Microeconomia - Marcílio

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ECONOMIAPARTE ICONCEITOS BSICOS DE MICROECONOMIA

MARCILIO FERREIRA

1. INTRODUO

A economia considerada uma cincia social, em virtude da preocupao com aspectos relativos ao estudo da organizao e do funcionamento da sociedade. Assim, podese dizer que a Cincia Econmica tambm vai se ocupar do comportamento humano, particularmente quanto forma como as pessoas e as empresas se empenham na produo, troca e consumo dos bens e servios. Problemas econmicos Em todo o tempo e lugar estamos em contato com consideraes que envolvem aspectos econmicos. Assim, h sempre questes relativas a variados assuntos, por exemplo: Quem vai trabalhar? O que produzir? Que recursos utilizar? A quem vender? E perguntas mais especficas, como: Por que as taxas de juros so maiores no Brasil, do que nos Estados Unidos? Por que subiu o preo da margarina?

Conceito e Objeto da Teoria Econmica A palavra economia deriva das expresses gregas: oikos - casa, moradia; e nomos - administrao, organizao, distribuio... Assim, a Economia pode ser entendida como a cincia de planejar ou administrar a casa(oikos).

Cincia da escassez Podemos considerar que as necessidades humanas so infinitas e ilimitadas. Isto porque, o ser humano, pela sua prpria natureza, sempre deseja mais coisas. Cabe aqui a considerao de que nem tudo o que queremos pode ser obtido com os recursos que temos, ento precisamos fazer escolhas. Assim preciso estudar os problemas da decorrentes e a forma de resolv-los. Por isso, a economia a cincia que vai procurar alocar recursos escassos para obter a satisfao de desejos ilimitados. Por este motivo que se diz que a economia essencialmente a cincia da escassez. Diviso da Economia Microeconomia preocupa-se em explicar o comportamento econmico das unidades individuais de deciso representadas pelos consumidores, pelas empresas e pelos proprietrios de recursos produtivos. Macroeconomia estuda o comportamento da economia como um todo. Estuda o que determina e o que modifica o comportamento de variveis agregadas tais como a produo total de bens e servios, as taxas de inflao e de desemprego, o volume total de poupana, as despesas totais de consumo, as despesas totais de investimento, e as despesas totais de governo.

Conceito de Sistema Econmico

Os vrios elementos que participam da vida econmica de uma nao, bem como suas conexes e dependncias, constituem o Sistema Econmico. Em um sistema econmico podemos destacar quatro grandes agentes atuantes:

I-Famlias : que so as pessoas que atuam no sistema, e podem ser divididas em:

Populao produtiva o contingente de populao em idade de trabalhar ( em geral, entre 14 e 60 anos) e populao dependente, que a parte da populao que ainda no ingressou ou j se retirou das atividades produtivas. A partir destes conceitos encontramos dois outros: Populao economicamente ativa (PEA) e Populao ocupada. o primeiro engloba a parcela da populao voltada para o mercado de trabalho, ou seja o total de pessoas em idade de trabalhar e que ofertam servios do fator trabalho no mercado de fatores, estejam ou no empregada ( so excludos os aposentados, os estudantes, as donas de casa, e outras pessoas em idade de trabalhar mas que se dedicam a atividades no remuneradas, que so considerados inativos, economicamente. o segundo, diz respeito ao contingente absorvido pelo sistema( inclui empregados e subempregados). Chamamos de taxa de ocupao, ao quociente do total de pessoas ocupadas pelo total de habitantes. II- Empresas: unidades produtoras de bens e servios, integram o aparelho produtivo da sociedade. III- Governo : Que compreende as instiuies governamentais, excludas as empresas estatais, que tomam parte do item anterior. IV- Resto do mundo: os demais pases que se relacionam economicamente com aquele que estamos considerando.

Recursos Produtivos Os Recursos Produtivos (tambm denominados fatores de produo) so elementos utilizados no processo de fabricao dos mais variados tipos de mercadorias as quais, por sua vez, sero utilizadas para satisfazer necessidades.

Classificao dos Recursos Produtivos

Os Recursos Produtivos podem ser classificados em quatro grandes grupos: Terra, Trabalho, Capital e Capacidade Empresarial. Terra (ou Recursos Naturais) E o nome dado pelos economistas para designar os recursos naturais existentes, ou ddivas da natureza, tais como florestas, recursos minerais, recursos hdricos etc. Compreende no s o solo utilizado para fins agrcolas, mas tambm o solo utilizado na construo de estradas, casas etc. Trabalho o nome dado a todo esforo humano, fsico ou mental, despendido na produo de bens e servios. Capital Pode ser definido como o conjunto de bens fabricados pelo homem e que no se destinam satisfao das necessidades atravs do consumo, mas que so utilizados no processo de produo de outros bens. O capital inclui todos os edifcios, todos os tipos de equipamentos e todos os estoques de materiais dos produtores, incluindo bens parcial ou completamente acabados, e que podem ser utilizados na produo de bens. Capacidade Empresarial Alguns economistas consideram a Capacidade Empresarial como sendo tambm um fator de produo. Isto porque o empresrio exerce funes fundamentais para o processo produtivo.

Os bens e servios podem ser classificados como: Quanto raridade em Bens Livres e Bens Econmicos.

Os Bens Econmicos so relativamente escassos e supem a ocorrncia de esforo humano na sua obteno. Tais bens apresentam como caracterstica bsica o fato de terem um preo. Quanto natureza, os Bens Econmicos so classificados em dois grupos: Bens Materiais e Bens Imateriais ou Servios. Quanto ao destino, os Bens Materiais classificam-se em Bens de Consumo e Bens de Capital. De consumo, quando satisfazem diretamente as necessidades. Podendo ser durveis que seriam reutilizveis, podendo ser usados por muito tempo (mveis, eletrodomsticos, etc.), ou no durveis, que extinguem-se com o uso simples (alimentos, cigarros, gasolina, etc). De capital, destinam-se a melhorar a produtividade do trabalho. So, assim, aqueles que permitem produzir outros bens. So exemplos de Bens de Capital as mquinas, computadores, equipamentos, instalaes, edifcios etc. Tanto os Bens de Consumo quanto os Bens de Capital so classificados como Bens Finais, uma vez que j passaram por todos processos de transformao possveis, significando que esto acabados. J esto prontos para ser consumidos ou fazer parte do estoque de capital do sistema. Os Bens Intermedirios, que so aqueles que ainda precisam ser transformados para atingir sua forma definitiva, devem ser alterados antes de se tornarem bens de consumo ou de capital. Eles so produtos utilizados no processo de produo de outros produtos. A ttulo de exemplo podemos citar o fertilizante usado na produo de arroz, ou o ao, o vidro e a borracha usados na produo de carros. Os bens ainda podem ser classificados ainda em Privados e Pblicos. Os Bens Privados so os produzidos e possudos privadamente. Como exemplo termos os automveis, aparelhos de televiso etc. Os bens pblicos so caracterizados como bens cujo consumo por parte de um indivduo no prejudica o consumo dos demais indivduos (consumo indivisvel ou no-

rival). Referem-se ao conjunto de bens gerais fornecidos pelo setor pblico, justia, segurana, etc. So chamados de bens meritrios ou semi-pblicos, classificao intermediria entre os bens pblicos e os privados, aqueles que, embora possam ser fornecidos pelo setor privado, podem e devem ser produzidos pelo setor pblico, para evitar a excluso pois so submetidos ao princpio da excluso de determinados setores da sociedade. A definio est associada a valores histricos, culturais e polticos, sendo bens possuidores de importncia social, como a educao e a sade, que, se produzidos exclusivamente pelo setor privado, podem ser inatingveis por parte da populao de baixa renda, produzindo a necessidade de interveno governamental, com seus custos financiados pela tributao compulsria da sociedade. O montante de bens e servios finais produzidos ao final de um perodo chamado de produto.

2.BENS

PBLICOS,

BENS

PRIVADOS,

RECURSOS

COMUNS

E

MONOPLIOS NATURAIS A maioria dos bens em nossa economia so alocados em mercados. O preo monitora as decises de consumidores e produtores. Quando os bens so livres, as foras de mercado que normalmente alocam os recursos de nossa economia esto ausentes e os mercados privados no conseguem assegurar que o bem seja produzido e consumido de forma eficiente. Nesse caso, as polticas governamentais podem remediar falhas de mercado e aumentar o bem-estar econmico da sociedade. Quando pensamos nos vrios bens em uma economia, til agrupar esses bens de acordo com as duas caractersticas seguintes: Exclusividade:Pessoas podem ser impedidas de usar o bem. Rival: O uso do bem por uma pessoa diminui o prazer de outra em usar aquele bem. Conforme a relao entre a exclusividade e a rivalidade no uso de um bem, o mesmo pode ser classificado da seguinte forma: Bens privados: So ao mesmo tempo excluveis e rivais. Bens pblicos: No so nem excluveis nem rivais. Recursos comuns: So rivais mas no so excluveis. Monoplios naturais: So excluveis, mas no rivais.

O Problema do Carona Um carona aquela pessoa que recebe o benefcio de um bem sem pagar por esse benefcio. J que as pessoas no podem ser excludas por usar os benefcios de um bem pblico, indivduos podem decidir no pagar por esse bem na esperana que outros paguem. O problema do carona impede que mercados privados forneam bens pblicos. Como solucionar o Problema do Carona? O governo pode decidir prover o bem pblico se o benefcio total exceder os custos. O governo pode melhorar a situao de todos atravs do fornecimento do bem pblico e pagar por esse bem com a receita de impostos. Bens Pblicos Importantes Defesa nacional Pesquisa bsica Programas de combate pobreza Anlise de Custo-Benefcio Para decidir se o governo deve suprir ou no um bem pblico, o benefcio total de todos que utilizam aquele bem deve ser comparado ao custo de todos aqueles que provm e mantm o bem pblico. A anlise de custo-benefcio tenta estimar os custos e benefcios totais de um bem para a sociedade como um todo. Uma anlise de custo-benefcio seria utilizada para estimar os custos e benefcios de um projeto para a sociedade como um todo. difcil de se fazer a anlise de custo-benefcio devido ausncia de preos necessria para se estimar os benefcios para a sociedade e os custos dos insumos. Recursos Comuns Recursos comuns, como bens pblicos, no so excluveis. Eles esto disponveis gratuitamente para qualquer um que queiram usufruir deles.

Recursos comuns so bens rivais pois o uso do recursos por uma pessoa reduz o uso por outras. Tragdia dos Comuns A tragdia dos comuns ocorre quando uma pessoa usa um recurso comum, diminuindo o benefcio que outra pessoa tem do mesmo. Recursos comuns tm a tendncia de ser sobreutilizados se os indivduos no so cobrados pelo uso. A competio por um recurso comum leva ao seu esgotamento. Garrett Hardin (19681) exemplificou em um clebre artigo com a imagem de um pasto pblico. Os donos dos animais que ali se alimentam tm o interesse comum de preserv-lo, mas como a entrada livre, esto impedidos de barrar os outros. O benefcio de cada animal a mais no pasto do seu dono, mas o custo dividido por todos. Assim, todos os usurios do pasto trazem o maior nmero de animais possvel, permitindo que comam at que o pasto acabe. So Recursos Comuns: o ar e gua puros, as rodovias pblicas congestionadas, os peixes e outras vidas selvagens. O efeito estufa que consiste no excesso de uso da atmosfera como depsito dos gases que provocam aquecimento. H algumas solues para a tragdia dos comuns. Limitar o acesso a uma comunidade pequena de usurios, que se auto controla. Privatizar o recurso, deixando a conservao como interesse do dono. Regular o uso, o que pode criar um excesso de regras e burocracia. Os mercados falham na alocao eficiente dos recursos quando os direitos de propriedade no esto bem estabelecidos. Quando a ausncia dos direitos de propriedade causa uma falha no mercado, o governo pode potencialmente solucionar o problema.

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Hardin, G."The Tragedy of the Commons," Science, 162(1968):1243-1248.

EXERCCIOS I: 1-JULGUE OS ITENS ABAIXO, DIZENDO SE SO VERDADEIROS OU FALSOS: a)Podemos considerar que as necessidades humanas so finitas e limitadas. b)Os recursos produtivos com que a sociedade conta, tm carter ilimitado. c)A economia a cincia que vai procurar alocar recursos escassos para obter a satisfao de desejos ilimitados. d)A economia essencialmente a cincia da escassez. e)A Microeconomia estuda o comportamento da economia como um todo. Estuda o que determina e o que modifica o comportamento de variveis agregadas tais como a produo total de bens e servios, as taxas de inflao. 2-JULGUE OS ITENS ABAIXO, DIZENDO SE SO VERDADEIROS OU FALSOS: Em um sistema econmico podemos destacar os seguintes agentes atuantes: a)Famlias. b)Empresas. c)Governo. d)Blocos econmicos americanos. e)Blocos Econmicos Asiticos. 3)JULGUE OS ITENS ABAIXO, DIZENDO SE SO VERDADEIROS OU FALSOS: a)Mercado o lugar onde somente as donas de casa deveriam fazer compras. b)Os mercados tm funes principais, que so questes que devem ser respondidas por qualquer sistema econmico. c)O preo a medida de valor. Diz o que deve ser produzido d)Os recursos so alocados e as quantidades so produzidas de modo a maximizar os ganhos sociais. e)A poupana e o investimento ocorrem como um esforo para manter o sistema e trazer progresso. 4)JULGUE OS ITENS ABAIXO, DIZENDO SE SO VERDADEIROS OU FALSOS, sobre as funes dos mercados: a)Estabelece valores. b)Organiza a produo. c)Distribui o produto d)Raciona, pois limita o consumo produo..

e)Prov para o futuro. 5)JULGUE OS ITENS ABAIXO, DIZENDO SE SO VERDADEIROS OU FALSOS, sobre a classificao dos bens e servios: a)Bens de consumo, satisfazem diretamente as necessidades. b)Bens de capital, so comprados apenas por pessoas abonadas. c)Bens Intermedirios, devem ser alterados antes de se tornarem bens de consumo ou de capital d)Bens de consumo durveis, apresentam um pequeno grau de maleabilidade. e)O montante de bens e servios finais produzidos ao final de um perodo chamado de produto. 6)JULGUE OS ITENS ABAIXO, DIZENDO SE SO VERDADEIROS OU FALSOS, sobre a classificao dos bens e servios: a)Cigarros, gasolina e automveis so bens de consumo no durveis. b)Bens Privados so os produzidos e possudos privadamente. c)Bens finais so aqueles que j esto prontos para ser consumidos ou fazer parte do estoque de capital do sistema. d)Bens Pblicos referem-se ao conjunto de bens gerais fornecidos pelo setor pblico. e)Justia e segurana so bens pblicos. 7)JULGUE OS ITENS ABAIXO, DIZENDO SE SO VERDADEIROS OU FALSOS, sobre as Curvas Possibilidades de Produo: a)As curvas de possibilidades de produo indicam as diferentes combinaes mximas de produo de dois bens, utilizando-se os recursos disponveis e com a tecnologia existente. b)A maior produo de um bem deve implicar tambm na maior produo do outro bem. c)Os nossos recursos so completamente adaptveis a usos alternativos. d)O custo de oportunidade de um produto a alternativa que tem que ser sacrificada para se obter este produto. e)Se uma maior quantidade de um fator de produo empregado, enquanto os outros so mantidos constantes, no se alterando a capacidade tecnolgica, o produto marginal daquele fator crescer, a partir de certo ponto. QUESTES DE CONCURSOS:

08 - (Analista de Oramento MARE 1999) - Quanto aos bens meritrios justifica-se a interveno estatal no seu oferecimento: a) pelo custo e qualidade do produto obtido. b) pelo menor custo de sua produo. c) pela facilidade na sua distribuio. d) pela sua gratuidade. e) pela sua utilidade social. 09 - (SUFRAMA/Conhecimentos Especficos/Economista/2008) - A respeito dos bens pblicos INCORRETO afirmar que: A) a responsabilidade pela sua proviso recai sobre o governo. B) so oferecidos em quantidades ilimitadas. C) se caracterizam pela no-rivalidade, isto , seu consumo por um indivduo no reduz a oferta disponvel para os demais. D) os indivduos no se mostram propensos a revelar quanto estariam dispostos a pagar por eles, esperando que os outros o faam. E) no possvel excluir indivduos de seu consumo. 10 - (FJPF/2008/Economista EMDUR/RO) A existncia de bens pblicos representa uma das circunstncias conhecidas como falhas de mercado. Esses bens classificados como pblicos apresentam as seguintes caractersticas: a) indivisvel e rival. b) divisvel e excluvel. c) indivisvel e excluvel. d) divisvel e no excluvel. e) indivisvel e no excluvel. 11 (ESAF/Analista do Banco Central do Brasil/2002) - Considere uma cidade cujas vias pblicas apresentam-se freqentemente congestionadas. A prefeitura dessa cidade est considerando duas alternativas para contornar esse problema: a introduo de um sistema de restrio ao trfego de veculos e a ampliao do sistema virio financiada por meio de um aumento da carga tributria sobre os usurios desse sistema. No correto afirmar que:

a) a melhoria das condies de trfego decorrente de uma ampliao do sistema virio um bem pblico. b) no possvel dizer de antemo qual alternativa para a melhoria do trfego mais eficiente. c) se for adotado um esquema de restrio de trfego, pelo menos um usurio das vias pblicas ser prejudicado. d) possvel que um usurio prefira que nada seja feito adoo da alternativa de ampliao do sistema virio financiado com o aumento da carga tributria. e) possvel que um usurio prefira que nada seja feito adoo de um sistema especfico de restrio ao trfego. 12 - (VUNESPE/Economia/BNDES-2002) Na definio de bem pblico, os conceitos de no rivalidade e de no excluso dizem respeito, respectivamente, aos fatos de que: (A) no se pode excluir uma pessoa do consumo de um dado servio e de que seus custos de produo so exclusivamente pblicos. (B) no se pode excluir uma pessoa do consumo de um dado servio e de que o consumo de uma unidade do servio no reduz a quantidade disponvel para outros consumidores. (C) o consumo de uma unidade do servio reduz a quantidade disponvel para outros consumidores e de que no se pode excluir uma pessoa do consumo de um dado servio. (D) o consumo de uma unidade do servio no reduz a quantidade disponvel para outros consumidores e de que no se pode excluir uma pessoa do consumo daquele servio. (E) no se pode excluir uma pessoa do consumo de um dado servio e de que seus custos de produo so exclusivamente privados. GABARITO: 1: F,F,V,V,F 2: V,V,V,F,F 3: F,V,V,F,V 4: V,V,V,V,V 5: V,F,V,F,V 6: F,V,V,V,V 7: V,F,F,V,F 8:E 9:B

10:E 11:c 12:D

3. OFERTA E DEMANDA Lei da Demanda: A quantidade que se deseja comprar, por unidade de tempo, ser maior quanto menor for o preo, ceteris paribus (todas as demais condies mantidas constantes). A demanda uma relao que nos mostra, para de adquirir. diferentes preos, as

quantidades de um bem ou servio que os compradores estariam dispostos e seriam capazes

Lei da Oferta: Basicamente vai nos indicar que a quantidade que se deseja vender, por unidade de tempo, ser maior para maiores preos. A oferta uma relao que nos mostra, para cada preo determinado, as quantidades os vendedores estariam dispostos a vender.

Curvas de Demanda e de Oferta A curva de demanda o lugar geomtrico dos pontos que representam os preos mximos que o consumidor dispe-se a pagar por cada quantidade, ceteris paribus. Os bens de Giffen representam uma exceo lei da procura. A sua curva de demanda sobe da esquerda para a direita. Ex: o po, considerando que com uma queda em seus preos as pessoas passam a ter uma disponibilidade maior de renda para usar na aquisio de outros bens, abstendo-se de adquirir o prprio. Os bens inferiores so aqueles para os quais uma menor quantidade demandada em resposta a um aumento da renda, ceteris paribus, contrastando com os bens ditos normais. A curva de oferta representa o lugar geomtrico dos preos mnimos que o vendedor dispe-se a cobrar por cada quantidade. Podemos ainda considerar que a curva mostra os preos mnimos necessrios para induzir os vendedores a colocar as vrias quantidades do produto no mercado (um preo mais alto pode ser aceito pelos vendedores, mas no um mais baixo).

As funes demanda e oferta A funo Demanda representa a relao matemtica entre o preo de um bem e a quantidade procurada desse mesmo bem. J sabemos que a curva de demanda traada para mostrar a variao da quantidade demandada em funo do preo, logo, consideramos outros fatores como constantes. Os fatores determinantes da demanda so aqueles que podem alterar para mais ou para menos a posio da curva, deslocando-a positiva ou negativamente, dentre os quais cabe destacar: a) gosto e preferncia dos consumidores(G); b) variao do poder aquisitivo(R); c) preo dos bens relacionados(PO); d) dimenso do mercado(D); e) expectativas sobre a evoluo dos preos(E). Assim podemos dizer que: D = f ( R, G, PO, D, E). Um aumento da renda provoca, para os bens normais, deslocamento positivo na curva de demanda. Quando consideramos dois bens relacionados, o aumento no preo de A, produzir uma queda ou um aumento na quantidade demanda de B, se ambos forem bens complementares, ou substitutos, respectivamente.

Cabe aqui ressaltar que as variaes de preos resultam em deslocamentos sobre uma mesma curva de demanda, ao que chamamos de variao da quantidade demandada. Enquanto isto, os demais fatores citados estabelecem novas posies para as curvas como um todo (variao da demanda), sendo por isto chamados de deslocadores da demanda. Representao algbrica da Funo Demanda Qd(x) = a + bx

em que "a" e "b" so constantes e "Qd(x)" significa "quantidade procurada do bem x" A funo oferta representa a relao matemtica entre o preo de um bem e a quantidade desse mesmo bem que os produtores esto dispostos a produzir e a vender. O mesmo raciocnio utilizado para a demanda, tambm vale para a oferta, a qual tem como principais determinantes: a) custo de produo; b) preo dos bens relacionados; c) Novas tecnologias; d) condies climticas; e) Nmero de firmas; f) Poltica Econmica e Regulao do Mercado; g) expectativas sobre a evoluo dos preos.

Aqui, tambm, devemos diferenciar o deslocamento ao longo da curva( variao da quantidade ofertada) provocado pela mudana dos preos, daquele provocado pelos fatores citados nas letras a a g, acima que deslocam a curva como um todo. Representao algbrica da Funo Oferta: Qs(x) = a + bx em que "a" e "b" so constantes e "Qs(x)" significa "quantidade ofertada do bem x".

Equilbrio entre Oferta e Demanda Ocorre quando, a um determinado preo, que chamaremos de preo de equilbrio (Pe), a quantidade demandada pelos consumidores iguala a quantidade ofertada pelos vendedores. A qualquer preo superior a Pe a quantidade ofertada exceder a demandada gerando uma sobra de bens no mercado. A concorrncia entre os vendedores provocar uma queda no preo, em direo ao equilbrio. A um preo inferior a Pe, a quantidade demandada que ser maior que a ofertada, provocando uma competio entre os consumidores que empurrar o preo em direo a Pe. Teorema da Teia de Aranha Mostra que as atividades de demanda e oferta tendem a se ajustar em torno de um certo preo de equilbrio, atravs de sucessivas tentativas e erros. Assim, a mdio prazo, os interesses dos produtores e consumidores convergem para o equilbrio. Considere as seguintes equaes para as curvas de demanda e de oferta e determine o preo e a quantidade de equilbrio. Pd = 1000 - 10Q Po = 100 + 20Q

Assim, no equilbrio: Pd = Po, logo: 1000 - 10Q = 100 + 20Q 1000 - 100 = 20Q + 10Q 900 = 30Q Q = 30 P = 1000 - 10x30 = 700

EXERCCIOS II: 1) JULGUE OS ITENS ABAIXO, DIZENDO SE SO VERDADEIROS OU FALSOS: a)A quantidade que se deseja comprar, por unidade de tempo, ser maior quanto maior for o preo, ceteris paribus( todas as demais condies mantidas constantes). b)A demanda uma relao que nos mostra, para diferentes preos, as quantidades de um bem ou servio que os compradores vo adquirir, de qualquer jeito. c)A quantidade que se deseja vender, por unidade de tempo, ser maior para menores preos. d)A oferta uma relao que nos mostra, para cada preo determinado, as quantidades que os vendedores estariam dispostos a comprar. e)A curva de demanda o lugar geomtrico dos pontos que representam as quantidades mximas procuradas a todos os possveis preos alternativos, ceteris paribus. Abaixo da curva todas as posies so possveis e acima dela, nenhuma. 2) JULGUE OS ITENS ABAIXO, DIZENDO SE SO VERDADEIROS OU

FALSOS: a)O Efeito substituio indica que quando o preo de um determinado bem ou servio aumenta e existe no mercado um outro produto ou servio similar o consumidor substitui aquele que teve o preo aumentado, passando a consumir o produto similar que teve o preo mantido constante tornando-se relativamente mais barato. b)A curva de demanda positivamente inclinada. c)O Efeito renda ocorre, pois quando aumenta o preo de um bem e a renda do consumidor permanece a mesma, a demanda diminui, porque o poder de compra (renda real) do consumidor diminui.. d)Bens Complementares so aqueles bens que dependem um do outro para satisfazer a necessidade do consumidor, so demandados em conjunto. e)A gasolina e o gs natural so bens substitutos do ponto de vista do consumidor. 3)So Fatores ou aspectos determinantes da demanda, exceto: a)Preo do bem. b)Preo dos outros bens (substitutos e complementares).

c)O nome do vendedor. d)Gosto ou preferncia do indivduo. e)Renda do consumidor. 4)JULGUE OS ITENS ABAIXO, DIZENDO SE SO VERDADEIROS OU FALSOS: a)Os bens de Giffen representam uma exceo lei da procura. A sua curva de demanda sobe da esquerda para a direita. b)A curva de oferta positivamente inclinada. c)Os bens inferiores so aqueles para os quais uma menor quantidade demandada em resposta a um aumento da renda, ceteris paribus. d)A curva de oferta o lugar geomtrico dos pontos que indicam as quantidades mnimas ofertadas no mercado, para os diferentes preos alternativos. e)Os fatores determinantes da demanda so aqueles que podem alterar a posio da curva.

5)

(Gestor Governamental/MPOG/2002)- A quantidade demandada de um bem

aumenta quando o preo do mesmo diminui e, inversamente, diminui quando seu preo aumenta. Assim, a demanda de um bem parece responder chamada lei da demanda, que diz que sempre que o preo de um bem aumenta (diminui) sua quantidade demandada diminui (aumenta).Embora o comportamento da grande maioria dos bens atenda referida lei da demanda, acima mencionada, h excees, so os chamados: a) b) c) d) e) CONCURSO bens substitutos. bens complementares. bens de Giffen. bens normais. bens inferiores. DECEA-CESGRANRIO-TCNICO DE DEFESA AREA E

CONTROLE DE TRFEGO AREO REA: CINCIAS ECONMICAS

EMPRESA DE PESQUISA ENERGTICA. CONCURSO PBLICO PROVA REALIZADA EM 29/01/2006- TCNICO DE NVEL SUPERIOR 23 Dada uma curva de demanda de um bem X, tudo o mais constante, correto afirmar que, quando aumenta o(a): (A) preo do bem X, a curva de demanda do bem X desloca-se para a esquerda. (B) preo de um bem complementar ao bem X, a curva de demanda do bem X desloca-se para a esquerda. (C) preo de um bem substituto do bem X, a curva de demanda do bem X desloca-se para a esquerda. (D) preo do bem X, a curva de demanda do bem X desloca-se para a direita. (E) renda do consumidor, a curva de demanda do bem X desloca-se para a direita, se este bem for inferior. GABARITO: 1:F,F,F,F,V 2:V,F,V,V,V 3:C 4:V,V,V,F,V 5:C 26:A 23:B

5.ELASTICIDADE Elasticidade-preo da demanda mede a sensibilidade da resposta dos consumidores a variaes nos preos das mercadorias, sendo indicada pela variao proporcional da quantidade demandada dividida pela variao proporcional no preo. Elasticidade-preo da demanda no arco Ep = Q/Q = Q x P P/P P Q Trabalhando no arco devemos considerar o preo e a quantidade mdios. Logo: P= (P1 + P2)/2 Q= (Q1 + Q2)/2 Para trabalharmos com a elasticidade-preo da demanda no ponto, faremos com que tenda a zero, desta forma usaremos a equao: Ep= dQ x P dP Q Fatores que influenciam a Epd: 1- Quanto maior o grau de utilidade(essencialidade), menos elstica ser a demanda. 2- Quanto maior o nmero de substitutos, mais elstica ser a demanda. 3- Quanto maior o preo do bem, mais elstica ser a demanda. 4- Quanto maior o tempo, maior a Epd, para a maioria dos bens. Se a demanda elstica, uma reduo(elevao) do preo de mercado deve aumentar (diminuir) a receita total dos produtores.

Elasticidade-renda da demanda no arco: ER = Q/Q R/R Elasticidade-renda da demanda no ponto: ER = dQ/Q dR/R Quanto Elasticidade-Renda, temos a seguinte classificao: ER < 0 : bens inferiores ER > 1 : bens superiores (de luxo) 0 < ER < 1 : bens normais. Elasticidade cruzada da demanda no arco: Exy = Qx/Qx Py/Py

Elasticidade cruzada da demanda no ponto: Exy = dQx/Qx dPy/Py

Com base em Exy, os bens podem ser classificados em: Substitutos: Se Exy > 0 Complementares: Se Exy < 0 Independentes: Se Exy = 0

Elasticidade-preo da oferta no arco: Epo = Q/Q P/P Elasticidade-preo da oferta no ponto: Epo = dQ/Q dP/P Fatores que influenciam a Epo: 1- Quanto maior o custo de estocar, menos elstica ser a oferta. 2- Quanto maior o nmero de substitutos prximos na produo, mais elstica ser a oferta. 3- Quanto maior o tempo, mais elstica ser a oferta.

EXERCCIOS III Exerccios Mercado: Demanda e Oferta Concurso do BNDES-Engenheiro/2007. 43-Se a elasticidade preo da demanda pelo bem X for igual a menos 4, isto significa que: (A) a quantidade demandada diminuir 40%, se o preo de X aumentar 10%. (B) a oferta de X muito inelstica. (C) o preo de X aumentar 40%, se a quantidade ofertada aumentar 10%. (D) o bem X inferior. (E) o bem X um bem de luxo, de difcil substituio pelos consumidores. Outras Questes: 1) Sabe-se que o bem X complementar do bem Y e que o mercado encontra-se em equilbrio. Se ocorrer uma reduo no no preo de Y, com tudo mais permanecendo constante, haver repercusses no mercado de X. No havendo tempo para que o mercado se reequilibre, observaremos a constituio de um excesso da (a) demanda sobre a oferta no mercado, com tendncia elevao do preo de X. (b) oferta sobre a demanda no mercado, com tendncia reduo do preo de X. (c) demanda sobre a oferta no mercado, com tendncia reduo do preo de X. (d) oferta sobre a demanda no mercado, com tendncia elevao do preo de X. (e) oferta sobre a demanda no mercado, com tendncia manuteno do preo de X 2) Dada a funo q = 200 4 p, que representa a procura por um bem normal, sendo q a quantidade demandada e p o seu preo, considere um aumento na renda dos consumidores, os demais fatores permanecendo constantes, de tal modo que aumente a procura por esse bem. Nesse caso, a funo que melhor representaria a procura pelo bem seria dada por (a) 250 4 p (b) 200 2 p (c) 250 2 p (d) 200 6 p (e) 200 4 p 3) Numa situao em que o mercado atua em concorrncia perfeita e sem interferncia do governo, se o preo de mercado de um produto estiver acima do que seria o equilbrio entre as quantidade ofertadas e demandas: (a) a concorrncia entre os compradores faria diminuir o preo do produto

(b) a concorrncia entre os ofertantes faria diminuir o preo do produto (c) a concorrncia entre os ofertantes faria aumentar o preo do produto (d) a concorrncia entre os compradores faria aumentar o preo do produto (e) o preo somente tenderia a diminuir se a concorrncia entre os vendedores fosse mais forte do que a concorrncia entre os compradores 4) Se a autoridade governamental fixar o preo de um produto em nvel abaixo do que seria o ponto de equilbrio entre demanda e oferta: (a) as quantidades ofertadas ficaro inicialmente maiores do que as quantidade demandadas, mas as foras de mercado atuaro para levar o preo de volta ao nvel de equilbrio (b) as quantidades ofertadas e demandas sero iguais em um nvel de preos menor do que o de equilbrio (c) as quantidades demandadas ficaro inicialmente maiores do que as quantidade ofertadas, mas as foras de mercado faro o preo voltar ao nvel de equilbrio (d) as quantidades ofertadas ficaro maiores do que as quantidades demandadas, resultando em uma situao de excedente de oferta (e) as quantidades demandadas ficaro maiores do que as quantidades ofertadas, resultando em uma situao de escassez de oferta 5) Num mercado de concorrncia perfeita, a oferta e a demanda de um produto so dadas, respectivamente, pelas seguintes equaes: Qs = 48 + 10P e Qd = 300 8P, Qs, Qd e P representam quantidade ofertada, quantidade demandada e preo, respectivamente. A quantidade nesse mercado no equilbrio ser de quantas unidade (a) 2 (b) 188 (c) 252 (d) 14 (e) 100 6) Num modelo de oferta e demanda, quando a renda dos consumidores aumenta (a) o preo cai, sendo o bem normal (b) o preo sobe, sendo um bem normal (c) a quantidade cai, sendo um bem inferior (d) o preo e quantidade caem, tanto para o normal quanto para o inferior (e) as alternativas b e c esto corretas

7) Se o preo do acar aumenta o que acontece com a demanda de caf e adoante (a) a do caf aumenta, enquanto que a do adoante cai (b) as duas permanecem inalteradas (c) a demanda de caf diminui, mas a do adoante no muda (d) a do adoante aumenta e a de caf fica inalterada (e) a demanda de caf diminui, e a do adoante aumenta. 8) Uma geada ou uma seca que provoque queda na produo de certo bem significa (a) um aumento da oferta do bem (b) uma diminuio da oferta do bem (c) um aumento da quantidade ofertada do bem (d) uma diminuio da quantidade ofertada do bem (e) uma diminuio do preo do bem 9) Um deslocamento da curva de oferta de um bem para a direita pode representar satisfatoriamente o seguinte evento econmico (a) um aumento na renda real dos consumidores (b) uma inovao da tecnologia utilizadas pelas empresas desse mercado (c) a queda de sua produo em decorrncia de um acidente (uma greve, por exemplo) (d) uma diminuio nos custos de produo das empresas desse mercado (e) esto corretos os itens (b) e (d) 10) O Grfico seguinte representa o equilbrio de mercado de um bem X, sendo DD e SS as curvas de demanda e de oferta de X, respectivamente. O preo R$ 3, enquanto que a quantidade 30 unidades. Sabe-se que X substituto de um outro bem, Y. Se ocorrer uma elevao do preo de Y, com tudo mais permanecendo constante, haver repercusses no mercado de X, levando-o, num primeiro impacto, a uma situao de desequilbrio. Caso haja tempo para que o mercado de X se reequilibre, deve esperar:

(a) uma elevao do preo de X, porque a curva de demanda desse bem se deslocar para a direita, mantendo-se fixa a posio da curva de oferta.

(b) uma reduo do preo de X, porque a curva de demanda desse bem se deslocar para esquerda, mantendo-se fixa a posio da curva de oferta (c) uma reduo do preo de X, porque a curva de oferta desse bem se deslocar para a direita, mantendo-se fixa a posio da curva de demanda. (d) uma elevao do preo de X, porque a curva de oferta desse bem se deslocar para esquerda, mantendo-se fixa a posio da curva de demanda. (e) uma elevao de ambas as curvas de oferta e de demanda, fazendo com que o preo suba. 11) Considere um mercado em equilbrio, segundo o modelo oferta-demanda. Um aumento da renda disponvel dos consumidores conjugado com uma aumento dos preos dos insumos, certamente: (a) no alterar o nvel de preo de equilbrio (b) vai reduzir o preo de equilbrio, mas no vai alterar o nvel de quantidade de equilbrio (c) provocar um novo nvel de preo de equilbrio superior ao inicial (d) provocar um novo nvel de preo de equilbrio inferior ao inicial (e) vai reduzir o preo de equilbrio, e vai alterar o nvel de quantidade de equilbrio 12) Considerando-se o modelo de equilbrio de mercado, correto afirmar que (a) dois bens so complementares quando o aumento no preo de um gera um aumento da quantidade demandada do outro (b) um avano tecnolgico pode causar um deslocamento da curva de oferta para a direita, com conseqente aumento do preo de equilbrio, mantidas as demais condies inalteradas. (c) o modelo oferta-demanda no um modelo de equilbrio estvel (d) um congelamento do preo de um bem abaixo do nvel de equilbrio pode gerar, para os mercados onde a fiscalizao oficial seja eficiente, um excedente do produto. (e) um congelamento do preo de um bem abaixo do nvel de equilbrio pode gerar, para os mercados onde a fiscalizao oficial seja eficiente, uma escassez do produto. 13) No se inclui entre os determinantes da procura individual (a) o preo do bem (b) a renda do consumidor (c) os preos dos outros bens (d) a quantidade ofertada do bem (e) o gosto ou preferncia do indivduo

14) H um deslocamento da curva de demanda de um bem normal para a direita quando, tudo mais constante, (a) aumenta o preo de um bem complementar (b) cai o preo de um bem substituto (c) aumenta a renda dos consumidores do bem (d) cai a renda dos consumidores do bem (e) os consumidores passam a gostar menos daquele bem em relao a outros. 15) Supondo que as curvas de oferta e de demanda de uma mercadoria X sejam dadas, respectivamente, por Qs = 400p 600 e Qd = -100p + 3.500, as quantidades e preo de equilbrio sero (a) 2.300 e R$ 6 (b) 1.680 e R$ 8,2 (c) 2.680 e R$ 8,2 (d) 3.680 e R$ 6 (e) 1.680 e R$ 6 16) A curva de demanda por um determinado bem expressa pela funo Q = 1.000/P3. Pode-se afirmar que (a) se o preo de mercado aumentar, os consumidores gastaro menos renda na aquisio desse produto. (b) se o preo de mercado diminuir, os consumidores gastaro menos renda na aquisio desse produto. (c) se o preo de mercado aumentar, os consumidores gastaro mais renda na aquisio desse produto. (d) se o preo de mercado diminuir, os consumidores gastaro o mesmo volume de renda na aquisio do produto (e) o dispndio total dos consumidores na aquisio do produto aumenta na mesma proporo do aumento do preo de mercado. 17) Uma curva de demanda retilnea possui elasticidade preo da demanda igual a um (a) em todos os pontos (b) na interseo com o eixo dos preos (c) na interseo com o eixo das quantidades (d) no ponto mdio do segmento

(e) em nenhum ponto da curva 18) Um determinado bem tem procura elstica em relao ao seu preo. Ento, se o preo desse bem aumenta, com tudo mais permanecendo constante, o gasto total do consumidor com o bem (a) aumenta (b) diminui (c) permanece constante (d) aumenta indefinidamente (e) cai indefinidamente 19) (CESGR) Uma curva de demanda se exprime por p = 10 0,2q, onde p o preo e q a quantidade. O mercado se encontra em equilbrio ao preo de R$ 2. O preo variou para R$ 2,04 e tudo mais constante, quantidade foi para 39,8. A elasticidade preo da demanda de: (a) 0,02 (b) 0,05 (c) 0,48 (d) 0,25 (e) 0,20 20) Considere a funo q = 20 2p, sendo q a quantidade procurada por um perodo de tempo e p o preo de um determinado bem. A elasticidade preo da demanda, quando o preo igual a 4 (a) -1/3 (b) -3 (c) -3/2 (d) -2/3 (e) -1 21) A elasticidade preo da demanda de X 1,8 e a quantidade demandada, ao preo atual de mercado, de 5.000 unidades. Caso o preo do bem sofra uma reduo de 5%, a quantidade demandada passar a ser: (a) 4.550 unidades (b) 5.550 unidades (c) 5.000 unidades (d) 5.450 unidades

(e) 5.250 unidades 22) Com relao as afirmativas a seguir I se um bem possuir elasticidade preo da demanda menor do 1 (em valor absoluto), uma reduo no seu preo provoca uma queda na despesa com o bem. II bens que tem substitutos prximos so mais elsticos. III bens inferiores tem elasticidade renda da demanda positiva. (a) as afirmativas I e II so corretas (b) as afirmativas I e III so corretas (c) as afirmativas II e III so corretas (d) somente a afirmativa I verdadeira (e) somente a afirmativa III verdadeira 23) Se a renda crescer 10% e, mantidos todos os demais fatores constantes, a procura pro um determinado bem crescer de 5%, pode-se dizer que (a) a elasticidade renda da demanda igual a 5 e o bem inferior (b) a elasticidade renda da demanda igual a 1/2 e o bem normal (c) a elasticidade renda da demanda igual a 2 e o bem normal (d) a elasticidade renda da demanda igual a 1/2 e o bem inferior (e) a elasticidade renda da demanda igual a 1 e o bem inferior 24) A receita total de uma firma obtm com a venda de sue produto aumenta quando a sua elasticidade preo (a) maior do que 1 e o preo diminui (b) maior do 1 e o preo aumenta (c) menor do 1 e o preo diminui (d) igual a 1 e o preo aumenta (e) igual a 1 e o preo diminui 25) A elasticidade preo da demanda do produto A igual a 0,1. Se o preo desse produto aumentar 2%, a quantidade demandada dever (a) diminuir em 2% (b) aumentar em 2% (c) diminuir em 20% (d) diminuir em 0,2% (e) aumentar em 0,2%

26) A elasticidade renda da demanda de um bem igual a 0,5. Uma elevao da renda dos consumidores de 10% far com que a quantidade aumente em (a) 3% (b) 5% (c) 8% (d) 10% (e) 0,5% 27) A curva de demanda de um bem representada pela seguinte equao p = 200 5q, onde p o preo e q a quantidade. A receita total ser maximizada quando a quantidade for igual a (a) 10 (b) 20 (c) 30 (d) 40 (e) 50 28) Considerando-se a relao entre demanda por um bem e renda do consumidor, pode-se afirmar que (a) a relao entre renda e demanda pelo bem sempre positiva. (b) uma elevao da renda necessariamente eleva a demanda pelo bem. (c) uma elevao da renda no necessariamente eleva a demanda pelo bem. (d) no existe a possibilidade da demanda pelo bem cair quando a renda aumenta. (e) elevaes na renda causam necessariamente elevao na demanda pelo bem na mesma proporo. 29) Quando a renda de um indivduo cai, tudo permanecendo constante, a sua demanda por um bem inferior (a) aumenta (b) cai numa proporo igual queda de sua renda (c) cai numa proporo maior do que a queda de sua renda (d) cai numa proporo menor do que a queda de sua renda (e) permanece inalterada 30) Se eu posso comprar o quantidade que quiser de uma mercadoria a um preo fixo, isso significa que a curva de oferta com que me defronto

(a) perfeitamente elstica (b) perfeitamente inelstica (c) elasticidade unitria (d) apenas elstica (e) apenas inelstica Gabarito Mercado: Demanda e Oferta 1) 2) 3) 4) 5) 6) 7) 8) 9) 10) A A B E B E E B E A 11) 12) 13) 14) 15) 16) 17) 18) 19) 20) C E D C C A D B D D 21) 22) 23) 24) 25) 26) 27) 28) 29) 30) D A B A D B B C A A

TEORIA DO CONSUMIDOR A teoria do consumidor examina as escolhas com que os indivduos se deparam enquanto consumidores. Quando comprar mais de um bem e comprar menos do outro? Quanto tempo deve gastar em Lazer ou em Trabalho? Quando deve gastar mais no presente, consumindo menos no futuro? UTILIDADE

Um produto comprado porque fornece satisfao, ou utilidade a algum. A Utilidade Total(UT), que o grau de satisfao total do indivduo, tende a aumentar at um certo ponto, no qual a satisfao do indivduo mxima. Este o ponto de saturao do produto em relao ao consumidor(Utmx), a aprtir deste ponto a UT decrescente, as unidades adicionais do bem geram uma insatisfao.

A Utilidade Mdia(Ume) a relao entre a UT e a quantidade: Ume=UT/q

Utilidade marginal a satisfao que o indivduo recebe pelo consumo de uma unidade adicional de um bem ou servio. Cada compra adicional fornece uma satisfao adicional menor. Assim a Umg decrescente. A altura da curva de demanda indica a Umg do bem. O consumidor comprar tantas unidades do bem quanto forem inferiores ou iguais Umg. Assim ,o equilbrio do consumidor envolve compras crescentes de um bem at que sua Umg caia exatamente ao nvel de seu preo.

Um consumidor que se defronta com diversos bens estar em equilbrio se levar suas compras em todas as direes at o ponto no qual a utilidade que ele recebe do ltimo real gasto em um bem for igual quela do ltimo real gasto em qualquer dos outros bens.

Quando o consumidor compra um bem por um preo inferior sua utilidade, ele obtm um ganho lquido, chamado de excedente do consumidor. Este, a diferena entre o montante mximo que o consumidor estaria disposto a pagar e o que ele efetivamente paga.

Se o preo de mercado cai ocorre um aumento do excedente do consumidor igual rea horizontal entre o preo novo e o antigo, e esquerda da curva de demanda.

A TEORIA DA ESCOLHA DO CONSUMIDOR

O comportamento econmico envolve uma escolha entre alternativas. Uma curva de indiferena une todos os pontos para os quais o indivduo possui o mesmo nvel de satisfao, ou utilidade. Pressupostos bsicos: a) Os produtos so continuamente divisveis em subunidades. b) As preferncias do consumidor so bem definidas e consistentes. c) As preferncias so transitivas. d) O consumidor considera os vrios bens como desejveis, assim sempre prefere ter mais, do que menos.

As curvas de indiferena possuem as seguintes caractersticas: 1- So contnuas. 2- Formam um espao denso.

3- So negativamente inclinadas direita. 4- So cncavas para cima (ou convexas em relao origem). 5- No se cruzam. 6- As curvas de indiferena se inclinam para baixo. Um consumidor estar disposto a abrir mo de um bem s se ela ganhar mais do outro bem. 7- Curvas mais altas representam maior nvel de satisfao. Os consumidores normalmente preferem mais de um bem do que menos do mesmo bem.

Mapa de Indiferena Um conjunto, ou famlia, de curvas de indiferena chamado de mapa de indiferena.. Bem 1.

Bem 2. O consumidor indiferente, ou igualmente satisfeito, com as combinaes A, B e C pois esto todas na mesma curva.

Taxa Marginal de Substituio Chamamos de Taxa Marginal de Substituio(TMS), ao montante de um bem que deve ser dado para compensar a perda de uma unidade do outro bem. A inclinao em qualquer ponto da curva nos d a taxa marginal de substituio. a taxa que o consumidor est disposto a trocar um bem por outro

Esta taxa cresce, normalmente, medida que a quantidade do outro bem decresce. Bem 1.

Bem 2. Curvas de Indiferena Especficas Bens que so substitutos perfeitos.

Bens que so complementos perfeitos

Escolha do Consumidor A restrio oramentria representa a escassez no problema do consumidor. Cada consumidor possui uma quantidade de dinheiro para gastar em um determinado perodo de tempo. O consumidor escolhe bens para consumir cujo valor total no ultrapasse a sua renda. Considerando os preos dos n bens x1; x2; ... xn; disponveis por p1; p2; ... ; pn. Logo x = (x1; : : : ; xn) representa uma cesta de bens e p = (p1; : : : ; pn) representa o vetor de preos com que o consumidor se defronta. Consideraremos os preos como fixos. A restrio oramentria ser escrita como: p1x1 + p2x2+... + pnxn = m O consumidor quer maximizar a sua satisfao, mas ele est restrito s possibilidades permitidas por sua renda monetria. Uma linha de oramento, ou linha de renda, ou reta oramentria, mostra as vrias opes de um consumidor com uma dada renda monetria e que enfrenta um certo conjunto de preos. A reta oramentria conecta o conjunto de cestas de bens que custam exatamente m: p1x1 + ... + pnxn = m O equilbrio do consumidor, implica em mover-se ao longo da linha de oramento de modo a atingir (tangenciar) a mais alta curva de indiferena possvel, maximizando a sua satisfao. Qualquer ponto na linha indica a combinao de dois produtos quer o consumidor pode adquirir.

A inclinao da linha de restrio oramentria do consumidor igual ao preo relativo dos bens, isto , o preo de um bem comparado ao preo de outro bem. Mede ainda a taxa qual os consumidores podem trocar um bem por outro.

Uma variao na renda monetria implicar em deslocamento em paralelo da reta oramentria, desde que os preos no variem. Por outro lado, uma mudana nos preos relativos dos bens, provoca uma mudana na declividade da linha de oramento.

CURVA DE RENDA-CONSUMO Chamamos de curva de renda-consumo (ou caminho de expanso da renda) linha que conecta os pontos de equilbrio do consumidor, medida que a renda varia. A curva de renda-consumo o locus das combinaes maximizadoras de utilidade dos bens X e Y associadas aos diversos nveis de renda monetria, tomando como dados os preos dos referidos bens. Para os bens normais, a curva de renda-consumo tem inclinao positiva, tendo inclinao negativa para bens inferiores. Alguns bens podem ser inferiores para certos nveis de renda e normais para outros.Bens normais: a demanda por ambos os bens aumenta quando a renda aumenta. Bem inferior: o bem 1 um bem inferior, o que significa que a demanda por ele diminui quando a renda aumenta.

Curvas de Engel. As curvas de Engel mostram as quantidades de equilbrio de um produto que um consumidor ir comprar em diversos nveis de renda, mantidos constantes os demais fatores.

Curva renda consumo.

Curva de Engel.

CURVA DE PREO-CONSUMO

Quando variamos apenas o preo de um dos produtos, em um mapa de indiferena, mantendo constantes a renda e o preo do outro produto, obtemos novos pontos de equilbrio para o consumidor, medida que a reta oramentria se deslocar, girando sobre o eixo que a relao entre a renda e o preo mantido constante. A linha que conecta os vrios pontos de equilbrio do consumidor chamada de curva de preo-consumo. Quando o preo de um bem diminui h dois efeitos sobre o consumo. A variao dos preos relativos faz com que o consumidor queira aumentar o consumo do bem mais barato, a variao da demanda decorrente da variao dos preos relativos chamada de efeito substituio. O aumento do poder aquisitivo devido ao menor preo pode aumentar ou diminuir o consumo, dependendo se o bem normal ou inferior, a variaco resultante disto chamada de efeito renda. Mantendo a renda e o preo do bem2 fixos, e para cada diferente valor do bem1, tendo o nvel de consumo timo do bem 1, construmos a curva de demanda que possui declividade negativa (x1/p1 >0). Entretanto, ns vimos tambm que, no caso dos bens de Giffen, a demanda do bem poderia diminuir quando o preo diminusse. Portanto, possvel, embora no muito provvel, haver uma curva de demanda com uma declividade positiva.

A curva preo consumo e curva de demanda: o grfico um contm a curva preo consumo, que representa as escolhas timas medida que o preo do bem 1 varia. O grfico 2 mostra a curva de demanda associada, a qual representa a escolha tima do bem 1 como funo do seu preo.

A curva de preo-consumo o locus das combinaes maximizadoras de utilidade dos bens X e Y que resultam da variao no preo de um dos bens.

EQUAO DE SLUTSKY A equao de Slutsky diz que a variao total na demanda a soma do efeito substituio com o efeito renda. A maioria dos bens com os quais nos confrontamos so bens comunsquando os preos aumentam, a demanda diminui. Entretanto, para os bens de Giffen, a demanda diminui, quando o preo diminui, gerando uma curva de demanda com inclinao positiva.

EXERCCIOS: 01) (AFC-STN/1997) De acordo com a Teoria do Consumidor, o efeito total do decrscimo no preo de um bem qualquer dividido entre: a) Efeito Substituio, devido alterao nos preos relativos, que pode ser positivo ou negativo, e Efeito Renda, devido alterao no poder de compra, que pode ser positivo ou negativo. b) Efeito Substituio, devido alterao no poder de compra, que pode ser negativo ou positivo, e Efeito Renda, devido alterao nos preos relativos, que s pode ser positivo. c) Efeito Substituio, devido alterao nos preos relativos, que pode ser negativo ou positivo, e Efeito Renda, devido alterao no poder de compra, que s pode ser positivo. d) Efeito Substituio, devido alterao no poder de compra, que s pode ser positivo, e Efeito Renda, devido alterao nos preos relativos, que s pode ser negativo. e) Efeito Substituio, devido alterao nos preos relativos, que s pode ser negativo, e Efeito Renda, devido alterao no poder de compra, que pode ser positivo ou negativo.

02) (AFC/STN 1997) Indique a afirmao falsa em relao ao conceito microeconmico de excedente do consumidor. a) Seu montante depende da elasticidade da demanda em um mercado. b) Seu montante no depende dos custos de quem produz o bem em questo. c) Ele pode ser usado como um tipo de medida de bem-estar dos consumidores. d) Ele pode ser usado no contexto da avaliao da eficincia econmica de uma determinada poltica tributria sobre o bem em questo. e) O fato de um mercado estar em equilbrio no implica que o montante do excedente do consumidor seja igual ao montante do excedente do produtor. 03) (Analista de Finanas e Controle da Secretaria do Tesouro Nacional/2005) Com relao ao conceito de excedente do consumidor, correto afirmar que: a) o excedente do consumidor no sofre influncia dos preos dos bens. b) o excedente do consumidor pode ser utilizado como medida de bem-estar econmico com base nas preferncias dos consumidores. c) quanto maior o excedente do consumidor, menor ser o bem-estar dos consumidores.

d) o excedente do consumidor no pode ser calculado a partir de uma curva de demanda linear. e) a elevao das tarifas de importao aumenta o excedente do consumidor. GABARITO: 1-E 2-B 3-B