Mídia Radical - Fichamento

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    Mdia radical

    " a mdia alternativa radical, de que se valem grupos de oposio em sua luta portransformaes sociais" p. 7

    "As mdias, entendidas em seu sentido mais amplo, compreendem um complexo intrincado deinteresses, demandas e respostas, um conflito permanente entre as diferentes foras que asconstituem (proprietrios, patrocinadores, trabalhadores, cidados, polticos e militantes), alm de

    envolverem tambm negociaes com os sujeitos representados e com os pblicos a que sedestinam" p. 9-10

    Em se tratando de discusso sobre mdias, parece-me que, no Brasil, so as prprias mdias

    hegemnicas que colocam os temas para o debate pblico. p. 10

    Quem est conduzindo o debate, em ltima instncia? Que benefcios temos ns ao discutir

    apenas os temas que a prpria indstria hegemnica das mdias prope? Quantos fenmenos,ideias e caminhos esto deixando de ser visitados com esse atrofiamento do camponesesexperincias a um denominador comum? Que fazer para que os pequenos eventos, as ideias em

    germinao, as alternativas diferenciaras, as experincias qualitativas realizadas fora do eixohegemnico voltem a ganhar novamente a ateno daqueles que pensam criticamente os meios?

    p. 11-12

    "A ditadura do Ibope" p. 12

    KPFA - Radio americana independente. Foi a primeira a ser patrocinada pelos ouvintes.

    Audincia ativa

    Mdia contra-hegemnica

    "Se os meios radicais alternativos tm alguma coisa em comum, o fato de romper regras,embora raramente quebrem todas elas, em todos os aspectos" p. 29

    "O conceito de poder possivelmente um dos mais vagos na anlise cultural e social." p. 43

    Emma Goldman

    "A estratgia de Gramsci para resistir ao poder da classe capitalista nas naes em que ele

    mais avanado e, por fim, sobrepuj-lo e assim democratizar radicalmente essas naes,baseava-se em sua convico sobre a necessidade de desafiar e destronar o domnio cultural e aliderana (=hegemonia) de suas classes dominantes com uma viso alternativa coerente econvincente a respeito de como a sociedade poderia organizar-se." p. 46-47

    Gramsci argumentava que a perspectiva oposta de futuro da nao, a da hegemonia socialista,seria construda com o passar do tempo atravs do engajamento das massas totalmente distintoda subordinao dos trabalhadores assalariados e pequenos agricultores, caracterstica da

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    hegemonia capitalista. A hegemonia socialista incluiria essa maioria do pblico, cujas demandas eprioridades a fariam desenvolver-se sempre mais. Esse movimento poltico majoritrio seria em

    grande parte liderado mas nunca, na opinio de Gramsci, deveria ser manipulado ou tiranizado por um partido comunista. p. 47

    "Mais tarde, as noes de contra-hegemonia e contra-hegemnico tornaram-se bastantecomuns entre os escritores influenciados pelo pensamento de Gramsci embora eleprprio nunca tenha usado esses termos , como forma de categorizar as tentativas de

    contestar as estruturas ideolgicas dominantes e suplant-las com uma viso radical

    alternativa. Muitos meios de comunicao radical alternativos pertencem esse modelo. A

    proliferao dessa mdia seria vital, tanto para ajudar a gerar essas alternativas no debate pblicocomo para limitar qualquer tendncia da liderana oposicionista, seja qual for a forma que ela

    assuma, de radicar-se como agncia de dominao em vez de liberdade." p. 48

    Ao mesmo tempo, a perspectiva de Gramsci oferece uma nova maneira de entender essa mdia.

    Numa estrutura em que as classes e o Estado capitalista so analisados meramente comocontroladores e censores da informao, o papel da mdia radical pode ser visto como o de tentarquebrar o silncio, refutar as mentiras e fornecer a verdade. Esse o modelo da contra-

    informao, que tem um forte elemento de validade, especialmente sob regimes repressores eextremamente reacionrios. p. 49

    Gramsci, contudo, sempre se esforou para enfatizar que a) a hegemonia nunca um cadvercongelado, sendo constantemente negociada pelas classes sociais superiores e subordinadas, b)a hegemonia cultural capitalista instvel e sujeita a graves crises intermitentes, ainda que, ao

    mesmo tempo, c) possa desfrutar longos perodos de uma normalidade raramente questionada. p.50

    A infrapoltica, diz Scott, expressa os nveis reais e privados de resistncia e raiva, relativos no s

    explorao econmica que as pessoas enfrentam, mas tambm ao padro de humilhaespessoais que a caracterizam, surras arbitrrias, violaes sexuais e outros insultos. Ainfrapoltica dos pobres faz eclodir uma srie de atos de resistncia, alguns muito sutis ao olharno adestrado, alguns intencionalmente ambguos, de modo que, mesmo aos olhos vigilantes e

    adestrados da elite, no seriam suficientes para gerar represlias. p. 51

    James C. Scott resistncia (PESQUISAR)

    Cultura oposicionista

    A resistncia, em outras palavras, resistncia s mltiplas fontes de opresso, mas requer, porsua vez, dilogo nos diversos setores por sexo; por raa, etnia e nacionalidade; por idade; por

    categorias profissionais para que possa efetivamente tomar forma. A mdia radical alternativa central nesse processo. p. 53

    Neveu escreve sobre a crise da mdia militante.A dificuldade com respeito a esse julgamento encontrar um estalo emprico para a afirmaode que a mdia radical est desaparecendo. Pois quase da natureza dessa mdia o fato de que,

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    com freqencia, no se possa medi-la nem cont-la, e que seja to pouco conhecida nos crculosoficiais ou fora de sua localidade. (...) Atrevo-me a sugerir que os obiturios da mdia radical so

    prematuros. p. 60