Mineralogia

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ – Campus FAFIUV Disciplina: Mineralogia Prof.ª: Maricler Wollinger Kovalczuk Acadêmicos: Gustavo Kotarski e Vitor Sena Kosera Com base no texto “Riscos e vulnerabilidade socioambiental urbana: uma perspectiva a partir dos recursos hídricos.” discorra sobre o assunto relacionando o tema com a realidade socioambiental da sua cidade: Primeiramente, deve-se salientar que é praticamente impossível dissociar a imagem do rio Iguaçu das Cidades Gêmeas (União da Vitória e Porto União) em decorrência de todo o contexto histórico que existe em torno dessa temática. Tendo em vista que como povoado, a cidade (Porto União) começou em 1842 com a descoberta do Vau, lugar no rio de baixa profundidade que facilitou as passagens das tropas que vinham dos campos de Palmas. Esse lugar em era também o ponto de embarque e desembarque para quem se valia do Iguaçu como meio de transporte. Daí o primeiro nome: Porto da União. A pequena vila cresceu e em 1855 teve seu nome mudado para Porto União da Vitória. E em 1880 chega de Palmas para se estabelecer no comércio, com a compra e venda de sal, o Coronel Amazonas Marcondes. Logo no ano seguinte teve início a navegação a vapor no Rio Iguaçu transportando passageiros e mercadorias. O grande rio sempre esteve ligado à vida e a história da cidade, desde suas origens, acariciando ou castigando-a, às vezes. No início do século XX, chegam os libaneses. A cidade desenvolveu-se e em 1901, é criado o município de União da Vitória. Ao longo dos anos as cidades foram se desenvolvendo próximo à beira do rio, tal crescimento trouxe algumas consequências que são citadas no artigo e fazem parte da realidade atual dos cidadãos que habitam a cidade. São elas: a) Riscos naturais, representados pelas inundações

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Trabalho sobre Mineralogia.

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ – Campus FAFIUV

Disciplina: Mineralogia

Prof.ª: Maricler Wollinger Kovalczuk

Acadêmicos: Gustavo Kotarski e Vitor Sena Kosera

Com base no texto “Riscos e vulnerabilidade socioambiental urbana: uma perspectiva a partir dos recursos hídricos.” discorra sobre o assunto relacionando o tema com a realidade socioambiental da sua cidade:

Primeiramente, deve-se salientar que é praticamente impossível dissociar a imagem do rio Iguaçu das Cidades Gêmeas (União da Vitória e Porto União) em decorrência de todo o contexto histórico que existe em torno dessa temática. Tendo em vista que como povoado, a cidade (Porto União) começou em 1842 com a descoberta do Vau, lugar no rio de baixa profundidade que facilitou as passagens das tropas que vinham dos campos de Palmas. Esse lugar em era também o ponto de embarque e desembarque para quem se valia do Iguaçu como meio de transporte. Daí o primeiro nome: Porto da União.

A pequena vila cresceu e em 1855 teve seu nome mudado para Porto União da Vitória. E em 1880 chega de Palmas para se estabelecer no comércio, com a compra e venda de sal, o Coronel Amazonas Marcondes. Logo no ano seguinte teve início a navegação a vapor no Rio Iguaçu transportando passageiros e mercadorias. O grande rio sempre esteve ligado à vida e a história da cidade, desde suas origens, acariciando ou castigando-a, às vezes. No início do século XX, chegam os libaneses. A cidade desenvolveu-se e em 1901, é criado o município de União da Vitória.

Ao longo dos anos as cidades foram se desenvolvendo próximo à beira do rio, tal crescimento trouxe algumas consequências que são citadas no artigo e fazem parte da realidade atual dos cidadãos que habitam a cidade. São elas: a) Riscos naturais, representados pelas inundações recorrentes; b) Riscos tecnológicos, como poluição das águas por esgoto proveniente de indústrias e residências situadas às margens do rio, além de pesticidas provenientes do escoamento da chuva em plantações.

Para fins didáticos, iremos segmentar em tópicos essas problemáticas para melhor entendimento e discussão dos temas:

Em relação às inundações, as cidades sofrem dois principais problemas, social e ambiental. Com o aumento da população e consequente crescimento da cidade, tem-se o desenvolvimento não planejado da cidade, resultando na criação de regiões marginalizadas em decorrência de ausência de emprego, questões sociais e o elevado preço de imóveis na região central da cidade.

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Uma característica dessa problemática nas cidades do Vale do Iguaçu foi o surgimento de habitações em regiões ribeirinhas por parte da população menos abastada financeiramente, ficando à mercê de enchentes durante os períodos de maior precipitação atmosférica, passando por inúmeros suplícios em determinadas épocas do ano.

Um exemplo disso, era a região denominada de Ribeirinha 01, localizada na extinta Rua Moisés Malheiros de Araújo (Rua paralela a av. Bento Munhoz da Rocha Neto), era uma localidade habitada por catadores de papel, tendo em vista a proximidade ao centro da cidade de União da Vitória, fato que facilitava o acesso ao papel e material reciclável proveniente das residências para a comercialização posterior em centros de reciclagem. Este local em questão possuía condições precárias como a ausência de saneamento básico (Fato que possibilitou o surgimento de focos de parasitoses na população residente.) e o acúmulo de lixo (Que durante o período de inundações acabava por ser levado pela água do rio, se tornando assim um foco pontual de poluição.). Vale à pena mencionar, que as autoridades sanaram esse problema, realocando essa população em conjuntos habitacionais e transformando a área em questão em uma reserva ambiental com reflorestamento da mata ciliar.

Desde 2013, a população residente na região denominada Ribeirinha 02 localizada às margens da Auto Via João Reolon também tem sido realocada em conjuntos habitacionais. E existe um projeto para a transformação da localidade em um parque ambiental nominado Parque Linear, que será utilizado tanto para preservação ambiental quanto para recreação da população com a construção de quiosques, parques e locais para o ancoramento de embarcações de pequeno porte.

Em Porto União, as áreas de enchente possuem sistemas de escoamento através de valas para que a água que extravasa fora da caixa do rio seja conduzida de maneira a retardar o processo de alagamento das regiões próximas ao rio, disponibilizando maior tempo de resposta por parte da população, que pode retirar-se para locais isentos de inundação.

Já em relação à problemática dos riscos tecnológicos, a situação revela-se preocupante, tendo em vista o fato que a poluição por parte de esgotos configura uma fonte de poluição difusa, ou seja, é difícil de determinar a origem dos focos de contaminação para que sejam tomadas as providências adequadas a respeito disso. Além do fato de que outras cidades, situadas ao longo do rio, interferem na qualidade da água, como no caso de Curitiba, onde existem inúmeras indústrias que despejam resíduos na água utilizada para o consumo em Porto União e União da Vitória.

Dessa situação em questão surge outro problema subsequente que é relativo ao tratamento dessa água. Após a captação, ela é tratada apenas contra microrganismos existentes e impurezas em suspensão, deixando-se de lado o tratamento relacionado a compostos químicos que podem estar diluídos na água. Muitos desses compostos podem interferir diretamente na saúde da população que faz o uso dessa água para consumo e infelizmente as autoridades regionais parecem não se mobilizar a respeito da realização do

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tratamento dessa água ou da busca de formas alternativas de obtenção de água para a população.

Ao fim dessa análise sobre a situação socioambiental dos recursos hídricos da cidade, é possível concluir que as autoridades, aos poucos estão se mobilizando em prol da causa ambiental e social, mas ainda existem inúmeros aspectos a serem analisados, discutidos e solucionados para uma solução realmente efetiva como o desenvolvimento de saneamento básico em todo o perímetro urbano, estações de tratamento de água e de dejetos industriais para contribuir com um meio ambiental mais salutar para a população.