Milagre Das Rosas

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Era uma vez um menino chamado Dinis. Era uma criança muito simpática e alegre, que passava grande parte do seu tempo a ler e a escrever os seus próprios poemas.

- Que bom que é podermos ler estes textos tão bonitos!E se eu tentasse fazer um? Podia falar da natureza, das fontes, das raparigas bonitas.

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- Sabes, Dinis, preocupa-me que passes tanto tempo entretido com esses versos. Devias ter outros interesses. Mais tarde serás Rei de Portugal, e não vai ser a poesia que te vai ajudar a combater os inimigos nem a tomar conta do país.- Mas pai, não há nada mais bonito do que a poesia! A poesia faz-nos dar valor às coisas simples da vida e do mundo…É uma arte, faz-nos ser melhores! Além disso, posso ocupar-me também do reino de Portugal. Prometo que conseguirei!

O pai, D. Afonso III, mostrava algum descontentamento com esta ocupação do seu filho. Achava bem mais importante que ele se interessasse por assuntos de um verdadeiro Rei.

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Tenho sonhos e projectosQue se vão realizar,Se quiserem conto em verso,Aposto que vão gostar.

Eu não tenho nenhum truque,Sou poeta sem pensar,Quando digo duas frases,Sem querer já estou a rimar.

Refrão:-Vais ser el-Rei D. Dinis,O famoso lavrador,O teu povo é quem to diz,Vais ser Rei e Trovador.

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Fundar a universidade,Dar ao país mais cultura, E cuidar das nossas terras, Ensinar a agricultura. Enquanto eu governar, Também escrevo, de certeza. Poemas, textos, cantigas, Tudo em Língua Portuguesa. Vou ter orgulho em ser Rei, De um país tão especial. Trabalharei sem cessar, Para o povo de Portugal!

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Alguns anos mais tarde, com 17 anos, Dinis tornou-se Rei de Portugal.- Agora vou ter oportunidade de mostrar que serei capaz. Vou governar o nosso país e torná-lo melhor.E assim fez. A verdade é que continuou sempre a escrever os seus poemas, mas o amor pelo seu país e o desejo de fazer de Portugal uma grande nação, nunca abandonaram o seu pensamento.

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Entretanto chegou a Portugal Isabel de Aragão.Era uma princesa linda, muito inteligente e cheia de elegância.D.Dinis depressa se encantou por esta rapariga, apaixonou-se e os dois casaram.

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Enquanto D. Dinis se preocupava em fazer de Portugal um país mais desenvolvido, D. Isabel ocupava-se com os mais pobres. Passava os seus dias a ajudar os doentes e a levar comida a quem tinha fome. Fazia-o discretamente e, num dia de Inverno, quando ia a sair para distribuir pães pelos pobres, foi surpreendida por D. Dinis, que lhe disse:

- Isabel, onde vais e o que levas aí escondido no teu manto?

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A rainha ficou em silêncio e sem saber o que dizer. Sabia que o marido não concordava que ela passasse tanto tempo junto dos pobres, e teve receio da sua reacção. No entanto, encheu-se de coragem e não hesitou:- São rosas, Dinis, são rosas!- O quê? Rosas no mês de Janeiro?D. Isabel mostrou-se muito segura e abriu o seu manto. Foi a surpresa total…do seu regaço choveram rosas, rosas lindas que deixaram todos muito espantados. Tinha acontecido um milagre, os pães tinham-se transformado em rosas. Era o Milagre das Rosas!

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Isabel de Aragão, Era uma linda princesa. Toda a Europa falava, Da sua grande beleza. Era também muito boa, Sempre humilde e caridosa. Casou com o rei D: Dinis, Foi uma Rainha bondosa.

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Certo dia, conta a lenda,Quando a Rainha passouPara levar o pão aos pobres,D. Dinis desconfiou. - Rosas, no mês de Janeiro? E lá estavam tantas rosas, Que nunca ninguém esqueceu Essas rosas milagrosas. Isabel desfez conflitos,Todos sabia acalmar.Ia ao campo de batalha,Tudo queria apaziguar.

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D. Isabel e D. Dinis eram muito amados pelo seu povo. Os dois muito fizeram pelo seu país, e não se cansavam de procurar novos projectos para o reino:- Isabel, o que achas de mandar plantar um pinhal para os lados de Leiria, junto à costa? Assim posso impedir que as areias invadam os campos dos agricultores

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- Parece-me uma excelente ideia, Dinis. Acho que deves avançar.- De certeza que, desta forma, será mais fácil cultivar aquelas terras.E não se enganava. Os agricultores ficaram-lhe muito gratos por esta ajuda: os terrenos ficaram mais férteis e as culturas mais ricas.

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Dinis amava profundamente Portugal, o seu povo e a sua língua. Sabia que não podia ficar por aqui. Tinha sido só o início, havia ainda muito para fazer.

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Por ter sido um homem notávelE também um grande escritor,Para uns ficou Poeta,Para outros, O Lavrador.

FIM