Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

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Módulo: METODOLOGIA CIENTÍFICA Mestrado EDUCAÇÃO E BIBLIOTECAS (2007/09) Alcina Manuela de Oliveira Martins DEPARTAMENTO DE C. DA EDUCAÇÃO E DO PATRIMÓNIO Universidade PORTUCALENSE

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Módulo: METODOLOGIA CIENTÍFICA

Mestrado EDUCAÇÃO E BIBLIOTECAS(2007/09)

Alcina Manuela de Oliveira MartinsDEPARTAMENTO DE C. DA EDUCAÇÃO E DO PATRIMÓNIOUniversidade PORTUCALENSE

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BIBLIOGRAFIA ACONSELHADAAzevedo, M. (2000). Teses, relatórios e trabalhos escolares. Sugestões para estruturação da escrita. Lisboa: Universidade Católica Editora. Bell, J. (1997). Como realizar um projecto de investigação. Lisboa: Gradiva.

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Bisquera, R. (1989). Métodos de Investigação Educativa: Guia Pratica. Barcelona: CEAC, S. A.

Burgess, R. (1997). A pesquisa de terreno. Oeiras: Celta.

Carvalho, J. (1994). A Metodologia nas Humanidades. Subsídios para o trabalho científico. Mem Martins: Inquérito.

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BIBLIOGRAFIA ACONSELHADA Ceia, C. (1997). Normas para apresentação de trabalhos científicos. 2ª ed. Lisboa:

Presença.

Cervo, A. L. & Bervian, P.A. (1996). Metodologia Cientifica. 4ª ed. São Paulo: Makron Books.

Deshaies, B. (1997). Metodologia da investigação em Ciências Humanas. Lisboa: Instituto Piaget.

Erasmic, T. & Lima, L. (1989). Investigação e Projectos de Desenvolvimento em Educação. Braga: Universidade do Minho

Lima, M. (2000). Inquéritos sociológicos. Problemas de metodologia. 5ª ed. Lisboa: Presença.

.

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BIBLIOG. ACONSELHADA

Foddy, W. (1996). Como perguntar: Teoria e prática da construção de perguntas em entrevistas e questionários. Oeiras: Celta Editora.

Ghiglione, R.& Matalon, B. (1992). O inquérito. Oeiras: Celta Editora

Gil, C. (1991). Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. S. Paulo: Atlas Editora.

Hill, M. & A. Hill ( 2005). Investigação por questionário. 2 ed. Lisboa:

Sílabo.

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BIBLIOG. ACONSELHADA Lessard-Hébert, M. (1996). Pesquisa em Educação. Lisboa: Instituto

Piaget

Quivy, R.& Camenhoudt, L. V. (1998). Manual de investigação em Ciências Sociais. 2ª ed. Lisboa: Gradiva.

Hamel, J., Dufour, S. & Fortin, D. (1993). Case Study Methods. Sage publications.

Tuckman, B. W. (2002). Manual de Investigação em Educação. 2ª ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.

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realizar a investigação

formular a pergunta

interpretar resultados

divulgar resultados

Como fazer investigação?METODOLOGIA

METODOLOGIA

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Metodologia científica: definição É um conjunto de abordagens, técnicas e processos

utilizados pela ciência para formular e resolver problemas de aquisição objectiva do conhecimento, de uma maneira sistemática.

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Do ponto de vista da sua etimologia investigar provem do latim in (en) e vestigare (falar, inquirir, indagar…) o que conduz ao conceito mais elementar de “descobrir ou averiguar alguma coisa, explorar”.

Desta forma poder-se-ia considerar um investigador como uma pessoa que se dedica a uma actividade de busca (procura) independentemente da sua metodologia, propósito e importância.

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O que é investigar? ☻ Para Minayo (1993, p. 23) a investigação é uma

“actividade básica das ciências na sua indagação e descoberta da realidade. É uma atitude e uma prática teórica de constante busca que define um processo intrinsecamente inacabado e permanente. É uma actividade de aproximação sucessiva da realidade que nunca se esgota, fazendo uma combinação particular entre teoria e dados”

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Como diz o provérbio Tuaregue “se não souberes para onde queres ir, arriscas-te a levar muito tempo a lá chegar”

O que é investigar?

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Segundo Herman (1983, p. 5) a metodologia é um conjunto de directrizes que orientam a investigação científica

O que é investigar?

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Para Gil (1999, p. 42) a investigação tem um carácter pragmático, é um “processo formal e sistemático de desenvolvimento do método científico. O objectivo fundamental da investigação é descobrir respostas para problemas mediante o emprego de procedimentos científicos”.

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O que é investigar? ☻É acima de tudo: um processo sistemático e honesto, que

procura a verdade contida num problema devidamente delimitado, no qual tem que ser entendido ou corrigido à luz da correcta interpretação de informação relevante, com o fim de contribuir para o progresso e bem estar da humanidade.

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O que é investigar? A Investigação é como um bom crime

1….. é um processo premeditado... 2. ...intencional... 3. ...exige análise fria da situação actual... 4. ...escolha fundamentada do melhor método...

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O que é investigar?

5. ...requer resultados... 6. ...deve poder ser desmontado... 7. ...requer interpretações 8. ...sai nas notícias.

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O que é um mestrando em fase de dissertação?Características primárias.

Um sujeito que conhece os preços de fotocopiadoras domésticas

Um habitué de lojas de fotocópias Um sujeito que tem o telefone particular do dono da

loja de fotocópias Um sujeito capaz de negar uma fotocópia aos seus

próprios filhos para poupar tinta

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O que é um mestrando em fase de dissertação ?Características secundárias.

Um sujeito pouco propenso a discutir assuntos importantes da vida

Um sujeito que resmunga enquanto conduz

Um sujeito que não resmunga com o condutor da frente mas com o orientador

Um sujeito que perdeu interesses e se esqueceu de pagar as quotas do clube

Um sujeito que se esqueceu que era casado

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Um sujeito que amaldiçoa a hora em que se meteu nisto

- Um sujeito que não sabe em que “isto” é que se meteu

- Um sujeito que não consegue acabar “isto”

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PROBLEMAS DE MÉTODO

Quando um investigador sente grandes dificuldades no seu trabalho, as razões são quase sempre de ordem metodológica, no sentido que damos ao termo.

☻ Na investigação social Importa acima de tudo que o investigador seja capaz de conceber um método de trabalho.

E nunca apresentar uma soma de técnicas

☻ É ao conjunto de procedimentos que compõem um projecto de investigação que chamamos MÉTODO

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PROBLEMAS DE MÉTODO

Ouvimos então questões como: “não faço a mínima ideia do que hei-de fazer para continuar” ou “tenho muitos dados mas...não sei o que fazer com eles” ou até mesmo “não sei bem por onde começar”.

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PROBLEMAS DE MÉTODO

Assim: ☻ É importante não distorcer os dados para confirmar a(s)

hipótese(s) que teimamos em manter

☻ Referir as perspectivas divergentes

☻ Não citar directamente uma obra não consultada ☻ Ter sempre a consciência de que nenhum dado é definitivo. Um

testemunho válido num dado momento deixa de o ser assim que mudam as competências do investigador

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☻ O receio de iniciar mal o trabalho pode levar algumas pessoas a andarem às voltas durante bastante tempo,

☻ Uma investigação é, por definição, algo que se procura.

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☻ A busca da verdade científica pressupõe uma verificação cuidadosa do objecto de estudo:

☻ Uma crítica séria ☻ E coerência lógica

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Conceito de teoria

Uma teoria é uma explicação do como, do porquê e das

condições do funcionamento de um determinado fenómeno.

“Uma teoria é um conjunto de conceitos, definições e

proposições inter-relacionados que representam uma visão

sistemática de um fenómeno através da especificação da

relação entre variáveis, com o propósito de explicar e predizer o

fenómeno” (Kerlinger, 1973).

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características da teoria

Modo de articulação dos elementos necessários à compreensão do fenómeno

Estrutura coerente de explicação de um fenómeno

Conhecimento testável sobre um fenómeno

Estrutura transitória de conhecimento

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razões para fazer Investigação... 1. Aumentar o conhecimento disponível numa ciência ou

numa prática profissional

2. Aumentar a troca de informação dentro de uma comunidade

3. Fundamentar e questionar as práticas profissionais

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razões para fazer Investigação 4. Aumentar o espírito crítico relativamente ao

conhecimento

5. Aumentar o reconhecimento e a credibilidade de uma área científica ou profissão

6. Inovar e promover o desenvolvimento técnico

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Etapas da investigação científica1 - Escolha do tema

2 - Planeamento da investigação

Redacção do projecto de investigação

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Etapas da investigação científica1 - Escolha do tema

2 - Planeamento da investigação

3 - Recolha e armazenamento de informações (observação, experimentação)

4 - Análise dos resultados, elaboração das conclusões

5 - Divulgação dos resultados

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1 - Escolha do tema Confie nas suas ideias Tente não ser excessivamente influenciado. A

investigação é sua. Seja realista sobre o tempo que está disposto a dedicar

ao projecto de investigação.

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utilização da Internet

1 - Escolha do tema Pesquisa bibliográfica

levantamento de trabalhos já realizados sobre o mesmo tema, num determinado período - nível geral x nível específico

levantamento dos métodos e técnicas a serem utilizadas na investigação realizada com metodologia específica e utilizando publicações e bases de dados especiais (índices)

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(apresentar um alto grau de interesse/satisfação ao investigador).

1 - Escolha do tema O tema escolhido deve

representar uma questão relevante, cujo melhor modo de solução se faz por meio de uma investigação científica

Os dados que a investigação exige podem ser realmente obtidos?

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2 - Planeamento da investigação Investigadores, técnicos e suas atribuições no projecto Materiais a serem utilizados: equipamentos, material

de consumo, etc., estão ou serão disponíveis ao longo da investigação?

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2 - Planeamento da investigação Como serão recolhidos, armazenados e analisados os

dados: tamanho da amostra, tratamento dos dados, testes estatísticos a serem utilizados.

Cronograma de desenvolvimento: quais as metas atingidas em que momentos ao longo do projecto?

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3 - Recolha e armazenamento de informações

Realização de estudos observacionais (aplicação de questionários, estudos de campo, registro de dados exploratórios, etc.)

Realização de estudos experimentais (manipulação das variáveis de estudo, recolha de resultados)

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Ao orientador apenas compete sugerir, aconselhar e dar directrizes.

Lembrar que o orientador (a) não é a única pessoa que o pode ajudar.

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Como a presença do orientador é uma IMPOSIÇÃO científica, deveremos criar meios que possibilitem esta relação.

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A primeira é o professor escolher o aluno, directamente ou por meio de um processo selectivo; a segunda é o aluno escolher o orientador.

A escolha de um bom orientador é fundamental para o sucesso do trabalho científico.

Um bom orientador com um bom aluno é o ideal, um bom orientador com um mau aluno é tolerável, mas um mau orientador com um mau aluno é uma combinação que não funciona.

Assim cabe ao bom professor e ao bom aluno fazerem a selecção mútua de forma adequada.

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Não se esqueça que o mesmo orientador pode ser um mau orientador para um aluno e um bom orientador para outro.

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EM QUE CONSISTE? ☻ Toda a investigação deve iniciar-se com uma

pergunta de partida, que deve ser enquadrada de forma científica.

☻A pergunta deve ser apresentada de modo claro, lúcido e preciso. Não pode haver resposta clara a uma pergunta obscura

Formular a pergunta de partida

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☻ O objectivo do aluno deve ser bem definido, isto é, deve revelar o que deseja investigar especificamente.

☻ É necessário delimitar o tempo e o espaço ☻ Deve-se evitar a formulação de mais de uma pergunta,

já que cada nova pergunta gera novas variáveis, surgindo, daí, o naufrágio da investigação, se o investigador decidir responder a todas num único trabalho.

formular a pergunta de partida

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Depois de definido o tema, levanta-se uma questão (Pergunta de Partida) para ser respondida através de uma (ou mais) hipótese(s), que será (ão) confirmada (s) ou negada (s) através do trabalho de investigação.

formular a pergunta de partida

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Deve estabelecer uma relação entre duas ou mais variáveis; (Ex: os rapazes têm mais QI(s) superior a 120 do que as raparigas? Está a envolver uma relação entre as variáveis sexo e QI)

☻ Deve se clara e objectiva; ☻ Deve ser formulada em forma de questão (Ex: Há uma relação entre background social e a taxa de abandono escolar? ☻ Deve ser susceptível de solução ☻ Nunca deve referir-se a valores morais ou éticos

formular a pergunta de partida

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Critérios para a selecção de uma PP

Praticabilidade: O estudo que quer realizar está dentro dos limites

dos seus recursos e constrangimentos temporais? Tem acesso à amostra necessária e ao número de

elementos requeridos? Há possibilidades de encontrar uma resposta para

a Pergunta de Partida? A metodologia exigida está disponível e é

compreensível?

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Critérios para a selecção de uma PP

Amplitude crítica: A Pergunta de Partida tem um alcance e magnitude

suficientes para conseguir o que o motivou? Há variáveis suficientes? E resultados potenciais? Assunto para escrever?

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Critérios para a selecção de uma PP

Interesse: Está interessado na área da Pergunta de Partida, na Pergunta de Partida especificamente, na potencial solução?

Está relacionado com a sua experiência anterior? Com a sua carreira? Entusiasma-o? Aprenderá coisas úteis com a sua realização?

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Critérios para a selecção de uma PP

Valor teórico: O estudo preenche uma lacuna na literatura? Será a sua importância reconhecida ? Irá contribuir para o avanço do seu campo científico? É viável a sua publicação?

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Critérios para a selecção de uma PP

Valor prático: A solução da Pergunta de Partida vai melhorar a

prática na sua área? Estão os técnicos dessa área interessados nos

resultados? A sua prática terá probabilidade de mudar em

consequência deste estudo?

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HIPÓTESES

Hipótese é sinónimo de suposição. Neste sentido, hipótese é uma afirmação categórica (uma suposição), que tenta responder à Pergunta de Partida levantada no tema escolhido a investigação.

É uma pré-solução para a Pergunta e Partida levantada. O trabalho de investigação, então, irá confirmar ou negar a hipótese (ou suposição) levantada.

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HIPÓTESES

A HIPÓTESE DE PESQUISA:

a expectativa do investigador, incluindo a expectativa

sobre quais os resultados que serão obtidos.

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HIPÓTESES

ex:

os rapazes têm mais força que as raparigas;

para as crianças do 2º ciclo as recompensas físicas (medalhas, t-shirts) são

mais efectivas que o elogio no aumento da performance motora,

enquanto que no 3º ciclo o elogio é mais efectivo.

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HIPÓTESES

A HIPÓTESE ESTATÍSTICA:

a relação formal entre variáveis de modo a poder

submetê-la a questionamento estatístico.

a Hipótese Nula H0 a Hipótese Alternativa H1

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OS OBJECTIVOS DA INVESTIGAÇÃO

Os objectivos de um trabalho devem ser sempre expressos no verbo de acção:

Objectivos Gerais Estão ligados a uma visão global e abrangente do tema. Relaciona-se com

o conteúdo intrínseco, quer dos fenómenos e eventos, quer das ideias estudadas. Deve iniciar com um verbo de acção

Objectivos específicos Apresentam um carácter mais concreto. Têm função intermediária e

instrumental, permitindo por um lado atingir o objectivo geral e, por outro, aplicá-lo a situações particulares.

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OS OBJECTIVOS DA INVESTIGAÇÃO Exemplos aplicáveis a objectivos: Quando a investigação tem o objectivo de conhecer: Apontar, citar, classificar, conhecer, definir, descrever, identificar,

reconhecer, relatar; Quando a investigação tem o objectivo de compreender: Compreender, concluir, deduzir, demonstrar, determinar, diferenciar,

discutir, interpretar, localizar, reafirmar; Quando a investigação tem o objectivo de aplicar: Desenvolver, empregar, estruturar, operar, organizar, praticar,

seleccionar, traçar, optimizar, melhorar;

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OS OBJECTIVOS DA INVESTIGAÇÃO Quando a investigação tem o objectivo de analisar: Comparar, criticar, debater, diferenciar, discriminar, examinar,

investigar, provar, ensaiar, medir, testar, experimentar; Quando a investigação tem o objectivo de sintetizar: Compor, construir, documentar, especificar, esquematizar, formular,

produzir, propor, reunir, sintetizar Quando a investigação tem o objectivo de avaliar: Argumentar, avaliar, contrastar, decidir, escolher, estimar, julgar,

medir, seleccionar

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Exemplo TEMA: Abandono escolar (estudo de caso na escola Y) Pergunta de Partida Na sociedade pós-moderna, onde a educação é a base da

integração no mundo global o que leva o aluno a abandonar a escola?

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Hip. 1 – O abandono da escola é de natureza intrínseca ao aluno;

Hip. 2 – Os alunos abandonam a escola por razões inerentes ao curriculum;

Hip. 3 – Os alunos abandonam a escola por razões inerentes à transição sócio-geográfica.

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Objectivo Geral

Tentar compreender o porquê da existência de uma significativa taxa de abandono escolar na escola y

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Objectivos específicos Realizar uma abordagem por geração, no sentido de

acompanhar o percurso escolar dos alunos inscritos num determinado ano

Verificar a taxa de abandonos e a taxa de sucessos, tentando simultaneamente caracterizar o perfil do aluno em cada uma destas características de análise;

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TEMA As Bibliotecas escolares

Pergunta de Partida Os recursos humanos e materiais das bibliotecas

escolares têm impacto nas atitudes dos alunos face à leitura e nos resultados obtidos em testes de aferição?

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Pergunta de Partida

Em que aspecto podem as Bibliotecas escolares apoiar a aprendizagem dos alunos?

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Pergunta de Partida De que formas estão as bibliotecas escolares a lidar

com as múltiplas faces da literacia no mundo contemporâneo?

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Pergunta de Partida A formação dos alunos como efectivos utilizadores de

recursos de informação está a ser incluida nos programas e planos de actividades das bibliotecas escolares?

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Pergunta de Partida Os professores bibliotecários deveriam ser

especificamente formados nas áreas de gestão e liderança de políticas de literacia, em estreita colaboração com as comunidades educativas?

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Pergunta de Partida Como podem as bibliotecas apoiar a Escola nas suas

tarefas de promoção da inclusão social?

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Pergunta de Partida Como rentabilizar/optimizar os recursos da biblioteca

escolar, com especial ênfase da internet, através da pesquisa, visando a construção do conhecimento nas escolas do 2º e 3º ciclos dos concelhos de Vila Nova de Paiva e Sátão?

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Hipóteses Hip. 1 – Estas bibliotecas apresentam condições fisicas

e humanas satisfatórias para os alunos e professores que as frequentam

Hip. 2 – Existe uma perfeita articualção entre os recursos educativos, a pesquisa escolar e o conhecimento.

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Objectivo Geral:

Valorizar/rentabilizar a integração dos recursos da biblioteca, visando a dinamização da pesquisa escolar como o meio privilegiado para a construção do conhecimento nas escolas dos 2º e 3º ciclos dos concelhos de Vila Nova de paiva e Sátão.

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Objectivos Específicos Reflectir na importãncia que a biblioteca escolar poderá

assumir na diversificação de estratégias e meios de apoiar o processo ensino-aprendizagem;

Verificar das condições de uso das bibliotecas pelos alunos e professores

Detectar o processo em que decorre a pesquisa escolar.

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TÍTULO O(s) lidere(s)/gestor(es) escolares e o desenvolvimento/construção

do clima e cultura organizacionais - que papel? (Estudo de caso)

Pergunta de Partida O grau de satisfação e bem-estar dos diferentes actores educativos é

um factor importante na construção de um clima de interajuda e corresponsabilização nos Estabelecimentos de Ensino?

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HIPÓTESES Hip. 1 – Um estilo de liderança transformacional promove o

desenvolvimento de um clima de satisfação e bem-estar; Hip. 2 – Um clima de liderança transformacional permite o

desenvolvimento de uma cultura de participação; Hip. 3 – Um estilo de liderança transformacional permite o

desenvolvimento de uma cultura de interajuda e corresponsabilização.

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OBJECTIVO GERAL Saber até que ponto existe ou não um clima de

interajuda e corrresponsabilização com o grau de satisfação/insatisfação entre os diferentes actores educativos

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Objectivos Específicos

Identificar as razões que pesam nas decisões dos professores e funcionários de permanecerem ou não no Estabelecimento de Ensino;

Conhecer as diferenças entre os níveis e tipos de participação dos diferentes actores educativos;

Verificar a relação entre o estilo de liderança d(s) director(es)/gestor(es) e o clima e cultura organizacionais evidenciados

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GULA LIVRESCA A “gula livresca” ou estatística consiste: Em “encher a cabeça” com uma grande quantidade de livros, artigos ou

dados numéricos, esperando encontrar aí a luz que permitirá precisar correctamente e de forma satisfatória o objectivo e o tema do trabalho que se deseja efectuar.

☻O excesso de leituras mal direccionadas resulta numa abundância de dados recolhidos que depois não são utilizados

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GULA LIVRESCA Deve-se então seleccionar as leituras de forma criteriosa.

Por outras palavras, ao planear uma investigação, precisamos de encontrar e ler a literatura mais relevante.

☻ É preferível ler de modo aprofundado e crítico alguns textos bem escolhidos do que ler superficialmente milhares de páginas.

☻ Na escolha da bibliografia deve-se escolher a edição mais recente

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Devem constar do Levantamento Bibliográfico, prioritariamente, livros, teses, monografias e artigos de periódicos científicos encontrados nas bibliotecas

☻ Devemos regularmente fazer alguns intervalos para reflectir e trocar opiniões com outras pessoas

GULA LIVRESCA

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EXEMPLOS DE CITAÇÃO DAS NORMAS APA (AMERICAN PSYCHOLOGICAL ASSOCIATIN)

1)     Livro de um único autor Pais, José (2001). Ganchos, tachos e biscates: Jovens,

trabalho e futuro .Porto: Âmbar.

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EXEMPLOS DE CITAÇÃO DAS NORMAS Até seis autores:

Costa, Mário; Martins, Vitorino; Magalhães, Teresa; Nóvoa, António; Reis, João & Medeiros, Bernardo (1999).O mito da neutralidade científica. Lisboa: Imago.

  Mais de seis autores: Bairrão, João et. al. (1998). Os alunos com Necessidades Educativas Especiais:

subsídios para o sistema de Educação. Lisboa: Conselho Nacional de Educação.     (et. al.) = (e outros)

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EXEMPLOS DE CITAÇÃO DAS NORMAS 2)     Livro Organizado por ...   Nóvoa, António & Popkewitz, T. (Org.). (1992). Reformas

educativas e Formação de Professores. Lisboa: Educa.

  Silva, Augusto. & Pinto, José (Org.). (1999). Metodologia das

Ciências Sociais. 10ª ed. Porto: Afrontamento.    

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EXEMPLOS DE CITAÇÃO DAS NORMASFerreira, Virgínia (1999). O inquérito por questionário na

construção de dados sociológicos. In Augusto Silva & José Pinto (Org.). Metodologia das Ciências Sociais. 10ª ed. (pp.166-196). Porto: Afrontamento..

Machado, Carlos (2002). Abuso sexual de crianças In Carlos Machado & Rui Machado (Coord.). Violência e vítimas de crime (pp. 41-93). Coimbra: Quarteto.

.

Page 82: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

Garcia, Carlos. (1992). A formação de professores: novas perspectivas baseadas na investigação sobre o pensamento do professor. In António Nóvoa (ed.). Os professores e a sua formação (pp. 23-45). Lisboa: D. Quixote.

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3) Capítulo ou artigo, traduzido para a língua portuguesa, de uma série de múltiplos volumes.

Bausola, Alberto (1999). O Pragmatismo (A. P.

Capovilla, Trad.). In S. Vanni Rovighi (Org.). História da Filosofia Contemporânea. Do século XIX à Neoescolástica (Vol. 8, pp. 459-471). São Paulo: Loyola. (Original publicado em 1980).

Page 84: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

EXEMPLOS DE CITAÇÃO DAS NORMAS 4) Livro Traduzido para Português Bourdieu, Pierre (2004). Para uma sociologia da

ciência (P. E. Duarte, Trad.).Lisboa: Edições 70. (Original publicado em 2001)

Page 85: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

5)     Texto Publicado em Enciclopédia

Stroll, Antonny (1990). Epistemology. In The new encyclopedia Britannica (Vol.18,pp.466-488). Chicago: Encyclopedia Britannica.

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6) Trabalho apresentado em Congresso, mas não-publicado

Massimi, Marina (2000, Outubro). Identidade, tempo e profecia na visão de Padre

Antônio Vieira. Trabalho apresentado na XXX Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Psicologia. Brasília. Brasil.

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7) Trabalho apresentado em Congresso com resumo publicado em Anais

Pantano, António (1997). Epistemología, Historia y Psicología [Resumo]. Em Sociedade Interamericana de Psicologia (Org.). Resumos/Abstracts, XXVI Congresso Interamericano de Psicologia (p. 85). São Paulo: SIP.

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8)Trabalho apresentado em Congresso e publicado em Anais

Campos, Rodolfo & Lourenço, Eduardo (1998). Psicologia da criança e direitos humanos no pensamento do Instituto Jean-Jacques Rousseau – Genebra –1912-1940. In Faculdade de Educação da UFMG (Org.), Anais, V Encontro de Pesquisa da FAE (pp. 154-166). Belo Horizonte: Faculdade de Educação da UFMG.

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9) Teses ou Dissertações não-publicadas

Correia, Fernanda (2004). Inclusão de alunos com deficiência mental na escola regular: que obstáculos? Porto: Universidade Portucalense (Dissert. de Mestrado policop.).

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10) Obra Antiga e Reeditada em Data Posterior

Descartes, René (1989). Les passions de l'âme. Em F. Alquié (org.), Oeuvres philosophiques de Descartes. Tome III (pp. 939-1103). Paris:

Bordas. (Original publicado em 1649).

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11- Autoria Institucional

American Psychological Association (1994). Publication manual.4ªed. Washington: Autor.

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Obras consultadas em Indexadores Electrónicos.

Tedesco, João (1999). O novo pacto educativo. Educação, competitividade e cidadania na sociedade moderna [consulta 10 Fevereiro 2007]. Disponível em: <http://www. fbc. binghamton. edu/iwtrajers.html>.

Page 93: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

PERIÓDICOS

12) Artigo de Revista Científica

Themudo, Marina (2004). Da letra e do número: sobre o ensino da língua e da matemática. Revista Lusófona de Educação, 3, 13-22.

Page 94: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

13) Artigo de Revista Científica ordenada por Fascículo

Citar, como no caso anterior, e acrescentando o número do fascículo, entre parênteses, sem sublinhar, imediatamente após o número do volume:

Dunaway, Dinnis (1991). The oral biography. Biography, 14 (3), 256-266.

Page 95: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

14) Artigo de Revista Científica no Prelo

No lugar da data, indicar que o artigo está no prelo. Não referir data, volume, fascículo ou páginas até que o artigo seja publicado. No texto, citar o artigo indicando, entre parênteses, que está no prelo.

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15) Comunicação Pessoal Carta, mensagem electrónica, conversa

telefónica ou pessoal podem ser citadas, mas apenas no texto, apresentando as iniciais e o apelido do emissor e a data completa. Não inclua nas referências.

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16) Web Site ou Homepage: Para citar um Web Site ou Homepage na íntegra, incluir

o endereço no texto. Não é necessário listá-lo nas Referências. Exemplo: www.uid-opece.net

  Tedesco, João (1999). O novo pacto educativo.

Educação, competitividade e cidadania na sociedade moderna [consulta em 10/02/2007]. Disponível em: <http://www. fbc. binghamton. edu/iwtrajers.html>.

Page 98: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

17) Artigos Consultados em Indexadores Electrónicos

Mello Neto. (2000). A psicologia social nos tempos de S. Freud. Psicologia: Teoria e Pesquisa, Agosto

2000, 16 (2), 145-152. [ consulta em 28/06/2001, do SciELO (Scientific Eletronic Library Online)] Disponível em: <http://www.scielo.br/ptp .

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18) Resumos Consultados em Indexadores Electrónicos

Fornari, António (1999). Las experiencias de pasividad como desafío a la razón[Resumo]. Cadernos de Psicologia, 9 (1). [consulta em 28/06/2000]

Disponível em: <http://www .psi.fafich.ufmg.br/cadernos/volume 9.htm.

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FICHAS DE LEITURA A fichagem pressupõe todo o trabalho realizado no

sentido de encontrar o tema de investigação assim como as fontes/bibliografia iniciais que permitam fazer desde logo um balanço prospectivo.

A memória humana é limitada. Alguém que, durante uma investigação de 1 ou 2 anos leia

algumas dezenas de artigos de periódicos, livros, monografias, teses, etc. certamente não será capaz de se lembrar em qual trecho de um texto estava a informação.

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FICHAS DE LEITURA Na verdade, esta pessoa provavelmente esqueceria

muitas informações importantes se não as registrasse.

Mas fazer anotações sem método também pode não resolver o problema

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FICHAS DE LEITURA

É preciso organização, pois de nada adianta fazer anotações se no momento de redigir a não se souber onde elas estão.

A fichagem é uma técnica de investigação que permite a organização de uma grande quantidade de informação que, de outra forma, seria muito mais difícil de manusear.

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FICHAS DE LEITURA As fichas bibliográficas A ficha bibliográfica é fundamental e deve ser elaborada

logo que iniciamos uma consulta. Acontece com demasiada frequência passar-se uma tarde a transcrever ou a resumir uma obra sem nos lembrarmos do autor. Só mais tarde, nos damos conta que uma obra não identificada é uma obra perdida

Page 104: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

FICHAS DE LEITURA O ficheiro por autores não deve nunca ser preterido. É o

elemento sem o qual não podemos trabalhar.

As fichas por autor dividem-se em fichas de livros e fichas de artigos

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As fichas bibliográficas

EXEMPLO Pedro, A. (2002).

Percursos de uma educação em valores em Portugal: influências e estratégias. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.

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Fichagem ideográfica Este tipo de fichas constitui a ferramenta com a qual

elaboramos o trabalho. Nela registamos os vários elementos que mais tarde conduzirão à redacção.

Cada estudante deve saber o que pretende das suas leituras. Mas a título de exemplo podemos mencionar os seguintes aspectos:

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Fichagem ideográfica 1) Citação integral de um excerto que considere importante. Neste caso, todo o cuidado é pouco. Não deve haver falhas 2) Resumo de um parágrafo, capítulo, etc. 3) Anotação de ideias sugeridas pela leitura. Além disso, não menos importante é anotar sempre a página ou

páginas objecto da nossa atenção. Ficha não paginada é uma ficha inutilizada, em termos de citação.

Page 108: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

Fichagem ideográfica Outro cuidado é a remissão da referida ficha para a obra

onde foi retirada.

Pode ainda fazer-se a ficha através da cola e tesoura

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MEIOS DE COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO CIENTÍFICA

Artigo científico ☻ Os Artigos são comunicações escritas, publicadas em revistas

especializadas, com o objectivo de divulgar junto à comunidade científica os resultados, ainda que parciais, de investigações numa área específica.

☻ Os artigos não costumam ser muito extensos, variando entre as 10 e as 30 páginas, no máximo.

☻ Quem define o tamanho máximo de um artigo e a sua formatação básica é a revista na qual ele será publicado

Page 110: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

Escrever um artigo A Bibliografia Aplique um sistema normalizado de referenciação (APA).

Seleccione a bibliografia que referenciará no texto do artigo, a partir de critérios de eficácia.

Utilize preferencialmente estudos recentes, seleccionados com ponderação.

Page 111: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

Escrever um artigo Utilize as referências para sustentar as suas afirmações

ou opções metodológicas.

Considere a sua lista de bibliografia a partir da posição teórica que adopta.

Remeta o leitor para obras básicas sempre que necessário, sem perder tempo em descrevê-las.

Page 112: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

Escrever um artigoPadrões éticos O autor ou autores são responsáveis pelo seu trabalho,

para o bem e para o mal.

Todos os dados e resultados correspondem à verdade. Não são fabricados dados.

Os erros detectados devem ser prontamente corrigidos.

Page 113: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

Escrever um artigo É absolutamente interdito o plágio. Plágio refere-se

à cópia de partes de trabalhos de outros autores, mesmo que estes sejam citados ocasionalmente.

A ordem de autoria reflecte exactamente o papel de cada autor na pesquisa e não a hierarquia da relação entre autores.

Page 114: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

Escrever um artigo Como avaliar a qualidade de um artigo ? - O assunto é enquadrável na linha editorial do periódico ? - O estudo está bem fundamentado e utiliza bibliografia

credível ? - O objectivo e hipóteses são claros ? Não existe

ambiguidade teórica e conceptual ?

Page 115: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

Escrever um artigo A Metodologia é clara e exaustiva ? - Os resultados são claramente apresentados e a

estatística usada é adequada ? - A Discussão é suficiente, sólida e não especulativa ? - O artigo não se dispersa para além do essencial ? - As normas adoptadas foram integralmente cumpridas ?

Page 116: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

Escrever um artigo A Discussão dos Resultados Discutir os resultados é essencialmente compará-los com as

expectativas (hipóteses) iniciais.

Contudo, a discussão exige interpretação e, tanto quanto possível, inferência.

A reflexão teórica (contributos para o aperfeiçoamento ou delimitação da teoria) é desejável.

Page 117: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

Escrever um artigo Se a apresentação de resultados for seguida de uma discussão

muito restrita pode optar por agregar os

Resultados e Discussão. Seja claro na Discussão, apresentando as suas principais

descobertas no início deste capítulo. Compare as suas interpretações com as de outros autores,

referenciando as contradições ou concordâncias mais significativas.

Evite especulação não fundamentada sobre os seus resultados.

Page 118: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

Os Resultados Descreva inicialmente os principais resultados. Apresente dados suficientes para suportar

interpretações e conclusões, mesmo aqueles que não tenham sido previstos (contra hipóteses).

Subdivida os resultados se assim for mais clara a sua apresentação.

Page 119: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

Use tabelas e figuras (gráficos) sóbrios, bem legíveis e totalmente explicitados em texto e legendas.

Não abuse dos gráficos nem das tabelas. Nem toda a informação tem de ser apresentada graficamente. Evite redundância entre gráficos e tabelas, e repetição de dados.

Todas as tabelas e gráficos serão referenciados no texto.

Page 120: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

Apresente estatísticas descritivas coerentes e complementares (ex: média e desvio-padrão).

Adopte procedimentos de apresentação de estatísticas dedutivas muito claros (poder estatístico, Significado estatístico, etc.).

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APRESENTAÇÃO GRÁFICA DO TRABALHO

☻ Não há uma norma rígida que defina exactamente como um trabalho deve ser formatado na Universidade. Em geral, cada Universidade, cada curso, define a forma como deseja receber os seus trabalhos.

☻ Todavia, há algumas normas ditadas pelo bom senso e bastante utilizadas: Papel: A4 (21cmX29,7cm) Margens: 2.5 cm na margem superior 2.5 cm na margem inferior 2.5 cm na margem direita 3 cm na margem da esquerda

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APRESENTAÇÃO GRÁFICA DO TRABALHO

☻Processamento de texto

Times New Roman ou Arial

☻ Tamanho da letra: 12 ☻A mancha do texto deve ser processada a espaço de 1,5.

Em citações longas, deve utilizar-se um corpo de letra 10 e um entrelinhamento de 1 espaço.

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APRESENTAÇÃO GRÁFICA DO TRABALHO

☻ Títulos e tópicos do texto: Devem ser colocados em negrito e maiúsculas no início,

alinhados à esquerda da página e com uma distância de duas linhas simples antes do texto

Os capítulos são numerados com algarismos árabes no seguimento de orientações da União Europeia.

☻ Alinhamento do texto: Justificado

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ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO

Lembre-se sempre que para seu trabalho existem três tipos de leitores:

O leitor rápido, o leitor que acredita no que escreveu e o leitor que quer “ saber”, aprender.

Em termos de estrutura e organização do trabalho, siga as normas da redacção científica.

É melhor não inovar na apresentação do trabalho. Não perca tempo com formatações eternas.

Page 125: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO Evite muitos níveis de um capítulo ou ponto (ex. 10. 2.4.3)

pois torna difícil a orientação em relação ao conjunto. Se o texto de um capítulo ou ponto for muito longo, pode-

se introduzir títulos sem números ou numerações com a). Não se esqueça que os títulos indicam o conteúdo de um

capítulo ou ponto e devem ser curtos e objectivos. Faça parágrafos curtos e evite frases longas. A

introdução, assim como a conclusão é a parte mais importante do seu trabalho no plano retórico

Page 126: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO As pessoas lêem primeiro (estes 2 pontos) e decidem se

querem ler o resto. O leitor deve ver o que contém o trabalho em termos da questão, da linguagem utilizada (conceitos, definições), a estratégia (metodologia e sua estruturação).

Page 127: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

ESTRUTURA DE UM TRABALHO CIENTÍFICO

A paginação pode ser colocada nos cantos da direita, superior ou inferior, ou no centro. Todavia, defende-se que a numeração das páginas se faça no canto inferior direito.

Ter em atenção que as páginas brancas e as que iniciam as partes principais não são paginadas mas deverão ser contadas na sequência da numeração e aparecem no índice geral.

Page 128: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

ESTRUTURA DE UM TRABALHO CIENTÍFICO

A capa de um trabalho científico contém a estrutura física do documento. Embora o investigador tenha liberdade de aí colocar o design que desejar, esta não deve ser demasiado exuberante e deve transmitir uma estreita relação com o tema em análise.

Deste modo, a capa deverá identificar o nome do autor, o título do trabalho, a Universidade, o local e a data da sua realização.

Page 129: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

ESTRUTURA DE UM TRABALHO CIENTÍFICO

A folha de rosto, apresenta a informação mais completa, contendo um maior número de dados identificativos que a capa, surgindo aqui, para além do inserido na capa, o nome do módulo para que se está a realizar o trabalho, bem como o nome do professor.

Page 130: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

ESTRUTURA DE UM TRABALHO CIENTÍFICO

DISSERTAÇÃO Entre a capa e a folha de rosto, deverá existir uma folha em branco Agradecimentos Segue-se (numa folha) o resumo e as respectivas palavras -chave Depois (em outra folha) o abstract e as respectivas Key-words Dedicatória (opcional) (numa folha) Uma frase ou um pensamento que nos marcou (opcional) (numa folha) Siglas e Abreviaturas (numa folha) Sumário (revela a estrutura em que o trabalho está organizado e é apresentado no início) INTRODUÇÃO O TEXTO CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA ANEXOS

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ESTRUTURA DE UM TRABALHO CIENTÍFICO

ARTIGO CIENTÍFICO (Simples) Entre a capa e a folha de rosto, deverá existir uma folha em branco Sumário Segue-se o resumo e as respectivas palavras- chave, o abstract e as

respectivas Key-Words (em letra tamanho 10, a espaço simples) Logo seguida da INTRODUÇÃO (antecedida por dois espaços e já a letra em

tamanho 12 e espaço de 1,5) TEXTO CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA

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ESTRUTURA DE UM TRABALHO CIENTÍFICO

O resumo é obrigatório e consiste na apresentação abreviada e precisa do conteúdo do trabalho sem crítica. Tem como objectivo apresentar uma síntese de todo o trabalho, destacando os pontos essenciais que são abordados (é uma “mini-versão” de todo o trabalho).

Depois da realização do resumo, na mesma página, escrevem-se as palavras chave (palavras fundamentais na realização do trabalho, em número de 5). São palavras que direccionam a investigação e que podem ser cruzadas no âmbito do trabalho. Devem ser escolhidas com bastante critério de forma a ajudar nas buscas futuras por interessados no assunto.

Numa outra folha, apresenta-se o abstract e respectivas Key-words

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ESTRUTURA DE UM TRABALHO CIENTÍFICO

Em geral o RESUMO é o último item a ser escrito. É no entanto a parte mais importante de um artigo científico.

Não pode nem deve explicar as partes do trabalho (isso é para a introdução)

A dedicatória (opcional) é normalmente dirigida a alguém muito querido e que teve alguma relação com o trabalho. Deve ser simples e discreta

A frase ou um pensamento que nos marcou (opcional), deve igualmente ter uma relação com o trabalho que estamos a realizar

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ESTRUTURA DE UM TRABALHO CIENTÍFICO

Siglas e Abreviaturas. A sigla é um grupo de letras usado para substituir palavras inteiras. A abreviatura é a redução duma palavra a uma forma mais breve.

Ambas devem ser incluídas numa lista por ordem alfabética. As siglas escrevem-se com letras maiúsculas. Ex: ME = Ministério da Educação. DGES = Direcção Geral do Ensino Superior NEE= Necessidades Educativas Especiais

Page 135: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

ESTRUTURA DE UM TRABALHO CIENTÍFICO

As abreviaturas, que consistem na redução de um palavra, escrevem-se em letra minúscula.

Ex: ed. = edição fig. = figura p. = página pp.= páginas s.d. = em data vol. = volume O texto (ou corpo do trabalho) Consideram-se elementos do texto a Introdução, o Desenvolvimento e a Conclusão. Estas partes devem estar em completa interligação umas com as outras, pois

representam o núcleo central do trabalho

Page 136: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

ESTRUTURA DE UM TRABALHO CIENTÍFICO

A redacção do trabalho deve obedecer aos seguintes critérios: Clareza: o texto deve ser escrito para ser compreendido pelos outros; Concisão: o texto deve dizer o máximo no menor número possível de palavras, Correcção: Deve ser escrito correctamente conforme as regras de concordância

previstas; Encadeamento: as frases, os parágrafos, os capítulos devem ser encadeados de

forma lógica e harmoniosa; Consistência: o texto deve usar os verbos nos mesmos tempos; Precisão: o texto deve evitar o uso de termos ambíguos; Originalidade: o texto deve evitar o uso de frases feitas ou lugares, comuns. Deve ser

autónomo e apresentar ideias novas; Fidelidade: o texto deve respeitar o objecto de estudo, as fontes empregadas e o

leitor.

Page 137: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

ESTRUTURA DE UM TRABALHO CIENTÍFICO

O aluno pode apresentar os assuntos em partes, capítulos, etc., segundo as suas opções

As partes e os capítulos deverão, dentro do possível, ser proporcionais entre si. Embora possam não ter exactamente o mesmo número de páginas, deve haver uma preocupação neste sentido, sobretudo quando a importância dos assuntos desenvolvidos é idêntica.

No caso do relatório ou artigo, o aluno poderá apresentar o trabalho apenas por pontos.

As figuras serão numeradas de forma sequencial independente do número do Capítulo ou subtítulo a que pertencem. E a legenda será colocada acima das figuras

Page 138: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

ESTRUTURA DE UM TRABALHO CIENTÍFICO

As tabelas e os quadros serão numeradas de forma sequencial independente do número do Capítulo ou subtítulo a que pertencem. E a legenda será colocada acima da Tabela e do quadro.

Por sua vez, a referência bibliográfica deverá estar localizada logo abaixo do quadro, tabela ou figura, usando-se a palavra “fonte”:

A paginação com numeração árabe inicia-se na 2ª folha da introdução. Todas as outras anteriores não terão o número digitado, e por isso não aparecerá.

Page 139: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

EXEMPLOS: Figura1: Pensar Educação

Fonte: Arquivo Privado

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ESTRUTURA DE UM TRABALHO CIENTÍFICO

Gráfico1: ………………..

0

20

40

60

80

100

1°Trim.

2°Trim.

3°Trim.

4°Trim.

Este

Oeste

Norte

Page 141: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

ESTRUTURA DE UM TRABALHO CIENTÍFICO

NA INTRODUÇÃO DEVE CONSTAR, de forma sucinta, os principais aspectos a serem desenvolvidos no trabalho, tais como:

O tema da investigação A formulação da pergunta de partida A (s) hipótese(s) Objectivos Metodologia Estrutura do trabalho

Page 142: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

ESTRUTURA DE UM TRABALHO CIENTÍFICO

O TEMA Deverá contextualizar, abordando o tema de forma a identificar os

motivos que o levaram a escolher a sua dissertação A investigação científica depende da formulação adequada da

pergunta de partida

O aluno terá que, fundamentadamente explicitar a sua reflexão sobre a problemática da investigação, apresentando a sua teoria (hipótese (s)) da resposta à PERGUNTA DE PARTIDA

Page 143: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

ESTRUTURA DE UM TRABALHO CIENTÍFICO

O aluno terá que, fundamentadamente explicitar a sua reflexão sobre a problemática da investigação, apresentando a sua teoria (hipótese (s)) da resposta à PERGUNTA DE PARTIDA

Page 144: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

ESTRUTURA DE UM TRABALHO CIENTÍFICO

OBJECTIVOS Indique muito genericamente os objectivos a alcançar

METODOLOGIA Inclui a descrição dos sujeitos, dos processos da sua selecção, dos métodos utilizados

para manipular ou medir cada uma das variáveis e dos procedimentos seguidos da investigação (tudo isto escrito de forma muito sumária uma vez que vai desenvolver o assunto em lugar próprio).

No final da Introdução o aluno deverá apresentar a "estrutura do trabalho" por Partes e/ ou Capítulos (ou pontos), descrevendo sucintamente os assuntos que serão abordados nas diversas partes constitutivas do trabalho.

Como sugestão, considera-se que a Introdução deverá conter mais de 5 ou 7 páginas

Page 145: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

4 - Análise dos resultados, elaboração das conclusões

Dois tipos de dados e análises: Qualitativos Quantitativos

Classificação, codificação e tabulação dos resultados.

Page 146: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

Nas técnicas e recolhas de dados, estão associados instrumentos que permitem o registo de dados.

Aqui encontramos o INQUÉRITO através de ENTREVISTA ou por QUESTIONÁRIO

.

Page 147: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

CONCLUSÃO

CONCLUSÃO Apresentar a síntese interpretativa dos principais argumentos usados, onde será mostrado se os objectivos foram atingidos e se a(s) hipótese(s) foi (foram) confirmada(s) ou rejeitada(s)

Conclusões pessoais que acredita ter criado. A conclusão deve ser breve, exacta e convincente

Page 148: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

CONCLUSÃO Desenvolve, apresenta a descrição,

análise, sistematização, explicitação dos assuntos – objecto de estudo – com vista a responder às interrogações e aos objectivos previamente postos pelo problema na Introdução.

Falará da(s) sua(s) hipótese(s), que o irá(ão) ajudar à consciencialização da reflexão e do discurso próprio.

A(s) hipótese(s) terá(ão) que ser comprovada(s) no decorrer da investigação.

Page 149: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

A formulação da(s) hipótese(s) exige argúcia e espírito crítico. Obriga quem investiga a estabelecer relações e a formular teorias que terá que comprovar

Deverá elaborar a definição do tipo de investigação, a amostragem, os instrumentos da recolha de dados e a forma como pretende analisar os dados

Page 150: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

ESTRUTURA DE UM TRABALHO CIENTÍFICO

Elementos PÓS-TEXTUAIS Entram nos elementos posteriores ao texto: a bibliografia,

apêndice, anexos e índice geral. A bibliografia é uma lista que contém os elementos descritivos

dos documentos consultados de modo a permitir a sua identificação e posterior consulta de livros.

São, portanto, os livros utilizados, revistas, enciclopédias, colectâneas, etc.

A bibliografia é colocada a seguir à conclusão e ordenada alfabeticamente.

O autor deverá colocar somente as publicações que foram efectivamente referenciadas no texto contido no trabalho.

Page 151: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

ESTRUTURA DE UM TRABALHO CIENTÍFICO

Os anexos são documentos auxiliares que servem de fundamento à elaboração do trabalho. São documentos ou fontes inéditas, documentos que não fazem parte directamente do texto, mas que completam a sua fundamentação teórica.

Estes elementos são colocados a seguir à bibliografia, antes do índice geral, quando este for colocado no final do trabalho.

Page 152: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

ESTRUTURA DE UM TRABALHO CIENTÍFICO

Citações formais e citações conceptuais Todo o trabalho científico não pode passar sem o registo

das fontes consultadas. Tudo o que não for texto seu deve vir entre aspas

(acompanhado da devida referência no sistema autor-data-página).

Page 153: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

As citações formais (ou citações puras) são transcrições literais de frases ou fontes utilizadas. Têm a função de consolidar as opiniões ou afirmações do autor, apoiando-se em outros autores.

Quando são breves, não ultrapassando as três linhas, serão inseridas no próprio texto, abrindo e encerrando com aspas:

Page 154: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

EX: A propósito das cidades e das encruzilhadas da exclusão,

Carvalho (1999, p. 13) refere que “vivemos numa época de urbanização crescente, exponencial até. (...) A “aldeia global” é, de facto, uma cidade global”.

Quando as citações forem demasiado extensas, devem ser destacadas do texto mediante afastamento da margem, redução do tamanho da letra (tamanho 10) e dos espaços (espaços simples)

Page 155: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

ESTRUTURA DE UM TRABALHO CIENTÍFICO

Ex: vivemos numa época de urbanização crescente,

exponencial até. Sentimo-lo no nosso quotidiano através das nossas experiências de vida pessoais, através dos apelos que nos são constantemente dirigidos e através dos números das estatísticas que nos interpelam. A “aldeia global” é, de facto, uma cidade global-

A propósito …………….

Page 156: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

As citações conceptuais reproduzem as ideias dos outros autores por palavras próprias e diferentes.

Mesmo que não se trate de citações formais, é bom que, ao longo do texto, sejam feitas referências aos autores de onde foram retiradas as ideias ou informações que estão a ser apresentadas. Caso estes cuidados não sejam tomados, o trabalho será considerado um plágio.

Page 157: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

A diminuição da mão-de-obra disponível nos centros urbanos, trouxe consigo o aumento dos salários, a deslocação dos camponeses para as cidades e, consequentemente, uma quebra da produção rural (Marques, 1987). Esta situação ...

Page 158: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

ESTRUTURA DE UM TRABALHO CIENTÍFICO

Se pretendermos eliminar palavras ou frases, deve-se usar em substituição reticências (...)

♦ Quando se cita o mesmo autor e obra mais do que uma vez, usam-se as abreviaturas Idem e Ibidem

Idem= mesmo autor, mesma obra e p. diferente Ibidem= mesmo autor, mesma obra e mesma p.

Page 159: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

ESTRUTURA DE UM TRABALHO CIENTÍFICO

Quando está a trabalhar com a norma Internacional e em texto corrido o mesmo autor tem mais do que uma obra publicada no mesmo ano faz-se a seguinte referência

ex: (Teodoro, 1994a, p. 15) (Teodoro, 1994b, p. 20) e na Bibliografia final saberemos

a que obra se refere a letra a e a letra b

Page 160: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

ESTRUTURA DE UM TRABALHO CIENTÍFICO

Citação de Citação: É a citação feita por outro autor Ex:

O imperador Napoleão Bonaparte ( 1786, cit. por Loi, 1998, p. 35) dizia que “as mulheres nada mais são do que máquinas de fazer filhos”

Page 161: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

Preliminares sobre a dissertação

A dissertação de mestrado é para muitas pessoas

o maior manuscrito que jamais escreveram.

Por isso, a tarefa aparece muitas vezes como transcendental ou mesmo inatingível.

Ninguém escreve a dissertação de uma vez...

Page 162: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

Preliminares sobre a dissertação

Desdobre a tarefa num conjunto de tarefas, todas

pequenas e realizáveis, e inicie as que pensa estar em

condições de começar.

A escrita da dissertação inicia-se com o projecto

Page 163: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

Como preparar uma dissertaçãoEnquanto mestrando: - certifique-se de que tem tempo - defina o seu próprio timing - prepare-se para passar muito tempo sentado

Page 164: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

Como preparar uma dissertação escolha um orientador compatível consigo prepare antecipadamente todas as cooperações de

que previsivelmente vai necessitar garanta o contacto e o acesso às amostras prepare o contacto com instituições envolvidas

Page 165: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

Como preparar uma dissertação evite conflitos com o orientador: seja sempre

frontal não dê passos (mesmo que lhe pareçam correctos)

sem o acordo do orientador exija o tempo e atenção a que tem direito

Page 166: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

Como preparar uma dissertação Sobre o problema: - escolha um problema que lhe suscite interesse - não escolha problemas muito inovadores nem demasiado

explorados - escolha um problema compatível com o seu conhecimento

anterior - escolha um tema compatível com as suas competências

técnicas (instrumentais, estatísticas, etc) -

Page 167: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

Como preparar uma dissertação

- delimite bem o seu problema - delimite bem o que não vai estudar

Page 168: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

Como preparar uma dissertação gaste tempo com o problema antes de começar, e

evite alterações posteriores certifique-se de que dispõe dos meios para realizar

a dissertação (instrumentação,amostra, software, etc)

será útil compartilhar o problema com outros colegas

Page 169: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

Como preparar uma dissertação garanta que o problema é suficientemente dominado

pelo seu orientador escreva o seu problema e discuta-o abundantemente garanta que o seu problema já foi considerado por

autores reconhecíveis desconfie sistematicamente de ideias muito originais faça pesquisa sobre o seu problema, antes de se

decidir pela sua escolha

Page 170: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

Como preparar uma dissertação Sobre a metodologia: uma metodologia é uma maneira de aceder ao

problema, não uma complicação cuidado com a amostra: certifique-se da acessibilidade

e prepare tudo com antecedência dimensione bem a amostra (prepare expurgos, preveja

a perda de amostra)

Page 171: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

Como preparar uma dissertação escreva a metodologia: escreva também as opções a

considerar - identifique rigorosamente as variáveis: defina a sua

posição no design experimental

Page 172: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

Como preparar uma dissertação - prepare antecipadamente todas as situações de

recolha de dados - prepare situações alternativas para os pontos mais

críticos do seu trabalho

Page 173: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

Como preparar uma dissertação (5) Sobre o tratamento de dados:

- a estatística é uma ferramenta, não um fim em si próprio - o tratamento dos dados dirige-se para o problema

colocado e não para aspectos acessórios

Page 174: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

- os resultados são o que são e não o que queríamos que fossem

-esprema os números até eles falarem

Page 175: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

Como preparar uma dissertação prepare quadros e tabelas que facilitem a leitura dos

resultados

- um gráfico é um recurso de argumentação: seja criativo mas rigoroso

- use a estatística essencial para aspectos essenciais

Page 176: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

Como preparar uma dissertação Sobre a bibliografia:

seja absolutamente rigoroso na apresentação da bibliografia

Utilize sempre a APA - não utilize bibliografia redundante ou pouco credível

Page 177: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

Como preparar uma dissertação

os autores fundamentais e as obras fundamentais sobre o problema são obrigatórios

utilize bibliografia recente sempre que possível

seja parcimonioso na utilização de bibliografia

confira a bibliografia referenciada no corpo do trabalho

Page 178: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

Como preparar uma dissertação Um projecto é um instrumento de persuasão,

desenhado para ser útil.

Não é possível construir uma casa sem um projecto

Não é possível fazer uma tese sem um projecto

Page 179: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

Um projecto de pesquisa é um documento que vai ser lido, eventualmente debatido, e utilizado por si ao longo da dissertação.

Não é um documento inútil, feito à pressa para cumprir uma formalidade burocrática.

O que é que um projecto deve dizer ?

Page 180: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

( imagine que o projecto não é seu )

O que está a ler é suficientemente interessante para perder tempo a lê-lo ?

depois de o ler ficou completamente esclarecido ?

Page 181: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

está escrito de forma atraente e clara ?

sente curiosidade pelos resultados do estudo em perspectiva ?

detectou uma coerência e estrutura interna no projecto ?

Page 182: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

A INVESTIGAÇÃO EMPÍRICA A investigação empírica é uma investigação em

que se fazem observações para compreender melhor o fenómeno a estudar

A investigação empírica em Ciências Sociais é utilizada para construir explicações ou teorias mais adequadas

Page 183: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

A INVESTIGAÇÃO EMPÍRICA A investigação Empírica compreende os seguintes aspectos :

Tem como objectivo contribuir para o enriquecimento do conhecimento na área em que se escolheu fazer a investigação;

Precisa de escolhas em termos do tema e em termos de hipóteses específicas a testar.

Page 184: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

A INVESTIGAÇÃO EMPÍRICA

Obriga a um planeamento dos métodos de recolha de dados;

Precisa que se pense adiante para planear as análises de dados antes de começar a parte empírica da investigação.

Page 185: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

A INVESTIGAÇÃO EMPÍRICA A revisão da literatura permite encontrar

teorias e artigos sobre investigações empíricas apresentadas por diversos autores

A primeira coisa a fazer é a utilização da revisão da literatura para a construção das hipóteses que serão testadas na arte empírica

Page 186: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

A INVESTIGAÇÃO EMPÍRICA

Ela faz a ponte entre a parte teórica e a parte empírica da investigação. Ela tem um papel fundamental:

A HIPÓTESE DEVE JUSTIFICAR O TRABALHO DA PARTE EMPÍRICA DA INVESTIGAÇÃO

Page 187: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

Tipos de Investigação Qualitativa Quantitativa Qualitativa-quantitativa

Page 188: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

Investig. Quantitativa Pretende tomar a medida exata dos fenómenos humanos e do que os

explica.

É a chave da objectividade e da validade dos saberes construídos.

Consequentemente, deve escolher com precisão o que será medido

e apenas conservar o que é mensurável de modo preciso

Page 189: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

Investig. Qualitativa A investig. qualitativa ou naturalística envolve

a obtenção de dados descritivos resultantes do contacto directo do investigador com a situação estudada.

Enfatiza mais o processo do que o produto e preocupa –se em retratar a perspectiva dos participantes.

Page 190: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

Características 1. Ambiente natural como sua fonte directa de dados; investigador

é o principal instrumento. 2. Dados recolhidos são predominantemente descritivos. 3. A preocupação como processo é muito maior do que com o

produto. 4. O significado que as pessoas dão às coisas e à sua vida são

focos de atenção especial do investigador. 5. A análise dos dados tende a seguir um processo indutivo.

Page 191: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

Investigação Quali/Quanti É o método quantitativo conjugado com o qualitativo

que possibilita cobrir um campo maior de possibilidades da investigação ao levantar as ideias do público ao mesmo tempo em que quantifica opiniões.

Através da investigação quantitativa conjugada com a qualitativa, é possível obter, quantitativamente, dados numéricos e, qualitativamente, conceitos, atitudes e opiniões dos entrevistados sobre o problema investigado (Bringhenti, 2000).

Page 192: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

INVESTIGAÇÃO QUANTITATIVA A investigação quantitativa consiste em “(…)

encontrar relações entre variáveis, fazer descrições recorrendo ao tratamento estatístico de dados recolhidos, testar teorias (…)” (Carmo & Ferreira, 1998, p. 1).

Page 193: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

A POPULAÇÃO E A AMOSTRA População: Toda a questão da investigação define um universo de objectos aos

quais os resultados do estudo deverão ser aplicados.

A População Alvo, também chamada população estudada, é composta de elementos distintos possuindo um certo número de características comuns. Estes elementos, designados de unidades populacionais, são as unidades de análise sobre as quais serão recolhidas informações.

Page 194: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

A POPULAÇÃO E A AMOSTRA

Uma população é um conjunto de pessoas, objectos, acontecimentos ou fenómenos com pelo menos uma característica comum.

Page 195: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

A POPULAÇÃO E A AMOSTRA

Porém, se a amostra for retirada sem ser ponderada a sua representatividade, não é possível extrapolar as conclusões com confiança.

É preciso que a amostra seja representativa da população, isto é, que forneça dela uma imagem fiel

Page 196: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

A POPULAÇÃO E A AMOSTRA

No caso de uma investigação realizada para um Mestrado é aconselhável uma população relativamente pequena para trabalhar uma vez que tem a vantagem de limitar a escala da investigação.

Page 197: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

A POPULAÇÃO E A AMOSTRA Existem dois tipos de amostras:

as probabilísticas = baseadas nas leis de probabilidades

as não probabilísticas = tentam reproduzir o mais fielmente possível a população.

Page 198: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

A POPULAÇÃO E A AMOSTRA Amostragem não probabilística:

Amostragem acidental; Amostragem de voluntários; Amostragem por quotas

Page 199: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

A POPULAÇÃO E A AMOSTRA Amostra acidental: escolhem-se simplesmente as

pessoas (professores, técnicos) encontrados até ao momento em que se estima ter o número suficiente.

Risco: podem ter ido em direcções muito particulares e de representar mal a opinião da nossa população.

Page 200: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

A POPULAÇÃO E A AMOSTRA Amostra de voluntários: quando o tema abordado

é delicado faz-se um apelo para reunir pessoas que aceitem participar

Page 201: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

A POPULAÇÃO E A AMOSTRA Amostra por quotas: O investigador selecciona um certo número de

características conhecidas dessa população.

Risco. Os eleitos não são escolhidos ao acaso

Page 202: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

A POPULAÇÃO E A AMOSTRA Amostra probabilística é composta a partir de

uma escolha ao acaso, tendo todos os elementos da população uma chance de serem seleccionados.

Page 203: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

VARIÁVEIS Variável - O termo variável é um conceito e, como tal,

é um substantivo que representa classes de objectos (Richardson, 1985) .

As variáveis apresentam duas características fundamentais: são aspectos observáveis de um fenómeno e devem apresentar variações ou diferenças em

relação ao mesmo ou a outros fenómenos.

Page 204: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

VARIÁVEIS A variável independente pode ser definida como

aquela que afecta outra variável mas não precisa de estar relacionada entre elas.

Influencia outra variável

chamada variável dependente. Esta pode ser definida como aquela afectada ou explicada pela variável independente, isto é, variará de acordo com a mudança na variável independente

Page 205: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

VARIÁVEIS A variável independente na investigação é o antecedente

e a variável dependente é o consequente.

O investigador faz prognósticos a partir da primeira para a Segunda. Estes termos são originários da matemática

Page 206: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

VARIÁVEIS

O objectivo do investigador é comprovar se os efeitos provocados pela variável independente sobre a variável dependente são aqueles tinha suposto como hipótese

Page 207: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

VARIÁVEIS Exemplo: Determinar a relação entre o número de

erros em italiano (variável dependente) e o número de aulas (variável independente).

Ex.: sexo e estado civil; idade, raça, local de residência, naturalidade, escolaridade, profissão, filiação partidária e religiosa...(são variáveis independentes)

Page 208: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

VARIÁVEIS

Pergunta de PARTIDA Os idosos resistem mais á mudança do que os

jovens? Variável independente: idade Variável dependente: Resistência à mudança (Estratégia de prova: comparar uma medida de

resistência à mudança entre um grupo de jovens e um grupo de pessoas idosas)

Page 209: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

VARIÁVEIS

PP As reacções às políticas sociais são as mesmas para os

homens e as mulheres? Variável independente: sexo Variável dependente: reacções ás políticas sociais (Estratégia de prova: comparar os resultados de uma

medida de reacção às políticas sociais entre um grupo de homens e um grupo de mulheres)

Page 210: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

VARIÁVEIS

PP A qualidade da alimentação das crianças afecta o seu sucesso escolar?

Variável independente: alimentação Variável dependente: sucesso escolar (Estratégia de prova: Comparar a taxa de sucesso

escolar entre um grupo de crianças bem alimentadas e um grupo mal alimentado)

Page 211: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

VARIÁVEIS PP Será que o uso de drogas duras aumenta a

incidência de criminalidade entre jovens? Variável independente: drogas Variável dependente: criminalidade

(Estratégia de Prova: comparar o comportamento criminal antes e depois do início do comportamento de utilização de drogas duras)

Page 212: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

VARIÁVEIS Validade Interna - É um critério para se avaliar o

desenho experimental utilizado e está relacionada com as relações casuais.

Deve-se avaliar como e quanto a variável independente (intervenção) vai interferir no estudo, inferindo-se a relação de causa e efeito

Page 213: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

VARIÁVEIS

Validade Externa - É outro critério para se avaliar o desenho experimental utilizado e está relacionada com a capacidade de a investigação ser generalizada.

Page 214: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

INVESTIGAÇÃO QUANTITATIVA O questionário é um instrumento de recolha de dados

bem adaptado a pesquisas quantitativas, uma vez que torna possível o trabalho com amostras de grande dimensão e o estabelecimento de relações estatísticas com vista à generalização

O fio condutor do questionário deve reflectir a Pergunta de Partida e hipóteses do trabalho

Page 215: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

INVESTIGAÇÃO QUANTITATIVA

O inquérito por Questionário segundo Quivy (1998, p. 138) “consiste em colocar um conjunto de inquiridos, geralmente representativo de uma população, uma série de perguntas relativas à sua situação social, profissional ou familiar, ás opiniões, à sua atitude em relação a opções ou questões humanas e sociais, às expectativas, ao seu nível de conhecimento (…) ou ainda sobre qualquer outro ponto de interesse aos investigadores”.

Page 216: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

INVESTIGAÇÃO QUANTITATIVA Carmo & Ferreira (1998, p. 138) são de opinião

que o Inquérito por Questionário além de quantificar a informação obtida “é um processo em que se tenta descobrir alguma coisa de forma sistemática” de dados para responder a um determinado problema.

Page 217: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

INVESTIGAÇÃO QUANTITATIVA Devemos previamente testar o nosso Questionário

(pré-teste) para ver se há ou não necessidade de reformular alguma questão que possa estar ambígua na sua forma original.

O aperfeiçoamento a que o instrumento de recolha de dados foi submetido após o pré-teste permitem mais segurança na passagem à fase do Inquérito propriamente dito.

Page 218: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

INVESTIGAÇÃO QUANTITATIVA

A existência do pré-teste serve para seleccionar as melhores perguntas para serem incluídas na versão final do Questionário.

Deve-se aplicar a uma amostra pequena mas representativa;

Deve ser aplicado pessoalmente para se explicar o objectivo do estudo

Page 219: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

Depois deve-se fazer uma análise:

A) Verificar quais as perguntas que têm poucas respostas Podem ser várias as potenciais razões da ausência

de respostas: Ambiguidade Demasiado pedido de informação Demasiada Informação pessoal

INVESTIGAÇÃO QUANTITATIVA

Page 220: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

B) Examinar a distribuição das respostas para cada uma das perguntas Há várias falhas num questionário que podem

reduzir a variação nas respostas. Ex Perguntas que convidam a uma resposta

socialmente desejável (É um bom professor? SIM NÃO)

INVESTIGAÇÃO QUANTITATIVA

Page 221: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

1ª SECÇÃO DO QUESTIONÁRIO - É importante recolher apenas as características dos

casos estritamente relevantes à investigação

Perguntas que não vão ser analisadas só servem para aumentar o questionário e aumentar o risco de não haver quem queira responder

Não se deve colocar perguntas desnecessárias

Page 222: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

Para escolher as características relevantes é necessário considerar:

Todas as Hipóteses da investigação As hipóteses especificam as variáveis necessárias à

investigação

Os detalhes dos casos requeridos para descrever a amostra e replicar a investigação

Descrever a natureza da amostra

INVESTIGAÇÃO QUANTITATIVA

Page 223: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

Oferece a possibilidade de inquirir um grande número de pessoas quase em simultâneo, economizando tempo, proporcionando grande liberdade de resposta e grande facilidade no tratamento estatístico de dados;

Para tal, coloca-se uma série de questões que abrangem um tema de interesse para os investigadores, não havendo interacção directa entre estes e os inquiridos.

Questionário

Page 224: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

Utilidade e importância dos questionários

Recolher informação sobre um determinado tema

Interrogar um elevado número de pessoas, num

espaço de tempo relativamente curto

Recolher informação de natureza social, económica,

familiar, profissional, etc.

Os questionários permitem:

Page 225: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

As questões devem ser desenvolvidas tendo em conta três princípios básicos:

Construção de questões

Princípio da clareza - devem ser claras, concisas e unívocas.

Princípio da Coerência - devem corresponder à intenção da própria pergunta.

Princípio da neutralidade - não devem induzir uma dada resposta mas sim dar liberdade ao inquirido.

Page 226: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

Não utilizar questões ambíguas;

Não deve incluir duas questões numa só;

Ter o cuidado de evitar erros o ortográficos, gramaticais ou de sintaxe.

Page 227: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

Tipos de Questionário

Estes podem

ser

Abertos

Fechados

Mistos

Page 228: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

Tipos de questõesTipo de Questão Exemplo

Directas

Indirectas

Gostas do teu ambiente de trabalho?

O que pensas do teu ambiente de trabalho?

Específicas

Não específicas

Gostas de estudar na UPT ?

Estás satisfeito com o Mestrado em Supervisão?

Page 229: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

Tipo de Questão Exemplo

Factos

Opinião

Qual é o teu clube de futebol favorito?

Porque preferes o Futebol Clube do Porto e não o Boavista?

Questões

Afirmação

Deviam acabar as aulas de substituição? [sim] ou [não]

Deviam acabar as aulas de substituição. [Concordo] [Discordo]

Page 230: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

Classificação de questões

quanto à sua formaQuestões Descrição

Abertas São apresentadas ao inquirido perguntas para que o mesmo possa escrever a sua resposta sem qualquer restrição.

Fechadas São apresentadas ao inquirido um conjunto de alternativas para que o mesmo escolha a que melhor representa a sua situação ou ponto de vista.

Dependentes Correspondem às questões que terão de ser respondidas após a resposta dada a uma outra anterior.

Page 231: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

Vantagens e desvantagens dos diferentes tipos de respostas

Page 232: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

TIPO DE RESPOSTA

VANTAGENS DESVANTAGENS

Resposta aberta

Preza o pensamento livre e a originalidade;

Respostas mais representativas e fiéis da opinião do inquirido;

O inquirido concentra-se mais sobre a questão;

Vantajoso para o investigador, pois permite-lhe recolher variada informação sobre o tema em questão.

Dificuldade em organizar e categorizar as respostas;

Requer mais tempo para responder às questões;

Muitas vezes a caligrafia é ilegível;

Em caso de baixo nível de instrução dos inquiridos, as respostas podem não representar a opinião real do próprio.

Page 233: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

TIPO DE RESPOSTA

VANTAGENS DESVANTAGENS

Resposta fechada

Rapidez e facilidade de resposta;

Maior uniformidade, rapidez e simplificação na análise das respostas;

Facilita a categorização das respostas para posterior análise;

Permite contextualizar melhor a questão.

Dificuldade em elaborar as respostas possíveis a uma determinada questão;

Não estimula a originalidade e a variedade de resposta;

Não preza uma elevada concentração do inquirido sobre o assunto em questão;

O inquirido pode optar por uma resposta que se aproxima mais da sua opinião não sendo esta uma representação fiel da realidade.

Page 234: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

A- Questionário Aberto

Utiliza questões de resposta aberta.

•Proporciona respostas de maior profundidade o que dificulta posteriormente a sua interpretação.

•Possibilita maior liberdade de resposta pois esta pode ser redigida pelo inquirido.

Page 235: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

B- Questionário Fechado

•É um tipo de questionário que utiliza questões de resposta fechada.

•Possibilita obter respostas padronizadas.

•São muito objectivos, exigindo menor esforço por parte dos sujeitos.

Page 236: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

C- Questionário Misto

Utiliza questões do tipo

Resposta Aberta

Resposta Fechada

Page 237: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

Escalas

- Escala de Likert

- VAS ( Visual Analogue Scales)

- Escala de Guttman.

Escalas mais utilizadas:

• Questionários fechados;

• São usados em qualquer processo de investigação;

• Pretendem medir atitudes ou opiniões do público-alvo.

Page 238: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

- Escala de Likert - Permite medir a opinião do inquirido, a qual é dada pela média do seu posicionamento face ao conjunto das proposições propostas.

Apresenta cinco proposições das quais apenas uma pode ser seleccionada sendo estas:

Concorda totalmente

Concorda

Sem opinião

Discorda

Discorda totalmente

+2

+0

+1

-1

-2

Pontuação atribuída

Page 239: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

Escalas

A escala de Likert é mais fácil de construir e de aplicar, sendo que a resposta do indivíduo é localizada directamente em termos de atitude, como se pode constatar:

 

Page 240: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

Escalas

Para cada uma das questões indique o seu grau de concordância:

1-As crianças nascem todas diferentes, com uma maneira de ser própria

Discordo muito..1..2..3..4…5concordo muito

2- A capacidade para estudar já nasce com a criança Discordo totalmente..1..2..3..4…5concordo totalmente

Page 241: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

- VAS ( Visual Analogue Scales)

É um tipo de escala que provém da escala de Likert, utilizando duas proposições contrárias, unidas por uma linha de 10 cm de comprimento.

Útil Inútil

10cm

O Inquirido deve assinalar na linha a posição que corresponde à sua resposta.

Page 242: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

- Escala de Gutman

•As resposta encontram-se Hierarquizadas.

•Se se concordar com a resposta A obrigatoriamente concordar-se-á com a resposta E.

•A Pontuação atribuída inicia-se em zero – não é escolhida qualquer resposta; um se for escolhida a opção E; dois para a a escolha da opção D….

AB

CD

E

Page 243: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

METODOLOGIA QUALITATIVA

Introduzida há sensivelmente 34 anos no campo da Educação, a expressão “Investigação qualitativa” passou a vulgarizar-se na pesquisa nesta área (Bogdan, 1994).

Page 244: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

METODOLOGIA QUALITATIVA A investig. qualitativa ou naturalística envolve a

obtenção de dados descritivos resultantes do contacto directo do investigador com a situação estudada.

Enfatiza mais o processo do que o produto e preocupa–se em retratar a perspectiva dos participantes

Page 245: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

METODOLOGIA QUALITATIVA A investig. qualitativa ou naturalística envolve a

obtenção de dados descritivos resultantes do contacto directo do investigador com a situação estudada.

Enfatiza mais o processo do que o produto e preocupa-se em retratar a perspectiva dos participantes

Page 246: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

METODOLOGIA QUALITATIVA Para Haguette (2005, p. 63) “os métodos qualitativos

enfatizam as especificidades de um fenómeno em termos das suas origens e da sua razão de ser”.

Por sua vez González Rey (2005, p. 63) refere que a metodologia qualitativa é “orientada para a construção de modelos compreensivos sobre o que se estuda”

Page 247: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

METODOLOGIA QUALITATIVA A investigação qualitativa não se inicia com

hipótese: O investigador aborda o seu campo de estudo com problemas, reflexões e pressupostos.

As abstracções são construídas à medida que os dados se vão agrupando

Page 248: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

METODOLOGIA QUALITATIVA Como refere Stake (1995) , o investigador

qualitativo não descobre, antes constrói o conhecimento

É nesta linha que Bogdan & Biklen (1994, p. 50) referem que “os investigadores qualitativos tendem a analisar os seus dados de forma indutiva”.

Page 249: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

METODOLOGIA QUALITATIVA

A Entrevista

A entrevista é tida como “um instrumento mais adequado para delimitar os sistemas de representações, de valores, de normas vinculadas por um indivíduo” (Albarello et al, 1997, p. 87).

Page 250: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

METODOLOGIA QUALITATIVA Estrela (1990) considera que esta técnica

permite não só pistas para a caracterização de um processo em estudo, mas também deixa conhecer, sob alguns aspectos, os intervenientes no processo.

Page 251: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

PREPARAÇÃO DA ENTREVISTA A planificação da entrevista realiza-se a partir da

Pergunta de Partida.

O investigador terá pelo menos 2 preocupações: Planificação de um esquema de entrevista Escolha dos respondentes susceptíveis de

possuírem uma competência relacionada com o objecto de estudo

Page 252: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

ENTREVISTA Um esquema de entrevista é um guia no qual o

investigador identifica: os temas Os subtemas Questões de orientação

Page 253: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

ENTREVISTA A entrevista estruturada, de acordo com

Ghiglione & Malaton (1993, p. 92), está “(…) muito próximo de um questionário no que só figurariam questões abertas, não existe já praticamente qualquer ambiguidade.

O conjunto do quadro de referência é definido e o entrevistado deve-se situar relativamente a este quadro, a fim de poder responder”.

Page 254: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

ENTREVISTA ESTRUTURADA A entrevista estruturada pode ser realizada

através do telefone . O entrevistador (investigador) ao levantar as

questões não tem que impor opções de resposta

O entrevistado ao formular a sua resposta pessoal dá ao investigador uma ideia clara do que pensa sobre o assunto

Page 255: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

ENTREVISTA SEMI-ESTRUTURADA

Série de perguntas abertas, feitas verbalmente, numa ordem prevista mas na qual o entrevistador pode acrescentar perguntas de esclarecimento

Page 256: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

ENTREVISTA SEMI-ESTRUTURADA Inconveniente: Ainda que as entrevistas sejam feitas

pela mesma pessoa, ainda que essa pessoa retome o mesmo núcleo de perguntas de uma entrevista a outra, as diferenças podem ser grandes de uma entrevista a outra o que dificulta a análise.

Page 257: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

ENTREVISTA SEMI-ESTRUTURADA Vantagens: Esta flexibilidade possibilita um

contacto mais íntimo entre o entrevistador e o entrevistado, favorecendo a exploração dos seus saberes, das suas representações, das suas crenças e valores....

É a compreensão do mundo do outro

Page 258: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

ENTREVISTA NÃO-ESTRUTURADA Entrevista em que o entrevistador apoia-se em

um ou vários temas, e algumas perguntas iniciais, previstas antecipadamente, para improvisar em seguida as outras perguntas em função das suas intenções e das respostas obtidas do seu interlocutor

Page 259: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

ENTREVISTA NÃO-ESTRUTURADA Neste tipo de entrevistas o tratamento de

dados será muito exigente. A análise de conteúdo pode tornar-se muito complicada

Page 260: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

Tipos de Investig. Qualitativa 1. Estudo de Caso

2. Etnográfica ou antropológica

3. Fenomenológica

4. Investigação-acção

5. Investigação Participante

6. Dialética

7. História de vida (narrativa)

Page 261: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

ESTUDO DE CASO CONCEITO : É o conhecimento profundo de algo É o particular e o único frente ao comum

O Estudo de caso presta atenção ao que especificamente pode ser apreendido de um caso simples, de um exemplo em acção (Stake, 1995).

Page 262: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

ESTUDO DE CASO

Um estudo de caso bem sucedido fornecerá ao leitor uma ideia tridimensional e ilustrará relações, questões micropolíticas e padrões de influências num contexto particular (Bell, 1993).

Page 263: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

ESTUDO DE CASO

Podemos encontrar Estudos de Caso em em áreas tão vastas como o Direito, Educação, História, Medicina, Psicologia , Educação e Administração.

Podem ser usados em descrições culturais, preparações profissionais, construção de teorias, estudos biográficos, diagnósticos clínicos e até em análises policiais.

    

Page 264: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

ESTUDO DE CASO

Algumas áreas parecem ter sido construídas quase inteiramente em conhecimentos produzidos por estudos de caso individuais, acumulativos e comparativos (Hamel et al., 1993).

Page 265: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

ESTUDO DE CASO

O estudo de caso é uma análise profunda de um sujeito considerado individualmente.

Às vezes pode-se estudar um grupo reduzido de sujeitos considerado globalmente.

Em todo o caso observam-se as características de uma unidade individual, como por exemplo um sujeito, uma classe, uma escola, uma comunidade, etc.

Page 266: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

ESTUDO DE CASO

O objectivo consiste em estudar profundamente e analisar intensivamente os fenómenos que constituem o ciclo vital da unidade, em vista a estabelecer generalizações sobre a população à qual pertence (Bisquera, 1989).

Page 267: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

ESTUDO DE CASO  O método de estudo de caso particular é especialmente

indicado para investigadores isolados, dado que proporciona uma oportunidade para estudar, de uma forma mais ou menos aprofundada, um determinado aspecto de um problema em pouco tempo (Bell, 1993).

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ESTUDO DE CASO

O estudo de caso tem sido definido como sendo um termo global para uma família de métodos de investigação que têm em comum o facto de se concentrarem deliberadamente sobre o estudo de um determinado caso (Erasmic & Lima, 1989).

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ESTUDO DE CASO A grande vantagem deste método consiste no facto de

permitir ao investigador a possibilidade de se concentrar num caso especifico ou situação e de identificar, ou tentar identificar, os diversos processos interactivos em curso (Bell, 1993).

 A observação é o método de investigação mais frequentemente utilizado, sendo a base dos estudos de caso (Bisquera, 1989).

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ESTUDO DE CASO Sendo assim, o Estudo de Caso será um método ou

será uma abordagem?

    Segundo Hamel et al. (1993), é mais apropriado definir o Estudo de Caso como uma abordagem, apesar de o nome sugerir que seja um método.

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Ragin (1992) assinala 4 formas para definir “um Caso”

1) Pode ser encontrado ou construído pelo investigador que emerge da sua própria investigação

2) Pode ser um objecto definido por fronteiras pré –existentes, tais como uma escola, uma aula ou até um programa.

ESTUDO DE CASO

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ESTUDO DE CASO 3) Pode ser derivado de ideias e dos conceitos que

emergem de acontecimentos similares

4) Pode ser uma convenção, pré-definido por acordos e consensos sociais que assinalam a sua importância.

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ESTUDO DE CASO NA DEFINIÇÃO DO CASO TEMOS QUE TER EM

CONTA: 1) tratar-se de uma especificidade e não de uma

função. Um caso pode ser algo simples ou complexo, um

indivíduo ou uma instituição Em qualquer das escolhas o que importa é o seu

carácter único e específico e que possamos aprender com ele

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ESTUDO DE CASO

2) Não se esqueça que o estudo tem que que identificar o PARTICULAR da situação

Isto obriga a que se centre em questões relacionadas com a : A) sua natureza B) sua história C) ambiente e âmbito físico

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ESTUDO DE CASO 3) A singularidade do caso não o exclui da sua

complexidade que o determinam e definem

4) O caso representa os valores do investigador; as suas ideias teóricas e as suas particulares convicções.

Isto implica reflectir sobre o que se está a fazer; Identificar a estrutura analítica que se constrói e

descobrir e desenvolver a própria ideia de quem investiga.

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ESTUDO DE CASO 5) Não podemos esquecer que o Estudo de Caso é

um terreno em que o investigador se relaciona e se encontra com pessoas cujas acções e relações vão ser analisadas.

Trabalhar um Estudo de Caso é entrar na vida de outras pessoas com o interesse por aprender o que e porque fazem ou deixam de fazer certas coisas

e o que pensam e como interpretam o mundo social em que vivem e se desenvolvem

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ESTUDO DE CASO Não podemos nunca esquecer que ao fazermos um

ESTUDO DE CASO não pretendemos avaliar ou ajuizar a vida, ideias ou acções das pessoas ou instituições, mas antes as conhecer e compreender

Nunca um Estudo de Caso será utilizado para tratar injustamente os indivíduos ou os colectivos implicados.

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ESTUDO DE CASO Em termos éticos temos que ter em atenção: Confidencialidade: toda a informação é confidencial

utilizando-se o anonimato

Colaboração: Ninguém está obrigado a participar e a proporcionar informação

Imparcialidade: Mostra os pontos de vista as apreciações e os valores divergentes

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Estudo de Caso Características Os estudos de caso visam a descoberta, mesmo que

o investigador parta de um pressuposto teórico inicial, que poderá ser modificado com o andamento do trabalho;

Enfatizam a “interpretação do contexto”; Buscam retratar a realidade de forma completa e

profunda; Usam uma variedade de fontes de informação

(diferentes informantes, tempos diferentes de recolha

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Definição do Objecto de Estudo

Nunca é fácil definirmos um objecto de estudo, que aborde um problema ou um fenómeno. Esta dificuldade torna-se ainda maior quando utilizamos o estudo de caso para este fim.

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Estudo de Caso

Só ao estabelecer progressivamente estreitas relações com a área de estudo, o investigador deverá ser capaz de definir o seu objecto de estudo.

Ou seja,

o investigador deverá cuidadosa e antecipadamente definir o objecto de estudo que dará origem ao estudo de caso.

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Estudo de Caso

Os investigadores escolhem uma área de investigação porque pretendem especificamente estudar uma matéria especial, e esta área é regularmente confundida como o objecto de estudo ou com o caso em si mesmo.

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Estudo de Caso É assim necessário fazer a distinção entre o objecto de

estudo e o estudo de caso seleccionado para o propósito, e ainda definindo com clareza ente último.

O investigador ao definir o objecto de estudo, deve ter em atenção a forma como a sociedade gera o problema ou o fenómeno em questão.

Esta definição deve partir do próprio investigador e não deve ser imposta pela área.

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Estudo de Caso    A subjectividade do investigador deve portanto

assumir um papel importante na definição do objecto de estudo.

Esta subjectividade torna-se objectiva do ponto de vista do investigador (Hamel et al., 1993).

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Selecção do Caso Ideal para Compreender o Objecto de Estudo

Apesar da objectividade revelada na definição do objecto de estudo apenas ser possível através da subjectividade, esta apenas pode ser a única forma de o caso ser seleccionado, se pretendemos entender o objecto.

É assim necessário recorrer a uma estratégia metodológica para seleccionarmos o caso.

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Estudo de Caso

Esta estratégia consiste em detalhar as qualidades metodológicas características do caso escolhido, baseadas no objecto de estudo seleccionado.

Esta estratégia metodológica resulta da Inicial Theory, ou seja, da ideia inicial que o investigador tem do problema ou fenómeno percepcionado.

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Estudo de Caso O caso escolhido deve ser representativo.

Esta representatividade é relativa à qualidades metodológicas a ele atribuídas.

A definição do caso deve permitir uma avaliação da sua generalidade, tendo em vista os resultados da análise possível (Hamel et al., 1993).

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Estudo de Caso A abundância de Materiais Empíricos

O estudo de caso é uma investigação de profundidade

Podem ser usados vários métodos para recolher vários tipos de informações e para se fazerem observações. Estes são os materiais empíricos através dos quais o objecto de estudo será compreendido

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Estudo de Caso

O estudo de caso é assim baseado numa grande riqueza de materiais empíricos, notáveis pela sua variedade.

Contudo, esta variedade de materiais empíricos apresentam problemas analíticos.

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Estudo de Caso

Esta variedade aparece tanto na diversidade do materiais empíricos como no seu tratamento.

Estes podem ser relatórios de noticias, documentos oficiais, escritas pessoais, trabalhos literários.

O estudo de caso considera material de diferentes origens, que são produzidos por diferentes tipos de conhecimento.

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Estudo de Caso A análise de todo este material levanta sérios

problemas.

Por outras palavras, como é que os materiais empíricos podem ser usados numa análise do ponto de vista cientifico, se foram tratados de forma diferente, dependendo da sua origem?

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Estudo de Caso Para se começar a responder a esta questão, o

objecto de estudo deve ser descrito como foi empiricamente definido, ou seja, da forma como foi construído através destes materiais.

A definição do objecto de estudo deve ser uma definição sustentada pelo investigador, e que corresponda ao foco do estudo.

O objecto de estudo deve assim ser demonstrado como se fosse construído com base no material empírico..

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Estudo de Caso

A profundidade da descrição do estudo de caso, sustenta esta demonstração, porque facilita a clara compreensão da forma como o objecto de estudo se relaciona com os materiais.

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Estudo de Caso

È apropriado determinar rigorosamente o objecto de estudo na transformação da definição teórica do objecto de estudo na sua construção empírica dentro dos materiais seleccionados.

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Estudo de Caso

A variedade destes materiais irá garantir a profundidade do estudo de caso.

O rigor da definição do objecto sobre análise depende aqui da profundidade da descrição característica da abordagem do estudo de caso (Hamel et al., 1993).

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Estudo de Caso Problemas na sua Escrita

Ao usar materiais de diferentes origens e dando a análise em profundidade que o processo implica, o estudo de caso apresenta claramente problemas na literatura e de uma forma mais geral na linguagem.

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Estudo de Caso   Devido aos estudos darem uma descrição profunda,

é necessário uma compreensão da forma como a linguagem dos materiais empíricos é transformada noutra linguagem.

Ou seja, a construção teórica dos materiais empíricos, deve ser directamente compreendida dentro de uma análise.

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Estudo de Caso

A escrita do estudo de caso deve assim compreender três qualidades de rigor (Hamel et al., 1993):

1. a escrita deve ser livre de processos estilísticos;

2. deve incluir a demonstração de conhecimentos (ex. fórmulas ou equações);

3. e a linguagem deve ser irreduzível, de forma a facilitar a sua compreensão.

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Estudo de Caso

Construção das Conclusões

As conclusões alcançadas pelo estudo de caso não podem depender das qualidades da sua linguagem.

Estas conclusões devem ser completamente transmitidas numa declaração escrita.

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Estudo de Caso

O estudo de caso deve produzir conclusões que não possam ser escritas de forma explicita ou que levantem dúvidas.

As teorias e fundações metodológicas das conclusões resultantes do estudo de caso devem ser claramente compreendidas através da profundidade da descrição do objecto de estudo.

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Estudo de Caso   Estas conclusões devem ser apresentadas como

informações novas.

Ou seja, as conclusões devem fornecer informações que, apesar de baseadas na análise das informações de campo, transcendam estas informações (Hamel et al., 1993).

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Estudo de Caso

Os estudos de caso são um tipo de estudos muito particulares e que para serem eficientes devem ter o seu objecto de estudo bem definido, o caso escolhido deve ser representativo do problema ou fenómeno a estudar, os materiais e dados devem ser recolhidos com precaução, a sua linguagem deve ser homogénea e clara e as conclusões produzidas devem ser bem explicitas e representarem informações novas.

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Etnográfica ou Antropológica Etnografia é a descrição de um sistema de

significados culturais de um determinado grupo (Spradley, 1979).

Deve garantir a interpretação do que ocorre no grupo estudado tão apropriadamente como se fosse um membro do grupo.

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Etnográfica ou Antropológica Wolcott chama a atenção para estudos sobre

ensino e aprendizagem dentro de um contexto cultural amplo.

A investigação sobre escola deve relacionar-se com o aprendido dentro e fora da escola.

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ETNOGRÁFICA

Critérios O problema é redescoberto no campo; O investigador deve realizar a maior parte do trabalho de

campo pessoalmente; O trabalho de campo deve ter um tempo amplo que

permita uma imersão na realidade; O investigador deve ter tido outras experiências em

diferentes culturas.

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ÉTNOGRÁFICA A abordagem etnográfica combina diferentes métodos de

recolha: observação, vídeo, histórias de vida, análise de documentos, testes psicológicos, fotografias e outros;

O relatório etnográfico apresenta uma grande quantidade de dados primários (material produzido pelo informante).

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ÉTNOGRÁFICAPressupostos

Hipótese naturalista- ecológica (comportamento humano influencia significativamente o contexto em que se situa).

2. Hipótese qualitativo-fenomenológica (determina ser quase impossível entender o comportamento humano sem tentar entender o quadro referencial dentro do qual os indivíduos interpretam os seus pensamentos, sentimentos e ações).

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Papel do investigador: subjectivo de participante e objectivo de observador na busca da compreensão do comportamento humano.

Método - três etapas: Exploração: selecção e definição do problema Selecção dos aspectos a serem sistematicamente

investigados Descoberta

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Desenvolvimento Exploratória – Pontos iniciais que vão sendo

avalizados ao longo do trabalho, podendo sofrer modificações ou mesmo serem abandonados.

Delimitação – Identificado os elementos–chave e os contornos do problema, o investig. pode proceder à recolha de dados sistemática, utilizando instrumentos mais ou menos estruturados, de acordo com as características próprias do objecto estudado.

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Tem por objectivo investigar as experiências de grupos para teorizá-la e reconstruir uma realidade vivida, na busca de aprimorar continuamente os diversos aspectos da vida profissional, familiar e social, melhorando, com isso, a si mesmos.

É neste sentido que a investigação-acção pode ser concebida como investigação permanente, encerrando um compromisso político e ideológico. Tais grupos passam a ter a capacidade de gerar conhecimento colectivo que os leva à acção social e política. Nesta perspectiva a invest. será inovadora se atender as necessidades sociopolíticas

Investigação-acção

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Investigação-acçãoSegundoBarbier (1985) pesquisa-ação é uma acção em nível

realista, sempre acompanhada de uma reflexão autocrític a

objectiva e de uma avaliação dos resultados. Como o objectivo é

aprender depressa, não devemos ter medo de enfrentar as

próprias insuficiências. Não queremos acção sem invest.,

investig. sem acção. É um processo sistematizado de

observação, reflexão e mudança, por parte dos participantes da

acção e da investigação.

,.

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Investigação-acçãoQuando o “não significativo” se transforma em indício, em pista

possível daquilo que buscamos, os registros começam a documentar, com maior precisão, a aparente dispersão da vida.

A análise proposta permite identificar e relacionar estes indícios e a partir daí orienta as novas observações.

Objectivo: análise crítica da realidade rumo à transformação, num enfoque praxiológico que busca compreender o fenómeno na sua relação com a realidade.

Page 313: Metodologia Cientifica Educação e Bibliotecas -Fátima

Investigação-acçãoCaracterísticas É um processo de conhecer/agir. É iniciada na realidade concreta que se preten-de mudar,

definida pelo grupo interessado. O pesquisar é um agente externo. É um processo coletivo e educacional. O plane-amento é

elaborado pelos investigadores e pelo grupo, assim como sua execução.

Há compromisso dos envolvidos no processo, pois definem o objectivo da investigação, os instrumentos, analisam os dados, comunicam os resultados e deliberam sobre a necessidade das acções.

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Investigação-acção Procedimento metodológico Descrição da realidade; A crítica da realidade; A criação colectiva; Sistematização e definição das

acções.

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Histórias de Vida/ Investigação Narrativa

Segundo Hackmann (2004) a narrativa pode ser o veículo mais adequado tanto para captar a maneira com que as pessoas constituem seu auto conhecimento como também para solicitar que transmitam seu sentido pessoal organizar a sua experiência ao largo de uma dimensão temporal ou sequencial

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Histórias de Vida/ Investigação Narrativa

Deve haver cumplicidade entre o investigador e o investigado O entrevistador (investigador) primeiro conta a sua história Cabe a interlocução dos participantes A historia é partilhada Ferramentas de trabalho na investigação Diários; Entrevistas não estruturadas; Cartas; Escritos autobiográficos e biográfico; Outras fontes de dados

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ADAPTADO DE BORK (1993, p. 47) INVESTIGAÇÃO QUALITATIVA

QUESTÃO: Aspectos qualitativos da actividade humana e da experiência

EXPECTATIVAS: Levantar informação.Descrever e explicar experiências humanas

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ADAPTADO DE BORK (1993, p. 47)

COMPORTAMENTO DAS AMOSTRAS: Activo, natural e espontãneo. É o próprio comportamento a ser estudado.

TIPO DE ESTUDO: Indutivo: o estudo é orientado pelos dados e reformulável permanentemente

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ADAPTADO DE BORK (1993, p. 47)

DADOS: Palavras para análise. Elevada inferência. Recolha ao longo do Estudo

Envolvimento da INVESTIGAÇÃO : dados recolhidos em ambiente natural (não manipulado

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ADAPTADO DE BORK (1993, p. 47) RESULTADOS: Descrições textuais. Explicações e

interpretações

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ADAPTADO DE BORK (1993, p. 47)

INVESTIGAÇÃO QUANTITATIVA:

A QUESTÃO: As pectos quantificáveis das estruturas e do comportamento

EXPECTATIVAS: Verificar hipóteses (e teorias). Prever efeitos

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ADAPTADO DE BORK (1993, p. 47)

COMPORTAMENTO DAS AMOSTRAS: Comportamento delimitado e prescrito pelo investigador

TIPO DE ESTUDO: Dedutivo: guiado por hipóteses formuladas antecipadamente. Variáveis pré-definidas

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ADAPTADO DE BORK (1993, p. 47) DADOS: Baixa inferência. Análise quantitativa dos

dados. Recolha em fase pré-estabelecida

ENVOLVIMENTO DA INVESTIGAÇÃO: Envolvimento altamente controlado. Variáveis manipuladas e variáveis controladas

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ADAPTADO DE BORK (1993, p. 47) RESULTADOS: Descrições quantificáveis. Elevada

fiabilidade.