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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS - PPGEM TÁSSIA VIOL MORETTI MÉTODO DE AVALIAÇÃO DA ESTRUTURA DE INVENTÁRIOS DE CICLO DE VIDA: ANÁLISE PARA CASOS BRASILEIROS DISSERTAÇÃO CURITIBA 2011

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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA

E DE MATERIAIS - PPGEM

TÁSSIA VIOL MORETTI

MÉTODO DE AVALIAÇÃO DA ESTRUTURA DE INVENTÁRIOS DE CICLO DE VIDA: ANÁLISE PARA CASOS BRASILEIROS

DISSERTAÇÃO

CURITIBA 2011

TÁSSIA VIOL MORETTI

MÉTODO DE AVALIAÇÃO DA ESTRUTURA DE INVENTÁRIOS DE CICLO DE VIDA: ANÁLISE PARA CASOS BRASILEIROS

Dissertação apresentada como requisito parcial para a obtenção do grau Mestre em Engenharia, do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica e de Materiais, Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Área de Concentração: Engenharia de Manufatura. Orientadora: Profª. Dra. Cássia Maria Lie Ugaya CURITIBA

2011

iii

AGRADECIMENTOS

À Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR, ao Programa de Pós-

Graduação em Engenharia Mecânica e de Materiais – PPGEM, ao Núcleo de Tecnologia da

Informação aplicada ao Desenvolvimento de Produto – TIDeP pela estrutura oferecida e

pelo conhecimento adquirido através de professores e funcionários.

A minha família por sempre estar presente e preocupada com o meu aprendizado e

crescimento pessoal e profissional.

Aos colegas do mestrado pela amizade e contribuição por meio do intercâmbio de

informações técnicas e opiniões durante as etapas de desenvolvimento deste trabalho.

À Prof.ª Dra. Cássia pela orientação do trabalho desenvolvido e troca de

conhecimentos durante a realização do mesmo.

iv

RESUMO

MORETTI, Tássia Viol. Método de avaliação da estrutura de inventários de ciclo de vida: análise para casos brasileiros, 2011, Dissertação (Mestrado em Engenharia) - Programa de Pós-graduação em Engenharia Mecânica e de Materiais, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Curitiba, 112p.

A Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) tem o propósito de fomentar o entendimento das causas e tipos de impactos ambientais relacionados aos produtos ou serviços, com foco na tomada de decisões. Diante disto, a ACV estuda os aspectos ambientais e os impactos ao longo da vida de um produto, desde a extração de recurso, passando por produção, uso, tratamento pós-uso, reciclagem e disposição. A ACV pode ser dividida em quatro fases: definição de objetivo e escopo, análise de inventário, avaliação de impactos e interpretação, sendo a de avaliação de impactos a que demanda maior tempo e capital. Como decorrência há o Projeto de inventários de ciclo de vida (ICV) para a competitividade ambiental da indústria brasileira e também a elaboração de pesquisa e aprendizado de ICV no Brasil. O objetivo deste trabalho consiste propor um método de avaliação dos ICVs brasileiros. Para isto, fez-se um referencial teórico sobre ICV, o qual inclui base de dados públicas de ICV, a iniciativa de ICV no Brasil, detalhamento do ecoinvent (base de dados escolhida), seguida da comparação do ecoinvent com a ISO 14044:2009. Buscaram-se também setores industriais prioritários definidos pelo Banco Mundial e IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) com a finalidade de se comparar com os ICVs já desenvolvidos no Brasil. De posse destas informações e de após testar o método proposto, pôde-se concluir que há necessidade da adaptação de uma base de dados unificada para os ICVs de diferentes setores industriais brasileiros.

Palavras-chave: Avaliação do Ciclo de Vida. Inventário de Ciclo de Vida. Brasil.

v

ABSTRACT

MORETTI, Tássia Viol, Método de avaliação da estrutura de inventários de ciclo de vida: análise para casos brasileiros, 2011, Dissertação (Mestrado em Engenharia) - Programa de Pós-graduação em Engenharia Mecânica e de Materiais, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Curitiba, 112 p.

The Life Cycle Assessment (LCA) comprises the environmental aspects and impacts over the life of a product from resource extraction, through production, use, treatment, post-use, recycling and disposal. The LCA has four steps: goal and scope definition, inventory analysis, impact assessment and interpretation, and the assessment of impacts that demand more time and capital. Because of this there is the project. This document has the proposal to contribute to the development of LCI consistent in Brazil. As a result there is the project life cycle inventory (LCI) for the environmental competitiveness of Brazilian industry and also the development of research and learning ICV in Brazil. The objective is to develop a method to check LCI in Brazil. For this, it was a theoretical framework on ICV, which includes public database of ICV, the ICV initiative in Brazil, detailing ecoinvent (database chosen), followed by comparison between the ISO 14044:2009 and ecoinvent. Besides this, it checked priority industrial sectors defined by the World Bank and IBGE (Brazilian Institute of Geography and Statistics) in comparison with the LCI has developed in Brazil, and also it checked the method. To conclude, it is necessary an adaptation of a unified database for LCI of different industrial sectors in Brazil.

Keywords: Life Cycle Assessment, Life Cycle Inventory, Brazil.

vi

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 - PROCEDIMENTOS SIMPLIFICADOS PARA ANÁLISE DO INVENTÁRIO..........................................................................................20

FIGURA 2 - EXEMPLO DA BASE DE DADOS DO ECOINVENT VERSÃO 2: DESMEMBRAMENTO PARA MATERIAIS.............................................27

FIGURA 3 - DIAGRAMA ESQUEMÁTICO DA SEQÜÊNCIA DE ATIVIDADES.........33

FIGURA 4 - EXEMPLO DE PROCESSO ELEMENTAR.............................................48

FIGURA 5 - EXEMPLO DE AGREGAÇÃO HORIZONTAL E VERTICAL...................49

FIGURA 6 - EXEMPLO DE COMO O TRANSPORTE ACONTECE ENTRE DUAS ETAPAS DE UM SISTEMA DE PRODUTO............................................51

FIGURA 7 - EXEMPLO DA RELAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO DE SOLUÇÃO E TRANSPORTE........................................................................................53

FIGURA 8 - EXEMPLO A AGREGAÇÃO HORIZONTAL DE DADOS.......................67

FIGURA 9 - EXEMPLO DE SERVIÇOS DE TRANSPORTE - ENTRE ETAPAS DE PROCESSO............................................................................................68

FIGURA 10 - EXEMPLO DE DADOS – BRUTOS DA UNIDADE DE PROCESSO......72

FIGURA 11 - EXEMPLO DA BASE DE DADOS DO ECOINVENT VERSÃO 2: DESMEMBRAMENTO PARA MATERIAIS...........................................103

vii

LISTA DE QUADROS

QUADRO 1 - IMPORTÂNCIA DA COLETA E PUBLICAÇÃO DE DADOS DE ICV..........................................................................................................21

QUADRO 2 - VARIEDADE DE FONTE DE DADOS.....................................................21

QUADRO 3 - UNIDADE DE PROCESSO DO ECOINVENT VERSÃO 2, CONSIDERANDO O BRASIL.................................................................29

QUADRO 4 - QUADRO 4 - SETORES INDUSTRIAIS DE MENOR IMPACTO AMBIENTAL,DESCRITOS PELO BANCO MUNDIAL............................34

QUADRO 5 - COMPARAÇÃO DE CONCEITOS E REQUISITOS DO ECOINVENT NBR ISO 14044:2009..............................................................................46

QUADRO 6 - PROCESSO DE TRATAMENTO DE RESÍDUOS PARA MATERIAIS ESPECÍFICOS NO CASO DE FALTA DE INFORMAÇÕES ESPECÍFICAS.........................................................................................54

QUADRO 7- EXEMPLOS DE NOMENCLATURA.......................................................55

QUADRO 8- EXEMPLOS PARA A NOMEAÇÃO DE RECURSOS DE MINÉRIO DE FLUXOS ELEMENTARES .....................................................................60

QUADRO 9- LEVANTAMENTO DE DADOS DISPONÍVEIS NO BRASIL PARA SEREM UTILIZADOS NESTE TRABALHO DE ICV...............................63

QUADRO 10- CATEGORIAS E SUBCATEGORIAS...................................................109

QUADRO 11-

MATRIZ PEDIGREE USADA PARA AVALIAR A QUALIDADE DA FONTE DE DADOS..............................................................................111

viii

LISTA DE GRÁFICOS

GRÁFICO 1- COMPARAÇÃO DA PRODUÇÃO NO BR POR CLASSES DE ATIVIDADES 2005, 2006 E 2007............................................................45

GRÁFICO 2- COMPARAÇÃO DA VENDA NO BR POR CLASSES DE ATIVIDADES 2005, 2006 E 2007..................................................................................45

ix

LISTA DE TABELAS

TABELA 1 - ENQUADRAMENTO DE ICVS................................................................38

TABELA 2 - CLASSE DE ATIVIDADES POR VALOR DECRESCENTE DE VENDA E PRODUÇÃO 2005...................................................................................41

TABELA 3 - CLASSE DE ATIVIDADES POR VALOR DECRESCENTE DE VENDA E PRODUÇÃO 2006...................................................................................42

TABELA 4 - CLASSE DE ATIVIDADES POR VALOR DECRESCENTE DE VENDA E PRODUÇÃO 2007...................................................................................43

TABELA 5 - NOME E CARACTERÍSTICAS DE PARTICULADOS............................57

TABELA 6 - INVENTÁRIO DE CICLO DE VIDA DA GERAÇÃO HIDRELÉTRICA NO BRASIL- USINA DE ITAIPU: PRIMEIRA APROXIMAÇÃO.....................65

TABELA 7 - INVENTÁRIO DO CICLO DE VIDA DA PRODUÇÃO DE ALUMÍNIO E AÇO NO BRASIL – ALUMÍNIO...............................................................69

TABELA 8 - INVENTÁRIO DO CICLO DE VIDA DA PRODUÇÃO DE ALUMÍNIO E AÇO NO BRASIL – AÇO.........................................................................71

TABELA 9 - ANÁLISE DO INVENTÁRIO DO CICLO DE VIDA DE EMBALAGENS DE VIDRO, ALUMÍNIO E PET UTILIZADAS EM UMA INDÚSTRIA DE REFRIGERANTES NO BRASIL VIDRO.................................................74

TABELA 10 - DADOS COLETADOS PARA ESTUDO DE ACV DAS EMBALAGENS DE VIDRO. SERVIÇOS DE TRANSPORTE - ENTRE ETAPAS DE PROCESSO............................................................................................76

TABELA 11 - ANÁLISE DO INVENTÁRIO DO CICLO DE VIDA DE EMBALAGENS DE VIDRO, ALUMÍNIO E PET UTILIZADAS EM UMA INDÚSTRIA DE REFRIGERANTES NO BRASIL ALUMÍNIO...........................................77

TABELA 12 - DADOS COLETADOS PARA ESTUDO DE ACV DAS EMBALAGENS DE ALUMÍNIO. SERVIÇOS DE TRANSPORTE - ENTRE ETAPAS DE PROCESSO............................................................................................79

TABELA 13 - ANÁLISE DO INVENTÁRIO DO CICLO DE VIDA DE EMBALAGENS DE VIDRO, ALUMÍNIO E PET UTILIZADAS EM UMA INDÚSTRIA DE REFRIGERANTES NO BRASIL PET......................................................80

TABELA 14 - DADOS COLETADOS PARA ESTUDO DE ACV DAS EMBALAGENS DE PET. SERVIÇOS DE TRANSPORTE - ENTRE ETAPAS DE PROCESSO............................................................................................82

TABELA 15 - INVENTÁRIO DA PRODUÇÃO DE PISOS E TIJOLOS CERÂMICOS NO

CONTEXTO DA ANÁLISE DO CICLO DE VIDA PISO CERÂMICO

EMPRESA A...........................................................................................84

x

TABELA 16 - DADOS BRUTOS DA UNIDADE DE PROCESSO, PARA A EMPRESA

A..............................................................................................................85

TABELA 17 - INVENTÁRIO DA PRODUÇÃO DE PISOS E TIJOLOS CERÂMICOS NO

CONTEXTO DA ANÁLISE DO CICLO DE VIDA PISO CERÂMICO

EMPRESA B...........................................................................................87

TABELA 18 - DADOS BRUTOS DA UNIDADE DE PROCESSO, PARA A EMPRESA

B..............................................................................................................88

TABELA 19 - INVENTÁRIO DA PRODUÇÃO DE PISOS E TIJOLOS CERÂMICOS NO

CONTEXTO DA ANÁLISE DO CICLO DE VIDA TIJOLO CERÂMICO

C..............................................................................................................90

TABELA 20 - DADOS BRUTOS DA UNIDADE DE PROCESSO, PARA A EMPRESA

C..............................................................................................................91

TABELA 21 - INVENTÁRIO DA PRODUÇÃO DE PISOS E TIJOLOS CERÂMICOS NO

CONTEXTO DA ANÁLISE DO CICLO DE VIDA TIJOLO CERÂMICO

D..............................................................................................................93

TABELA 22 - DADOS BRUTOS DA UNIDADE DE PROCESSO, PARA A EMPRESA

D..............................................................................................................94

TABELA 23 - COMPILAÇÃO DE RESULTADOS DOS ICVS.......................................96

TABELA 24 - FATORES BÁSICOS DE INCERTEZA (ADIMENSIONAIS) APLICADOS

POR ENTRADAS E SAÍDAS DE TECNOSFERA E POR FLUXOS

ELEMENTARES....................................................................................110

TABELA 25 - FATORES DE INCERTEZA PADRÃO..................................................112

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LISTA DE SIGLAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

ACV Avaliação do Ciclo de Vida

AICV Avaliação do impacto do ciclo de vida

CNAE Classificação Nacional das Atividades Econômicas

FIESP Federação das Indústrias do Estado de São Paulo

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IBICT Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

ICV Inventário do Ciclo de Vida

INMETRO Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial

IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas

ISO Organização Internacional para Padronização (International Organization for Standardization)

MCT Ministério de Ciência e Tecnologia

MDIC Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior

MERCOSUL Mercado Comum do Sul

MMA Ministério do Meio Ambiente

PIA Pesquisa Industrial Anual

SEBRAE Serviço Brasileiro de Apoio a Micro e Pequenas Empresas

Tecpar Instituto de Tecnologia do Paraná

UFSC Universidade de Santa Catarina

UNB Universidade de Brasília

UTFPR Universidade Tecnológica Federal do Paraná

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ……………………………………………………………..………14

1.1 OBJETIVOS ....................................................................................................15

1.2 JUSTIFICATIVA ..............................................................................................16

1.3 ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO..................................................................17

2 INVENTÁRIO DO CICLO DE VIDA ................................................................19

2.1 BASE DE DADOS PÚBLICA PARA ICV ........................................................23

2.2 INICIATIVAS DE ICV NO BRASIL..................................................................31

3 METODOLOGIA.............................................................................................33

3.1 SETORES INDUSTRIAIS: BANCO MUNDIAL...............................................34

3.2 SETORES INDUSTRIAIS: SELEÇÃO DE DADOS DE CLASSE DE

ATIVIDADES IBGE REFERENTE AOS ANOS 2005, 2006, 2007.............................35

3.3 ESCOLHA DA BASE DE DADOS..................................................................36

3.4 COMPARAÇÃO ECOINVENT E NBR ISO 14044:2009.................................36

3.5 DESENVOLVIMENTO DO MÉTODO..............................................................37

3.6 TESTE DO MÉTODO COM ICVS BRASILEIROS.........................................39

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ...................................................................40

4.1 SETORES INDUSTRIAIS ..............................................................................40

4.2 COMPARAÇÃO ECOINVENT E NBR ISO 14044:2009.................................46

4.2.1 Escopo temporal................................................................................................47

4.2.2 Escopo geográfico.............................................................................................47

4.2.3 Escopo tecnológico............................................................................................47

4.2.4 Limite temporal do Sistema...............................................................................47

4.2.5 Dados de unidade de processo.........................................................................48

4.2.6 Regras de Corte.................................................................................................50

4.2.7 Suposições no caso de falta de informações....................................................50

4.2.8 Situação de Mercado.........................................................................................50

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4.2.9 Mix (mistura) de Eletricidade.............................................................................51

4.2.10 Serviços de Transporte ...................................................................................51

4.2.11 Meios de Produção - Infra-estrutura................................................................52

4.2.12 Químicos Dissolvidos......................................................................................52

4.2.13 Energia Térmica..............................................................................................53

4.2.14 Emissões Atmosféricas Adicionais da produção de energia...........................53

4.2.15 Serviços de Tratamento de Resíduos.............................................................54

4.2.16 Incidentes e Acidentes.....................................................................................54

4.2.17 Nomenclatura..................................................................................................55

4.2.18 Categorias e Subcategorias............................................................................55

4.2.19 Poluentes Transportados pelo Ar....................................................................56

4.2.20 Poluentes Aquáticos........................................................................................58

4.2.21 Poluentes do Solo............................................................................................59

4.2.22 Uso de recursos...............................................................................................59

4.2.23 Alocação..........................................................................................................60

4.2.24 Incertezas........................................................................................................62

4.3 ICVS BRASILEIROS..........................................................................................63

4.4 COMPILAÇÃO DA ANÁLISE DOS INVENTÁRIOS.............................................95

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS E RECOMENDAÇÕES.........................................97

REFERÊNCIAS.........................................................................................................99

ANEXO A .................................................................................................................103

ANEXO B .................................................................................................................109

14

1 INTRODUÇÃO

A necessidade de obter o progresso ambiental sustentável do planeta requer

a inclusão de considerações ambientais na tomada de decisões, tanto por gestores

quanto por desenvolvedores de produtos, no que se refere aos aspectos de práticas

de gestão industrial, etapas de produção, distribuição, uso e fim da vida de um

produto Diante disso, o pensamento do ciclo de vida é uma maneira de endereçar

questões de meio ambiente e oportunidades de um sistema e de avaliar um produto

ou um sistema de serviço com o objetivo de reduzir os impactos ambientais

(SONNEMANN et al.,2003).

O propósito da Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) é fomentar um

entendimento das causas e tipos de impactos ambientais relacionados aos produtos

ou serviços, facilitando, assim, a tomada de decisão (UDO DE HAES et al.; 2002).

Dessa forma, a ACV possibilita estudar os aspectos e impactos ambientais ao longo

da vida de um produto, desde a extração de recursos naturais, passando por

produção, uso, tratamento pós-uso, reciclagem e disposição (ABNT, 2009).

A Avaliação do Ciclo de Vida pode ser usada por empresas como uma

ferramenta de suporte de decisão ambiental, para providenciar respostas diretas,

cientificamente embasadas e usar indicadores ambientais relevantes (UDO DE

HAES et al.; 2002).

Em geral, existem tópicos que podem ser distinguidos durante a tomada de

decisões da ACV: i) execução da ACV; ii) preservação dos resultados e conclusões

da ACV e iii) implementação baseada nos resultados da ACV (GUINÉE et al.,

2001b).

De acordo com as orientações da ABNT (2009), a ACV pode ser dividida em

quatro etapas:

1ª. definição de objetivo e escopo de uma ACV: devem ser claramente

definidos e serem consistentes com a aplicação pretendida. O escopo

poderá ser ajustado durante o estudo, devido à natureza iterativa da

ACV;

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2ª. análise de Inventário do Ciclo de Vida (ICV): envolve a coleta e

compilação de dados, para quantificar entradas e saídas de um

sistema de produto1 ao longo do ciclo de vida;

3ª. avaliação do Impacto do Ciclo de Vida (AICV): é dirigida ao

entendimento e à compreensão da magnitude e significância dos

impactos ambientais potenciais de um sistema de produto ao longo do

ciclo de vida do produto;

4ª. interpretação: fase da ACV na qual as constatações da análise de

inventário ou da avaliação de impacto, ou de ambas, são avaliadas

com relação ao objetivo e escopo definidos a fim de se chegar a

conclusões e recomendações.

As ACVs mundialmente, inclusive no Brasil, têm sido realizadas utilizando-se

banco de dados de ICV e métodos de AICV de origem estrangeira, principalmente

da Europa (PEGORARO, 2008).

A fim de facilitar a execução da ACVs, bancos de dados de origem européia,

japonesa e americana foram desenvolvidos. Porém, muitos deles não refletem a

realidade de características como a matriz energética e clima, de determinados

locais, inclusive o Brasil.

1.1 OBJETIVOS

O objetivo deste trabalho consiste em propor um método de avaliação dos

ICVs brasileiros. Para tanto, os objetivos específicos consistem em:

i) Identificar critérios para elaboração de ICVs com base na ABNT NBR

ISO 14044:2009 e ecoinvent;

ii) Elaborar um método de avaliação;

iii) Testar o método proposto.

1 Conjunto de processos elementares, com fluxos elementares e de produto, desempenhando uma ou mais funções definidas e que modela o ciclo de vida de um produto

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1.2 JUSTIFICATIVA

Diante disso, Lewandowska et al. (2008), apresentou, para a Polônia, um

estudo baseado no projeto do Ministério da Ciência e do Ensino Superior, realizado

pelo Instituto de Tecnologia em Poznan, na Polônia. Este mostra as diferenças entre

o ecoinvent e dados poloneses para a produção de madeira. A conclusão deste

estudo foi que diferenças entre países existem e que estas podem ser uma fonte de

incerteza, principalmente se os dados utilizados não forem específicos. Por outro

lado, torna-se impossível a coleta de dados específicos para todos os itens incluídos

no sistema de produto, para tanto, utiliza-se base de dados de ACV.

Pegoraro (2008), ressalta que esses bancos de dados de origem estrangeira

não refletem a realidade brasileira, uma vez que foram desenvolvidos com o uso de

dados específicos dos países ou regiões a que se referem.

No Brasil, ao realizar ACVs de automóveis, quando do uso de inventários

internacionais e nacionais, Ugaya (2001) apresentou diferenças significativas no

resultado em virtude de disparidades entre matriz energética e uso de tecnologias na

produção de alumínio. No caso da matriz energética, por exemplo, no Brasil utiliza-

se carvão vegetal na produção do aço primário e nos Estados Unidos há um maior

consumo de gás natural. Em alguns casos, os valores nacionais obtidos na ACV do

carro são seis vezes superiores aos obtidos com dados internacionais. Isso se

justifica pela diferença de banco de dados nacional e internacional, decorrente de

especificidade de tecnologias e métodos de quantificação e cálculos utilizados pelas

indústrias (UGAYA, 2001).

Na tentativa de se aproximar de características regionais do Brasil, vários

inventários envolvendo dados brasileiros foram desenvolvidos. Dentre alguns destes

inventários estão:

i) inventário de ciclo de vida da geração hidrelétrica no Brasil - Usina de

Itaipu: primeira aproximação;

ii) adaptação de Banco de Dados de Inventários de Ciclo de Vida para a

realidade brasileira no que concerne à logística da produção de

materiais;

iii) inventário do Ciclo de Vida da Produção de Alumínio e Aço no Brasil;

17

iv) análise do Inventário do Ciclo de Vida de Embalagens de vidro,

alumínio e PET utilizadas em uma indústria de refrigerantes no Brasil;

v) inventário do ciclo de vida do papel offset produzido no Brasil;

vi) inventário da produção de pisos e tijolos cerâmicos no contexto da

análise do ciclo de vida;

vii) análise de Ciclo de Vida: estudo de caso para materiais e componentes

automotivos no Brasil.

Para utilizar estes ICVs em um mesmo estudo, contudo, devem ser

realizados seguindo critérios comuns.

Diante do exposto, justifica-se, portanto, a necessidade de realizar um

trabalho para avaliar como estão estruturados os inventários do ciclo de vida

brasileiros e se esses apresentam a mesma estrutura com relação a conceitos.

1.3 ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO

Para contextualizar a temática e viabilizar a obtenção dos objetivos

propostos este trabalho está organizado em cinco capítulos.

No primeiro capítulo é feita uma introdução ao tema justificando a

importância ACV. Apresenta-se, também, o objetivo geral e os específicos que serão

abordados, além da estrutura do trabalho.

O segundo capítulo trata dos conceitos fundamentais sobre inventário do

Ciclo de Vida, além de uma explanação sobre o tema. Apresentam-se informações

sobre base de dados pública de ICV e a iniciativa de ICV no Brasil e os detalhes da

base de dados escolhida para o estudo.

O terceiro capítulo informa a metodologia da pesquisa empregada neste

estudo, além de detalhar a seqüência de atividades.

No quarto capítulo apresentam-se os dados de setores industriais definidos

pelo Banco Mundial; análise dos dados de produção e vendas de produtos e/ou

serviços industriais, segundo a classe de atividades e descrição dos produtos

definidos pelo IBGE, referentes a 2005, 2006 e 2007; comparação do ecoinvent

versão 2.0 com ABNT NBR ISO 14044:2009; levantamento de ICVs brasileiros;

resultado da comparação e de ICVs brasileiros, baseados em Althaus et al. (2007) e

ABNT (2009a).

18

No quinto capítulo há as considerações finais obtidas a partir do

desenvolvimento deste trabalho, além de recomendações para trabalhos futuros.

19

2 INVENTÁRIO DO CICLO DE VIDA

Dentro da Avaliação do Ciclo de Vida (ACV), o Inventário do Ciclo de Vida

(ICV) é uma fase na qual efeitos ou cargas ambientais2 gerados por um produto ou

atividade durante o ciclo de vida são identificados e avaliados, quantificando-se as

entradas e saídas para o ambiente do sistema de produto investigado (FERREIRA,

2004;SONNEMANN et al.,2003).

Neste contexto, o ICV é baseado na definição do objetivo e escopo e dos

limites do sistema, diagrama de fluxos com unidades de processos, coleta de dados

para cada um desses processos, alocação e outros cálculos (GUINÉE et al., 2001b),

conforme ilustra a Figura.1.

Seguindo o fluxo apresentado na Figura.1, encontra-se:

a. definição do objetivo e escopo: a aplicação, as razões para a execução

do estudo, público que será informado dos resultados, a intenção de

utilizá-lo de forma comparativa a ser divulgado publicamente devem

estar descritos no objetivo ABNT (2009; 2009 a).

b. preparação para coleta de dados: é indicada, pois pode cobrir vários

locais de origem de dados e referências publicadas, por isso, a ABNT

(2009) recomenda as seguintes etapas para assegurar a compreensão

uniforme e consistente dos sistemas de produto a serem modelados:

■ fluxograma do processo,

■ processo elementar detalhado, bem como suas inter-relações;

■ listar as unidades utilizadas;

■ descrever como dados foram coletados e cálculos realizados;

■ evidenciar em documento quando houver casos de

irregularidade, observações relacionadas a dados fornecidos e

outros casos especiais.

2 Cargas ambientais são definidas como uma quantidade de substâncias, radiações, ruídos, vibrações emitidas para ou removidas de imediações reais ou potenciais que podem causar efeitos nocivos. Dentro desta definição podem ser encontrados: consumo de energia e matéria-prima, emissões no ar e água, geração de resíduos, ruído, vibração, odores, os quais são comumente conhecidos como poluição ambiental.

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Figura1 - Procedimentos simplificados para análise do inventário Fonte: ABNT (2009a).

c. coleta de dados: algumas razões expostas no Quadro1, mostram a

importância da coleta e publicação de dados de ICV de associações

industriais ou companhias individuais (BEAUFORT-LANGEVELD et

al., 2003). A coleta de dados pode ser construída com diferentes e

variada fontes, que podem ser divididas em quatro diferentes

categorias, como detalhado no Quadro 2 (SONNEMANN et al.,2003).

Estas fontes devem ser citadas e referenciadas, assim como, dados e

detalhes mais expressivos que podem interferir no resultado final do

Folha revisada de coleta de dados revisada

Definição de objetivo e escopo

Preparação para a coleta de dados

Coleta de dados

Validação de dados

Correlação dos dados aos processos elementares

Correlação dos dados à unidade funcional

Agregação de dados

Refinamento das fronteiras do sistema

Folha de coleta de dados

Dados coletados

Dados validados

Dados validados por processo elementar

Dados validados por unidade funcional

Inventário calculado

Inventário completado

Dados ou processos elementares adicionais requeridos

Alocação Inclui Reuso e Reciclagem

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estudo, se tais dados atenderem aos requisitos iniciais da qualidade

dos dados e o período da coleta dos dados (ABNT, 2009a).

Coleta de dados

Pontos a serem analisados

Razões e Questões referentes à coleta de dados

Dirigentes

- Respostas a pedidos de informação em produtos ou processos de autoridades, clientes e organizações consumidoras. - Aperfeiçoar um produto ou processo (identificar oportunidades). - Providencia números quantificados para debate público em questões ambientais. - Ferramenta de marketing.

Barreiras

- Confidencialidade. - Falta de conhecimento - Desenvolvimento de metodologias, pesquisa em bases comuns. - Custo e tempo.

Como superar

- Pessoa ou Instituto Independente. - Assegurar larga participação. - Agregar números. - Trabalhar com associações de indústria é melhor do que companhias individuais. - Ser objetivo no começo do projeto.

Benefícios

- Melhor entendimento de processos e Produtos. - Mais experiência obtida no campo de ACV. - Trazer a ciência a debate público em questões ambientais (quantificação). - Bases para ferramentas de comunicação.

Quadro 1 - Importância da coleta e publicação de dados de ICV Fonte: Beaufort-Langeveld et al. (2003).

Fonte de dados Exemplos

Base de dados eletrônica Softwares públicos e comerciais e fontes de Internet em ACV.

Dados de Literatura Artigos científicos, relatórios públicos, estudos existentes de ACV.

Dados não publicados Dados fornecidos por empresas, laboratórios, autoridades e fontes correlatas.

Medições e cálculos Dados obtidos através de cálculos ou estimativas. Quadro 2 - Variedade de fonte de dados Fonte: Sonnemann et al. (2003).

22

d. validação dos dados: os dados devem ser coletados de forma a se

verificar sua validade, estabelecendo balanços de massa, balanços de

energia e/ou análises comparativas de fatores de emissão, ABNT

(2009).

e. correlação de dados a processos elementares e à unidade funcional3:

para cada processo elementar deve ser determinado um fluxo de

referência apropriado. Os dados qualitativos de entrada e saída do

processo elementar devem ser calculados em relação ao fluxo de

referência. Convém que o cálculo resulte em que todos os dados de

entrada e saída do sistema estejam referenciados à unidade funcional

(ABNT, 2009a).

f. agregação de dados: convém que os dados sejam agregados somente

se estiverem relacionados a substâncias equivalentes e a impactos

ambientais semelhantes. Se forem necessárias regras de agregação

mais detalhadas, convém que sejam justificadas na fase de definição

do objetivo e escopo do estudo ou que sejam deixadas para uma fase

subseqüente de avaliação de impacto (ABNT, 2009a).

g. refinamento das fronteiras do sistema: as fronteiras iniciais do sistema

de produto devem ser revisadas conforme apropriado, de acordo com

os critérios de corte estabelecidos na definição do escopo. Para

inclusão e/ou exclusão de estágios do ciclo de vida, de processos

elementares, entradas e saídas, utiliza-se a análise de sensibilidade

(ABNT, 2009a).

h. alocação: consiste em procedimentos de repartição de

responsabilidade dos impactos ambientais entre os diversos produtos,

materiais ou processos, que se faz necessária devido à variedade de

componentes que estão entrando e saindo de um sistema. Os

princípios e procedimentos de alocação também se aplicam a

3 Unidade Funcional: Desempenho quantitativo de um sistema de produto para uso como uma unidade de referência num estudo de ACV (ABNT, 2009 a). Exemplo: Engarrafar 6600 mL de um produto (Ugaya, 2008). Fluxo de Referência Medidas das saídas necessárias de processos em um determinado sistema de produto, requeridas para realizar a função expressa pela unidade funcional (ABNT, 2009 a). Para a unidade funcional acima o fluxo de referência pode ser, por exemplo, 20 latas de 330 mL cada (Ugaya, 2008).

23

situações de reutilização e reciclagem (compostagem, recuperação de

energia, entre outros) (ABNT, 2009a; UGAYA, 2001). É recomendável

que os procedimentos de alocação aproximem-se tanto quanto

possível de tais relações e características de entradas e saídas, visto

que o inventário é baseado em balanço de material entre a entrada e a

saída.

Diante disto, a definição do objetivo e escopo do estudo, a coleta de dados

são de fundamental importância para se alcançar o proposto no estudo em questão,

para então dar-se seqüência com os passos orientados na Figura.1.

2.1 BASE DE DADOS PÚBLICA PARA ICV

Na década de 90, existiam várias bases de dados para realização da ACV,

as quais eram desenvolvidas por diferentes institutos, organizações e regiões do

mundo. A informação freqüentemente disponível em inventário de ciclo de vida de

um determinado produto não coincidia com a dos outros inventários e o resultado

dependia, inevitavelmente, do instituto que estava realizando a análise. Surgiu-se,

então, a necessidade de unificar essas informações numa base de dados para ACV

em que os resultados fossem confiáveis, independentemente da capacidade de

qualquer instituição realizar o estudo (ALTHAUS et al., 2007).

Em 1992, uma associação de indústrias interessadas em acelerar o

desenvolvimento de ACVs como uma ferramenta para o desenvolvimento

sustentável criou a Sociedade para a Promoção do Desenvolvimento de Avaliação

de Ciclo de Vida. Com a movimentação de grande quantidade de recursos

financeiros, as atividades resultaram em diversas publicações. Em 1995, o projeto

intitulado Ganhar Aceitação (Winning Acceptance) pretendia criar um diálogo e um

consenso entre indústria, governo, ambientalistas e instituições acadêmicas

(WEIDEMA , 2003).

De acordo com a crescente preocupação da indústria e das autoridades

quanto à importância de um inventário que reportasse credibilidade para a

realização de uma ACV, houve uma demanda crescente por dados confiáveis, de

qualidade, consistentes transparentes e independentes (ALTHAUS et al., 2007).

24

O programa da UNEP (United Nations Environment Programme –Programa

de Meio Ambiente da Nações Unidas) e SETAC (Society of Environmental

Toxicology and Chemistry- Sociedade de Química Ambiental e Toxicologia) Life

Cicle Initiative (Iniciativa do Ciclo de Vida), referente a ICV tem por objetivo um

aumento de acesso à qualidade de base de dados de ICV. Além de melhorar o

acesso global a dados transparentes de alta qualidade de dados de ciclo de vida

hospedando e facilitando grupos de estudiosos cujo trabalho conduz aos sistemas

de informação (com suporte na internet).

Para o estudo e definição de ICV os objetivos são: identificar necessidades

de usuários para dados, a fim de orientação metodológica consistente, aumentar a

capacidade para julgar e validar ICVs global, fornecer a usuários de dados do ICV

uma idéia das conseqüências da seleção de dados para a qualidade e validade dos

resultados e desenvolver mecanismos ou processos que estimulem a melhoria

contínua na disponibilidade, qualidade e transparência de dados (Life Cycle

Inventory Programe, 2009).

A seguir um resumo do que foi desenvolvido por algumas iniciativas com

relação ao acesso público a base de dados:

i) inventário dos Estados Unidos: O NREL (National Renewable Energy

Laboratory – Laboratório Nacional de Energia Renovável) e os seus

parceiros criaram o U.S. Life-Cycle Inventory – Inventário do ciclo de

vida dos Estados Unidos, com dados para ajudar especialistas de ACV

encontrar respostas sobre o impacto ambiental. Esta base fornece um

tempo de vida de contabilização dos fluxos de energia e de material

para dentro e fora do ambiente em que estão associados à produção

de um material, componente ou montagem. A revisão crítica dos dados

de ICV é consistente com um protocolo comum de investigação e com

as normas internacionais. Os dados do ICV apoiam os esforços para

desenvolver ACV de produtos, sistemas de apoio e ferramentas de

ACV (NREL, 2009);

ii) atividades na Austrália: o grupo de trabalho de dados australianos é

formado por uma série de dados para materiais, energia e inventário de

transporte que foram desenvolvidos pelo Centro de Design em RMIT

(Royal Melbourne Institute of Technology) e pelo Centro de Tecnologia

em Água e Resíduos na Universidade de New South Wales, também

25

em um formato padrão de troca de dados (BEAUFORT-LANGEVELD

et al., 2003);

iii) projetos de ACV no Japão: em 1998, o Ministério da Economia,

Comércio e Indústria do Japão lançou um projeto de cinco anos

intitulado ‘Development of Life Cycle Impact Assessment for Products –

Desenvolvimento da Avaliação de Impactos do Ciclo de Vida para

Produtos (comumente conhecido como “the LCA Project’ – o Projeto

de ACV. O propósito deste projeto é o de desenvolver uma

metodologia comum de ACV, bem como uma base de dados altamente

confiável para poder ser partilhados no Japão. Atividades ao longo

destes cinco anos resultaram na oferta de dados de ICV sobre cerca

de 250 produtos. Associações industriais voluntariamente forneceram

estes dados (NARITA et al., 2008);

iv) German Helmholtz Association (HGF): os resultados de confiabilidade

dependem da disponibilidade e da qualidade dos dados de (ICV). A fim

de proporcionar alta qualidade de dados de ICV para sistemas de

backgroud (nível de fundo) de ACV e torná-la aplicável a uma gama

mais vasta de domínios, estratégias de harmonização de dados já

existentes e bases de dados são necessários. Em virtude do elevado

significado de dados de ICV como uma base de grandes campos de

ação dentro de uma estratégia de sustentabilidade, a German

Helmholtz Association (HGF), sob a liderança do Forschungszentrum

Karlsruhe (FzK) considerou esta questão no seu programa de

investigação. Em 2002, o FzK realizou um estudo preliminar sobre a

garantia da qualidade e fornecimento de dados de ICV, financiado pelo

Ministério Federal da Educação e Pesquisa. O foco é da criação de

uma rede permanente alemã de dados de ICV, que serviria de

plataforma alemã de informação e de cooperação científica no domínio

da ACV. Os estudos de caso foram utilizados para definir as interfaces

e adaptados para o banco de dados, uma vez que dados de diferentes

níveis de qualidade foram encontradas (BAUER-ALU et al., 2004);

v) European Reference Life Cycle Data System - ELCD. O banco de

dados central do ELCD possui dados de associações empresariais da

União Européia, aprovados pela idústria para materiais, distribuição de

26

energia, transporte e gestão de resíduos. Prima-se pela qualidade,

consistência, aplicabilidade dos dados e complementação de outras

bases. O público-alvo desses conjuntos de dados é especialistas e

profissionais da área de ACV

(http://lca.jrc.ec.europa.eu/lcainfohub/datasetArea.vm).

vi) ecoinvent - Suíça: a base de dados do ecoinvent foi desenvolvida pelo

centro Suíço de ICV. Essa base de dados utiliza o formato EcoSpold e

possui cerca de 4.000 dados para produtos, serviços e processos

freqüentemente usados em estudos de caso de ACV. A base de dados

do ecoinvent versão 2.0 compreende a cobertura de dados de ICV para

energia (incluindo óleo, gás natural, hulha, energia nuclear, energia

hidroelétrica, fotovoltaica, aquecimento solar, energia eólica, mix

(mistura) de eletricidades, biocombustíveis) transporte, materiais de

construção, madeira (madeira topical e européia) fibras renováveis,

metais (incluindo metais preciosos), químicos (incluindo petroquímicos

e detergentes), eletrônicos, engenharia mecânica (tratamento de

metais e ar comprimido), papel e polpa, plásticos, tratamento de

resíduos e produtos agrícolas (ALTHAUS et al., 2007).

Dentre aproximadamente quatro mil unidades de processos considerados

pelo ecoinvent (material, energia, transporte, processamento, uso, cenário de

resíduos, tratamento de resíduos), a fim de exemplificar a base de dados do

ecoinvent versão 2, a Figura 2 mostra parte do desmembramento para material,

mais detalhes também são encontrados no Anexo A. Nesta figura, destacaram-se os

dados de produtos/serviços que o ecoinvent também considerou para o Brasil.

27

Materiais

Figura 2 – Exemplo da base de dados do ecoinvent versão 2:desmembramento para materiais. Fonte: Adaptado de SimaPro 7.1 (2008).

Agricultura

Cerâmica

Químicos

Construção

Eletrônicos

28

29

Há trinta e um processos elementares para o Brasil no Ecoinvent v.2,

conforme Quadro 3.

Categoria Subcategoria Nomes

Biomassa

Combustíveis

Etanol 97% em água, a partir da Biomassa, a destilação

Etanol 95% em água, a partir da cana de açúcar, na planta de fermentação

Etanol, 95% em água, a partir de melaço da cana de açúcar, na refinaria de açúcar

Óleo de soja, na planta

Éster metílico de soja

Produção Cinza, bagaço, na planta de fermentação

Vinhaça, a partir da cana de açúcar, na fermentação

Outros

Bagaço da cana de açúcar, na refinaria

Vinhaça, a partir do melaço, na refinaria de açúcar

Produtos de soja

Co-geração Eletricidade, bagaço da cana de açúcar, na planta de fermentação

Eletricidade, bagaço da cana de açúcar, na refinaria de açúcar

Agricultura Produção Vegetal

Cana de Açúcar, na fazenda

Soja, na fazenda

Indústria de Alimentos Processamento Açúcar, a partir da cana de açúcar, na refinaria de açúcar

Químicos Orgânicos Glicerina, a partir de óleo de soja, na planta de esterificação

Eletricidade

Mix de fornecimento

Eletricidade de alta voltagem, na rede

Eletricidade de baixa voltagem, na rede

Eletricidade de média voltagem, na rede

Eletricidade, mix de produção

Produção

Eletricidade de alta voltagem, na rede

Eletricidade de baixa voltagem, na rede

Eletricidade de média voltagem, na rede

Mix de eletricidade

Madeira

Extração

Madeira redonda, floresta primária, corte raso, em estradas florestais

Disposição do solo

Pino Paraná, em pé, sob a casca, em florestas tropicais

Rolaria, Pino do Paraná, sob casca, em estradas de floresta

Processo Madeira serrada, Pino Paraná, seca na estufa, na serraria

Resíduos de madeira industrial, Pino Paraná, na serraria

Hidroelétrica Usina Eletricidade, hidroelétrica, na planta do reservatório Quadro 3 - Unidade de Processo do ecoinvent versão 2, considerando o Brasil Fonte: SimaPro 7.1 (2008).

30

A atual versão está em fase de elaboração, diversos dados em área de

transporte (mais dados para transporte de trem e sobre mobilidade),

biocombustíveis, pesticidas, rejeitos da cadeia de produção de carvão, foram

desenvolvidos em uma variedade de projetos ao longo de 2009. Além disso, alguns

erros na base de dados foram corrigidos devido a contribuições de usuários.

Também se inclui métodos de avaliação de impactos, tais como USEtox e ReCipe,

além de se estar avaliando a inclusão de outros métodos na nova versão

(WEIDEMA, HISCHIER; 2010).

Diversos cursos estão sendo ministrados no Canadá, Suíça, Espanha, para

rever e atualizar a base de dados da versão 3 (WEIDEMA, HISCHIER; 2010).

31

2.2 INICIATIVAS DE ICV NO BRASIL A Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) de produtos brasileiros é uma das ações

prioritárias do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT).

O IBICT, vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, considera o

projeto de implantação de um modelo de inventário brasileiro vital para o

desenvolvimento nacional e, por isso, pretende ser um agente ativo na organização

do banco de dados de produtos e serviços do país e na disseminação das

informações (IBICT, 2009).

Algumas instituições, além do IBICT, participam dessa iniciativa brasileira

em ACV e ICV no Brasil, entre elas citam-se:

i) acadêmicas e de pesquisa: UnB – Universidade de Brasília; USP –

Universidade de São Paulo; UTFPR – Universidade Tecnológica

Federal do Paraná; UFSC – Universidade de Santa Catarina; IPT –

Instituto de Pesquisas Tecnológicas; Tecpar- Instituto de Tecnologia do

Paraná;

ii) governamentais: MCT- Ministério de Ciência e Tecnologia; MDIC-

Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, MMA –

Ministério do Meio Ambiente; INMETRO - Instituto Nacional de

Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial;

iii) industriais: Petrobrás; Unilever; Suzano; SEBRAE – Serviço Brasileiro

de Apoio a Micro e Pequenas Empresas; FIESP- Federação das

Indústrias do Estado de São Paulo; BASF (PIRES 2006).

Conforme Pires (2009), no Brasil existe o Projeto Brasileiro de Inventário do

Ciclo de Vida para a Competitividade da Indústria Brasileira. O objetivo desse projeto

é disponibilizar um sistema de banco de dados contendo informações fundamentais

sobre casos específicos de insumos indispensáveis para a realização de inventários

de ciclo de vida de produtos relevantes a pauta de exportação brasileira. Este

inventário será parte fundamental para a aplicação da metodologia de Avaliação do

Ciclo de Vida dos Produtos - ACV, como especificado pela família de normas ISO

14040.

32

Apesar das várias iniciativas listadas acima demonstrarem estar envolvidas

na organização de dados sobre ICV, o Brasil encontra-se em estágio anterior em

relação aos demais países.

Se comparado com o que foi descrito no item 2.1 , outros países passaram

pela mesma situação. Diversas entidades trabalhando na busca de dados para ICV,

porém o sucesso foi obtido quando informações confiáveis de diversas fontes foram

unificadas numa base de dados para ACV.

33

3 METODOLOGIA

No capítulo anterior, fez-se um referencial teórico sobre ICV, incluindo base

de dados públicas de ICV, a iniciativa de ICV no Brasil e a apresentação do

ecoinvent.

O próximo passo consiste em definir os setores industriais prioritários, que

necessitam ser incluídos em base de dados de ICV. Para tanto, utilizam-se os dados

das principais indústrias de menor desempenho ambiental, de acordo com World

Bank Group (1998) e as principais indústrias no Brasil, de acordo com a produção

dada pelo IBGE, 2005, 2006 e 2007. Em seguida, esta lista será comparada com a

lista do ecoinvent.

De posse destas informações e do levantamento dos ICVs poderá se

concluir com relação às prioridades para o desenvolvimento de ICVs para

determinados setores industriais. A seguir segue um diagrama esquemático geral

(Figura 3) e explanação da seqüência de atividades adotadas para a condução

deste trabalho.

Figura 3 - Diagrama esquemático da seqüência de atividades Fonte: Autoria própria.

Setores Industriais: seleção de dados do Banco

Mundial e classe de atividades IBGE 2005, 2006, 2007

Escolha da base de dados: ecoinvent v.2

Comparação ecoinvent e NBR ISO 14044:2009

Desenvolvimento do Método

Teste do método com ICVs brasileiros

34

3.1 SETORES INDUSTRIAIS: BANCO MUNDIAL

O manual desenvolvido pelo Banco Mundial traz conceitos de

desenvolvimento sustentável focando a atenção nos benefícios tanto ambientais

quanto econômicos, da prevenção da poluição, incluindo produção mais limpa,

técnicas de bom gerenciamento, tratamento e disposição final. Foi preparado para

auxiliar equipes e consultores do Banco Mundial e outras instituições financeiras em

assegurar-se de que os projetos industriais consigam se adequar em desempenho

ambiental. Traz, também, uma seção específica de indústrias, com informações em

medidas para a prevenção da poluição e requerimentos de emissões. A intenção é

proteger a saúde humana e o meio ambiente, propondo um gerenciamento

ambiental e não apenas um controle da poluição, pois padrões de emissões em

fontes individuais podem dar uma falsa sensação de segurança, por criar a

impressão de que o problema global tenha sido abordado. A listagem de alguns

destes setores industriais encontra-se no Quadro 4 (WORLD BANK GROUP, 1998).

Setores Industriais

Manufatura do Alumínio Manufatura do cimento Manufatura de Coque

Metal Base e Mineração do minério de Ferro Plantas Cloro-álcali Fundição de Cobre

Cervejarias Produção e mineração de carvão Processamento de Óleos Vegetais

Manufatura de Tinta Manufatura de Eletrônicos Galvanoplastia

Fundição Processamento de Frutas e Vegetais Manufatura de Vidro

Manufatura de Ferro e Aço Fundição de Chumbo e Zinco Processamento e Transformação de Carne

Mini siderurgias Fundição e Refino de Níquel Plantas de Fertilizante e Nitrogênio

Desenvolvimento Terrestre de Óleo e Gás Formulação de Pesticidas Manufatura de Pesticidas

Manufatura de Petroquímicos Refino de Petróleo Manufatura de Fármacos

Plantas de Fertilizante e Fosfato Estampagem Fábrica de Polpa e Papel

Manufatura de Açúcar Curtição e Acabamento do Couro Têxtil

Quadro 4 - Setores industriais de menor impacto ambiental, descritos pelo Banco Mundial. Fonte: World Bank Group (1998).

35

3.2 SETORES INDUSTRIAIS: SELEÇÃO DE DADOS DE CLASSE DE

ATIVIDADES IBGE REFERENTE AOS ANOS 2005, 2006, 2007

Fez-se uma análise das informações do IBGE de Produção e vendas dos

produtos e/ou serviços industriais, segundo classe de atividades e descrição dos

produtos, com dados de quantidades vendida e produzida e os valores das vendas,

tendo como referência os anos de 2005, 2006 e 2007.

A partir de cada classe de atividade, outras variáveis tabuladas foram:

i) número de informações - número de unidades locais que informam o

produto;

ii) quantidade produzida no ano - soma das quantidades produzidas de

todos os informantes do produto;

iii) valor das vendas - soma dos valores das vendas de todos os

informantes do produto. Este valor corresponde a vendas realizadas

diretamente pelas unidades locais produtivas industriais. As vendas

realizadas pelos departamentos de vendas, pelas unidades

administrativas ou pelas unidades produtivas não industriais não são

levantadas na pesquisa do IBGE;

iv) valor da produção - soma dos valores da produção de todos os

informantes do produto. Variável construída, para cada ocorrência de

produto, através do seguinte critério:

VP = VM x QP

Onde:

VP: Valor da produção

VM: valor médio de venda (valor das vendas/quantidade vendida)

QP: quantidade produzida.

A fim de facilitar a exposição dos dados referente à produção e venda 2005,

2006, 2007 elaborou-se um gráfico para cada ano. De posse do número de

informações, do valor total e individual de classe de atividades expressou-se os

dados em porcentagem de produção e venda. Listaram-se as cinqüenta primeiras

36

classes de atividades por valor decrescente de venda e produção. Adotaram-se

como regra de corte as dez classes de atividades que apresentaram maiores

porcentagens. Isso porque a maior variação de valor ocorre neste intervalo, sendo

que além destas dez classes, nota-se que a variação da porcentagem ocorre nas

casas decimais de 1 e 0 %.

Para a construção dos gráficos de comparação da produção e venda no

Brasil, por classes de atividades - valor- 2005, 2006 e 2007, consideraram-se as dez

classes de atividade que apresentaram maior valor de venda e de produção para o

ano de 2007. Buscaram-se para essas classes de atividades os valores

correspondentes aos anos de 2005 e 2006. Não foi possível comparar extração de

petróleo e gás natural, pois não foi divulgado os dados referente aos anos de 2006 e

2007. Devido a isso o gráfico compara nove classes de atividades. 3.3 ESCOLHA DA BASE DE DADOS

A base de dados do ecoinvent v.2, é uma base de dados consistente,

coerente, transparente, o que proporciona credibilidade e aceitação de resultados de

estudos de ACV. Isto se confirma com a validação da base de dados do ecoinvent

v.2 pela Swiss TS (WEIDEMA; HISCHIER, 2011).

Além disso, dentre as base de dados citadas no item 2.1, é a que apresenta

o maior número unidades de processos.

3.4 COMPARAÇÃO ECOINVENT E NBR ISO 14044:2009

Para se propor uns métodos de avaliação dos ICVs brasileiro, listaram-se e

definiram-se os requisitos presentes em Althaus et al. (2007).

Na seqüência buscou-se- na ABNT (2009a) semelhanças e diferenças.

37

3.5 DESENVOLVIMENTO DO MÉTODO

O método desenvolvido consiste na correlação de requisitos do ecoinvent

com a ABNT (2009a), conforme a Tabela 1. Nela, a legenda de cores indica qual

item do ecoinvent é considerado recomendável, obrigatório, não é citado ou é

opcional conforme a referida norma, sendo considerado:

i) recomendável: é quando se opta em utilizar como não sendo

obrigatório, quando a norma traz palavras “convém”, por exemplo;

ii) obrigatório: é quando a norma traz palavras como “deverão”, por

exemplo;

iii) não é citado: quando o requisito do ecoinvent não está sendo

mencionado na ABNT (2009a).;

iv) opcional: é quando palavras como “podem” estão presentes no texto da

ABNT (2009a)..

Concomitantemente a interpretação de cada ICV, preenche-se a Tabela 1

para cada inventário da seguinte forma:

i) sim (S): se o ICV analisado apresenta o requisito em questão;

ii) não (N): se o ICV analisado não apresenta o requisito em questão;

iii) não aplicável (NA): quando o requisito citado não tem correlação com o

ICV analisado, por exemplo: químicos dissolvidos, mas no inventário

não traz solução química;

iv) não informado (NI): quando o ICV analisado não faz menção ao

requisito em questão.

38

Tabela 1 – Enquadramento de ICVs E

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Fonte: Autoria própria.

recomendável na ISO 14044:2009 obrigatório na ISO 14044:2009 não é citado na ISO 14044:2009 opcional na ISO 14044:2009

S Sim , possui N Não possui NI Não informado NA Não aplicável

39

3.6 TESTE DO MÉTODO COM ICVS BRASILEIROS

Buscaram-se publicações de trabalhos acadêmicos envolvendo ICVs com

foco brasileiro, para então testá-lo no método proposto na Tabela 1.

Para isto utilizou-se uma metodologia de amostragem, visando restringir uma

amostra analisada, conforme descrito no capítulo seguinte.

40

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Para uma melhor compreensão dos resultados, estes serão divididos em

setores industriais, comparação ecoinvent (Althaus et al, 2007) e ABNT (2009a),

enquadramento dos ICVs e adaptação de ICV.

4.1 SETORES INDUSTRIAIS

Conforme proposto por Guinée et al. (2001a), no que se refere à tomada de

decisões para questões ambientais, é necessário buscar uma visão macro, para

posteriormente se tornar específico.

Desta forma, primeiramente seguem-se informações sobre setores

propostos pelo Banco Mundial e na seqüência o panorama da indústria brasileira,

através de dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Com relação ao Banco Mundial, utilizou-se o levantamento dos setores

industriais, já descrito no Quadro 4, do capítulo anterior.

No IBGE consultou-se, referente aos anos de 2005, 2006 e 2007, a

Pesquisa Industrial Anual - Produto, PIA-Produto, a qual levanta informações

referentes a produtos e serviços industriais produzidos pela indústria nacional. As

informações sobre as mercadorias e serviços industriais foram levantadas segundo

uma nomenclatura de produtos preestabelecida, a Lista de Produtos da Indústria,

PRODLIST-Indústria1, com cerca de 3 500 denominações. A PRODLIST-Indústria

foi elaborada a partir da Nomenclatura Comum do MERCOSUL - NCM, e ordenada

por classe CNAE - Classificação Nacional das Atividades Econômicas, para uso no

levantamento da produção nacional, pelo IBGE e outros órgãos produtores de

informação. A PRODLIST-Indústria é atualizada anualmente para incorporação de

novos produtos e ajustes em designações existentes, levando-se em conta as

atualizações na NCM, os resultados da PIA-Produto e consultas junto às

associações de classe empresariais (IBGE, 2007).

Compilaram-se os dados de 2005, 2006 e 2007, listaram-se as cinqüenta

primeiras classe de atividades por valor decrescente de venda e produção (Tabelas

41

2, 3 e 4) e adotaram-se para a análise dos gráficos, regra de corte as 10 maiores

classe de atividades, conforme já mencionado no Capítulo 3 Metodologia.

Tabela 2 - Classe de atividades por valor decrescente de venda e produção 2005

Nº Código PRODLIST Classe de atividades Produção

(1000 R$) Produção

(%) Venda (1000

R$) Venda

(%) Total 1222150677 100 1050649102 100

1 2321 Refino de petróleo 91 009 815 7,45 92 923 452 8,84

2 3410 Fabricação de automóveis, camionetas e utilitários 60 392 235 4,94 53 816 675 5,12

3 1511 Abate de reses, preparação de produtos de carne 29 313 114 2,40 22 269 691 2,12

4 2724 Produção de laminados planos de aço 25 838 792 2,11 25 083 596 2,39

5 1310 Extração de minério de ferro 24 637 638 2,02 22 882 128 2,18

6 3420 Fabricação de caminhões e ônibus 18 545 445 1,52 17 828 031 1,70

7 2452 Fabricação de medicamentos para uso humano 17 489 402 1,43 17 489 402 1,66

8 2431 Fabricação de resinas termoplásticas 17 322 230 1,42 16 891 488 1,61

9 2725 Produção de laminados longos de aço 16 422 319 1,34 13 720 048 1,31 10 1531 Produção de óleos vegetais em bruto 15 648 171 1,28 12 190 851 1,16 11 1512 Abate de aves e outros pequenos animais e preparação de produtos de carne 15 575 263 1,27 10 676 533 1,02

12 3449 Fabricação de outras peças e acessórios para veículos automotores não especificadas anteriormente 15 193 329 1,24 14 712 764 1,40

13 3222 Fabricação de aparelhos telefônicos, sistemas de intercomunicação e semelhantes 15 181 637 1,24 15 029 128 1,43

14 1561 Usinas de açúcar 14 686 736 1,20 14 181 292 1,35

15 2413 Fabricação de fertilizantes fosfatados, nitrogenados e potássicos 14 008 092 1,15 12 317 282 1,17

16 2741 Metalurgia do alumínio e suas ligas 13 864 044 1,13 12 675 546 1,21

17 1556 Fabricação de rações balanceadas para animais 13 743 005 1,12 5 246 045 0,50

18 2340 Produção de álcool 13 481 035 1,10 13 352 790 1,27

19 2723 Produção de semi-acabados de aço 13 266 310 1,09 6 501 680 0,62

20 2421 Fabricação de produtos petroquímicos básicos 12 471 516 1,02 12 482 138 1,19

21 3441 Fabricação de peças e acessórios para o sistema motor 11 612 322 0,95 11 513 041 1,10

22 2529 Fabricação de artefatos diversos de plástico 11 463 150 0,94 11 058 104 1,05

23 2121 Fabricação de papel 11 435 897 0,94 9 711 788 0,92

24 1595 Fabricação de refrigerantes e refrescos 11 065 427 0,91 10 292 128 0,98

25 2522 Fabricação de embalagem de plástico 10 720 122 0,88 10 170 227 0,97

26 1542 Fabricação de produtos do laticínio 9 934 910 0,81 5 686 168 0,54

27 3230 Fabricação de aparelhos receptores de rádio e televisão e de reprodução, gravação ou amplificação de som e vídeo 9 708 710 0,79 9 589 302 0,91

28 2429 Fabricação de outros produtos químicos orgânicos 9 055 589 0,74 7 195 767 0,68

29 2132 Fabricação de embalagens de papelão - inclusive a fabricação de papelão corrugado 8 632 127 0,71 8 348 371 0,79

30 2726 Produção de relaminados, trefilados e perfilados de aço 8 464 570 0,69 7 264 241 0,69

31 3531 Construção e montagem de aeronaves 8 183 415 0,67 1 913 513 0,80

32 2412 Fabricação de intermediários para fertilizantes 8 103 513 0,66 4 736 775 0,45

33 2511 Fabricação de pneumáticos e de câmaras-de-ar 7 721 759 0,63 7 967 152 0,76

34 3591 Fabricação de motocicletas 7 720 409 0,63 7 632 301 0,73

35 3611 Fabricação de móveis com predominância de madeira 7 680 829 0,63 7 137 711 0,68

36 1541 Preparação do leite 7 511 482 0,61 6 031 252 0,57

37 1931 Fabricação de calçados de couro 7 230 093 0,59 6 850 227 0,65

38 2110 Fabricação de celulose e outras pastas para a fabricação de papel 7 135 072 0,58 5 719 245 0,54

39 1910 Curtimento e outras preparações de couro 6 948 939 0,57 5 751 954 0,55

40 2473 Fabricação de artigos de perfumaria e cosméticos 6 902 067 0,56 5 912 804 0,56

41 2422 Fabricação de intermediários para resinas e fibras 6 878 286 0,56 4 823 632 0,46

42 2471 Fabricação de sabões, sabonetes e detergentes sintéticos 6 847 776 0,56 6 418 236 0,61

43 2713 Produção de ferro-gusa 6 816 579 0,56 5 815 324 0,55

44 1600 Fabricação de produtos do fumo 6 637 894 0,54 5 018 566 0,48

45 2981 Fabricação de fogões, refrigeradores e máquinas de lavar e secar para uso doméstico 6 598 376 0,54 6 704 687 0,64

46 2620 Fabricação de cimento 6 515 772 0,53 5 541 374 0,53

47 1583 Produção de derivados do cacau e elaboração de chocolates, balas, gomas de mascar 6 504 684 0,53 5 287 622 0,50

48 3444 Fabricação de peças e acessórios para o sistema de direção e suspensão 6 429 099 0,53 5 971 870 0,57

49 2892 Fabricação de artefatos de trefilados 6 171 746 0,50 5 824 033 0,55

50 1812 Confecção de peças do vestuário - exceto roupas íntimas, blusas, camisas e semelhantes 6 165 819 0,50 5 525 034 0,53

Fonte: IBGE (2005).

42

Tabela 3 - Classe de atividades por valor decrescente de venda e produção 2006 Nº Código

PRODLIST Classe de atividades Produção (1000 R$)

Produção (%)

Venda (1000 R$)

Venda(%)

Total 1345406354 100 1117716858 100

1 2321 Refino de petróleo 107 147 295 7,96 99 538 730 8,91

2 3410 Fabricação de automóveis, camionetas e utilitários 68 302 298 5,08 55 744 815 4,99

3 1310 Extração de minério de ferro 34 637 993 2,57 26.169.096 2,34

4 1511 Abate de reses, preparação de produtos de carne 30 167 632 2,24 24 381 126 2,18

5 2724 Produção de laminados planos de aço 23 049 369 1,71 13 872 380 2,18

6 1561 Usinas de açúcar 20 830 526 1,55 19 139 510 1,71

7 2431 Fabricação de resinas termoplásticas 19 620 344 1,46 18 408 181 1,65

8 2452 Fabricação de medicamentos para uso humano 19 245 684 1,43 19 245 684 1,72

9 3420 Fabricação de caminhões e ônibus 18 654 865 1,39 17 979 325 1,61

10 2741 Metalurgia do alumínio e suas ligas 18 096 452 1,35 16 875 556 1,51

11 2340 Produção de álcool 17 165 416 1,28 15 900 275 1,42

12 2725 Produção de laminados longos de aço 16 203 744 1,20 13 872 380 1,24

13 3449 Fabricação de outras peças e acessórios para veículos automotores não especificadas anteriormente 16 020 005 1,19 15 403 478 1,38

14 3222 Fabricação de aparelhos telefônicos, sistemas de intercomunicação e semelhantes 15 690 787 1,17 14 855 950 1,33

15 1512 Abate de aves e outros pequenos animais e preparação de produtos de carne 15 031 606 1,12 10 887 818 0,97

16 1531 Produção de óleos vegetais em bruto 14 014 067 1,04 10 275 140 0,92

17 1556 Fabricação de rações balanceadas para animais 13 796 219 1,03 4 942 794 0,44

18 2529 Fabricação de artefatos diversos de plástico 13 170 936 0,98 11 310 743 1,01

19 1595 Fabricação de refrigerantes e refrescos 13 131 158 0,98 12 049 641 1,08

20 2421 Fabricação de produtos petroquímicos básicos 13 023 870 0,97 12 868 117 1,15

21 2522 Fabricação de embalagem de plástico 12 333 835 0,92 10 639 537 0,95

22 2413 Fabricação de fertilizantes fosfatados, nitrogenados e potássicos 12 092 840 0,90 11 445 881 1,02

23 3441 Fabricação de peças e acessórios para o sistema motor 11 977 078 0,89 11 317 956 1,01

24 2121 Fabricação de papel 11 212 127 0,83 10 107 543 0,90

25 1542 Fabricação de produtos do laticínio 10 574 728 0,79 6 039 581 0,54

26 2749 Metalurgia de outros metais não-ferrosos e suas ligas 10 506 610 0,78 9 201 367 0,82

27 3230 Fabricação de aparelhos receptores de rádio e televisão e de reprodução, gravação ou amplificação de som e vídeo 10 497 073 0,78 3 714 201 0,33

28 3591 Fabricação de motocicletas 10 008 649 0,74 9 437 846 0,84

29 2412 Fabricação de intermediários para fertilizantes 9 587 992 0,71 5 232 129 0,47

30 2132 Fabricação de embalagens de papelão - inclusive a fabricação de papelão corrugado 9 200 912 0,68 8 619 778 0,77

31 2429 Fabricação de outros produtos químicos orgânicos 9 149 131 0,68 7 742 163 0,69

32 2726 Produção de relaminados, trefilados e perfilados de aço 9 140 638 0,68 7 385 675 0,66

33 2473 Fabricação de artigos de perfumaria e cosméticos 8 333 997 0,62 7 042 791 0,63

34 3611 Fabricação de móveis com predominância de madeira 8 313 107 0,62 7 517 003 0,67

35 2511 Fabricação de pneumáticos e de câmaras-de-ar 8 160 297 0,61 8 186 699 0,73

36 3531 Construção e montagem de aeronaves 7 928 057 0,59 7 976 099 0,71

37 2471 Fabricação de sabões, sabonetes e detergentes sintéticos 7 846 783 0,58 7 349 153 0,66

38 2981 Fabricação de fogões, refrigeradores e máquinas de lavar e secar para uso doméstico 7 478 817 0,56 7 005 561 0,63

39 3130 Fabricação de fios, cabos e condutores elétricos isolados 7 267 990 0,54 6 766 171 0,61

40 1583 Produção de derivados do cacau e elaboração de chocolates, balas, gomas de mascar 7 249 438 0,54 5 675 527 0,51

41 2021 Fabricação de madeira laminada e de chapas de madeira compensada, prensada ou aglomerada 7 235 742 0,54 5 524 409 0,49

42 1541 Preparação do leite 7 203 440 0,54 6 098 442 0,55

43 2620 Fabricação de cimento 7 174 510 0,53 5 489 873 0,49

44 2110 Fabricação de celulose e outras pastas para a fabricação de papel 7 056 184 0,52 5 842 759 0,52

45 1731 Tecelagem de algodão 7 016 951 0,52 4 673 605 0,42

46 2481 Fabricação de tintas, vernizes, esmaltes e lacas 6 993 418 0,52 5 756 896 0,52

47 1812 Confecção de peças do vestuário - exceto roupas íntimas, blusas, camisas e semelhantes 6 987 005 0,52 5 898 560 0,53

48 1600 Fabricação de produtos do fumo 6 965 650 0,52 4 563 981 0,41

49 1931 Fabricação de calçados de couro 6 938 770 0,52 6 582 905 0,59

50 1910 Curtimento e outras preparações de couro 6 730 442 0,50 6 072 293 0,54

Fonte: IBGE (2006).

43

Tabela 4 - Classe de atividades por valor decrescente de venda e produção 2007 Nº Código

PRODLIST Classe de atividades Produção (1000 R$)

Produção (%)

Venda (1000 R$)

Venda(%)

Total 1474539370 100 1243853615 100

1 2321 Refino de petróleo 117 060 826 7,94 103 440 283 8,32

2 1110 Extração de petróleo e gás natural 86 186 361 5,84 21 228 028 1,71

3 3410 Fabricação de automóveis, camionetas e utilitários 69 321 013 4,70 67 162 338 5,40

4 1310 Extração de minério de ferro 35 068 127 2,38 29 013 029 2,33

5 1511 Abate de reses, preparação de produtos de carne 34 197 950 2,32 27 966 285 2,25

6 2724 Produção de laminados planos de aço 28 764 896 1,95 27 028 757 2,17

7 3420 Fabricação de caminhões e ônibus 25 128 443 1,70 24 841 498 2,00

8 2431 Fabricação de resinas termoplásticas 20 310 449 1,38 20 034 029 1,61

9 1512 Abate de aves e outros pequenos animais e preparação de produtos de carne 20 227 837 1,37 12 902 620 1,04

10 2741 Metalurgia do alumínio e suas ligas 19 810 182 1,34 10 770 601 1,37

11 2452 Fabricação de medicamentos para uso humano 18 983 700 1,29 19 569 918 1,57

12 3449 Fabricação de outras peças e acessórios para veículos automotores não especificadas anteriormente 18 669 866 1,27 17 369 139 1,40

13 1531 Produção de óleos vegetais em bruto 17 963 603 1,22 12 940 849 1,04

14 1556 Fabricação de rações balanceadas para animais 17 869 954 1,21 5 355 973 0,43

15 2340 Produção de álcool 17 100 267 1,16 15 421 500 1,24

16 2725 Produção de laminados longos de aço 17 015 202 1,15 14 160 962 1,14

17 2413 Fabricação de fertilizantes fosfatados, nitrogenados e potássicos 16 915 957 1,15 15 840 398 1,27

18 1595 Fabricação de refrigerantes e refrescos 16 149 943 1,10 14 487 159 1,16

19 1561 Usinas de açúcar 15 007 717 1,02 14 248 224 1,15

20 2529 Fabricação de artefatos diversos de plástico 14 436 971 0,98 13 096 942 1,05

21 1593 Fabricação de malte, cervejas e chopes 14 423 239 0,98 13 171 533 1,06

22 1542 Fabricação de produtos do laticínio 13 993 418 0,95 7 843 852 0,63

23 2421 Fabricação de produtos petroquímicos básicos 13 452 481 0,91 13 655 551 1,10

24 3222 Fabricação de aparelhos telefônicos, sistemas de intercomunicação e semelhantes 12 914 339 0,88 12 506 487 1,01

25 2749 Metalurgia de outros metais não ferrosos e suas ligas 12 764 513 0,87 10 770 601 0,87

26 2522 Fabricação de embalagem de plástico 12 625 955 0,86 11 506 548 0,93

27 3441 Fabricação de peças e acessórios para o sistema motor 12 307 089 0,83 11 727 526 0,94

28 3591 Fabricação de motocicletas 11 743 967 0,80 11 496 387 0,92

29 2412 Fabricação de intermediários para fertilizantes 11 485 293 0,78 6 086 938 0,49

30 2121 Fabricação de papel 11 262 748 0,76 9 817 627 0,79

31 2726 Produção de relaminados, trefilados e perfilados de aço 10 602 196 0,72 8 812 347 0,71

32 2132 Fabricação de embalagens de papelão - inclusive a fabricação de papelão corrugado 10 240 451 0,69 9 528 129 0,77

33 1532 Refino de óleos vegetais 10 079 849 0,68 6 910 519 0,56

34 3230 Fabricação de aparelhos receptores de rádio e televisão e de reprodução, gravação ou amplificação de som e vídeo 9 576 747 0,65 9 547 439 0,77

35 3531 Construção e montagem de aeronaves 9 510 924 0,65 9 389 549 0,75

36 3611 Fabricação de móveis com predominância de madeira 9 359 966 0,63 8 148 766 0,66

37 2429 Fabricação de outros produtos químicos orgânicos 9 292 116 0,63 8 053 410 0,65

38 2981 Fabricação de fogões, refrigeradores e máquinas de lavar e secar para uso doméstico 9 273 783 0,63 8 365 097 0,67

39 3442 Fabricação de peças e acessórios para os sistemas de marcha e transmissão 8 973 349 0,61 6 393 417 0,51

40 2473 Fabricação de artigos de perfumaria e cosméticos 8 929 948 0,61 7 550 879 0,61

41 1541 Preparação do leite 8 766 151 0,59 7 218 717 0,58

42 2511 Fabricação de pneumáticos e de câmaras-de-ar 8 598 098 0,58 8 706 799 0,70

43 3130 Fabricação de fios, cabos e condutores elétricos isolados 8 422 381 0,57 7 701 589 0,62

44 2471 Fabricação de sabões, sabonetes e detergentes sintéticos 8 367 116 0,57 7 566 566 0,61

45 2620 Fabricação de cimento 8 302 900 0,56 7 422 714 0,60

46 1583 Produção de derivados do cacau e elaboração de chocolates, balas, gomas de mascar 8 177 117 0,55 5 974 736 0,48

47 2021 Fabricação de madeira laminada e de chapas de madeira compensada, prensada ou aglomerada 8 118 374 0,55 5 906 087 0,47

48 1552 Moagem de trigo e fabricação de derivados 7 697 716 0,52 6 230 116 0,50

49 1812 Confecção de peças do vestuário - exceto roupas íntimas, blusas, camisas e semelhantes 7 457 079 0,51 6 884 902 0,55

50 2110 Fabricação de celulose e outras pastas para a fabricação de papel 7 376 823 0,50 6 953 849 0,56

Fonte: IBGE (2007).

44

O Gráfico 1 traz uma comparação da produção no Brasil por classes de

atividades - valor- 2005, 2006 e 2007 e o Gráfico 2 traz a comparação com relação a

Venda para os mesmos períodos.

Segundo esta análise, percebe-se a repetição das seguintes classes de

atividades, nos três anos consecutivos:

- refino de petróleo;

- fabricação de automóveis, camionetas e utilitários;

- extração de minério de ferro;

- abate de reses, preparação de produtos de carne;

- produção de laminados planos de aço;

- fabricação de caminhões e ônibus;

- fabricação de resinas termoplásticas;

- fabricação de medicamentos para uso humano.

Destas atividades, o refino de petróleo, a extração e mineração de metais,

preparação de carne, manufatura de fármacos também coincidem com setores

industriais prioritários do Banco Mundial.

Comparando-se com as atividades descritas no IBGE, Banco Mundial e

inventários de ciclo de vida brasileiros pesquisados percebe-se a necessidade de

desenvolvimento de ICVs brasileiros para as seguintes atividades: Abate de reses,

preparação de produtos de carne; Fabricação de medicamentos para uso humano.

É importante ressaltar que quando se define um setor prioritário, como por

exemplo, Fabricação de automóveis, camionetas e utilitários, outros setores estão

intrinsecamente relacionados, tais como aço, alumínio, polímeros.

45

Gráfico 1 - Comparação da Produção no BR por classes de atividades 2005, 2006 e 2007 Fonte: Baseado em IBGE (2005), IBGE (2006), IBGE (2007).

Gráfico 2 - Comparação da Venda no BR por classes de atividades 2005, 2006 e 2007 Fonte: Baseado em IBGE (2005), IBGE (2006), IBGE (2007).

46

4.2 COMPARAÇÃO ECOINVENT E NBR ISO 14044:2009

O Quadro 5 apresenta a comparação do ecoinvent com a NBR ISO

14044:2009 Gestão Ambiental – Avaliação do Ciclo de Vida – Requisitos e

orientações.

Na seqüência seguem comentários referentes a cada item de Althaus et al.

(2007), presente no Quadro 5 e sua correlação com ABNT (2009a). No Anexo B,

encontram-se de forma mais detalhada alguns destes conceitos de Althaus et al.

(2007).

Conceitos no ecoinvent v 2.0 (2007) Requisito NBR ISO 14044:2009

4.2 - Escopo temporal 4.2.3.6.2 - Requisitos da Qualidade dos Dados 4.2 - Escopo geográfico 4.2.3.6.2 - Requisitos da Qualidade dos Dados 4.3 - Escopo tecnológico 4.2.3.6.2- Requisitos da Qualidade dos Dados 4.4 - Limite temporal do sistema

4.5.1 - Dados 4.2.3.6.3, 4.3.2.1, 4.3.3.3 - Requisitos da Requisitos da Qualidade dos Dados e Coleta de Dados, Correlação de dados a processos elementares e à unidade funcional

4.5.2 - Regras de Corte 4.2.3.3.3, 4.3.3.4 - Fronteiras do Sistema e refinamento da fronteira do sistema

4.5.3 - Suposições no caso de falta de informações 4.2.3.5, 4.2.3.6.3 - Tipos e fontes de dados

4.5.4 - Situação de Mercado 4.5.5 - Mix (mistura) de Eletricidade 4.3.3.1 - Procedimentos de cálculo 4.5.6 - Serviços de Transporte 4.2.3.5 - Tipos e fontes de dados 4.5.7 - Meios de Produção - Infra-estrutura ----------------------- 4.5.8 - Químicos Dissolvidos ----------------------- 4.5.9 - Energia Térmica ----------------------- 4.5.10 - Emissões Atmosféricas Adicionais da produção de energia -----------------------

4.5.11 - Serviços de Tratamento de Resíduos -----------------------

4.5.12 - Incidentes e Acidentes ----------------------- 4.6 e 5.3.1 -Nomenclatura 4.3.2.1, 4.3.2.2 - Coleta de dados 5.3.2 Categorias e Subcategorias 4.3.2.3 ICV 5.4.1 a 5.4.5 - Poluentes Transportados pelo Ar -----------------------

5.5.1 a 5.5.3 - Poluentes Aquáticos -----------------------

5 5.6 e 5.6.1 - Poluentes do Solo ----------------------- 5.7.3 Uso de Recursos ----------------------- 6 – Alocação 3.17, 4.3.4 - Alocação

7 – Incertezas 3.33, 4.2.3.6.2, 4.3.3.2, 4.4.1 - Requisitos da Qualidade dos Dados, validação dos dados e AICV

Quadro 5 - Comparação de Conceitos e Requisitos do ecoinvent NBR ISO 14044:2009. Fonte: Autoria própria.

47

4.2.1 Escopo temporal

O período de utilização dos dados no ecoinvent v 2 é o ano de 2000. No

caso de pouca disponibilidade de dados de anos anteriores também foram

utilizados. Na NBR ISO 14044:2009 não traz data como referência, mas convém que

os requisitos da qualidade dos dados compreendam a cobertura temporal,

considerando-se período dos dados.

4.2.2 Escopo geográfico

O ecoinvent v 2 considera regiões de caráter mundial, o que as diferencia é

quanto à disponibilidade dos dados.

A proposta da NBR ISO 14044:2009 é a de que se considere cobertura

geográfica de onde foram coletados os dados, visando atender o objetivo do estudo.

4.2.3 Escopo tecnológico

Tanto ecoinvent v 2 quanto NBR ISO 14044:2009 consideram a tecnologia

utilizada no mercado ou conjunto de tecnologias.

4.2.4 Limite temporal do sistema

No ecoinvent v 2 (2007) as emissões estão relacionadas a emissões

provenientes de infra-estrutura de construção (passado), de aquecimento (presente)

e de opções de destino (futuro). Emissões que ocorreram durante um período de

48

tempo superior a 100 anos, emissões em longo prazo que ocorrem em locais de

aterro (lixiviação) e depósitos finais de resíduos nuclear são atribuídas para

subcategorias específicas.

Este item não se aplica a NBR ISO 14044:2009.

4.2.5 Dados de unidade de processo

Considerou-se, neste trabalho, o termo “processo elementar” da ISO 14.044 e

“unidade de processo” do ecoinvent como sinônimos. Processos elementares são

conjuntos de processos que compõem um sistema de produto4 conforme Figura 4.

Eles são interligados uns aos outros, mediante fluxos intermediários (matérias-

primas pré-elaboradas e componentes) e/ou resíduos para tratamento. A relação a

outros sistemas de produto por fluxos de produto e ao meio ambiente acontece por

fluxos de entrada e saída5 (ABNT, 2009).

Figura 4 - Exemplo de processo elementar Fonte: ABNT (2009).

4 Sistema de Produto: Conjunto de unidades de processo, que realiza uma ou mais funções definidas (ABNT, 2009) 5 Fluxos de entrada e saída: 1) material ou energia que entra no sistema sob estudo, que foi retirado do meio ambiente sem transformação humana prévia, exemplo petróleo cru e a radiação solar. 2) material ou energia que deixa o sistema sob estudo, que é descartado no meio ambiente sem transformação humana subseqüente, exemplo radiação, emissões para a atmosfera e para a água (ABNT,2009)

Fluxos intermediários

Fluxos de saída Processo Elementar

Processo Elementar

Processo Elementar

Fluxos de entrada

Fluxos de entrada

Fluxos de entrada

Fluxos de saída

Fluxos de saída

Fluxos intermediários

49

Os dados no ecoinvent são considerados para cada unidade de processo,

sem serem agregados horizontal ou verticalmente. A agregação horizontal consiste

na associação de dois ou de diversos passos subseqüentes de processo. A

agregação vertical compreende a associação de diferentes processos originando os

mesmos produtos intermediários e serviços, respectivamente. A Figura 5 traz um

exemplo de agregação horizontal e vertical.

Na ABNT, (2009a) os dados são referentes a cada processo elementar,

inseridos no sistema de produto. Os dados qualitativos e quantitativos a serem

incluídos no inventário deverão ser coletados para cada processo elementar incluído

na fronteira do sistema. Os dados coletados, sejam eles medidos, calculados ou

estimados, são utilizados para quantificar as entradas e saídas de um processo

elementar.

Porém esta norma considera o sistema de produto, que é o conjunto de

processos elementares, com fluxos elementares e de produto, desempenhando uma

ou mais funções definidas e que modela o ciclo de vida de um produto, resultando

em uma inter-relação entre fluxos elementares.

Figura 5 -. Exemplo de agregação horizontal e vertical Fonte: Coelho (2007).

PROCESSOA

PROCESSOA

PROCESSOB

PROCESSOB

AGREGAÇÃO HORIZONTAL AGREGAÇÃO VERTICAL

PRODUTO 1 PRODUTO 2

PRODUTO

50

4.2.6 Regras de corte

Critérios de corte envolvem a exclusão de um dado de um determinado

estudo, com base em critérios pré-definidos.

No caso do ecoinvent não existe regra quantitativa para a regra de corte,

mas sim conhecimentos de profissionais, de caráter técnico-ambiental.

De acordo com a NBR ISO 14044, quando houver regra de corte, seja, por

significância ambiental, massa, energia, os critérios devem estar claramente

definidos, bem como seus efeitos sobre o resultado do estudo.

4.2.7 Suposições no caso de falta de informações

Admitem-se suposições no caso de falta de informações desde que esta não

prejudique o inventário.

No ecoinvent isto pode ser feito por meio de cálculos estequiométricos ou

suposições baseadas em considerações plausíveis.

Da mesma forma, na norma permite-se média de dados medidos, calculados

ou estimados. Esta tratativa deve ser documentada. Além disso, devem-se

documentar as informações ausentes (ABNT, 2009a).

4.2.8 Situação de mercado

No ecoinvent, a comercialização de produtos e serviços é distinguida em

nível de regiões econômicas, cuja distinção é significativa, sendo de nível nacional

ou mundial. Citam-se como exemplo o cimento, cuja comercialização ocorre

praticamente em nível de fronteira nacional, sendo, portanto de fácil identificação.

Diferentemente, o alumínio, que devido a sua exportação dificilmente pode ser

rastreado em nível regional ou nacional.

Este item não se aplica a NBR ISO 14044:2009.

51

4.2.9 Mix (mistura) de eletricidade

Em ambos, ecoinvent e NBR ISO 14044:2009, a eletricidade está atrelada à

distribuição.

O ecoinvent considera eletricidade alimentada na rede por usinas e também

faz distinção entre voltagens.

O Mix de eletricidade pode ser considerado a energia elétrica gerada na

própria planta mais a energia da rede.

4.2.10 Serviços de transporte

O ecoinvent considera que transportes acontecem entre duas etapas de um

sistema de produto. A Figura 6 exemplifica isto, para transporte entre os Processos

A e B e os dados de transporte são considerados dentro do processo B.

No entanto, os meios de transporte e distâncias de transporte são pouco

conhecidos por todos os produtos individuais intermediários. Neste caso, distâncias

padrão são aplicadas.

Na NBR ISO 14044:2009, deve-se considerar o transporte tanto entre

processo, quanto o transporte interno em uma instalação.

Figura 6. Exemplo de como o transporte acontece entre duas etapas de um sistema de produto. Fonte: Autoria própria.

Processo A Processo B

Transporte

52

4.2.11 Meios de produção: infra-estrutura

Para o ecoinvent entradas e saídas necessárias para os meios de produção

e infra-estrutura de um processo produtivo são considerados separadamente.

Atualmente somente são publicados pelo ecoinvent os resultados que levarem em

conta a infra-estrutura.

A construção de um poço para a produção de petróleo como um processo

de infra-estrutura pode ser considerado um processo de infra-estrutura, pois há

semelhanças com construção de edifícios ou ruas. Já a perfuração, que é uma ação

contínua sobre campos de petróleo e gás é considerada como parte do processo de

produção.

Este item não se aplica a NBR ISO 14044:2009.

4.2.12 Químicos dissolvidos

Dados de entradas e saídas de químicos representativos se referem a

substâncias ativa, mas a substância transportada é admitida como entrada no

inventário. No caso de uma solução, as quantidades de soluto e solvente devem ser

consideradas separadamente. A concentração transportada no produto tem

influência em requisitos de manufatura (purificação), assim como requisitos no

transporte (o dobro da quantidade de tkm é necessária para uma solução de NaOH

25% em água se comparada a uma solução 50%).

Como exemplo, tem-se diferentes concentrações para solução de NaOH e a

relação do transporte na Figura 7. Considerando-se a mesma quantidade de água,

quando se tem uma solução menos concentrada, é necessário realizar mais de um

transporte para levar a mesma quantidade de soluto da solução concentrada.

53

Figura 7. Exemplo da relação da concentração de solução e transporte. Fonte: Autoria própria.

Este item não se aplica a NBR ISO 14044:2009.

4.2.13 Energia térmica

No ecoinvent, quando um processo necessita de uma fonte de energia para

aquecimento, existem dois casos distintos:

a) quando dados são completados por informações genéricas e

b) quando se somente a quantidade e o tipo de energia transportada é

conhecida, por exemplo, base de dados de aquecimentos por caldeiras.

Não há correlação com a ISO 14044:2009.

4.2.14 Emissões atmosféricas adicionais da produção de energia

Segundo ecoinvent, em alguns casos, emissões atmosféricas adicionais

provenientes do uso de diferentes fontes de energia devem ser calculadas baseadas

em informações do sistema de aquecimento industrial.

Este item não se aplica a NBR ISO 14044:2009.

Transporte 2x

Solução

NaOH 50% “ + ” NaOH “ = ” H2O

Solução

NaOH 25% “ - ” NaOH “ = ” H2O

54

4.2.15 Serviços de tratamento de resíduos

O tratamento de resíduos é considerado como parte do respectivo sistema de

produto.

No caso da inexistência de informações sobre o tratamento específico do

resíduo, utiliza-se o destino padrão para cada tipo de resíduo, conforme Quadro 6.

Não há correlação com a NBR ISO 14044:2009.

4.2.16 Incidentes e acidentes

No ecoinvent, consideram-se acidentes, aqueles que possam ter impactos

significativos. Excluem-se casos de acidentes que ocorrem raramente, como o caso

de Chernobyl, por exemplo.

Já incidentes são os que ocorrem com certa regularidade e devem ser

incluídos nos inventários.

Como exemplo de acidente pode-se citar um rompimento de grande porte de

oleoduto de uma refinaria. Já um incidente seria gotas de óleo pingando de uma

tubulação.

Este item não se aplica a NBR ISO 14044:2009.

Material Disposição Final padrão

Plástico incineração de resíduo Madeira e partículas de painéis incineração de resíduo Papel e papelão incineração de resíduo Concreto e outros minerais de materiais de construção (gesso)

demolição de edifício, os resíduos vão para aterro de material inerte, sem reciclagem ou triagem

Vidro aterro para material inerte Óleo incineração de resíduos perigosos Metais, se separados Reciclagem

Revestimento de metais reciclagem, disposição do revestimento considerado no processo de reciclagem

Quadro 6. Processo de Tratamento de resíduos para materiais específicos no caso de falta de informações específicas. Fonte: Althaus et al.(2007).

55

4.2.17 Nomenclatura

No ecoinvent todas as informações no campo de nome devem ser escritas na

íntegra. Siglas são usadas somente em exceção e devem ser consistentemente

com o processo em questão e parênteses não são usados. Produtos e serviços são

nomeados de acordo com as regras do Quadro 7. Algumas unidades como a (ano),

kg, m3, Nm3, kWh, MJ, tkm (tonelada quilometro), pkm (pessoa quilometro), vkm

(veículo quilometro), ha, além de outras do SI (Sistema Internacional) são adotadas.

Na NBR ISO 14044:2009, uma vez que a coleta de dados pode abranger

vários locais de origem e referências publicadas, adota-se medidas para assegurar

um entendimento uniforme e consistente dos sistemas de produto a serem

modelados. Dentre estas medidas está o desenvolvimento de uma lista que

especifique as unidades utilizadas.

Nome Local Unidade Amônia, reforma a vapor, líquido, na planta RER kg Óleo combustível pesado, em armazenagem regional RER kg Anidrido sintético, na planta CH kg

Eletricidade, média voltagem, produzida em CH, na grade CH kWh

Hulha, em armazenagem regional ZA kg Transporte, carreta de 16-32 t RER tkm Destino, tratamento de esgoto, 89,5% água, para incineração de resíduos perigosos CH kg

Refinaria RER unit RER - Europa CH - Suíça ZA - África do Sul Quadro 7. Exemplos de nomenclatura Fonte: Althaus et al.(2007).

4.2.18 Categorias e subcategorias

Fluxos elementares na base de dados do ecoinvent são identificados através

categoria e subcategoria.

56

Categorias descrevem os diferentes compartimentos ambientais: ar, água,

solo e recurso. As categorias ar, água e solo descrevem o compartimento de

recebimento e são usados por emissões de poluentes e a categoria recurso é

utilizada como consumo de recursos. Por exemplo, o consumo de água é

considerado como entrada (insumo) na categoria / subcategoria “recurso / em água”.

Subcategorias distinguem sub-compartimentos dentro destes compartimentos

os quais podem ser relevantes para o próximo passo de avaliação de impactos, por

exemplo se um solo é agrícola ou industrial.

O Anexo B traz de forma detalhada categorias e subcategorias que são

utilizadas na base de dados do ecoinvent.

Para a NBR ISO 14044:2009, quando classificar os dados listados abaixo,

deve-se detalhá-los a fim de contribuir com o objetivo do estudo:

- entradas de energia, entradas de matéria-prima, entradas auxiliares e

outras entradas físicas,

- produtos, co-produtos e resíduos,

- liberações para a atmosfera, água e solo, e

- outros aspectos ambientais.

Sob esses títulos, os dados individuais deverão ser mais detalhados, visando

a satisfazer o objetivo do estudo.

4.2.19 Poluentes transportados pelo ar

Considera-se como poluente transportado pelo ar: partículas, carbono fóssil e

biogênico; compostos orgânicos voláteis; outros poluentes atmosféricos e perda de

calor (ALTHAUS et al., 2007):

a) particulados. Emissões de particulados são separadas de acordo com

classes de diâmetros, para não ocorrer contagem dupla (Tabela 5).

b) carbono fóssil e biogênico. A distinção é feita entre fontes biogênicas e

fóssil de CO2, CO e CH4.

57

Tabela 5 - Nome e características de particulados

Nome Fórmula Observações

Particulados, < 2,5 µm PM2.5 Particulados com diâmetro menor que 2.5 µm

Particulados, > 5 µm e < 10 µm PM 10-PM2.5 Particulados com diâmetro maior do que 2,5 µm e menor que 10 µm.

Particulados, > 10 µm TPM-PM10 Particulados com diâmetro maior que10 µm. PM – partículas em suspensão TPM - total de partículas em suspensão

Fonte: Althaus et al.(2007).

c) compostos orgânicos voláteis. Por causa da particular importância

relacionada ao aquecimento global, emissões de compostos orgânicos

voláteis de metano e não metano são consideradas separadamente. Devido

ao amplo número de hidrocarbonetos aromáticos policíclicos, estes devem

ser considerados separadamente (ALTHAUS et al., 2007).

d) outros poluentes atmosféricos. Emissões de SOx e NOx são relatadas

como SO2 e NO2, respectivamente. Quando disponível, emissões de

elemento traço liberado no ar são registradas como compostos químicos, por

exemplo, kg de dicromato de sódio.

e) perda de calor. A liberação de perda de calor de um processo é

registrada. Não há distinção entre emissões provenientes de perda de calor

por fontes de recursos renováveis e não renováveis. A perda de calor é

determinada usando PCS (poder calorífico superior) da transmissão de

energia fóssil e de biomassa, e do conteúdo energético de eletricidade. A

série de dados para o fornecimento de energia útil e final como "calor, óleo

combustível leve, em caldeiras industriais", ou "óleo combustível leve

queimado em caldeiras industriais" já contém emissões de perda de calor.

No entanto, para o consumo de eletricidade a quantidade equivalente de

perda de calor precisa ser registrada no processo que utiliza a eletricidade. A

fim de não considerar para recursos de energia renováveis no balanço de

perda de calor, é necessário considerar a captação de energia destes

sistemas. Energias renováveis de diferentes fontes são definidas para este

propósito, a saber, energia cinética (usada para energia eólica, energia

potencial (usada para energia hidrelétrica), energia solar (usada para painéis

fotovoltaicos e coletores solares) e energia da biomassa (usada para

58

madeira, colheitas, etc.). A entrada de recursos de energia renovável

equivale a energia que é atualmente convertida no sistema. Energia que é

usada no processo e que é armazenada no produto não é subtraída no

balanço de perda de calor. A produção de aço, por exemplo, precisa de

energia para modificar a estrutura das ligações químicas. Esta energia

atualmente não é perdida, mas tem sido usada para modificar a energia das

ligações químicas

Este item não se aplica a NBR ISO 14044:2009.

4.2.20 Poluentes aquáticos

De acordo com e ecoinvent, considera-se a soma de parâmetros para

compostos de carbono (DBO5 - demanda bioquímica de oxigênio em cinco dias;

DQO - demanda química de oxigênio; COD - carbono orgânico dissolvido; COT -

carbono orgânico total). Considera-se também AOX - compostos orgânicos

halogenados absorvíveis, nitrogênio total e diferentes formas de oxidação de

elementos químicos.

A toxicologia de elementos químicos é dependente do nível de oxidação.

Alguns exemplos podem ilustrar isto:

a) cloro oxidação 0 é um gás tóxico. Cloro oxidação - 1 é essencial para a

nutrição de seres humanos, mas também pode ser tóxico em doses

elevadas para animais e plantas em rios e lagos.

b) cromato oxidação 6 emitido ao ar é carcinogênico para humanos, quando

inalado e mais tóxico que oxidação 3

Este item não se aplica a NBR ISO 14044:2009.

59

4.2.21 Poluentes do solo

Para poluentes do solo o ecoinvent considera a subcategoria Agricultura.

A subcategoria "agricultura" no que se refere a poluentes do solo é somente

usada para lançamentos no solo agricultável, o qual é usado para a produção de

comida, produtos forrageiros, alimentação animal e biomassa para outros usos

(bioenergia e materiais renováveis).

Este item não se aplica a NBR ISO 14044:2009.

4.2.22 Uso de recursos

O ecoinvent considera para uso de recursos os seguintes itens: Recursos

Energéticos, Recursos Materiais, Ocupação e Transformação do solo, Uso do solo e

seus impactos.

a) recursos energéticos. Quantifica-se a energia coletada ou convertida. Por

exemplo, para energia hidrelétrica é a quantidade de energia convertida da

energia potencial da água e para energia eólica é a quantidade convertida

da energia cinética do ar.

b) recursos materiais. A extração de metal e outros minerais em minérios

são registrados como quantidade do material principal que é contido no

minério. Além disso, a descrição do fluxo elementar mostra também o

conteúdo do material no minério, permitindo, desta forma, calcular calcular a

quantidade total de minério que foi extraído. O Quadro 8 mostra alguns

exemplos para o cálculo de minério extraído com o teor de mineral no

minério. Em mineração de metais muitas vezes dois ou mais metais são

extraídos em conjunto, porém para registro são considerados em níveis

individual.

c) ocupação e transformação do solo. A ocupação e transformação do solo

necessitam de mais atenção em análises de inventário de ciclo de vida e

60

métodos de avaliação de impactos. É especialmente importante para produtos

agrícolas e florestais.

d) uso do solo e seus impactos. O uso do solo, principalmente, tem impactos

nas seguintes áreas de proteção: recursos naturais; o ambiente natural;

alterações do homem no meio ambiente. Estes impactos são classificados

nos seguintes quatro grupos: aumento da competição do solo; degradação da

biodiversidade; degradação de funções suporte de vida; degradação de

valores culturais.

Este item não se aplica a NBR ISO 14044:2009.

Quantidade Fluxo elementar Significado do fluxo

1 kg Magnesita, 60% em minério cru, na terra

Extração de 1 kg de magnesita (MgCO3 ou 286 g de magnésio) em 1,67 kg de minério cru.

1 kg Alumínio, 24% em bauxita, 11% em minério cru, na terra

Extração de 1 kg de alumínio em 4,17 kg de bauxita, em 9,1 kg de minério cru

1 kg Níquel, 1,13% em sulfeto, Ni 0,76% e Cu 0,76% in minério cru, na terra

Extração de Níquel de Mina de Níquel Cobre com um teor de Níquel ( e Cobre) de 0,76% (cada) no minério cru

Quadro 8.Exemplos para a nomeação de recursos de minério de fluxos elementares .

Fonte: Althaus et al.(2007).

4.2.23 Alocação

O ecoinvent e a NBR ISO 14044:2009 consideram possíveis critérios para

alocação. O ecoinvent acomoda processos que não sejam alocados e a ISO 14.044

sugere que a alocação seja evitada.

O sistema de base de dados do ecoinvent pode acomodar multiprocessos

não alocados e suas saídas derivadas de (co-) processo de do produto. Fatores de

61

alocação são separadamente registrados e devem ser ajustados de acordo com a

escolha da pessoa que realiza o ICV.

Por definição da NBR ISO 14044:2009 alocação é a repartição dos fluxos de

entrada ou saída de um processo ou sistema de produto entre o sistema de produto

em estudo e outro(s) sistema(s) de produto. Recomenda-se que a alocação seja

evitada através de:

a) divisão dos processos elementares a serem alocados em dois ou mais

sub-processos e coleta dos dados de entrada e saída relacionados a esses

sub-processos;

b) expansão do sistema de produto de modo a incluir as funções adicionais

relacionadas aos co-produtos.

Se alocação não puder ser evitada, as considerações devem ser

documentadas e procura-se realizá-la de acordo com características semelhantes de

entrada e saída. Além disso, uma análise de sensibilidade deverá ser conduzida

para explicitar as conseqüências da substituição da abordagem selecionada.

Conforme definição da NBR ISO 14044, a análise de sensibilidade é um

procedimento sistemático para estimar os efeitos dos métodos e dados relacionados

no resultado de um estudo, conforme ilustra o exemplo :

a) o consumo c de energia de um pára-lama de polipropileno em quatro

etapas do ciclo de vida (produção de materiais, manufatura do produto, uso

e descarte): C = C produção + C manufatura + C uso + C descarte

C= 214 + 2 + 2.735 + 3 = 2.954 MJ

C produção = 214 MJ C manufatura = 2 MJ

C uso = 2.735 MJ C descarte = 3 MJ

Se o consumo de energia da produção for 10% superior, C = 2975,4 MJ, o

que corresponde a um aumento de 0,7%. Se entretanto o consumo de energia do

uso for 10% maior, o C será igual a 3227, 5 MJ, o que resulta em um aumento de

9,3% em C. Portanto, uma variação dos dados de consumo de energia durante a

utilização do pára-lama seria mais significante do que na produção (UGAYA, 2001).

Abaixo seguem três exemplos de alocação:

a) considerando a produção de ovos em uma fazenda de aves, encontra-se

diferentes tamanhos de ovos a serem vendidos no mercado como produtos

62

correspondentes a preços. A aplicação de ICV nesta fazenda permite a

distribuição de cargas ambientais de entrada (alimentação de animais, água,

eletricidade) e os da própria exploração (emissões, odores, ruídos) na

produção de ovos, de acordo com alguns critérios de distribuição. Em vez de

considerar a distribuição baseada no número de ovos, parece ser mais

confiável distribuir a carga ambiental de acordo com o peso dos ovos. O

peso foi usado aqui como critério de alocação (SONNEMANN et al.,2003);

b) alocação de cargas ambientais devido ao transporte rodoviário de

mercadorias em um caminhão. Se está se lidando com o transporte de

espumas de colchão de diferentes densidades, o critério de alocação, neste

caso, seria o volume de cada colchão, desde que a capacidade do

transporte não seja limitada pelo peso e sim pelo volume (SONNEMANN et

al.,2003);

c) uma indústria que vende detergentes com duas concentrações diferentes:

padrão e concentrado. Neste caso o critério de alocação para a distribuição

das cargas ambientais, seria o peso do produto ativo (detergente) em cada

tipo de produto comercial (SONNEMANN et al.,2003).

4.2.24 Incertezas

Dentro do ICV de uma unidade de processo a quantidade de entradas e

saídas são descritas com uma figura única (média de valores). Essa descrição

quantitativa de uma unidade de processo inclui incertezas, pois valores médios são

incertos. Na realidade pode haver uma diferença entre o valor que está sendo

investigado (ou mensurado e relatado) e o valor "real". Para a estimativa de

incerteza se utiliza a Matriz Pedigree (ALTHAUS et al., 2007).

De acordo com a NBR ISO 14044:2009, convém que, sempre que possível

tal análise seja realizada a fim de melhor explicar e apoiar as conclusões do ICV.

Mais detalhes sobre Matriz Pedigree encontra-se no Anexo B.

63

4.3 TESTE DO MÉTODO COM ICVS BRASILEIROS

No segundo semestre de 2009, fez-se um levantamento de trabalhos

envolvendo ICV no Brasil (Quadro 9).

Ordem Assunto Título Universidade/ Instituição Referência

1

Geração Hidrelétrica

Inventário de ciclo de vida da geração hidrelétrica no Brasil - Usina de Itaipu: primeira aproximação.

Universidade de São Paulo (USP) RIBEIRO, 2003

2 Metais

Adaptação de Banco de Dados de Inventários de Ciclo de Vida para a realidade brasileira no que concerne à logística

da produção de materiais

Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)

NISHIMUNI et al., 2008

3 Alumínio Inventário do Ciclo de Vida da Produção de Alumínio e Aço

no Brasil Universidade Tecnológica

Federal do Paraná (UTFPR) COELHO, 2007

3.1 Aço Inventário do Ciclo de Vida da Produção de Alumínio e Aço

no Brasil Universidade Tecnológica

Federal do Paraná (UTFPR) COELHO, 2007

4

Embalagens Vidro

Análise do Inventário do Ciclo de Vida de Embalagens de vidro, alumínio e Pet utilizadas em uma indústria de

refrigerantes no Brasil

UFPR (Universidade Federal do Paraná) PRADO, 2007

4.1

Embalagens Alumínio

Análise do Inventário do Ciclo de Vida de Embalagens de vidro, alumínio e Pet utilizadas em uma indústria de

refrigerantes no Brasil

UFPR (Universidade Federal do Paraná) PRADO, 2007

4.2 Embalagens PET

Análise do Inventário do Ciclo de Vida de Embalagens de vidro, alumínio e Pet utilizadas em uma indústria de

refrigerantes no Brasil

UFPR (Universidade Federal do Paraná) PRADO, 2007

5

Resíduos Industriais

Potenciais construtivos dos resíduos industriais no Vale do Aço – MG

UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais)

ASSUNÇÃO, VIEIRA, 2004

6 Papel off set Inventário do ciclo de vida do papel offset produzido no

Brasil. Universidade de São Paulo

(USP) GALDIANO, 2006

7

PVC

Life Cycle Inventory of Polyvinyl Chloride Manufactured in Brazil

Universidade de São Paulo (USP)

BORGES, SILVA, 2005

8 PET Avaliação Acelerada do Ciclo de Vida da Embalagem de PET UNIP (Universidade Paulista) FORMIGNONI

et al.,2004

9

Tijolos Cerâmicos – Empresa A

Inventário da produção de pisos e tijolos cerâmicos no contexto da análise do ciclo de vida

UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina)

SOARES, PEREIRA, 2004

9.1

Tijolos Cerâmicos – Empresa B

Inventário da produção de pisos e tijolos cerâmicos no contexto da análise do ciclo de vida

UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina)

SOARES, PEREIRA, 2004

9.2

Tijolos Cerâmicos – Empresa C

Inventário da produção de pisos e tijolos cerâmicos no contexto da análise do ciclo de vida

UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina)

SOARES, PEREIRA, 2004

9.3

Tijolos Cerâmicos – Empresa D

Inventário da produção de pisos e tijolos cerâmicos no contexto da análise do ciclo de vida

UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina)

SOARES, PEREIRA, 2004

10

Resíduos sólidos industriais

Inventário do ciclo de vida do sistema de gerenciamento de resíduos sólidos urbanos do município de Santa Cruz do Sul

UNISC (Universidade de Santa Cruz do Sul) SCHÜLER, 2008

11

Automotivo Análise de Ciclo de Vida: estudo de caso para materiais e componentes automotivos no Brasil

UNICAMP(Universidade Estadual de Campinas) UGAYA, 2001

12 Construção civil Análise do ciclo de vida (ACV) aplicada à indústria da

construção civil - estudo de caso UFRGS (Universidade Federal

do Rio Grande do Sul) CYBIS, SANTOS,

2000

ICVs - Analisados

Quadro 9. Levantamento de dados disponíveis no Brasil para serem utilizados neste trabalho de ICV. Fonte: Autoria própria.

64

Na seqüência, visando testar o método proposto, analisaram-se cada

inventário e observou-se que nenhum deles possui a mesma estrutura. A fim de se

exemplificar, enquadraram-se aleatoriamente alguns ICVs na Tabela 1, gerando

apresentada no Capítulo 3, uma planilha para cada inventário.

Conforme proposto por Gil (2009), isto se caracteriza como amostragem

estratificada não proporcional, visto que a extensão da amostra não é proporcional a

extensão dos extratos em relação ao universo. Este procedimento de amostragem é

indicado para situações de comparação entre os vários extratos quando se tem uma

amostra extensa.

A amostra de títulos de trabalho é de 12 e o extrato é de 4 títulos de

trabalhos a serem enquadrados na Tabela 1. Sendo que, há desdobramento de

ICVs em alguns títulos, totaliza-se, portanto, 10 inventários analisados.

65

Tabela 6 - Inventário de ciclo de vida da geração hidrelétrica no Brasil- Usina de Itaipu: primeira aproximação

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Fonte: Autoria própria.

66

No enquadramento de RIBEIRO (2003) (Tabela 6), tem-se:

a) escopo temporal: para as estimativas dos ciclos de vida dos insumos,

no entanto utilizou-se como ano base 1977, ano de desvio do rio,

quando se iniciou efetivamente o consumo dos diversos materiais

(cimento, aço, cobre, etc). Para permitir sua realização no âmbito de

uma dissertação de mestrado, adotou como simplificação a geração de

eletricidade na usina hidrelétrica de Itaipu, responsável em 2000 por

22,4% da eletricidade consumida no país.

b) escopo geográfico: Brasil- Itaipu.

c) escopo técnico: para os casos onde não foram obtidos dados

diretamente da usina, utilizaram-se informações de situações

semelhantes, guardadas as devidas precauções e sempre notificando

as limitações de precisão inerentes a estes processos. Também se

utilizou literatura. Em outros casos, foram consultados especialistas da

área que atuaram na obra de Itaipu ou de outras hidrelétricas. Muitas

vezes no entanto não foram encontrados os dados necessários, e

nestes casos fez-se uma escolha entre três possibilidades, variando

caso a caso qual a alternativa adotada: • não incluir o dado, apenas

apontando a necessidade de futuramente avaliar sua possível

relevância; • aproximar o dado usando uma informação de um

processo similar de outra realidade; • buscar métodos de aproximação

por modelo matemático, estimando valores.

d) limite temporal do sistema: passado (infra-estrutura): No que diz

respeito aos consumos materiais e energéticos para o estabelecimento

do canteiro de obras, deve-se ressaltar que este possuía enormes

dimensões, com equipamentos tiveram grande parte de sua vida útil

esgotada na obra. Desta forma, e considerando a recomendação

internacional de incluir nos estudos as instalações que possuem o

único propósito de atender à obra, consideraram-se três aspectos da

sua construção e operação do canteiro: i)consumo de aço, ii)

eletricidade e iii) concreto. O consumo de concreto foi estimado como

muito reduzido em relação ao demais da obra, sendo desconsiderado

posteriormente, mas o aço e eletricidade entram na contabilidade das

cargas ambientais da construção da usina.

67

e) dados: horizontal. a Figura 8 exemplifica a agregação horizontal dos

dados através das fronteiras propostas no referido estudo. Também

houve agregação dos dados de ICV, divididos entre as contribuições da

etapa de construção e operação.

f) regra de corte - relevância ambiental: no trabalho avaliado decidiu-se

incluir os ciclos de vida dos principais insumos da usina de Itaipu, a

saber: energia elétrica, transportes de ônibus, caminhão, trem de

carga, navio petroleiro, navio de carga a granel, produção de cimento,

aço, cobre, óleo diesel e óleos lubrificante e de transformador.

g) suposições no caso de falta de informações: utilizaram-se cálculos

estequiométricos e outras fontes de informação.

h) mix (mistura) de eletricidade: utilizou hidrelétrica e termelétrica. A

matriz energética da época, com a hidreletricidade dada como fluxo

elementar e a energia termelétrica estimada, com os aspectos

ambientais da queima dos diferentes combustíveis estimados com o

uso de bases de dados internacionais de ACV;

i) serviços de transporte - entre etapas de processo: A Figura 9

exemplifica estes serviços de transporte entre etapas de processo.

Figura 8. Exemplo a agregação horizontal de dados Fonte: Ribeiro (2004).

68

Figura 9 - Exemplo de Serviços de Transporte - entre etapas de processo Fonte:Ribeiro (2004).

j) energia térmica - emissões operacionais, eficiência, do aquecimento é

conhecido: consideraram-se emissões para termelétrica.

k) categorias e subcategorias: considerou-se recursos, ar, água.

l) poluentes transportados pelo ar – particulados: utilizou-se PM 10.

m) poluentes transportados pelo ar – Carbono fóssil e biogênico: na

entrada têm-se como recursos naturais carvão mineral e vegetal

n) poluentes aquáticos - Nível de Oxidação: H+, Cl -, Cr 3+, íons

metálicos

o) uso de recursos - recursos energéticos: energia hidrelétrica;

p) incerteza: foi feita a análise de sensibilidade dos dados. utilizou-se o

método de extrapolação de um inventário significativo.

69

Tabela 7 - Inventário do Ciclo de Vida da Produção de Alumínio e Aço no Brasil – ALUMÍNIO

Fonte: Autoria própria.

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70

No enquadramento de COELHO (2007) (Tabela 7), para Alumínio, tem-se:

a) escopo temporal: a fim de obter dados referentes à produção de

alumínio primário foram coletados dados para a produção de alumínio,

para o ano de 2004.

b) escopo geográfico: Brasil

c) escopo técnico: não está explícita qual a tecnologia, ou média de

tecnologias. Porém segundo a matriz pedigree correlação técnica está

com indicador 1: dados de empresas, processos e materiais sob

estudo.

d) limite temporal do sistema: segundo matriz pedigree, menos de 3 anos

do ano de referência (2004). Mas não traz a escala temporal das

emissões se é passado, presente ou futuro.

e) dados – Vertical: não está explicito, mas por constar como entrada a

alumina, infere-se que houve agregação vertical.

f) suposições no caso de falta de informações - busca por outras fontes:

Quando dados não estavam disponíveis foi utilizado dados de

literatura, mesmo que desatualizados.

g) situação de Mercado (comodity): sim, pois se considerou a informação

de que o Brasil é o 6º produtor mundial de alumínio primário.

h) mix (mistura) de Eletricidade - eletricidade vinda da rede?: Sim. Cerca

de 12 % de energia elétrica utilizada na produção do alumínio primário

no Brasil é fornecida por usinas hidrelétricas mantidas pelas próprias

empresas do setor do alumínio.

i) poluentes Transportados pelo Ar - Outros Poluentes Atmosféricos:

SOX.

j) uso de Recursos - Recursos Energéticos: energia renovável –

hidroelétrica.

k) incerteza: utilizou-se a matriz Pedigree.

71

Tabela 8 - Inventário do Ciclo de Vida da Produção de Alumínio e Aço no Brasil - AÇO

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Fonte: Autoria própria.

72

No enquadramento de COELHO (2007) (Tabela 8), para Aço, tem-se:

a) escopo temporal: considerou-se o ano de 2004 para a coleta dos

dados.

b) escopo geográfico: Brasil

c) escopo técnico: média de tecnologias

d) limite temporal do sistema: segundo matriz pedigree, menos de 3 anos

do ano de referência (2004).

e) dados – Brutos da Unidade de Processo: dados brutos, não foram

agregados, conforme Figura 10.

f) outros (custo, social): valor de melhor qualidade. Quando dados

fornecidos por duas fontes escolheu-se o de maior valor.

g) suposições no caso de falta de informações - balanço estequiométrico:

Confiança Fator 2 e 5 na matriz pedigree, pois se utilizou cálculo.

h) suposições no caso de falta de informações - busca por outras fontes:

Confiança fator 3 na matriz pedigree, pois se utilizou e-mails.

MINÉRIO DE FERRO

CARVÃO MINERAL

OUTROS

CALCÁRIO

ÓLEOS COMBUSTÍVEIS

PETRÓLEO E DERIVADOS

GÁS NATURAL

ENERGIA ELÉTRICA

CARVÃO VEGETAL

SUCATA

ÁGUA

SOLO

AR

ÁGUA

FENÓISAMÔNIA

SULFETOSCHUMBOCROMONÍQUEL

PARTICULADOSCO2, HC,

NOX,SO2

RESÍDUOS SÓLIDOS

CÁDMIOESTANHO

MANGANÊSCIANETOS

COBRE

80% AÇO

COQUERIABENEFICIAMENTO

SINTERIZAÇÃO E PELETIZAÇÃO

REDUÇÃO

ACIARIA L.D. ACIARIA ELÉTRICA

20% AÇO

Figura 10 - Exemplo de Dados – Brutos da Unidade de Processo Fonte: Coelho (2007).

73

i) situação de Mercado (comodity): Sim. pois se considerou a informação

de que o aço é o metal mais produzido exportado no Brasil.

j) categorias e Subcategorias: dividido em categorias: Ar, Água.

k) poluentes transportados pelo ar - Particulados: particulados totais, pois

não traz informações sobre o tamanho da partícula em mícron.

l) poluentes transportados pelo ar - carbono fóssil e biogênico: Fóssil e

biogênico, pois na entrada tem-se carvão mineral e vegetal.

m) poluentes transportados pelo ar - outros Poluentes Atmosféricos: SO2

NOx.

n) poluentes aquáticos - somatório dos parâmetros para compostos de

carbono - Demanda Biológica de Oxigênio em 5 dias (DBO5): Informa

DBO porém não informada se é 5 dias.

o) poluentes aquáticos - somatório dos parâmetros para compostos de

carbono - Demanda Química de Oxigênio (DQO): Informa DQO.

p) incerteza: utilizou-se a matriz Pedigree.

74

Tabela 9 - Análise do Inventário do Ciclo de Vida de Embalagens de vidro, alumínio e Pet utilizadas em uma indústria de refrigerantes no Brasil VIDRO

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Princípios de Modelagem para Processos

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Fonte: Autoria própria.

75

No enquadramento de PRADO (2007) para VIDRO (Tabela 9), tem-se:

a) escopo temporal: o período de coleta de informações foi de julho de

2004 a setembro de2005.

b) escopo geográfico: brasil.

c) escopo técnico: a descrição dos tipos de materiais e processos

envolvidos foi feita a partir de dados de literatura e consulta a

empresas pertinentes. Foram consideradas e consultadas as empresas

de grande expressão nacional (Brasil), cada qual no respectivo setor

produtivo.

d) limite temporal do sistema: presente, pois considera poluentes

atmosféricos.

e) dados - Brutos da Unidade de Processo: considerou a distância entre

cada processo e não considerou a distância de transporte dentro de

cada processo. No caso de uma agregação, teria que se considerar o

transporte feito dentro de cada processo separadamente.

f) regras de Corte - Massa: por existir um grande número de variáveis

envolvidas, como as matérias-primas e resíduos gerados nos

diferentes processos, foram considerados apenas as mais significativas

em termos de massa.

g) suposições no caso de falta de informações – balanço estequiométrico:

Balanço de Massa.

h) suposições no caso de falta de informações - busca por outras fontes:

Algumas informações, incluindo as que não constam dos formulários

de coleta de dados, foram estimadas por meio de modelos

apresentados em literatura especializada.

i) serviços de Transporte - entre etapas de processo: não se considerou

as distâncias percorridas dentro de cada processo. A distância até o

processo seguinte e o meio de transporte é exemplificada na Tabela

10.

76

Tabela 10. Dados coletados para estudo de ACV das embalagens de VIDRO. Serviços de Transporte - entre etapas de processo

Processo Fonte Capacidade

Produtiva média

Distância até o Processo seguinte

Meio de

transporte

Fabricação do vidro

Empresa A multinacional localizada no estado de

São Paulo

- 250 m3/d de areia,

- 190 m3/d de dolomita,

- 180 m3/d de calcário,

- 120 m3/d de feldspato

400 km

Ferroviário

Garrafas Empresa B multinacional

localizada no estado de São Paulo

100 mil garrafas/d 600 km Rodoviário

Preparação para envase e lavagem

das garrafas

Empresa multinacional localizada no estado do

Paraná 100 mil garrafas/d 100 km Rodoviário

Fabricação das tampas

Empresa multinacional localizada no estado do

Pará 10 mil unidades/d 3500 km Rodoviário

Reciclagem das garrafas

Empresa C multinacional localizada no estado de

São Paulo 1 t/d 100 km

Rodoviário

Fonte: Prado (2007).

j) serviços de Tratamento de Resíduos: a água do processo de lavagem

é direcionada às estações de tratamento de água residuárias.

k) categorias e Subcategorias: recursos, ar e água.

l) poluentes Transportados pelo Ar – Particulados: Particulados totais,

pois não traz o tamanho da partícula em mícron. Essa emissão é

proveniente do transporte.

m) compostos orgânicos Voláteis (COVs): sim.

n) outros Poluentes Atmosféricos: SO2 e NOx

o) Uso de Recursos - recursos de Materiais: para garrafas de vidro de

1331,70 kg de massa de material, considerando taxa de reciclagem de

25%, utilizou-se 48,42kg de recursos naturais.

p) incertezas: A seleção dos aspectos ambientais e a divisão em grupos

utilizados na identificação e quantificação dos impactos ambientais, de

cada processo produtivo estudado, foram baseadas considerando-se a

sua importância e magnitude em relação aos potenciais efeitos que

provocam sobre o meio ambiente. O desenvolvimento da matriz de

aspectos ambientais foi feito mediante a identificação das variáveis

mais importantes do ciclo de vida do produto.

77

Tabela 11. Análise do Inventário do Ciclo de Vida de Embalagens de vidro, alumínio e Pet utilizadas em uma indústria de refrigerantes no Brasil ALUMÍNIO

Esc

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Princípios de Modelagem para Processos

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Fonte: Autoria própria.

78

No enquadramento de PRADO (2007) para ALUMÍNIO (Tabela 11), tem-se:

a) escopo temporal: o período de coleta de informações foi de julho de

2004 a setembro de 2005.

b) escopo geográfico: as informações foram coletadas em empresas de

grande expressão nacional.

c) escopo técnico: a descrição dos tipos de materiais e processos

envolvidos foi feita a partir de dados de literatura e consulta a

empresas pertinentes. Foram consideradas e consultadas as empresas

de grande expressão nacional, cada qual no respectivo setor produtivo.

d) limite temporal do sistema: presente, pois se considera poluentes

atmosféricos.

e) dados - brutos da unidade de processo: Considerou a distância entre

cada processo e não considerou a distância de transporte dentro de

cada processo, por exemplo. No caso de uma agregação, teria que

considerar o transporte feito dentro de cada processo separadamente.

f) regras de corte – massa: por existir um grande número de variáveis

envolvidas, como as matérias-primas e resíduos gerados nos

diferentes processos, foram considerados neste trabalho apenas as

mais significativas em termos de massa.

g) suposições no caso de falta de informações - Balanço estequiométrico:

utilizou-se balanço de massa.

h) suposições no caso de falta de informações - busca por outras fontes:

Busca por outras fontes.

i) serviços de transporte - entre etapas de processo: não se considerou

as distâncias percorridas dentro de cada processo. A distância até o

processo seguinte e o meio de transporte é exemplificada na Tabela

12.

79

Tabela 12. Dados coletados para estudo de ACV das embalagens de ALUMÍNIO. Serviços de Transporte - entre etapas de processo

Processo Fonte Capacidade

Produtiva média

Distância até o Processo seguinte

Meio de

transporte Extração de

matérias primas e produção

de alumina

Empresa estatal localizada no estado de Minas Gerais

2 mil t/d de bauxita, 800 t/d de alumina,

260 t/d alumínio 20 km Rodoviário

Eletrólise / Laminação

Empresa multinacional localizada no estado de

Minas Gerais 200 t/d de lâminas 350 km

Rodoviário

Fabricação das Latas

Empresa D multinacional localizada no estado de

São Paulo 300 mil latas/d 400 km

Rodoviário

Preparação para envase

e lavagem das latas

Empresa multinacional localizada no estado do

Paraná 5 mil latas/d 100 km

Rodoviário

Reciclagem das latas

Empresa E multinacional localizada no estado de

São Paulo 160 t/d de latas 400 km

Rodoviário

Fonte: Prado (2007).

j) serviços de tratamento de resíduos: Água do processo de lavagem é

direcionada às estações de tratamento de água residuárias.

k) categorias e subcategorias: recursos, ar e água.

l) poluentes transportados pelo ar – particulados: Particulados totais, pois

não traz o tamanho da partícula em mícron. Essa emissão é

proveniente do transporte.

m) compostos orgânicos voláteis (COVs): sim.

n) outros poluentes atmosféricos: SO2, NOx.

o) uso de recursos - recursos de Materiais: para latas de alumínio de

40,83 kg de massa de material, considerando taxa de reciclagem de

90%, utilizou-se 22,14 kg de recursos naturais.

p) incertezas: a seleção dos aspectos ambientais e a divisão em grupos

utilizados na identificação e quantificação dos impactos ambientais, de

cada processo produtivo estudado, foram baseadas considerando-se a

sua importância e magnitude em relação aos potenciais efeitos que

provocam sobre o meio ambiente. O desenvolvimento da matriz de

aspectos ambientais foi feito mediante a identificação das variáveis

mais importantes do ciclo de vida do produto.

80

Tabela 13. Análise do Inventário do Ciclo de Vida de Embalagens de vidro, alumínio e Pet utilizadas em uma indústria de refrigerantes no Brasil PET

Esc

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tem

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Princípios de Modelagem para Processos

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Ene

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Em

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Res

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ubca

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Pol

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Uso

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Rec

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Bru

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nida

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roce

sso

Hor

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Ver

tical

Mas

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Ene

rgia

Rel

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cia

Am

bien

tal

Out

ros

(cus

to, s

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l)

Bal

anço

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equi

omét

rico

Bus

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or o

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Ele

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dad

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cald

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Somatório dos parâmetros para compostos de carbono S

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: Agr

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Fonte: Autoria própria.

81

No enquadramento de PRADO (2007) para PET (Tabela 13) - Polietileno

Tereftalato, tem-se:

a) escopo temporal: o período de coleta de informações foi de julho de

2004 a setembro de 2005.

b) escopo geográfico: as informações foram coletadas em empresas de

grande expressão nacional.

c) escopo técnico: a descrição dos tipos de materiais e processos

envolvidos foi feita a partir de dados de literatura e consulta a

empresas pertinentes. Foram consideradas e consultadas as empresas

de grande expressão nacional, cada qual no respectivo setor produtivo.

d) limite temporal do sistema: presente, pois considera poluentes

atmosféricos.

e) dados - brutos da unidade de processo: considerou a distância entre

cada processo e não considerou a distância de transporte dentro de

cada processo, por exemplo. No caso de uma agregação, teria que

considerar o transporte feito dentro de cada processo separadamente.

f) regras de corte – massa: por existir um grande número de variáveis

envolvidas, como as matérias-primas e resíduos gerados nos

diferentes processos, foram considerados neste trabalho apenas as

mais significativas em termos de massa.

g) suposições no caso de falta de informações - balanço estequiométrico:

balanço de massa

h) suposições no caso de falta de informações - busca por outras fontes:

as demais informações, incluindo as que não constam dos formulários

de coleta de dados, foram estimadas por meio de modelos

apresentados em literatura especializada.

i) serviços de transporte - entre etapas de processo: não se considerou

as distâncias percorridas dentro de cada processo. A distância até o

processo seguinte e o meio de transporte é exemplificada na Tabela

14.

82

Tabela 14 - Dados coletados para estudo de ACV das embalagens de PET. Serviços de Transporte - entre etapas de processo

Processo Fonte Capacidade

Produtiva média

Distância até o Processo seguinte

Meio de

transporte

Extração do petróleo

Empresa estatal localizada

no estado da Bahia

110-120 mil barris/d 40 km

Oleoduto

Refino Empresa multinacional localizada no estado da

Bahia

3,5 mil t/d de etileno,

400 t/d de Monoetilenoglicol e

250 t/d de dimetil

tereftalato

33 km

Oleoduto

Fabricação da resina e da preforma

Empresa multinacional localizada no estado da

Bahia

180 t/d de resina e 100

mil preformas/d 1800 km

Rodoviário

Produção dos rótulos

Empresa F multinacional localizada no estado de

São Paulo

2,0 milhões de rótulos/d 400 km

Rodoviário

Produção das tampas

Empresa G multinacionallocalizada no estado de

São Paulo

1,5 milhões de tampas/d 400 km

Rodoviário

Preparação para envase e lavagem das

garrafas

Empresa multinacional localizada no estado do

Paraná 7 mil garrafas/d

100 km

Rodoviário

Reciclagem das garrafas de

PET

Empresa de reciclagem localizada no estado da

Bahia 1 t de garrafas/d

100 km

Rodoviário

Fonte: Prado (2007).

j) serviços de tratamento de resíduos: água do processo de lavagem é

direcionada às estações de tratamento de água residuárias.

k) categorias e subcategorias: recursos, ar e água.

l) poluentes transportados pelo ar – particulados: Particulados totais, pois

não traz o tamanho da partícula em mícron. Essa emissão é

proveniente do transporte.

m) compostos orgânicos voláteis (COVs): sim.

n) outros poluentes atmosféricos: SO2, NOx.

o) uso de recursos - recursos de Materiais: para garrafas de PET de 25

kg de massa de material, considerando taxa de reciclagem de 40%,

utilizou-se 34,38 kg de recursos naturais.

p) incertezas: a seleção dos aspectos ambientais e a divisão em grupos

utilizados na identificação e quantificação dos impactos ambientais, de

83

cada processo produtivo estudado, foram baseadas considerando-se a

sua importância e magnitude em relação aos potenciais efeitos que

provocam sobre o meio ambiente. O desenvolvimento da matriz de

aspectos ambientais foi feito mediante a identificação das variáveis

mais importantes do ciclo de vida do produto.

84

Tabela 15 - Inventário da produção de pisos e tijolos cerâmicos no contexto da análise do ciclo de vida PISO CERÂMICO EMPRESA A

Esc

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Princípios de Modelagem para Processos

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Fluxos Elementares

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falta

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info

rmaç

ões

Situ

ação

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Mer

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Mix

(mis

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) de

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Ser

viço

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Tra

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Mas

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anço

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equi

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rico

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S N NA NA NI

NI NI S N S NI NI S N NI

Fonte: Autoria própria.

85

No enquadramento de Soares e Pereira (2004) (Tabela 15), tem-se:

a) escopo temporal: 2003

b) escopo geográfico: estado de Santa Catarina

c) escopo técnico: as empresas participantes foram selecionadas em

função de sua representatividade no setor (tipo de tecnologia e tipo de

produto).

d) limite temporal do sistema: presente, pois considera poluentes

atmosféricos

e) dados - Brutos da Unidade de Processo: sim, conforme Tabela 16,

considerando inventário da produção de 1 m2 de piso cerâmico (5,23

peças de 43,7 cm x 43,7 cm) para a empresa A.

Tabela 16 - Dados brutos da unidade de processo, para a empresa A

Entrada Saída Insumo Quantidade/ m2 Item Quantidade/ m2 Argila 34,268 kg Peças (5,23) ou 1 m2 26,307 kg Água 36,600 kg Vapor d’água 23,162 kg

Defloculante 0,171 kg Lodo de ETE 3,477 kg Esmalte (todos os

componentes)

2,095 kg Cinza do carvão 1,200 kg

Óleo diesel 0,412 l ou 0,350 kg Material particulado 0,086 kg

Carvão mineral 3,0 kg CO 0,011 kg

Gás natural 2,958 m3 ou 2,295 kg CO2 9,369 kg

Gás GLP 0,028 kg NOx 0,012 kg

Caixa papelão 0,65 un ou 142,962 g SOx 0,046 kg

Cola 1,143 g Fluoretos (F-) 2,740 g

Pedras abrasivas 0,34 un ou 0,102 kg Cloretos (Cl-) 5,480 g

Energia elétrica 5,5 kW HC 1,838 g

Pedras abrasivas 0,102 kg

Perdas (quebra) 1,997 kg

Fonte: Soares; Pereira (2004).

86

f) serviços de transporte - entre etapas de processo: Para o transporte,

foram levantados os consumos médios dos principais caminhões

transportadores utilizados e as distâncias médias de cada jazida até a

fábrica. O consumo de gás liquefeito de petróleo (GLP) pelas máquinas

empilhadeiras (no caso da produção dos pisos) foi calculado com base

no consumo mensal deste combustível, sabendo-se da produção total

no mesmo mês.

g) poluentes transportados pelo ar – Particulados: Particulados totais, pois

não traz o tamanho da partícula em mícron. Essa emissão é

proveniente do transporte.

h) poluentes transportados pelo ar – Carbono fóssil e biogênico: FÓSSIL:

o monóxido de carbono (CO) e o dióxido de carbono (CO2), presentes

no efluente gasoso da chaminé, são provenientes exclusivamente do

combustível (carvão mineral) e das condições em que a fornalha está

operando. Durante o processo de queima, foram medidas as

quantidades de gás natural consumidas por lotes de peças queimadas,

no caso de pisos, e de serragem, no caso dos tijolos, bem como

medições das emissões atmosféricas.

i) poluentes transportados pelo ar - outros poluentes atmosféricos: SOx,

NOx.

j) uso de recursos - recursos de materiais: foi considerada a extração da

argila como parte do subsistema produção, visto que ela é a matéria-

prima principal e representa mais de 90% (massa) da composição dos

produtos.

87

Tabela 17 - Inventário da produção de pisos e tijolos cerâmicos no contexto da análise do ciclo de vida PISO CERÂMICO EMPRESA B

Fonte: Autoria própria.

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Princípios de Modelagem para Processos

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Fluxos Elementares

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88

No enquadramento de Soares e Pereira (2004), (Tabela 17) PISO

CERÂMICO EMPRESA B, tem-se:

a) escopo temporal: 2003

b) escopo geográfico: estado de Santa Catarina

c) escopo técnico: as empresas participantes foram selecionadas em

função de sua representatividade no setor (tipo de tecnologia e tipo de

produto).

d) limite temporal do sistema: presente, pois considera poluentes

atmosféricos

e) dados - brutos da unidade de processo: sim, conforme Tabela 18,

considerando inventário da produção de 1 m2 de piso cerâmico (5,10

peças de 44,55 cm x 44,55 cm) para a empresa B.

Tabela 18 - Dados brutos da unidade de processo, para a empresa B

Entrada Saída Insumo Quantidade/ m2 Item Quantidade/ m2 Argila 25,35 kg Peças (5,10) ou 1 m2 19,176 kg Água 5,660 kg Vapor d’água 10,036 kg

Defloculante 0,352 kg Lodo de ETE 0,09 kg Esmalte (todos os componentes)

0,335 kg Cinza do carvão e pó 0,974 kg

Óleo diesel 0,491 l ou 0,417 kg Material particulado 0,012 kg

Carvão mineral 2,0 kg CO 0,009 kg

Gás natural 1,757 m3 ou 1,363 kg CO2 2,830 kg

Gás GLP 0,016 kg NOx 0,008 kg

Caixa papelão 0,51 unid. ou 84,828 g SOx 0,010 kg

Cola 0,362 g Fluoretos (F-) 1,462 g

Energia elétrica 2,9 kW Cloretos (Cl-) 2,437 g

HC 2,191 g

Perdas (quebra) 1,275 kg

Fonte: Soares; Pereira (2004).

f) serviços de transporte - entre etapas de processo: para o transporte,

foram levantados os consumos médios dos principais caminhões

89

transportadores utilizados e as distâncias médias de cada jazida até a

fábrica. O consumo de gás liquefeito de petróleo (GLP) pelas máquinas

empilhadeiras (no caso da produção dos pisos) foi calculado com base

no consumo mensal deste combustível, sabendo-se da produção total

no mesmo mês.

g) poluentes transportados pelo ar – Particulados: particulados totais, pois

não traz o tamanho da partícula em mícron. Essa emissão é

proveniente do transporte.

h) poluentes transportados pelo ar – Carbono fóssil e biogênico: FÓSSIL:

o monóxido de carbono (CO) e o dióxido de carbono (CO2), presentes

no efluente gasoso da chaminé, são provenientes exclusivamente do

combustível (carvão mineral) e das condições em que a fornalha está

operando. Durante o processo de queima, foram medidas as

quantidades de gás natural consumidas por lotes de peças queimadas,

no caso de pisos, e de serragem, no caso dos tijolos, bem como

medições das emissões atmosféricas.

i) poluentes transportados pelo ar - Outros Poluentes Atmosféricos: SOx,

NOx.

j) uso de recursos - recursos de Materiais: foi considerada a extração da

argila como parte do subsistema produção, visto que ela é a matéria-

prima principal e representa mais de 90% (massa) da composição dos

produtos.

90

Tabela 19- Inventário da produção de pisos e tijolos cerâmicos no contexto da análise do ciclo de vida TIJOLO CERÂMICO C

Esc

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tem

pora

l E

scop

o ge

ográ

fico

Esc

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Lim

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Princípios de Modelagem para Processos

Nom

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Fluxos Elementares

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Ince

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dad

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cald

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Somatório dos parâmetros para compostos de carbono

Som

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S S S S S NI NI NI NI S N NA NA NI N NI s N S NI NI S N NI

Fonte: Autoria própria.

91

No enquadramento de Soares e Pereira (2004) (Tabela 19), PISO

CERÂMICO EMPRESA C, tem-se:

a) escopo temporal: 2003

b) escopo geográfico: estado de Santa Catarina

c) escopo técnico: as empresas participantes foram selecionadas em

função de sua representatividade no setor (tipo de tecnologia e tipo de

produto).

d) limite temporal do sistema: presente, pois considera poluentes

atmosféricos

e) dados - Brutos da Unidade de Processo: sim, conforme Tabela 20,

considerando inventário da produção de 1 m2 de parede de tijolo

(37,76 tijolos) para a empresa C.

f) serviços de transporte - entre etapas de processo: para o transporte,

foram levantados os consumos médios dos principais caminhões

transportadores utilizados e as distâncias médias de cada jazida até a

fábrica. O consumo de gás liquefeito de petróleo (GLP) pelas máquinas

empilhadeiras (no caso da produção dos pisos) foi calculado com base

no consumo mensal deste combustível, sabendo-se da produção total

no mesmo mês.

g) poluentes transportados pelo ar – particulados: particulados totais, pois

não traz o tamanho da partícula em mícron. Essa emissão é

proveniente do transporte.

Tabela 20. Dados brutos da unidade de processo, para a empresa C

Entrada Saída Insumo Quantidade/ m2 Item Quantidade/ m2 Argila 130,26 kg Peças (35,76) ou 1 m2 93,69 kg Água 0,26 kg Vapor d’água 53,580 kg

Serragem 31,11 kg CO 0,560 kg

Óleo diesel 0,07 l ou 0,06 kg CO2 41,880 kg

Energia elétrica 0,3 kW NO2 0,022 kg

Cinza 0,370 kg

Perda 1,190 kg

Fonte: Soares; Pereira (2004).

92

h) poluentes transportados pelo ar – Carbono fóssil e biogênico:

BIOGÊNICO - serragem de madeira como combustível e fóssil - óleo

diesel na extração da argila.Durante o processo de queima, foram

medidas as quantidades de gás natural consumidas por lotes de peças

queimadas, no caso de pisos, e de serragem, no caso dos tijolos, bem

como medições das emissões atmosféricas.

i) poluentes transportados pelo ar - outros poluentes atmosféricos: SOx,

NOx.

j) uso de recursos - recursos de materiais: foi considerada a extração da

argila como parte do subsistema produção, visto que ela é a matéria-

prima principal e representa mais de 90% (massa) da composição dos

produtos.

93

Tabela 21 - Inventário da produção de pisos e tijolos cerâmicos no contexto da análise do ciclo de vida TIJOLO CERÂMICO D

Esc

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Princípios de Modelagem para Processos

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Fonte: Autoria própria.

94

No enquadramento de Soares e Pereira (2004) (Tabela 21), TIJOLO

CERÂMICO EMPRESA D, tem-se:

a) escopo temporal: 2003

b) escopo geográfico: estado de Santa Catarina

c) escopo técnico: as empresas participantes foram selecionadas em

função de sua representatividade no setor (tipo de tecnologia e tipo de

produto).

d) limite temporal do sistema: presente, pois considera poluentes

atmosféricos

e) dados - brutos da unidade de Processo: sim, conforme Tabela 22,

considerando inventário da produção de 1 m2 de parede de tijolo

(32,18 tijolos) para a empresa D.

f) serviços de transporte - entre etapas de processo: para o transporte,

foram levantados os consumos médios dos principais caminhões

transportadores utilizados e as distâncias médias de cada jazida até a

fábrica. O consumo de gás liquefeito de petróleo (GLP) pelas máquinas

empilhadeiras (no caso da produção dos pisos) foi calculado com base

no consumo mensal deste combustível, sabendo-se da produção total

no mesmo mês.

g) poluentes transportados pelo ar – particulados: particulados totais, pois

não traz o tamanho da partícula em mícron. Essa emissão é

proveniente do transporte.

Tabela 22. Dados brutos da unidade de processo, para a empresa D

Entrada Saída Insumo Quantidade/ m2 Item Quantidade/ m2 Argila 129,69 kg Peças (32,18) ou 1 m2 97,670 kg Água - Vapor d’água 50,110 kg

Serragem 26,23 kg CO 0,051 kg

Óleo diesel 0,32 l ou 0,27 kg CO2 21,410 kg

Energia elétrica 3,7 kW NO2 0,011 kg

--------- --------- Cinza 0,250 kg

--------- --------- Perda 1,940 kg

Fonte: Soares; Pereira (2004).

95

h) poluentes transportados pelo ar – Carbono fóssil e biogênico:

BIOGÊNICO - serragem de madeira como combustível e fóssil - óleo

diesel na extração da argila.Durante o processo de queima, foram

medidas as quantidades de gás natural consumidas por lotes de peças

queimadas, no caso de pisos, e de serragem, no caso dos tijolos, bem

como medições das emissões atmosféricas.

i) poluentes transportados pelo ar - outros poluentes atmosféricos: sim,

porém não apresenta SOX.

j) uso de recursos - recursos de materiais: foi considerada a extração da

argila como parte do subsistema produção, visto que ela é a matéria-

prima principal e representa mais de 90% (massa) da composição dos

produtos.

4.4 COMPILAÇÃO DA ANÁLISE DOS INVENTÁRIOS

A fim de facilitar a visualização dos resultados apresentados na análise de

cada inventário compilaram-se abaixo (Tabela 23) os ICVs de acordo com a ordem

apresentada no Quadro 9.

Diante da Tabela 23, que apresenta a correlação dos requisitos ecoinvent

com ABNT (2009a), verifica-se que entre os inventários analisados:

- 80% possuem informações recomendáveis, sendo composto da seguinte

forma:100 % dos inventários analisados descrevem escopo temporal, escopo

geográfico, escopo técnico, dados e nomenclatura; 60% realizam análise de

incerteza e nenhum apresenta alocação.

- 20% apresentam o requisito opcional Mix (mistura) de Eletricidade;

- 60% declaram requisitos definidos neste trabalho como obrigatórios da

seguinte forma: regra de corte: 50%, suposição no caso de falta de informação:

60%, serviços de transporte: 80% e categorias e subcatergorias: 50%. Portanto,

40% dos trabalhos analisados, não apresentam itens considerados como obrigatório

de acordo com o proposto neste trabalho.

96

Tabela 23 - Compilação de resultados dos ICVs. O

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Fonte: Autoria própria.

97

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS E RECOMENDAÇÕES

Ao longo deste trabalho avaliaram-se os ICVs brasileiros no método

proposto, a fim de corroborar com a necessidade do desenvolvimento de uma base

de dados unificada com dados que demonstrem a realidade brasileira.

É importante ressaltar que neste estudo não se fez julgamento quanto a

forma que os inventários foram compilados, se estão corretos ou não. Pois, de

acordo com a própria NBR ISO 14040:2009, não existe um método único para se

conduzir uma ACV, visto que as organizações têm a flexibilidade para implementar a

ACV como descrito na norma, de acordo com a aplicação pretendida e com os

requisitos de cada organização.

Buscou-se, portanto, fazer uma análise da estrutura dos ICVs brasileiros

pesquisados diante dos requisitos do ecoinvent e NBR ISO 14.044:2009.

Ao apresentar procedimentos para a análise do ICV, descrição de base de

dados públicas de ICV, com destaque para a iniciativa brasileira obteve-se subsídio

para escolher a base de dados e dar seqüência com a análise dos inventários.

Optou-se pelo ecoinvent v.2, pois, além de ser uma base de dados

consistente, coerente, transparente, apresenta um maior número de unidades de

processos, se comparada as demais base de dados listadas neste trabalho. Além

disso, proporciona credibilidade e aceitação de resultados de estudos de ACV,

segue padrões de estrutura que permitiram uma comparação com a NBR ISO

14.044:2009.

Para se definir as possibilidades para o desenvolvimento de ICVs para

determinados setores industriais considerados prioritários, comparou-se as

atividades descritas no IBGE, Banco Mundial e inventários de ciclo de vida

brasileiros pesquisados. Verificou-se, desta forma, a necessidade de

desenvolvimento de ICVs brasileiros para as seguintes atividades: Abate de reses,

preparação de produtos de carne; Fabricação de medicamentos para uso humano.

Mais do que desenvolvimento de ICVs para outras atividades é importante

fortalecer os inventários brasileiros com uma maior quantidade de dados nacionais e

padronizá-los em uma mesma estrutura com relação a conceitos. Também se

constata que outros países encontram-se mais evoluídos na montagem de banco de

dados de ICV, se comparado ao Brasil. Apesar disso, observa-se que há um esforço

98

de diversas instituições brasileiras para se unificar as informações e somar os

esforços realizados.

Diante do exposto, o objetivo do trabalho foi alcançado, desenvolveu-se um

método para avaliar os ICVs brasileiros, com base no ecoinvent e NBR ISO

14.044:2009.

De acordo com o resultado obtido através do método testado, que mostrou

que os ICVs analisados não apresentam todos os itens propostos, recomenda-se

para trabalhos futuros, a complementação destes dados. Bem como, a adaptação do

método com base na nova versão do ecoinvent versão 3.0, após sua publicação em

versão definitiva. Sugere-se também que o método proposto seja validado por

especialistas no assunto, para que possa utilizá-lo como padrão para o

desenvolvimento dos próximos ICVs brasileiros.

99

REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 14040: Gestão ambiental - Avaliação do ciclo de vida - Princípios e estrutura, Rio de Janeiro, 2009. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 14044: Gestão ambiental - Avaliação do ciclo de vida - Requisitos e orientações Rio de Janeiro, 2009 a. ASSUNÇÃO, R. B.; VIEIRA, C. M. Potenciais construtivos dos resíduos industriais no Vale do Aço – MG. In: INSTITUTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA EM RESÍDUOS E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, 2004, Santa Catarina. Anais. ICTR, NISAM-USP, 2004. p 347-356. ALTHAUS, H; et al. Ecoinvent: overview and methodology. Data v 2.0. Dübendorf: Swiss Centre for Life Cycle Inventories, 2007. 68 p. BAUER-ALU, C.; BUCHGEISTER, J.; SCHEBEK, L. German Network on Life Cycle Inventory Data. The International Journal of Life Cycle Assessment, Germany, v.9, n.6, p.360-364.2004. BEAUFORT-LANGEVELD, A de; et al. Code of Life-Cycle Inventory Practice. USA: SETAC, 2003. 160 p. BORGES, F. J.; SILVA, G. A. Life Cycle Inventory of Polyvinyl Chloride Manufactured in Brazil. In: MERCOSUR CONGRESS ON PROCESS SYSTEMS ENGINEERING, 4, 2005. Rio de Janeiro. Anais. Rio de Janeiro: ENPROMER, 2005. COELHO, C.R.V. Inventário do Ciclo de Vida da Produção de Alumínio e Aço no Brasil: Iniciação Científica (CNPQ). Curitiba: UTFPR, 2007. 54p. CYBIS, L. F.; SANTOS, C. V. J. Análise do ciclo de vida (ACV) aplicada à indústria da construção civil - estudo de caso. In: CONGRESSO INTERAMERICANO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL, 27, 2000, Porto Alegre. Anais. Porto Alegre: ABES/RS, 2000. FERREIRA, J. V. R. Análise do Ciclo de Vida dos Produtos. Instituto Politécnico de Viseu, 2004. 80 p.

100

FORMIGNONI, A.; et al. Avaliação Acelerada do Ciclo de Vida da Embalagem de PET. In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS INTEGRADAS DA UNAERP CAMPUS GUARUJÁ, 1, 2004. Anais. Guarujá, 2004. GALDIANO, G. P. Inventário do ciclo de vida do papel offset produzido no Brasil. Dissertação. São Paulo: USP, 2006. 283 p. GIL, A.C. Métodos e Técnica de Pesquisa Social. São Paulo: Atlas, 2009. 200 p. GUINÉE, J.B; et al. Life Cycle Assessment – An operational guide to the ISO standards - Part 1: LCA in perspective. Netherlands: Jan Klerkx, 2001a.11p. GUINÉE, J.B; et al. Life Cycle Assessment – An operational guide to the ISO standards - Part 2a : Guide. Netherlands: Jan Klerkx, 2001b.101p. IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria, Pesquisa Industrial Anual - Produto, 2005. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/industria/pia/produtos/produto2005/default.shtm> Acesso em: 27/02/2010. IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria, Pesquisa Industrial Anual - Produto, 2006. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/industria/pia/produtos/produto2006/default.shtm>. Acesso em: 27/02/2010. IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria, Pesquisa Industrial Anual - Produto 2007. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/industria/pia/produtos/produto2007/defaultproduto.shtm>. Acesso em: 27/02/2010. IBICT – Avaliação do Ciclo de Vida é uma das ações prioritárias do IBICT. Disponível em <http://acv.ibict.br/noticias/news_item.2005-09-14.2266952135>. Acesso em 17/05/2009. Lewandowska, A; et al. Adaptation of ecoinvent database to Polish conditions: The case of wood production in the Forest. The International Journal of Life Cycle Assessment, n.13, p.319-327-2008.

101

Life Cycle Inventory Programe. Disponível em: <http://jp1.estis.net/sites/lcinit/default.asp?site=lcinit&page_id=2F3B97E2-1697-4CD5-9D7E-D3CAD7214482>. Acesso em:14/03/2009. NARITA, N.; at al. Current LCA database development in Japan -results of the LCA project. The International Journal of Life Cycle Assessment. Japan, v.9, n.6, p.355-358.2008. NISHIMUNI, E. C.; AZUMA, F.H.; SHIGUEOKA, G.H. Adaptação de banco de dados de inventários de ciclo de vida para a realidade brasileira no que concerne à logística de produção de produtos. Monografia. Curitiba: UTFPR, 2008. NREL (National Renewable Energy Laboratory). Life Cycle Inventory Database. Disponível em:< http://www.nrel.gov/lci/>. Accesso em: 17/05/2009. PEGORARO, L. A; Desenvolvimento de fatores de caracterização para toxicidade humana em avaliação do impacto do ciclo de vida no Brasil. Dissertação. Universidade Tecnológica Federal do Paraná, UTFPR, 2008.87p. PIRES, A.C.; Proposta: projeto brasileiro de ICV – 2006. Disponível em:< http://acv.ibict.br/publicacoes/folder.2005-11-18.7629570308/Apresentacao_Armando_%2020102006.ppt#356,22,Slide 22>. Acesso em: 17/05/2009. PIRES, A.C. Avaliação do Ciclo de Vida e a Rotulagem Ambiental de Produtos. Workshop Internacional sobre Rotulagem Ambiental, 2009. Disponível em < www.mdic.gov.br/arquivos/dwnl_1260293598.ppt> Acesso em: 26/05/2010 Disponível em: http://lca.jrc.ec.europa.eu/lcainfohub/datasetArea.vm Acesso em: 13/01/2011. PRADO, M. R. Análise do Inventário do Ciclo de vida de embalagens de vidro, alumínio e PET utilizadas em uma indústria de refrigerantes no Brasil. Tese. Curitiba: UFPR, 2007. 172p. RIBEIRO, F.M. Inventário de ciclo de vida da geração hidrelétrica no Brasil - Usina de Itaipu: primeira aproximação. Dissertação. São Paulo: USP, 2003. 243 p.

102

SCHÜLER, S. C. Inventário do ciclo de vida do sistema de gerenciamento de resíduos sólidos urbanos do município de Santa Cruz do Sul. Dissertação. Santa Cruz do Sul: UNISC, 2008. 79 p. SIMAPRO 7.1. Ecoinvent. Pré Consultants, 2008. SOARES, S.; PEREIRA, S. W. Inventário da produção de pisos e tijolos cerâmicos no contexto da análise do ciclo de vida. Ambiente Construído. Porto Alegre, v.4, n.4, p. 83-94. 2004. SONNEMANN, G.; CASTELLS, F.;SCHUHMACHER, M. Integrated life-cycle and risk assessment for industrial process. Spain: CRC Press, 2003. 392 p. UDO DE HAES, H. A.; at al. Life-Cycle Impact Assessment: striving towards best practice. USA: SETAC, 2002. 272p. UGAYA, C.M.L. Análise do Ciclo de Vida: estudo de caso para materiais e componentes automotivos no Brasil. Tese. Campinas: UNICAMP, 2001. 199 p. UGAYA, C.M.L. Notas de aula, 2008. WEIDEMA, B. The SPOLD memorial site, 2003. Disponível em: < http://lca-net.com/spold/whatis.html> Acesso em:17/05/2009. WEIDEMA, B.; HISCHIER, R. Ecoinvent Newsletter - 03/2010.ecoinvent Centre, 2010 WEIDEMA, B.; HISCHIER, R. Ecoinvent Newsletter - 01/2011.ecoinvent Centre, 2011 WORLD BANK GROUP, UNITED NATIONS ENVIRONMENT PROGRAMME, UNITED NATIONS INDUSTRIAL DEVELOPMENT ORGANIZATION. Pollution Prevention and Abatement Handbook. Washington, 1998.

103

ANEXO A - Processos elementares ecoinvent v.2

Figura 11 – Exemplo da base de dados do ecoinvent versão 2:desmembramento para materiais. Fonte: Adaptado de SimaPro 7.1 (2008).

104

105

106

107

108

109

ANEXO B - Conceitos no ecoinvent versão 2.0

O Quadro 10 mostra as categorias e subcategorias as quais são usadas na base de dados do ecoinvent.

Categoria Sub-categoria: Definição: Utilizado em geral para:

Ar

baixa densidade populacional

emissões em áreas sem assentamentos e áreas protegidas nos arredores

extração de recursos, agricultura, aterros municipais, tratamento de efluentes líquidos, transporte de longa distancia e navio, energias: hidráulica, eólica, carvão, nuclear

baixa densidade populacional, longo prazo

emissões futuras, 100 após o início do processo emissões de processamento de urânio

baixa estratosfera e alta troposfera

emissões de aviões transporte aéreo

alta densidade populacional

emissões próximas a assentamentos ou áreas protegidas que afetem diretamente pessoas ou animais, devido a situação local. Mais importante para partículas.

indústrias, usinas de óleo e gás, manufatura, casas, incineradores municipais, tráfego local, processo de construção

não especificado usado somente se não houver informação disponível

Recurso

no ar recursos no ar ex. argônio, dióxido de carbono Usado para captação de carbono em biomassa e gases produzidos por separação se ar

Biótico recursos biogênicos ex. madeira no solo recursos no solo ex. minérios, mas também para o volume

de aterro

Terra ocupação e uso do solo na água recursos na água ex. magnésio

Solo

Agrícola emissão no solo usado para produção de produtos agrícolas

Agrícola

Florestal emissão no solo usado para produção de plantas (florestas, matérias-prima renováveis) que não entrem na cadeia alimentar humana.

Florestal

Industrial emissão no solo usado para indústria, manufatura, tratamento de resíduos e infra-estrutura.

Indústria, landfarming de resíduos, edificações

não especificado usado somente se não houver informação disponível

Água

Solo água subterrânea que entrará em contato com a biosfera depois de algum tempo.

solo longo prazo emissões futuras, 100 anos após o início do processo emissões de longo prazo de aterros Lago lagos de água doce Oceano oceano, mar e lagos de água salgada trabalhos a pouca distância do mar, transportes marítimos além mar Rio Rios descarga de efluentes de plantas de tratamento de efluente rio longo prazo emissões futuras, 100 anos após o início do processo Emissões a longo prazo, subcategoria não usada na base de dados do ecoinvent. Fóssil água salgada subterrânea que não entrará em contato com

o biosfera Re-injeção de formação de água de extração de óleo e gás, subcategoria não usada na base de dados do ecoinvent.

não especificado usado somente se não houver informação disponível

Quadro 10. Categorias e Subcategorias. Fonte: Althaus (2007).

110

Com relação à quantificação de incertezas, tem-se a Matriz Pedigree.

Fatores básicos de incerteza (Tabela 24) são usados para o tipo de entrada e

saída considerado. Supõem-se, por exemplo, que as emissões de CO2 mostram em

geral uma incerteza muito menor se comparada a emissões de CO. Enquanto o

primeiro pode ser calculado a partir da entrada de combustível, o último é muito mais

dependente de manutenção do motor, de fatores de carga. Fontes de dados são

aqueles associados de acordo com seis características: 1) Confiança; 2)

Representatividade; 3) Correlação Temporal; 4) Correlação Geográfica; 5) Maior

correlação tecnológica; 6) Tamanho da Amostra (Quadro 11.).

Tabela 24. Fatores básicos de incerteza (adimensionais) aplicados por entradas e saídas de tecnosfera e por fluxos elementares

Grupo de Entrada/ Saída c p a Demanda de: Energia térmica, eletricidade, produtos semi acabados, material de trabalho, serviços de tratamento de resíduos 1,05 1,05 1,05

Serviços de transporte (tkm) 2,00 2,00 2,00 Infra-estrutura 3,00 3,00 3,00 Recursos Energia primária, metais, sais 1,05 1,05 1,05 Uso e ocupação do solo 1,50 1,50 1,10 Uso e transformação do solo 2,00 2,00 1,20 Poluente emitidos para a água: DBO, DQO, COD, COT , compostos inorgânicos (NH4, PO4, NO3, Cl, Na, etc.) 1,50

hidrocarbonetos individuais, HPAs 3,00 1,80metais pesados 5,00 1,50pesticidas 1,50NO3, PO4 Poluentes emitidos para o solo: óleo, hidrocarbonetos total 1,50 metais pesados 1,50 1,50pesticidas 1,20Poluentes emitidos para o ar: CO2 1,05 1,05 SO2 1,05 compostos orgânicos voláteis não metanos total 1,50 NOx, N2O 1,50 1,40CH4, NH3 1,50 1,20hidrocarbonetos individuais 1,50 2,00 MP>10 1,50 1,50 MP 10 2,00 2,00 MP 2,5 3,00 3,00

hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPAs) 3,00 CO, metais pesados 5,00 emissões inorgânicas, outros 1,50 radionucleotídeos 3,00

c: emissões de combustão; p:emissões de processo; a: emissões de agricultura.

Fonte: Althaus (2007).

111

Indicador 1 2 3 4 5 Observações

Confiança dados verificados baseados em medidas

dados verificados parcialmente baseados em hipóteses ou dados não verificados baseados em medições

dados não verificadas parcialmente baseados em suposições qualificadas

estimativas qualificadas (ex.: experiência industrial), dados derivados de informações teóricas (ex: estequiometria, entalpia)

estimativas não qualificadas

significado de verificado: publicado em relatórios ambientais públicos de empresas, estatística oficial. Significado de não verificado: informações pessoal por carta, fax ou e-mail.

Representatividade

dados representativos de empresas relevantes para o mercado considerado durante um período adequado para nivelar as flutuações normais

dados representativos de mais de 50% das empresas relevantes para o mercado considerado durante um período adequado para nivelar as flutuações normais

dados representativos de menos de 50% das empresas relevantes para o mercado considerado ou > 50% de empresas mas em curto período

dados representativos de somente uma empresa relevante no mercado considerado ou algumas empresas mas por períodos menores

representatividade desconhecida ou dados de poucas empresas e por períodos menores

duração do período adequado depende do processo / tecnologia

Correlação Temporal menos de 3 anos de diferença do ano de referência

menos de 6 anos de diferença do ano de referência

menos de 10 anos de diferença do ano de referência

menos de 15 anos de diferença do ano de referência

Idade dos dados desconhecida mais de 15 anos de diferença do ano de referência

menos que 3 anos significa: dados medidos em 1997 ou posterior; pontuação para o processo, com ciclos de investimento de 10 anos; para outros casos, ajustes de pontuação pode ser feitas por conseqüência

Correlação Geográfica dados da região de estudo

média de dados de uma área maior que a região de estudos é incluída

dados de uma área menor do que a região de estudos, ou de área similar

dados desconhecidos ou regiões diferentes (América do Norte ao invés de Ásia)

Similarmente expresso em termos de legislação ambiental. Sugestão para agrupamento: América do Norte e Austrália; União Européia, Japão e África do Sul; América do Sul, África do Norte e Central e Oriente Médio; Rússia, China, Extremo Oriente.

Correlação Técnica dados de empresas, processos e materiais sob estudo

dados de processos ou materiais relacionados mas com mesma tecnologia ou dados de processos e materiais estudados e diferentes tecnologias

dados de processos ou materiais mas com tecnologia diferente, ou dados de processos em escala de laboratório e mesma tecnologia

dados de processos ou materiais relacionados mas em escala de laboratório de diferente tecnologia

Exemplos de diferentes tecnologias: - turbina a vapor em vez do motor de propulsão em navios; - fatores de emissões para os comboios a diesel com base em dados do motor de caminhão. Exemplos para processos ou materiais relatados: - dados para infraestrutura de refinaria para infraestrutura de plantas químicas

Tamanho da Amostra >100 medições contínuas, balanço de produtos adquiridos

>20 >10 >=3 desconhecido tamanho da amostra

Quadro 11. Matriz Pedigree usada para avaliar a qualidade da fonte de dados. Fonte: Althaus (2007).

112

Cada característica é dividida em entre 5 níveis de qualidade com score entre

1 e 5. Nesse sentido, um conjunto de seis indicadores de score é atribuído

individualmente para cada fluxo de entrada e saída (exceto para o referido produto)

relatados em fonte de dados (este conjunto de seis indicadores é relatado, em geral,

no campo complementar de cada entrada e saída). Um fator de incerteza (expresso

como uma contribuição para o quadrado do desvio padrão geométrico) é atribuído

para cada score das seis características. Estes fatores de incerteza também são

baseados julgamentos especializados como mostra a Tabela 25.

Tabela 25. Fatores de incerteza padrão.

Fatores 1 2 3 4 5 Confiança 1,00 1,05 1,10 1,20 1,50 Representatividade 1,00 1,02 1,05 1,10 1,20 Correlação Temporal 1,00 1,03 1,10 1,20 1,50 Correlação Geográfica 1,00 1,01 1,02 1,10 Correlação Técnica 1,00 1,20 1,50 2,00 Tamanho da Amostra 1,00 1,02 1,05 1,10 1,20

Fonte: Althaus (2007).

O quadrado do desvio padrão geométrico (intervalo 95% - SDg95) é então

calculado pela seguinte fórmula:

Onde: U1 fator de incerteza para confiança U2 fator de incerteza para representatividade U3 fator de incerteza para correlação temporal

U4 fator de incerteza para correlação geográfica

U5 fator de incerteza para correlação técnica

U6 fator de incerteza para tamanho da amostra

Ub fator básico de incerteza