Mídia jornal gazeta 29 03 14

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21 Gazeta do Sul GERAL SÁBADO E DOMINGO 29 e 30 de março de 2014 A Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis (Coom- cat) começou efetivamente nessa sexta-feira os testes com o carri- nho do Projeto Cavalo de Lata. Acompanhados do engenheiro de produção Jason Duani Var- gas, os catadores percorreram as ruas do Bairro Goiás para apren- der as funcionalidades do mode- lo enquanto realizavam a cole- ta seletiva. O protótipo continu- ará sendo testado nas segundas e sextas-feiras, dentro da pro- posta da Coleta Seletiva Solidá- ria. “Esta etapa serve para mos- trar o equipa- mento e ver o que ainda pre- cisa ser melho- rado”, explica Duani. O idealizador do projeto argu- menta que o carrinho que circula pelas ruas não é o modelo final, mas serve para testar peças, re- sistência e desempenho. O novo e definitivo Cavalo de Lata deve começar a ser vendido em breve. “Já protocolamos o pedido de homologação junto ao Detran.” A tendência é que os futuros exemplares sejam emplacados e Bruno Pedry Novas fronteiras A proposta do Cavalo de Lata é levada pelos idealizadores a diversos lugares e tem atraído a atenção da iniciativa pública e privada em vários lugares do Brasil. Recentemente o protótipo este- ve na Feira do Polo Naval 2014, que aconteceu de 11 a 14 de março, em Rio Grande. Durante a se- mana, o veículo também participou da 14ª Expo- agro Afubra, cumprindo agenda de viagens, even- tos e visitas já previstas para este ano. A publi- citária Ana Paula Knak, uma das entusiastas do trabalho, acredita que o envolvimento das pesso- as é determinante em favor do projeto. “Não adianta termos Cavalo de Lata nas ruas no portal www.gaz.com.br n n Uso do carrinho oferece mais praticidade e se torna uma alternativa para a tração com força animal Michelle Treichel * [email protected] Nesta etapa serão realizadas avaliações a fim de verificar o desempenho do equipamento. Protótipo continuará sendo testado nas segundas e sextas-feiras por meio da Coleta Solidária SANTA CRUZ n n Membros da Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis (Coomcat) usaram o veículo no Bairro Goiás nessa sexta-feira Cavalo de Lata passa por testes nas ruas exijam algum tipo de habilitação, possivelmente de uma categoria menor, como ACC, já que o ve- ículo é lento. Para circulação em lugares fechados, não há neces- sidade de emplacamento. “Nosso foco é oferecer a no- vidade para vários tipos de fun- ções e não somente para a cole- ta seletiva”, antecipa. O veículo pode ser aproveitado para movi- mentação de cargas na cidade e no campo. Inicialmente, a pro- dução em escala será feita em parceria com a empresa Marc’s Automação, de Charqueadas. Para catador Fagner Jandrey, o Cavalo de Lata é fundamental para melhorar a qualidade de trabalho da ca- tegoria, que po- derá prestar um serviço ainda mais eficiente para a comuni- dade, além de ser uma alterna- tiva para a tração animal. O presidente da Coomcat res- salta que a ideia é buscar o apoio de parceiros para viabilizar a compra dos veículos pela coope- rativa. “O Brasil todo já abraçou essa ideia, mas queremos que o Cavalo de Lata comece por aqui, onde foi criado”, argumenta. O apoio da comunidade é ci- tado como fundamental para es- timular mudanças e assegurar re- sultados efetivos dentro da Cole- ta Solidária. “A aceitação do nos- so trabalho tem sido muito posi- tiva e espero que possa ser am- pliada ainda mais com as inova- ções que estão chegando”, co- menta. se a comunidade não separar o lixo certinho para quando o carrinho passar ou se achar que o veí- culo é lento e atrapalha o trânsito. Precisamos ter consciência que para qualquer mudança é preciso a colaboração de todos”, argumenta. Mais infor- mações sobre o trabalho podem ser acessadas na página www.facebook.com/CavaloLata. n COMERCIÁRIOS n n Por decisão do Tribunal de Justiça do Rio Gran- de do Sul, o piso mínimo regio- nal para os comerciários gaúchos, equivalente a R$ 908,12, voltou a ser reestabelecido, depois de al- guns meses suspenso por conta de uma ação movida pela Fecomér- cio/RS. A decisão foi do desembar- gador Armínio da Rosa, que mudou seu entendimento após agravo re- gimental interposto pelo governo do Estado. “Embora boa parte das nossas convenções coletivas este- jam além do piso mínimo regional, ele é um balizador importante”, ex- plica o presidente do Sindicato dos Comerciários de Santa Cruz e Re- gião, Afonso Schwengber. n Em assembleias realizadas nas noites da última quarta e quinta- feira, mais de 200 vigilantes, de Santa Cruz do Sul e região deci- diram decretar estado de greve. O motivo, segundo o presidente do sindicato da categoria, Pau- lo Rogério de Lara, é o impas- se gerado, sobretudo, por algu- mas cláusulas do dissídio coleti- vo. “A patronal colocou questões na convenção que alteram nos- so regime de trabalho e modifi- cam escalas. Se aceitarmos isso, inúmeros postos de trabalho se- rão fechados e os salários rebai- xados”, justificou. A previsão é de que na pró- xima semana haja um novo en- contro entre sindicato patronal e vigilantes e que nesta opor- tunidade as negociações avan- cem. Conforme o sindicalista, o índice de reajuste, que che- ga a 8,53%, já é ponto supera- do. Caso o sindicato patronal não recue na questão das esca- las dos trabalhadores, uma nova reunião deverá ser chamada pela entidade. n TRABALHO Vigilantes decretam estado de greve

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Geral Sábado e dominGo29 e 30 de março de 2014

A Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis (Coom-cat) começou efetivamente nessa sexta-feira os testes com o carri-nho do Projeto Cavalo de Lata. Acompanhados do engenheiro de produção Jason Duani Var-gas, os catadores percorreram as ruas do Bairro Goiás para apren-der as funcionalidades do mode-lo enquanto realizavam a cole-ta seletiva. O protótipo continu-ará sendo testado nas segundas e sextas-feiras, dentro da pro-posta da Coleta Seletiva Solidá-ria. “Esta etapa serve para mos-trar o equipa-mento e ver o que ainda pre-cisa ser melho-rado”, explica Duani.

O idealizador do projeto argu-menta que o carrinho que circula pelas ruas não é o modelo final, mas serve para testar peças, re-sistência e desempenho. O novo e definitivo Cavalo de Lata deve começar a ser vendido em breve. “Já protocolamos o pedido de homologação junto ao Detran.” A tendência é que os futuros exemplares sejam emplacados e

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Novas fronteirasA proposta do Cavalo de Lata é levada pelos

idealizadores a diversos lugares e tem atraído a atenção da iniciativa pública e privada em vários lugares do Brasil. Recentemente o protótipo este-ve na Feira do Polo Naval 2014, que aconteceu de 11 a 14 de março, em Rio Grande. Durante a se-mana, o veículo também participou da 14ª Expo-agro Afubra, cumprindo agenda de viagens, even-tos e visitas já previstas para este ano. A publi-citária Ana Paula Knak, uma das entusiastas do trabalho, acredita que o envolvimento das pesso-as é determinante em favor do projeto.

“Não adianta termos Cavalo de Lata nas ruas no portal www.gaz.com.br

n n Uso do carrinho oferece mais praticidade e se torna uma alternativa para a tração com força animal

michelle Treichel* [email protected]

Nesta etapa serão realizadas avaliações a fim de verificar o desempenho do equipamento. Protótipo continuará sendo testado nas segundas e sextas-feiras por meio da Coleta Solidária

SanTa CrUZ n n Membros da Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis (Coomcat) usaram o veículo no Bairro Goiás nessa sexta-feira

Cavalo de lata passa por testes nas ruasexijam algum tipo de habilitação, possivelmente de uma categoria menor, como ACC, já que o ve-ículo é lento. Para circulação em lugares fechados, não há neces-sidade de emplacamento.

“Nosso foco é oferecer a no-vidade para vários tipos de fun-ções e não somente para a cole-ta seletiva”, antecipa. O veículo pode ser aproveitado para movi-mentação de cargas na cidade e no campo. Inicialmente, a pro-dução em escala será feita em parceria com a empresa Marc’s Automação, de Charqueadas. Para catador Fagner Jandrey, o

Cavalo de Lata é fundamental para melhorar a qualidade de trabalho da ca-tegoria, que po-derá prestar um serviço ainda mais eficiente para a comuni-dade, além de ser uma alterna-

tiva para a tração animal.O presidente da Coomcat res-

salta que a ideia é buscar o apoio de parceiros para viabilizar a compra dos veículos pela coope-rativa. “O Brasil todo já abraçou essa ideia, mas queremos que o Cavalo de Lata comece por aqui, onde foi criado”, argumenta.

O apoio da comunidade é ci-tado como fundamental para es-

timular mudanças e assegurar re-sultados efetivos dentro da Cole-ta Solidária. “A aceitação do nos-so trabalho tem sido muito posi-tiva e espero que possa ser am-pliada ainda mais com as inova-ções que estão chegando”, co-menta.

se a comunidade não separar o lixo certinho para quando o carrinho passar ou se achar que o veí-culo é lento e atrapalha o trânsito. Precisamos ter consciência que para qualquer mudança é preciso a colaboração de todos”, argumenta. Mais infor-mações sobre o trabalho podem ser acessadas na página www.facebook.com/CavaloLata. n

ComerCiárioS n n Por decisão do Tribunal de Justiça do Rio Gran-de do Sul, o piso mínimo regio-nal para os comerciários gaúchos, equivalente a R$ 908,12, voltou a ser reestabelecido, depois de al-guns meses suspenso por conta de uma ação movida pela Fecomér-cio/RS. A decisão foi do desembar-gador Armínio da Rosa, que mudou seu entendimento após agravo re-gimental interposto pelo governo do Estado. “Embora boa parte das nossas convenções coletivas este-jam além do piso mínimo regional, ele é um balizador importante”, ex-plica o presidente do Sindicato dos Comerciários de Santa Cruz e Re-gião, Afonso Schwengber. n

Em assembleias realizadas nas noites da última quarta e quinta-feira, mais de 200 vigilantes, de Santa Cruz do Sul e região deci-diram decretar estado de greve. O motivo, segundo o presidente do sindicato da categoria, Pau-lo Rogério de Lara, é o impas-se gerado, sobretudo, por algu-mas cláusulas do dissídio coleti-vo. “A patronal colocou questões na convenção que alteram nos-so regime de trabalho e modifi-cam escalas. Se aceitarmos isso, inúmeros postos de trabalho se-

rão fechados e os salários rebai-xados”, justificou.

A previsão é de que na pró-xima semana haja um novo en-contro entre sindicato patronal e vigilantes e que nesta opor-tunidade as negociações avan-cem. Conforme o sindicalista, o índice de reajuste, que che-ga a 8,53%, já é ponto supera-do. Caso o sindicato patronal não recue na questão das esca-las dos trabalhadores, uma nova reunião deverá ser chamada pela entidade. n

Trabalho

Vigilantes decretam estado de greve