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AVALIAÇÃO DO CUSTO DE REFEIÇÕES À BASE DE ALIMENTOS IN NATURA OU MINIMAMENTE
PROCESSADOS E DE REFEIÇÕES À BASE DE ALIMENTOS ULTRAPROCESSADOS EM
CARATINGA/MG
CARATINGAMinas Gerais – Brasil
Novembro-2015
-CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA – UNEC-
-CURSO DE NUTRIÇÃO-
AVALIAÇÃO DO CUSTO DE REFEIÇÕES À BASE DE ALIMENTOS IN NATURA OU MINIMAMENTE
PROCESSADOS E DE REFEIÇÕES À BASE DE ALIMENTOS ULTRAPROCESSADOS EM
CARATINGA/MG
Priscila Avelina Pereira
CARATINGAMinas Gerais – Brasil
Novembro -2015
-CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA – UNEC-
-CURSO DE NUTRIÇÃO-
1. INTRODUÇÃO
Mesmo dentro de um cenário de turbulências econômicas, sociais, políticas e
também culturais, o Brasil mudou substancialmente nos últimos cinquenta anos
acometendo alterações expressivas para a vida atual da sociedade, gerando
grandes metamorfoses na forma de viver do brasileiro. Além disso, faz-se uma
análise da transição nutricional do Brasil, observada em um diagnóstico crescente
de sobrepeso (52,4% da população) e obesidade (17,9%) em todas as faixas
etárias, onde as doenças crônicas correspondem a 70% das causas de morte,
atingindo fortemente grupos mais vulneráveis, como a população de baixa
escolaridade e renda. (BRASIL, 2010)
As doenças não transmissíveis (DCNT) são as principais fontes da carga de
doença no Brasil. Crescimento da renda, industrialização e mecanização da
produção, urbanização, maior acesso a alimentos em geral, incluindo os
processados, e globalização de hábitos não saudáveis produziram rápida transição
nutricional, aduzindo a população cada vez mais ao risco de doenças crônicas.
(MONTEIRO CA, 2000)
O aumento da produção e consumo de alimentos processados e uma baixa
ingesta por alimentos in natura e diante das transformações sociais vivenciadas pela
sociedade Brasileira, que impactaram sobre suas condições de saúde e nutrição, fez
se necessária a apresentação de novas recomendações. (BRASIL, 2014)
O novo Guia Alimentar para a População Brasileira (GAPB) da grande
importância ao tipo de processamento a que são submetidos os alimentos antes de
sua aquisição, preparo e consumo. O GAPB recomenda que a base da alimentação
seja de alimentos in natura ou minimamente processados, que são nutricionalmente
balanceados, saborosos, culturalmente apropriados e promotores de um sistema
alimentar ambientalmente e socialmente sustentável.
Alimentos in natura são aqueles que são obtidos diretamente de animais ou
plantas sem terem sofrido qualquer alteração, como hortaliças, frutas, raízes,
tubérculos e ovos. Já os alimentos minimamente processados correspondem a
aqueles alimentos in natura que sofreram processos de limpeza, remoção de partes
não comestíveis ou indesejáveis, moagem, fracionamento, fermentação, secagem,
pasteurização, refrigeração, congelamento e processos similares que não envolvam
a inclusão de qualquer substância como sal, açúcar, gordura e outros aditivos.
(BRASIL, 2014)
Alimentos ultraprocessados geralmente são feitos por indústrias de
grande porte, e inteiramente ou majoritariamente de substâncias extraídas de
alimentos (óleos, gorduras, açúcar, proteínas), derivadas de constituintes de
alimentos (gorduras hidrogenadas, amido modificado) ou sintetizadas em laboratório
com base em matérias orgânicas (corantes, aromatizantes, realçadores de sabor e
outros aditivos usados para alterar propriedades sensoriais). (MONTEIRO CA, 2015)
No entanto, o custo para a obtenção de alimentos in natura ou minimamente
processados parece ser um obstáculo para a população brasileira na busca de uma
alimentação saudável. (COELHO AB, 2009) Tendo uma visão errônea que alimentos
ultraprocessados “enriquecidos” com vitaminas e outros nutrientes são produtos
ideais para uma alimentação saudável e balanceada. ( BORGES, 2015).
É possível observar que os alimentos que fazem parte da cultura culinária
brasileira, arroz, feijão, mandioca, entre outros, não apresentam elevador valor se
comparados com alimentos ultraprocessados. Pode-se notar também a mesma
relação entra o grupo de frutas e hortaliças, preferencialmente na época de
sazonalidade e em locais onde há menos intermediários entre agricultor e
consumidor final, como feiras e “sacolões”, encontrarão preços mais baixos.
(BRASIL, 2014)
Este trabalho tem o objetivo de comparar de forma objetiva e numérica
(valores em reais) refeições compostas por alimentos in natura ou minimamente
processados e refeições compostas por alimentos ultraprocessados, a fim de
demonstrar a viabilidade de uma alimentação nutricionalmente balanceada,
saudável e barata.
2. OBJETIVO
2.1. Objetivo Geral
Comparar o custo de refeições à base de alimentos in natura ou minimamente
processados e de refeições à base alimentos ultraprocessados.
2.2. Objetivos Específicos
Fazer uma busca sobre a diferença de preços de refeições à base de
alimentos in natura ou minimamente processados e de refeições à base
alimentos ultraprocessados.
Fazer o per capita de refeições à base de alimentos in natura ou
minimamente processados.
Fazer o per capita de refeições à base alimentos ultraprocessados.
Comparar os preços das refeições a curto, a médio e em longo prazo.
3. METODOLOGIA
Será realizado um estudo transversal com o objetivo de comparar o custo de
refeições à base de alimentos in natura ou minimamente processados com as
refeições à base de alimentos ultraprocessados.
Serão selecionadas as refeições as quais serão feitas as comparações de
pratos, totalizando quatro: desjejum, almoço, lanches e jantar. Para a composição
dos pratos das refeições serão selecionados alguns alimentos in natura ou
minimamente processados e alimentos ultraprocessados presentes na POF 08/09,
bem como alimentos recomendados pelo GAPB. A porção média estipulada para
cada alimento será determinada de acordo com a porção média consumida pelos
brasileiros (BRASIL, 2011).
Após a definição das refeições e suas respectivas porções, será realizada a
coleta dos preços dos alimentos em três supermercados da cidade de
Caratinga/MG. Todos os preços serão tabelados pelo quilo comprado, ainda que
nem todos os produtos sejam comercializados por quilo. Aqueles que não são
vendidos à quilo, serão transformados nessa quantidade.
A análise de dados se dará através de uma média de preços coletados nos
supermercados para achar os valores de cada alimento. Após as médias de cada
alimento, serão calculados os custos das refeições para finalmente comparar os
preços de cada tipo de refeição a curto (1 dia), a médio (1 mês) e a longo (1 ano)
prazo.
Posteriormente, os dados serão tabelados no programa Microsoft Office Excel
(2013) para melhor visualização dos resultados.
4. CRONOGRAMA
Atividades
2015
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Definição do Problema
X X
Revisão Bibliográfica
X X X X X X X X X X X
Escrita do Projeto
X X
Coleta de dados
X X
Análise dos Resultados
X X X X X
Escrita dos Artigo
X X X X X X
5. ORÇAMENTO
MaterialValor Unitário (R$) Quantidade/ Unidade Valor Total (RS)
Folha de Papel A4 0,05 200 10,00
Cópia de Xerox 0,10 50 5,00
Total 15,00
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Política nacional de promoção da saúde.3ª ed. Brasília: 2010.
BRASIL. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Pesquisa de orçamentos familiares 2008-2009: análise do consumo alimentar pessoal no Brasil. Rio de Janeiro: IBGE, 2011.
BRASIL. Ministério da Saúde. Guia alimentar para população brasileira. 2ª ed. Normas e manuais técnicos. Brasília: 2014.
BORGES, Camila Aparecida et al. Quanto custa para as famílias de baixa renda obterem uma dieta saudável no Brasil? Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 31, n. 1, p. 137-148, Jan. 2015.
Coelho AB, Aguiar DRD, Fernandes EA. Padrão de consumo de alimentos no Brasil. Revista de Economia e Sociologia Rural 2009; 47:335-62.
Monteiro CA, Mondini L, Souza AL, Popkin B. Da desnutrição para a obesidade: a transição nutricional no Brasil. In: Monteiro CA, ed. Velhos e Novos Males da Saúde no Brasil: a evolução do país e suas doenças, 2nd edn. São Paulo: Hucitec, Nupens/USP, 2000: 247–55
Monteiro CA, Cannon G, Levy RB, Claro RM, Moubarac J-C. Ultra-processing and a new classification of foods. In: Neff R, editor. Introduction to U.S. Food System: public health, environment, and equity. San Francisco: Jossey Bass; 2015. p. 338-9