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NDIA FTIMA DE OLIVEIRA

METODOLOGIA CIENTFICA

Joinville / SC 2011

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Educao a Distncia Tupy

Copyright EaD Tupy 2011 Nenhuma parte desta publicao pode ser reproduzida por qualquer meio sem a prvia autorizao desta instituio. Autora: Ndia Ftima de Oliveira Metodologia Cientfica: Material didtico / Ndia Ftima de Oliveira Design institucional: Equipe EaD Tupy, 2011. Ficha catalogrfica elaborada pela Biblioteca Universitria EaD Tupy

CrditosSOCIESC Sociedade Educacional de Santa Catarina EaD Tupy Educao a Distncia Rua Albano Schmidt, 3333 Joinville SC 89206-001 Fone: 0800-643-4004 E-mail: [email protected] Site: www.sociesc.org.br/ead Diretor Geral Sandro Murilo Santos Diretor de Operaes Wesley Masterson Belo de Abreu Diretor de Negcios Luiz Fernando Bublitz Diretor da EaD Tupy Roque Antonio Mattei Diretor do Instituto Superior Tupy Carlos Emlio Borsa Gerentes EaD Tupy Sandra Regina Bernardes Trapp Pablo Peruzzolo Patricio Coordenador do Curso Juliano Prim Revisora Pedaggica Ndia Ftima de Oliveira EDIO MATERIAL DIDTICO Professora Conteudista Ndia Ftima de Oliveira Design Instrucional Ndia Ftima de Oliveira Poliane Ketterine Valdrich Ilustrao Capa Poliane Ketterine Valdrich Projeto Grfico Equipe EaD Tupy Reviso Ortogrfica Ndia Ftima de Oliveira EQUIPE EaD TUPY Flvia Gislon Ndia Ftima de Oliveira Poliane Ketterine Valdrich

Design Grfico e Diagramao Flvia Gislon Poliane Ketterine Valdrich

Professora Responsvel Ndia Ftima de Oliveira

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ApresentaoPrezado(a) Acadmico(a) Seja bem-vindo (a) s aulas de Metodologia Cientfica. Na graduao, a pesquisa fator fundamental para quem deseja aprender e/ou aprofundar conhecimentos. Voc certamente j deve ter ouvido esta mesma cantilena durante sua vida estudantil e, a estas alturas, at pode passar por sua cabea que mudam os nveis de ensino do fundamental para o mdio, do mdio para a graduao mas as falas dos professores continuam as mesmas. Contudo, a universidade brasileira, atualmente, demonstra seu alto grau de evoluo quando, sob a presso de contnuas mudanas impostas pelo desenvolvimento tecnolgico, enfatiza o ensino, a pesquisa e a extenso. Inserir-se na pesquisa significa buscar o desenvolvimento do trabalho intelectual e individual, pois, dentre os pressupostos do trabalho cientfico, esto os mecanismos mentais que se manifestam em virtude do trabalho reflexivo. Assim sendo, a pesquisa na graduao precisa ser vista como o caminho para a autonomia. A expresso trabalho cientfico ter os dois sentidos empregados por SEVERINO1. Generalizadamente, significar conjunto de processos de estudo, de pesquisa e de reflexo que caracterizam a vida intelectual do acadmico e, especificamente, significar trabalho de concluso de curso, texto que procura relatar dissertativamente os resultados de uma pesquisa em determinada rea.

1 Antnio Joaquim Severino autor da obra Metodologia do Trabalho Cientfico, publicado pela editora Cortez.O livro usado como fonte de pesquisa da 22 edio, 2003.

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O mdulo divide-se em cinco unidades para, didaticamente, encaixarmos as horas/aula estipuladas na ementa. Por que importante que tenhamos essa diviso em mente? Observe que temos prazos a cumprir, assim, necessrio traarmos um plano de estudos para atingirmos a meta. O plano individual, adequado sua disponibilidade de tempo, por isso recomendamos que observe o Cronograma de Estudos e determine as datas para cumprir o Plano de Estudos. Assim voc poder aproveitar o curso ao mximo, garantindo o retorno de todo o esforo investido. Estude as aulas virtuais, faa os exerccios, leia o livro-texto, inteire-se do material disponibilizado na biblioteca virtual e faa todas as atividades propostas. Sempre que possvel, tire suas dvidas com o monitor tambm. Lembre-se de que a sua passagem por esta disciplina ser tambm acompanhada pelo Sistema de Ensino EaD Tupy, seja por correio postal, fax, telefone, e-mail ou Ambiente Virtual de Aprendizagem. Entre sempre em contato conosco quando surgir alguma dvida ou dificuldade. Participe dos bate-papos (chats) marcados e envie suas dvidas pelo Tira-Dvidas. Toda equipe est disposio para atend-lo (a). Seu crescimento intelectual e profissional, nesta jornada, o nosso maior objetivo. Acredite no seu sucesso e tenha bons momentos de estudo! Equipe EaD Tupy

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SumrioPLANO DE ESTUDOS ..........................................................................................................06 UNIDADE 01 CINCIA, TECNOLOGIA E PESQUISA...................................................07 UNIDADE 02 COMPREENSO DO TEXTO TCNICO-CIENTFICO..........................27 UNIDADE 03 PROJETO DE PESQUISA ..........................................................................43 UNIDADE 04 ELABORAO DO ARTIGO CIENTFICO E SEMINRIO ...................67 UNIDADE 05 ELABORAO E APRESENTAO DO RELATRIO DE PESQUISA .............................................................................................88 REFERNCIAS ....................................................................................................................107

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Plano de EstudosEmenta Cincia e tecnologia. Pesquisa bibliogrfica como fundamentao terica. Planejamento e formulao da pesquisa cientfica e do conhecimento tecnolgico. Comunicao cientfica e tcnica.

Objetivo Geral da Disciplina Conhecer e perceber as regras metodolgicas como garantia da circulao adequada das informaes/conhecimentos no meio acadmico e cientfico.

Objetivos Especficos da Disciplina Desenvolver clareza, comunicabilidade e consistncia em diversos tipos de textos escritos; Perceber e fazer relaes entre contedo (objeto da pesquisa) e forma (a consolidao dos conhecimentos de forma escrita); Desenvolver hbitos de estudo e de pesquisa bibliogrfica que facilitem a elaborao de textos acadmicos; Conhecer e aplicar os principais formatos de textos acadmicos: artigo, resenha e monografia, bem como as normas que lhes norteiam a confeco.

Carga Horria: 40 horas/aula

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CINCIA, TECNOLOGIA E PESqUISAOl! Seja bem-vindo (a)! A primeira unidade da disciplina de Metodologia Cientfica procurar situ-lo (a) no contexto histrico do mundo cientfico e tecnolgico. No se assuste com a terminologia, faz parte do mundo da cincia. Seja curioso (a), uma exigncia na pesquisa. Busque se inteirar dos termos. importante que voc reflita sobre as leituras que far nas pginas a seguir, pois a pesquisa acadmica e cientfica se fundamenta nos conceitos que ora lhe sero evidenciados. Boas Aulas! Objetivos da Unidade Ao final desta unidade, voc dever ser capaz de: Identificar os modelos histricos do mtodo cientfico; Descrever cada um dos quatro nveis do conhecimento; Fazer a distino entre mtodo de abordagem e mtodo de procedimento; Caracterizar a pesquisa quanto ao objetivo, ao procedimento de coleta e s fontes de informao. Contedos da Unidade Acompanhe os contedos desta unidade. Se preferir, assinale-os medida que for estudando. Breve histrico do mtodo cientfico; Os nveis do conhecimento; Mtodos cientficos; Caracterizao da pesquisa; Exerccios de fixao; Exerccios Propostos.

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1 BREVE HISTRICO DO MTODO CIENTFICOA cincia, segundo Cervo e Bervian (2002), uma das poucas realidades passveis de serem transmitidas s geraes seguintes. Os resultados cientficos, assimilados das geraes anteriores, so desenvolvidos e ampliados a cada perodo histrico. A cada poca o ser humano elabora teorias de acordo com o nvel de evoluo em que se encontra. Nessa tarefa, o pesquisador rene todas as energias de sua capacidade criadora, organiza todas as possibilidades de ao e seleciona as melhores tcnicas e instrumentos para transformar o mundo, criar objetos e concepes, encontrar explicaes e avanar previses, trabalhar a natureza e elaborar as suas aes e ideias. O carter cientfico que a cincia atualmente adquiriu, adveio com a Idade Moderna da histria: Nos sculos XVI e XVII, ocorreu o que se pode No sculo XVIII, ganhou vulto o estudo da biologia e da qumica. No sculo XIX, alm das transformaes nas atividades intelectuais e industriais, avanaram as pesquisas em relao evoluo, ao tomo, luz, eletricidade, ao magnetismo, energia. Durante o sculo XX, a cincia desenvolveu pesquisas em todos os campos do mundo fsico e humano. Utilizando mtodos objetivos e exatos, atingiu um grau de preciso em todas as reas do conhecimento em que aplicou a pesquisa. Quanto ao sculo XXI... Em cincia, tecnologia e pesquisa, comum usar o termo modelo ou paradigma, para caracterizar o estado da investigao e duas tendncias conflitantes em pesquisa (CERVO e BERVIAN, 2002):Acervo da autora

chamar de revoluo cientfica.

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um modelo ou paradigma que se caracteriza pela adoo de uma estratgia de pesquisa modelada nas cincias naturais e baseada em observaes empricas para explicar fatos e fazer previses; outro que defende uma lgica prpria para o estudo dos fenmenos humanos e sociais, procurando as significaes dos fatos no contexto concreto em que ocorrem. O primeiro paradigma se fundamentou no positivismo de Augusto Comte para o estudo dos fatos sociais e no empirismo, de Stuart Mill para a investigao dos fenmenos psicolgicos. O sucessoAcervo da autora

desse paradigma se fortaleceu no mtodo experimental de Bacon, na matematizao do conhecimento de Descartes e Galileu, na fsica de Newton e nos materialistas do sculo XVIII. O triunfo do mtodo experimental consolidou-se com a utilizao de uma lgica hipotticodedutiva e uma metodologia de experimentao de hipteses, validada por processos dedutivos matemticos. O paradigma experimental ganhou um novo dinamismo com o atomismo na Inglaterra e com os neopositivistas do Crculo de Viena. Tambm estendeu-se anlise da sociedade em uma concepo estrutural e funcionalista. Esse paradigma tem como postulado a existncia de objetos fora da conscincia e independente dela. O resumo desses objetos constitui a natureza ou o mundo exterior que existe em si e se impe como uma evidncia que reconhece a supremacia do mundo objetivo. O sujeito (conscincia) um receptculo que recolhe as impresses gravadas pelo mundo exterior. O segundo modelo ou paradigma ocorre no incio do sculo XX, quando crticas acerca das controvrsias metodolgicas sobre as cincias humanas orientaram novos caminhos de compreenso das cincias humanas e sociais. Husserl prope um caminho que ultrapasse as aparncias imediatas das coisas e alcance os fenmenos a essncia das coisas na sua manifestao. Com isso, estabeleceu uma concepo holstica passvel de captar no conceitos formais, mas as coisas em si mesmas.

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A tradio dialtica abrigou vrias tendncias: o marxismo; o idealismo de Hegel; o comportamentalismo pavloviano; a emergncia de movimentos libertrios, nos anos 60/70, a releitura de autores esquecidos dos anos 20 e a erupo da o interesse crtico da sociedade capitalista. Os pases que adotaram o marxismo oficial refizeram o interesse pela crtica e pela pesquisa histrica e cultural. Nas ltimas dcadas, as cincias humanas, como as cincias em geral, distanciaram-se um pouco em relao perspectiva positivista que as viu nascer e determinaram o encaminhamento principal de seu mtodo de constituio do saber, novos conhecimentos contriburam para esse recuo. Esse esprito, que foi preparado ao longo da histria, impe-se agora, de maneira inexorvel, a todos quantos pretendem conservar o legado cientfico do passado ou, ainda, se propem a ampliar suas fronteiras. (CERVO e BERVIAN, 2002)Acervo da autora

Escola de Frankfurt trouxeram novas questes e renovaram

2 OS NVEIS DO CONHECIMENTOApesar de todo conhecimento que o homem at hoje adquiriu, viver nesse mundo no to simples quanto se pensa. Para nele sobreviver e facilitar sua existncia, confrontou-se permanentemente com a necessidade de dispor do saber, inclusive de constru-lo por si s. Os antigos meio de conhecer no desapareceram e ainda coexistem com o mtodo cientfico. A partir de sua experincia e de suas observaes pessoais, o homem pr-histrico elaborava seu saber. Quando constatou que, da frico de duas hastes secas, podia provocar uma pequena chama capaz de queimar folhas secas, havia construdo um novo saber: como acender fogo.

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Pelo conhecimento, o homem penetra nas diversas reas para dela tomar posse, mas a prpria realidade apresenta nveis diferentesAcervo da autora

em sua constituio. Assim, a partir de um ser, fato ou fenmeno isolado, possvel situ-lo dentro de um contexto mais ou menos complexo, ver seu significado e funo, sua natureza, sua origem, sua finalidade, sua subordinao a outros seres. Essa complexidade acerca do objeto do conhecimento ditar formas diferentes de apropriao por parte do pesquisador, daro os diversos nveis de conhecimento, segundo o grau de penetrao do conhecimento e a posse mais ou menos eficaz da realidade, considerando a rea ou estrutura. Assim, a mesma realidade (Figura 1) pode ser observada e analisada sob quatro formas distintas (CERVO e BERVIAN, 2002): a) conhecimento emprico; b) conhecimento cientfico; c) conhecimento filosfico; d) conhecimento teolgico.

Figura 1 Conhecimento e seus nveis Fonte: Cervo e Bervian: 2002

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2.1 CONHECIMENTO EMPRICOAcervo da autora

Tambm chamado popular, vulgar ou do senso comum, o conhecimento do povo, obtido ao acaso. um conhecimento valorativo, pois, segundo Lakatos e Marconi (2000. p. 18), se fundamenta numa seleo operada com base em estados de nimo e emoes. Baseiase na organizao particular das experincias prprias do sujeito; verificvel, est limitado ao que se pode perceber no cotidiano; falvel e inexato, pois se fundamenta na aparncia e no que ouviu dizer a respeito do fenmeno.

2.2 CONHECIMENTO CIENTFICO O conhecimento cientfico procura conhecer as causas e as leis do fenmeno. Para Aristteles, (apud Cervo e Bervian 2002, p.9), o conhecimento s se d quando sabemos a causa que produziu o fenmeno e o motivo, porque no pode ser de outro modo. Lakatos e Marconi (2000, p.21) caracterizam o conhecimento cientfico como: Real (factual) - porque lida com ocorrncias ou fatos; Contingente - porque suas proposies ou hipteses tm veracidade ou falsidade conhecida por meio da experimentao e no apenas pela razo; Sistemtico - trata-se de um saber ordenado logicamente, formando um sistema de ideias (teoria); Verificvel - as afirmaes (hipteses) que no podem ser comprovadas no pertencem ao mbito da cincia; Falvel - no definitivo, absoluto ou final; Aproximadamente exato - novas proposies e o desenvolvimento de novas tcnicas podem reformular o conjunto de teoria existente.Acervo da autora

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Outras propriedades cientficas como objetividade, interesse intelectual e esprito crtico podem ser acrescidas s caractersticas acima. Atualmente, no mais se considera a cincia como algo pronto, acabado ou definitivo. No mais dona de verdades imutveis, mas na busca constanteAcervo da autora

de explicaes e de solues, de reviso e de reavaliao de seus resultados. Nessa busca mais rigorosa, a cincia pretende aproximar-se da verdade, atravs de mtodos que proporcionem controle, sistematizao, reviso e segurana maior do que possuem outras formas de saber no-cientficas.

2.3 O CONHECIMENTO FILOSFICO Para Cervo e Bervian (2002, p.10), o conhecimento filosfico difere do conhecimento cientfico pelo objeto de investigao e pelo mtodo. O objeto das cincias so os dados prximos perceptveis pelos sentidos ou por instrumentos, pois so suscetveis de experimentao. O objeto da filosofia constitui-se de realidades imediatas, perceptveis aos sentidos e que ultrapassam a experincia. Lakatos e Marconi (2000, p. 19) caracterizam o conhecimento filosfico como: Valorativo - porque parte de hipteses que no podero ser submetidas observao; No verificvel - pois os enunciados das hipteses filosficas no podem ser confirmados nem refutados; Racional - por consistir num conjunto de enunciados logicamente correlacionados; Sistemtico - suas hipteses e enunciados visam a uma representao coerente da realidade estudada; Infalvel e exato- visto que seus postulados e suas hipteses no so submetidos ao decisivo teste da observao (experimentao), quer na busca da realidade, quer na definio do instrumento capaz de apreender a realidade.Acervo da autora

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2.4 O CONHECIMENTO TEOLGICO Tambm denominado religioso, aquele constitudo pela f teolgica. conjunto de verdades a que as pessoas chegaram mediante a aceitao dos dados da revelao divina. So conhecimentos que se valem do argumento de autoridade, so adquiridos atravs dos livros sagrados e so racionalmente aceitos pelas pessoas depois de terem passado pela crtica histrica mais exigente. (CERVO e BERVIAN, 2002) O conhecimento teolgico possui as seguintes caractersticas, conforme expem Lakatos e Marconi (2000, p. 20): Valorativo - porque apoia-se em doutrinas que contm proposies sagradas; Inspiracional - por ter sido revelada pelo sobrenatural; Infalvel e exata - porque as verdades so consideradas indiscutveis; Sistemtico - obra de um criador divino e tem origem, significado, finalidade e destino; No verificvel - pois as evidncias esto sempre implcitas numa atitude de f, perante um conhecimento revelado. Observe, agora, um quadro sinptico (resumo) das caractersticas dos quatro nveis de conhecimento, sistematizado por Trujillo (1974) e apresentado por Lakatos e Marconi (2000, p. 18) Conhecimento popular Valorativo Reflexivo Assistemtico Verificvel Falvel Inexato Conhecimento Cientfico Real (factual) Contingente Sistemtico Verificvel Falvel Aproximadamente exato Conhecimento filosfico Valorativo Racional Sistemtico No verificvel Infalvel Exato Conhecimento teolgico Valorativo Inspiracional Sistemtico No verificvel Infalvel ExatoAcervo da autora

o conhecimento revelado, relativo a Deus. Constitui-se num

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3 MTODOS CIENTFICOSDenomina-se mtodo cientfico o conjunto de processos ou operaes mentais que devem ser empregados na investigao. a linha de raciocnio adotada no processo de pesquisa. Da anlise de algumas definies sobre mtodo, Lakatos e Marconi (2000, p.43) afirmam: Mtodo o conjunto das atividades sistemticas e racionais que, com maior segurana e economia, permite alcanar o objetivo conhecimentos vlidos e verdadeiros traando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as decises do cientista. A apresentao resumida dos mtodos que se faz, a seguir, fruto das leituras do captulo 2 de Metodologia Cientfica (2000) de Lakatos e Marconi, e do captulo 4 de Fundamentos de Metodologia Cientfica(2003), das mesmas autoras.

3.1 MTODOS DE PROCEDIMENTO Os mtodos de procedimento constituem-se etapas mais concretas da investigao, com finalidade mais restrita em termos de explicao geral dos fenmenos e menos abstratos. Aparecem na rea restrita das cincias sociais e, geralmente, podem ser usados vrios, concomitantemente. Vejamos alguns desses mtodos: Mtodo histrico - Consiste em investigar acontecimentos, processos e instituies do passado para verificar sua influncia na sociedade de hoje, pois as instituies alcanaram a forma atual por meio de alteraes de suas partes componentes, ao longo do tempo, influenciadas pelo contexto cultural particular de cada poca.Acervo da autora

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Mtodo comparativo - Esse mtodo realiza comparaes com a finalidade de verificar semelhanas e explicar divergncias. usado tanto para comparaes de grupos no presente, no passado, ou entre os existentes e os do passado, quanto entre sociedades de iguais ou de diferentes estgios de desenvolvimento. Ocupando-se da explicao dos fenmenos, o mtodo comparativo permite analisar o dado concreto, deduzindo-lhe os elementos constantes, abstratos e gerais. empregado em estudos qualitativos e quantitativos. Mtodo monogrfico - Consiste no estudo de determinados indivduos, profisses, condies, instituies, grupos ou comunidades, com a finalidade de obter generalizaes. A investigao deve examinar o tema escolhido, observando todos os fatores que o influenciaram e analisando-o em todos os seus aspectos. Mtodo estatstico - Permite obter, de conjuntos complexos, representaes simples e constatar se essas relaes tm relaes entre si. O mtodo estatstico significa reduo de fenmenos sociolgicos, polticos, econmicos, etc., a termos quantitativos e manipulao estatstica, que permite comprovar as relaes dos fenmenos entre si, e obter generalizaes sobre sua natureza, ocorrncia ou significado. Mtodo tipolgico - Empregado por Max Weber, apresenta certas semelhanas com o mtodo comparativo ao comparar fenmenos sociais complexos, o pesquisador cria tipos ou modelos ideais, construdos a partir da anlise de aspectos essenciais do fenmeno. A caracterstica do tipo ideal no existir na realidade, mas servir de modelo para anlise e compreenso de casos concretos, realmente existentes. Mtodo funcionalista - Estuda a sociedade como um sistema organizado de atividades. Considera, de um lado, a sociedade como uma estrutura complexa de grupos ou de indivduos reunidos numa trama de aes e reaes sociais; de outro, como um sistema de instituies correlacionadas entre si, agindo e reagindo umas em relao s outras. Mtodo estruturalista - O mtodo estruturalista caminha do concreto para o abstrato e vice-versa, dispondo, na segunda etapa, de um modelo para analisar a realidade concreta

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dos diversos fenmenos. A diferena entre os mtodos tipolgico e estruturalista que o tipo ideal do primeiro inexiste na realidade, servindo apenas para estud-la, ao passo que o modelo do segundo a nica representao concebvel da realidade.

4 CARACTERIZAO DA PESQUISA possvel identificar a natureza metodolgica dos trabalhos de pesquisa atravs de trs critrios: segundo os objetivos, segundo os procedimentos de coleta ou segundo fontes utilizadas na coleta de dados.

4.1 CARACTERIzAO DA PESqUISA SEGUNDO OS ObJETIVOS O objetivo maior de qualquer movimento intelectual sempre chegar ao estgio da oferta de respostas a uma necessidade humana. Dependendo do grau de aproximao e permitido pelo nvel conceitual do pesquisador em relao ao fenmeno estudado, as pesquisas podem ser caracterizadas como: exploratrias, descritivas ou explicativas. Exploratria Busca-se explorar materiais que possam informar ao pesquisador a real importncia do problema, o estgio em que se encontram as informaes j disponveis a respeito do assunto e at mesmo revelar ao pesquisador novas fontes de informao. quase sempre feita com levantamento bibliogrfico (pesquisa bibliogrfica), entrevistas com profissionais que estudam/atuam na rea, visitas a web sites, etc.(estudos de caso) Descritiva aps a primeira aproximao (pesquisa exploratria), o interesse descrever um fato ou fenmeno, ou ainda estabelece relaes entre fenmenos (variveis). Por isso, a pesquisa descritiva um levantamento das caractersticas conhecidas, componentes do fato/fenmeno/problema. normalmente feita na forma de levantamentos ou observaes sistemticas do fato/fenmeno/problema escolhido (pesquisas de levantamento).Acervo da autora

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Explicativa criar uma teoria aceitvel a respeito de um fato ou fenmeno constitui a pesquisa explicativa. Ocupa-se com os porqus de fatos/fenmenos que preenchem a realidade.

4.2 CARACTERIzAO DA PESqUISA SEGUNDO OS PROCEDIMENTOS DE COLETA Procedimentos de coleta so os mtodos prticos utilizados raciocnios em torno de um fato/fenmeno/problema. As formas mais comuns de se coletarem informaes so: Experimento quando um fato ou fenmeno da realidade reproduzido de forma controlada, com o objetivo de descobrir os fatores que o produzem ou que por ele so produzidos. Como se procede: Decide-se sobre um fato/fenmeno (o objeto de estudo); Selecionam-se variveis (fatores naturais ou artificiais que possam provocar variaes no padro do fato/fenmeno); Escolhem-se os instrumentos (maneiras de controlar e de observar os efeitos do processo a ser provocado). Para tanto, constituem-se dois grupos: um experimental e outro de controle, ambos devem apresentar caractersticas homogneas, mas s se aplica o estmulo ao grupo experimental, que se deseja controlar. Atravs da comparao entre os dois grupos, afere-se a influncia da varivel, observando a variao que o estmulo provocou. Experimentos so geralmente feitos por amostragem, escolhe-se dentro de um universo (a totalidade do fato/fenmeno/problema), quase sempre impossvel de ser totalmenteAcervo da autora

para juntar as informaes necessrias construo dos

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contemplado, um conjunto significativo de indivduos que comporo a amostra. Os resultados que se mostrarem vlidos para uma ou um conjunto de amostras, consideram-se, por induo, vlidos tambm para o universo. Levantamento a pesquisa que busca informao diretamente com um grupo de interesse a respeito dos dados que se deseja obter. Trata-se de um procedimento til, especialmente em pesquisas exploratrias e descritivas. Geralmente desenvolvido em trs etapas: selecionase uma amostra significativa, aplicam-se formulrios, ou questionrios, ou entrevistam-se diretamente os indivduos; os dados so tabulados e analisados quantitativamente, com o auxlio de clculos estatsticos; Os resultados conseguidos com essa(s) amostra(s) so aplicados com margem de erro estatisticamente prevista, ao universo gerador da amostra. Tal pesquisa usada nos recenseamentos. Estudo de caso seleciona um objeto de pesquisa restrito (qualquer fato/fenmeno individual ou um de seus aspectos), com o objetivo de aprofundar-lhe os aspectos caractersticos. tambm comum a utilizao do estudo de caso quando se trata de reconhecer num caso, um padro cientfico j delineado, no qual possa ser enquadrado. Por lidar com fatos/fenmenos normalmente isolados, o estudo de caso exige do pesquisador grande equilbrio intelectual e capacidade de observao, alm de parcimnia quanto generalizao de resultados. Estudo de caso muito encontrado em pesquisas do tipo exploratria. Pesquisa bibliogrfica o conjunto de materiais escritos/gravados, mecnica ou eletronicamente que contm informaes j elaboradas e publicadas por outros autores uma bibliografia. So fontes bibliogrficas os livros (de leitura corrente ou de referncia, tais como dicionrios, enciclopdias, anurios, etc.), as publicaes peridicas (jornais, revistas, panfletos, etc.), fitas gravadas de udio e vdeo, pginas de web sites, relatrios de simpsios/seminrios, anais de congressos, etc. A atualizao total ou parcial de quaisquer dessas fontes o que caracteriza uma pesquisa como bibliogrfica. Pesquisa documental assemelha-se pesquisa bibliogrfica. Documentos so as fontes de informao que ainda no receberam organizao, tratamento analtico e publicao. So

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fontes documentais as tabelas estatsticas, relatrios de empresas, documentos informativos arquivados em reparties pblicas, associaes, igrejas, hospitais, sindicatos; fotografias, epitfios, obras originais de qualquer natureza, correspondncia pessoal ou comercial, etc. No momento em que se decide por um tipo de pesquisa, deve-se assinalar se o estudo de natureza qualitativa, quantitativa ou quantiqualitativa. Conforme a caracterstica que a coleta de dados imprimir ao trabalho, a modalidade da pesquisa assumir caractersticas diferenciadas. A pesquisa qualitativa tem as seguintes caractersticas: Levantar possveis variveis existentes e na sua interao, o verdadeiroAcervo da autora Acervo da autora

Captar a situao ou o fenmeno em toda a sua extenso;

significado da questo; Colher informaes, examinar cada caso separadamente e construir um

quadro terico geral (mtodo indutivo). A pesquisa quantitativa tem as seguintes caractersticas: Estabelecer relaes de causa e efeito entre as variveis de

tal modo que a pergunta em que medida? seja respondida comAcervo da autora

razovel rigor; Examinar hipteses de carter particular, partindo de parmetros

(ex. caractersticas mensurveis de populao); Metrificar atravs da estatstica.

4.3 CARACTERIzAO DA PESqUISA SEGUNDO AS FONTES DE INFORMAO Denominam-se fontes de informao os lugares/situaes de onde se extraem os dados de que se precisa. As fontes de dados so trs: o campo, o laboratrio, a bibliografia.

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Campo lugar natural onde acontecem os fatos e fenmenos. A pesquisa de campo a que recolhe os dados in natura, como percebidos pelo pesquisador. Normalmente, a pesquisa de campo se faz por observao direta, levantamento ou estudo de caso. Laboratrio espao e momento de uma pesquisa caracterizada por duas situaes: a interferncia artificial na produo do fato/fenmeno ou a articulao de sua leitura, geralmente melhorando as capacidades humanas naturais de percepo. Na realidade, fatos/fenmenos que acontecem no campo, muitas vezes escapam ao padro desejvel de observao, por isso so produzidos de forma artificial e controlada e permitem captao adequada para descrio e anlise. Outras vezes, os mecanismos naturais de observao se mostram insuficientes, seja em alcance, seja em acuidade. Da a necessidade de artificializar o ambiente ou os mecanismos de percepo, para que o fato/fenmeno seja produzido/ percebido adequadamente. Bibliografia os dados que se captam no campo e no laboratrio, por quaisquer dos procedimentos j descritos, so sempre matria-prima para raciocnios e concluses a respeito dos fatos/fenmenos. Dados, raciocnios e concluses so geralmente escritos na forma de livros, peridicos, e outros, para que deles se tome conhecimento. A bibliografia constitui-se numa preciosa fonte de informaes, com dados j organizados e analisados. Na atualidade, praticamente qualquer necessidade humana, conhecida ou pressentida, possui algo escrito a respeito. Por isso a pesquisa com base em uma bibliografia deve encabear qualquer processo de busca cientfica que se inicie. Observe o quadro a seguir para que voc possa melhor visualizar os critrios de caracterizao da pesquisa.

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CRITRIOS E CARACTERIzAO DA PESqUISA ObJETIVOS Exploratria Descritiva Explicativa PROCEDIMENTO DE COLETA (qualitativa ou quantitativa) Experimento Levantamento Estudo de caso Bibliogrfica Documental FONTES DE INFORMAO Campo Laboratrio Bibliografia

Exerccios de FixaoResponda as perguntas que seguem: (Voc conseguir responder a maioria delas retomando o contedo exposto neste material didtico. Como precisamos adentrar ao mundo da pesquisa, algumas perguntas, propositadamente, exigiro que v biblioteca ou sites de busca na Internet) 1) Por que a cincia pode ser transmitida? 2) Qual a diferena entre cincia e cincias? 3) Enumere os fatos evidenciados: Nos sculos XVI e XVII sculo XVIII No sculo XIX No sculo XX No

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4) O que significa paradigma? 5) Coloque junto ao nome dos cientistas o respectivo mtodo: a. Augusto Comte b. Stuart Mill c. Francis Bacon, Descartes, Galileu e Newton d. Bertrand Russerl e. Hegel f. Husserl g. Karl Max 6) Defina, com suas palavras, conhecimento: emprico, cientfico, filosfico e teolgico e indique trs caractersticas para cada um dos conhecimentos. 7) O que so mtodos de procedimento? Quais so os mtodos de procedimento? O que caracteriza cada um dos mtodos? 8) Faa um quadro sinptico do tpico 4, caracterizao da pesquisa.

Sntese da UnidadeNesta unidade estudamos os aspectos histricos e filosficos da metodologia cientfica. Situamos o carter cientfico no tempo Idade Moderna. Ficou evidente que possvel observar e analisar a realidade sob quatro formas distintas de conhecimento: emprico, cientfico, filosfico e teolgico. Estudamos os mtodos cientficos: definio de mtodo; mtodos de abordagem as fontes de informao. Na prxima unidade estudaremos algumas tcnicas que nos possibilitaro extrair a essncia de textos tcnico-cientficos e, desse modo, fazer juzo de valor dos textos que lemos. e de procedimento. Caracterizamos a pesquisa segundo os objetivos, os procedimentos de coleta e

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Exerccios Propostos1) Assinale a afirmativa incorreta: a) As cincias podem ser transmitidas de gerao a gerao. b) Com o uso de tcnicas e instrumentos devidamente selecionados, o ser humano cria e concebe objetos, explica, prev, elabora aes e ideias. c) O marco que deu status cientfico cincia foi a Idade Moderna. d) Modelo e paradigma so termos sinnimos e, em cincia tecnologia e pesquisa caracterizam o estado da investigao. e) O paradigma positivista de Stuart Mill estudou fatos sociais.

2) Associe a 2 coluna 1: ( ) Pesquisas utilizam mtodos objetivos e exatos e atingem ( 1 ) sculos XVI e XVII ( 2 ) sculo XVIII ( 3 ) sculo XIX ( 4 ) sculo XX alto grau de preciso em todas as reas do conhecimento em que aplicou a pesquisa. ( ) Revoluo cientfica. ( ) Avanam as pesquisas em relao evoluo, ao tomo, luz, eletricidade, ao magnetismo, energia. ( ) Experimentos nas reas da biologia e da qumica.

3) Coloque (V) para as afirmativas corretas e (F) para as falsas. A seguir, assinale a alternativa correta. ( ) ( ) ( ) O paradigma empirista de Augusto Comte investigou os fenmenos psicolgicos. O paradigma fenomenolgico deve-se a Husserl, no incio do sculo XX. O mtodo experimental aquele em que o pesquisador manipula, mas no controla os dados que conhece, observando-os enquanto estuda. Atomismo qualquer doutrina que explique fenmenos complexos relacionados a ( ) partculas indivisveis. Com base nesse modelo, o ingls Bertrand Russell props o chamado atomismo lgico.

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Metodologia CientficaAssinale a alternativa correta: a) V; V; F; F b) F; F; V; F c) F; V; F; V d) V; F; V; F

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4) Assinale a alternativa correta quanto s caractersticas do conhecimento emprico: a) valorativo, sistemtico, contingente verificvel; b) valorativo,assistemtico, reflexvel, verificvel; c) valorativo, falvel, contingente, verificvel; d) valorativo, sistemtico, exato, verificvel; e) valorativo, assistemtico, contingente, aproximadamente.

5) Assinale a alternativa correta quanto s caractersticas do conhecimento cientfico: a) valorativo,real, contingente verificvel; b) falvel, assistemtico, reflexvel, inspiracional; c) inexato, falvel, contingente, racional; d) contingente, sistemtico, exato, verificvel; e) reflexivo,falvel, contingente, aproximadamente.

6) Assinale as palavras ou expresses que caracterizam o verdadeiro pesquisador. A seguir, marque a alternativa correta. I - Potencial criativo II - Pr-atividade III - Esprito transformador IV - Curiosidade V - Previsibilidade a) Todas as palavras ou expresses caracterizam o verdadeiro pesquisador; b) Nenhuma delas caracteriza o verdadeiro pesquisador; c) Apenas I, II e III caracterizam o verdadeiro pesquisador; d) Apenas II, III e IV caracterizam o verdadeiro pesquisador; e) Apenas IV caracteriza o verdadeiro pesquisador.

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7) Assinale a alternativa correta: quanto aos objetivos, a pesquisa pode ser: a) documental, bibliogrfica e exploratria; b) exploratria, descritiva e explicativa; c) descritiva, explicativa e de levantamento; d) explicativa, bibliogrfica e documental; e) exploratria, descritiva e de campo.

8) Coloque nos parnteses (A) para pesquisa segundo os procedimentos de coleta e (b) para pesquisa segundo as fontes de informao. A seguir, assinale a alternativa correta. ( ) participante ( ) documental ( ) estudo de caso ( ) de campo ( ) de laboratrio ( ) documental ( ) de experimento a) A, B, A, B, A, B, A b) B, A, B, A, B, A, B c) A, A, B, B, A, B, A d) B, B, B, A, A, B, B e) A, A, A, B, B, A, A

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COMPREENSO DO TExTO TCNICO-CIENTFICOOl! Seja bem-vindo (a)! Nesta segunda unidade, voc estudar algumas tcnicas que o auxiliaro na compreenso de textos tcnico-cientficos. A leitura exige pacincia, construo e desconstruo textuais. Colocando as tcnicas em prtica, voc ver aumentar seu poder de anlise e de crtica, assim como escrever muito melhor. Boas Aulas! Objetivos da Unidade Ao final desta unidade, voc dever ser capaz de: Ler com fluncia e clareza, observando aspectos de pontuao, tonicidade frasal e correta pronncia das palavras; Distinguir entre ttulo e assunto; Destacar os tpicos frasais do texto; Fazer fichamentos de textos; Esquematizar, resumir e resenhar um texto.

Contedos da Unidade Acompanhe os contedos desta unidade. Se preferir, assinaleos medida que for estudando. Leitura e apreenso textuais; Tcnicas do fichamento, do esquema, do resumo e da resenha; Exerccios Propostos.

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1 LER E APREENDERLer, no sentido real da palavra, continua sendo uma das causas do baixo rendimento tambm na graduao. De modo geral, o estudante confunde leitura fluente com leitura compreensiva. Ler com fluncia, aplicando velocidade adequada ao nvel de conhecimento,Acervo da autora

obedecendo pontuao e pronunciando corretamente as palavras, no significa saber ler. Costumamos dizer que leitor (a) aquele (a) que, ao final de um pargrafo, de uma pgina de texto, ou do captulo de um livro capaz de responder pergunta: qual o assunto do texto que acabei de ler? No responder adequadamente significa no ter entendido, no ter compreendido o que leu. O ato de ler exige concentrao, reflexivo e s se realiza plenamente quando usamos procedimentos lgicos de anlise, sntese, interpretao e juzo crtico. Para atingirmos a plenitude da leitura, deveremos seguir os seguintes passos: a) Leitura exploratria o passo em que lemos para descobrir o pensamento do autor. Tambm possvel, dependendo do seu grau de motivao ou de curiosidade em relao ao texto, pesquisar sobre vida e obra do autor, momento histrico em que viveu, influncias que recebeu e buscar esclarecimentos sobre o vocabulrio usado e sobre o prprio texto. b) Leitura analtica o passo em que precisamos dialogar com o autor para percebermos qual o assunto e como ele nos apresentado. Se estamos atentos leitura, vm nossa mente diversas perguntas reveladoras da ideia central e da mensagem que o autor nos quer transmitir. A ideia central vem acompanhada de outras, que chamamos ideias secundrias, e aparecem em unidades denominadas pargrafos, onde o tema-problema se faz presente. Nesta etapa devemos usar a tcnica de sublinhar as ideias principais que serviro para elaborarmos a sntese e o resumo do texto.

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c) Leitura interpretativa o passo em que nos posicionamos sobre o que diz o autor. a fase em que demonstramos nossa capacidade de assimilao e de crtica, para isso, precisamos consultar outras fontes. Caso no tenhamos feito a pesquisa durante o primeiro passo, agora o momento, pois o trabalho acadmico s tem sentido quando exercitamos a pesquisa.

S aprendemos aquilo que compreendemosLeia o texto a seguir, sem se deter nas dificuldades vocabulares. Logo depois demonstraremos alguns passos necessrios para uma boa leitura e compreenso de texto.

MELHOR PROCURAR DENTRO 1 Algum j disse que viver nada mais do que resolver problemas. A quantidade de situaes que exigem que apresentemos solues durante apenas um dia de nossa vida imenso. No nos damos conta disso porque a maioria das solues so praticamente automticas, pois estamos sendo preparados desde a infncia para encontr-las, e porque, em sua maioria, dizem respeito a pequenas decises do cotidiano, como escolher qual roupa vestir, resolver o cardpio do dia ou decidir o melhor trajeto entre a casa e o trabalho. 2 Entretanto, ao longo de sua vida, o homem tambm se depara com situaes mais complexas, que exigem mais do que a lgica banal do cotidiano. quando se v obrigado a encarar uma situao-problema, encontrar a melhor soluo e retomar, dessa forma, o equilbrio que parecia perdido. Situaes desse tipo exigem mais energia do que estamos acostumados a usar em nosso dia-a-dia. O estoque dessa energia e a capacidade de fazer uso dela o que vai estabelecer a diferena entre as pessoas.

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3 Cada indivduo reage diferente, mas todos temos disposio elementos, em tese, equivalentes. Diante de uma dificuldade, o homem utiliza duas ferramentas: por um lado sua situao pessoal, fornecida pela educao que recebeu, pelas oportunidades de aprimoramento, pela sade fsica, pelo equilbrio mental; e por outro sua liberdade de pensamento que, ao mesmo tempo, influenciada pelas condies anteriores, e exerce influncia sobre as mesmas. So duas partes da mesma pessoa. 4 Jean-Paul Sartre dizia que o homem um ser dual: por um lado ele o que , nem ativo nem passivo, nem afirmao nem negao, simplesmente repousa em si, macio, rgido, sendo, dessa forma, o ser-em-si. Por outro lado, o homem tambm um ser-para-si, o que representa sua prpria conscincia e, atravs dela, ele se torna capaz de superar seus limites, libertando-se da priso de uma situao desfavorvel, determinada sua revelia pela histria que o concebeu. 5 Uma pessoa que nasceu pobre, em ambiente ignorante, exposta a poucos estmulos construtivos, pode estar presa sua condio humana e construir para si mesma uma vida igualmente miservel, ou pode enxergar que existe outro mundo e pavimentar a estrada que o levar at l. A condio humana um conjunto de fatores a priori, ou seja, que existiam antes da prpria pessoa, mas ela no sinnimo de destino, pois entra em jogo a conscincia, que pode mudar tudo. 6 Quando, neste pargrafo, comecei a colocar exemplos, percebi que seriam tantos que no caberiam na pgina, ou eu teria que ser injusto com vrios, citando apenas alguns. Portanto deixo para voc mesmo, caro leitor da Vencer!, a tarefa de encontrar seus prprios exemplos de pessoas que construram uma vida que valeu a pena, a despeito das condies que lhe foram oferecidas a priori. 7 No h dvidas de que quem nasceu com um mnimo de oportunidade de desenvolver sua conscincia e exercer sua liberdade de pensar, tem o dever de responsabilizar-se pela prpria vida, e diminuir a transferncia de responsabilidade de seus fracassos para outros, incluindo entre esses outros, a prpria sorte. Afinal, sempre podemos fazer alguma coisa com o que fizerem conosco. As respostas esto, portanto, muito mais dentro de ns do que fora, e essas respostas so as que explicam os fracassos e os sucessos, bem como esclarecem as grandes dvidas e encontram as grandes solues. sempre melhor primeiro procurar dentro. (MUSSAK, Eugnio. Revista Vencer, 19/02/2004)

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Assim que terminou a leitura voc conseguiu resposta para a pergunta: qual o assunto? Se respondeu melhor procurar dentro, a resposta est incorreta, pois costumamos dizer que o ttulo uma espcie de primeiro resumo do texto, mas no o assunto. Ento lembre-se:

O ttulo no o assunto do texto

Observe a estrutura do texto. Alm do ttulo, h sete pargrafos que o compem. A numerao que antecede cada um deles para auxiliar na compreenso. Por ser um texto dissertativo, cada pargrafo tem um tpico frasal parte da doutrina (sublinhamos para facilitar seu entendimento) e o desenvolvimento (explicaes e/ou exemplos). Os pargrafos 5 e 6 no tm tpicos frasais, pois contm explicaes e exemplos referentes ao quarto pargrafo. Agora leia s os tpicos frasais para extrair o assunto do texto. Ficou mais fcil? Ento proceda desse modo sempre que voc quiser detectar o assunto de um texto cientfico, tcnico ou filosfico.

2 SNTESE, SINOPSE E RESUMO DE TExTOSAtualmente, h muitos termos tcnicos, comuns no campo da documentao, precisamos conhecer sua real significao para us-los com correo. Por isso, saiba distinguir entre sntese, sinopse e resumo.

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Sntese ou recenso consiste na exposio das principais ideias de um texto. Como exemplificaremos cada item, a sntese, nesse caso, consistir dos tpicos frasais, onde se encontram as ideias principais do Eugnio Mussak,

MELHOR PROCURAR DENTRO Viver nada mais do que resolver problemas. Ao longo de sua vida, o homem tambm se depara com situaes mais complexas, que exigem mais do que a lgica banal do cotidiano. Cada indivduo reage diferente, mas todos temos disposio elementos, em tese, equivalentes. Jean-Paul Sartre dizia que o homem um ser dual. Quem nasceu com um mnimo de oportunidade de desenvolver sua conscincia e exercer sua liberdade de pensar, tem o dever de responsabilizar-se pela prpria vida, exercer e diminuir a transferncia de responsabilidade de seus fracassos para outros, incluindo entre esses outros, a prpria sorte. Sinopse uma apresentao breve, sucinta, elaborada pelo prprio autor e que acompanha o texto. No deve ser confundida com sntese ou resumo. Resumir significa condensar um texto, mantendo as ideias principais do autor. O que preciso considerar no resumo: assunto da obra; O Respeitar a ordem das ideias e a sequncia dos fatos, sem modific-las; Respeitar as opinies e os pontos de vista do autor; No acrescentar qualquer comentrio ou julgamento pessoal; Empregar frases pessoais, com palavras do vocabulrio que se costuma usar; No transcrever frases ou trechos do original; Empregar linguagem clara e objetiva; Apontar as concluses do autor.

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O ttulo do texto e as ideias do autor do texto ficam intocveis no resumo.

MELHOR PROCURAR DENTRO Eugnio Mussak Passamos nossa existncia resolvendo problemas. Desde pequenos aprendemos a tomar decises, por isso algumas solues so rotineiras, acontecem automaticamente. Algumas vezes, contudo, os problemas se agravam, exigindo de ns maior esforo diante das decises a serem tomadas, o que nos diferenciar de outras pessoas. Os comportamentos diferem, mas todo indivduo dispe de sua educao pessoal e da sua liberdade de pensar. Segundo Jean-Paul Sartre, h uma dualidade no homem: o ser-em-si (ele o que ) e o serpara-si (sua prpria conscincia). Isto , o indivduo pode aceitar e se aceitar diante de sua condio scio-econmica ou pode encontrar solues para melhor-la. Pessoas dotadas de educao e capazes de exercer sua liberdade de pensamento, devem responsabilizar-se por seu fracassos e deixar de arrumar culpados por solues tomadas erroneamente.

3 ELAbORAO DE ESqUEMASEsquematizar consiste na reelaborao do plano das ideias do autor. O esquema pode ser definido, de forma bem elementar, como um resumo no redigido. A maneira de esquematizar um texto muito pessoal: podem-se usar smbolos, palavras abreviadas, grficos, desenhos, chaves, flechas, maisculas e outros recursos que contribuam para a eficincia e compreenso do esquema. A tcnica de sublinhar facilita muito a tarefa de esquematizar um texto que no seja longo.

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MELHOR PROCURAR DENTRO Eugenio Mussak - Resolver problemas - Tomar decises Viver desde a infncia - Encara situaes-problema busca solues Ser humano Diferencial humano - Condies pessoal - aspectos culturais Dificuldades - Liberdade de pensamento - idem Dentro do prprio ser humano Respostas?

4 TCNICA DE FICHAMENTOVamos estudar, agora, a tcnica do fichamento que uma ferramenta auxiliar no processo de registrar o que pesquisamos. Geralmente, quando nos pedem para fichar um texto, sublinhamos tudo o que nos parece importante j na primeira leitura e limitamo-nos a copiar essas partes na ficha. Resultado: passado algum tempo, ao revermos as anotaes, no mais conseguimos saber por que eram importantes. Nossas fichas no nos do a organizao lgica do texto e no temos condio de acompanhar o pensamento do autor.

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Os procedimentos aqui apresentados proporcionaro: entender e anotar a organizao do pensamento do autor e tomar posse desse raciocnio; esclarecer as ideias para podermos saber como umas se relacionam com as outras. Fichamento trabalho a que temos acesso sempre que necessrio. Dito isso, passemos s etapas. Vamos apresent-lo por etapa, para facilitar o aprendizado. 1 etapa leitura exploratria do texto, sem nos determos nas dificuldades. Aproveitemos essa primeira leitura para numerar os pargrafos, o que nos auxiliar muito. 2 etapa - identificao das principais partes do texto. Todo texto completo apresenta trs partes distintas: Introduo nela o autor coloca o problema ou a indagao que o levou a escrever o texto. A introduo nos d uma ideia do assunto tratado. Desenvolvimento o corpo do texto, onde o autor expe os dados, as ideias, os argumentos e as afirmaes que constituem o seu pensamento original. A partir da indagao/problema, o desenvolvimento revela como o autor conduziu a procura de solues/explicaes e os caminhos que escolheu. Concluso o autor coloca algumas afirmaes ou novas indagaes decorrentes da organizao e do desenvolvimento do texto. 3 etapa levantamento da estrutura, do plano lgico do texto. Podemos resumir as ideias principais de cada pargrafo para, a seguir, agrup-las em tpicos gerais. Perguntamos: qual a ideia principal do pargrafo? H uma palavra ou uma expresso que sintetize o assunto? A ttulo de exemplo, vamos retomar o texto preciso procurar dentro, do Eugnio Mussak. 1 etapa leitura exploratria do texto, 2 etapa - identificao das principais partes do texto: Introduo: pargrafos 1 a 3; Desenvolvimento: pargrafos 4 a 6; Concluso: pargrafo 7. No quadro a seguir apresentamos a introduo e as partes que a constituem:

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RESUMO DA INTRODUO Pargrafo 1: O autor afirma que enorme a quantidade de situaes pedindo solues em um s dia de nossas vidas, mas isso nos passa despercebido porque desde pequenos nos preparam para encontrar essas solues. Pargrafo 2: Algumas situaes, contudo, exigem esforo redobrado de ideias e de energia para serem solucionadas. A atitude das pessoas diante de uma situao-problema o fator de diferena entre elas. Pargrafo 3: Todos temos igualmente duas ferramentas a utilizar, nossa individualidade e nossa liberdade de pensamento.

TPICOS 1. Cotidiano pede e nos treinaram para resolvermos problemas.

2. A atitude demonstrada diante de uma situao-problema diferencia uma pessoa de outra.

3. Individualidade e liberdade de pensamento, ferramentas disponveis a todos.

Apresentao do plano de ideias da introduo (pargrafos 1 a 3): Resolver problemas funo do ser humano que foi treinado desde criana para isso. Atitude diante do problema distingue uma pessoa da outra. Todos dispem de individualidade e liberdade de expresso para resolver problemas. Releia na ntegra o texto do Mussak. Responda: O desenvolvimento e a concluso contemplam o plano de ideias? Certamente que sim. Nesse caso, voc est diante de um texto coerente e coeso, isto , muito bem escrito.

4.1 TIPOS DE FICHAS Destacaremos dois tipos de fichas: Bibliogrfica (assunto e autor); Contedo (resumo e cpia-citao).

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Um fichamento completo deve apresentar os seguintes dados: Indicao bibliogrfica mostra a fonte da leitura. Resumo sntese do contedo do texto. Citaes apresenta transcries significativas do texto. Comentrios expressa a compreenso crtica do texto, pode se basear ou no em outros autores e obras. Ficha de Documentao Bibliogrfica SObRENOME, Nome do/a Autor/a. Ttulo. Subttulo. Nmero da edio se houver. Local de Publicao: Nome da Editora, ano, Nome de Coleo e/ou de Srie e nmero entre parnteses. 1 Parte: apresentao objetiva das ideias do/a autor/a 1) resumo (baseado no esquema) 2) pequenas citaes (entre aspas e pgina) SObRENOME, Nome do/a Autor/a. Ttulo. Subttulo. Nmero da edio se houver. Local de Publicao: Nome da Editora, ano, Nome de Coleo e/ou de Srie e nmero entre parnteses. 1 Parte (elaborao pessoal sobre a leitura) 1) Comentrios (parecer e crtica)

INDICAO BIBLIOGRFICA

INDICAO BIBLIOGRFICA

Outro tipo de Ficha Bibliogrfica Ttulo do trabalho (1) Seo primria Seo secundria e terciria do trabalho, se houver do trabalho (2) Comentrios ou anotaes sobre a obra (4) (3)

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ExEMPO DE FICHA bIbLIOGRFICA A Lngua Falada e a Lngua escrita no Brasil (1) 1. Origem da Lngua Portuguesa (2) 1.1 H diferenas entre lngua falada e lngua escrita? (3)

BAGNO, Marcos. Preconceito lingstico: o que , como se faz. So Paulo: Loyola, 1999. 148 p. Insere-se no campo do estudo da Sociolingstica e da Antropologia Social. O autor aborda o uso da lngua como instrumento de discriminao social. Responsabiliza o ensino da Lngua Portuguesa como o responsvel pelo complexo de inferioridade da maioria da populao brasileira. Exemplifica como a escola, a imprensa e os intelectuais contribuem para refor-lo. Ainda revela que para haver mudanas nos conceitos de lngua certa e de lngua errada necessrio que as relaes sociais se transformem. Uma possvel gramtica do portugus brasileiro, produzida por pesquisadores que h mais de 30 anos esto engajados na pesquisa criteriosa de nossa realidade lingstica, estabeleceria significativa transformao. (4)

5 TCNICA DA RESENHAA resenha constitui-se um trabalho acadmico que contm a apresentao do contedo de um livro ou artigo (de peso cientfico) e sua apreciao crtica. Fazer uma resenha resumir analisando de maneira clara e sucinta um livro, artigo ou qualquer tipo de texto cientfico. Resumir analisando significa manter a identidade de quem escreveu o texto que estamos analisando, mas preciso deixar transparecer a nossa presena, como voz crtica sobre o texto. A resenha deve cumprir um objetivo claro: comunicar ao leitor os aspectos essenciais da obra em questo e situ-lo no assunto da melhor maneira possvel.

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interessante pesquisar sobre o/a autor/a do texto resenhado, sobre o assunto em questo e sobre a situao atual da pesquisa cientfica sobre o tema. Esses procedimentos, quando convenientes, devem abrir a resenha e preparar o comentrio sobre o texto em pauta. Toda resenha deve conter: Cabealho contendo o nome da instituio de ensino, ttulo da resenha com identificao do texto resenhado, autor/a da resenha, objetivo do trabalho, local e data. Texto dissertativo contendo: introduo, corpo principal do texto e concluso com apreciao crtica. I. Citao completa da fonte. II. Apresentao global do contedo. III. Avaliao crtica do texto, levando em considerao: Contedo, objetivo(s), plano estrutural e desenvolvimento lgico da temtica, linguagem, vocabulrio e estilo do autor. Referncias.

Sntese da UnidadeNesta unidade revisitamos algumas tcnicas que funcionam como excelentes ferramentas para compreendermos e elaborarmos textos tcnico-cientficos. Primeiramente refletimos sobre o ato de ler, importante para desmitificarmos a ideia de que ler fluentemente saber ler. S sabe ler quem entende o que l. Ler apreender, captar a mensagem. A seguir, definimos, mostramos o passo-a-passo e exemplificamos fichamento, esquema, resumo e resenha. Exercite essas tcnicas e voc concluir que os atos de ler e escrever se tormam muito mais fceis. Na prxima unidade estudaremos as etapas do projeto de pesquisa.

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Exerccios Propostos1) Assinale a alternativa correta: a) Leitura fluente e leitura compreensiva so a mesma coisa. b) A leitura do acadmico e do pesquisador deve se revestir da apreenso do contedo. c) Num texto tcnico-cientfico, quando queremos identificar o assunto do texto, respondemos com o ttulo. d) Nos tpicos frasais, situados no incio do pargrafo, expe-se a ideia que deve ser desenvolvida, geralmente, no decorrer do mesmo pargrafo. e) As alternativas b e d esto corretas.

2) Assinale a alternativa incorreta: a) Denomina-se leitura exploratria aquela que fazemos para descobrir a ideia desenvolvida pelo autor. b) A leitura analtica corresponde ao segundo passo para atingirmos a plenitude da leitura. c) a leitura analtica que nos permite identificar com certeza qual o assunto do texto. d) A leitura interpretativa corresponde ao primeiro passo para atingirmos a plenitude da leitura. e) Ao resumir, precisamos ser fieis s ideias que lemos.

3) Complete os parnteses com (V), quando a afirmativa for correta e com (F), quando for falsa. A seguir, assinale a alternativa correta, quanto ao preenchimento dos parnteses. ( ) O esquema permite que reelaboremos as ideias do autor do texto. ( ) O fichamento uma tcnica que auxilia no registro do processo de pesquisa. ( ) Os fichamentos s podem ser manuscritos. ( ) A resenha consiste numa sntese das principais ideias do autor de um texto. ( ) No permitido ao resenhista apresentar julgamento de valor sobre o texto lido.

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( ) A resenha deve ser um texto dissertativo contendo: introduo, corpo principal do texto e concluso com apreciao crtica. a) V, V, F, F, F, V d) F, V, F, V, F, F b) V, F, V, F, F, V e) F, F, V, V, F, V c) F, V, V, F, V, F

Leia o texto a seguir para responder as questes 4 a 6: Quatro funes bsicas tm sido convencionalmente atribudas aos meios de comunicao de massa: informar, divertir, persuadir e ensinar. A primeira diz respeito difuso de notcias, relatos, comentrios, etc. sobre a realidade, acompanhada, ou no de interpretaes ou explicaes. A segunda funo atende procura da distrao, de evaso, de divertimento, por parte do pblico. Uma terceira funo persuadir o indivduo convenc-lo a adquirir certo produto, a votar certo candidato, a se comportar de acordo com os desejos do anunciante. A quarta funo ensinar realizada de modo direto ou indireto, intencional ou no, por meio de material que contribui para a formao do indivduo ou para ampliar seu acervo de conhecimentos, planos, destrezas etc. (Samuel Pfromm Neto apud Soares & Campos, 1978:111) 4) O pargrafo em estudo se compe de: a) 3 perodos; d) 1 perodo; b) 7 perodos; e) 4 perodos. c) 5 perodos;

5) quais palavras ou expresses se caracterizam como ideias bsicas do texto? a) funes bsicas; meios de comunicao de massa. b) quatro funes bsicas; meios de comunicao de massa. c) funes bsicas; meios de comunicao de massa; informar; divertir; persuadir e ensinar. d) quatro funes bsicas; meios de comunicao de massa; informar; divertir; persuadir e ensinar. e) meios de comunicao de massa; informar; divertir; persuadir e ensinar.

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6) Assinale a alternativa que apresenta o resumo com as caractersticas mais aproximativas da tcnica. a) So quatro as funes bsicas dos meios de comunicao de massa: informar, divertir, persuadir e ensinar. (Samuel Pfromm Neto apud Soares & Campos, 1978:111) b) As quatro funes bsicas dos meios de comunicao de massa servem para: difuso de notcias, relatos, comentrios, etc.; atender procura da distrao, de evaso, de divertimento, por parte do pblico; persuadir o indivduo convenc-lo a adquirir certo produto; ensinar direta e indiretamente. (Samuel Pfromm Neto apud Soares & Campos, 1978:111) c) Informar, divertir, persuadir e ensinar so as quatro funes bsicas dos meios de comunicao de massa. (Samuel Pfromm Neto apud Soares & Campos, 1978:111) d) Os meios de comunicao de massa tm por funo: divulgar notcias, apresentar relatrios e comentrios; divertir o pblico; convencer o indivduo; ensin-lo, formando-o ou transmitindolhe conhecimento. (Samuel Pfromm Neto apud Soares & Campos, 1978:111) e) As quatro as funes bsicas dos meios de comunicao de massa informam atravs de notcias, divertem, convencem e ensinam as pessoas que fazem uso desses meios de comunicao. (Samuel Pfromm Neto apud Soares & Campos, 1978:111)

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PROJETO DE PESqUISAOl! Seja bem-vindo (a)! Nesta terceira unidade aprenderemos a elaborar um projeto de pesquisa. Iniciaremos com a definio da nomenclatura, evidenciaremos as exigncias das normas brasileiras vigentes e concluiremos elaborando um projeto. Boas Aulas! Objetivos da Unidade Ao final desta unidade, voc dever ser capaz de: Enumerar as etapas do projeto, descrevendo cada uma delas; Utilizar adequadamente as NBRs na elaborao de um projeto; Ler artigos tcnico-cientficos, procurando evidenciar a estrutura do projeto; Elaborar um projeto de pesquisa.

Contedos da Unidade Acompanhe os contedos desta unidade. Se preferir, assinale-os medida que for estudando. Descrio das etapas do projeto de pesquisa; Uso de citaes, segundo a NBR 10520/05; Uso de referncias, segundo a NBR 6023/02; Leitura de artigos tcnico-cientficos; Elaborao de um projeto de pesquisa; Exerccios de fixao; Exerccios propostos.

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1 ETAPAS DO PROJETOO planejamento e a execuo de uma pesquisa fazem parte de um processo sistematizado. A vida acadmica e profissional exige que voc desenvolva projetos de pesquisa, desse modo, comecemos a elabor-los. O modelo a seguir, contendo as etapas de um projeto de pesquisa, foi elaborado por Lakatos e Marconi, na obra Fundamentos de Metodologia Cientfica (2003:216 e 217). Vejamos um esquema do que deve conter um projeto: a) Capa Entidade Ttulo (e subttulo, se houver) Orientador ou/e Coordenador (es) Local e data b) Tema c) Delimitao do Tema Especificao Limitao geogrfica e temporal d) Justificativa e) Objetivo Geral f) Objetivos Especficos g) Problema Hiptese Bsica Hipteses secundrias Variveis h) Metodologia Mtodo de Abordagem Mtodo de Procedimento Tcnicas i. Descrio

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ii. iii.

Como ser aplicado Codificao e tabulao

Delimitao do Universo ( descrio da populao) Tipo de amostragem iv. v. Caracterizao Seleo

i) Embasamento terico Teoria de Base Reviso da Bibliografia Definio dos Termos j) Cronograma k) Oramento l) Instrumento(s) de Pesquisa m) Bibliografia e/ou Referncias O mesmo esquema, agora, lhe ser apresentado sob a forma de tpicos, quem sabe poder facilitar suas atividades acadmicas. Esses tpicos so apenas indicadores dos elementos que devem compor o trabalho do pesquisador e constituem passos a serem seguidos ao longo da pesquisa. a) Estrutura da folha de rosto; b) Escolha do tema; c) Justificativa para a escolha do tema; d) Formulao do problema e enunciao das hipteses; e) Definio dos objetivos; f) Metodologia; g) Reviso de literatura; h) Coleta de dados; i) Tabulao de dados; j) Anlise e discusso dos resultados; k) Concluso da anlise dos resultados; l) Redao e apresentao do trabalho cientfico.

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1.1 ESCOLHA DO TEMA Nessa etapa deve-se responder pergunta: O que pretendo abordar? o tema um assunto sobre o qual recai o enfoque do pesquisador, objetivando desenvolv-lo e analis-lo, buscando subsdios para comprovar ou no uma hiptese elaborada sobre ele. A definio do tema pode surgir da observao do cotidiano, dos desafios encontrados na vida profissional, em programas de pesquisa, em contato e relacionamento com especialistas, em estudo da literatura especializada ou da leitura de outros trabalhos. Quando se escolhe um tema, preciso considerar: atualidade, relevncia, conhecimento a respeito, preferncia e aptido pessoal para lidar com o tema escolhido. Um tema pode apresentar amplitude tal, que os instrumentos disponveis e o tempo do pesquisador no permitiriam analis-lo com profundidade. Por isso, o assunto escolhido deve ser delimitado e preciso. A expresso Relaes interpessoais, por exemplo, no um tema, mas d possibilidades de temas, s necessrio delimit-la.

1.2 DELIMITAO DO TEMA Delimitar significa pr limites. O processo de delimitao do tema s se d por concludo, quando se faz a sua limitao geogrfica e espacial, ou seja, dentro da rea especfica do conhecimento, delimita-se o espao geogrfico de abrangncia da pesquisa e o perodo focalizado na pesquisa. Dando continuidade ao exemplo iniciado em 1.1, preciso definir outros aspectos na rea do conhecimento relaes interpessoais:

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Influncias da habilidade de comunicao dos atuais gerentes da empresa X, no que diz respeito competncia interpessoal, junto a seus pares e subordinados. Analisando-se a delimitao temtica, observa-se: espao geogrfico de abrangncia da pesquisa - Empresa X, o perodo focalizado - atuais, o populao gerentes, a as variveis habilidade de comunicao e competncia interpessoal.

1.3 PRObLEMA Sem problema no h pesquisa. Problema uma interrogao direta ou indireta que o pesquisador faz realidade.

O treinamento na habilidade de comunicao dos gerentes da empresa X influenciar na competncia interpessoal dele? ou Deseja-se investigar se o treinamento para os gerentes da empresa X, na habilidade de comunicao, influenciar no desempenho interpessoal deles.

preciso no confundir tema com problema.

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O tema o assunto geral e tem carter amplo; o problema o que vai ser investigado dentro do tema da pesquisa. O problema fruto de leitura e/ou de observao do que se deseja pesquisar.

1.3 DEFINIO DOS ObJETIVOS Objetivo geral O objetivo geral ser a sntese do que se pretende alcanar e relaciona-se diretamente com o problema, com o contedo intrnseco, quer dos fenmenos e eventos, quer das ideias estudadas. Objetivos especficos Os objetivos especficos definem os diferentes pontos a serem abordados visando confirmar as hipteses, explicitaro os detalhes e sero um desdobramento do objetivo geral. Os objetivos informaro quais os resultados que se pretendem alcanar e qual a contribuio que a pesquisa efetivamente proporcionar. Os enunciados dos objetivos devem comear com um verbo no infinitivo que deve indicar uma ao passvel de mensurao. Seguem alguns verbos utilizados na formulao dos objetivos que determinam estgio cognitivo de: Conhecimento Apontar Arrolar Definir Entender Enunciar Estudar Inferir Inscrever Nomear Registrar Relatar Repetir Sublinhar Avaliao Apreciar Avaliar Eliminar Escolher Estimar Julgar Preferir Selecionar Validar Valorizar Compreenso Compreender Constatar Descrever Discutir Elaborar Esclarecer Explicar Expressar Identificar Localizar Traduzir Transcrever Sntese Articular Compor Constituir Coordenar Esquematizar Resumir Reunir Ordenar Organizar Sintetizar Aplicao Aplicar Comparar Demonstrar Empregar Ilustrar Interpretar Inventariar Manipular Mensurar Praticar Traar Usar Verificar Anlise Analisar Classificar Comparar Constatar Criticar Debater Diferenciar Distinguir Examinar Experimentar Investigar Provar

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1.4 JUSTIFICATIVA A justificativa o nico item do projeto que apresenta respostas questo por qu?. nessa etapa que se procurar convencer quem for ler o projeto, com relao importncia da pesquisa proposta. A justificativa consiste numa exposio sucinta, porm completa, das razes de ordem terica e dos motivos de ordem prtica que tornam importante a realizao da pesquisa. interessante que nessa etapa sejam respondidas as seguintes perguntas: tema relevante, importante? O Quais os pontos positivos que se percebe na abordagem proposta? Que vantagens e benefcios se pressupem que a pesquisa proporcionar?

1.5 FORMULAO DAS HIPTESES A formulao das hipteses constitui um guia seguro para a pesquisa. So possveis respostas ao problema da pesquisa e orientam a busca de outras informaes. A hiptese tambm pode ser entendida como as relaes entre duas ou mais variveis, desde que pelo menos uma delas j tenha sido fruto de conhecimento cientfico. Toda hiptese constitui-se de uma ou mais variveis. E o que so variveis? So caractersticas observveis do fenmeno a ser estudado, existem em todos os tipos de pesquisa e assumem papel relevante na pesquisa.

Influncias da habilidade de comunicao dos atuais gerentes da empresa X, no que diz respeito competncia interpessoal, junto a seus pares e subordinados. No exemplo acima, as caractersticas observveis para gerente seriam: responsvel, eficaz, comprometido, eficiente...

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1.6 METODOLOGIA Nessa etapa, o momento em que se responde: como?, onde?, com quem?, com qu? Descrevem-se as tcnicas procedimentos mais restritos que operacionalizam os mtodos (unidade 1), mediante emprego de instrumentos adequados. As tcnicas mais comuns so: questionrios, formulrios, entrevistas, levantamento documental, observacional, estatsticas. Nessa parte, tambm se deve definir onde e como ser realizada a pesquisa, o tipo de pesquisa, a populao (universo ou sujeitos da pesquisa), a amostragem, os instrumentos de coleta de dados e a forma como se pretende tabular e analisar os dados.

1.7 EMbASAMENTO TERICO Uma das etapas mais importantes de um projeto de pesquisa a reviso da literatura ou fundamentao terica adotada, para tratar o tema e o problema de pesquisa. Nessa etapa, analisam-se as mais recentes obras cientficas disponveis que tratam do assunto ou que dem fundamentao terica e metodolgica para o desenvolvimento do projeto de pesquisa.

1.8 CRONOGRAMA O cronograma visa a relacionar as atividades e o tempo de durao das atividades, discriminandoas em fases ou etapas. Geralmente, dividem-se os cronogramas em semanas ou meses. possvel que ocorra a execuo simultnea de etapas.

1.9 ORAMENTO O oramento distribui os gastos por vrios itens que devem necessariamente ser separados. Detalham-se os gastos, por categorias, com pessoal e material. Devem-se indicar as fontes de onde provem os recursos, se de origem interna (da instituio onde atua), se de origem externa (indicar o patrocinador e o crdito).

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1.10 INSTRUMENTOS DE PESqUISA Nessa etapa indica-se como a pesquisa ser realizada. Os instrumentos referentes s tcnicas selecionadas para a coleta de dados, tais como: entrevista, questionrio, formulrio, testes ou escalas de medidas de opinies e atitudes.

Se a tcnica escolhida for a de observao, somente nesse caso, dispensa-se a apresentao dos instrumentos de pesquisa.1.11 bIbLIOGRAFIA A bibliografia constitui o conjunto dos livros, artigos, publicaes e documentos utilizados e que sustentaro o marco terico da pesquisa, nas diferentes fases do projeto. importante que se observe a diferena entre bibliografia e referncias: esta relaciona as obras utilizadas no trabalho; aquela, todas as leituras feitas pelo pesquisador durante o processo de pesquisa.

2 COMO ELAbORAR CITAESA NbR 10520/2005 define citao como uma meno no texto de uma informao colhida em outra fonte. Serve para dar maior clareza e autoridade ao texto, relacionando as ideias expostas com ideias defendidas em outros trabalhos, por outros autores. obrigatrio indicar os dados completos das fontes de onde foram extradas as citaes, seja em nota de rodap ou em lista no fim do texto. As fontes podem ser indicadas pelo sistema

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numrico ou pelo sistema autor-data, que o mais comum nos trabalhos acadmicos: Martins e Zilberknop (2000, p. 28). Quando so dois os autores da publicao, os sobrenomes de ambos devem ser escritos e ligados pela partcula e.

Para Martins e Zilberknop (2000, p. 28), a fora da comunicao no mundo atual, de uma multiplicidade infinita. (...) A vida e o comportamento humano so regidos pela informao, pela persuaso, pela palavra, cores, forma, gestos, expresso facial, smbolos. Nas citaes do autor/data, as entradas pelo sobrenome do autor, pela instituio responsvel ou ttulo includo na sentena, devem ser em letras maisculas e minsculas e quando estiverem entre parnteses, devem ser em letras maisculas.

Para Martins e Zilberknop (2000, p. 28), a fora da comunicao no mundo atual, de uma multiplicidade infinita. (...) A vida e o comportamento humano so regidos pela informao, pela persuaso, pela palavra, cores, forma, gestos, expresso facial, smbolos. A fora da comunicao no mundo atual, de uma multiplicidade infinita. (...) A vida e o comportamento humano so regidos pela informao, pela persuaso, pela palavra, cores, forma, gestos, expresso facial, smbolos. (MARTINS e ZILBERKNOP, 2000, p. 28) H trs tipos de citao: citao direta; citao indireta; citao de citao.

Citao direta - a transcrio literal de um texto ou parte dele, conservando-se a grafia, pontuao, uso de maiscula e idioma. A citao direta obedece s normas a seguir:

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Citao curta - Quando a citao tiver at trs linhas, deve ser includa no texto, com o mesmo tipo de letra, corpo e espaamento j utilizados no texto. O texto citado deve ser escrito entre aspas, apresentando-se o sobrenome do autor, o ano da publicao e a pgina de onde o texto foi extrado.

Comunicao etimologicamente significa tornar comum, trocar opinies. um processo de participao de experincias para que se torne patrimnio comum. (MEDEIROS, 2000, p. 161). ou, Comunicao, segundo Medeiros (2000, p.161), etimologicamente significa tornar comum, trocar opinies. um processo de participao de experincias para que se torne patrimnio comum.

Citao longa - Se a citao tiver mais de trs linhas, a transcrio deve observar os seguintes procedimentos: inicia com recuo de 4cm da margem esquerda e termina na margem direita. As linhas, a partir da segunda, so alinhadas na esquerda no mesmo recuo do pargrafo. Usa-se espao simples entre as linhas da citao e espaos duplos entre a citao e o texto. O tamanho da fonte utilizada no texto da citao 10.

Procurao, em linguagem jurdica, significa o instrumento do mandato, isto , o escrito ou documento em que se outorga o mandato e se explicitam os poderes conferidos. Por extenso, designa o prprio mandato. Assim, define-se como sendo o ttulo ou documento por meio do qual um indivduo, chamado mandante, confere a outra pessoa, chamado mandatrio, poderes para praticar atos em seu nome e por sua conta. A procurao pode ser particular ou por escritura pblica. Conforme os poderes, a procurao recebe vrios nomes: procurao ad judicia, procurao em causa prpria, procurao em termos gerais, procurao especial, procurao extrajudicial, procurao geral, procurao particular, procurao pblica, procurao insuficiente, e outras.(MEDEIROS, 2000, p.303)

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Citao indireta - a reproduo de ideias de um autor ou autores com palavras prprias do autor do trabalho. Por no ser transcrio literal, a citao indireta no colocada entre aspas nem em pargrafo distinto, devendo-se, porm, indicar a fonte de onde foi extrada. A citao indireta pode aparecer sob duas formas: a) parafraseada a reproduo das ideias de um autor com palavras prprias, devendo a citao manter aproximadamente o mesmo tamanho do texto original; b) condensada a sntese das ideias de um autor sem alter-las. Quando a citao apresentar algum erro tipogrfico ou tenha palavras ou expresses que no estejam claras, deve-se escrever entre colchetes e entre letras minsculas o termo sic [sic] logo aps a palavra ou expresso. Citao de citao - a referncia a um documento ao qual no se teve acesso, mas do qual se tomou conhecimento apenas por citao em outro trabalho. A indicao feita pelo nome do autor original, seguido da expresso apud e do nome do autor da obra consultada. Somente o autor da obra consultada mencionado como fonte. Segundo Pierre Guiraud apud Martins e Zilberknop (2000, p. 266), o contedo da expresso complexo, porque os sons servem nica e exclusivamente para comunicar. permitido omitir trechos na citao desde que no altere o sentido do texto ou da frase. So indicadas pelo uso de reticncias entre parnteses (...). Para que fique bem claro, usaremos um trecho do mesmo exemplo da citao longa.

Procurao, em linguagem jurdica, significa o instrumento do mandato (...) o ttulo ou documento por meio do qual um indivduo (...) confere a outra pessoa (...) poderes para praticar atos em seu nome e por sua conta. (MEDEIROS, 2000, p.303) Para destacar palavras ou frases em citao, usa-se o negrito seguido da expresso sem grifo no original entre colchetes, imediatamente aps a palavra ou frase negritada.

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3 COMO ELABORAR REFERNCIASA lista de referncias, ao final do trabalho, deve fornecer ao leitor as informaes precisas para facilitar a consulta. A apresentao das obras pesquisadas pode ser feita de duas maneiras: pelo sistema numrico contido no trabalho ou em ordem alfabtica do sobrenome dos autores. A escolha de uma forma exclui automaticamente a outra. A referncia pode figurar: no final de um texto ou em notas de rodap; no fim de texto ou de captulo; antecedendo resumos,resenhas e recenses.

As determinaes para a elaborao de referncias encontram-se na NBR 6023, de agosto de 2002, Caso o autor no seja identificado, no se deve utilizar a palavra annimo, faz-se a entrada diretamente pelo campo subsequente (normalmente o ttulo). A seguir, so apresentados os casos mais comuns de referncia, mostrando os campos que devem aparecer e cada caso e sua ordem.

3.1 LIVROS Obra de apenas um autor SOBRENOME DO AUTOR, Prenomes. Ttulo do Livro. Edio. Local: Editora, ano. Exemplo: KUHN, Thomas S.A estrutura das revolues cientficas. 2.ed. So Paulo: Perspectiva, 1987.

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Obra escrita por dois autores SOBRENOME DO AUTOR, (primeiro autor que aparece na publicao), Prenomes; nome do segundo autor. Ttulo do Livro. Edio. Local: Editora, ano. Exemplo: REALE, Giovanni; ANTISERI, Dario. Histria da filosofia. 2.ed. So Paulo: Paulinas, 1990. Obra com mais de trs autores Mencionam-se os trs primeiros autores que aparecem na publicao e, em seguida, coloca-se a expresso latina et al, que significa e outros, ou opta-se por indicar apenas o primeiro autor seguido da expresso et al. Autor repetido Substitui-se nas referncias subsequentes primeira, por um travesso equivalente a cinco espaos. Obs.: Se houver tradutor, o nome vem entre o ttulo e a edio, separado por ponto. Se o autor for o organizador da obra, ou coordenador, aparecer (Org.) ou (Coord.),

entre parnteses, aps o registro do nome do autor. O nmero do volume vem logo aps o ano da publicao, seguido de v. O ttulo da srie (Coleo, Cadernos, Srie, etc.) e o nmero da publicao na srie

aparecem entre parnteses, aps o ano, separado por ponto. Exemplo: DANTOLA, Arlete.(Org). Disciplina na escola: autoridade versus autoritarismo. So Paulo: EPU, 1989. (Temas bsicos de educao e ensino). Referncia de parte do livro o quando o autor do captulo tambm autor do livro SOBRENOME DO AUTOR DO CAPTULO, Prenomes. Ttulo do captulo. In:_____. Ttulo da obra. Edio. Local: Editora, ano. Pgina inicial-final do captulo utilizado.

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Exemplo: HAM, A. W. Microscopia e Biologia de Clulas. In: _____. Histologia. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 1977. p. 2-20. o quando o autor do captulo no o autor do livro

SOBRENOME DO AUTOR DO CAPTULO, Prenomes. Ttulo do captulo. Edio. Local: Editora, ano. Pgina inicial-final do captulo utilizado. Exemplo: ULIVI, Lucia Urbani. Bertrand Russel. In: ROVIGHI, S. Histria da Filosofia contempornea. So Paulo: Loyola, 1999, p.441-459.

3.2 MONOGRAFIAS, DISSERTAES E TESES SOBRENOME DO AUTOR, Prenomes. Ttulo do Trabalho. Local, ano. Dissertao (ou tese) (grau e rea) Unidade de Ensino, Instituio. Exemplo: MANZONI, Alessandro. Desenvolvimento de um Mdulo Dinmico para Simuladores de Ensino e Treinamento em Sistemas de Energia Eltrica Usando Programao Orientada a Objetos. Florianpolis, 1996. Dissertao (Mestrado em Engenharia Eltrica) Centro Tecnolgico, Universidade Federal de Santa Catarina.

3.3 ARTIGOS em peridicos SOBRENOME DO AUTOR do artigo, Prenomes. Ttulo do artigo. Ttulo do Peridico, local de publicao, nmero do volume, nmero do fascculo, pginas inicial e final do artigo, data (ms e ano).

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Exemplo: MATTOS, M. R. G. de; AZULAY NETO, Messod; CRISTSINELIS, M. F. Anistia Lei 8.874 contagem do tempo de afastamento para fins de aposentadoria. Sntese Trabalhista. Porto Alegre, v.87, ano VII, p.21-26, set. 1996. em anais SOBRENOME DO AUTOR do artigo, Prenomes. Ttulo do Artigo. In: NOME DO EVENTO (nmero do evento. data: local). Ttulo da publicao (Anais, Proceedings, etc.). Local de publicao: Editora. Pgina inicial-final do artigo. Exemplo: DECKER, I. C.; CASTRO, M. C.; VANTI, M. R. Melhoria da Segurana Dinmica de Sistemas de Energia Eltrica Utilizando Processamento Distribudo. In: SIMPSIO BRASILEIRO DE ARQUITETURA DE COMPUTADORES (10. Set. 1998: Bzios, Rio de Janeiro). Anais. Rio de Janeiro, 1998. p. 93-96. em jornal SOBRENOME DO AUTOR do artigo, Prenomes. Ttulo do Artigo. Ttulo do Jornal, local da publicao, data (dia, ms e ano), nmero ou ttulo do caderno, seo, suplemento, pgina(s) do artigo. Exemplo: FERREIRA, T. Plano Collor Acelera o Processo de Fuses e Compras de Empresas. Gazeta do Povo, Curitiba, 17 jun.1991.

3.4 RELATRIO OFICIAL NOME DA INSTITUIO. Ttulo do Relatrio. Local: Editora, ano. Exemplo: COMPANHIA VALE DO RIO DOCE. Relatrio Anual 1989. Rio de Janeiro, 1989.

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3.5 NORMA TCNICA RGO NORMALIZADOR. Ttulo, nmero da norma. Local, ano. Exemplo: ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. Referncias Bibliogrficas, NBR 6023. Rio de Janeiro, 1989.

3.5 LEIS, DECRETOS, ETC. LOCAL DE JURISDIO. Ttulo e nmero da lei, data. Ementa. Referenciao da publicao. Exemplo: BRASIL. Decreto-Lei n. 2423, de 7 de abril de 1988. Estabelece critrios para pagamento de gratificaes e vantagens pecunirias aos titulares de cargos e empregos na Administrao Federal direta e autrquicas e d outras providncias. Dirio Oficial da Repblica Federativa do Brasil, Braslia, v. 126, n. 66, p. 6009, 1988.

3.6 PROGRAMAS NOME DO PROGRAMA. EXTENSO. Verso. Ementa. Autor do programa, programador. Custdia. Local, data. Nmero e descrio do meio de disponibilidade. Dimenso do programa. Linguagem. Equipamento. Exemplos: UFPR. STL. Formatos para Edio de Textos. Emlio Carlos Boschilia. Universidade Federal do Paran, Biblioteca Central. Curitiba, 1990. 1 disquete 5 pol. Word 5.0. ou, SIMSP.EXE. Verso 1.0. Programa para a simulao da dinmica lenta de Sistemas de Energia Eltrica. Alessandro Manzoni. UFSC, EEL, LABSPOT. Florianpolis, fev. 1996. Projeto Orientado a Objetos, Linguagem C++, Compilador WATCOM.

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3.7 DOCUMENTOS E DADOS DA INTERNET Inicie pelo nome do autor do documento, quando existir; indique o endereo eletrnico entre da localizao na rede; cite a data de publicao do documento ou a data em que foi acessado.

Exemplo: CIVITAS. Coordenao de Simo Pedro P. Marinho. Desenvolvido pela Pontifcia Universidade Catlica de Minas Gerais, 1995-1998. Apresenta textos sobre urbanismo e desenvolvimento de cidades. Disponvel em: . Acesso em: 27 nov. 1998. ASPIS, Renata P. L. Avaliar humano, avaliar humaniza. Disponvel em: . Acesso em: 20 dez. 2001. CARLOS, Cssio S. (1997). As ideias do Norte. Disponvel em: . Acesso em: 13 ago. 1999. o Site

Exemplos: UNIVERSIDADE DE SO PAULO. Disponvel em: Acesso em: 30 ago. 2002 ASSOCIAO NACIONAL de Ps-Graduao em Educao. Disponvel em: Acesso em: 14 mai. 2003

Regras para fazer referncias de textos eletrnicos.

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o Material gravado em CD-ROM Exemplos: TIMBALADA. Carlinhos Brown e Wesley Rangel. n. 518068-2 Philips/ Polygram. s/l, s/d. 1 CD-ROM. ANAIS/RESUMOS da 53. Reunio Anual da SBPC. Salvador: SBPC, 2001. 1 CD-ROM. MARIA BONITA. Caetano Veloso. Fina estampa. Faixa 3, n. 522745-2 Polygram. s/d. 1 CD-ROM.

Exerccios de Fixao1) Tema e assunto so a mesma coisa? 2) Como devo proceder para definir um tema? 3) Delimite o tema a partir das expresses: a) Desenvolvimento sustentvel b) Acessibilidade c) tica e responsabilidade 4) Tendo delimitado os temas (questo 3), estabelea o problema. 5) Qual a diferena entre um objetivo geral e os objetivos especficos, no projeto? 6) Qual a funo da justificativa, no projeto?

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7) O que so hipteses? 8) Que hipteses voc levantaria, no seu projeto de pesquisa, a partir das questes 3 e 4? 9) Suponha que voc dever elaborar uma pesquisa sobre tica e responsabilidade e a opo de embasamento terico foi por uma reviso histrica. Faa um esquema de como ser a pesquisa. 10) Qual a diferena entre bibliografia e referncias? 11) TICA o estudo dos juzos de apreciao que se referem conduta humana susceptvel de qualificao do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente determinada sociedade, seja de modo absoluto. Dicionrio Aurlio Buarque de Holanda) Transforme essa citao indireta condensada em citao indireta prafraseada. 12) Seguindo as normas da ABNT, faa as seguintes referncias: a) Em setembro de 2006, pesquisando via Internet, encontrei o texto Avaliar humano, avaliar humaniza, escrito por Renata P. L. Aspis. Observei que o site a que se liga a pgina e seu assunto geral era: www.cbfc.com.br/reflexo.htm b) Para uma pesquisa em filosofia, usei um dicionrio da Edies Melhoramentos, elaborado por Nicolau Firmino. A publicao do Dicionrio latino-portugus ocorreu em 1953 e j estava na sua 4 edio. A Melhoramentos uma editora paulistana. c) Para uma pesquisa sobre empresas de sucesso, usei a revista Exame|Voc S/A, edio especial, sobre as melhores empresas para voc trabalhar. Nela encontrei uma pgina muito interessante, escrita por Maurcio Oliveira, intitulada Valorizao da prata da casa. A revista de 2004, editora Abril e o texto est pgina 119. A localizao da editora para voc pesquisar. d) Tambm usei em minha pesquisa a faixa de nmero 10, do CD do Chico Buarque. O CD tem por ttulo Minha histria, recebeu o nmero 836272-2, da Polygram e foi lanado em 1995.

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Sntese da UnidadeNesta unidade estudamos como elaborar um projeto de pesquisa. Identificamos e observamos as caractersticas de cada uma das etapas do projeto. Estudamos como estruturar citaes e referncias, de acordo com o que estabelecem as normas da Associao Brasileira de Normas Tcnicas. Na quarta unidade, estudaremos como elaborar e apresentar graficamente um relatrio de pesquisa.

Exerccios Propostos1) Coloque (V) para as afirmativas verdadeiras e (F) para as falsas. A seguir, assinale a alternativa correta: A ( ) O projeto cientfico serve de base para o trabalho acadmico; B C D E ( ) O tema, geralmente, amplo e