Métodos de Intervenção Cognitivo-comportamental com crianças e adolescentes

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    Impulsividade

    Avaliao:

    Entrevista com a criana/adolescente e com os pais; Observao dos comportamentos em contexto familiar e escolar;

    Avaliao comportamental;

    Avaliao do desempenho cognitivo e metacognitivo em tarefas de resoluo de problemas

    , em tarefas de cognio social, e tarefas de resoluo de problemas interpessoais.

    Avaliao de autorelato!

    Expectativas de autoefic"cia e de locus de controlo externo #s interno

    Atribui$es Autoconceito Avaliao %ociom&trica

    Interveno:

    Resoluo de Problemas:

    Abordagem 'ue tenta remediar d&fices no funcionamento cognitivo, ensinando estrat&gias

    cognitivas para resoluo de problemas. A resoluo efica( dos problemas resulta de um envolvimento nas opera$es cognitivas e

    'ue permite 'ue a pessoa considere v"rias vias de aco, reflicta acerca dos resultados e

    decida entre as op$es 'ue tem.

    )assos!

    *+ econhecimento do problema;

    -+ riao de alternativas de soluo do problema;

    + Avaliao das conse'u0ncias das alternativas encontradas;

    1+ %eleco de uma alternativa;

    2+ #erificao dos resultados em funo da alternativa escolhida.

    Treino de Auto-instruo:

    3ediao ognitiva!

    4tili(ao da linguagem como regulador interno, 'ue guia a resoluo de problemas e outros

    comportamentos;

    5esenvolvimento entre os 2 e 6 anos de idade.

    *

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    elao entre d&fices de mediao verbal e problemas educativos e comportamentais.

    Elaborado para a7udar crianas com problemas de autocontrolo,

    Autoverbali(a$es aumentam o n8vel de ateno e o controlo sobre a reali(ao das tarefas;

    )rocura ensinar!a+ por 'uest$es sobre a identificao e nature(a do problema;

    b+ darse instru$es para a reali(ao da tarefa, estabelecendo os passos necess"rios 9 sua

    execuo e condu(indo esta de acordo com o plano previsto;

    c+ a corrigirse;

    d+ a controlar a frustrao e saber lidar com o fracasso;

    e+ a reforarse apropriadamente.

    Em suma,

    5efinio do problema o que que eu tenho de fazer?

    Abordagem ao problema como que eu vou fazer?; que possibilidades existem?

    :ocar a ateno

    Escolher uma resposta qual a resposta correcta?

    Autoreforo ou afirmao de coping+

    )assos!

    *. O adulto modela uma tarefa en'uanto fala consigo pr

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    Auto-avaliao permite 'ue ocorra generali(ao dos comportamentos para outros

    ambientes

    Trabalhos de casa

    Modelagem:

    Educao Afectiva:

    3elhorar a capacidade de reconhecer e expressar ou nomear as experi0ncias emocionais

    pr

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    *+vel ,para 7ovens dos *-*1 anos

    urao:

    @8vel * -2 sess$es, - ve(es por semana -m+;

    @8vel - %ess$es, ve(es por semana -m+;

    .odo de aplicao: olectivamente na sala de aula, se necess"rio aplicaseindividualmente;

    $ /ue se pretende Potenciar0

    Ateno

    5iscriminao de formas

    eflexividade

    Autocontrolo mediao verbal+ apacidade de analisar os detalhes

    apacidade de resolver problemas

    T1cnicas de Interveno

    )efle&ividade:

    >empo m8nimo,previamente fixado, para reali(ar os exerc8cios, antes do 'ual no se

    pode responder;

    An2lise de detalhes e discriminao formas:

    B%canningC

    Auto-Controlo verbal:

    >reino Autoinstruo

    3uest4es:

    ! "ten#$o, o que que eu tenho que fazer%

    &! 'eio atentamente e foco-me%

    (! )enso e fa#o um plano%

    *! Respondo, fa#o o exerc+cio com cuidado, vou conseguir faz-lo bem%

    ! Reve.o o trabalho com aten#$o e se me enganar, corri.o%

    /! 0onsegui, 1ou bom nisto

    )esoluo de problemas:

    )lano de treino! produo de v"rias respostas alternativas e an"lise das conse'u0ncias

    positivas e negativas, antes da resposta final

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    ,# Thin5 Aloud

    >reino de mediao verbal para resoluo de problemas cognitivos e sociais;

    5esenvolvido inicialmente para trabalhar com crianas agressivas D a anos+;

    $b%ectivos:

    *+ Aumentar actividade de mediao verbal efica(

    -+ )otenciar o uso espontFneo destas; compet0ncias, de modo a produ(ir

    mudanas em situa$es sociais da vida real.

    escrio: - li$es de resoluo de problemas; cada lio possui introduo,estrat1gias de ensinoe ob%ectivos6

    Guio preparado para aplicao a d8ades de crianas, durante * semanas com

    sess$es di"rias de mins aprox.+

    Conte&tos de utilizao:

    )reveno/educao

    >erapia

    7tilizado por:pais, professores e terapeutas

    3uest4es:

    *. Hual & o meu problemaI

    -. omo & 'ue posso resolv0loI

    . Estou a usar o meu planoI

    1. Hue tal fui euI

    2

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    MTODOS COGNITIVO-COMPORTAMENTAIS DE ASSERO SOCIAL EMTODOS COGNITIVO-COMPORTAMENTAIS DE ASSERO SOCIAL EAUTO-AFIRMAOAUTO-AFIRMAO

    1. Competncias sociais:

    A - Caracter+sticas !2sicasA - Caracter+sticas !2sicas*. 5esenvolvimento de um repert:+

    Huestion"rios de autorelato AL%, A>%; A%; AAE%+

    3edidas sociom&tricas Automonitori(ao

    Entrevistas comportamentais

    Observao directa

    3edidas comportamentais LA>+

    Interveno:

    A - $b%ectivos do Treino

    Estabelecidos e acordados com o cliente;

    )artese de ob7ectivos gerais para passos/ tarefas de aprendi(agem mais espec8ficas.

    D

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    ! - Programa de Treino

    $pera4es:

    A'uisio

    )r"tica

    %haping eestruturao ognitiva

    C - .anuteno dos ganhos terap9uticos

    :ornecer princ8pios gerais sobre o comportamento ade'uado;

    )raticar Bmais 'ue o necess"rioC;

    ondi$es de aprendi(agem, modelos e situa$es semelhantes 9 vida real;

    #ariabilidade de est8mulos modelos, treinos e reforos+; )romover treino suplementar onde se7a reforado o uso de compet0ncias

    recentemente aprendidas;

    2. Assertividade:

    A - $b%ectivos

    ?dentificar os comportamentos/situa$es especificas 'ue sero alvo do treino

    Ensinar as diferenas entre comportamento assertivo e noassertivo agressividade e

    passividade+

    A7udar a aceitar os direitos pessoais e os dos outros

    ?dentificar e modificar as crenas irracionais 'ue produ(em ansiedade excessiva e raiva

    :ornecer oportunidades para praticar os comportamentos assertivos alternativos

    :ornecer feedbacK acerca de como melhorar o comportamento assertivo Encora7ar a autoavaliao dos comportamentos

    eforar positivamente as melhorias progressivas na reali(ao do comportamento assertivo

    3odelar respostas alternativas assertivas

    Estruturar os procedimentos de grupo de forma a ha7a envolvimento alargado e de apoio

    Encora7ar e favorecer o comportamento assertivo dentro e fora do grupo

    3ostrar 'ue o comportamento de liderana & caracteri(ado pela assero, em ve( de agresso

    6

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    - Racional

    Explicar cont8nuo

    ?ntroduo da t&cnica

    3otivar para a tarefa

    Estabelecimento de ob7ectivos

    ! - Interveno:

    6 ange e ;a5ubo"s5i (#,6 )otheram-!orus (>#

    ?ntegrao das capacidades cognitivas, afectivas e comportamentais

    Enfati(a o shaping como forma de ensinar o novo comportamento

    3odelagem do comportamento assertivo

    Encora7a o pensamento independente

    Em suma,

    - )ela&amento

    - emonstrao

    - modelagem e instru#$o

    - Pr2tica

    - ensaio coberto ou2e modelagem coberta

    - ensaio comportamental 3role-play!

    - ?haping:feedbac4 e refor#o

    - Reestruturao cognitiva

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    Impulsividade

    A - $b%ectivos!

    *. edu(ir a fre'u0ncia dos comportamentos desade'uados e.g. falar com um tom de vo(

    muito baixo, no olhar nos olhos dos interlocutores+ e aumentar a fre'u0ncia decomportamentos ade'uados e.g. iniciar, manter e terminar conversas, exprimir opini$es,

    fa(er e aceder a pedidos+.

    -. eestruturar alguns pensamentos autom"ticos caracter8sticos do adolescente t8mido, como

    autoverbali(a$es negativas e erros cognitivos.

    . edu(ir sentimentos e emo$es negativas como a ansiedade e insegurana; promover uma

    autoestima positiva.

    ! - Componentes!

    *. >reino de compet0ncias sociais

    -. eestruturao cognitiva

    . eduo da ansiedade

    1. Educao emocional e promoo da autoestima.

    6 Treino de compet9ncias sociais: um con7unto de estrat&gias 'ue incide sobre os comportamentos de interaco social.

    )articularmente importante na primeira e segunda inf5ncia, em 'ue grande parte dos casos de

    timide( e isolamento social se devem a car0ncias ou dificuldades nas compet0ncias de interaco

    social. @estes casos, as distor$es cognitivas e reac$es de ansiedade so secund"rias a estes

    d&fices, pelo 'ue um trabalho de promoo de compet0ncias sociais dever" diminuir as respostas

    ansiosas e padr$es cognitivos desade'uados. @a adolescncia e idade adulta, a relao entre estas

    vari"veis 7" no & to linear, aparecendo, associadas, vari"veis cognitivas e psicofisiol

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    si 'ue determinam a forma como reagimos e como nos sentimos em determinada situao, mas a

    interpretao 'ue fa(emos sobre o significado e implica$es desse acontecimento.

    Estrat&gias cognitivas utili(adas nestas situa$es! EL> rational emotive behaviour therapQ+,

    terapia cognitiva de LecK, treino de autoinstru$es e treino de resoluo de problemas sociais. As

    duas Nltimas so as mais utili(adas no caso da timide(.

    @6 )eduo da ansiedade

    A ansiedade 'ue muitas crianas e adolescentes experimentam em situa$es sociais, poder" tra(er

    grande sofrimento e blo'uear o comportamento do su7eito. )ode ser mais ou menos significativa e

    mais ou menos vis8vel.

    Algumas estrat&gias 'ue podero ser utili(adas so a exposio ao est8mulo ansiog&neo,

    relaxamento, modelagem, pr"tica e reforo desse comportamento, autoinstru$es, terapia racionalemotiva, tratamentos farmacol

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    IB- Aspectos estruturais do Treino:

    Os aspectos estruturais vo depender um pouco de cada caso, mas sugeremse alguns detalhes para

    a7udar no planeamento da interveno com as crianas ou adolescentes.

    Formato

    )rop$ese um formato misto com algumas sess$es em grupo e outras individuais.

    Em casos de timide( acentuada, deve optarse mais pelo formato individual uma ve( 'ue a

    interaco em grupo pode inibir ainda mais a criana ou adolescente e aumentar a sua

    ansiedade.

    As sess$es individuais so mais ade'uadas para os momentos iniciais em 'ue se trabalha a

    a'uisio de algumas compet0ncias, para o relaxamento, para certos aspectos da reestruturaocognitiva ou para alguns momentos do treino de autoinstruo.

    )rogressivamente, 9 medida 'ue a criana for ad'uirindo novas compet0ncias e o seu repert

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    um caso e, portanto, devese ade'uar a interveno 9s caracter8sticas e necessidades da

    criana/adolescente. >er em conta o contexto da interveno e os recursos dispon8veis.

    Estrutura das %ess$es!

    *+ Actividade de in8cio;-+ Actividade propriamente dita;

    + Actividade de finali(ao da sesso;

    4ma t8pica sesso de grupo deve apresentar a seguinte se'u0ncia de procedimentos!

    *. eviso das tarefas reali(adas na sesso anterior e no espao intersess$es e reviso do conteNdo

    abordado na sesso anterior.

    -. Apresentao da compet0ncia a trabalhar na sesso.. Avaliao inicial do n8vel desta compet0ncia dos+ su7eitos+ 'ue se dese7a trabalhar.

    1. ?nstruo verbal, di"logo e discusso acerca da compet0ncia 'ue se pretende ad'uirir

    compet0nciaalvo+.

    2. 3odelagem da compet0nciaalvo por parte do adulto e/ou outros participantes.

    D. Ensaio e pr"tica, por parte do su7eito, da compet0nciaalvo.

    6. Avaliao da execuo, informao e reforo administrado pelo adulto e os outros

    companheiros do grupo.

    . ?nstruo verbal, modelagem adicional se for necess"rio melhorar ou complementar a execuo.

    P. eviso da sesso.

    *. )laneamento e definio dos trabalhos para casa >)+.

    O desenvolver concreto da sesso vai depender muito das compet0ncias a trabalhar, do formato do

    treino, das caracter8sticas dos participantes crianas ou adolescentes+, assim como tamb&m, das

    caracter8sticas do profissional/adulto.

    lima / Ambiente das sess$es

    importante haver um clima positivo, divertido, de aceitao, acolhimento, segurana,

    colaborao, a7uda e respeito pelo outro, para 'ue o su7eito com timide( possa sentirse mais 9

    vontade com o grupo.

    O Adulto

    5iferentes responsabilidades de acordo com os diferentes pap&is profissionais psic

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    $ /ue um adulto deve fazer0

    5ar confiana

    Empatia

    Estimular e motivar

    Envolver

    Escutar activamente

    econhecer expl8citamente os seus esforos

    e sucessos

    )romover sucessos e evitar os fracassos

    Animar

    )roporcionarfeed-bac4positivo R.

    $ /ue o adulto no deve fazer0

    riticar

    Sumilhar

    5es'ualificar

    Ameaar

    )unir

    astigar

    )ressionar

    Exigir demasiado

    :a(er compara$es inade'uadas com os

    outros %uperproteger

    onfundir condutas concretas com

    identidade pessoal

    ecrimirnar

    R.

    T1cnicas

    importante garantir 'ue se adapte cada procedimento 9 idade e caracter8sticas da criana ou

    adolescente e se tenha em conta a situao de aplicao.

    6cnicas do pacote de treino7

    - 3odelagem

    - )r"tica

    - :eedbacK e reforo

    - ?nstruo verbal, di"logo e

    discusso

    - >reino em autoinstru$es

    - esoluo de problemas sarefas

    - >erapia racional emotivo

    comportamental

    - 5essensibili(ao sistem"tica

    *

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    Tuntamente com estas t&cnicas, no desenvolver de programas utili(amse diversas estrat&gias

    comportamentais tempo fora, extino operante, economia de fichasR+ 'ue no vamos comentar

    por'ue 7" foram muito faladas e no apresentam diferenas especiais na sua aplicao com a

    populao 'ue estamos a estudar.

    preciso eleger uma combinao de t&cnicas mais de acordo em cada caso em funo das

    caracter8sticas da criana idade, capacidade cognitiva, dificuldadesR+, a habilidade a trabalhar, o

    contexto de aplicao escolar, cl8nico ou familiar+ e o formato de tratamento individual ou em

    grupo+.

    Aprendizagem 'struturadaGoldstein et al., *PP+

    ontempla as seguintes t&cnicas!

    - 3odelagem

    - oleplaQ

    - :eedbacK e reforo

    - >ransfer0ncia do treino

    Programa de 'nsino de Compet9ncias de Interaco ?ocial (.on%asD

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    ' Tarefas (ara casa

    Em 'ual'uer dos programas o primeiro passo & a apresentao de est8mulos, atrav&s da instruo

    verbal e da modelagem, o segundo passo & a elicitao de respostas ao est8mulo, a pr"tica, e o

    terceiro passo & o fornecimento de conse'u0ncias atrav&s do feedbacK e reforo.

    6 .odelagem

    Ob7ectivo! Observar como se reali(a o comportamento competente.

    onsiste em expor a criana t8mida a um ou v"rios modelos 'ue exibem as condutas 'ue t0m 'ue

    aprender.

    Laseiase no mecanismo de aprendi(agem por observao ou aprendi(agem vicariante, segundo o

    'ual, se espera 'ue o observador ad'uira a resposta ade'uada atrav&s da observao dos

    comportamentos competentes dos modelos.

    Os principais modelos a utili(ar so outras crianas e os adultos. Outros modelos simb

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    c) Modelagem de confronto+

    O modelo inicialmente mostra ansiedade ou medo, tem dificuldades, comete erros, mas continua

    a tentar, superando gradualmente as dificuldades e no final executa o comportamento de um

    modo h"bil e competente. O modelo, en'uanto demonstra o comportamento, vai verbali(ando

    os passos por 'ue passa na resoluo do problema at& chegar a executar o comportamento de

    modo correcto. 5esta forma se demonstra, no apenas os comportamentos dese7"veis, mas

    tamb&m cogni$es de confronto, reavalia$es e modos de enfrentar os sentimentos de ansiedade

    e frustrao. Esta t&cnica & muito ade'uada para meninos t8midos com componentes de

    ansiedade e evitamento, pois 7" demonstrou a sua efic"cia superior sobre a modelagem de

    mestria.

    d! Modelagem encoberta8

    e'uer 'ue a criana imagine um modelo a executar os comportamentos apropriados. um

    procedimento efica( 'uando o modelo 'ue se pede 'ue imaginem & conhecido para as crianas

    e/ou se observou Bao vivoC noutras ocasi$es pr&vias.

    9uest:es que potenciam os efeitos da utiliza#$o da modelagem7

    a+ O modelo apresenta caracter8sticas semelhantes ao observador a mesma idade, sexo,

    interesses, etc.+, & aparentemente amig"vel e obt&m recompensas e conse'u0ncias

    agrad"veis por levar a cabo os comportamentos modelados.

    b+ %e fa( a apresentao de modelos de forma clara, detalhada, se'uenciada em dificuldade,

    com detalhes relevantes, com distintos modelos para a mesma compet0ncia e com

    bastantes repeti$es; a mesma compet0ncia se observa distintas ve(es.

    c+ O observador & semelhante ao modelo e sentese atra8do por ele; al&m disso & reforado

    pelas condutas 'ue o modelo exibe; o efeito de modelagem no se produ( pela simples

    exposio aos est8mulos do modelo, sem 'ue o observador tenha 'ue prestar ateno,

    reter e reprodu(ir o comportamento observado, pelo 'ue & necess"rio instruir, incitar e

    reforar para 'ue o observador imite o modelo.

    d+ 3odelamse exemplos reais de condutas relevantes para a criana ou adolescente

    t8midos.

    *D

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    ,6 Pr2tica

    Ob7ectivo! Ensaiar o comportamento.

    onsiste no ensaio e execuo das condutas e compet0ncias 'ue a criana tem 'ue aprender para asincorporar no seu repert

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    c+ Hue durante a pr"tica, a criana se autoinstrua, primeiro em vo( alta, depois em

    vo( baixa e no final de forma encoberta seguindo a se'u0ncia do treino em autoinstru$es.

    d+ Hue a criana prati'ue e ensaie as condutas rec&m aprendidas v"rias ve(es com

    distintas pessoas e em distintas situa$es para 'ue se consiga um dom8nio ade'uado, se

    produ(a uma sobreaprendi(agem e se favorea a generali(ao e transfer0ncia do

    aprendido.

    e+ >er paci0ncia; pode ocorrer 'ue a participao dos alunos no roleplaQ ao princ8pio

    produ(a riso ou vergonha, de forma 'ue a sua actuao se fa( de um modo muito forado e

    artificial, mas aos poucos geralmente produ(se a participao com seriedade e not"vel

    espontaneidade.

    2. Pr#tica o(ortuna+

    onsiste em praticar a habilidade 'ue se est" a aprender em 'ual'uer momento BoportunoC

    durante os acontecimentos normais do dia no col&gio e na fam8lia, aproveitando as ocasi$es 'ue

    se apresentam naturalmente. @estas situa$es, o adulto observa e espera para ver se a criana

    exibe a compet0ncia; se no o fa(, reforao; se mesmo assim no o fa(, incitao e a7udao e

    depois reforao.

    om a pr"tica oportuna pretendese estender o treino para al&m dos per8odos espec8ficos de

    instruo e ensino, o 'ue significa generali(ar o aprendido desde o contexto cl8nico, de aula ou

    casa, aos contextos sociais em 'ue a criana se move.

    3. Pr#tica encoberta+

    onsiste em o su7eito ensaiar na sua pr

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    onsiste em proporcionar a criana o feedbacK da sua execuo, isto &, informao de como

    reali(ou a pr"tica e de como aplicou a compet0ncia 'ue est" a aprender. O princ8pio b"sico do

    reforo positivo & proporcionar conse'u0ncias positivas e agrad"veis para a criana depois de uma

    execuo ade'uada de uma conduta concreta, com o fim de 'ue essa conduta se repita no futuro e se

    torne mais forte.

    O ob7ectivo do feedbacK & 'ue a criana conhea o 'ue fe( correctamente, e portanto 'ue possa

    repetir, em ensaios posteriores, o 'ue necessita de melhorar e o 'ue poderia fa(er de outra forma.

    O feedbacK 'ue se utili(a & fundamentalmente do tipo verbal e gestual, mas tamb&m se pode utili(ar

    gravado em v8deo ou cassete, o 'ue com crianas & muito ade'uado.

    necess"rio 'ue a retro alimentao 'ue se d" 9 criana!

    a+ >enha um cari( positivo mesmo 'ue a execuo no tenha sido correcta; no se deve insistir

    nos aspectos incorrectos e negativos da resposta, mas sim dar informao e pistas sobre

    como se pode melhorar a execuo nos pr

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    'uando a compet0ncia est" ad'uirida e se trata de a manter, o reforo d"se de forma

    intermitente e demorada.

    c+ Huando a compet0ncia a treinar & complexa, reforamse os aspectos parciais e as

    aproxima$es sucessivas 9 conduta global dese7ada, seguindo o princ8pio da modelagem.

    muito importante 'ue os colegas tamb&m participem neste processo para o 'ual o adulto tem 'ue

    os estimular para 'ue se acostumem a observar a aco dos outros colegas.

    O adulto deve promover a utili(ao, o mais precoce poss8vel, do autoreforo por parte do su7eito.

    S" 'ue ir introdu(indo a autoavaliao e o autoreforo para 'ue a criana avalie a sua pr

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    - efora as respostas correctas, d" feedbacK ressaltando os aspectos mais relevantes,

    corrige as respostas incorrectas dando pistas e/ou sugere novas situa$es.

    - 5" tempo para 'ue cada criana articule a sua resposta, 7" 'ue se o adulto responde,

    as crianas aprendem 'ue algu&m pensar" e responder" por eles se no responderem

    imediatamente.

    =m todo o processo de instru#$o verbal, necess;rio que o adulto7

    a+ 50 instru$es breves, claras e concisas de forma 'ue a criana ou adolescente capte os

    detalhes mais relevantes sem se perder em aspectos acess

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    Eases do treino segundo .eichenbaum e oodman (#:

    *W 3odelagem cognitiva

    O modelo executa o comportamento dese7ado mas, ao mesmo tempo, vai verbali(ando o

    'ue vai reali(ando e di( em vo( alta as instru$es 'ue vai dando a si mesmo, o 'ue permite

    9 criana, no s< observar a execuo, como tamb&m seguir o pensamento, a auto

    conversao e o di"logo interno. @a base de muitas condutas de timide(, existe uma auto

    linguagem negativa 'ue dificulta e/ou impede a execuo correcta.

    -W ?nstruo externa

    A criana executa as mesmas condutas 'ue o modelo, en'uanto o adulto a instrui em vo(

    alta.

    W Autoinstruo manifesta

    A criana executa a conduta en'uanto se autoinstrui em vo( alta.

    1W Autoinstruo atenuada

    A criana executa a conduta en'uanto se autoinstrui em vo( baixa.

    2W Autoinstruo encoberta

    A criana executa a conduta en'uanto se auto instrui de forma encoberta.

    "s verbaliza#:es que se utilizam durante o treino de auto-instru#:es s$o referentes a7

    a+ 5efinio do problema ou da tarefa! perguntas sobre a nature(a da tarefa,

    respostas a estas 'uest$es na forma de ensaio cognitivo e planificao de poss8veis

    condutas para levar a cabo a tarefa.

    b+ ?nstruo da resposta! so verbali(a$es 'ue orientam o desenrolar da tarefa

    eti'uetando verbalmente cada passo comportamental.

    c+ Autocorreco, confronto de dificuldades, confronto de erros e reaco a estes.d+ Autoavaliao.

    --

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    e+ Autoreforo.

    )ara obter o m;ximo de proveito na aplica#$o desta tcnica, preciso7

    a+ >er em conta as caracter8sticas dos su7eitos; & necess"rio um n8vel cognitivo ecultural ade'uado para entender o procedimento.

    b+ om crianas pe'uenas ou com dificuldades especiais, h" 'ue iniciar o treino

    atrav&s do 7ogo.

    c+ A repetio das autoinstru$es deve fa(erse de forma reflexiva e

    compreendendo o significado da tarefa, no de forma mecFnica ou autom"tica.

    d+ Aplicar as autoinstru$es em situa$es e lugares distintos, com pessoas distintas

    e em momentos distintos, 7" 'ue tudo isto facilitar" a generali(ao.

    =6 Treino de Auto-instru4es

    #erbali(a$es encobertas, em linguagem interna, 'ue cada indiv8duo di( para si pr

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    "s verbaliza#:es devem referir-se7

    V definio do problema;

    Ao guia da resposta;

    V autocorreco e confronto de erros e dificuldades;

    V autoavaliao;

    Ao autoreforo.

    )ara se obter o m;ximo de proveito na aplica#$o desta tcnica

    >er em conta as caracter8sticas dos su7eitos;

    om crianas pe'uenas ou com necessidades especiais, iniciar o treino atrav&s do 7ogo;

    )romover uma repetio de autoinstru$es reflexiva e com compreenso; )romover a facilitao da generali(ao.

    >6 )esoluo de Problemas Cognitivo-?ociais

    0apacidades 0ognitivo-1ociais necess;rias para enfrentar e resolver conflitos

    %ensibilidade perante os problemas;

    )ensamento causal;

    )ensamento alternativo;

    )ensamento conse'uencial;

    )ensamento meiosfim.

    Programas de desenvolvimento das ca(acidades Cognitivo-0ociais

    pretendem 'ue cada criana aprenda a solucionar, por si mesmo, de forma construtiva e positiva

    os problemas interpessoais 'ue sur7am nas suas rela$es com outras pessoas

    Cma crian#a que resolva os seus problemas por si mesma7

    onsegue compreender melhor os outros;

    onsegue respeitar ideias e atitudes diferentes das suas;

    Aprende a enfrentar os problemas;

    3elhora o rendimento escolar; 3elhora a sua autoestima;

    -1

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    5esfruta das suas rela$es com os outros.

    %olucionar problemas interpessoais sup$e um processo se'uencial com os seguintes componentes

    b"sicos!

    ontrolar o impulso inicial;

    ?dentificar e definir o problema inicial;

    )rocurar muitas alternativas de soluo;

    Antecipar conse'u0ncias para cada soluo prevista;

    Eleger uma soluo;

    )Ur em pr"tica e experimentar a soluo eleita.

    Exposio

    onsiste na exposio a situa$es interpessoais temidas da vida real para 'ue a ansiedade

    despoletada por elas desaparea ou diminua, e sem 'ue a conduta de escape se7a exibida.

    arefas.

    A Exposio deve ser feita muito devagar, ou se7a, atrav&s de tarefas com um grau de dificuldade

    gradualmente crescente e com possibilidade de 0xito, de modo a 'ue a criana tenha experi0ncias

    satisfat

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    om adolescentes t8midos, podese utili(ar a autoexposio.

    G6 )ela&amento

    Db.ectivo

    ontrolar as respostas de activao orgFnica

    M1todo de Rela2amento de 3acobson

    4Cautela e 5roden6 ,78')

    1equncia de relaxamento aconselhada7

    *. )Ur os mNsculos 'ue se esto a trabalhar em grau m"ximo de tenso;

    -. @otar a sensao de tenso 'ue existe em tais mNsculos;. elaxar tais mNsculos;

    1. Experimentar a agrad"vel+ sensao do relaxamento

    importante notar 'ue uma criana no & um adulto. Mogo, no entende muitas das coisas como os

    adultos as entendem.

    6rabalha-se a respira#$o abdominal e profunda da seguinte forma7

    ?nspirar profundamente pelo nari(, tentando encher o diafragma;

    3anter o ar nos pulm$es durante alguns segundos;

    Expirar lentamente o ar pela boca, simulando um sorriso, en'uanto se di( as palavras

    EMAXA ou LE3

    A importFncia 'ue a respirao tem no relaxamento no pode ser ignorada, assim como o seu poder,

    'uando aliada 9s autoinstru$es, na a7uda 9 criana ou ao adolescente t8mido a enfrentar situa$esinterpessoais temidas

    6 Tarefas

    .b/ectivo

    Hue a criana t8mida integre no seu report

  • 8/14/2019 Mtodos de Interveno Cognitivo-comportamental com crianas e adolescentes

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    ao cargo da criana;

    consiste na pr"tica das condutas 'ue est" a aprender ou recentemente aprendidas no seu

    ambiente social natural fam8lia, amigos, vi(inhana, professores,R+;

    Por9u da sua a(licao

    Meva a um ensaiar, a um praticar das condutasob7ectivo com diferentes pessoas e em diferentes

    situa$es, o 'ue facilita a transfer0ncia e generali(ao da'uelas

    As tarefas devem:

    %er precisas;

    %er o mais personali(adas e individuali(adas poss8vel;

    Estar a7ustadas 9s capacidades da criana;

    eferirse a comportamentos relevantes para a criana e para a'ueles 'ue a rodeiam

    a'uando da sua pr"tica;

    %er discutidas com seriedade a'uando da sesso seguinte;

    ,6 Terapia )acional 'motivo-Comportamental

    Db.ectivos com crian#as e adolescentes com problemas de timidez7*. Hue elas se d0em conta de 'ue os seus pr

  • 8/14/2019 Mtodos de Interveno Cognitivo-comportamental com crianas e adolescentes

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    O m&todo seguinte consiste em 'uestionar, debater e a7ui(ar acerca da'ueles pensamentos

    autom"ticos inade'uados

    Atrav&s de perguntas ret

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    apacidade para relaxar.