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MINICURSOS
1. MINICURSO
Coordenadora: Ana Cristina Bezerril Cardoso e Sandra Helena Gurgel Dantas de Medeiros
Título: ABORDAGENS LÚDICAS E JOGOS EM SALA DE AULA DE LÍNGUA ESTRANGEIRA
RESUMO
Neste minicurso, com duração de 6h (2 x 3h), pretende-se discutir com os alunos das licenciaturas em
Letras Francês, Letras Inglês e Letras Espanhol algumas reflexões teóricas sobre a utilização de jogos e
de abordagens lúdicas em sala de aula de língua estrangeira. Para ilustrar os aportes teóricos trabalhados
serão desenvolvidas, durante o
minicurso, atividades práticas. Na primeira sessão não somente refletiremos sobre o como e o porquê da
integração de atividades lúdicas na prática pedagógica do professor de língua estrangeira como também
iremos vivenciar algumas dessas atividades. A propostapara a segunda sessão é levar os alunos do
minicurso a criar jogos e atividades lúdicas e
a compartilhar suas criações com os outros participantes através da realização dos mesmos. Com esse
minicurso desejamos promover a integração da teoria e da prática no fazer pedagógico do professor de
língua estrangeira.
Palavras-chave: Ensino de língua estrangeira; Abordagens lúdicas; Jogos.
2. MINICURSO
Coordenador: Fábio Alexandre Silva Bezerra
Título: Multiletramentos na sala de aula de línguas: integrando imagens, palavras, sons e cores
RESUMO
Na sociedade atual, a comunicação tem se tornado cada vez mais multimodal, o que faz com que professoras e professores precisem estar preparadas(os) para desenvolver a competência comunicativa multimodal das(os) alunas(os) (ROYCE, 2007; HEBERLE, 2010), preferencialmente a partir de um projeto de multiletramentos (ROJO, 2012; THE NEW LONDON GROUP, 2000[1996]), dando-se destaque para a prática situada e a aprendizagem de metalinguagem que as(os) capacitem a descrever o potencial de significados de recursos semióticos além da linguagem verbal (KRESS; VAN LEEUWEN, 2006). Nesse contexto, a crescente diversidade de gêneros textuais, recursos tecnológicos, práticas textuais, configurações textuais e experiências multiculturais que precisam fazer parte do fazer docente contemporâneo pode, muitas vezes, ser percebida como intimidadora e vir acompanhada por dúvidas sobre como explorar esses elementos de maneira teoricamente embasada e, ao mesmo tempo, prática/dinâmica em sala de aula. Ao desenvolver reflexões sobre esse desafio, este minicurso objetiva, primordialmente, propor às(aos) participantes ideias práticas de como introduzir e/ou incrementar o trabalho com multiletramentos na sala de aula de línguas em contextos variados. Palavras-chave: multiletramentos; competência comunicativa multimodal; fazer docente; sala de aula de
línguas
3. MINICURSO
Coordenadora: Carolina Gomes da Silva
Título: A prosódia em Português do Brasil e em Espanhol: contribuições para o ensino de oralidade em
espanhol como língua estrangeira
RESUMO
Este minicurso pretende apresentar os principais fenômenos prosódicos nas variedades linguísticas do espanhol e do português do Brasil, e dessa maneira, contribuir para a formação de professores de espanhol como língua estrangeira, tendo como base os estudos de Sosa (1999), Pinto (2009), Prieto e Roseano (2010), Gomes da Silva (2014). Com essa abordagem, o minicurso compreenderá: (i) as diferenças entre o componente segmental e o suprassegmental (prosódico); (ii) a caracterização dos fenômenos
suprassegmentais, mais especificamente a entoação e suas funções; (iii) a comparação entre as descrições entonacionais nas diversas variedades do espanhol (parâmetros acústicos, tipos de contornos melódicos e acentos tonais) com as descrições do português de Brasil (CUNHA, 2000; MORAES, 2008; 2011; SILVA, 2011; SILVESTRE, 2012); (iv) uma reflexão sobre o lugar da entoação nas aulas de espanhol como língua estrangeira e (v) elaboração de atividades didáticas sobre a entoação para o ensino de espanhol como língua estrangeira. Carga horária (6h)
1) Prosódia e fenômenos prosódicos 2) Prosódia e entoação em PB e em Espanhol 3) Prosódia e ensino de ELE Bibliografia AGUILAR, L. “La prosodia”. In: ALCOBA, Santiago (org.) La expresión oral. Barcelona: Ariel, 2000, pp. 89-113. AGUILAR, L. “La entonación”. In: ALCOBA, Santiago (org.) La expresión oral. Barcelona: Ariel, 2000, pp. 115-145. BOERSMA, Paul, WEENINK, David. 1993-2006. http://www.fon.hum.uva.L1/praat visited 28- Jan-07. CORTÉS, M. M. Didáctica de la prosodia del español: la acentuación y la entonación. Madrid: Edinumen,
2000. CUNHA, C. S. Entoação regional no português do Brasil. Tese de Doutorado (Língua Portuguesa). Rio de Janeiro, Faculdade de Letras, Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2000. DE SÁ, P. C. F. Análise entonacional de enunciados assertivos, continuativos e interrogativos lidos em piadas: Espanhol/LE e Espanhol/LM. Rio de Janeiro: UFRJ, Faculdade de Letras, 2008. Dissertação de
Mestrado do Programa de Letras Neolatinas. ESTEBAS VILAPLANA, E. y PRIETO NIEVES, P. La notación prosódica del español: una revisión del Sp_ToBI. In: Estudios de fonética experimental XVII. Barcelona: Laboratori de Fonética de la Universidad de Barcelona, 2008. GIL FERNÁNDEZ, J. Fonética para profesores de español: de la teoría a la Práctica. Madrid, Arco Libros, 2007. MORAES, J. A. A entoação de atos de fala diretivos no PB. In: Resumos do III Colóquio Brasileiro de Prosódia da Fala. FALE-UFMG, Belo Horizonte: Minas Gerais, 2011. PINTO, M. S. Transferências prosódicas do Português do Brasil/LM na aprendizagem do Espanhol/LE: enunciados assertivos e interrogativos totais. Rio de Janeiro: UFRJ, Faculdade de Letras, 2009. Tese de Doutorados do Programa de Letras Neolatinas. PIETRO, P. Teorías de la Entonación. Barcelona: Ariel, 2003. PIETRO, P & ROSEANO, P. (org.). Transcription of Intonation of the Spanish Language. Lincom Europa: München, 2010. _____________ (coord.). Atlas interactivo de la entonación del español. 2009‐2015. Disponible en: http://prosodia.upf.edu/atlasentonacion/ SILVA, J. C. B. Caracterização prosódica dos falares brasileiros: as orações interrogativas totais. Dissertação de mestrado em Língua Portuguesa. Rio de Janeiro, Faculdade de Letras, UFRJ, 2011. SILVESTRE, A. P. S. A entoação regional dos enunciados assertivos nos falares das capitais brasileiras. Dissertação de mestrado em Língua Portuguesa. Rio de Janeiro, Faculdade de Letras, UFRJ, 2012. SOSA, J. M. La entonación del español: su estructura fónica, variabilidad y dialectología. Madrid, Cátedra,
1999.
4. MINICURSO
Coordenador: Arilson Silva de Oliveira
Título: Hinduísmo, Animais, Mulher, Erotismo e Homossexualidade: quando em Max Weber as castas
resolvem contestar racionalmente os valores ocidentais
RESUMO
As informações modernas e recheadas de orientalismos diversos em torno de religiões indianas
(principalmente do hinduísmo), nos leva a propor o presente minicurso, tendo como objetivo uma análise
sociológica e historiográfica da indologia weberiana, assim como de suas inquietações eminentes; as quais
serão “olhadas” pelo viés de “crenças” sem crenças, transvaloração dos valores humanos (Nietzsche),
ímpares visões de mundo e impulsos de espíritos livres que, quase sempre, incomodam os valores
ocidentais. Para tanto, discutir-se-á a diferenciação nas castas e seus valores, a posição central da mulher
nos ritos e na sociedade em geral, o erotismo de Deuses e humanos e o propósito social do kamasutra, a
visão de homossexualidade no hinduísmo antigo, bem como o valor social e espiritual dos animais e do
vegetarianismo. E tudo isso numa tentativa comparativa com a herança dissimulada de tais valores no crer
e ver ocidental, tendo como base as conjecturas de Max Weber, suas premissas e seus pressupostos
teóricos. Aqui, Weber delimitará a racionalidade indiana como original, tendo como efeito social uma
diversidade de ideias permissivas e coexistentes, sejam elas eróticas, mágicas ou intelectuais. Dirá o
alemão sobre tal cultura religiosa que surgira sobre o substrato de uma poderosa tendência ao
intelectualismo. E Sua expressão “poderosa tendência ao intelectualismo” junto às suas conclusões
sociológicas, desarma muitas teorias e abre um leque de discursões maior do que provocara o movimento
romântico, Schopenhauer e Nietzsche sobre a cultura da Índia antiga, uma vez que a tolerância religiosa e
filosófica, bem como a posição da mulher e dos animais foi, em todo caso: “infinitamente maior que em
qualquer parte do Ocidente antes da Idade contemporânea”; e como em nenhum outro lugar ou cultura,
complementará Weber em seus Ensaios Sobre Sociologia da Religião, tomo II. E suas ideias cognitivas
ainda se abrem para planar mais uma vez na Índia quando aponta que tal tolerância religiosa e social ali
presente nada deve ou se assemelha ao que é especificamente moderno ou ocidental, ao ponto que na
Índia “reinou por longos períodos com uma abrangência tal [...] que jamais se viu em parte alguma do mundo
nos séculos XVI e XVII, e muito menos nas regiões onde o puritanismo era dominante”. O que caracteriza
o Ocidente moderno, conclui, “é precisamente a intolerância religiosa”, uma vez que “a tolerância como tal
com certeza não tem nada a ver com o capitalismo”.
Conteúdo Programático:
Unidade I (primeiro dia) – A divisão tradicional das castas indianas, seu legado religioso e a posição dos
animais no hinduísmo
a) As castas no hinduísmo
b) A posição social dos animais e os porquês da vaca sagrada.
Unidade II (segundo dia) – A peculiaridade da posição religiosa e social da mulher e o propósito do erotismo
e seus efeitos sociais.
a) A singularidade da mulher
b) Erotismo, Homossexualidade e Kamasutra
Metodologia:
Apresentação descritiva, comentada e comparada
Bibliografia:
COOMARASWAMY, Ananda K. Mitos Hindus e Budistas. São Paulo: Landy Editora, 2002.
DAS, Veena. Structure and Cognition: aspects of hindu caste and ritual. Delhi: Oxford University Press,
1982.
DHARMASUTRA. Translated from the Original Sanskrit and Edited by Patrick Olivelle. New York: Oxford
University Press, 1999.
DONIGER, Wendy. Kamasutra. Oxford World's Classics. Oxford: Oxford University Press, 2002.
DUMONT, Louis. Homo Hierarchicus. São Paulo: EDUSP, 1997.
ELIADE, Mircea. Imagens e Símbolos. São Paulo: Martins Fontes, 1991.
FELIPE, Sônia Ética e Experimentação Animal. Florianópolis: UFSC, 2007.
FEUERSTEIN, Georg, KAK, Subhash & FRAWLEY, David. Search of the Cradle of Civilization. Delhi: Motilal
Banarsidass, 2005.
FONSECA, Carlos Alberto da. A Mulher na Índia Antiga: quando se apaga a brasa do incenso. Revista
Bharata, Cadernos de Cultura Indiana, v. 1, São Paulo: USP, p. 57-69, 1987.
JAMISON, S. W. Sacrificed Wife / Sacrificer’s Wife. Oxford: OUP, 1996.
MANU-SMRTI. Versión Castellana de V. García Calderón. Manava-Dharma-Sastra. Paris: Casa Editorial
Garnier Hermanos, 1924.
O’FLAHERTY, Wend D. The Rig Veda. London: Penguin Books, 2004.
OLIVEIRA, Arilson. Max Weber e a Índia. São Paulo: Blucher, 2009.
OLIVEIRA, Gisele Pereira de. As Faces da Devī: a mulher na Índia antiga em sacrifício, ritos de passagem
e ordem social na literatura sânscrita. Orientação de Adone Agnolin. Dissertação de Mestrado em
História Social, USP, São Paulo, 2010.
SMITH, Huston. Religiões do Mundo: nossas grandes tradições de sabedoria. São Paulo: Cultrix, 1997.
WEBER, Max. The Religion of India. New York: Glencoe, 1958.
WOLPERT, Stanley (1982). A New History of India. NY: OUP.
5. MINICURSO
Coordenadora: Fabíola Nóbrega Silva
Título: SINTAXE DA ENUNCIAÇÃO: DIÁLOGOS COM BAKHTIN
RESUMO
O minicurso aqui proposto busca discutir a transitividade verbal, apresentando o conceito de aglutinação
sintático-semântico-discursiva que diz respeito à junção do complemento no verbo visto pela Gramática
Tradicional (GT) como intransitivo sem haver a ocupação material do lugar de objeto, conforme pontuou
Nóbrega (2015). No entanto, algumas vezes, estes verbos podem ser usados com o complemento
materializado no plano da sintaxe, havendo a desaglutinação sintático-semântico-discursiva. Para tanto,
recorremos ao construto teórico defendido por Bakhtin/Voloshinov (1981, 1926), Bakhtin (2003), além de
pesquisadores do pensamento linguístico do Círculo de Bakhtin, aludindo à linguagem na perspectiva
dialógica. Portanto, o objeto direto é discutido à luz da enunciação. O corpus a ser analisado é composto
por oito reportagens impressas da Revista Veja, publicadas no período de 2012 a 2013 e pesquisadas no
site <http://veja.abril.com.br/acervodigital>. Desta feita, mostraremos que o verbo definido como intransitivo
pela GT é um caso de aglutinação sintático-semântico-discursiva. Assim, há nele a junção do complemento,
não tendo a ocupação do objeto no plano da sintaxe. E o Objeto Direto Interno é um caso de desaglutinação
sintático-semântico-discursiva, isto é, o objeto vem materializado no plano da sintaxe. No nosso ponto de
vista, este fenômeno ocorre por questões enunciativas, sendo percebido nas reportagens impressas
analisadas. Nosso desejo é apresentar, seguindo outra perspectiva teórica, questões que não são
contempladas pela GT sobre o complemento verbal, já que seu foco é a estrutura linguística.
PALAVRAS-CHAVE: Enunciação. Gênero discursivo reportagem. Transitividade verbal.
6. MINICURSO
Título: PONTO DE VISTA E ADAPTAÇÃO FÍLMICA: ELEMENTOS PARA UMA ANÁLISE
Coordenador: Philio Generino Terzakis
RESUMO
Com duração de seis horas-aula, este minicurso tem como objetivo apresentar e discutir a construção da
categoria narrativa do ponto de vista (também conhecido como foco narrativo, perspectiva narrativa) em
adaptações fílmicas de obras literárias. O minicurso será dividido em três partes principais: 1) conceitos
básicos; 2) elementos para uma análise do ponto de vista fílmico; e 3) um exemplo de análise de perspectiva
narrativa em uma adaptação fílmica. Este curso interessa mais especificamente aos estudantes voltados
para o estudo do cinema, mas também a todos aqueles desejosos de se aprofundar nos estudos de
narrativa, tanto na literatura quanto no cinema e em outros meios audiovisuais.
7. MINICURSO
Coordenadores: GIOVANNI DA SILVA DE QUEIROZ / SAULO DE TASSO RUSSO BARRETO
Título: HEGEL E BENJAMIN: articulações possíveis
RESUMO
O minicurso pretende articular alguns conceitos de Hegel e alguns de Walter Benjamin. Sabe-se que
Benjamin era assíduo leitor de Hegel e tinha uma interpretação própria acerca de noções centrais da
filosofia hegeliana. A proposta é, então, pensar essas interpretações e suas várias articulações, em
particular, nos seguintes objetos de estudo: arte, história e dialética.
1. Arte: fim da arte (finalidade?) e vanguardas. O caso do Romantismo Alemão;
2. História: história em retrospecção versus história a contrapelo;
3. Dialética: método e paralisação.
Palavras-chave: Benjamin. Hegel. Arte. História. Dialética.
Bibliografia Básica
BECKENKAMP, J. Entre Kant e Hegel. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2004.
BENJAMIN, W. A obra de arte na época da reprodutibilidade técnica. Trad. Gabriel Valladão Silva.
Porto Alegre: L&PM, 2013.
BENJAMIN, W. Magia e Técnica, Arte e Política. 8.ed. Trad. Sérgio Paulo Rouanet. São Paulo:
Brasiliense, 2002. (Obras Escolhidas I)
BENJAMIN, W. O conceito de Crítica de Arte no Romantismo Alemão. Trad. Márcio Seligmann-Silva.
São Paulo: Iluminuras, 1999.
BENJAMIN, W. Origem do drama trágico alemão. Trad. João Barrento. Belo Horizonte: Autêntica, 2011.
HEGEL, G.W.F. Ciência da Lógica. Trad. Paulo Menezes. Rio de Janeiro: Vozes, 2005.
HEGEL, G.W.F. Filosofia da História. Trad. Maria Rodrigues e Hans Harden. 2.ed. Brasília: EdUnB,
2008.
HEGEL, G.W.F. O Belo na Arte. Trad. Orlando Vitorino e Álvaro Ribeiro. São Paulo: Martins Fontes,
1996.
8. MINICURSO
Coordenadores: Sebastiana Inácio Lima/Mestranda e Prof. Dr. Anderson D’Arc Ferreira/UFPB
Título: INTRODUÇÃO À LÓGICA DA AÇÃO HUMANA: Breve incursão ao tratados dos vícios e das
virtudes
RESUMO
O presente mini curso, Introdução à Lógica da Ação Humana: Breve incursão ao tratado dos vícios e das
virtudes em Tomás de Aquino é baseado na pesquisa do projeto: O Modelo Teleológico de Tomás de
Aquino: um estudo da lógica da ação humana. Dividido em duas partes: Introdução ao Pensamento de
Tomás de Aquino e a Lógica da Ação Humana; Vício e Virtude na Suma Teológica: aspectos introdutórios:
e algumas considerações. O principal objetivo é introduzir-se ao pensamento de Tomás de Aquino partindo
da compreensão da lógica da ação humana, em seguida, compreender um pouco sobre o tratado dos vícios
e das virtudes. Utilizaremos basicamente como fonte de pesquisa texto original, além de alguns
comentadores, o texto a ser trabalhado é basicamente alguns recortes da pesquisa em andamento sob a
orientação do Prof. Dr. Anderson D’Arc. Os problemas relativos à ação humana, sempre se constituíram de
um campo investigativo significativo da Filosofia. Desde a implantação, por Sócrates, do princípio délfico
do ‘conhece-te a ti mesmo’ também, frente às preocupações cristãs. Desde a época patrística a exposição
da doutrina revelada apresentava-se em duas vertentes: uma dogmática e outra prática, preocupada em
expor a ordem dos atos humanos, a vida moral. Desde os primórdios do cristianismo que há uma busca
pela compreensão da relação entre as coisas da fé e os costumes oriundos dos hábitos humanos. A busca
equilibrada entre dogmático e moral, o especulativo e o prático, levaram a grandes tratados morais que
visavam investigar a lógica da ação humana. Palavras chave: Ação Humana. Vício. Virtude.
9. MINICURSO
Coordenadora: Solange P. Rocha (DH/PPGH e NEABI/CCHLA-UFPB)
Título: A PARAIBA EM CONEXÃO COM O MUNDO ATLÂNTICO: Pesquisa e Educação
RESUMO
Este minicurso tem como proposta apresentar e debater os conteúdos do quinto volume dos Cadernos
Afro-paraibanos, material paradidático produzido pelo NEABI-UFPB, com o objetivo de subsidiar a Lei
10.639/03 (História da África e a Cultura Afro-brasileira), que modificou o Artigo 26 da Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional, e tem orientado para a produção e divulgação de estudos que valorizem a
matriz africana no Brasil. Nesse sentido, destacaremos os conteúdos dos Cadernos Afro-paraibanos que
abrangem temas da história e da cultura da população negra e suas relações com distintos sujeitos sociais
no contexto da diáspora africana na Paraíba. Além disso, será um espaço para discutirmos as fontes,
teorias, abordagens interdisciplinares e as potencialidades didáticas do referido livro, buscando, assim,
colaborar na formação inicial de estudantes de cursos de Licenciaturas, com a finalidade de proporcionar
uma significativa aprendizagem para os futuros profissionais que atuarão na educação básica. OBJETIVOS
Geral: Apresentar e divulgar conteúdos sobre história e cultura de população em diáspora africana na
Paraíba, assim como debater a pesquisa e a educação acerca da temática racial. Específicos Apresentar
os Cadernos Afro-paraibanos para comunidade acadêmica do CCHLA; Destacar os conteúdos e as
potencialidades para a utilização do Volume 5 dos Cadernos Afro-paraibanos nas práticas pedagógicas no
espaço escolar e no desenvolvimento de novas pesquisas; Colaborar na formação inicial de
graduandos(as), desenvolvendo habilidades e atitudes que viabilizarem a implementação da Lei 10.639/03
com qualidade na Educação Básica. METODOLOGIA Exposição com participação dos(as) Cursistas.
Apresentação da elaboração dos os Cadernos Afro-paraibanos; indicar os conteúdos dos 4 cadernos e as
possibilidades de uso em sala de aula, para subsidiar as aulas sobre a temática étnico-racial. O curso será
dividido em quatro encontros, totalizando 8 horas: Conteúdos 1º Dia: NEABI-UFB, PROAFRO e projeto
para elaboração dos Cadernos Afroparaibanos. Abordagem Interdisciplinar. 2º Dia: Mundo Atlântico:
movimentos sociais, econômicos e culturais no Nordeste do Brasil 3º Dia: Pesquisa e Educação: a temática
racial com base nos Cadernos Afro-paraibanos 4º Dia: Sugestões de como utilizar o material paradidático
os Cadernos Afroparaibanos no espaço da sala de aula. Recursos Data Show e notebook. Volume 5 dos
Cadernos Afro-paraibanos REFERÊNCIAS AIRES, José Luciano de Q. et al. Diversidades Étnico-raciais e
Interdisciplinaridade: diálogos com as Leis 10.639/03 e 11.645/08. Campina Grande: EDUFCG, 2013.
ALVES, Márcia Albuquerque. Uma década da Lei 10.639/2003 nos cursos de História das instituições
públicas de Ensino Superior na Paraíba: formação, pesquisa e ensino. 185 p. 2016. Dissertação (Mestrado
em História). CCHLA/UFPB, 2016. BRASIL, MEC. Plano Nacional de Implementação das Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-raciais e para o Ensino de História e Cultura
Afro-brasileira e Africana. Brasília: Ministério de Educação, 2009. CHALHOUB, Sidney. A força da
escravidão: ilegalidade e costume no Brasil oitocentista. São Paulo: Companhia das Letras, 2012 GILROY,
Paul. O Atlântico Negro: modernidade e dupla consciência. Rio de Janeiro: Editora 34; UCAM, 2001.
GUIMARÃES, Matheus S. Diáspora africana na Paraíba do Norte: trabalho, tráfico e sociabilidades na
primeira metade do século XIX. Dissertação (Mestrado em História). Universidade Federal da Paraíba. João
Pessoa, 2015. LIMA, Luciano Mendonça de. Uma porta estreita para a liberdade: as ações cíveis e alguns
aspectos do cotidiano escravo em Campina Grande do século XIX. In: DO Ó, Alarcon Agra et alii. A Paraíba
no Império e na República: estudos de história social e cultural. João Pessoa: Idéia, 2003. p. 47-78. LIMA,
Maria da Vitória B. Liberdade interditada, liberdade reavida: escravos e libertos na Paraíba escravista
(século XIX). Brasília: Fundação Palmares, 2013. PAZ TELLA, Marco REIS, João José; GOMES, Flávio
dos Santos; CARVALHO, Marcus J. M. de. O Alufá Rufino: tráfico, escravidão e liberdade no Atlântico negro
(c.1822 – c. 1853). São Paulo: Companhia das Letras, 2010, ____________; SILVA, Eduardo. Negociação
e Conflito. A resistência negra no Brasil escravista. São Paulo: Companhia das Letras, 1989. REIS, José
Carlos. As identidades do Brasil: de Varnhagen a FHC. Rio de Janeiro: FGV, 1999. ROCHA, Solange
Pereira da. Gente negra na Paraíba Oitocentista: população, família e parentesco espiritual. São Paulo:
Unesp, 2009. __________________. A lei 10.639/03 na primeira década: reflexões, avanços e
perspectivas. In: AIRES, José Luciano de Q. et al. Diversidades Étnico-raciais e Interdisciplinaridade:
diálogos com as Leis 10.639/03 e 11.645/08. Campina Grande: EDUFCG, 2013, p. 299-341. TELLA, Marco
Aurélio Paz (Org.). Cadernos afro-paraibanos, V. III - Quilombos na Paraíba. Cadernos Imbondeiro, João
Pessoa, PPGL/UFPB, on line, 2015. ______________________. Cadernos afro-paraibanos, vol. IV -
Educação, literatura infanto-juvenil e relações étnico-raciais. Cadernos Imbondeiro. João Pessoa,
PPGL/UFPB, on line, 2015. ______________________. Educação, Ações Afirmativas e Relações Étnico-
Raciais Cadernos afro-paraibanos. Vol. 1. João Pessoa: Mídia, 2012. __________________. Direitos
Humanos, População Afro-Paraibana e Mulheres Negras. Cadernos afro-paraibanos. Vol. 2. João Pessoa:
NEABI/UFPB, 2012.
10. MINICURSO
Coordenador: Prof. Amador Ribeiro Neto (DLCV)
Título: Pé dentro, pé fora: a poesia brasileira hoje (10h)
RESUMO
O minicurso, com duração de 10 horas, busca comentar a produção de poesia brasileira nos últimos anos,
oferecendo uma alternativa a mais para o estudo da literatura brasileira dentro da universidade. Desta
forma, visa mapear diferentes modos do fazer poético, bem como criticá-la a partir de um repertório que
valoriza, antes de mais nada, a pertinência do poema à sua própria confecção. Ou, segundo Antonio
Candido, viabilizar, concretamente, de que modo o “externo” ao poema (o social,por exemplo) converte-se
em seu “interno” (a estrutura) firmando, assim, o valor poético e ratificando a existência da poesia dentro
do poema. Poetas publicados por grandes ou pequenas editoras, poetas cuja produção é impressa ou
virtual, poetas premiados nacionalmente ou desconhecidos, poetas cujos livros “viraram tese acadêmica”
ou simplesmente tornaram-se “papel de embrulhar peixe”, serão comentados, lidos, discutidos, debatidos.
O que se busca é construir, com os participantes do minicurso, um panorama da força e debilidade da
poesia brasileira de nossos dias.
12. MINICURSO
Coordenadores: Hermano de França Rodrigues
Juliana Andréa Cirino da Silva
Título: A COMPLEXIDADE DO MAL: INVEJA, ARTE E PSICANÁLISE
RESUMO
Conquanto rechaçada e mal compreendida ao longo dos séculos, a inveja goza de uma importância ímpar
na constituição de nossa subjetividade, ou melhor, apresenta-se como elemento fulcral no desenvolvimento
psíquico do homem. No decorrer das estações históricas, foram-lhe atribuídas máscaras grotescas e
horrendas, capazes de macular, deturpar e, por vezes, esfacelar a própria sanidade de seus portadores. É
óbvio que, em termos culturais, tal afeto se dilui em conceitos negativos, devido à forte influência dos
directivos religiosos, os quais lhe atribuíram um lugar entre os sete pecados capitais. Não à toa, o sujeito
invejoso se reduz a um ser mesquinho e insano, inábil em controlar seus impulsos destrutivos frente à
percepção de que o objeto amado/odiado lhe escapa. A arte, em seus múltiplos itinerários estéticos,
resguarda um copioso repertório de representações sobre o monstro de olhos verdes, descortinando-o em
suas falhas, ambivalência e agressividade. Eis, portanto, o objetivo de nosso minicurso: analisar, com base
nos estudos psicanalíticos, em narrativas diversas (literárias, cinematográficas, musicais etc), a arquitetura
da inveja, de modo a decifrar os enigmas que a tornam, ao mesmo tempo, tão mortífera e sedutora.
Palavras-chave: Inveja – Psicanálise – Condição Humana
13. MINICURSO
Ministrante: Professora Dra. Maria de Fátima Marreiro de Sousa
Título: INTEGRAÇÃO LATINO-AMERICANA E GOLPES DE ESTADO NO SÉCULO XXI
Carga Horária: 08 hs
RESMO
Na América Latina, a partir da segunda metade do século passado, os regimes ditatoriais passaram a ser suplantados por um processo de redemocratização e, com ele, o florescimento de governos progressistas, o que permitiu avanços sociais importantes. Entre esses avanços, destaca-se a formação de blocos integracionistas que visam promover a unidade de países do continente, sob uma perspectiva autonomista, em contraposição às organizações tradicionais de caráter neoliberal colonizadoras. Porém, a partir da primeira década do novo século XXI, a região latino-americana tem apresentado um cenário político conturbado, com a retomada das forças conservadoras e de direita, na luta para restabelecer sua hegemonia. Essa reação tem se expressado através de golpes de Estado, para interromper o ciclo das democracias participativas e, particularmente, desestabilizar organizações integracionistas como é o caso do MERCOSUL , UNASUL e da associação inter-regional BRICS. No geral, esses golpes apresentam-se sob a liderança do Parlamento, com apoio da mídia tradicional e de parte do poder Judiciário, impondo graves conseqüências contra o Estado democrático de direito, levando à subversão da segurança jurídica. O sistema político debilita-se, as
instituições caem no descrédito. Assim, o propósito do Minicurso é expor e debater sobre o significado dessa nova onda de golpes em vários países latino-americanos, enquanto uma ação combinada internacionalmente para quebrar o desenvolvimento emancipacionista da América Latina.
Palavras-chave : América Latina . Integração latino-americana. Golpe de Estado
14. MINICURSO
Ministrante: Teresa Cristina Furtado Matos / Prof. Dra do PPGS
Serge Katembera Rhukuzage / Doutorando no PPGS
Titulo: Internet, Blogging e empoderamento
RESUMO
O minicurso Internet, Blogging e empoderamento tem a sua origem num projeto de pesquisa de mestrado
que envolveu uma plataforma de blogueiros africanos e europeus promovida por um canal de rádio francesa
(Radio France Internationale). O projeto consiste na transmissão de técnicas de redação online, no
aprimoramento das técnicas de edição de textos para publicação em blogs, na promoção da cultura digital
e no uso das novas mídias mediante as Novas Tecnologias de Informação. O minicurso, ministrado em
forma de ateliê participativo, oferecerá competências digitais aos alunos que serão capazes de dominar a
utilização das plataformas de blogging como Wordpress, bem como plataformas de micro-blogging como
Twitter, sendo esses conhecimentos úteis para diversas finalidades: educação e promoção online de
projetos educacionais, notícias, militância, ativismo e publicação de conteúdos multimídias de qualidade.
Ademais, os alunos poderão adquirir conhecimentos práticos do jornalismo digital de modo que serão aptos
a oferecerem conteúdos de qualidade a diversos meios de comunicação digital. O conteúdo programático
do minicurso não se dirige apenas à comunidade acadêmica, podendo ele ser útil para comunidades que
precisem se apoderar dos meios de comunicação e de um lugar democrático de fala. A internet oferece
justamente esse espaço: uma esfera pública digital onde todos possuem as capacidades cognitivas e
técnicas, intentando a expressão de suas opiniões. Será dada uma ênfase particular às técnicas de escrita
na internet, mais conhecidas como escrita Google friendly, isto é, uma escrita adaptada e respeitando as
regras de otimização e “referênciamento” SEO dos motores de pesquisas na internet, escolha de imagens
e fotos livres de direitos autorais (Creative Commons), inserção de vídeos, links e tweets no artigo a ser
publicado no blog e, por fim, as recomendações relativas ao branding ou gestão de imagem (e-reputação e
identidade virtual). O minicurso será ministrado pelo aluno de doutorado Serge Katembera supervisionado
pela professora Cristina Matos do departamento de Ciências Sociais, num período de 6 horas (manhã e
tarde), numa sala multimídia, de preferência, o laboratório de Ciências Sociais onde o público terá acesso
a computadores e internet podendo, portanto, praticar e ser acompanhado in situ pelo professor.
Palavras-chave: Novas mídias, Blogging, empoderamento, capacitação
15. MINICURSO
Ministrante: Edileide Godoi
Título: Leitura de textos midiáticos à luz da Análise do Discurso
RESUMO
Levando em conta que a produção de textos ancora-se em uma estrutura (verbal/não-verbal) e em
condições especificas de produção, inseridos em um momento histórico social, o minicurso Leitura de textos
midiáticos à luz da Análise do Discurso tem como objetivo realizar análises e debates de textos que circulam
nos meios de comunicação, a partir do escopo teórico da Análise do Discurso, praticada no Brasil. A escolha
teórica se justifica devido esse campo de conhecimento propor categorias analíticas essências para o
desenvolvimento da leitura de enunciados enquanto estrutura e acontecimento, a saber: discurso,
enunciado, sujeito, memória, interdiscurso, intradiscurso, formação discursiva. Para Gregolin (2006) toda a
estrutura do enunciado se inscreve em um contexto de atualidade e no espaço de memória que ele convoca,
portanto, propor a construção de sentidos no âmbito da AD significa descrever (estruturas) e interpretar
acontecimentos cuja materialidade funde linguagem e história.
Palavras-chave: Texto, Discurso, Análise do discurso, Leitura.
16. MINICURSO
Ministrante: Arturo Golveia
Título: “Literatura e terror militar pós-64”
RESUMO
Como resistência à ditadura militar implantada no Brasil em 1964, vários escritores publicaram obras
tematizando o próprio Estado de exceção. Apresenta-se aqui a proposta de leitura do romance Quarup, de
Antônio Callado, e outras narrativas de mesma linha temática, como Zero, de Loyola Brandão, e contos de
Caio Fernando Abreu. O objetivo é avaliar as propostas de inovação de tais obras, bem como sua
capacidade de transcendência aos dias atuais, de constantes ameaças à democracia e ao Estado de direito.
17. MINICURSO
Ministrante: Alberto Ricardo Pessoa
Título: Oficina de Pintura WOW!
RESUMO
A proposta do mini curso oficina de pintura WOW! é estudar um processo de finalização de ilustração de
maneira dinâmica e de alto impacto visual. A técnica consiste em utilizar o material guache e aplicar uma
combinação de técnicas oriundas da tinta acrílica, aquarela e óleo, com as características da secagem e
opacidade do guache, o que resulta numa ilustração versátil e contemporânea. A oficina abrange conceitos
de teoria cromática, valor tonal, contraste entre figura, fundo, luz e sombra. Com base nos conceitos de
Davi Calil, Weberson Santiago e Maurício Takiguthi, iremos apresentar uma oficina que busca proporcionar
ao indivíduo a criação, produção e reflexão de uma ilustração que se apresente enquanto mídia e que reflita
um aspecto do imaginário inserido no cotidiano da sociedade. A oficina é indicada para quem deseja
trabalhar com ilustrações manuais e para quem deseja dar aparência de pintura tradicional em trabalhos
digitais. A oficina possui a carga horária de 6h, divididos em dois encontros de 3hs.
Conteúdo programático
Aula 01 - Teoria Cromática, valor tonal. contraste entre figura e fundo, luz e sombra.
Aula 02 - Criação da ilustração, exposição e reflexão acerca dos trabalhos.
Material Solicitado para o aluno
- Tinta Guache ou Acrílica (branco, preto, azul, amarelo e vermelho)
- Papel 180 gramas
- Pincéis
- Lápis
- Borracha
- Godê
Oficina com capacidade máxima - 15 alunos
Solicitação: Sala com mesas e cadeiras
18. MINICURSO
Ministrante: Aldenor Rodrigues
Daniella de Melo Vanderlei Ferreira (mestranda/PROLING)
Título: A Política e o Planejamento Linguístico na Universidade: entrelaçando Teoria, Pesquisa e
Extensão
RESUMO As pesquisas em Política e Planejamento Linguístico vêm recebendo cada vez mais destaque no Brasil nos
últimos anos (DIONÍSIO, 2014; RIBEIRO DA SILVA, 2013). As discussões desenvolvidas no Núcleo de
Estudos em Política e Educação Linguística (NEPEL), em parceria com o Setor de Estudos e Assessoria a
Movimentos Populares (SEAMPO), ambos do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA) da
Universidade Federal da Paraíba (UFPB), permitiram alinhar nossas reflexões teóricas pessoais e temas
de pesquisa que desenvolvemos na área, objetivando desenvolver projetos de extensão. Através de nossas
investigações, a saber, o Planejamento de Aquisição da língua tupi pelo povo Potiguara da Paraíba, e as
crenças dos alunos paraibanos sobre o espanhol e o Planejamento de Aquisição deste idioma (COOPER,
1989), iremos discutir sobre o fato de não sermos um país monolíngue (MAHER, 2010), por isso a
importância do processo de revitalização de línguas minoritárias (MAY, 2012), bem como sobre a relevância
de que se utilizem meios para criar ou aumentar as oportunidades e incentivos para aprender uma língua
estrangeira (COOPER, 1989). Objetivamos, portanto, apresentar a perspectiva teórica do Planejamento
Linguístico, entendido como “esforços deliberados para influenciar o comportamento de outros em relação
à aquisição, estrutura ou alocação funcional de seus códigos linguísticos” (COOPER, 1989, p. 45), cientes
de que a mudança social, decorrente do conjunto de ações sobre a linguagem, alinha-se à visão de
“influenciar o comportamento de outros”. O minicurso torna-se relevante ao possibilitar discussões sobre
esta área de conhecimento, contribuindo para a disseminação das ideias de Políticas e Planejamento
Linguístico de maneira a provocar uma ampliação do campo dentro da UFPB, fomentando parcerias e
diálogos com outras áreas de conhecimento que possuam objetivos comuns. A metodologia está voltada
para apresentações expositivas, com o auxílio de recursos audiovisuais, a exemplo do datashow.
Intencionamos proporcionar aos ouvintes subsídios para o estabelecimento de pontes entre a teoria, a
pesquisa e a extensão.
Palavras-chave: política e planejamento linguístico; língua tupi; estágio supervisionado;
19. MINICURSO
Ministrante: Margarete Von Muhler Poll
Título: Aspectos da regência verbo-nominal
RESUMO
Neste minicurso, abordar-se-ão dois aspectos que envolvem a regência verbo-nominal: o emprego do sinal
indicativo da crase e a colocação da preposição em orações subordinadas adjetivas. Objetiva-se levar o
aluno a usar adequadamente o sinal indicativo da crase e a preposição em orações subordinadas adjetivas,
diante do pronome relativo, portanto, quando a regência a fizer necessária. O curso terá oito horas de
duração.
20. MINICURSO
Ministrante: Socorro Cláudia Tavares/ Cyntia Israelly
Título: “QUAL É O TERMO ADEQUADO?”: UM OLHAR SOBRE A LINGUAGEM POLITICAMENTE
CORRETA
RESUMO
A linguagem politicamente correta está cada vez mais presente em nossa sociedade, apresentando um
caráter ativista relacionado aos movimentos sociais (negros, LGBT, dentre outros); por outro lado, também
tem sido objeto de pesquisa de diferentes trabalhos acadêmicos (SANTOS, 2015; BENTO, 2008;
RAJAGOPALAN, 2000). Fomentando as reflexões em torno dessa temática, este minicurso tem como
objetivo geral discutir a linguagem politicamente correta a partir da ótica da Política Linguística. Utilizando
a noção teórica de Spolsky (2004, 2009, 2012), que compreende a política linguística a partir das dimensões
das crenças e das ideologias, da gestão das línguas e variedades e das práticas, analisaremos diferentes
textos (Cartilha do Politicamente Correto & Direitos Humanos, Manual para Uso não Sexista da Linguagem,
dentre outros) que enfocam esse tipo de linguagem. Para atingirmos o objetivo deste minicurso, o dividimos
em três momentos: primeiro, introdução à noção de política linguística; segundo, apresentação do histórico
do Movimento Politicamente Correto e dos pontos e contrapontos da linguagem politicamente correta; e
terceiro, análise de discursos. Faremos exposição dialogada do conteúdo complementado com resolução
de atividades. A partir deste minicurso, esperamos contribuir para um olhar mais crítico dos discursos que
circulam em nossa sociedade, bem como esperamos fomentar a área de Política Linguística em nossa
universidade. Destacamos que as discussões em torno das políticas linguísticas têm sido desenvolvidas no
âmbito da linha de Linguística Aplicada do Programa de Pós-Graduação em Linguística (Proling) e do
Núcleo de Estudos em Política e Educação Linguística (NEPEL) do Centro de Ciências Humanas, Letras e
Artes (CCHLA) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB).
21. MINICURSO
Ministrante: Maria de Fatima Almeida/ Raniere Marques de Melo
Título: BAKHTIN E O CÍRCULO VÃO À ESCOLA: LEITURAS DIALÓGICAS DE GÊNEROS
DISCURSIVOS NA EDUCAÇÃO BÁSICA
RESUMO
Após a década de noventa, vimos o aumento significativo das pesquisas em torno dos gêneros do discurso.
Assim, o estudo dos gêneros, de um modo geral, tem impulsionado mudanças nos referenciais curriculares
brasileiros para a Educação Básica (Parâmetros Curriculares Nacionais, Parâmetros Curriculares Nacionais
para o Ensino Médio, Orientações Curriculares do Ensino Médio, Base Nacional Comum Curricular, dentre
outros), propondo os gêneros de discurso como um dos objetos do ensino de língua materna. No Brasil e
em outros países, as concepções bakhtinianas têm sido retomadas e citadas, muitas vezes, com efeitos de
interpretação e apropriação diversos. Neste minicurso temos como objetivo discutir algumas questões
teóricas e metodológicas na análise dos gêneros discursivos, ensino de língua e sua relação com outros
conceitos centrais da Análise Dialógica do Discurso, tais como: enunciado, texto, discurso e língua.
Partimos dos seguintes questionamentos: Qual(is) a(s) concepção(ões) de gênero(s) presente(s) em
materiais didáticos trabalhados em sala de aula como livros didáticos? Em que medida os estudos de
Bakhtin e do Círculo sobre gênero do discurso contribuem para as práticas didáticas escolares? Como
otimizar o ensino de língua materna a partir da concepção dialógica dos gêneros? Profissionais de Letras,
Pedagogia e Comunicação Social se constituem público-alvo do minicurso.
22. MINICURSO
Ministrante: Elisabete Vitorino Vieira/ Ana Paula Rocha
Título: É preciso estar atento e forte”: Ética no exercício profissional e as aproximações com o Projeto
Ético-Político Profissional.
RESUMO
O objetivo do minicurso é possibilitar aos participantes a apropriação do instrumento processual ético em vigor, de forma que possam utilizá-lo nas situações em que seja constatada a violação dos princípios e normas éticas profissionais, para recomposição de direitos. A perspectiva é fertilizar ao máximo as
potencialidades do Código de Ética, enquanto um documento estratégico que possibilita explicar as várias dimensões do Projeto Ético-Político Profissional. Nossos pressupostos teórico-metodológicos fundamentais inscrevem-se em uma perspectiva ética racionalista, crítica e histórica, orientada pela teoria social de Marx pela tradição a ele vinculada, especialmente a ontologia social. O minicurso propiciará aos participantes a simulação de um processo ético, na qual serão vivenciadas todas as fases processuais, inclusive instrução e julgamento de uma ação ética, capacitando os agentes multiplicadores para a compreensão e operacionalização das normas processuais. Nesse sentido, os participantes devem ser estudantes da graduação em Serviço Social que já tenham cursado a disciplina de Ética, estudantes de pós-graduação em Serviço Social e profissionais do Serviço Social.
PALAVRAS-CHAVE: Serviço Social. Ética. Exercício Profissional.