MILITARES - mun-montijo.pt...descriptivel de festas e pra- zeres. Vao-se adestar tantos homens na...

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IDOMIlsIGrO, 30 DE SETJEJMHRO .DE 1903 A’." 1 14 SEMANARIO NOTICIOSO, LITTERÀRIO E AGRÍCOLA /U Assignatura |j Anno, 18000 réis; semestre, 5oo réis. Pagamento adeantado. II parn o Brazil, anno, 2$5oo réis Imoeda for;ej. . -1»/» rtrt /^ífl AO TMlkllVo^Srt •./{!» X 52 s yd\ “ v w**-*"*! 1 i w*o (moeda foricj-, Avulso, no dia da publicação, 20 réis. EDITOR — José Augusto Saloio ICÁOETYPftGfii Xi [9, i.° — RUA DIREITA — A L U E G A L L K G -V i| Publicações !i Annuncios— i.a publicação, 40 réis a linha, nas seguintes, 20 réis. Annuncios 11a 4.» pagina, contracto especial. Os auto- graphos náo se restituem quer sejam ou náo publicados. ' I PROPRIETÁRIOJosé Augusto Saloio e x p e d ie n t e Solicitamos dos cava lheiros a quem já eaviá- m 0S o recibo para paga mento- do S.° semestre do corrente aaíiio, a Ssae- Za de nos maiídarem sa tisfazer as suas impor tâncias em débito á ad ministração d’este Jor nal. Rogamos aos nossos estimáveis assignantes a fiacza de nos participa rem qualquer falta isa r e messa do jornal, para de prompto providenciar mos. Aeeeitam*se com grati dão quaesquer noticias que sejam de interesse publico. MILITARES Não se fala no paiz se não em manobras milita res, tendo por fim exerci tar no manejo das armas o nosso exercito. Ouvem-se nos campos e nas cidades 0 tenir das espadas, o ro dar das carretas e os pas sos dos soldados e oíficiaes em demanda do campo da batalha. E’ um delirio in- descriptivel de festas e pra- zeres. Vao-se adestar tantos homens na tarefa inutil da guerra, que ha muito de veria ter desapparecido do mundo, para honra do gé nero humano. Sempre os combates, sempre as lu ctas, sempre as pugnas fratricidas! O tempo que se perde em estudar os aperfeiçoamentos, cada vez mais modernos da arte de matar, não poderia empre gar-se em obras de mais util e proveitosa instrucção? Os homens mais intelli- gentes, os cerebros mais abalisados, os pensadores mais profundos, teem com batido a guerra, e todavia ella continua a avassal- lar 0 mundo, prendendo-o nas suas garras de ferro. Quando será que nos Campos e nas cidades, em vez do tinir das espadas, do rodar das peças de ar tilheria, do tocar dos ca nhões, dos gemidos dos muribundos, dos lamen tos das mães e das espo sas a quem a guerra arre batou tantos entes queii- dos, a humanidade possa ouvir os cânticos jubilosos do trabalho, da paz e da fraternidade? Quando será? JOAQUIM DOS ANJOS. AGRICULTURA. A estufa E' da maior conveniencia que em todas as estufas, mas principalmente nas quentes, haja á entrada um anteparo ou guarda-vento, que obste aos effeitos dire ctos do ar exterior todas as vezes que se abrir a porta da estufa. Em algumas estufas cos tumam substituir esses guarda-ventos por uma es pecie de vestibulo, o qual, além de prestar idêntico serviço, tem a dupla vanta gem de poder ser aprovei tado para nelle se fazerem as mudas, transplantações, limpeza e outros arranjos das plantas cultivadas nas mesmas estufas. Pelo que toca á disposi ção das plantas e do mais que para o seu bom arranjo e melhor ordem se deve observar no interior das estufas, dever-se-ha atten- der ás differentes especies nellas cultivadas, e segun do ellas forem, assim de verá variar essa disposição ou arranjo. E’ certo que a maior parte dos vegetáes culti vados em estufa se con servam ahi em vasos maio res ou menores, porém muitos outros ha que só podem vegetar .em terra franca, em razão das suas raizes. E, não basta attender aos vegetáes, senão tam bem á maior ou menor grandeza das mesmas es tufas, e em harmonia com ambas dispcr as passagens ou ruas, os canteiros ou alegretes, e o mais que evidentemente se veja que é necessário subordinar áquellas duas condições, desenvolvimento natural das plantas e vastidão das estufas. Os canteiros destinados á cultura das plantas de maior porte deverão pre- parar-se da maneira se guinte: mover-lhes a terra até á profundidade que baste para as raizes profun darem o necessário, haven do o cuidado substituir por terra própria ou menos con- viniente para auxiliar a melhor vegetação das plan tas que pretender-mos cul tivar. Convém que esses can teiros ou alegretes sejam mais altos que os passeios 011 ruas, e, para que possa sustentar nelles convenien temente a terra, podere mos empregar supportes ou anteparos de granito, de lousa, de tijolo, de cha pa de ferro ou de madeira, sendo comtudo os dois úl timos para usar só quando faltarem quaesquer dos ou tros, visto que o ferre se prejudica com a humidade, oxidando-se e desfazendo- se em pouco tempo, e a mad e i r a a pod r ec endo ta m- bem rapidamente com os effeitos da mesma humi dade. Quando porém a neces sidade nos forçar a larçar- mos mão de taes rnate- riaes, deveremos dar-lhes uma boa camada de tinta de oleo, como um preser vativo contra os pernicio sos effeitos da humanidade, e remoçal-a-hemos sempre que virmos que isso se tor na necessário. Os passeios ou ruas das estufas nunca deverão cal- car-se em demasia, por que isso poderia ser nocivo ás plantas cultivadas nos ale gretes, visto que, quando ellas estendessem as suas raizes, ficarjam estas priva das de poder gosar das ne- cessarias emanações do solo. E’ por isso que deve mos com mais rasão ainda condemnar qualquer gene- ro de cobertura do pavi mento. Os tubosconductores do calor, poderão ser condu zidos ou ao longo das pa redes das estufas, ou ao longo das margens dos pas seios e proximo dos ale gretes ou dos taboleiros supportadores dos vasos, nas estufas em que as plan tas não forem cultivadas em plena terra. As plantas de pequeno porte, mas de grandes rai zes, podem sei' cultivadas em alegretes ai os cons truídos junto das paredes lateraes das estufas, e qua si á altura do começo das vidraças delias. O mesmo cuidado se de verá ter com aquellas plan tas para cuja vegetação se ja indispensável urna quan tidade mais considerável de luz. No canto das estufas, bem como ao redor do guarda-vento. se o houver, será conveniente plantar algumas trepadeiras, as quaes, além de modifica rem de certo modo a tem peratura das camadas mais altas da atmosphera das es tufas, são um meio gracio so e mui apreciavel de ador no, sobre-lido quando bem escolhidas pela sua folha gem, florescencia e aroma. Se as estufas não forem destinadas á cultura de plantas de plena terra, mas á de plantas em vaso, de vem os alegretes ou can teiros ser substituídos por caixas ou taboleiros altos, os quaes podem ser feitos tambem de pedra, lousa, ti jolos, ferro ou madeira olea da ou alcatroada para sup- porte dos mesmos vasos Este taboleiro 011 caixa deve situar-se no centro da estufa, devendo ter de fundo entre 10 e i 5 çenti- metros. A começar de baixo pa ra cima, dispor-se-ha uma :amada de estrume, que regule pouco mais ou me nos por metade da altura da caixa; sobre este se es tenderá uma camada de. casca de carvalho com 3 o a 40 centímetros de espes sura, e é nesta que devem ser enterrados os vasos, mas não completamente. Quando for necessário um calor forte nas estufas, poderão collocar-se algu mas travessas de ferro en tre a camada de casca, e sobre ellas se assentarão tubos conductores de ca lor, que poderão conter ar quente ou vapor d’agua. Continuai. C’osEíribaufçã© Predial Urbana A Bibliotheca Popular de Legislação, com séde na Rua de S. Mamede, 107 (ao Largo do Caldas) Lis boa, acaba de editar este novo regulamento, em conformidade com a ulti ma publicação do Diario do Governo. E’ a unica edi ção que contém a carta de lei de 29 de julho de 1899, e o regulamento do servi ço das annuliações por si nistros, occoridos em pré dios rústicos, de 25 de agosto de 1903, sendo o seu preço 200 réis. Tambem iá está exposto á venda o regulamento re lativo ao imposto sobre Especialidades Phai •maceu- ticas. O seu custo é de 200 réis. No prélo: Tabella das Taxas do Sello de Licença , que devem ser cobradas juntamente com a contri buição industrial.— Preço 100 réis. <o>- Passatesraspo.. Acabamos de receber o n.° 65 desta elegante re vista que, como sempre, vem primorosa. Insere 20 illustrações de primeira ordem, algumas de subido interesse, como as de questão Humbert e manobras da esquadra in- gleza em Lagos. No texto, versos de João Penha e D. Anna de Paiva, e a continuação dos «Al- bigenses», trabalho littera- rio de grande valor para todos que desejam conhe cer o que é Roma e o Va ticano. Dedica tambem uma pa gina ao fallecido jornalista e nosso collega Baptista Borges. O Passatempo assigna- se por i$ooo réis annuaes nos Grandes Armazéns

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ID O M Ils IG rO , 3 0 D E S E T J E J M H R O .D E 1 9 0 3 A’." 1 14

S E M A N A R IO N O T IC IO S O , L IT T E R À R IO E A G R ÍC O L A

/U A ss ig n a tu ra |jA n n o , 18 0 0 0 r é i s ; semestre, 5oo réis. Pagamento adeantado. II p a rn o B r a z i l , a n n o , 2 $ 5 o o réis Imoeda for;ej.. -1»/» rtrt / ífl A O TMlkllVo^Srt •./{!» X

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yd\“ v w**-*"*! 1 i w*o (moeda foricj-,Avulso, no dia da publicação, 20 réis.

EDITOR— José Augusto Saloio

ICÁOETYPftGfi iXi

[9, i.° — RUA DIREITA —A L U E G A L L K G -V

i| Publicações! i Annuncios— i . a publicação, 40 réis a linha, nas seguintes,

20 réis. Annuncios 11a 4.» pagina, contracto especial. Os auto- graphos náo se restituem quer sejam ou náo publicados. '

I PROPRIETÁRIO — José Augusto Saloio

e x p e d i e n t e

Solicitamos dos cava lheiros a q u em já eaviá- m0S o recibo para paga­mento- do S.° semestre do corrente aaíiio, a Ssae- Za de nos m aiíd a rem sa­tisfazer as suas im p o r ­tâncias em d éb ito á ad ­ministração d’este J o r ­nal.

Rogamos aos nossos estimáveis assignantes a fiacza de nos p a r t ic ip a ­rem qualquer falta isa r e ­messa do jornal, para de prompto providenciar­mos.

Aeeeitam*se com grati­dão quaesquer noticias que sejam de in te re s s e publico.

M I L I T A R E SNão se fala no paiz se­

não em manobras milita­res, tendo por fim exerci­tar no manejo das armas o nosso exercito. Ouvem-se nos campos e nas cidades 0 tenir das espadas, o ro­dar das carretas e os pas­sos dos soldados e oíficiaes em demanda do campo da batalha. E’ um delirio in- descriptivel de festas e pra- zeres.

Vao-se adestar tantos homens na tarefa inutil da guerra, que ha muito de­veria ter desapparecido do mundo, para honra do gé­nero humano. Sempre os combates, sempre as lu­ctas, sempre as pugnas fratricidas! O tempo que se perde em estudar os aperfeiçoamentos, cada vez mais modernos da arte de matar, não poderia empre­gar-se em obras de mais util e proveitosa instrucção? Os homens mais intelli- gentes, os cerebros mais abalisados, os pensadores mais profundos, teem com­batido a guerra, e todavia ella continua a avassal- lar 0 mundo, prendendo-o nas suas garras de ferro.

Quando será que nos Campos e nas cidades, em

vez do tinir das espadas, do rodar das peças de ar­tilheria, do tocar dos ca­nhões, dos gemidos dos muribundos, dos lamen­tos das mães e das espo­sas a quem a guerra arre­batou tantos entes queii- dos, a humanidade possa ouvir os cânticos jubilosos do trabalho, da paz e da fraternidade?

Quando será?JOAQUIM DOS ANJOS.

A G R I C U L T U R A .A e s tu fa

E' da maior conveniencia que em todas as estufas, mas principalmente nas quentes, haja á entrada um anteparo ou guarda-vento, que obste aos effeitos dire­ctos do ar exterior todas as vezes que se abrir a porta da estufa.

Em algumas estufas cos­tumam substituir esses guarda-ventos por uma es­pecie de vestibulo, o qual, além de prestar idêntico serviço, tem a dupla vanta­gem de poder ser aprovei­tado para nelle se fazerem as mudas, transplantações, limpeza e outros arranjos das plantas cultivadas nas mesmas estufas.

Pelo que toca á disposi­ção das plantas e do mais que para o seu bom arranjo e melhor ordem se deve observar no interior das estufas, dever-se-ha atten- der ás differentes especies nellas cultivadas, e segun­do ellas forem, assim de­verá variar essa disposição ou arranjo.

E’ certo que a maior parte dos vegetáes culti­vados em estufa se con­servam ahi em vasos maio­res ou menores, porém muitos outros ha que só podem vegetar .em terra franca, em razão das suas raizes.

E, não basta attender aos vegetáes, senão tam­bem á maior ou menor grandeza das mesmas es­tufas, e em harmonia com ambas dispcr as passagens ou ruas, os canteiros ou alegretes, e o mais que

evidentemente se veja que é necessário subordinar áquellas duas condições, desenvolvimento natural das plantas e vastidão das estufas.

Os canteiros destinados á cultura das plantas de maior porte deverão pre- parar-se da maneira se­guinte: mover-lhes a terra até á profundidade que baste para as raizes profun­darem o necessário, haven­do o cuidado substituir por terra própria ou menos con- viniente para auxiliar a melhor vegetação das plan­tas que pretender-mos cul­tivar.

Convém que esses can­teiros ou alegretes sejam mais altos que os passeios011 ruas, e, para que possa sustentar nelles convenien­temente a terra, podere­mos empregar supportes ou anteparos de granito, de lousa, de tijolo, de cha­pa de ferro ou de madeira, sendo comtudo os dois úl­timos para usar só quando faltarem quaesquer dos ou­tros, visto que o ferre se prejudica com a humidade, oxidando-se e desfazendo- se em pouco tempo, e a m a d e i r a a p o d r e c e n d o t a m - bem rapidamente com os effeitos da mesma humi­dade.

Quando porém a neces­sidade nos forçar a larçar- mos mão de taes rnate- riaes, deveremos dar-lhes uma boa camada de tinta de oleo, como um preser­vativo contra os pernicio­sos effeitos da humanidade, e remoçal-a-hemos sempre que virmos que isso se tor­na necessário.

Os passeios ou ruas das estufas nunca deverão cal- car-se em demasia, por que isso poderia ser nocivo ás plantas cultivadas nos ale­gretes, visto que, quando ellas estendessem as suas raizes, ficarjam estas priva­das de poder gosar das ne- cessarias emanações do solo. E’ por isso que deve­mos com mais rasão ainda condemnar qualquer gene- ro de cobertura do pavi­mento.

Os tubosconductores do calor, poderão ser condu­

zidos ou ao longo das pa­redes das estufas, ou ao longo das margens dos pas­seios e proximo dos ale­gretes ou dos taboleiros supportadores dos vasos, nas estufas em que as plan­tas não forem cultivadas em plena terra.

As plantas de pequeno porte, mas de grandes rai­zes, podem sei' cultivadas em alegretes ai os cons­truídos junto das paredes lateraes das estufas, e qua­si á altura do começo das vidraças delias.

O mesmo cuidado se de­verá ter com aquellas plan­tas para cuja vegetação se­ja indispensável urna quan­tidade mais considerável de luz.

No canto das estufas, bem como ao redor do guarda-vento. se o houver, será conveniente plantar algumas trepadeiras, as quaes, além de modifica­rem de certo modo a tem­peratura das camadas mais altas da atmosphera das es­tufas, são um meio gracio­so e mui apreciavel de ador­no, sobre-lido quando bem escolhidas pela sua folha­gem, florescencia e aroma.

Se as estufas não forem destinadas á cultura de plantas de plena terra, mas á de plantas em vaso, de­vem os alegretes ou can­teiros ser substituídos por caixas ou taboleiros altos, os quaes podem ser feitos tambem de pedra, lousa, ti­jolos, ferro ou madeira olea­da ou alcatroada para sup- porte dos mesmos vasos

Este taboleiro 011 caixa deve situar-se no centro da estufa, devendo ter de fundo entre 10 e i 5 çenti- metros.

A começar de baixo pa­ra cima, dispor-se-ha uma :amada de estrume, que regule pouco mais ou me­nos por metade da altura da caixa; sobre este se es­tenderá uma camada de. casca de carvalho com 3o a 40 centímetros de espes­sura, e é nesta que devem ser enterrados os vasos, mas não completamente.

Quando for necessário um calor forte nas estufas, poderão collocar-se algu­

mas travessas de ferro en­tre a camada de casca, e sobre ellas se assentarão tubos conductores de ca­lor, que poderão conter ar quente ou vapor d’agua.

Continuai.

C’osEíribaufçã© P r e d ia l U rbana

A Bibliotheca P opu la r de Legislação, com séde na Rua de S. Mamede, 107 (ao Largo do Caldas) Lis­boa, acaba de editar este novo regulamento, em conformidade com a ulti­ma publicação do D ia rio do Governo. E’ a unica edi­ção que contém a carta de lei de 29 de julho de 1899, e o regulamento do servi­ço das annuliações por si­nistros, occoridos em pré­dios rústicos, de 25 de agosto de 1903, sendo o seu preço 200 réis.

Tambem iá está exposto á venda o regulamento re­lativo ao imposto sobre Especialidades Phai •maceu- ticas. O seu custo é de 200 réis.

No prélo: Tabella das Taxas do Sello de Licença, que devem ser cobradas juntamente com a contri­buição industrial.— Preço 100 réis.

<o>-

Passatesraspo..

Acabamos de receber o n.° 65 desta elegante re­vista que, como sempre, vem primorosa.

Insere 20 illustrações de primeira ordem, algumas de subido interesse, como as de questão Humbert e manobras da esquadra in- gleza em Lagos.

No texto, versos de João Penha e D. Anna de Paiva, e a continuação dos «Al- bigenses», trabalho littera- rio de grande valor para todos que desejam conhe­cer o que é Roma e o Va­ticano.

Dedica tambem uma pa­gina ao fallecido jornalista e nosso collega Baptista Borges.

O Passatempo assigna- se por i$ooo réis annuaes nos Grandes Armazéns

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2 O D O M I N G O

Grandella, (da Capital) fi­cando todos os assignantes com direito a entrar n'um sorteio cujos brindes teem o valor real de 400$000 réis...

A s Y lisd lim as

. J.â commeçaram nestas regiões as vindimas; As uvas, comqnanto sejam poucas, sao boas e estão bem creadas, esperando- se, portanto, que o vinho seja magnifico.

As uvas, neste concelho, já alcançaram o preço de 65o réis a arroba.

O 4íglofoe-trotte»\, «Ir.V asile CSeorg-eseo

Na tarde de 12 do cor­rente chegou a esta villa, vindo de Vendas Novas, o «globe-trotter» dr. Vasile George^co, que se propoz dar a volta ao mundo a pé e sem dinheiro, median­te a aposta de 40 con­tos, retirando no dia im- mediato para Lisboa no vapor das 7 horas da tarde.

O dr. Georgesco foi re­cebido em casa do nosso amigo, sr. Emygdio Gon­çalves d’Azevedo, onde foi muito bem tratado, o que é de suppor, em vista das boas qualidades q ie exornam o coração d aquel­le nosso amigo.

F e s te jo s easi A lcochete

Começaram hontem, nesta villa, e terminarão ámanhã com extraordiná­ria pompa, os festejos á Senhora da Vida, que alli são de uso fazerem-se to­dos os annos.

A commissão promoto­ra dos festejos não se tem poupado para que este an­no tenham o maior bri­lhantismo, havendo festa de egreja a grande instru­mental, kermesse, arraial e á noite vistosa illumina- ção. Abrilhantará hoje es­tes festejos a banda da guarda municipal.

As F e s ta s da M oita

Comforme noticiámos effectuaram-se na aprazí­vel villa da Moita os feste­jos á Senhora da Boa Via­gem, nos dias 12, 13, 14 e i 5 do corrente com uma concorrência enorme de forasteiros. E’ digna dos mais "rasgados elogios a commissão promotora d’a- quelles festejos, pois foram este anno revestidos de to­do o brilhantismo, não se poupando ella a despezas nem a trabalho. Estamos certos de que se.houves.se na villa dVMoita uma Pra­ça Serpa Pinto e um Lar­go da Caldeira, que os seus festejos não seriam muito inferiores aos de Al- 'degailega.

í|íseiK.&s

Queixou-se na adminis­tração do concelho, Cae­tano José Sequdra, moço de padeiro, de que pelas9 horas da nohe de 17 do corrente, fora cobard emen­te aggredido á paulada por Domingos Barreira e Do­mingos Branco, tambem moços de padeiro, de que resultou ficar bastante fe­rido na cabeca e no braco » >esquerdo.

— José Gomes Cabral, por alcunha 0 Queijinho, érea do--de servir, res-identi nesta viila, queixou-se de que no dia 14 do corrente, pelas 9 horas da noite, na estrada que d’esta villa con­duz ao Samouco, foi aggre­dido á paulada por Manuel Gago, trabalhador, resi­dente no sitio do Casal, pertencente a este conce­lho, de que resultou ficar bastante ferido na cabeça.

vêr se é possivel saber-se quem são esses graciosos e applicar-lhes 0 devido correctivo. Parece-nos que a idéa dos phantasmas es­tá approvada para o rou­bo de gallinhas?

6*hȣta8ffigas

Consta-nos que na Bò- ca da Samouqueira, costu­mam apparecer uns phan­tasmas. Lembramos, para que estes phantasmas não continuem a incommodar os moradores daquelle si­tio, ao sr. administrador do concelho a conveniencia de

Aggressã© a t i ro

Pelas 6 horas da tarde de 14 do corrente, estando João Soares Vespeira na sua adega no sitio denomi­nado a «Hortinha», fregue­zia de Sarilhos Grandes d este concelho, a pisar uvas em companhia de tres ho­mens, Joaquim Pedro, Me- litão Ferreira e Julio Fer­rei re, lhes offereceu vinho, e como entrasse nessa oc­casião Joaquim Quinteiro, guarda de vinhas, foi este tambem convidado a be­ber uma pinga. Pouco de­pois o Quinteiro, munido de uma espingarda de dois canos começava por provo­car e desafiar para a rua o Vespeira, descarregando sobre elle um tiro, indo 0 chumbo alojar-se-lhe na perna esquerda. Este, ao sentir-se ferido, poude por qualquer fórma tirar a ar­ma ao Quinteiro, e dando- lhe com ella na cabeça, a partiu. O Quinteiro, ven­do-se desarmado fugiu, e o Vespeira veiu conduzido para casa d’um amigo nes- ta villa, onde está receben­do curativo. &’ seu medico assistente o ex.mo sr. dr Cesar Fernandes Ventura.

O caso já foi entregue em juizo.

corporaes; condemnados, o primeiro em 8 dias de prisão correccional e em5 dias de muita a 100 réis; o segundo em 10 dias de prisão e 5 de multa a 100 réis, custas e sellos do pro­cesso. •

1!

M aria } imitia dO livei- ra , M aria Em itia Marques Dias e M anuel L u i\ Dias, agradecem p o r esle meio, p o r 0 não poderem fa^er pessoalmente, a todas as pessoas que se dignaram acompanhar d ultima mo­rada, sua querida irm ã e tia Candida Umbelina d O li veira, e bem assim a todas as pessoas que se interessa ram durante a sua doença, mdo ou mandando sabei do seu estado.

A todos, emfim, protes­tam a sua inolvidável gra­tidão.

Aldegallega, ig de se­tembro de ig o 3 .

€> tenspo

Hontem, de tarde, uma forte lufada de vento ar­rancou a cupla do kiosque do sr. Caminha Figueira. Foi um dia de verdadeiro temporal. Começou a cho­ver pelas 8 horas da ma­nhã e á hora em q :;e o nos­so jornal entrava na ma­china ainda chovia. Se as­sim continuar deve causar um grande atraso nas vin­dimas.

i$ 5oo réis cada carrada Aldegallega do Ribate­

jo, i 5 de setembro de igo30 Secretario da Camara

Antonio Tavares da Silva

ANNUNCIO

Foram julgados no dia17 do corrente em audiên­cia de policia correccional no tribunal judicial d’esta comarca sob a presidencia do ex.1110 sr. Anlonio Ta­vares da Silva, i.°-substitu­to do ju z de direito desta comarca, José Alegria, trabalhador e José Durão, barbeiro, de Sarilhos Gran­des, pertencente a este concelho, accusados pelo M. P. do crime de offensas

DITAIA Camara Municipal do

concelho de Aldegallega do Pdbatejo manda annun- ciar que tem para vender uma porção de carradas de estrume, procedente da limpeza publica d’esta vil­la. curtido com os dejectos que sobre elle teem sido lançados, pelo preço de

RIBATEJO(4 .a Publicação)

No dia 4 de outubro proximo, pelo meio dia, á porta do tribunal judicial de esta villa de Aldegalle­ga, nos autos de inventario orphanologico a que se procede por obito de Ma- rianna Maria Carromeu, moradora que foi no logar de Sarilhos Grandes, no qual é cabeça de cazal 0 seu viuvo Manuel Ribeiro Dias, se ha de arrematar em hasta publica a quem maior lanço offerecer so­bre o valor da sua avalia­ção, as bemfeitorias con­sistentes em uma morada de casas com divisões pa­ra dois inquilinos, com quintal, existente em uma porção de terreno chama­do o «Coureila», situado no logar de Sarilhos Gran­des, cuja porção de terre­no se acha arrendado pelo tempo de 99 annos, que hão de findar em 1 de maio de 1995, pela renda annual de 7^200 réis ao actual senhorio José dos Santos Mingates, avalia­das em 376^000 réis.

Pelo presente são cita­dos os crédores incertos para assistirem á dita ar­rematação, e ahi uzarem dos seus direitos sob pe­na de revelia.

Aldegallega do Ribatejo,11 de setembro de 1903.

o E S C R IV Á O

Antonio Augusto da Silva Coelho.

Verifiquei a exactidão.

O JU IZ D E D IR E IT O

i.° Substituto

Antonio Tavares da Silva.

4d FOLHETIM

Traducção de J. DOS ANJOS

D E P O I S f f PE C M 0L iv ro p r im e i ro

I V

A Magdaiena fechou a janelia de re­pente e co.no batiam com mais força á porta, disse, tentando dissimular a sua perturbação:

— Entre.A porta abriu-se e a Magdaiena,

que esperava vêr entrar o Adriano, achou se na presença de uma senhora edosa. de cabello grisalhi^ e a cara co­berta 'de rugas; o olhar naturalmente severo e frio ainda mni.; lhe sombrea va o vestuário preto. Aquella mulher

ficou á porta, examinando tudo em redor com ar desconf ado e depois de ter olhado fixamente para a rapariga, disse-lhe:

— Peço-lhe desculpa, menina; vejo que me enganei. A pessoa a quem procuro chama-se Magdaiena Malzon.

— Sou eu, ranha senhora.— A menina! Então o Adriano dis-

sé-me que era uma camponeza?— E teve rasão, minha senhora, res­

pondeu a Magdaiena. muito surpre- hendda por ouvir o nome do Adriano na bóca d’aquel!a desconhecida. Sou effcctivamente uma camponeza.

— Mas esse traje. . .— Ha uma hora que o vesti p la p ri­

meira vez e devoro á generosidade do Adriano. Qurndo cheguei estava de metter medo, muito mal vè.ui a. Na­turalmente todos’ na rua se voltavam para me ver, e a sr .a Hervey, a qu ?m

espero ser hoje apresentada pelo fi­lho. com certeza não havia de gostar de me vêr assim.

— A sr.a Hervey não pode ficar of- fendida senão por uma garridice des­locada! respondeu a desconhecida com dureza.

— Então conhece a? perguntou a Magdaiena, Jevantan-do para ella os olhos que exprimiam o receio e a ti­midez.

— Sou eu mesma, accrescentou a sr.a Hervey, sem mudar de tom.

— A senhora, a mãe do Adriano! Então descul e-nie se. sem querer, sem saber, lhe desagradei. Oh! bem vejo que veiu aqui zangada, irritada contra mim! Náo lhe pareço digna de entrar na sua familia!

Proferindo estas palavras, a Magda­iena inclinava a cabeça suppliçante e p-:nha as mios.

— Levante-se, disse a sr.a Hervey n'um tom mais brando; não estou z; ngada nem erritada, porque o ver­

dadeiro culpado foi o meu filho! Mas quando aqui vim, esperava encontrar uma menina mais simjdes, menos se- cia.

— Bem sei que tenho os meus de­feitos, minha senhora, respondeu a Magdaiena; mas se me encontra assim vestida é porque me quero mostrar docil á vontade do seu filho.

— Bem, não faiemos mais n'isso; mas saiba, minha filha, que a modés­tia é o mais bello adorno de uma mu­

lher. 0 fato que traz não é certamen­te muito rico, mas a maneira por que o veste não é conveniente. Esse cha- péo, posto em cima dos cabellos es-

guedelhados, dá lhe.o ar de uma crea- t-ira leviana e frivoln que pede as ho­

menagens dos homens. E ’ preciso re­formar isso.

— Estou prompta a ouvir os seus seus conselhos e a seguil-os, minha se­nhora.

— Assim o espero; agora sente-se e conversemos.

A Magdaiena obedeceu e sentou se na borda de uma cadeira, com os olhos baixos e as mãos cruzadas nos joelhos, em frente da sr.a Hervey, que estava num a poltrona,

Depois de uma noite sem dormir, em que encarara nos seus diversos aspectos as consequencias do erro do filho, a mãe do Adriano resolvera-se a ir surprehender a Magdaiena, para a vêr e apreciar.

(Continua).

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O DOMINGO 3IC? S £S 9 *

A IN e o a i i e o a 0 0 attendendo ao grande numero

de vehiculos existentes n este concelho, cujo numero vae augmentando progressivamente e usando da faculdade que lhe confere alei, deliberou organisar uma postura em substituição das anteriores, para regularisar o transito de vehiculos, nos termos seguintes: '

Artigo i.°— Todas as pessoas que quizerem ter carros, trens, carroças, carretas ou outros vehiculos de qualquer especie, para condu­cção de passageiros ou para carga, ficam obrigados a matriculal-os annualmente na Secretaria da Camara, mediante o pagamento da taxa de 5oo_ réis, excepto os trens para usos particulares, unicos a que a Camara concederá licença gratuita e com isenção de pagamento da respectiva taxa.

§ 1°— Todos os carros matriculados a que se refere este artigo, terão uma chapa com o numero do registo, fornecida gratuitamen­te pela Camara, a fim de ser collocada no lado esquerdo do competente vehiculo e em sitio bem visivel.

§ 2 o-— Esta chapa será renovada pelo dono do vehiculo, sempre que se não ache intelligivel.§ 3 .°— Passando qualquer dos vehiculos matriculados a novo possuidor, será feita decclaração na secretaria da Camara,§ 4.0— Os vehiculos pertencen.es a outro concelho não poderão transitar por dentro deste com falta de chapa ou que não es­

teja bem legivel, sendo por isso obrigados ao cumprimento das disposições cíeste artigo.§ 5 .°— A transgressão de qualquer das disposições deste artigo e seus £§ será sempre punida com a multa de 2$>ooo réis.Art. 2.0— Nenhum vehiculo q u :r de particulares, quer de passageiros ou de carga, pode ser dirigido por pessoa que tenha menos de

i5,annos de edade.Art. 3 .°— Nenhum dos conductores pode guiar vehiculo, sem ir assentado na almofada ou banco, se o vehiculo for movido por ani­

maes enfreados, aliás será guiado á mão, indo o conductor adeante das cavalgaduras ou bois e nunca á distancia de mais de um metro.Art. 4.0— Ninguém poderá no estado de embriaguez, guiar ou governar vehiculo algum seja de que especie for, sob pena de ser en­

tregue immediatamente ao empregado de policia municipal e o vehiculo removido para deposito, ficando o delinquente obrigado ao paga­mento de toda a despeza feita com a arrecadação e guarda do mesmo vehiculo. '

Art. 5.°— E’ expressamente prohibido empregar animaes extenuados, doentes òu famintos no serviço de vehiculos.Art. 6.°— Os vehiculos de condueção de passageiros e particulares, dentro das povoações andarão a meio trote e os de carga a passo.Art. 7.0— Os vehiculos não poderão andar a par e quando caminharem em linha, guardarão a distancia de 4 metros uns aos outros.Art. 8.°— Tambem não poderão parar os vehiculos nas vias publicas, por mais tempo que o preciso para receber ou largar passagei­

ros e os de carga para carregar ou descarregar, salvo motivo de grande precisão.Art. 9°— Não poderão caminhar por cima de vailetas, canos ou passeios lateraes, salvo a necessidade de dar passagem a outros vehi­

culos, assim como não poderão passar pelas praças e logares vedados.I unico.— A transgressão das disposições dos artigos 2 a 9 será punida com a multa de 2$ooo réis.Art. io.°— Os trens e vehiculos de carga ou conducção de pessoas que transitarem de noite, deverão trazer pelo menos uma lanterna

accesa, sob pena de i$ooo réis de multa.§ unico.— Nos carros de bois as lanternas poderão ser substituídas por campainhas qúe constantemente toquem.Art. i i .°-— O s conductores dos vehiculos não poderão desamparal-os ou afastar-se delles, sem os deixar a cargo de pessoa competen­

te, sob pena de i$ooo réis de muita.Art. 12.0— Todo o indivíduo que estabelecer carreiras de quaesquer vehiculos, para conducção de passageiros entre pontos certos e

determinados, será obrigado a submetter á approvação da Camara uma tabella de preços, que, depois de approvada, deverá estar patente no mesmo vehiculo sob pena de 3$ooo réis de multa.

Art. i 3 .°— Os trens e mais vehiculos só poderão estacionar nos locaes destinados pela Camara, que são: Lado do Norte da Ponte dos Vapores, na occasião de-embarque ou desembarque, no Largo, ao sul da Praça Serpa Pinto, junto ao Quartel na Rua da Graça e Largo do Mercado, (pena de i$ooo réis).

Art. 14.0— Na insolvência do conductor fica responsável ao pagamento da multa o dono do vehiculo, que/poderá ser apprehendido para caução da mesma multa.

Art. i 5 .°— Todas as multas impostas nesta postura serão o duplo nas reincidencias, até o maximo da multa legal, e os vehiculos res­pectivos serão garantia dos pagamentos das mesmas.

Art. 16.0— O transgressor pode pagar voluntariamente a multa que lhe for impposta, dentro do praso de cinco dias, contados da data do aviso que lhe foi'feito pelo zelador ou policia municipal e só passado este praso seguirá o processo em juizo para julgamento da transgressão.

Art. 17.0— Esta postura, pela qual ficam revogadas todas as disposições municipaes em contrario, começará a vigorar tres dias depois da sua publicação, nos termos do § i.° do art. 448 do Codigo Administrativo e para que possa sortir os devidos effeitos vae ser, depois de competentemente authenticada, submettida á approvação superior. E- eu, Antonio Tavares da Silva, Secretario da Camara a subscrevi.

Aldegallega do Ribatejo em sessão de 24 de agosto de 1903.

« Presidente da CamaraDom ingos Tavares.

Os VereadoresFrancisco da Silva M arciano Augusto da Silva Antonio P ere ira Duarte Antonio dos Anjos Bello.

Copia. Aecordam ós da-Com missão Districtal em appfovar a presente postura para os effeitos legaes.Lisboa, 10 de sêtêmbro de igo3 . — (Assignados).

M A . P ereira e Cunha, Antonio Eduardo Simões B a iã o , Eduardo dc Castro e Almeida e José Ventura da Cam ara.

Está conforme. Lisboa, ti de setembro de t(}o3 ,«0 Secretario da Commissão

Manuel Lourenço .

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