MigraçõEs Causadas Pelas AlteraçõEs ClimáTicas

21
Trabalho produzido por: Pamela Franco nº 11 Steven Teles nº17

Transcript of MigraçõEs Causadas Pelas AlteraçõEs ClimáTicas

Trabalho produzido por:

Pamela Franco nº 11

Steven Teles nº17

“A migração forçada é a ameaça mais permanente contra as

populações pobres dos países em vias de desenvolvimento",

afirmou um dos autores, David Davison. “

“As enormes deslocações populacionais "vão alimentar conflitos

existentes e gerar novos em regiões do mundo - as mais pobres -

onde os recursos são mais raros", adverte a ONG, antevendo um

mundo "com muitos outros Darfur" como o "cenário de pesadelo

cada vez mais provável".”

Alfredo Maia - 2007-05-14 - Jornal de Noticias

Pelo menos mil milhões de pessoas vão emigrar daqui até 2050, em

consequência das alterações climáticas que vão agravar os conflitos

e as catástrofes naturais e de conflitos internos e regionais, alerta a

organização não governamental britânica de apoio aos refugiados

Ajuda Cristã.

Para se ter uma ideia do impacto demográfico e social do aviso,

note-se que os cenários socioeconómicos dados pelos especialistas

do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas

prevêem que, em meados deste século, a população mundial atinja

nove mil milhões.

Preocupada com o facto de as deslocações internas não serem

consideradas migrações pelo direito internacional, a Ajuda Cristã

prevê que na Colômbia, no Mali e na Birmânia o fenómeno será

mais preocupante, mas nota que muitas pessoas procurarão partir

para a Europa.

Portugal foi durante séculos um pais onde a maior parte da sua

população se viu forçada a emigrar para poder sobreviver, o que

ainda continua a acontecer.

A história de cada uma das inúmeras comunidades portuguesas

espalhadas por todo o mundo espelham esta dura realidade. Nos

últimos vinte anos, Portugal tornou-se também num destino para

muito imigrantes.

Até aos anos noventa, foi sobretudo procurado por habitantes dos

países lusófonos, mas actualmente predominam os provenientes

dos países do leste da Europa.

A grande “explosão” da imigração ocorreu a partir de 1999 e só em

2003 abrandou.

O número de imigrantes legais em Portugal, atinge 388.258 pessoas

(Meados de 2002). A situação torna-se então extremamente difícil de

controlar, sobretudo devido à acção das redes de imigração

clandestina.

* Dados em milhares de pessoas

A emigração portuguesa aumentou 32,9% em 2002, um ano em que

deixaram o país cerca de 27 mil portugueses, indicam dados do

Instituto Nacional de Estatística (INE).

Os números do Inquérito aos Movimentos Migratórios de Saída

(IMMS) revelam ainda que o aumento maior (53%) foi na emigração

de carácter permanente (pessoas que deixam o país por um período

superior a um ano), enquanto a percentagem dos que partiram por

um período igual ou inferior a um ano ficou pelos 25%.

A Suíça (30,3 %) e a França (21,8%) continuam a liderar a lista dos

principais destinos da emigração portuguesa, tendo a Espanha

(10,7%) subido para o terceiro lugar. No conjunto, estes três países

acolheram cerca de 63% da emigração total portuguesa em 2002.

O Reino Unido recebeu 6,8% dos portugueses que deixaram o país

no ano 2006. Segundo o IMMS, de registar é também a perda de

importância da Alemanha e do Luxemburgo.

O Brasil reapareceu como país de destino ao receber 4,0% da

emigração lusa e o Canadá acolheu 3,8% dos emigrantes. No

conjunto, os restantes países receberam 22,6 %.

Os emigrantes são na sua maioria jovens tendo-se vindo a registar,

segundo o INE, “uma importância crescente da população que se

situa no grupo dos zero aos 29 anos”.

Em 2001, 50 % dos emigrantes estavam neste grupo etário, tendo

este valor registado um aumento para cerca de 63 % em 2002. Entre

os 30 aos 44 anos, a população que emigrou manteve-se constante.

Os motivos são:

- Procura de trabalho;

- Melhor qualidade de vida;

- Novo rumo de vida.

Causas da Migração Jovem

Países, como Portugal, Espanha ou a Itália que ainda há pouco

tempo eram países "exportadores" de mão-de-obra, continuam

pouco habituados à recepção de imigrantes.

Não é pois de estranhar que os respectivos Estados não tenham

programas efectivos de integração e protecção dos imigrantes,

abandonando-os a todos os tipos de exploradores.

O Estado português, nos últimos 30 anos, acabou por cometer os

mesmos erros que acusou outros Estados de praticarem em relação

à integração dos emigrantes portugueses.

Um dos problemas que Portugal desde há anos é a fraca

capacidade do mercado de trabalho nacional para dar resposta ao

crescimento da actividade produtiva. Esta situação é agravada por

diversos factores tais como:

a) a baixa taxa de natalidade;

b) o elevado envelhecimento da população portuguesa;

c) a emigração secular que embora tenha abrandado, ainda

não estagnou;

d) a reduzida capacidade de inovação das empresas e do

Estado, nomeadamente para produzir mais e melhor com

menos recursos humanos;

É por todas estas e outras razões que se não fossem os imigrantes,

muitas das actividades produtivas do país já tinham entrado em

completa regressão, ou mesmo desaparecido com consequências

catastróficas para a economia e a sociedade portuguesa.

Nos próximos anos, estudos oficiais, apontam para as grandes

necessidades em profissões como serventes de limpeza, serventes

de construção civil, pedreiros, trabalhadores agrícolas, empregados

de mesa e cozinheiros (Diário da República, Novembro de 2001).

www.jn.sapo.pt

Manual de geografia 8º ano.