Metro News dia 01/01/2011

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www.metronews.com.br Distribuição gratuita nas estações do Metrô l Venda proibida | 6480 | Ano 37 Segunda-feira, 9 de janeiro de 2012 SÃO PAULO CIRCULA COM ELE METRÔ NEWS Sisu registra 1,6 milhão de inscrições em 36 horas Pastor quer multidão em megatemplo no próximo dia 13 CIDADE Pág 10 EDUCAÇÃO Pág.19 Tarde Manhã Noite Previsão para São Paulo Fonte: Clima Tempo Emprega SP tem 38 mil vagas EMPREGOS & CURSOS Eletropaulo amplia tecnologia Págs.12 e 14 Com 7,1 mil vagas, unidades prisionais na Capital comportam o dobro de presos As 12 unidades prisionais da Ca- pital paulista têm praticamente o dobro de presos do que a capa- cidade máxima permite. Segun- do informações da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), as unidades, juntas, têm 7.139 vagas, mas atualmente di- videm o espaço mais de 13,7 mil presos. Pág. 3 e 4 No Centro de Operações da empresa, painéis eletrônicos mostram, em tempo real, a distribuição de energia elétrica na Capital SAMPA IN LOCO A Praça Benedito Calixto, em Pinheiros na Zona Oeste, durante a semana é assim tranquila (foto). Mas no sábado, o local chega a receber 10 mil pessoas para a famosa feirinha. Págs. 6 e 8 Trio de canhotos da seleção brasilei- ra fazia sucesso no futebol em tem- pos de ditadura no Brasil. Descubra esta e outras histórias. Pág. 26 Sol, mar, piscina são uma delícia, mas um terror para o cabelos. Confira dicas para proteger as madeixas no verão. Pág. 17 JOãO MACHADO JOãO MACHADO DIVULGAçãO

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Jornal do dia 01/01/2011

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www.metronews.com.br Distribuição gratuita nas estações do Metrô l Venda proibida | 6480 | Ano 37Segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

São PAulo circulA coM ele

Me trô News

Sisu registra1,6 milhão de inscrições em 36 horas

Pastor quer multidão em megatemplo no próximo dia 13

cidade Pág 10

educação Pág.19

TardeManhã Noite

Previsão para São Paulo

Font

e: C

lima

Tem

po Emprega SP tem 38 mil vagas EMPREGOS & CURSOS

Eletropaulo amplia tecnologia Págs.12 e 14

Com 7,1 mil vagas, unidades prisionais na Capital comportam o dobro de presosAs 12 unidades prisionais da Ca-pital paulista têm praticamente o dobro de presos do que a capa-cidade máxima permite. Segun-do informações da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), as unidades, juntas, têm 7.139 vagas, mas atualmente di-videm o espaço mais de 13,7 mil presos. Pág. 3 e 4

No Centro de Operações da empresa, painéis eletrônicos mostram, em tempo real, a distribuição de energia elétrica na Capital

sampa in locoA Praça Benedito Calixto, em Pinheiros na Zona Oeste, durante a semana é assim tranquila (foto). Mas no sábado, o local chega a receber 10 mil pessoas para a famosa feirinha. Págs. 6 e 8

Trio de canhotos da seleção brasilei-ra fazia sucesso no futebol em tem-pos de ditadura no Brasil. Descubra esta e outras histórias. Pág. 26

Sol, mar, piscina são uma delícia, mas um terror para o cabelos. Confira dicas para proteger as madeixas no verão. Pág. 17

João machado

João machado

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Um inquérito civil público deve ser instaurado hoje pelo Mi-nistério Público para começa a desvendar possíveis irregula-ridades na implosão do Moinho Central, no bairro de Campos Elíseos, região central da Capital. Após o uso de 800 quilos de explosivos o prédio - que teve a sua estrutura condenada pela Defesa Civil, após incêndio na Favela do Moinho, na semana do Natal - continuou lá, com dois andares a menos.

Apesar da negação do evidente fracasso da implosão, susten-tada pelo prefeito Gilberto Kassab (PSD) e por representantes da empresa contratada para fazer o serviço, a Desmontec, especia-listas de diversos ramos da engenharia afirmam que houve falha.

Na quinta-feira pas-sada, um dos respon-sáveis pela demolição, Wesley Bartoli, diretor da Desmontec, admitiu que “esperava mais do serviço”, mas negou que tenha havido erro.

O fato é que se o pré-dio tivesse sido totalmente implodido, talvez nenhuma investiga-ção fosse feita. Mas com quatro andares do velho moinho ainda lá, e R$ 3,5 milhões a menos nos cofres públicos, uma investiga-ção agora vai avaliar diversos aspectos da implosão. Uma das suspeitas, levantadas pelo promotor de Habitação e Urbanismo Maurício Ribeiro Lopes, na quinta-feira passada, é de superfa-turamento.

O risco em relação às linhas férreas - após a ‘implosão par-cial’ que obrigou milhares de pessoas a deixarem suas casas em pleno chuvoso primeiro dia do ano - também é um dos pontos que serão tratados no inquérito civil.

Para o prefeito Kassab, tudo não passa de “tentativa política de levantar alguma suspeição sobre algo que foi feito correta-mente, com muita transparência e seriedade”. Se o prefeito esti-ver correto, ótimo porque uma investigação profunda vai deixar o processo ainda mais transparente à população paulistana, que tem bancado todo o processo e merece esta prestação de contas do poder público.

Implosão na mira do Ministério Público

joão

mac

hado

Presença da PM na região da Cracolândia mudou a paisagem do local

n Hoje, a partir das 9h30, o Parque Piqueri (Rua Tuiuti, 515, Tatua-pé) recebe os participan-tes do programa Trilhas Urbanas, vinculado à Secretaria do Verde e do Meio Ambiente. A inicia-tiva tem como objetivo realizar trilhas focadas em educação ambiental nos parques municipais, proporcionando uma relação direta entre a população e o meio ambiente.

Uma das suspeitas, levantadas pelo promotor de Habitação e Urbanismo, Maurício Ribeiro Lopes, é

de superfaturamento

ANOTEcENA pAulisTANA

EdiTOriAl

OpiniãOO1

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Metrô News2 Metrô NewsSegunda-feira, 9 de janeiro de 20122

Cuidado com o santo ao qual pedir ajuda

Sei que rir não é pecado. Aos domingos reuníamos no bairro onde morávamos e seguí-amos, mais ou menos em fila, até a matriz de Nossa Senhora da Conceição da Boa Viagem, em São Bernardo do Campo. Essa piada foi contada em uma dessas caminhadas. Naquele tempo praticamente todo mundo era católico. Eram raros os protestantes, geralmente uma gente séria e pouco dada a brincadeiras. É ape-nas uma anedota. Mas coisas desse tipo acon-tecem realmente, como veremos mais adiante. Não propriamente com os santos, mas com seus intermediários.

A passagem de 2011 para 2012 aconteceu com muita chuva, em São Paulo, Rio e Minas. Houve muitos estragos e prejuízos, mas a chuva não impediu a festança, pelo menos na Grande São Paulo e no Rio de Janeiro. Houve muito fo-guetório, para azar dos cachorros e das pessoas mais sensíveis. Mas festa é festa, e cada um de-monstra alegria como sabe.

Soube, na segunda-feira que a Prefeitura do Rio contratou a Fundação Cacique Cobra Coral para garantir o bom tempo na antiga ‘cidade ma-ravilhosa’. Eu sabia que aquela instituição era boa para fazer prognóstico, mas não sabia que também tinha poder sobre os elementos da natu-reza. A notícia não diz quanto a municipalidade pagou pelo milagre, mas sei que choveu da mes-

ma maneira em Copacabana, bairro nobre da capital fluminense.

A Fundação, segundo a notícia já explicou a situação. Disse que o cul-pado pela chuva foi o vento. Prova-velmente o contrato com a Prefeitura incluía apenas acordo com São Pedro, e não com Santa Bárbara, também conhecida como Iansã. Ela adminis-tra as trovoadas e deve ter jurisdição também sobre o vento, coisa fora da alçada da Fundação.

O fato é que a Prefeitura do Rio gastou o dinheiro público inutilmen-

te, e o povo fez o Réveillon debaixo de água. Se houvesse política no ‘além’, o espírito desse ca-cique teria tudo para ser um excelente político.

– Qual o Santo Antônio a quem o senhor ape-lou? – perguntou uma voz.

– Ao Santo Antônio de Categeró – respondeu o assustado cidadão.

– Sinto muito, mas eu sou o San-to Antônio de Pádua – respondeu a voz, largando o homem, que desabou com tudo. Morreu, e certamente está descansando ao lado de seu santo de devoção, na altura celestial.

Esta é uma anedota que me con-taram quando eu era ainda criança, e nunca me esqueci. Eu era católi-co, pertencia à Cruzada Eucarística, não perdia uma missa, e sonhava em ser padre. Daria, certamente, um belo sa-cerdote. Apesar disso não pude deixar de achar graça na anedota.

Um sujeito muito religioso, que morava no décimo andar de um edifício de apartamentos, ao tentar lavar a vidraça descuidou-se, pisou em fal-so, e acabou caindo para o lado de fora. Homem de fé, ainda teve tempo de pedir proteção a Santo Antônio, seu protetor. Ao passar pelo quinto an-dar sentiu-se agarrado por dois braços fortes.

Ponto de Vista

Se houvesse política no ‘além’, o espírito desse cacique teria tudo para ser um excelente político.

Castelo Hanssen

É poeta e mora

em Guarulhos

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3CIDADE 3METRÔ NEWS Segunda-feira, 9 de janeiro de 2012 3

Unidades prisionais têm o dobro da capacidade de detentos

n Lucas Pimenta

O ano de 2012 começa com um problema antigo e já conhe-cido do sistema prisional. As 12 unidades prisionais existentes na Capital, entre presídios, peni-tenciárias, centros de detenção provisória (CDP) e progressão penitenciária (CPP) têm, prati-camente, o dobro de presos que comportam.

De acordo com um levanta-mento feito pelo Metrô News, com base em informações ofi-ciais da Secretaria da Adminis-tração Penitenciária (SAP), as unidades da cidade de São Paulo têm 7.139 vagas, mas, atualmen-te, alocam 13.726 presos. Uma

diferença de 6.587 presos/vaga ou 92% de presos a mais do que deveriam.

Na divisão por tipo de deten-ção, a pior situação é a dos CDPs. As sete unidades da Capital têm 3.040 vagas, mas abrigam 8.003 detentos, 163% acima da capacida-de. Por exemplo, no CDP IV, onde cabem 512 presos, estão 1.581.

As três penitenciárias estão 45% acima de suas capacidades, abrigando 4.952 detentos em 3.407 vagas. Na única Penitenciária Fe-minina, onde cabem 251 detentas, estão 850 presas. Os dois CPPs não enfrentam problemas, já que com 800 vagas, tem 771 presos.

Para o assessor jurídico da Pastoral Carcerária, José de Jesus Filho, essa superlotação cresceu em 2007, com a aprovação da lei Antidrogas. Segundo ele, por falhas para determinar quem é traficante ou usuário, as pessoas presas por envolvimento com drogas, que em 2006, eram 10%, em 2011, correspondem a 25% em São Paulo.

especialcárcere

Unidades prisionais lotadas e mal conservadas são problema antigo

Segundo a SAP, em dezembro de 2001, a população prisional

das unidades do Estado era composta por 67.624 indivíduos. Em dezembro de 2011 eram 173.989 pessoas em detenção provisória ou cumprindo pena em presídios sob gestão

da Secretaria.

Inexistência de programa de ressocialização

eficaz contribui para o problema, já que

muitas vezes o egresso volta para a prisão, diz o assessor jurídico da

Pastoral Carcerária, José de Jesus Filho.

crescente

ContInuA nA pág. 4

ANTONIO MILENA / AE

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4 CIDADE METRÔ NEWSSegunda-feira, 9 de janeiro de 20124ContInuAção DA pág. 3

Estado construirá 49 unidades prisionais para solucionar problemaQuestionada sobre o proble-

ma de 92% de superlotação nos presídios da Capital, Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) informou que estão em andamento o Plano de Expansão, que prevê a criação de 49 unida-des prisionais, com um investi-mento de R$ 1,5 bilhão, que ge-rarão 39 mil vagas para detentos.

De acordo com a pasta, até o momento, cinco unidades fo-ram inauguradas. Os centros de Detenção Provisória de Franca e Jundiaí, o Centro de Progressão

Penitenciária de São José do Rio Preto e as penitenciárias femini-nas de Tremembé e Tupi Paulista.

Além das 49 unidades, se-gundo a SAP, outras 17 seguem em estudo para que também recebam prisões. “Dentre as di-versas formas de incentivo de reintegração destacam-se: os projetos de educação e trabalho nas unidades. Existem diversos outros projetos que vão do setor cultural, como aulas de teatro e dança, como aos cursos profissio-nalizantes e de capacitação que são focados nas novas exigências do mercado de trabalho”, disse a SAP, em nota. (LP)

Investimentos são da ordem de R$ 1 bilhão, e 39 mil vagas para detentos serão criadas

Para o assessor jurídico da Pastoral Carcerária, José de Je-sus Filho, a criação de novas va-gas e unidades para detentos no Estado, não resolve o problema da superlotação.

Segundo o ativista do setor prisional, mais do que vagas, é preciso que o Estado, em ações conjuntas, trate a questão so-cial, capacitando os detentos, resolva a questão habitacional, oferecendo programas de mo-radias e ainda, cuide da saúde dos presos, já que alguns têm dependência química. “Sim-plesmente criando unidades, a superlotação pode até diminuir, mas o problema não acaba. Es-sas pessoas que passam pelo sis-

tema voltam a cometer crimes e retornam para a prisão, porque não têm emprego, não têm onde morar, não têm família ou ain-da, são dependentes químicos. O trabalho deve ser conjunto”, disse Filho, ressaltando que que a superlotação causa tensões nas unidades prisionais. “Uma unidade superlotada pode tra-zer problemas de saúde e car-regar tensões. Parte dessas pes-soas tem doenças contagiosas e estão ali, apertadas, junto com outras. Além disso, a tensão de um lugar onde cabe um número e tem outro, pode acarretar tra-gédias nas unidades, como mor-tes de presos e agentes”, diz o as-sessor jurídico da Pastoral. (LP)

Novas unidades não resolvem, diz ativista

Secretaria cita Plano de Expansão para dar fim à superlotação

MARCOS MENDES / AE

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5Segunda-feira, 9 de janeiro de 2012METRÔ NEWS

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6 CIDADE METRÔ NEWSSegunda-feira, 9 de janeiro de 20126

Uma praça de ‘beneditos’ e ‘beneditas’n Marcela Fonseca

Reduto de artistas, a Praça Benedito Calixto, em Pinheiros, Zona Oeste, abriga uma das mais

tradicionais feiras de artesanato, antiguidades e artes visuais de São Paulo. Visitada e revisitada, o local recebe aos sábados, ao menos, 10 mil pessoas quando acontece a feirinha. Durante a semana, sem as barracas, a calma-ria da praça remete a um local de brincadeira e descanso.

“Tenho uma história pessoal com essa praça. Na avenida Su-maré, atrás da Igreja do Calvário, havia um colégio interno e estu-dei lá quando pequena. As freiras nos traziam para brincar na pra-ça que era toda de terra, só havia

terra aqui”, relembrou Benedita Briette, secretária da Associação dos Amigos da Praça Benedito Calixto e coordenadora da feira de artes, cultura e lazer, mais co-nhecida como Bene.

Já crescida, após passar um tempo em sua cidade natal, Tauba-té 194 km de São Paulo, a surpre-sa, o reencontro com a memória de criança. “Quando vim trabalhar aqui, em 1987, fiquei encantada ao rever a praça. Voltar foi praze-roso, vou completar em breve 70 anos e adoro essa praça”, disse.

Sempre frequentada por inte-

lectuais, foi a completa insatisfa-ção de moradores e visitantes por obras de revitalização na década de 1980 que mudou sua história.

“Onde hoje é o Consulado Mi-neiro [restaurante de comida típi-ca] estava o Partido Comunista e do outro lado tinha o extinto Tea-tro Lira Paulistana. A proposta da de reforma da praça não agradou quem aqui frequentava e para ar-recadar dinheiro para um protes-to uma moradora decidiu vender seus quadros na praça. Assim teve inicio a feirinha no fim da década de 1980”, contou Bene.

Em 1936, a praça em Pinheiros recebeu o nome do pintor paulistano

Praça das artes homenageia pintorPonto de encontro de diferen-

tes manifestações artísticas, a Pra-ça Benedito Calixto em seu nome homenageia Benedito Calixto de Jesus, considerado um dos maio-res expoentes da pintura brasilei-ra do início do século 20.

Segundo Silvia Costa Rosa, em sua publicação ‘1001 Ruas de São Paulo’, Benedito nasceu em São Paulo, no dia 14 de outubro de 1853, e morreu em 31 de maio de 1927. Seu nome foi dado à placa da

praça nove anos mais tarde. Pintor e historiador, Benedito

foi responsável pela decoração do teto do Teatro Guarani, em San-tos, Litoral paulista. Sua relação com as águas o fez conhecido como ‘pintor do mar’ por pro-duzir obras remetendo a temas marítimos. Também usava temas religiosos em suas obras, algumas formam parte do acervo das igre-jas da Consolação e Santa Cecília, na região central. (MF)

Fotos: João Machado

ContInuA nA pág. 8

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7Segunda-feira, 9 de janeiro de 2012METRÔ NEWS

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8 CIDADE METRÔ NEWSSegunda-feira, 9 de janeiro de 20128ContInuAção DA pág. 6

Música, poesia e artesanato há 27 anosTodos os sábados, entre 8h

e 19h, a Praça Benedito Calix-to, há 27 anos, abre espaço para 300 expositores. O evento co-nhecido como ‘Feirinha da Be-nedito’ mistura música, poesia, culinária, artesanato, obras de arte e antiguidades.

“Hoje aqui estão instaladas grandes lojas. Mas antigamente só havia garagens, oficinas me-cânicas e bicicletaria. Atualmen-te está entre os m² mais caros da cidade”, explica a coordenadora

da feira, Benedita Briette. Além de dar oportunidade

aos seus expositores, a rotati-vidade que envolve as ativida-des na praça durante a feira gera outras oportunidades de trabalho. “Foi feito um estu-do por uma universidade que constatou que entre exposito-res, o taxista que traz o cliente, os que caçam as antiguidades, enfim, são entre 3.800 e 4 mil empregos diretos e indiretos”, afirmou. (MF) Feira sempre lota a praça e é responsável por cerca de 4 mil empregos diretos e indiretos

divulgação

Feirinha tem lista de esperaFazer parte da Feirinha da

Benedito Calixto inclui entrar em uma lista de espera. Co-ordenadora do evento, Bene-dita Briette não sabe estimar quantas pessoas aguardam por uma oportunidade, mas afirmas que a fila de interes-sados é constante,.

“As inscrições para os inte-ressados abrem normalmen-te em março, a mercadoria é avaliada para ter certeza que se trata exatamente do que é

proposto. Quando então sai um expositor, damos o espaço a outro”, explicou.

De cada expositor são co-brados R$ 80 mensais. “É uma feira autossustentável e esse valor volta para os exposi-tores em forma de serviços, mantemos a praça limpa an-tes e depois do evento e temos também cozinha onde ofere-cemos café o dia todo e conta-mos também com arte educa-dores”, afirma Bene. (MF)

Associação quer regularizar terrenoHá 23 anos ocupado pela

Associação dos Amigos da Praça Benedito Calixto, o ter-reno que abriga a entidade abre espaço ainda para o Ins-tituto Oniki do Brasil, para um Telecentro da Prefeitu-ra de São Paulo e banheiros públicos. Do lado de fora, de tempos em tempos, uma nova pintura do artista Eduardo Kobra, hoje uma homenagem a Adoniram Barbosa.

“Quando chegamos aqui esse terreno era apenas mata e ninguém queria esse lugar porque era uma ribanceira,

havia um rio que foi canali-zado e passa embaixo do Te-lecentro. Era úmido, mas aos poucos fomos arrumando”, disse Benedita Briette, tam-bém secretária da associação.

Segundo Bene, o terreno é invadido, mas a associação espera ter regularizada a situ-ação. “Apenas o pedaço onde estão os banheiros pertence à Prefeitura. Estamos aqui há anos, pagamos nossos impos-tos. Não há nenhum impasse, estamos acomodados, mas esperamos ver regularizada a situação”, disse. (MF)

Cada expositor da feira paga à Associação dos Amigos da Praça Benedito Calixto R$ 80 mensais

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9CIDADE 9METRÔ NEWS Segunda-feira, 9 de janeiro de 2012 9

Alckmin promete 200 leitospara tratar dependentes de crack

O governador Geraldo Alck-min anunciou na sexta-feira pas-sada, em Cubatão, que o Governo do Estado vai disponibilizar, ini-cialmente, 200 leitos nas unida-des hospitalares estaduais para a recuperação dos dependentes de crack. Esta medida, segundo explicou, está sendo tomada, por conta das ações que estão sendo desencadeadas em parceria com a Prefeitura de São Paulo na Cra-colândia, a fim de desestabilizar o tráfico naquela região. “Nosso ob-jetivo é proteger a saúde das pes-soas”, disse, ao destacar que a ação tem caráter policial, de reprimir o tráfico de entorpecentes, sobretu-do o crack, que é um subproduto da cocaína.

Alckmin descartou a denúncia de que a ação foi precipitada, com o objetivo de chegar na frente do governo federal, uma vez que o ministro da Saúde, Alexandre Pa-dilha, vinha anunciando a insta-

lação de um programa específico para a região da Cracolândia. “A adesão do governo federal é muito importante, uma vez que temos de somar esforços para o combate a esta droga”, ponderou. (AE)

Objetivo da operação é proteger a saúde das pessoas, disse o governador Consumidores disputaram na sexta-feira passada os itens com até 70% de desconto na Liquidação Fantástica do Magazine Luiza. No País, 3 milhões de produtos foram liquidados em 728 unidades em 16 Estados brasileiros.Neste ano a rede não informou seu faturamento com a

liquidação nem se vendeu mais do que em 2011, por ter pedido abertura de capital.

Liquidação fantástica

JOÃO MACHADO

JOÃO MACHADO

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10 CIDADE METRÔ NEWSSegunda-feira, 9 de janeiro de 201210

Valdemiro Santiago quer multidão em megatemplo, dia 13n Deisy De Assis

O pastor fundador Igre-ja Mundial do Poder de Deus (IMPD), Valdemiro Santiago, afirmou que quer ver novamente uma multidão no templo Cidade Mundial, inaugurado no último dia 1º, em culto marcado para a sexta-feira, 13, em Guarulhos

“Dia 13 quero outra multidão e não haverá trânsito, pois será um único horário”, disse. A ma-nifestação do líder evangélico foi veiculada no fim da noite da últi-ma quinta-feira, durante sua pro-gramação na Rede 21, canal per-tencente ao grupo Bandeirante.

Na gravação, Valdemiro cita trecho da Bíblia e defende a igre-ja contra a polêmica em torno da inauguração do megatemplo. “Ninguém reclama de shows de rock que param tudo”, protestou o pastor, que ainda frisou, “per-guntem se a polícia registrou

algum confronto. Agora, em um jogo de futebol com 5 mil torce-dores, é tiro, é briga”

A inauguração do templo tor-nou-se polêmica ao causar diver-sos danos ao trânsito na Rodovia Presidente Dutra e em importan-tes avenidas da cidade, no pri-meiro dia do ano. A ocorrência de tumulto, fieis hospitalizados e a morte de uma participante da inauguração, confirmada pela Secretaria de Saúde do Estado, provocou ainda mais debates so-bre o evento.

Outra polêmica em torno do assunto foi a permissão da Pre-feitura, por meio de um para o funcionamento do local, que não foi vistoriado pelo Corpo de Bombeiros, conforme informou a própria corporação.

A diretoria da IMPD não tem respondido a questionamentos.Desde a última terça-feira, a re-portagem do Metrô News man-tém contato com o assessor de imprensa da igreja, o qual infor-ma que não recebeu, até então, um posicionamento da diretoria da IMPD. Ele alega ainda que não é do costume da diretoria se manifestar à imprensa.

A reportagem questionou a igreja sobre a ação da Polícia Rodoviária Federal junto ao Mi-nistério Público Estadual para a interdição do templo, sobre a ausência de vistoria do Corpo de Bombeiros e sobre os hospitali-zados e o óbito entre os fieis.

Líder se manifestou em programa veiculado na Rede 21

Outro líder evangélico, Si-las Malafaia, saiu em defesa da IMPD em entrevista concedida ao site Verdade Gospel. Confor-me a publicação, o pastor ques-tionou a postura da inspetora chefe da Polícia Rodoviária Fe-deral, Luciana Rocha, que disse que o ocorrido não poderia se repetir, mesmo que fosse neces-sário o fechamento da igreja.

“Porque eles não fecham a Igreja de Aparecida, que todo

dia 12 de outubro também congestiona a Via Dutra?”, teria indagado o pastor, com-parando a movimentação do santuário católico durante a comemoração ao Dia de Nossa Senhora Aparecida ao evento de inauguração do templo Ci-dade Mundial.

A entrevista com Silas Ma-lafaia foi publicada na página do site Verdade Gospel no dia 5 de janeiro, às 2h12. (DA)

Silas Malafaia defende IMPD

Inauguração da Cidade Mundial contou com milhões de fieis no dia 1º

Vigília marcada para o próximo dia 13 acontecerá na Cidade Mundial

Congestionamento na Rodovia Presidente

Dutra, ocorrido no dia da inauguração da

Cidade Mundial, motivou a Polícia Rodoviária Federal a levantar a

hipótese de se discutir na Justiça a viabilidade do funcionamento do megatemplo da Igreja

Mundial do Poder de Deus.

Polêmica

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