY, David. Search of the Cradle of Civilization. Delhi: Motilal

Banarsidass, 2005.

FONSECA, Carlos Alberto da. A Mulher na Índia Antiga: quando se apaga a brasa do incenso. Revista

Bharata, Cadernos de Cultura Indiana, v. 1, São Paulo: USP, p. 57-69, 1987.

JAMISON, S. W. Sacrificed Wife / Sacrificer’s Wife. Oxford: OUP, 1996.

MANU-SMRTI. Versión Castellana de V. García Calderón. Manava-Dharma-Sastra. Paris: Casa Editorial

Garnier Hermanos, 1924.

O’FLAHERTY, Wend D. The Rig Veda. London: Penguin Books, 2004.

OLIVEIRA, Arilson. Max Weber e a Índia. São Paulo: Blucher, 2009.

OLIVEIRA, Gisele Pereira de. As Faces da Devī: a mulher na Índia antiga em sacrifício, ritos de passagem

e ordem social na literatura sânscrita. Orientação de Adone Agnolin. Dissertação de Mestrado em

História Social, USP, São Paulo, 2010.

SMITH, Huston. Religiões do Mundo: nossas grandes tradições de sabedoria. São Paulo: Cultrix, 1997.

WEBER, Max. The Religion of India. New York: Glencoe, 1958.

WOLPERT, Stanley (1982). A New History of India. NY: OUP.

5. MINICURSO

Coordenadora: Fabíola Nóbrega Silva

Título: SINTAXE DA ENUNCIAÇÃO: DIÁLOGOS COM BAKHTIN

RESUMO

O minicurso aqui proposto busca discutir a transitividade verbal, apresentando o conceito de aglutinação

sintático-semântico-discursiva que diz respeito à junção do complemento no verbo visto pela Gramática

Tradicional (GT) como intransitivo sem haver a ocupação material do lugar de objeto, conforme pontuou

Nóbrega (2015). No entanto, algumas vezes, estes verbos podem ser usados com o complemento

materializado no plano da sintaxe, havendo a desaglutinação sintático-semântico-discursiva. Para tanto,

recorremos ao construto teórico defendido por Bakhtin/Voloshinov (1981, 1926), Bakhtin (2003), além de

pesquisadores do pensamento linguístico do Círculo de Bakhtin, aludindo à linguagem na perspectiva

dialógica. Portanto, o objeto direto é discutido à luz da enunciação. O corpus a ser analisado é composto

por oito reportagens impressas da Revista Veja, publicadas no período de 2012 a 2013 e pesquisadas no

site <http://veja.abril.com.br/acervodigital>. Desta feita, mostraremos que o verbo definido como intransitivo

pela GT é um caso de aglutinação sintático-semântico-discursiva. Assim, há nele a junção do complemento,

não tendo a ocupação do objeto no plano da sintaxe. E o Objeto Direto Interno é um caso de desaglutinação

sintático-semântico-discursiva, isto é, o objeto vem materializado no plano da sintaxe. No nosso ponto de

vista, este fenômeno ocorre por questões enunciativas, sendo percebido nas reportagens impressas

analisadas. Nosso desejo é apresentar, seguindo outra perspectiva teórica, questões que não são

contempladas pela GT sobre o complemento verbal, já que seu foco é a estrutura linguística.

PALAVRAS-CHAVE: Enunciação. Gênero discursivo reportagem. Transitividade verbal.

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6. MINICURSO

Título: PONTO DE VISTA E ADAPTAÇÃO FÍLMICA: ELEMENTOS PARA UMA ANÁLISE

Coordenador: Philio Generino Terzakis

RESUMO

Com duração de seis horas-aula, este minicurso tem como objetivo apresentar e discutir a construção da

categoria narrativa do ponto de vista (também conhecido como foco narrativo, perspectiva narrativa) em

adaptações fílmicas de obras literárias. O minicurso será dividido em três partes principais: 1) conceitos

básicos; 2) elementos para uma análise do ponto de vista fílmico; e 3) um exemplo de análise de perspectiva

narrativa em uma adaptação fílmica. Este curso interessa mais especificamente aos estudantes voltados

para o estudo do cinema, mas também a todos aqueles desejosos de se aprofundar nos estudos de

narrativa, tanto na literatura quanto no cinema e em outros meios audiovisuais.

7. MINICURSO

Coordenadores: GIOVANNI DA SILVA DE QUEIROZ / SAULO DE TASSO RUSSO BARRETO

Título: HEGEL E BENJAMIN: articulações possíveis

RESUMO

O minicurso pretende articular alguns conceitos de Hegel e alguns de Walter Benjamin. Sabe-se que

Benjamin era assíduo leitor de Hegel e tinha uma interpretação própria acerca de noções centrais da

filosofia hegeliana. A proposta é, então, pensar essas interpretações e suas várias articulações, em

particular, nos seguintes objetos de estudo: arte, história e dialética.

1. Arte: fim da arte (finalidade?) e vanguardas. O caso do Romantismo Alemão;

2. História: história em retrospecção versus história a contrapelo;

3. Dialética: método e paralisação.

Palavras-chave: Benjamin. Hegel. Arte. História. Dialética.

Bibliografia Básica

BECKENKAMP, J. Entre Kant e Hegel. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2004.

BENJAMIN, W. A obra de arte na época da reprodutibilidade técnica. Trad. Gabriel Valladão Silva.

Porto Alegre: L&PM, 2013.

BENJAMIN, W. Magia e Técnica, Arte e Política. 8.ed. Trad. Sérgio Paulo Rouanet. São Paulo:

Brasiliense, 2002. (Obras Escolhidas I)

BENJAMIN, W. O conceito de Crítica de Arte no Romantismo Alemão. Trad. Márcio Seligmann-Silva.

São Paulo: Iluminuras, 1999.

BENJAMIN, W. Origem do drama trágico alemão. Trad. João Barrento. Belo Horizonte: Autêntica, 2011.

HEGEL, G.W.F. Ciência da Lógica. Trad. Paulo Menezes. Rio de Janeiro: Vozes, 2005.

HEGEL, G.W.F. Filosofia da História. Trad. Maria Rodrigues e Hans Harden. 2.ed. Brasília: EdUnB,

2008.

HEGEL, G.W.F. O Belo na Arte. Trad. Orlando Vitorino e Álvaro Ribeiro. São Paulo: Martins Fontes,

1996.

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8. MINICURSO

Coordenadores: Sebastiana Inácio Lima/Mestranda e Prof. Dr. Anderson D’Arc Ferreira/UFPB

Título: INTRODUÇÃO À LÓGICA DA AÇÃO HUMANA: Breve incursão ao tratados dos vícios e das

virtudes

RESUMO

O presente mini curso, Introdução à Lógica da Ação Humana: Breve incursão ao tratado dos vícios e das

virtudes em Tomás de Aquino é baseado na pesquisa do projeto: O Modelo Teleológico de Tomás de

Aquino: um estudo da lógica da ação humana. Dividido em duas partes: Introdução ao Pensamento de

Tomás de Aquino e a Lógica da Ação Humana; Vício e Virtude na Suma Teológica: aspectos introdutórios:

e algumas considerações. O principal objetivo é introduzir-se ao pensamento de Tomás de Aquino partindo

da compreensão da lógica da ação humana, em seguida, compreender um pouco sobre o tratado dos vícios

e das virtudes. Utilizaremos basicamente como fonte de pesquisa texto original, além de alguns

comentadores, o texto a ser trabalhado é basicamente alguns recortes da pesquisa em andamento sob a

orientação do Prof. Dr. Anderson D’Arc. Os problemas relativos à ação humana, sempre se constituíram de

um campo investigativo significativo da Filosofia. Desde a implantação, por Sócrates, do princípio délfico

do ‘conhece-te a ti mesmo’ também, frente às preocupações cristãs. Desde a época patrística a exposição

da doutrina revelada apresentava-se em duas vertentes: uma dogmática e outra prática, preocupada em

expor a ordem dos atos humanos, a vida moral. Desde os primórdios do cristianismo que há uma busca

pela compreensão da relação entre as coisas da fé e os costumes oriundos dos hábitos humanos. A busca

equilibrada entre dogmático e moral, o especulativo e o prático, levaram a grandes tratados morais que

visavam investigar a lógica da ação humana. Palavras chave: Ação Humana. Vício. Virtude.

9. MINICURSO

Coordenadora: Solange P. Rocha (DH/PPGH e NEABI/CCHLA-UFPB)

Título: A PARAIBA EM CONEXÃO COM O MUNDO ATLÂNTICO: Pesquisa e Educação

RESUMO

Este minicurso tem como proposta apresentar e debater os conteúdos do quinto volume dos Cadernos

Afro-paraibanos, material paradidático produzido pelo NEABI-UFPB, com o objetivo de subsidiar a Lei

10.639/03 (História da África e a Cultura Afro-brasileira), que modificou o Artigo 26 da Lei de Diretrizes e

Bases da Educação Nacional, e tem orientado para a produção e divulgação de estudos que valorizem a

matriz africana no Brasil. Nesse sentido, destacaremos os conteúdos dos Cadernos Afro-paraibanos que

abrangem temas da história e da cultura da população negra e suas relações com distintos sujeitos sociais

no contexto da diáspora africana na Paraíba. Além disso, será um espaço para discutirmos as fontes,

teorias, abordagens interdisciplinares e as potencialidades didáticas do referido livro, buscando, assim,

colaborar na formação inicial de estudantes de cursos de Licenciaturas, com a finalidade de proporcionar

uma significativa aprendizagem para os futuros profissionais que atuarão na educação básica. OBJETIVOS

Geral: Apresentar e divulgar conteúdos sobre história e cultura de população em diáspora africana na

Paraíba, assim como debater a pesquisa e a educação acerca da temática racial. Específicos Apresentar

os Cadernos Afro-paraibanos para comunidade acadêmica do CCHLA; Destacar os conteúdos e as

potencialidades para a utilização do Volume 5 dos Cadernos Afro-paraibanos nas práticas pedagógicas no

espaço escolar e no desenvolvimento de novas pesquisas; Colaborar na formação inicial de

graduandos(as), desenvolvendo habilidades e atitudes que viabilizarem a implementação da Lei 10.639/03

com qualidade na Educação Básica. METODOLOGIA Exposição com participação dos(as) Cursistas.

Apresentação da elaboração dos os Cadernos Afro-paraibanos; indicar os conteúdos dos 4 cadernos e as

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possibilidades de uso em sala de aula, para subsidiar as aulas sobre a temática étnico-racial. O curso será

dividido em quatro encontros, totalizando 8 horas: Conteúdos 1º Dia: NEABI-UFB, PROAFRO e projeto

para elaboração dos Cadernos Afroparaibanos. Abordagem Interdisciplinar. 2º Dia: Mundo Atlântico:

movimentos sociais, econômicos e culturais no Nordeste do Brasil 3º Dia: Pesquisa e Educação: a temática

racial com base nos Cadernos Afro-paraibanos 4º Dia: Sugestões de como utilizar o material paradidático

os Cadernos Afroparaibanos no espaço da sala de aula. Recursos Data Show e notebook. Volume 5 dos

Cadernos Afro-paraibanos REFERÊNCIAS AIRES, José Luciano de Q. et al. Diversidades Étnico-raciais e

Interdisciplinaridade: diálogos com as Leis 10.639/03 e 11.645/08. Campina Grande: EDUFCG, 2013.

ALVES, Márcia Albuquerque. Uma década da Lei 10.639/2003 nos cursos de História das instituições

públicas de Ensino Superior na Paraíba: formação, pesquisa e ensino. 185 p. 2016. Dissertação (Mestrado

em História). CCHLA/UFPB, 2016. BRASIL, MEC. Plano Nacional de Implementação das Diretrizes

Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-raciais e para o Ensino de História e Cultura

Afro-brasileira e Africana. Brasília: Ministério de Educação, 2009. CHALHOUB, Sidney. A força da

escravidão: ilegalidade e costume no Brasil oitocentista. São Paulo: Companhia das Letras, 2012 GILROY,

Paul. O Atlântico Negro: modernidade e dupla consciência. Rio de Janeiro: Editora 34; UCAM, 2001.

GUIMARÃES, Matheus S. Diáspora africana na Paraíba do Norte: trabalho, tráfico e sociabilidades na

primeira metade do século XIX. Dissertação (Mestrado em História). Universidade Federal da Paraíba. João

Pessoa, 2015. LIMA, Luciano Mendonça de. Uma porta estreita para a liberdade: as ações cíveis e alguns

aspectos do cotidiano escravo em Campina Grande do século XIX. In: DO Ó, Alarcon Agra et alii. A Paraíba

no Império e na República: estudos de história social e cultural. João Pessoa: Idéia, 2003. p. 47-78. LIMA,

Maria da Vitória B. Liberdade interditada, liberdade reavida: escravos e libertos na Paraíba escravista

(século XIX). Brasília: Fundação Palmares, 2013. PAZ TELLA, Marco REIS, João José; GOMES, Flávio

dos Santos; CARVALHO, Marcus J. M. de. O Alufá Rufino: tráfico, escravidão e liberdade no Atlântico negro

(c.1822 – c. 1853). São Paulo: Companhia das Letras, 2010, ____________; SILVA, Eduardo. Negociação

e Conflito. A resistência negra no Brasil escravista. São Paulo: Companhia das Letras, 1989. REIS, José

Carlos. As identidades do Brasil: de Varnhagen a FHC. Rio de Janeiro: FGV, 1999. ROCHA, Solange

Pereira da. Gente negra na Paraíba Oitocentista: população, família e parentesco espiritual. São Paulo:

Unesp, 2009. __________________. A lei 10.639/03 na primeira década: reflexões, avanços e

perspectivas. In: AIRES, José Luciano de Q. et al. Diversidades Étnico-raciais e Interdisciplinaridade:

diálogos com as Leis 10.639/03 e 11.645/08. Campina Grande: EDUFCG, 2013, p. 299-341. TELLA, Marco

Aurélio Paz (Org.). Cadernos afro-paraibanos, V. III - Quilombos na Paraíba. Cadernos Imbondeiro, João

Pessoa, PPGL/UFPB, on line, 2015. ______________________. Cadernos afro-paraibanos, vol. IV -

Educação, literatura infanto-juvenil e relações étnico-raciais. Cadernos Imbondeiro. João Pessoa,

PPGL/UFPB, on line, 2015. ______________________. Educação, Ações Afirmativas e Relações Étnico-

Raciais Cadernos afro-paraibanos. Vol. 1. João Pessoa: Mídia, 2012. __________________. Direitos

Humanos, População Afro-Paraibana e Mulheres Negras. Cadernos afro-paraibanos. Vol. 2. João Pessoa:

NEABI/UFPB, 2012.

10. MINICURSO

Coordenador: Prof. Amador Ribeiro Neto (DLCV)

Título: Pé dentro, pé fora: a poesia brasileira hoje (10h)

RESUMO

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O minicurso, com duração de 10 horas, busca comentar a produção de poesia brasileira nos últimos anos,

oferecendo uma alternativa a mais para o estudo da literatura brasileira dentro da universidade. Desta

forma, visa mapear diferentes modos do fazer poético, bem como criticá-la a partir de um repertório que

valoriza, antes de mais nada, a pertinência do poema à sua própria confecção. Ou, segundo Antonio

Candido, viabilizar, concretamente, de que modo o “externo” ao poema (o social,por exemplo) converte-se

em seu “interno” (a estrutura) firmando, assim, o valor poético e ratificando a existência da poesia dentro

do poema. Poetas publicados por grandes ou pequenas editoras, poetas cuja produção é impressa ou

virtual, poetas premiados nacionalmente ou desconhecidos, poetas cujos livros “viraram tese acadêmica”

ou simplesmente tornaram-se “papel de embrulhar peixe”, serão comentados, lidos, discutidos, debatidos.

O que se busca é construir, com os participantes do minicurso, um panorama da força e debilidade da

poesia brasileira de nossos dias.

12. MINICURSO

Coordenadores: Hermano de França Rodrigues

Juliana Andréa Cirino da Silva

Título: A COMPLEXIDADE DO MAL: INVEJA, ARTE E PSICANÁLISE

RESUMO

Conquanto rechaçada e mal compreendida ao longo dos séculos, a inveja goza de uma importância ímpar

na constituição de nossa subjetividade, ou melhor, apresenta-se como elemento fulcral no desenvolvimento

psíquico do homem. No decorrer das estações históricas, foram-lhe atribuídas máscaras grotescas e

horrendas, capazes de macular, deturpar e, por vezes, esfacelar a própria sanidade de seus portadores. É

óbvio que, em termos culturais, tal afeto se dilui em conceitos negativos, devido à forte influência dos

directivos religiosos, os quais lhe atribuíram um lugar entre os sete pecados capitais. Não à toa, o sujeito

invejoso se reduz a um ser mesquinho e insano, inábil em controlar seus impulsos destrutivos frente à

percepção de que o objeto amado/odiado lhe escapa. A arte, em seus múltiplos itinerários estéticos,

resguarda um copioso repertório de representações sobre o monstro de olhos verdes, descortinando-o em

suas falhas, ambivalência e agressividade. Eis, portanto, o objetivo de nosso minicurso: analisar, com base

nos estudos psicanalíticos, em narrativas diversas (literárias, cinematográficas, musicais etc), a arquitetura

da inveja, de modo a decifrar os enigmas que a tornam, ao mesmo tempo, tão mortífera e sedutora.

Palavras-chave: Inveja – Psicanálise – Condição Humana

13. MINICURSO

Ministrante: Professora Dra. Maria de Fátima Marreiro de Sousa

Título: INTEGRAÇÃO LATINO-AMERICANA E GOLPES DE ESTADO NO SÉCULO XXI

Carga Horária: 08 hs

RESMO

Na América Latina, a partir da segunda metade do século passado, os regimes ditatoriais passaram a ser suplantados por um processo de redemocratização e, com ele, o florescimento de governos progressistas, o que permitiu avanços sociais importantes. Entre esses avanços, destaca-se a formação de blocos integracionistas que visam promover a unidade de países do continente, sob uma perspectiva autonomista, em contraposição às organizações tradicionais de caráter neoliberal colonizadoras. Porém, a partir da primeira década do novo século XXI, a região latino-americana tem apresentado um cenário político conturbado, com a retomada das forças conservadoras e de direita, na luta para restabelecer sua hegemonia. Essa reação tem se expressado através de golpes de Estado, para interromper o ciclo das democracias participativas e, particularmente, desestabilizar organizações integracionistas como é o caso do MERCOSUL , UNASUL e da associação inter-regional BRICS. No geral, esses golpes apresentam-se sob a liderança do Parlamento, com apoio da mídia tradicional e de parte do poder Judiciário, impondo graves conseqüências contra o Estado democrático de direito, levando à subversão da segurança jurídica. O sistema político debilita-se, as

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instituições caem no descrédito. Assim, o propósito do Minicurso é expor e debater sobre o significado dessa nova onda de golpes em vários países latino-americanos, enquanto uma ação combinada internacionalmente para quebrar o desenvolvimento emancipacionista da América Latina.

Palavras-chave : América Latina . Integração latino-americana. Golpe de Estado

14. MINICURSO

Ministrante: Teresa Cristina Furtado Matos / Prof. Dra do PPGS

Serge Katembera Rhukuzage / Doutorando no PPGS

Titulo: Internet, Blogging e empoderamento

RESUMO

O minicurso Internet, Blogging e empoderamento tem a sua origem num projeto de pesquisa de mestrado

que envolveu uma plataforma de blogueiros africanos e europeus promovida por um canal de rádio francesa

(Radio France Internationale). O projeto consiste na transmissão de técnicas de redação online, no

aprimoramento das técnicas de edição de textos para publicação em blogs, na promoção da cultura digital

e no uso das novas mídias mediante as Novas Tecnologias de Informação. O minicurso, ministrado em

forma de ateliê participativo, oferecerá competências digitais aos alunos que serão capazes de dominar a

utilização das plataformas de blogging como Wordpress, bem como plataformas de micro-blogging como

Twitter, sendo esses conhecimentos úteis para diversas finalidades: educação e promoção online de

projetos educacionais, notícias, militância, ativismo e publicação de conteúdos multimídias de qualidade.

Ademais, os alunos poderão adquirir conhecimentos práticos do jornalismo digital de modo que serão aptos

a oferecerem conteúdos de qualidade a diversos meios de comunicação digital. O conteúdo programático

do minicurso não se dirige apenas à comunidade acadêmica, podendo ele ser útil para comunidades que

precisem se apoderar dos meios de comunicação e de um lugar democrático de fala. A internet oferece

justamente esse espaço: uma esfera pública digital onde todos possuem as capacidades cognitivas e

técnicas, intentando a expressão de suas opiniões. Será dada uma ênfase particular às técnicas de escrita

na internet, mais conhecidas como escrita Google friendly, isto é, uma escrita adaptada e respeitando as

regras de otimização e “referênciamento” SEO dos motores de pesquisas na internet, escolha de imagens

e fotos livres de direitos autorais (Creative Commons), inserção de vídeos, links e tweets no artigo a ser

publicado no blog e, por fim, as recomendações relativas ao branding ou gestão de imagem (e-reputação e

identidade virtual). O minicurso será ministrado pelo aluno de doutorado Serge Katembera supervisionado

pela professora Cristina Matos do departamento de Ciências Sociais, num período de 6 horas (manhã e

tarde), numa sala multimídia, de preferência, o laboratório de Ciências Sociais onde o público terá acesso

a computadores e internet podendo, portanto, praticar e ser acompanhado in situ pelo professor.

Palavras-chave: Novas mídias, Blogging, empoderamento, capacitação

15. MINICURSO

Ministrante: Edileide Godoi

Título: Leitura de textos midiáticos à luz da Análise do Discurso

RESUMO

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Levando em conta que a produção de textos ancora-se em uma estrutura (verbal/não-verbal) e em

condições especificas de produção, inseridos em um momento histórico social, o minicurso Leitura de textos

midiáticos à luz da Análise do Discurso tem como objetivo realizar análises e debates de textos que circulam

nos meios de comunicação, a partir do escopo teórico da Análise do Discurso, praticada no Brasil. A escolha

teórica se justifica devido esse campo de conhecimento propor categorias analíticas essências para o

desenvolvimento da leitura de enunciados enquanto estrutura e acontecimento, a saber: discurso,

enunciado, sujeito, memória, interdiscurso, intradiscurso, formação discursiva. Para Gregolin (2006) toda a

estrutura do enunciado se inscreve em um contexto de atualidade e no espaço de memória que ele convoca,

portanto, propor a construção de sentidos no âmbito da AD significa descrever (estruturas) e interpretar

acontecimentos cuja materialidade funde linguagem e história.

Palavras-chave: Texto, Discurso, Análise do discurso, Leitura.

16. MINICURSO

Ministrante: Arturo Golveia

Título: “Literatura e terror militar pós-64”

RESUMO

Como resistência à ditadura militar implantada no Brasil em 1964, vários escritores publicaram obras

tematizando o próprio Estado de exceção. Apresenta-se aqui a proposta de leitura do romance Quarup, de

Antônio Callado, e outras narrativas de mesma linha temática, como Zero, de Loyola Brandão, e contos de

Caio Fernando Abreu. O objetivo é avaliar as propostas de inovação de tais obras, bem como sua

capacidade de transcendência aos dias atuais, de constantes ameaças à democracia e ao Estado de direito.

17. MINICURSO

Ministrante: Alberto Ricardo Pessoa

Título: Oficina de Pintura WOW!

RESUMO

A proposta do mini curso oficina de pintura WOW! é estudar um processo de finalização de ilustração de

maneira dinâmica e de alto impacto visual. A técnica consiste em utilizar o material guache e aplicar uma

combinação de técnicas oriundas da tinta acrílica, aquarela e óleo, com as características da secagem e

opacidade do guache, o que resulta numa ilustração versátil e contemporânea. A oficina abrange conceitos

de teoria cromática, valor tonal, contraste entre figura, fundo, luz e sombra. Com base nos conceitos de

Davi Calil, Weberson Santiago e Maurício Takiguthi, iremos apresentar uma oficina que busca proporcionar

ao indivíduo a criação, produção e reflexão de uma ilustração que se apresente enquanto mídia e que reflita

um aspecto do imaginário inserido no cotidiano da sociedade. A oficina é indicada para quem deseja

trabalhar com ilustrações manuais e para quem deseja dar aparência de pintura tradicional em trabalhos

digitais. A oficina possui a carga horária de 6h, divididos em dois encontros de 3hs.

Conteúdo programático

Aula 01 - Teoria Cromática, valor tonal. contraste entre figura e fundo, luz e sombra.

Aula 02 - Criação da ilustração, exposição e reflexão acerca dos trabalhos.

Material Solicitado para o aluno

- Tinta Guache ou Acrílica (branco, preto, azul, amarelo e vermelho)

- Papel 180 gramas

- Pincéis

- Lápis

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- Borracha

- Godê

Oficina com capacidade máxima - 15 alunos

Solicitação: Sala com mesas e cadeiras

18. MINICURSO

Ministrante: Aldenor Rodrigues

Daniella de Melo Vanderlei Ferreira (mestranda/PROLING)

Título: A Política e o Planejamento Linguístico na Universidade: entrelaçando Teoria, Pesquisa e

Extensão

RESUMO As pesquisas em Política e Planejamento Linguístico vêm recebendo cada vez mais destaque no Brasil nos

últimos anos (DIONÍSIO, 2014; RIBEIRO DA SILVA, 2013). As discussões desenvolvidas no Núcleo de

Estudos em Política e Educação Linguística (NEPEL), em parceria com o Setor de Estudos e Assessoria a

Movimentos Populares (SEAMPO), ambos do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA) da

Universidade Federal da Paraíba (UFPB), permitiram alinhar nossas reflexões teóricas pessoais e temas

de pesquisa que desenvolvemos na área, objetivando desenvolver projetos de extensão. Através de nossas

investigações, a saber, o Planejamento de Aquisição da língua tupi pelo povo Potiguara da Paraíba, e as

crenças dos alunos paraibanos sobre o espanhol e o Planejamento de Aquisição deste idioma (COOPER,

1989), iremos discutir sobre o fato de não sermos um país monolíngue (MAHER, 2010), por isso a

importância do processo de revitalização de línguas minoritárias (MAY, 2012), bem como sobre a relevância

de que se utilizem meios para criar ou aumentar as oportunidades e incentivos para aprender uma língua

estrangeira (COOPER, 1989). Objetivamos, portanto, apresentar a perspectiva teórica do Planejamento

Linguístico, entendido como “esforços deliberados para influenciar o comportamento de outros em relação

à aquisição, estrutura ou alocação funcional de seus códigos linguísticos” (COOPER, 1989, p. 45), cientes

de que a mudança social, decorrente do conjunto de ações sobre a linguagem, alinha-se à visão de

“influenciar o comportamento de outros”. O minicurso torna-se relevante ao possibilitar discussões sobre

esta área de conhecimento, contribuindo para a disseminação das ideias de Políticas e Planejamento

Linguístico de maneira a provocar uma ampliação do campo dentro da UFPB, fomentando parcerias e

diálogos com outras áreas de conhecimento que possuam objetivos comuns. A metodologia está voltada

para apresentações expositivas, com o auxílio de recursos audiovisuais, a exemplo do datashow.

Intencionamos proporcionar aos ouvintes subsídios para o estabelecimento de pontes entre a teoria, a

pesquisa e a extensão.

Palavras-chave: política e planejamento linguístico; língua tupi; estágio supervisionado;

19. MINICURSO

Ministrante: Margarete Von Muhler Poll

Título: Aspectos da regência verbo-nominal

RESUMO

Neste minicurso, abordar-se-ão dois aspectos que envolvem a regência verbo-nominal: o emprego do sinal

indicativo da crase e a colocação da preposição em orações subordinadas adjetivas. Objetiva-se levar o

aluno a usar adequadamente o sinal indicativo da crase e a preposição em orações subordinadas adjetivas,

diante do pronome relativo, portanto, quando a regência a fizer necessária. O curso terá oito horas de

duração.

20. MINICURSO

Ministrante: Socorro Cláudia Tavares/ Cyntia Israelly

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Título: “QUAL É O TERMO ADEQUADO?”: UM OLHAR SOBRE A LINGUAGEM POLITICAMENTE

CORRETA

RESUMO

A linguagem politicamente correta está cada vez mais presente em nossa sociedade, apresentando um

caráter ativista relacionado aos movimentos sociais (negros, LGBT, dentre outros); por outro lado, também

tem sido objeto de pesquisa de diferentes trabalhos acadêmicos (SANTOS, 2015; BENTO, 2008;

RAJAGOPALAN, 2000). Fomentando as reflexões em torno dessa temática, este minicurso tem como

objetivo geral discutir a linguagem politicamente correta a partir da ótica da Política Linguística. Utilizando

a noção teórica de Spolsky (2004, 2009, 2012), que compreende a política linguística a partir das dimensões

das crenças e das ideologias, da gestão das línguas e variedades e das práticas, analisaremos diferentes

textos (Cartilha do Politicamente Correto & Direitos Humanos, Manual para Uso não Sexista da Linguagem,

dentre outros) que enfocam esse tipo de linguagem. Para atingirmos o objetivo deste minicurso, o dividimos

em três momentos: primeiro, introdução à noção de política linguística; segundo, apresentação do histórico

do Movimento Politicamente Correto e dos pontos e contrapontos da linguagem politicamente correta; e

terceiro, análise de discursos. Faremos exposição dialogada do conteúdo complementado com resolução

de atividades. A partir deste minicurso, esperamos contribuir para um olhar mais crítico dos discursos que

circulam em nossa sociedade, bem como esperamos fomentar a área de Política Linguística em nossa

universidade. Destacamos que as discussões em torno das políticas linguísticas têm sido desenvolvidas no

âmbito da linha de Linguística Aplicada do Programa de Pós-Graduação em Linguística (Proling) e do

Núcleo de Estudos em Política e Educação Linguística (NEPEL) do Centro de Ciências Humanas, Letras e

Artes (CCHLA) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

21. MINICURSO

Ministrante: Maria de Fatima Almeida/ Raniere Marques de Melo

Título: BAKHTIN E O CÍRCULO VÃO À ESCOLA: LEITURAS DIALÓGICAS DE GÊNEROS

DISCURSIVOS NA EDUCAÇÃO BÁSICA

RESUMO

Após a década de noventa, vimos o aumento significativo das pesquisas em torno dos gêneros do discurso.

Assim, o estudo dos gêneros, de um modo geral, tem impulsionado mudanças nos referenciais curriculares

brasileiros para a Educação Básica (Parâmetros Curriculares Nacionais, Parâmetros Curriculares Nacionais

para o Ensino Médio, Orientações Curriculares do Ensino Médio, Base Nacional Comum Curricular, dentre

outros), propondo os gêneros de discurso como um dos objetos do ensino de língua materna. No Brasil e

em outros países, as concepções bakhtinianas têm sido retomadas e citadas, muitas vezes, com efeitos de

interpretação e apropriação diversos. Neste minicurso temos como objetivo discutir algumas questões

teóricas e metodológicas na análise dos gêneros discursivos, ensino de língua e sua relação com outros

conceitos centrais da Análise Dialógica do Discurso, tais como: enunciado, texto, discurso e língua.

Partimos dos seguintes questionamentos: Qual(is) a(s) concepção(ões) de gênero(s) presente(s) em

materiais didáticos trabalhados em sala de aula como livros didáticos? Em que medida os estudos de

Bakhtin e do Círculo sobre gênero do discurso contribuem para as práticas didáticas escolares? Como

otimizar o ensino de língua materna a partir da concepção dialógica dos gêneros? Profissionais de Letras,

Pedagogia e Comunicação Social se constituem público-alvo do minicurso.

22. MINICURSO

Ministrante: Elisabete Vitorino Vieira/ Ana Paula Rocha

Título: É preciso estar atento e forte”: Ética no exercício profissional e as aproximações com o Projeto

Ético-Político Profissional.

RESUMO

O objetivo do minicurso é possibilitar aos participantes a apropriação do instrumento processual ético em vigor, de forma que possam utilizá-lo nas situações em que seja constatada a violação dos princípios e normas éticas profissionais, para recomposição de direitos. A perspectiva é fertilizar ao máximo as

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potencialidades do Código de Ética, enquanto um documento estratégico que possibilita explicar as várias dimensões do Projeto Ético-Político Profissional. Nossos pressupostos teórico-metodológicos fundamentais inscrevem-se em uma perspectiva ética racionalista, crítica e histórica, orientada pela teoria social de Marx pela tradição a ele vinculada, especialmente a ontologia social. O minicurso propiciará aos participantes a simulação de um processo ético, na qual serão vivenciadas todas as fases processuais, inclusive instrução e julgamento de uma ação ética, capacitando os agentes multiplicadores para a compreensão e operacionalização das normas processuais. Nesse sentido, os participantes devem ser estudantes da graduação em Serviço Social que já tenham cursado a disciplina de Ética, estudantes de pós-graduação em Serviço Social e profissionais do Serviço Social.

PALAVRAS-CHAVE: Serviço Social. Ética. Exercício Profissional.