MINERAÇÃO É TUDO ISSO!

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MINERAÇÃO É TUDO ISSO! Educação, arte, cultura, logística, meio ambiente, tecnologia, negócios... São os destaques da EXPOSIBRAM 2009 e do 13º Congresso Brasileiro de Mineração Luiz Braga / Vale Luiz C. Marigo / Vale Mineral Image / Vale Vale Noélia Albuquerque / Vale Mineral Image / Vale André Vieira / Vale Vale EDIÇÃO ESPECIAL Setembro de 2009 Ano IV - nº 27 Mineração indústria da

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MINERAÇÃO É TUDO ISSO!

Educação, arte, cultura, logística, meio ambiente,

tecnologia, negócios...

São os destaques da EXPOSIBRAM 2009

e do 13º Congresso Brasileiro de Mineração

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EDIÇÃO ESPECIAL

Setembro de 2009Ano IV - nº 27Mineração

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Bem-vindos à EXPOSIBRAM 2009

Já se passaram dois anos do último grande encontro do setor mineral em Minas Gerais. E es-tamos novamente na expectativa de mais quatro dias repletos de novidades, durante a Exposição Internacional de Mineração – EXPOSIBRAM 2009 e o 13º Congresso Brasileiro de Mineração. Entre os dias 21 e 24 de setembro, esperamos receber a visita de 50 mil pessoas no Expominas, em Belo Horizonte (MG). Eventos como esses são muito importantes para nós já que dessa forma, podemos nos aproximar da comunidade e dos representantes desse segmento da economia tão importante para o Brasil que é a mineração.

A cada encontro, novas experiências, novos amigos, novas parcerias. E o melhor de tudo: enxergar a mineração como ela é. O número de pessoas que as atividades minerárias envol-vem, os equipamentos gigantescos, a tecnologia empregada em diversas etapas do processo mineral, mostram, sem dúvida, a característica

agregadora da mineração. Mais do que isso, ela abraça a comunidade que vive próxima, ensina a ler e a escrever, a tocar um instrumento, a cuidar da saúde, a praticar um esporte, a trabalhar, enfim, a exercer a cidadania.

Por isso, como está na capa desta edição, a “Mineração é tudo isso”. Acreditamos ser ela como das principais atividades produtivas do País e uma das responsáveis pela melhoria das condições de vida de cada cidadão, que simplesmente não sobreviveria sem os minérios.

EXPEDIENTE Indústria da Mineração - Informativo do Instituto Brasileiro de Mineração

DIRETORIA EXECUTIVA: Presidente: Paulo Camillo Vargas Penna / Diretor de Assuntos Minerários: Marcelo Ribeiro Tunes / Diretor de Assuntos Ambientais: Rinaldo César MancinCONSELHO DIRETOR: Presidente: José Tadeu de Moraes / Vice-Presidente: Luiz Eulálio Moraes Terra

Produção: Profissionais do Texto – www.ptexto.com.br / Jorn. Resp.: Sérgio Cross (MTB3978)Textos: Carolina Cascão

Sede: SHIS QL 12 Conjunto 0 (zero) Casa 04 – Lago Sul – Brasília/DF – CEP 71630-205Fone: (61) 3364.7272 / Fax: (61) 3364.7200 – E-mail: [email protected] – Portal: www.ibram.org.br

IBRAM Amazônia: Av Gov. José Malcher, 815 s/ 313/14 – Ed. Palladium Center – CEP: 66055-260 – Belém/PAFone: (91) 3230.4066/55 – E-mail: [email protected]

IBRAM - MG: Rua Alagoas, 1270, 10º andar, sala 1001, Ed. São Miguel, Belo Horizonte/MG – CEP 30.130-160 Fone: (31) 3223.6751 – E-mail: [email protected]

Sugestões? Basta enviar um e-mail para [email protected]

EDITORIAL

O g o v e r -nador de São Paulo, José Ser-ra, sancionou o Projeto de Lei (PL) 620/2008, de autor ia do Deputado João Caramez (PSDB). Este documento institui o Dia Estadual da Mi-neração a ser comemorado anualmente no dia 9 de setembro. O PL foi convertido na Lei 13.581, publicada no Diário Oficial no dia 19 de agosto. Caramez também é Coordenador da Frente Parlamentar de Apoio à Mineração.

A Frente, composta por mais de 30 deputados e entidades públicas e privadas do setor, apresentou em 9 de setembro de 2008 o primeiro relatório dos trabalhos desenvolvidos desde a sua constituição, em março de 2007. O documento apresenta um panorama atualizado da mineração paulista, os principais entraves que afetam o setor e as propostas para seu desenvolvi-mento sustentável.

Os dados apresentados no PL, que reproduzem trechos do relatório, demons-tram a importância da mineração paulista que é voltada, essencialmente, para o consumo interno, respondendo pelo abas-tecimento da indústria de transformação, agricultura e, principalmente, construção civil. Apesar de a mineração no Estado de São Paulo não ser de metais ou de pedras preciosas, considerados minerais nobres e de alto valor agregado, a base da produção mineral paulista constitui-se da extração de areia, cascalho, argilas (comum e plástica) e de pedras britadas. Segundo o Anuário Mineral (2006) São Paulo produziu subs-tâncias minerais no valor superior a R$ 2 bilhões, de um total nacional de quase R$ 31 bilhões.

Outro ponto relevante destacado é a produção cerâmica. No Estado corresponde a mais de 60% da produção brasileira e é responsável pela geração de 25 mil empre-gos diretos e 250 mil indiretos.

Sancionado o Dia da Mineração

em São Paulo

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Quais são os temas principais que serão discutidos no 13º Congresso Brasileiro de Mineração?

Devido ao novo cenário socioeconômico mundial, tivemos a preocupação de abordar a mineração nesta fase conturbada. Apesar disso, as empresas continuam crescendo. Uma prova é o levantamento, realizado pelo IBRAM, que prevê investimentos de US$ 47 bilhões até 2013 pelo setor no Brasil.

Dentre os palestrantes o sr. destaca alguns em especial?

São todos de alto nível, como Anthony Hod-ge, Presidente do Conselho Internacional de Mineração e Metais – ICMM (International Council on Mining and Metals). Outro espe-cialista relevante é o analista de commodities do banco de investimentos Goldman Sachs, Paul Gray, que previu no 12º Congresso Bra-sileiro de Mineração, em 2007, o crescimento da mineração na China e na Índia.

Há muitos nomes interessantes no Congresso. Jan Klawitter, Diretor de Mineração e Metais do Fórum Econômico Mundial, por exemplo, nos dará uma ideia dos novos caminhos da mineração global.

O Congresso trará assuntos de legislação mineral também?

Sim, no Painel Legislação e Política Mineral para a Atração de Investimentos, no segundo dia de congresso. James Otto, especialista

em Direito Minerário e Recursos Naturais (Estados Unidos), ministrará palestra sobre a política, legislação e tributação na minera-ção para o século 21. A lei mineral brasileira precisa de atualizações. E é por esse motivo que convidamos palestrantes internacionais. Assim podemos compreender como uma legislação pode se modernizar a ponto de ser atraente para os investidores.

As al terações c l imáticas serão debatidas?

É um tema importante. As mudanças climá-ticas vêm sendo colocadas como um dos maiores desafios deste século a ser enfrentado pela humanidade. Assuntos relacionados a inserção da mineração neste novo contexto e os riscos e oportunidades para o setor serão apenas alguns assuntos a serem discutidos no Painel sobre mudanças climáticas. É necessá-rio saber os impactos das mudanças climáticas no dia a dia das empresas e se a mineração está preparada para responder ao desafio. Acredito que teremos algumas respostas du-rante o Congresso de Mineração.

E sobre os novos mercados de mineração? Como isso será abordado?

Principalmente em relação aos marcos re-gulatórios da mineração, como a exploração de urânio que até hoje é monopólio estatal no Brasil. O setor mineral vêm lutando pela flexibilização do monopólio deste minério. Há outras questões como a exploração em

faixa de fronteira, a mineração em terras indígenas e no oceano.

O IBRAM tem estabelecido algumas parcerias com organismos internacionais. Pode nos citar algum exemplo?

Um exemplo de aliança é a parceria com o Conselho Internacional de Mineração e Metais – ICMM, desde 2006. O Conselho reúne a comunidade global da mineração. Durante o Congresso de Mineração, o IBRAM e o ICMM lançarão o livro “Plane-jamento para o Fechamento Integrado de Mina: Kit de Ferramentas”. A obra é um conjunto de diretrizes e de procedimentos para o planejamento de fechamento de mina, desenvolvido para auxiliar os gerentes de minas e os grupos de apoio a tomarem decisões com base na análise holística dos aspectos do fechamento.

E a questão dos recursos hídricos na mineração?

Não existe mineração sem o uso da água, um bem mineral finito que deve ser usado de forma racional. Em 2006, lançamos um livro em parceria com a Agência Nacional de Águas (ANA), que reuniu cases e trabalhos de especialistas em torno de soluções e exem-plos das empresas mineradoras na gestão de recursos hídricos. O assunto também será tema de painel durante o Congresso Brasileiro de Mineração.

ENTREVISTAPaulO CaMIllO VaRGaS PENNa - PRESIDENTE DO IBRAM

EXPOSIBRAM 2009 e 13º Congresso Brasileiro de MineraçãoO Presidente do IBRAM, Paulo Camillo Vargas Penna, fala sobre a Exposição Internacional de Mineração - EXPOSIBRAM 2009 e o 13º Congresso Brasileiro de Mineração - A mineração e novo cenário socioeconômico. Os eventos, promovidos pelo Instituto, acontecem simultaneamente entre os dias 21 e 24 de setembro, em Belo Horizonte (MG).

Nas próximas páginas, o leitor terá um panorama sobre o que está programado para os quatro dias de evento. Espera-se que 50 mil visitantes se atualizem sobre os rumos da mineração e, também, conferir o que há de mais moderno no setor.

Paulo Camillo, Presidente do IBRAM

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De acordo com o 4º relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas - IPCC (resultado da parceria entre a Orga-nização Meteorológica Mundial - OMM e o Programa das Nações Unidas) um aumento de temperatura acima de 2°C no mundo pode acarretar consequências desastrosas para a humanidade, inclusive para a econo-

Vale

mia mundial. Diante da situação, reduzir as emissões globais de Gases de Efeito Estufa (GEE) representa um grande desafio e mes-mo que os países desenvolvidos reduzissem imediatamente a zero suas emissões, não seria possível alcançar esta meta global sem a participação das economias emergentes, como o Brasil.

A mineração terá participação decisiva na transição para uma economia de baixo carbono, no sentido de aproveitar novas oportunidades de negócios e aumentar a competitividade. Segundo o Diretor de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Vale (associada ao IBRAM), Luiz Cláudio Castro, as mudanças climáticas influenciam na disponibilidade das tecnologias de geração de energia e nos padrões de consumo no mundo o que resulta na substituição de insumos ener-géticos e de matérias primas para a produção de bens e produtos. “Como a mineração é a atividade básica para obter boa parte dessa matéria prima, incluir o debate a longo prazo das mudanças climáticas na avaliação estraté-gica do produtos e serviços é essencial para as empresas do setor”, explica Castro.

Na mineração, alterações no clima podem trazer influências sobre a disponibilidade de água e afetar as tecnologias e processos que requerem o uso intensivo deste recurso natu-ral. Além disso, eventos climáticos catastróficos - como inundações, ampliação do nível dos mares, maior incidência de furacões – podem impactar de forma significativa nos custos da logística de transporte dos minérios.

Castro lembra que nem toda interferência da natureza na mineração é negativa e mere-ce ser citado o lado positivo - especialmente na etapa de reabilitação das áreas degrada-das: “a capacidade de regeneração natural da vegetação é maior quando estas áreas estão próximas a lugares não impactados. Isso significa que uma extração mineral dentro de uma floresta nacional ou nas proximidades de qualquer outro banco genético natural signifi-cativo tende a ter uma reabilitação muito mais

Mudanças Climáticas: mineradoras podem contribuir

para a redução das emissões globaisPara a temperatura se estabilizar, relatório aponta a necessidade de limitar a concentração de CO2

Parque Zoobotânico, administrado pelo Instituto Ambiental Vale, em Parauapebas (PA)

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rápida que qualquer outra próxima a centros urbanos, pois é impulsionada pela natureza preservada ao redor”, exemplifica.

Convenção sobre Mudança do Clima

No final deste ano, em Copenhague, na Dinamarca, acontecerá a 15ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 15). No en-contro, representantes de 200 países discuti-rão os novos compromissos e incentivos para a redução das emissões de GEE, como forma de adaptar aos efeitos das emissões históricas para o desenvolvimento, o financiamento e a cooperação tecnológica.

Castro explica que para o Brasil avançar no debate de baixo carbono é fundamental a es-truturação de um sistema previsível e estável para as questões de mudanças climáticas, pois “só assim será possível o planejamento das empresas para atuar neste novo contexto”.

“O Brasil tem um papel de liderança entre os países emergentes caso defenda a discussão da adoção de compromissos voluntários de redução de emissões pelos países emergentes, respeitando o princípio das responsabilidades comuns, porém diferenciadas (quem histori-camente emitiu mais, terá maior responsabi-lidade pela redução)”, diz Castro.

Para funcionar efetivamente, o programa de baixo carbono deverá mobilizar empresas, governos e a sociedade civil. Para o Diretor de Meio Ambiente, o Brasil, mais do que qualquer outro país no mundo, reúne as condições de liderar a agenda desta nova economia. A meta de redução do desmatamento em 80% até 2020, definida pelo Plano Nacional de Mudanças Climáticas (documento do Governo brasileiro), dará significativa contribuição para a redução das emissões globais.

O assuntO será tema dO Painel “mudanças

ClimátiCas e a mineraçãO: tendênCias e OPOr-

tunidades”, nO dia 23 de setembrO, às 16h45, nO

auditóriO i “dOmingOs Fleury da rOCha”.

AGENDE-SE

Exemplo de preocupação das mineradoras: revegetação na mina de Carajás

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Reforma do Código de Mineração será assunto de

debate na EXPOSIBRAM 2009Representantes do Governo e da Indústria Mineral

se encontram durante o 13º Congresso Brasileiro de Mineração para discutir o marco regulatório do setor

Um dos maiores marcos regulatór ios do setor, o Código de Mineração – publicado em 1967 –, que vem sendo reformulado pelo Governo, será assun-to de debate no 13º Congresso Brasileiro de Mineração.

De acordo com a Procuradora Jurídica do Departamento Nacional de Produção Mineral – DNPM, Cristina Esteves, o Governo vem atuando fortemente na formulação do conjunto de projetos de lei que prevê a criação de uma agência reguladora, a permissão à exploração por estrangeiros na faixa da fronteira e o uso do direito minerário como garantia aos pedidos de financiamento bancário.

Segundo ela, o processo de preparação do material está em andamento, mas não há previsão da data de apresentação da proposta no Congresso Nacional. “O código em vigência atual, no Brasil, é extremamente defasado e não prevê pontos importantes. A forma de acesso ao subsolo, por exemplo, tem que ser melhorada. É uma questão que implica até na sobrevivência. E, a obrigação do Estado é garantir a socialização da riqueza”, afirma Cristina.

A Procuradora Jurídica do DNPM será uma das coordenadoras do Painel “Direito Mineral Comparado: experiência de outros países mineradores”, ao lado de Carlos Vilhe-na, da Pinheiro Neto Advogados, que atua há mais de 20 anos no setor.

Entraves Clássicos

Algumas questões que têm sido alvo de críticas estão relacionadas ao aumento da Compensação Financeira pela Exploração de Re-cursos Minerais - CFEM. Isso porque a proposta apresentada implica na duplicação do percen-tual da compensação financeira e a inci-dência desta sobre o valor da mina, do

produto da lavra e não sobre o faturamento líquido. De um lado, estão os Parlamentares que pleiteiam a medida, e de outro, os empresários que argumentam contra a elevada carga tributária já incidente sobre os minérios.

Direito Mineral no 13º CBM

Representantes do Governo e da Indús-tria Mineral aproveitarão o encontro para discutir as mudanças na legislação, a altera-ção de regras e procedimentos relacionados ao setor mineral.

“Dragflow Bombas” são meios de transporte que dispensam caminhões, correias transportadoras e outros meios mecânicos, que são muito trabalhosos e exigem manutenção. Tudo o que se precisa é água e ele-tricidade ou uma fonte de pressão hidráulica para operar com êxito. Este equipamento, fabricado pela empresa Dragflow, é uma das novidades na EXPOSIBRAM 2009.

A dragagem desta bomba submer-sível é capaz de lidar com suspensões de pedras e areia, transportá-las em um duto e entregá-las ao destino. A bomba está incorporada a um dispo-sitivo denominado agitador que pode suportar o peso dos sólidos.

A empresa Dragflow, de origem italiana, mas localizada no Canadá, fa-brica bombas submersíveis de grande porte - que podem ser equipadas com desagregadores hidráulicos. Graças ao dispositivo agitador, as bombas colocam em suspensão o material adquirido para depois compactar os rejeitos (tailings) no fundo de bacias, lagos e oceanos. Isso permite o máxi-mo rendimento do material e supera a produção (toneladas por hora) de qualquer outra dragagem de sistemas competitivos.

Dragagem de Bombas

Submersíveis: forma de

transporte eficaz

AGENDE-SE

VISITEO assuntO será disCutidO nO Painel “direitO

mineral COmParadO: exPeriênCia de OutrOs

Países mineradOres”, nO dia 23 de setembrO,

às 14 hOras, nO auditóriO 1 “dOmingOs Fleury

da rOCha”, nO exPOminas.O estande da dragFlOw é O C 17, nO PavilhãO dO exPOminas

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Mineração e Geodiversidade do Planeta Terra é um livro editado pela Signus Editora, de autoria do professor e geólogo Claudio Scliar, Secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério de Mi-nas e Energia. O objetivo da obra é divulgar os conhecimentos técnicos do setor de forma didática, principalmente aos professores do Ensino Fundamental e Médio.

Este é o quinto livro lançado por Scliar. Segundo ele, é importante a divulgação dos temas de mineração em linguagem simples e direta, pois a maioria do material que existe é técnico e direcionado apenas para espe-

Livro sobre mineração será lançado na EXPOSIBRAM 2009

A obra do professor Claudio Scliar será lançada no dia 22 de setembro no estande do IBRAM

cialistas do setor mineral. Uma das marcas registradas do autor é o uso de ilustrações explicativas em todos os livros.

A obra está dividida em cinco capítulos. O primeiro é sobre a Geodiversidade e So-ciedade e trata da história da humanidade e da forma de ocupação do território, como exemplo a produção agrícola e pecuária. “Nesta parte do livro ressalto a importância atual e futura dos bens minerais como tam-bém a presença deles no nosso dia-a-dia. Quem pensa nas minas de bauxita (matéria-prima do alumínio) ao beber refrigerante numa latinha gelada?”, demonstra.

O segundo capítulo explica os consti-tuintes da geodiversidade: minerais, rochas, solos etc. O terceiro faz um breve histórico da mineração no Brasil e da importância da atividade por meio de dados estatísticos, mapas e quadros esclarecedores. O quarto capítulo trata da sustentabilidade. Neste patamar, Scliar cita as legislações que tratam do meio ambiente e exemplifica áreas rea-proveitadas pela mineração, como o Teatro Ópera de Arame, em Curitiba (PR), uma antiga pedreira desativada.

Ao final do livro, Claudio Scliar propõe uma forma de levar a mineração para as salas de aulas, ou seja, como empregá-la como disciplina por meio de exercícios. Inclusive, neste último capítulo, há sugestões de práticas e bibliografias para serem usadas nas escolas de Ensino Fundamental e Médio.

O autor

Claudio Scliar formou-se em 1972 na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Doutorou-se em Economia e Política Mineral e é professor do Departamento de Geologia do Instituto de Geociências da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Atualmente está cedido ao Ministério de Minas e Energia.

Veja abaixo as obras de Claudio Scliar:

Geopolítica das minas do Brasil (1994);•

Três dias descobrindo a terra e o amor (1997);•

Amianto, mineral mágico ou maldito (1998);•

Mineração, base material da aventura humana (2004).•

OO livro se dirige aos interessados em conhecer a impor-tância da geodiversidade para o uso e a ocupação da superfície terrestre, em especial quanto ao aproveita-

mento dos recursos minerais pela sociedade.Destaca-se o objetivo de servir como material didático aos professores e alunos das disciplinas dos cursos fundamental e médio que tenham nos seus programas conteúdos relativos ao papel da mineração, no mundo e no Brasil.Conhecer a história e as implicações econômicas, sociais e ambientais da geodiversidade e das minas existentes no mu-nicípio, estado ou país é um passo importante para descobrir as riquezas do território onde vivemos.Da mesma forma, desvendar a origem dos materiais utilizados para fabricar os produtos comuns que nos cercam significa entender a necessidade de práticas sustentáveis no aprovei-tamento dos recursos naturais, entre os quais se encontram os minerais, as rochas, os solos e os fósseis.

O autor, Claudio Scliar, é geólogo, formado em 1972 na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com doutorado em Economia e Política Mineral. Professor do Departamento de Geologia, Instituto de Geociências da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), já publicou diversos artigos e livros, destacando-se os seguintes, com as datas das primeiras edições: “Geopolítica das minas do Brasil” (1994), “Três dias descobrindo a terra e o amor” (1997), “Amianto, mineral mágico ou maldito” (1998), e “Mineração, base material da aventura humana” (2004). Atualmente está cedido ao Ministério de Minas e Energia.

O livrO mineraçãO e geOdiversidade dO Planeta terra – mineraçãO nOs PlanOs Curri-

Culares naCiOnais dO ensinO Fundamental e médiO será lançadO, às 19 hOras, nO dia

22 de setembrO, nO estande dO ibram, durante a exPOsibram 2009.

AGENDE-SE

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Fechamento de mina, uma das maiores preocupações

do setor, será debatido durante o 13º CBM

O que fazer quando uma mina encerra as atividades? Como fica a comunidade que vive nas proximidades? Essas são apenas algumas das questões abordadas em um planejamento de fechamento de mina. Para debater a questão, o Pesquisador Roberto Cerrini Villas-Bôas, do Centro de Tecnologia Mineral – CETEM, ministrará a palestra “As-pectos Socioeconômico do Fechamento de Mina”, durante o 13º Congresso Brasileiro de Mineração (CBM).

Fechamento de Mina é uma das maiores preocupações do setor mineral. Especialistas da mineração afirmam que um bom planeja-mento, envolvendo não só aspectos físicos e minerais, como também a preocupação com a comunidade e o futuro da área minerada, é fundamental no processo de encerramento das atividades minerarias. De acordo com o Pesquisador Villas-Bôas é necessário traçar previsões para que áreas mineradas se tor-nem auto-sustentáveis depois que a empresa encerra as atividades no local.

O que fazer quando uma empresa encerra as atividades minerais?

“Do ponto de vista ambiental, um fecha-mento de mina mal executado traz poluição, seja visual ou química, e com todas as impli-cações que acarretam para o futuro uso da área”, afirma Villas-Bôas.

Empresas que se preocupam com o fechamento de mina são destaques, princi-palmente, no quesito sustentabilidade, no

setor mineral. “Cito nos últimos cinco anos como exemplo, embora não único, a mi-neradora Anglo American que desenvolveu uma metodologia de acompanhamento de projetos junto às comunidades nas quais opera. Destaco no mundo, o exemplo de lavra em regiões de geleiras permanentes, na fronteira entre a Argentina e Chile, inédita no mundo” conta Villas-Bôas

Veladero, na Argentina: empreendimentos em mina de ouro.

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Águas Claras (MG): programa prevê implantação de centro urbano. w

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Planejamentopara o FechamentoIntegrado de Mina:Kit de ferramentas

Preocupados com o processo de plane-jamento de mina versus sustentabilidade e parâmetros sociais, econômicos e ambien-tais, o IBRAM e o Conselho Internacional de Mineração e Metais – ICMM lançam o livro “Planejamento para o Fechamento Integrado de Mina: Kit de Ferramentas”. A obra tem mais de 90 páginas e aborda o fechamento de mina como parte essencial do negócio de mineração.

O guia foi desenvolvido para auxiliar os gerentes de mina e os grupos de apoio a tomarem decisões com base na análise holística dos aspectos do fechamento.

Esta obra técnica aborda a integra-ção no processo de planejamento e engenharia de uma operação como um mecanismo importante para que a mina crie valor duradouro. Espera-se vários fechamentos de mina nas próximas

Em junho de 2008, o IBRAM promoveu, em parceria com a Fundação Estadual do Meio Ambiente – FEAM, o Seminário “Encerramento de Mina: Aspectos Ambientais e Socioeconômicos”, em Belo Horizonte (MG). Du-rante o encontro, mineradoras e Governo, discutiram não só os aspectos físicos e minerais do fechamento de mina como também a questão social, o relacionamento com as comunidades e o futuro da área minerada.

O Secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sus-tentável, José Carlos Carvalho, afirmou que a visão sobre licenciamento ambiental deve estar atrelada à competitividade do País. “Não queremos ser um obstáculo à mineração. Precisamos ser parceiros e atuar de forma sustentável”, afirmou.

Plano de recuperação de áreas degradadas

O plano de recuperação de áreas degradadas, incluído no planejamento de fechamento de mina, tem que apre-sentar um conjunto de soluções para garantir novas formas de uso do solo da área minerada depois de encerradas a atividade de mineração. Para garantir o cumprimento de planos como este, a sociedade e o Governo tem papel fundamental no processo. “Os aspectos regulatórios são obtidos por meio de pressões sociais, que conduzem, eventualmente, alterações na legislação”, conclui o Pes-quisador. Por isso, planejar um fechamento em que todos os interesses – tanto da empresa quanto da sociedade – estejam alinhados é um desafio que, quando atingido, traz benefícios a todos os envolvidos direta e indiretamente.

FECHAMENTO DE MINA: IBRAM E ICMM LANÇAM kIT DE FERRAMENTAS NA EXPOSIBRAM 2009

FeChamentO de mina será tema de Painel, nO dia 24 de setem-

brO, às 14 hOras, nO auditóriO ii “nOé Chaves”, nO exPOminas.

dentre Os PartiCiPantes dessa disCussãO estãO O diretOr-

geral dO dePartamentO naCiOnal de PrOduçãO mineral

(dnPm), miguel antOniO Cedraz nery, e a diretOra dO PrOgrama

de desenvOlvimentO sustentável dO COnselhO internaCiOnal

de mineraçãO e metais – iCmm, Christine COPley.

O livrO “PlanejamentO Para O FeChamentO

integradO de mina: Kit de Ferramentas”,

PubliCaçãO COnjunta dO COnselhO inter-

naCiOnal de mineraçãO e metais – iCmm e

dO ibram, será lançadO nO estande dO

ibram, às 12h30, em 23 de setembrO, na

exPOsibram 2009.

décadas em vários países com vocação mineral. A forma como estes fechamen-tos serão planejados e gerenciados terá influência decisiva nos diálogos globais relacionados aos custos e benefícios da mineração para a sociedade – e que poderá influenciar nas novas estruturas de governança para o setor.

AGENDE-SE

AGENDE-SE

Seminário sobre encerramento de mina, promovido pelo IBRAM, em 2008. Maria Dalce Ricas (Superintendente Executiva da AMDA), João Carlos de Melo (Consultor do IBRAM),e à

direita Isaura Pinho (Gerente Geral de Engenharia e Tecnologia Ambiental da Vale).

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Imagem do livro “A Gestão dos Recursos Hídricos e a Mineração”

A mineração utiliza água em várias fases do processo de produção. Por esse motivo, o uso racional deste bem faz parte da gestão de recursos hídricos das mineradoras. Novos estudos sobre o assunto chegam ao Brasil, e um deles, mais especificamente o water footprint, denominado “pegada hídrica”, será tema de palestra no 13º Congresso Brasileiro de Mineração.

Segundo a Pesquisadora e Doutora em Ciência Ambiental, Vanessa Empinotti, Analista de Meio Ambiente da Confederação Nacional da Indústria – CNI, o water footprint tem como objetivo analisar a utilização da água em dife-rentes etapas da cadeia de produção em vários setores da indústria, inclusive nas atividades de mineração. “O conceito water footprint é inédito no Brasil. Nasceu na Holanda e basica-mente implica na necessidade de preservação dos recursos hídricos”, explica.

A “pegada hídrica” atraiu a atenção de multinacionais, preocupadas em elevar os indicadores de eficiência e oferecer ao con-sumidor produtos “ecologicamente corretos”. Até agora, a maior parte dos estudos está rela-cionada à agricultura. Em breve, a mineração também será um dos focos da análise.

O estudo ainda não está definitivamente implantado. De acordo com a pesquisadora, o avanço dos estudos motivará ainda mais as empresas mineradoras no sentido de exer-

MEMóRIA – Em novembro de 2006, o IBRAM, em uma iniciativa com a Agência Nacional de Águas (ANA), lançou o livro “A Gestão dos Recursos Hídricos e a Mineração”. A obra reuniu cases e trabalhos de especialistas em torno de soluções e exemplos das empresas mineradoras na gestão de recursos hídricos, como o uso racional da água.

Novos estudos sobre o uso racional da

água chegam ao Brasil

Water Footprint, batizada no Brasil como pegada

hídrica, analisa a utilização da água em diversas etapas

e setores da indústriacitar práticas de reuso de água ou utilizar o recurso em menor quantidade. “É preciso cuidar dos efluentes e privilegiar ações que preservem as bacias hidrográficas”, disse Vanessa Empinotti.

“Antes se falava apenas da questão da disponibilidade, agora temos mais um pa-râmetro para abordar a água em função da sua quantidade utilizada durante o processo produtivo: quanto mais eficiente o uso da água, maior valor será agregado ao produto. O impacto dessa nova visão interfere no desenvolvimento de tecnologias específicas para cada setor e na geração de mercado para novos profissionais, como consultores capacitados para identificar níveis de consu-mo de água”, explica Empinotti.

Vanessa Empinotti aposta na criação de mecanismos específicos para a mineração. “As empresas podem utilizar isso como diferen-cial, tanto para os parceiros diretos, que vão adquirir os minérios extraídos, quanto para os consumidores, mais conscientes de que aquele produto tem um impacto menor na

O Painel “gestãO de reCursOs hídriCOs Pela

mineraçãO” aCOnteCerá nO dia 24 de setembrO,

às 14 hOras, nO auditóriO i “dOmingOs Fleury

da rOCha”, nO exPOminas. PartiCiParãO dO

Painel esPeCialistas COmO O diretOr da POta-

mOs engenharia e hidrOlOgia, máriO CiCareli

PinheirO, O gerente de reCursOs hídriCOs da

anglO FerrOus brazil, jOsé rObertO CentenO e

a seCretária exeCutiva dO COnselhO de emPre-

sáriOs Para O meiO ambiente da FederaçãO das

indústrias dO estadO de minas gerais – Fiemg,

PatríCia helena gambOgi bOsOn.

natureza. É uma questão que pode se traduzir em futuras barreiras comerciais: quem estiver na frente, ditando novas regras, estará na li-derança do mercado, pois dará início a uma espécie de reinvenção do produto, inserido na questão ambiental”, reforça.

AGENDE-SE

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Indústria da Mineração Ano IV - nº 27, setembro de 200910

Page 11: MINERAÇÃO É TUDO ISSO!

Todo minério deve passar por um processo de classificação granulométrica que determi-na se ele é grosso, médio ou fino. Para os mi-nérios finos é necessário o uso de peneiras de alta freqüência. Segundo o Diretor da Hefest Minerals, Flávio Greco, incidência maior é a do minério fino, pois o grosso, de alto teor, está se esgotando. E é por isso que a empresa trouxe para o Brasil e para a EXPOSIBRAM 2009 as Peneiras de Alta Frequência para peneiramento de partículas finas produzi-das pela chinesa Landsky.

Os equipamentos são resultados da evo-lução tecnológica chinesa e se destacam pelo baixo custo de aquisição e operacional. “Com gabinete de controle digital touch screen e novos conceitos de design, as peneiras utilizam excitadores eletromagnéticos em vez de moto-res elétricos, com baixo consumo de energia e alta produtividade”, explica Greco.

Como o minério da China é de baixo teor, as tecnologias dos equi-pamentos para concentração estão bastante evoluídas. E é por esse motivo, de acordo com Greco, que as indústrias mine-radoras brasileiras vêm utilizando de forma crescente os equipamentos chineses.

Por que China?

Foi-se o tempo em que os equipamentos chineses eram vistos com desconfiança. Produ-tor desde brinquedos até aviões, o “devorador de mercados” conseguiu superar as indústrias da Europa, América e o restante da Ásia tornando-se o maior exportador do mundo.

Com ampla capacidade de investimen-tos em outros países, que agora começa a mostrar para o mundo, a China tem o poder de realizar investimentos vultosos, os quais

começaram na África e agora estão voltados para a América do Sul. “A China pode se tornar um excelente parceiro comercial. Nós descobrimos que as economias da China e Brasil são complementares. Espero que nossa pátria saiba aproveitar estas oportunidades e incremente o comércio bilateral de forma a crescermos juntos, pois um precisa do outro”, afirma Flávio Greco.

Peneiras que selecionam o tamanho do minério fino chegam ao BrasilA evolução tecnológica chinesa será exposta pela

Hefest Minerals na EXPOSIBRAM 2009

A Thyssenkrupp Fördertechnik Latino Americana, apresentará na EXPOSIBRAM 2009, dois equipamentos inovadores. Um é a Britagem Totalmente Móvel (BTM) que elimina a necessidade de caminhões “fora de estrada” nas minas. E o outro produto é a primeira Recuperadora de Tambor com Parede Simples fornecida no Brasil, nor-malmente utilizada quando se necessita uma melhor homogeneização do material. Este equipamento, por exemplo, recupera o minério depositado na pilha do pátio de estocagem.

Peneira de alta frequência e gabinete

VISITE

VISITE

O estande da heFest minerals é O C14 nO PavilhãO dO exPOminas.

O estande da thyssenKruPP FörderteChniK

latinO ameriCana é O P 22, lOCalizadO nO Pavi-

lhãO, dO exPOminas.Topo: Recuperadora de Tambor com Parede Simples

Base: Britagem Totalmente Móvel (BTM)

Inovações tecnológicas em equipamentos de grande porte serão apresentadas na EXPOSIBRAM 2009

A empresa Thyssenkrupp possui uma vasta linha de produtos que abrange desde equipamentos e sistemas para minas a céu aberto, transporte, manuseio e estocagem, até o processamento final.

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Page 12: MINERAÇÃO É TUDO ISSO!

Entende-se como sustentabilidade ações que previnem os impactos e riscos, sejam eles ambientais, econômicos e sociais da atividade de mineração. Como evolução deste conceito, novas metodologias de aperfeiçoamento, vem surgindo, de acordo com a Consultora Ambiental da Environmental Resources Management – ERM, Maria Sulema Pioli, um das palestrantes do 13º Congresso Brasileiro de Mineração.

Novas metodologias para a sustentabilidade na mineração serão debatidas

no 13º Congresso Brasileiro de MineraçãoUma novidade, por exemplo, é a inclusão e estabelecimento de diálogo

maior entre a comunidade e a empresa de mineração, principalmente na questão dos investimentos sociais privados e o desenvolvimento local das áreas próximas da mineração. “O tripé da sustentabilidade é composto por pessoas, ambiente e resultados econômico-financeiros de modo equivalente. Não deve haver prevalência de um item ao definir um plano de ação” afirma.

A consultora explica que as mineradoras devem demonstrar transparência nas ações de sustentabilidade, pois o setor, historicamente, tem como marca registrada uma imagem degradadora do meio ambiente, causadora de impactos ambientais e sociais. “A transparência gera confiança e robustece as relações entre a comunidade e as mineradoras”, afirma.

Sulema destaca que a sustentabilidade na mineração já faz parte das min-eradoras – que incluem nos planos de gestão estratégias e bons exemplos. “No entanto, é preciso que posicionamentos e compromissos sejam materializados por uma série de questões indispensáveis, como identificação integral de impac-

Programas de alfabetização integram ações de sustentabilidade das mineradoras

Eugê

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Sávi

o

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Page 13: MINERAÇÃO É TUDO ISSO!

tos em pessoas, meio ambiente e no contexto socioeconômico”, enfatiza.

A definição de indicadores de desem-penho para acompanhar os resultados das medidas de gestão, o resultado efetivo, o monitoramento e avaliação do desempe-nho de modo integrado são essenciais para redefinir objetivos estratégicos e metas quando a sustentabilidade é uma das preo-cupações, explica Maria Sulema. “Quando uma empresa de mineração se preocupa com este tipo de gestão, o resultado é a confiança dos públicos de interesse, além de adição de valor aos acionistas fundamentada na consistência entre o discurso defendido e desempenho demonstrado”, conclui.

AGENDE-SE

O tema será disCutidO nO Painel “nOvas

metOdOlOgias Para a aFeriçãO da PerFOr-

manCe de sustentabilidade na indústria

mineral”, nO dia 23 de setembrO, às 16h45,

nO auditóriO auditóriO iii “OCtáviO Ferreira

da silva”, nO exPOminas.

Eugê

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Assistência à criança e ao menor: Ações diretas e parcerias com creches,

pastorais, orfanatos e outros. (Itabirito/MG)

Atividades culturais: Uso de instrumentos e execução de peças musicais tradicionais.

Educação artística: Atividades que desenvolvem e enriquecem os dons criativos individuais. (Vitória/ES)

Indústria da Mineração Ano IV - nº 27, setembro de 2009 13

Page 14: MINERAÇÃO É TUDO ISSO!

Parece brincadeira de criança, mas não é. É parecido com um videogame, mas também não é. A automação de equipamentos na mi-neração subterrânea é aliada na prevenção aos riscos de acidentes e no incremento da produtividade neste tipo de extração. O con-trole remoto de movimentação de cargas, por exemplo, é apenas mais uma das ferra-mentas criadas pela Cattron Group Interna-tional (que existe desde 1946). A empresa é especializada em produtos relacionados à segurança de operações, que compreende desde o controle remoto desse tipo de má-quinas até sistemas de comunicação de voz e dados para minas subterrâneas.

“É possível não só garantir que o opera-dor de uma carregadeira LHD a comande à distância, numa localização segura em rela-ção a áreas de risco de desabamento, como também acomodá-lo em segurança em uma sala de controle, com o comando total da máquina, monitorando-a em tempo real pela tela de um computador”, diz o Gerente de Operações da empresa para a América do Sul, Laercio Fernandes Neves.

“Para garantir uma automação eficaz há que se pavimentar os caminhos antes”, diz

Equipamentos aliados à segurança

na mineração subterrânea

Para a Cattron Group International,

criadora de ferramentas

automatizadas para operações em

áreas subterrâneas, a automação é aliada

e incrementadora

Laercio. O meio físico da rede subterrânea, diz ele, é fundamental para assegurar todo o avanço tecnológico disponível no mercado. “Não basta a mina possuir o que há de melhor em termos de tecnologia, se tiver um meio físico que não acompanha toda essa capaci-dade” ressalta.

“Oferecemos ao mercado sistemas de comunicação para o tráfego de voz e de dados em alta velocidade. Pode-se, por exemplo, permitir estações de trabalho na mina com acesso à internet, comunicação via telefonia VoIP ou rádio, automação de ventiladores, monitoramento de su-bestações, localização em tempo real de pessoas ou de máquinas dentro da mina, e instalação de câmeras de monitoramento ao longo dos túneis, tudo isso utilizando o mesmo meio físico de rede”, enfatiza o Gerente de Operações.

VISITE

O estande da CattrOn grOuP internatiOnal é O

d 3, lOCalizadO nO PavilhãO, dO exPOminas.

Operador durante comando à distância de equipamento de mineração subterrânea

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Page 15: MINERAÇÃO É TUDO ISSO!

Dados preliminares do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC), indicam que as vendas acumuladas do insumo nos últimos doze meses (agosto de 2008 a julho de 2009) atingiram 50,9 milhões de toneladas – o que significa um incremento de 4,1% sobre o mes-mo período anterior (agosto/07 a julho/08). A expansão da indústria do cimento será mais um dos assuntos a serem discutidos durante o 13º Congresso Brasileiro de Mineração.

Uma prova dessa expansão do setor são as vendas de julho de 2009 que cresceram 0,4% no período de apenas um mês. De acordo com o Vice-Presidente Executivo do SNIC, José Otávio Carvalho, a indústria cimenteira apresenta bons resultados de desenvolvimen-to desde 2006 em virtude do boom no setor da construção residencial. “Uma explicação para o crescimento está também nos incen-tivos federais criados pelo Governo por meio de programas como ´Minha Casa e Minha Vida´. Além da boa disponibilidade de cré-dito e de fatores como a queda de juros e a capitalização das construtoras”, explica.

Dados do SNIC revelam que em 2007, o setor cresceu 10% e, no ano passado, 15%. Para o dirigente, o fechamento do ano 2008 foi excepcional, visto que com o início da cri-se outras áreas sofreram grande retração. “E é exatamente pelo constante desenvolvimento da construção civil que o sindicato espera manter o bom desempenho do ano passado e fechar este ano com o mesmo crescimento de 2008”, otimiza José Otávio.

Apesar da crescente popularização da construção civil, uma pesquisa realizada pelo Sindicato demonstra que o Brasil ainda possui baixo nível de consumo de cimento per capita quando comparado a índices de países em desenvolvimento, como a China. No País, a média é de 280 kg por habitante/ano, enquanto os chineses chegam a 300kg por habitante /ano.

Minas Gerais tem participação funda-mental na produção de cimento. De acordo com o SNIC, o Estado é responsável por 25% da produção nacional, praticamente metade do montante gerado no Sudeste. Além de atender o consumo interno, Minas é um fornecedor estratégico, que atende os mercados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia.

A expansão do mercado de cimento indica que a atividade de mineração para extrair a matéria-prima continua aquecida. Carvalho enfatiza que, “com o crescimento dos últimos três anos, diversos equipa-

mentos foram reativados e mão de obra foi contratada para atender a demanda do mercado”. No dias de hoje, segundo ele, o setor mostra que consegue recuperar a lacuna de seis anos de crise.

Indústria de cimento vê expansão de 4,1% nos últimos 12 meses

O assunto será discutido no 13º Congresso Brasileiro de Mineração em Minas Gerais

O assuntO será um dOs temas dO Painel:

a inFraestrutura nO brasil e a exPansãO

da PrOduçãO dOs bens minerais, nO dia 22

de setembrO, às 14 hOras, nO auditóriO iii

“OCtáviO Ferreira da silva”.

AGENDE-SE

A expansão da indústria do cimento tem relação com o boom no setor da construção residencial

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Page 16: MINERAÇÃO É TUDO ISSO!

Localize-se na EXPOSIBRAM 2009

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ENTREVISTARIChaRd GREGORy WallIS - CôNSul-GERAl DA AuSTRálIA NO BRASIl

“A Austrália investiu muito em infraestrutura (portos e ferrovias) para desenvolver a indústria de mineração”

A Austrália participa da EXPOSIBRAM desde 2003 por meio da Australian Trade Commission, agência de comércio e investimento da Austrália, que desenvolve um trabalho de atração das empresas australianas para países chaves em mineração como o Brasil.

Neste ano, assim como nas edições anteriores, o pavilhão de 111m2 promoverá as empresas australianas em conjunto, contando com uma estrutura com vários estandes e lounge, para receber clientes e visitantes.

Quais os fatores, na sua opinião, fazem da Austrália um dos principais países mineradores do mundo?

Além dos recursos naturais, a Austrália é uma das mais importantes nações minera-doras do mundo (terceira; atrás dos EUA e África do Sul) por causa da quantidade de dados geológicos disponíveis de maneira aberta e gratuita (on-line para qualquer pessoa pelo portal do Geoscience Austrália: www.ga.gov.au e os pelos sites dos governos estaduais). Além do sistema de governo, leis e certificados que transmitem confiança, transparência e segurança aos investidores do setor. E é por isso que, nos últimos 40 anos, a Austrália investiu muito em infraes-trutura (portos e ferrovias) para desenvolver a indústria de mineração.

A Austrál ia tem uma produção significativa de minério de ferro? Qual a expectativa em relação a este minério, no sentido de produção e exportação? E reservas?

O minério de ferro, ao lado do carvão mi-neral, continua sendo importante para a economia australiana. Em 2007 o país pos-suía 13% das reservas mundiais de minério de ferro e estava classificada em quarto lugar atrás da Ucrânia (19%), Rússia (16%) e China (14%). No referente a contained iron (teor de ferro contido), a Austrália tem o equivalente a 15% das reservas mundiais e está posicionada em segundo lugar, atrás apenas da Rússia (19%).

A Austrália é responsável por 16% do minério de ferro produzido no mundo, ficando atrás apenas da China (32%) e do Brasil (19%), sendo o maior exportador mundial deste minério. O país também está atualmente produzindo a magnetita, devido ao au-mento nos preços internacionais e as novas tecnologias de processamento mineral que tornam está atividade viável. Novas minas e uma gama de novos empreendimentos em

Richard Gregory Wallis afirma que a relação entre a Austrália e o Brasil cresce enormemente

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“a auStRálIa é RESPONSáVEl POR 16% dO MINéRIO dE fERRO PROduzIdO NO MuNdO, fICaNdO atRáS aPENaS da ChINa (32%) E

dO BRaSIl (19%), SENdO O MaIOR ExPORtadOR MuNdIal dEStE MINéRIO”

infraestrutura estão surgindo para atender a essa expansão da produção de minério de ferro. O Brasil pode tirar vantagem das tecnologias, pois muitas das empresas líderes no fornecimento de Serviços, Tecnologia e Equipamentos, estão se instalando aqui.

Em bauxita, o país é um dos maiores produtores. Qual o motivo? O sr. teria alguma estatística?

A Austrália demonstra reservas de bauxita de 7.9 Gt, sendo a segunda maior do mundo atrás da Guiné e na frente do Brasil, Jamaica e China. A Austrália é atualmente o maior produtor mundial de bauxita, com 33% da produção global em 2007. A qualidade e localização das jazidas além das tecnologias de ponta disponíveis fazem com que o país detenha está posição.

E sobre o urânio? A Austrália é uma das maiores fornecedoras deste minério junto com o Canadá. Explique, por favor, um pouco sobre essa questão?

Aproximadamente 95% de todos os recursos de urânio australianos estão localizados em apenas seis depósitos, sendo que 72% destes estão no estado de South Australia. O depó-sito de Olympic Dam é o maior do mundo. Novamente a qualidade, localização das jazidas e a tecnologia aplicada na exploração destas favorecem a produção.

Qual a expectativa de participação do pavilhão da Austrália na EXPOSIBRAM? Qual o número de empresas?

Temos uma ótima expectativa para a par-ticipação das empresas australianas na EXPOSIBRAM 2009. Este ano contamos com 21 empresas com ampla experiência internacional e que oferecem soluções, ser-viços e equipamentos de ponta. Estimamos

um volume de negócios a serem gerados na ordem de 30 milhões de reais.

Desde quando a Austrália participa da EXPOSIBRAM? Como será a participação neste ano?

A Austrália está na EXPOSIBRAM desde 2003, sendo esta a nossa quarta participação. Esse ano, assim como nas edições anteriores, tere-mos um pavilhão que promoverá as empresas australianas em conjunto, contando com uma estrutura de 111m2 com estandes e lounge, para receber nossos clientes e visitantes da melhor forma.

Como a Australian Trade Commission faz a seleção de empresas para participarem da EXPOSIBRAM?

A Australian Trade Commission, agência de comércio e investimento da Austrália, desen-volve um trabalho de atração das empresas australianas para países chaves em mineração como o Brasil. As empresas interessadas em eventos internacionais são então avaliadas e

“aS EMPRESaS dE SERVIçOS, tECNOlOGIa E EquIPaMENtOS

PaRa MINERaçãO auStRalIaNOS EStãO

MaIS INtERESSadaS NO BRaSIl E ENxERGaM O PaíS COMO OPORtuNIdadE dE

CRESCIMENtO INtERNaCIONal PaRa OutROS MERCadOS da aMéRICa latINa E áfRICa”

finalmente selecionadas para participação. O intuito da agência é mostrar o que há de mais moderno e atual em tecnologia mineral da Austrália para o mundo.

Por que a Austrália participa da EXPOSIBRAM? O sr. destaca algo peculiar do evento?

Participamos porque que é estratégico para a Austrália identificar e fazer parte dos principais eventos do setor de mineração mundial. A EXPOSIBRAM é referência no Brasil, que é um dos grandes centros de exploração, produção e investimento em mineração do mundo.

Qual seria o relacionamento entre a Austrália e o Brasil no setor mineral?

A relação entre a Austrália e o Brasil cresce enormemente. As empresas de serviços, tecnologia e equipamentos para mineração australianos estão mais interessadas no Brasil e enxergam o País como oportunidade de crescimento internacional para outros mer-cados da América Latina e África.

“Temos uma ótima expectativa para a participação das empresas australianas na EXPOSIBRAM 2009”

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Page 20: MINERAÇÃO É TUDO ISSO!

A futura planta de níquel da Anglo Ame-rican (associada ao IBRAM), localizada na cidade goiana de Barro Alto, registrou em julho um grande marco: 68% do total das atividades do projeto foram finalizadas. O Projeto Barro Alto recebeu investimento de US$ 1,8 bilhão e espera iniciar as operações em 2011. A expectativa de produção da nova unidade é de 36 mil toneladas de níquel por ano ao longo de 26 anos de operação.

O projeto já completou 99% da enge-nharia e 48% da construção. “O destaque da construção, nestes últimos meses, tem sido o importante avanço na montagem dos fornos elétricos e calcinadores, considerados o cora-

Parceria com Petrobras

O Projeto Barro Alto estabeleceu, em agosto de 2009, parceria com a Petrobras, por meio da BR Distribuidora, para o fornecimen-to de óleo combustível e diesel. De acordo com Luiz Alberto Roselli de Souza, Gerente de Compras da Anglo American Brasil, com o Projeto Barro Alto surgiu a necessidade de negociação do fornecimento com volumes maiores desses combustíveis.

O acordo, firmado por quatro anos, pre-vê, durante este período, o suprimento de 560 milhões de quilos de óleo combustível 2A, para processos industriais, e 48 milhões de quilos de óleo diesel, para máquinas, equipamentos e frotas de todas as unidades operacionais da empresa no país (Barro Alto, Niquelândia, Catalão, Ouvidor e Cubatão).

Na unidade de Barro Alto, além dos tan-ques reservatórios, que começarão a ser cons-truídos no princípio de 2010, a BR já instalou um posto de abastecimento de óleo diesel para a frota da Anglo American. Dentro desse posto, a BR fornecerá uma estrutura para controle de frota, ou seja, um sistema que identifica os veículos a serem abastecidos, a quantidade de combustível utilizada, bem como o consumo de cada veículo, seja em horas trabalhadas por litro de diesel ou em quilômetros por litro.

Anglo American

completa 68% do Projeto Barro AltoAs operações estão

previstas para começar no primeiro trimestre de 2011 ção da planta, e a conclusão da instalação de

linha de transmissão, cujo objetivo é transmitir a energia elétrica em 230 kv da subestação de Furnas (em Souzalândia – GO) para a uni-dade industrial de Barro Alto”, destaca Euler Piantino, Gerente Geral do Projeto.

Com mais de 13,5 milhões de horas tra-balhadas, é importante ressaltar que o empre-endimento, que gera mais de 4 mil empregos durante a sua implantação – e disponibilizará cerca de 700 novos postos de trabalho na fase de operação -, tem excedido níveis de referência do mercado em desempenho de Segurança do Trabalho. “Segurança é um valores mais importantes da Anglo Ameri-can, e é fortemente difundido para todos os empregados e contratados, sem exceção”, ressalta Piantino.

O estande da anglO ameriCan na exPOsibram

2009 é O i 30, nO PavilhãO dO exPOminas. a

emPresa é PatrOCinadOra OurO dO eventO.

VISITE

A nova unidade de Barro Alto produzirá 36 mil toneladas de níquel por ano

Fornos Calcinadores da empresa

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Page 21: MINERAÇÃO É TUDO ISSO!

É a primeira vez que a MOPE – Modelo Operacional Ltda, empresa de Engenharia de Processos, de Software, de Controle e Automação e de Inteligência Computacional participa da EXPOSIBRAM. A estreia será acompanhada de inovações com destaque ao programa OPERA®, já testado em uma usina de flotação. Esta novidade representa um sistema avançado de otimização e controle, baseado no “Modelo Operacional” do Diretor da empresa, o chileno Alexis Yovanovic (de-talhes no quadro abaixo). O sistema atua de forma manual ou em tempo real, de forma a auxiliar em operações como flotação, moa-gem, separação magnética, entre outras.

Alexis Yovanovic explica que as operações de beneficiamento mineral têm-se caracte-rizado, durante quase um século, pela utilização de paradigmas, que correspon-dem a determinadas fórmulas empíricas (método científico tradicional), tabelas indicadas nos catálogos dos fabricantes, fatores de “correção” e até algumas “dicas” tradicionalmente utilizadas na indústria mineral. “A MOPE se apresenta como uma opção de ruptura com o “sta-tus quo” da mineração”, afirma.

De acordo com Yovanovic o es-tande da MOPE na EXPOSIBRAM MOPE será interativo. “Os interes-

MOPE participa pela primeira vez da EXPOSIBRAM

O estande da empresa oferecerá diagnóstico e análise de usinas por meio da equipe técnica. Para isso,

basta o interessado apresentar os dados da mineradora.

sados poderão dialogar com nossa equipe técnica e ainda levar os dados de processo de suas usinas para receberem avaliação e depois diagnóstico preliminar sobre o nível de desempenho das operações unitárias discutidas”, acrescenta.

“A EXPOSIBRAM é a melhor oportunidade que já tivemos para dialogar com o mercado mineral”, comenta Alexis Yovanovic.

A MOPE foi fundada em 2008, em Belo Horizonte, depois do desenvolvimento dos primeiros produtos e a montagem da equipe técnica especializada. A empresa baseia a tecnologia no Modelo Operacional, idealizado pelo Engenheiro Civil-Químico chileno Alexis Yovanovic, em 1987. Desde então, diversos programas de computação e soluções avançadas foram desenvolvidas, exibindo hoje cinco importantes áreas de atuação no mercado, desde a Pesquisa Metalúrgica e Desenvolvimento de Rota de Processos, até avançadas soluções de otimização e controle.

O estande da mOPe é O Q 14, lOCalizadO nO PavilhãO dO exPOminas.

VISITE

Prominas apresenta novo gerenciador para planejamento de lavra

A Prominas Projetos e Serviços de Mine-ração (associada ao IBRAM) apresentará na EXPOSIBRAM 2009 uma linha diversificada de ferramentas para o planejamento de lavra com uso do software MineSight. Uma das novidades é o MSDH - MineSight® Drillho-le, novo gerenciador de base de dados que promete revolucionar o controle e validação das informações.

Para o Diretor Técnico e Gerente de Projetos da empresa, Gislei Silva, a EXPOSI-BRAM é uma vitrine para mostrar todo o po-tencial do MineSight e provar que o produto foi escolhido por diversos clientes no Brasil e no mundo. O Diretor Administrativo, João Franco, concorda. “É um evento especial por reunir empresas importantes no setor, possibilitando grande interação com clientes e perspectiva de novos negócios”.

VISITE

O estande da PrOminas PrOjetOs e serviçOs

de mineraçãO está lOCalizadO em dOis

lOCais nO PavilhãO dO exPOminas: e 4 e F 1.

Equipamento de mineração subterrânea

será lançado na EXPOSIBRAM 2009A Atlas Copco (associada ao IBRAM)

fará lançamento mundial de um equipa-mento para mineração subterrânea, na EXPOSIBRAM 2009. Segundo informações da empresa, o equipamento incorporará uma série de inovações que excederão às expectativas do mercado.

VISITE

a nOvidade POde ser COnFerida nO estande

h 12, nO PavilhãO dO exPOminas.

Sistema OPERA

Mop

e

Indústria da Mineração Ano IV - nº 27, setembro de 2009 21

Page 22: MINERAÇÃO É TUDO ISSO!

A logística é fundamental para o desen-volvimento do setor de mineração em qual-quer região do País. Segundo o Consultor do IBRAM Amazônia, Alberto Rogério, a carência de infraestrutura é um grande desafio, pois provoca um custo adicional nos projetos.

Um exemplo real é o do Município de Juruti, no oeste do Pará, que para implantar uma mina de bauxita, a Alcoa (associada ao IBRAM) construiu uma ferrovia de 55 quilômetros até um terminal portuário para transportar o minério da área de lavra e beneficiamento. Foram necessários 110 mil dormentes e 11 mil trilhos para a Ferrovia, além de duas locomotivas com 40 vagões, para transportar a bauxita. Tudo isso pelo fato de a região ser entrecortada por rios e igarapés e as estradas de chão batido.

Outro investimento foi o aproveitamento da rodovia estadual que passa pela região. A PA-257, que também liga o Beneficiamento ao Porto, foi pavimentada e recebeu drenagem superficial e equipamentos de segurança, além de sinalização. Por ela, circulam os funcioná-rios da mina, as máquinas e os equipamentos do projeto. Uma ciclovia também foi construí-da nos primeiros três quilômetros, para garantir a segurança da comunidade local. O terminal portuário exigiu planejamento: ergueu-se um píer e um retro-porto, com capacidade para receber o minério da locomotiva e armazená-lo até o momento do embarque.

De acordo com Alberto Rogério, mais que conceitos associados unicamente ao planejamento, a oferta de infraestrutura, bem como os condicionantes de logística são, na

verdade, fatores determinantes para viabilida-de de qualquer empreendimento. “Energia é essencial para desenvolver qualquer segmen-to econômico”, esclarece. Como exemplo, ele cita a Usina Hidrelétrica de Tucuruí, que viabilizou projetos existentes no Pará.

Rodovias

As longas distâncias e o árduo trabalho de escoar a produção pelas estradas do Pará, somados à má condição das rodovias que ligam o Estado às demais localidades do Brasil, tornam o deslocamento um problema de primeira ordem.

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Infraestrutura e logística são essenciais para o escoamento da produção mineral

O IBRaM dEClaROu, NO INíCIO dO aNO,

INVEStIMENtOS dE uS$ 47 BIlhõES NO SEtOR MINERal até O aNO 2013. NO PaRá, O

MONtaNtE aPlICadO SERá dE uS$ 22 BIlhõES

Logística alternativa

Para tentar minimizar prejuízos, mine-radoras utilizam alternativas de logística. A Imerys Rio Capim Caulim (associada ao IBRAM), por exemplo, possui um mineroduto que liga a mina da empresa, em Ipixuna do Pará, até a planta industrial, localizada em Barcarena, a 40 quilômetros de Belém (PA). O caulim extraído chega até a fábrica para ser beneficiado por meio do mineroduto de 1,5 metro de profundidade e 158 quilômetros de extensão.

“O mineroduto funciona 365 dias por ano e 24 horas por dia. Este sistema diminui os riscos ambientais e aumentam a seguran-ça do processo”, explica Milton Costantin, Diretor-Presidente da empresa. O produto final é embarcado em porto privativo da Imerys, em Barcarena, com capacidade para receber navios de até 45 mil toneladas. Os principais destinos das exportações brasileiras de caulim beneficiado são a Bélgica, Japão, Estados Unidos, Países Baixos e Itália.

Ferrovia no Município de Juruti

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Juruti está prestes a se transformar no novo pólo de mineração no Pará, com a inauguração da mina de bauxita da Alcoa, em setembro. Com isso, os moradores começam a conviver com novos conceitos, entre eles o de “susten-tabilidade” a partir de uma iniciativa da Escola Juruti de Sustentabilidade naquele município do Oeste paraense. E assim surgiu o curso Formação de Agentes de Sustentabilidade, o primeiro promovido pela instituição.

A ideia é formar um grupo de pessoas para atuar e promover a construção do conceito e da prática da sustentabilidade em Juruti, por meio da criação de projetos e ações sociais, econômicas, culturais e ambientais envolvendo a parceria entre os três setores da sociedade (setor público, privado e sociedade civil orga-nizada), bem como a captação dos recursos necessários para a execução desses projetos.

A iniciativa é considerada inovadora pelos alunos. O agricultor Jenivaldo Roberto do Amaral, 33, integrante da Cooperativa Agropecuária dos Pequenos Produtores Rurais de Juruti (COPAJE), diz que ficou surpreso com a proposta do curso. “Criar uma escola e formar agentes de sustentabilidade é uma ação nova e tarefa difícil. Sustentabilidade ainda não tem uma fórmula, um conceito pronto”, afirma.

Para que os participantes possam com-preender os diversos níveis de organização envolvidos pela sustentabilidade, o curso é dividido em três módulos: Mobilização de Recursos para o 3º Setor e Projetos Socio-ambientais, Gestão de Organizações Civis e Gestão Pública Municipal. Neles, os alunos aprendem a entender as políticas de cida-dania, elaborar e gerenciar projetos, captar e gerir recursos.

Numa avaliação recente, 85% deles conceituaram o curso como “muito bom” e “bom”. Para os instrutores, 96% dos alunos deram esses mesmos conceitos. O conte-údo programático recebeu um percentual de 74% e os recursos didáticos utilizados no curso, 79%.

O interesse dos alunos também surpre-endeu a coordenação do curso. O índice de freqüência chega a 74%. “Fizemos a seleção e a mobilização, mas nem sempre se consegue tanto sucesso”, comemora o Coordenador de projetos de responsabilidade empresarial do Instituto Peabiru, Rui Martins.

A boa aceitação do curso levou a coor-denação a criar a Escola Juruti de Sustenta-bilidade, numa iniciativa do Grupo Alcoa, financiada pela Alcoa Foundation, com exe-cução e coordenação do Instituto Peabiru. A Escola Juruti de Sustentabilidade faz parte do Tripé de Sustentabilidade pensado para o município. Complementam esse tripé, o Conselho Juruti Sustentável e o Fundo Juruti Sustentável. O modelo foi desenhado pela Alcoa para promover o desenvolvimento ordenado e independente do município.

Devido ao sucesso, os idealizadores da Escola de Sustentabilidade já pensam em ampliar a grade de cursos ofertados para o próximo ano.

Jurutienses se preparam para operar mina de bauxita

“Nós somos a base da empresa e vamos levá-la aonde ela deseja estar, sempre bus-cando a excelência e a melhoria para nós e para o empreendimento”, diz Rui Bruce Vieira, 23 anos. Ele é um dos funcionários recém contratados para a fase de Operação da mina de bauxita que a Alcoa implanta em Juruti (PA). Rui já trabalhou em vários estabelecimentos da cidade, mas sempre de

maneira informal. “Só o fato de estar aqui e de ser a primeira vez que minha carteira é assinada, já é muita coisa”.

Rui é do grupo de moradores de Juruti que participaram dos cursos do Programa de Qualificação Profissional, uma parceria entre o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e a Alcoa. O Programa já profissionalizou 2.528 pessoas em áreas da informática, mecânica, elétrica e, mais re-centemente, nos Programas de Formação de Operadores e Operadoras e Manutenção.

“Eu fiz os cursos do Programa de Forma-ção de Operadores e Operadoras (PFO) e do Programa de Formação para Manutenção (PFM). Ingressarei na Alcoa como Operadora, na área do Beneficiamento”, conta Lauriana da Silva, que já trabalhou em bares e res-taurantes, oficinas mecânicas e lanchonetes, todos serviços temporários. “Busco novos conhecimentos e não vou parar. Seguirei em frente. O principal desafio é ficar longe da família”, explica.

Foram contratados 45 profissionais de Ju-ruti para a fase de Operação da mina, dentre os quais 27 foram alunos do SENAI. “Estes alunos encerraram os cursos e estão capaci-tados, podendo ser contratados pela empresa de acordo com a disponibilidade de vagas. O objetivo é que esses profissionais trabalhem na fase de Operação da Mina de Juruti e também em qualquer outra empresa ou em-preendimento que necessite de mão-de-obra preparada para a área industrial”, afirma Célia Oliveira, Consultora de Educação da Alcoa, responsável pela parceria com o SENAI.

ALC

OA

Escola forma agentes de

sustentabilidade

Agentes de sustentabilidade contratados e o supervisor (à esquerda)

Indústria da Mineração Ano IV - nº 27, setembro de 2009 23

Page 24: MINERAÇÃO É TUDO ISSO!

Wolf Metalúrgica apresenta novo modelo de carreta na EXPOSIBRAM 2009

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Balança para correias transportadoras será lançada

na EXPOSIBRAM 2009

A carreta de perfuração pneumática recebeu novos acessórios. O modelo MW- 5000C – que será apresentado na EXPOSIBRAM 2009 – pela Wolf Metalúrgica, proporcionará novas condições de traba-lho operacional por meio de simplicidade e segurança. A empresa, especializada em equipamento de perfuração de rocha, tem como marca registrada o desenvolvimento de novas tecnologias.

O equipamento pesa sete toneladas em três metros de altura. A cabina com ar condicionado, por exemplo, aumenta a produção devido ao conforto operacional. Segundo o Gerente de Negócios da empresa, Marcelo Garcia, todos os comandos e instrumentos da carreta possuem acesso fácil e rápido. “A área de visão é grande por causa do vidro em formato curvo. E entre outros acessórios, a carreta permite o trabalho noturno”, divulga.

Além disso, a carreta possui um coletor de pó eficiente, um engraxador acionado pelo painel de controles, e um trocador de haste que executa toda a ação dentro da própria cabine.

VISITE

VISITE

O estande da wOlF metalúrgiCa é O h 14, nO PavilhãO dO exPOminas.

O estande da ms é O r 78, lOCalizadO nO PavilhãO, dO exPOminas.

Novo modelo MW – 5000C de carreta de perfuração pneumática

Sistema de pesagem de correias transportadoras

MS

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A MS Instrumentos apresentará a Balança Integradora Max Performance e uma nova abordagem para melhor

administração dos equipamentos

Quando fazer a nova calibração da-quela balança especifica? Qual o intervalo de tempo da manutenção para assegurar a precisão? Quando os roletes devem ser trocados? São perguntas técnicas, mas que a MS Instrumentos, especialista em equipa-mentos de medições, há 20 anos, faz ques-tão de esclarecer ao apresentar tecnologias, antes mesmo da aquisição. A novidade que será levada para a EXPOSIBRAM 2009 é a

Balança Integradora Max Performance que faz a pesagem do minério enquanto ele é transportado por meio das correias.

Segundo a empresa, o novo equipamento representa uma nova abordagem para me-lhorar administração dos resultados das ba-lanças para correias transportadoras. Como forma de diferenciação, a MS Instrumentos, considera os termos de manutenção tão importantes quanto o próprio equipamento. E é esse o diferencial, para a representante da Direção da ISO da empresa, Terezinha Duarte. “Nossos especialistas em balanças criam roteiros analíticos de pontuação dos equipamentos para que antes da aquisição e instalação, o usuário conheça o resultado da medição”, explica.

“Os engenheiros de vendas propõe ao cliente a solução correta para cada aplicação, associando a qualidade de nossos produtos aos custos de aquisição. O usuário fica ciente quanto à complexidade e suporte de manu-tenção do equipamento”, afirma Terezinha.

Indústria da Mineração Ano IV - nº 27, setembro de 200924

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Santarém, Oriximiná e Terra Santa. Além do efetivo próprio, a MRN gera mais 1.600 vagas de empregos, ocupadas por trabalhadores terceirizados.

O compromisso da MRN com o bem-estar e a qualidade de vida de seus empregados e familiares pode ser notado pelo programa de benefícios que a empresa disponibiliza. “São cerca de 30 benefícios e serviços sociais, que vão desde assistência médica até ensino gra-tuito na escola de Trombetas e kit escolar para filhos de empregados”, explica a assistente social da MRN, Vânia Blois.

Mineração Rio do Norte completa 30 anos

São muitos os motivos para comemorar. Dentre ele, o fato de a empresa ser uma

das maiores produtoras mundiais de bauxita.

Ao longo dos últimos cinco anos, a MRN investiu mais de R$ 28 milhões em programas sociais. Grande parte desses programas é con-duzida em parceria com as comunidades e insti-tuições técnicas, científicas, públicas e privadas, além de órgãos governamentais e organizações não-governamentais. Desta forma, os projetos da empresa têm como princípios básicos a busca da auto-sustentação e o relacionamento de longo prazo com as partes envolvidas. Alguns desses projetos já chegaram à marca dos 10 anos. É o caso do Quilombo, desenvolvido em parceria com a Fundação Esperança, ONG de Santarém. Por meio do projeto, uma equipe presta assistência médica a 3.300 moradores de 18 comunidades quilombolas que vivem às margens do rio Trombetas.

Outro destaque é o incentivo ao desenvol-vimento da piscicultura, através da criação de tambaquis em tanques-redes. O objetivo do projeto é proporcionar uma alternativa de ren-da aos ribeirinhos. “Desde o inicio do projeto, mais de 200 famílias já foram beneficiadas e uma renda de mais de R$ 350 mil já foi gera-da para as comunidades através da venda do pescado”, explica José Haroldo Paula, Gerente de Relações Comunitárias da MRN.

A Mineração Rio do Norte – MRN (as-sociada ao IBRAM), mineradora de bauxita no Pará, completou 30 anos em agosto. A empresa comemora não só o aniversário como também o fato de ser uma das maiores produtoras mundiais de bauxita e a maior empregadora do Oeste do Pará.

A região Norte é responsável pela maior parte da mão de obra da MRN, sendo origem de mais de 84% dos 1.300 empregados. Desse total, 96,5% são do estado do Pará – a maioria da região Oeste, que possui mais de 900 representantes, especialmente de

A MRN se preocupa com o bem-estar e a qualidade de vida de seus empregados e familiares

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Indústria da Mineração Ano IV - nº 27, setembro de 2009 25

Page 26: MINERAÇÃO É TUDO ISSO!

Atitudes humanitárias, preocupadas com o bem-estar dos empregados, fazem parte do cotidiano das empresas modernas de mineração. Engana-se quem acha que esta atitude não esteja atrelada ao rendimento profissional. Uma pessoa feliz é capaz de mo-ver montanhas. Uma pessoa plenamente sau-dável não é complemento e sim suplemento de uma empresa. Fatores positivos como esses fazem a diferença: aumentam a produtivida-de e permitem que uma mineradora se torne muito mais competitiva. É preciso valorizar o empregado, cuidar dele.

Todos ganham com tal atitude. A empresa que se propõe a cuidar dos funcionários tem

uma ‘carta na manga’. É comum a segurança ocupacional servir de diferencial durante uma negociação. E essas são afirmações da especialista sobre o assunto, Cláudia Pelle-grinelli, também Coordenadora do Programa Especial de Segurança e Saúde Ocupacional do IBRAM, o MinerAÇÃO.

O Programa do IBRAM existe desde 2007 e, se propõe a fazer um trabalho junto às em-presas para diminuir o número de acidentes de trabalho. Essa ação, inicialmente solici-tada por um grupo de mineradoras, só não está de fato implantada, por falta de maior participação das demais empresas. Espera-se que até o final do ano, o MinerAÇÃO tenha

as ferramentas suficientes para pleno sucesso na prevenção de ocorrências que podem prejudicar uma das principais atividades econômicas do País.

Análise de risco

Para uma boa gestão de prevenção de aci-dentes de trabalho é necessário realizar uma análise de risco. É o primeiro passo para saber exatamente como evitar o problema. É preciso identificar para depois atuar. “O Programa foi pensado para ajudar a reverter os indicadores que hoje são negativos no setor de mineração, especialmente no segmento das pequenas e médias empresas”, explica Cláudia.

Para garantir o sucesso do Programa é pre-ciso, além de conscientização, o apoio de em-presas. “A iniciativa para aderir ao MinerAÇÃO é voluntária. Todos aqueles que procurarem o IBRAM para fazer parte do Programa rece-berão suporte com treinamentos, palestras e pesquisas para diminuir drasticamente esta es-tatística que tanto assusta”, enfatiza Cláudia.

Segundo dados do Instituto, a mineração é o terceiro segmento que mais provoca mortes em termos de segurança ocupacional no Brasil. “Alega-se muito que a mineração provoca doenças e mortes. Só um trabalho sério consegue retirar o setor desta plataforma de risco”, conclui a especialista.

Segurança e Saúde na mineração: fator de

competitividadeValorizar o empregado e zelar pela saúde é,

além de uma atitude humana, uma forma de tornar a empresa competitiva e plenamente produtiva

Mina subterrânea de Taquari-Vassouras, Sergipe

Vale

Indústria da Mineração Ano IV - nº 27, setembro de 200926

Page 27: MINERAÇÃO É TUDO ISSO!

Um belo exemplo de como cuidar e zelar pela saúde dos empregados é o Programa de Medicina do Sono e Fadiga, iniciativa da Mineração Rio do Norte – MRN. As atividades do Laboratório do Sono do hospital de Porto Trombetas, no Município de Oriximiná, no Pará, começaram em março de 2009. As instalações do hospital passaram por ade-quações físicas e, equipamentos de polisso-nografia foram adquiridos para a realização de exames.

Atualmente, o sono é uma das principais preocupações da MRN em relação a saúde dos empregados, já que a qualidade do sono está diretamente ligada ao desempenho das pessoas. O sono aumenta a possibilidade de erros na operação e é, reconhecidamente, fator de aumento no risco e na gravidade de acidentes. Por meio do Programa, devem ser identificadas e tratadas desordens respi-ratórias do sono, sonolência diurna, insônia, desordens da neurologia e psiquiatria que afetam o sono.

Em 2008, a MRN passou a usar a luz (foto-terapia ou luxterapia) para combater a sono-lência no ambiente de trabalho, especialmen-te com empregados que trabalham em turnos

Quer participar do Programa MinerAÇÃO?

Para garantir o sucesso do Programa Especial de Segurança e Saúde é preciso a participação de empresas do setor da mineração, inde-pendentemente do porte e sistema de gestão, com adesão voluntária ao Programa.

Para aderir ao MinerAÇÃO basta entrar em contato com o IBRAM por meio do telefone 31 3223 6751 ou enviar e-mail para: [email protected]

Conheça cinco Princípios do Programa:

1. Atuar, de forma permanente, com o intuito de minimizar os riscos à saúde e segurança das pessoas nas atividades de mineração;

2. Possibilitar e incentivar a participação de todas as empresas do setor, independentemente de seu porte e sistemas de gestão, com adesão voluntária ao programa;

3. Ter como base o atendimento irrestrito à legislação brasileira e estar alinhado aos princípios do ICMM - International Council of Mining and Metals, em relação à Segurança e Saúde Ocupacional;

4. Promover o constante, amplo e permanente intercâmbio de experiências e boas práticas entre as empresas do setor e partes interessadas, desenvolvendo meios de comunicação adequados;

5. Incentivar o desenvolvimento das pessoas (empregados, con-tratados, parceiros e partes interessadas), por meio de ações de educação e treinamento.

e na operação de máquinas como tratores, locomotivas, escavadeiras e caminhões. A luz inibe a produção de melatonina, hormônio que induz ao sono, produzido à noite. Assim, foram implantadas nessas máquinas lâmpadas com capacidade de 2.000 LUX e baixa emis-são ultravioleta, que acendem gradativamente para não ofuscar o operador.

Ainda em 2008, uma enfermaria do hospital recebeu tratamento acústico para a realização de exames polissonográficos - em

que o paciente dorme no hospital sendo monitorado por uma câmera que registra imagens em DVD.

Sobre Saúde Ocupacional

O conceito de Saúde Ocupacional vai muito além dos aspectos de possíveis doen-ças causadas pelo trabalho. Aspectos sociais, psicológicos, qualidade das relações no traba-lho, segurança institucional e perspectivas de futuro influenciam a saúde no trabalho.

EXEMPLO DE SEGURANÇA E SAúDE: LABORATóRIO

DO SONO DA MRN NO PA

AGENDE-SE

O assuntO segurança e saúde será tema dO Painel: gestãO estratégiCa de segurança e saúde OCuPaCiOnal COmO FatOr de COmPetitividade, nO dia 23 de setembrO, às 14 hOras, nO auditóriO iii “OCtáviO Ferreira da silva”, nO exPOminas.

Funcionário da MRN durante exame polissonográfico, no Laboratório do Sono

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Indústria da Mineração Ano IV - nº 27, setembro de 2009 27

Page 28: MINERAÇÃO É TUDO ISSO!

No ano de comemoração dos dez anos da AngloGold Ashanti (associada ao IBRAM) no Brasil, os acionistas afirmam que a em-presa crescerá em cinco anos o equivalente à metade da sua produção. Outro motivo

para comemorar é o fato de a Anglo ter mantido todos os seus projetos de cresci-mento no País para este ano, mesmo diante da situação econômica mundial.

Para que a previsão de crescimento se realize, a empresa aposta também em responsabilidade social, na valorização dos empregados e no aprimoramento da gestão – como exemplo o Projeto One, que padronizará os processos da AngloGold em todo o mundo.

Na questão da segurança - um dos aspectos mais valorizados pela empresa AngloGold Ashanti –, o Programa de Ge-renciamento de Riscos, associado a outras iniciativas, age na conscientização de cada empregado em cuidar de si e do colega, sempre em busca das oportunidades de me-lhoria. Nos últimos anos, alguns processos, como pesquisas de clima e o desenvolvi-mento de empregados por meio de treina-mentos, têm proporcionado bons resultados no bem-estar dos trabalhadores.

Desenvolvimento social e ambiental

Um exemplo de responsabilidade am-biental da mineradora é a criação de duas Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) – uma em Nova Lima e outra em Sabará e Caeté (todas em MG). Além disso, 80% da água nas unidades operacionais é recirculada e o Sistema de Gestão Am-biental da Empresa está ancorado na ISO 14001. A AngloGold se alinha à ISO 14001 e 17025, bem como ao Código Interna-cional de Cianeto, os três com conotação ambiental; à OHSAS 18001, de segurança e saúde; à ISO 9001, de qualidade e à NBR 16001, meta para este ano, que versa sobre responsabilidade social.

Responsável pela maior parte dos empre-gos oferecidos às comunidades das regiões onde atua – Nova Lima e Raposos, com a Planta do Queiroz, a empresa mantém parcerias locais para geração de trabalho e renda. Somente em impostos, a empresa

Equipamento de mineração subterrânea

Mineradora de ouro crescerá em 5 anos o equivalente à metade da produção

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Ouro em barra: produto final.

Indústria da Mineração Ano IV - nº 27, setembro de 200928

Page 29: MINERAÇÃO É TUDO ISSO!

gera 89 milhões de reais em Minas Gerais e em Goiás. A Política de Desenvolvimento de Comunidades abarca projetos voltados para as áreas de saúde, educação e renda em todas essas cidades. Os sistemas de governança da AngloGold Ashanti pressupõem a prestação de contas e a informação transparente para todas as partes interessadas.

“A participação da AngloGold Ashanti no setor mineral brasileiro é marcada pelo volume e qualidade dos investimentos em exploração mineral, ampliação de minas em operação, abertura de novas minas, intro-dução de mais ouro e subprodutos, o que se torna mais significativo por cobrir regiões distintas do Brasil: o Quadrilátero Ferrífero, em Minas Gerais, e o Centro Oeste, em Cri-xás, GO”, afirma Paulo Camillo Vargas Penna, Presidente do IBRAM.

ALGUMAS UNIDADES DA EMPRESA:

Córrego do Sítio I e Córrego do Sítio II

Com produção anual de 500 mil tone-ladas de minério e 90 mil onças de ouro por ano – cujo teor é de 6,19 gramas por tonelada – o Projeto Córrego do Sítio I acaba de ganhar uma unidade irmã: Córrego do Sítio II, onde já se iniciou uma campanha de exploração e sondagem para incremen-tar a produção a partir de 2015. Ambas se localizam em Santa Bárbara (MG). A estima-tiva, com o segundo projeto, é duplicar a contribuição atual e elevar as 90 mil onças/ano para 180 mil. Os recursos minerais em Córrego do Sítio são da ordem de 2,2 mi-lhões de onças, sendo 1 milhão de onças de recursos lavráveis, com vida útil até 2022. Em Córrego do Sítio II, o potencial estima-do é de 1,6 milhão de onças, com vida útil prevista para 2030. Em termos de previsão de investimentos, as duas unidades somam aproximadamente US$ 330 milhões.

Projeto Lamego

A previsão é produzir 290 mil toneladas de minério por ano, com teor de 4,87 gramas de ouro por tonelada, a partir de 2011. O Projeto Lamego, em Sabará (MG), está em fase de estudos e prevê o aprofundamento

dos principais corpos de minério locais – Carruagem e Cabeça de Pedra. Os recursos minerais são de 1,3 milhões de onças, sendo que a parte lavrável representa 374 mil onças. A vida útil da mina está prevista para 2020. O Projeto recebeu investimentos de US$ 60 milhões e, contabiliza-se, atualmente, 500 postos de empregos.

Mineração Serra Grande

Os investimentos em pesquisa também propiciaram expandir a Planta Industrial e prolongar a vida útil da Mineração Serra Grande, joint venture da AngloGold Ashanti e da Kinross, localizada na cidade de Crixás (GO). As minas e a nova planta industrial pas-saram por mudanças estruturais e por uma expansão, que recebeu R$ 120 milhões de investimento, cuja inauguração foi em março passado, com vista a ampliar a produção da empresa em 44%. Em 2009, Serra Grande irá processar 1,08 milhão de toneladas de minério para produzir, aproximadamente, 162 mil onças de ouro ou 5 toneladas.

VISITE

O estande da anglOgOld ashanti na exPOsi-

bram 2009 é O estande C 29, lOCalizadO nO

PavilhãO dO exPOminas.

Quando o projeto foi aprovado na década de 80, a vida útil prevista para a empresa era 10 anos. Já se passaram 20, e ainda restam nove anos nos planos atuais de lavra, podendo ser estendidos em decorrência dos investimentos em exploração. Os recursos conhecidos atualmente são da ordem de 2 milhões de onças de ouro, o que garante a operação da empresa até 2018. O investi-mento em pesquisa geológica nos próximos quatro anos é de cerca de R$ 90 milhões. A empresa emprega 900 pessoas diretamente e mais 300 indiretamente. Recentemente, Serra Grande conquistou o Prêmio Excelên-cia em Gestão da Segurança, concedido pela própria AngloGold Ashanti.

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Uma das etapas da produção de ouro: fundição.

Indústria da Mineração Ano IV - nº 27, setembro de 2009 29

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O Laser Scanner terrestre LMS-Z620 (marca RIEGL) é composto por um equipamento de alta performance e longo alcance para escaneamentos em 3D, por um software de tra-tamento e operação dos dados (RiSCAN PRO) e ainda por uma câmera digital de alta resolução. Tudo isso forma um sistema para auxiliar no processamento auto-mático ou semi-automático dos dados escaneados e das imagens. Materiais estes que geram produtos que informam a profundidade e servem para análises de ge-otecnia (área mecânica dos solos) e medição de minas, entre outras aplicações.

Projetado especialmente para aquisição rápida de imagens 3D de alta qualidade, até mesmo sob condições ambientais adversas, o Laser Scanner é um sensor totalmente portátil. O equipamento fornece uma combinação de amplo campo de visão, longa faixa de alcance

e rápida aquisição de dados. Um notebook com Windows, junta-mente com o pacote do software RiSCAN PRO, permite ao usuário adquirir instantaneamente dados 3D de alta qualidade no campo e acessar uma variedade funções de registro, pós-processamento e exportação de dados.

A novidade é apresenta-da ao mercado brasileiro pela CPE Equipamentos Topográficos

Ltda., especializada em locação e venda de equipamentos topográficos, como estações totais, receptores GPS, laser scanners e sof-twares. A empresa, que atua desde 1974, estará na EXPOSIBRAM 2009.

Laser Scanner terrestre de alta precisão em levantamentos 3D é

apresentado ao mercado brasileiroA empresa responsável pela locação e venda desses

equipamentos estará na EXPOSIBRAM 2009

A construção civil promete ser o mo-tor da economia brasileira nos próximos cinco anos. A preparação para a Copa do Mundo de 2014 deve transformar o Brasil em um grande canteiro de obras, o que permite ao setor fazer planos para reiniciar o ciclo de crescimento interrompido em 2008 pela crise mun-dial. As empresas da construção civil já registram melhoras, e garantem que o segmento passará por um aumento de contratações para atender à demanda.

Na avaliação dos representantes e especialistas, a construção civil deverá ganhar maior participação no PIB a partir do próximo ano. Até 2008, a indústria da construção representava 5,1% das riquezas do País. “A Copa do Mundo de 2014 aumentará os investimentos em infraestrutura pelo menos até o ano de realização, o que aquecerá a constru-ção civil”, avalia Carlos Maurício Lima de Paula Barros, Diretor-Presidente da ABEMI - Associação Brasileira de Enge-nharia Industrial.

O otimismo das empresas tem base no volume de investimentos prometi-dos para o setor, que variam de R$ 60 bilhões a R$ 100 bilhões. Especialistas estimam que, a cada R$ 1 milhão em investimentos na construção civil, são criados 58 empregos, sendo 33 empre-gos diretos e 25 indiretos. Isso significaria a geração de pelo menos 3,5 milhões de vagas. Para Barros, o crescimento do setor deve aumentar o número de empregos principalmente em empresas de projeto, consultoria, edificações e construção industrial.

Copa de 2014: construção civil deve aumentar contratações

Setor está otimista com a chegada do Mundial, que pode

criar mais de 3,5 milhões de vagas em todo o País

Laser Scanner terrestre em dois países: Austrália e, abaixo, China.

O estande da CPe eQuiPamentOs tOPOgráFiCOs

ltda. é O a 21, nO PavilhãO dO exPOminas.

VISITE

CPE

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Indústria da Mineração Ano IV - nº 27, setembro de 200930

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Especializada em sistemas para controle e supervisão de operações de minas, a Devex (associada ao IBRAM) apresentará na EXPOSIBRAM 2009, uma nova versão do SmartMine, que existe há 12 anos. Este novo sistema, com destaque para a Telemetria Pró-ativa, fornece informações em tempo real sobre condições anômalas de uso dos equipamentos e, ainda, auxilia na gestão de ativos de forma a prevenir danos e mau uso do equipamento por meio de alarmes gerados na central de controle e no computador de bordo.

De acordo com o Gerente, da Devex, Renato de Souza Gomes, o benefício dessa novidade é a possibilidade do usuário antecipar possíveis riscos e educar o operador, evitando danos ao equipamento e perdas na produtividade.

Durante o evento, a Devex apresentará também a evolução do Exac-ta System. Essa funcionalidade do SmartMine permite maior precisão na rotina das máquinas por meio de GPS de alta precisão (HPGPS) e

DEVEX apresenta ferramenta que informa em

tempo real as condições dos equipamentos

sensores de cinemática e inclinação. “Dessa forma, o sistema obtém os dados de trabalho dos equipamentos com grande exatidão, o que minimiza retrabalhos e aumenta o ganho operacional nas atividades de perfuração, carregamento, corte e aterro”, explica Gomes.

O estande da devex é O l 15 nO PavilhãO dO exPOminas.

VISITE

Sever System em operação no computador de bordo do trator de esteira

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Um acoplamento usado na mineração é um dispositivo que garante eficiência na trans-missão de potência do motor das máquinas e ainda, reduz o consumo de energia. Durante a EXPOSIBRAM 2009 a empresa Voith Turbo apresentará o novo produto, o Acoplamento TurboSyn, e ainda, fará uma simulação deste equipamento aos visitantes.

O equipamento simulador permitirá, de forma didática, que o visitante perceba o comportamento dinâmico de uma partida via acoplamento hidrodinâmico.

De acordo com a empresa, os investi-mentos no desenvolvimento dos acopla-mentos e variadores de velocidade hidro-dinâmicos chegam a 2 milhões de euros por ano na Voith. “Esses equipamentos são reconhecidos no mercado como de alta

qualidade comprovada”, destaca o Gerente da Divisão Industrial da companhia, Jorge Jappur. Ele salienta que a Voith Turbo possui o compromisso mundial de confiabilidade, cujo slogan é “Engineered reliability” (de-nominação que traduz a filosofia corporati-va do Grupo e pode ser traduzida em três palavras-chaves: qualidade, confiabi-lidade e solidez). A participação no mercado de mineração representa 80% dos negócios.

“A EXPOSIBRAM é o maior evento de mineração do País, que reúne os principais clientes e fabri-cantes do mercado. A participação no evento permite perceber o pulso e orientação do mercado e com isso conceber as melho-res estratégias para nossa atuação”, afirma Jorge Jappur.

Voith Turbo mostra inovações de acoplamento para indústria de mineração

Além do novo acoplamento integrado e do convencional, a empresa apresentará aos visitantes da EXPOSIBRAM 2009 o equipamento simulador

O estande da vOith turbO

é O F15, nO PavilhãO dO exPOminas.

Voith Turbo

A Voith Turbo é uma divisão do Grupo Voith, que desenvolve e fornece tecnologia de ponta em componen-tes, sistemas e serviços relacionados a acionamentos. Com atuação global nas áreas industrial, automotiva, ferroviária e naval, a empresa emprega, no mundo, mais de 5.300 colaboradores e faturou € 1,16 bilhão no ano fiscal 2007/2008.

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Acoplamento TurboSyn

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Indústria da Mineração Ano IV - nº 27, setembro de 2009 31

Page 32: MINERAÇÃO É TUDO ISSO!

Soluções para aumentar o potencial de cada estágio do ciclo de vida de um projeto de mineração. É justamente este papel de provedor de soluções técnicas que é garantido pela equipe de especialistas da Ausenco do Brasil Engenharia (associada ao IBRAM). A companhia estará na EXPOSIBRAM 2009. A empresa detalhará sua capacitação nas áreas de Engenharia Mineral, Óleo & Gás, Energia, Infraestrutura e Consultoria Ambiental.

A Ausenco realiza estudos de engenharia do tipo EPC (Engenharia, Suprimentos e Cons-trução) e EPCM (Engenharia, Suprimentos e Gestão da Construção) para projetos de grande escala em uma ampla variedade de commodities. As linhas de negócios – compre-endidas pelas Ausenco Minerals, Vector, PSI,

Sandwell, Ascentis e Gerenciamento de pro-grama da Ausenco – cobrem toda a cadeia produtiva: avaliação geológica, planejamento de mina, beneficiamento mineral, disposição de rejeitos/estéril, transporte por dutos, manu-seio de granéis e projetos portuários.

Dentre alguns dos projetos recentemente desenvolvidos pela Ausenco estão:

Mineração Bauxita Paragominas para a •Vale. O mineroduto de 245 km da mina de bauxita de Paragominas, da Vale, no

Ausenco do Brasil:

capacitação em engenharia

mineral e consultoria ambiental

Pará, foi comissionado em 2007 e trans-porta 11,8 milhões ton/ano de material. É o primeiro e único duto de transporte de concentrado de bauxita de longa distância no mundo, processo este de alta complexidade técnica em face aos desafios de resistência, disponibilidade e controle do sistema.Anglo Ferrous Minas Rio para a Anglo •Ferrous Brasil (Anglo American). Pro-jeto de Engenharia Básica e Detalhada, com 524 km, que liga a planta em Con-ceição do Mato Dentro (MG) ao porto em Barra do Açu, em São João da Barra, no Rio de Janeiro, com 2 Estações de Bombeamento, uma Estação de Válvulas e o Terminal. O projeto está em fase de implantação.O segundo mineroduto para a Samarco •Mineração, com 398,7km de distância, desde a mina de Germano, em Minas Ge-rais, até Ponta do Ubu, no Espírito Santo, que foi comissionado em 2007/2008 e transporta hoje oito MTA de concentrado de minério de ferro.

VISITE

O estande da ausenCO dO brasil engenharia é O r 34, nO PavilhãO dO exPOminas.

Projeto Anglo Ferrous Minas Rio: terraplenagem e abertura de pista para lançamento do mineroduto

Mineroduto da mina de bauxita de Paragominas, da Vale, no Pará

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Indústria da Mineração Ano IV - nº 27, setembro de 200932