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UFJF CONCURSO VESTIBULAR 2012 E MÓDULO III DO PISM–TRIÊNIO 2009-2011 PROVA DE HABILIDADE ESPECÍFICA – ARQUITETURA E URBANISMO 2 Conteúdos para a prova Com a proximidade dos grandes eventos esportivos no Brasil, ou seja, da Copa de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016, muito se tem discutido sobre o papel do esporte, da arquitetura e do urbanismo, principalmente, sobre a contribuição social dos espaços projetados para a prática dos esportes, sejam eles as quadras de escolas, de clubes e de ginásios, os estádios ou os centros de treinamento para os atletas profissionais. Descortinam-se, portanto, no Brasil, grandes oportunidades para que se executem projetos de qualidade. Segundo Castro Mello, em uma reportagem publicada pela Revista Projeto Design (edição 249, novembro, 2000) independentemente do porte e do tipo do empreendimento, a boa arquitetura esportiva é aquela que modela o espaço considerando todas as particularidades. Pode parecer óbvio, mas não é. Há centros de treinamento de natação no Sul do país em que a piscina aquecida fica a céu aberto e muito distante dos vestiários, sujeitando os nadadores a todos os riscos de uma inversão térmica”, exemplifica. Portanto, é preciso buscar bons exemplos em edificações semelhantes e preocupar-se com os materiais de revestimento, com o conforto ambiental e com a segurança. Sem dúvida, um aspecto positivo decorrente da realização desses grandes eventos é que, além da intenção de entretenimento, podem ser desenvolvidos projetos e ações de requalificação urbana e regional, impulsionando o desenvolvimento local. Barcelona, Lisboa e Milão são exemplos de cidades que, ao receberem grandes eventos internacionais, aproveitaram o momento para desenvolver bons projetos de arquitetura e urbanismo. Exemplos de Arquitetura Esportiva 1 - Palácio de Esportes da Cidade do México – 1966-1968 Arquitetos Felix Candela, Antonio Peyrí e Enrique Castañeda O arquiteto Felix Candela propôs um teto de cobre suspenso a partir de uma estrutura de aço, que usa os princípios do paraboloide hiperbólico. Nos Jogos Olímpicos (1968), o Palácio de Esportes, no México, foi utilizado principalmente para os jogos de basquete. Candela e seus colaboradores projetaram o edifício para ser capaz de ser erguido rapidamente, usando instalações e equipamentos locais. A altura máxima da cúpula é de 42,67m, e a planta interna da arena, que é independente da cobertura, mede 89,92m de diâmetro. Há 22.370 assentos, dos quais 15.458 são fixos e 6.912 desmontáveis. MEU NÚMERO:

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Conteúdos para a prova

Com a proximidade dos grandes eventos esportivos no Brasil, ou seja, da Copa de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016, muito se tem discutido sobre o papel do esporte, da arquitetura e do urbanismo, principalmente, sobre a contribuição social dos espaços projetados para a prática dos esportes, sejam eles as quadras de escolas, de clubes e de ginásios, os estádios ou os centros de treinamento para os atletas profissionais. Descortinam-se, portanto, no Brasil, grandes oportunidades para que se executem projetos de qualidade.

Segundo Castro Mello, em uma reportagem publicada pela Revista Projeto Design (edição 249, novembro, 2000) “ independentemente do porte e do tipo do empreendimento, a boa arquitetura esportiva é aquela que modela o espaço considerando todas as particularidades. Pode parecer óbvio, mas não é. Há centros de treinamento de natação no Sul do país em que a piscina aquecida fica a céu aberto e muito distante dos vestiários, sujeitando os nadadores a todos os riscos de uma inversão térmica”, exemplifica. Portanto, é preciso buscar bons exemplos em edificações semelhantes e preocupar-se com os materiais de revestimento, com o conforto ambiental e com a segurança.

Sem dúvida, um aspecto positivo decorrente da realização desses grandes eventos é que, além da intenção de entretenimento, podem ser desenvolvidos projetos e ações de requalificação urbana e regional, impulsionando o desenvolvimento local. Barcelona, Lisboa e Milão são exemplos de cidades que, ao receberem grandes eventos internacionais, aproveitaram o momento para desenvolver bons projetos de arquitetura e urbanismo. Exemplos de Arquitetura Esportiva 1 - Palácio de Esportes da Cidade do México – 1966-1968 Arquitetos Felix Candela, Antonio Peyrí e Enrique Castañeda O arquiteto Felix Candela propôs um teto de cobre suspenso a partir de uma estrutura de aço, que usa os princípios do paraboloide hiperbólico. Nos Jogos Olímpicos (1968), o Palácio de Esportes, no México, foi utilizado principalmente para os jogos de basquete. Candela e seus colaboradores projetaram o edifício para ser capaz de ser erguido rapidamente, usando instalações e equipamentos locais. A altura máxima da cúpula é de 42,67m, e a planta interna da arena, que é independente da cobertura, mede 89,92m de diâmetro. Há 22.370 assentos, dos quais 15.458 são fixos e 6.912 desmontáveis. MEU NÚMERO:

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2 - Ginásio Olímpico Nacional, Tóquio, 1964. Kenzo Tange.

Os dois ginásios projetados pelo arquiteto e urbanista japonês Kenzo Tange, para a XVIII Olimpíada, em Tóquio, estão localizados próximos um do outro e alinhados em um eixo norte-sul. Eles possuem coberturas inspiradas nos telhados dos templos tradicionais japoneses.

O ginásio principal, o maior, é dedicado às competições de natação e patinagem. A forma dele é decorrente de dois semicírculos desencontrados, o que acaba por quebrar a simetria. O acesso se dá pelo lado côncavo da forma. A cobertura é composta por uma membrana suspensa por cabos que se estendem entre dois pilares de concreto armado, verdadeiros mastros, configurando uma parábola.

O ginásio menor, dedicado ao basquete, possui uma cobertura em formato de espiral, a qual cria um vínculo com a forma do outro ginásio.

HOFMAN, Werner. KULTERMANN. Modern Arch itecture In Color. 2. ed. Nova York: The Vik ing Press, 1971. p. 110.

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Questões da Prova Com base nos textos e nas imagens apresentadas nas páginas anteriores, elabore um Ginásio Poliesportivo a ser implantado em uma cidade do interior. Esse espaço deverá ser concebido para abrigar uma ampla variedade de eventos. Além de abrigar uma quadra para competições, ali se realizarão apresentações artísticas, festas de formatura, feiras, exposições e bailes. Esse espaço deverá ser coberto e deverá ter capacidade para abrigar um grande universo de espectadores. O terreno é plano e seu perfil deverá surgir como um marco na paisagem. Esta concepção espacial deve ser representada, nesta prova, por 3 produtos:

1. (1ª Questão) Montagem de uma miniatura com os materiais disponíveis: base de borracha, cartão rígido, tesoura, fita crepe, tecido, palitos, miniatura de quadra e miniaturas de pessoas (escala humana).

2. (2ª Questão) Desenhos que representem os ambientes interiores e exteriores. Represente seus desenhos em até duas páginas de papel A4 disponíveis. Esses desenhos podem ser acompanhados de anotações por escrito.

3. (3ª Questão)

Relato textual da sua concepção. Esse relato pode ser acompanhado de desenhos. Esse relato deve ocupar, no máximo, uma página de papel A4 disponível e desenvolvido, obrigatoriamente, com caneta esferográfica de cor azul ou preta, de corpo transparente.

Lembramos que as miniaturas da quadra e de pessoas (escala humana) poderão facilitar o dimensionamento do ambiente concebido e elas deverão ser afixadas na montagem.

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RASCUNHO 1ª QUESTÃO

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RASCUNHO 2ª QUESTÃO

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DESENVOLVIMENTO DA 2ª QUESTÃO

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RASCUNHO DA 3ª QUESTÃO

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DESENVOLVIMENTO DA 3ª QUESTÃO

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