Mestre DeRose - SwáSthya Yôga - Faça Yôga Antes Que Você Precise 10a. Edição

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MESTRE DeROSE FAÇA YÔGA ANTES QUE VOCÊ PRECISE (SWÁSTHYA YÔGA SHÁSTRA) 10 a EDIÇÃO PRIMEIRA UNIVERSIDADE DE YÔGA DO BRASIL Registrada nos termos dos artigos 18 e 19 do Código Civil Brasileiro sob o n o . 37959 no 6 o . Ofício www.uni-yoga.org.br

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MESTREDeROSE FAA YGA ANTES QUE VOC PRECISE (SWSTHYA YGA SHSTRA) 10a EDIO PRIMEIRA UNIVERSIDADE DE YGA DO BRASIL Registrada nos termos dos artigos 18 e 19 do Cdigo Civil Brasileiro sob o no. 37959 no 6o. Ofcio www.uni -yoga.org.br A Editora Nobel tem como objetivo publicar obras com qualidadeeditorial e grfica, consistncia de informaes, confiabilidade de traduo,clareza de texto, e impresso, acabamento e papel adequados. Para que voc, nosso leitor, possa expressar suas sugestes, dvidas, crticase eventuais reclamaes, a Nobel mantm aberto um canal de comunicao. Entre em contato com: CENTRAL DE ATENDIMENTO AO CONSUMIDOR R. Pedroso Alvarenga, 1046 - 9 andar - 04531-004 - So Paulo, SP Fone: (11) 3706-1466 - Fax: (11) 3706-1462 www.editoranobel.com.br E-mail: [email protected] PROIBIDA A REPRODUO

Nenhuma parte desta obra poder ser reproduzida, copiada, transcrita ou mesmotransmitida por meios eletrnicos ou gravaes, sema permisso, por escrito,do editor. Os infratores sero punidos pela Lei n 9.610/98. MESTREDeROSE Mestre DeRose o fundador da Universidade de Yga. Comquase 50 anos de magistrio, mais de 20 livros escritos e 24 anos de viagens ndia, recebeu o reconhecimento do ttulo de Mestre emYga (no-acadmico) e Notrio Saber pela FATEA Faculdades IntegradasTeresadvila(SP),pelaUniversidadedoPorto(Portugal),pelaUniversidadeLusfona,Lisboa(Portugal),pela Universidade Estcio de S (MG) e pela UniCruz (RS). Possui ttulo de Comendador e Notrio Saber emYga pela Sociedade BrasileiradeEducaoeIntegrao;edeComendadorpelaAcademiaBrasileiradeArte,CulturaeHistria.Foifundadordo Conselho Federal de Yga e do Sindicato Nacional dos Profissionais de Yga. Fundador da primeira Confederao Nacional de Yga do Brasil. Introdutor do Curso de Formao de Instrutores de Yga nas Universidades Federais do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paran, Minas Gerais, Mato Grosso, Bahia, Cear, Maranho, Par, Piau, Pernambuco, Rio Grande do Norte etc.; Universidades Estaduais do Rio de Janeiro, Santa Catarina, Bahia etc.; PUCs Pontifcias Universidades Catlicas do RioGrandedoSul,Paran,MinasGerais,Bahia,SoPauloeoutras.Em Portugal,foiintrodutordoCursodeFormaode InstrutoresdeYganaUniversidadeLusfona,deLisboa, e na Universidade do Porto. Na Argentina foi introdutor do Curso de FormaodeInstrutoresdeYganaUniversidadeNacionaldeLomasdeZamora.aclamadocomooprincipalarticuladorda Regulamentao dos Profissionais de Yga cujo primeiro projeto de lei elaborou em1978. Por lei, emSo Paulo, Paran e Santa Catarina, a data do aniversrio do Mestre DeRose foi instituda como o Dia do Yga emtodo o Estado. FAA YGA ANTES QUE VOC PRECISE (SWSTHYA YGA SHSTRA) PRIMEIRA UN A DO BRASIL Ri o d eJ an ei r o : R. Di as Fer r ei r a, 259Tel . : ( 21) 2259- 8243 Endereos nas demais cidades encontram-se no final do livro. IVERSIDADE DE YGwww.uni -yoga.org.br S o Pau l o : Al . J a , 2. 000Tel . : ( 11) 3081- 98211995 Mestre DeRose 2003 AMPUB Comercial Ltda. Direitos desta edio reservados AMPUB Comercial Ltda. (Nobel umselo editorial da AMPUB Comercial Ltda.) Rua Pedroso Alvarenga, 1046 9o andar 04531004 So Paulo SP Fone: (11) 3706-1466 Fax: (11) 3706-1462 www.editoranobel.com.br E-mail: [email protected] Projeto editorial, criao da capa, digitao, diagramao: Mestre DeRose Execuo da capa: ERJComposio Editorial e Artes Grficas LtdaIlustraes digitalizadas: Andr DeRose e Paulo Miller Reviso: Aida Ferraz, Diana Raschelli de Ferraris, Melina Flores Modelos das fotos: Mestre DeRose e seu filho Andr DeRose, Rosngela de Castro,Marisol Espinosa, Pedro Kupfer e SalemProduo grfica: Editora Uni-Yga*Impresso: Cromosete Grfica e Editora Ltda. 58a edio em disquete: 1996 10 a edio em papel: 2004 Reimpresso: 2004 Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP) (Elaborado pelo autor) DeRose, Mestre Faa Yga antes que voc precise: Swsthya Yga Shstra / Mestre DeRose. So Paulo : Nobel, 2004. Bibliografia ISBN 85-213-1249-0 1. Yga2. DeRose3. Corpo e Mente4. Yga na literatura 5. Mestres de YgaI. Ttulo 03-4179 CDD-181.45 ndices para catlogo sistemtico: 1. Yga : Filosofia181.45 2. Yga : Higiene613.7 3. Yga : Meditao :Hindusmo294.543 4. Estresse : Sade e estresse613.019 5. Corpo - mente : Integrao615.851 Senhor Livreiro, Estelivronosobreauto-ajuda,nemterapiase,muitomenos,esoterismo.No tem nada a ver com Educao Fsica nem com esportes. O tema YGA merece, por si s, uma classificao parte. Assim, esta obra deve ser catalogada como YGA e ser exposta na estante de YGA. Grato, O Autor * A EDITORA UNI-YGA, umrgo de divulgao cultural daPRIMEIRA UNIVERSIDADE DE YGA DO BRASIL, Registrada nos termos dos artigos 18 e 19 do Cdigo Civil Brasileiro sob o n 37959 no 6 Ofcio, diviso da UNIO INTERNACIONAL DE YGA www.uni-yoga.org.br Al. J a, 2.000 So Paulo Brasil Tel: (11) 3081-9821 Rio de J aneiro R. Dias Ferreira, 259 Tel: (21) 2259-8243 Impresso no Brasil/Printed in Brazil Caro Mestre DeRose. EstelivroacontribuiomonumentalaoYgadeste sculo e a mais inestimvel ddiva ao do sculo vindouro. Definitivamente,vocproduziuumamaster-pieceno ensinamento do Yga. M.S. VISWANATH Presidente da Yga Federation of India Este livro tem o apoio cultural doConsulado da ndia ATENO DO LEITOR Comoamaioriadosleitorescostumastravarcontatocomumou doislivrosdecadaautor,atpornodartempodelertudooque gostaria, adotamos o procedimento editorial de reproduzir alguns dos principais textos da nossa obra global em mais de um livro. Portanto, semprequevoclocalizarumdessestrechos,noosalte.Releia-o com ateno. A repetio ter sido intencional por tratar-se de assunto de suma importncia. PRTICA DESEJANDO PRATICAR IMEDIATAMENTEDIRIJA-SE AO CAPTULOTEXTO DA PRTICA BSICA DE YGA. Esta obra foi adotada como livro-texto dos cursos deFormaodeInstrutoresdeYgadas Universidades Federais, Estaduais e Catlicas, e recomendadapelaConfederaoInternacional de Yga. SEJA BEM-VINDO Sejabem-vindoleituradestelivro.Euoescrevi pensandoemvoc.Passeianosescrevendo,burilando, polindo,revisando,diagramando,paravoc.Muitas passagens foram elaboradas na ndia, outras no Nepal, noPaquisto,noIr,noMarrocos,naFrana,na Inglaterra, na Alemanha, na Sua, na Dinamarca, em Portugal,naEspanha,naItlia,naArgentina,no Brasil.Masvocestevecomigootempotodo,emtodos esses pases. Foi para voc que eu escrevi. Devore-o com a fomedesabedoria,degustecomamorcadafrase,cada palavra, e me considerarei recompensado. Mestre DeRose Com as insgnias de Comendador da Sociedade Brasileira de Educao e Integrao, Comendador da Academia Brasileira de Arte, Cultura e Histria e Medalha do Mrito Profissional da ABACH. SUMRIO INTRODUO Definies15 Demonstrao de que a palavra Yga tem acento16 Prefcio do Presidente da Federao de Yga de Santa Catarina17 A Histria do Yga no Brasil19 A Histria do Ttulo deste Livro25 SWSTHYA YGA SHSTRA O que o Yga?29 O que o Swsthya Yga tem de to especial?35 O que o Swsthya Yga39 Caractersticas do Swsthya41 1.Ashtnga sdhana41 2.Regras gerais de execuo41 3.Seqncias coreogrficas42 4.Pblico certo43 5.Sentimento gregrio43 6.Seriedade superlativa44 7.Alegria sincera44 8.Lealdade inquebrantvel45 Swsthya Yga ortodoxo46 Swsthya Yga heterodoxo46 Diferenas entre o Swsthya e o Hatha Yga47 O que uma codificao52 Efeitos da etapa inicial do Swsthya Yga57 Qual o perfil do praticante de Swsthya Yga?71 EsquemadeatuaoescalonadadoMtodoDeRosedeYga Avanado 73 Bio-Ex (pr-Yga)74 Ashtnga sdhana (a prtica em 8 partes)78 Bhta shuddhi (programa de purificao intensiva do corpo fsico)83 Maithuna (tcnicas de otimizao e canalizao da energia sexual)83 Kundalin (despertamento da energia interior)84 Samdhi (autoconhecimento pelo estado de hiperconscincia)86 Sat sanga (reunio festiva de ygins com vocalizao de kirtans)88 Sat chakra (crculo de mentalizao e confraternizao)88 Sat Guru nysa sdhana (identificao com o Mestre)89 Shiva Natarja nysa (identificao com o criador do Yga)89 A Pronncia do snscrito91 A Terminologia do Swsthya Yga (prefixos, radicais e sufixos)97 Mudr (100 gestos reflexolgicos)103 FAA YGA ANTES QUE VOC PRECISE 10 Pj(bhavan pj, guru pj, satguru pj, Shiva pj)121 Mantra(kirtan, japa, bja, vaikhar, manasika, saguna e nirguna)135 Prnyma(58 respiratrios de vrios nveis e seus bandhas)157 Kriy(27 kriys, shank prakshalna, drishtis)193 sana (com 2.000 tcnicas codificadas)205 Regras de respirao coordenada 211 Regras de permanncia no sana 211 Regras de repetio 213 Regras de localizao da conscincia 215 Regras de mentalizao 217 Regras de ngulo didtico 218 Regras de compensao 219 Regra geral de segurana 220 Yganidr(vrios recursos de descontrao)419 Samyama (50 tcnicas de concentrao e meditao)441 Apologia Srie Prottipo (com o resumo seletivo das tcnicas)467 Agora vamos juntar tudo e praticar? (recomendaes e advertncias)473 Texto da Prtica Bsica de Yga (com os 8 tipos de tcnicas)477 Relao das 84 tcnicas da Srie Prottipo499 Prticas para o dia-a-dia (como o dia-a-dia de um ygin)503 A relao Mestre/discpulo (Guru sv, parampar e krip guru)521 Krip, o toque do Mestre (di krip, mah krip, tantra krip)530 Karma533 Egrgora535 Programao para o sucesso547 Voc est insatisfeito?551 A Sndrome da Felicidade553 O incenso557 A lenda do perfume Kmala567 Alimentao vegetariana: chega de abobrinha!573 Algumas normas da alimentao biolgica578 Sugestes de pratos sem carnes de qualquer espcie580 Receitas582 Cdigo de tica do Ygin591 Grupos de Estudo603 Mude o mundo. Comece por voc!609 O final desta jornada611 APNDICE: 613 Curso de leitura615 Orientao ao leitor de Yga616 Bibliografia indicada617 Bibliografia discriminada619 Glossrio dos termos snscritos623 Termos semelhantes com significados diferentes 640 Semntica comparada 641 Significados de homfonos a nomes de pessoas 642 MESTRE DeROSE11 Questionrio do livro ANEXO: Esta diviso destina-se divulgao do Swsthya Yga Cursos ministrados pelo Mestre DeRose659 Como contribuir com a nossa obra667 Relao de material didtico669 Voc sabe o que a Unio Nacional de Yga? 677 O que a Primeira Universidade de Yga do Brasil685 Ficha de inscrio687 Ficha de exame mdico688 Carta aberta aos mdicos689 Endereos de Instrutores Credenciados694 SUMRIODOSQUADROSSINTICOS Demonstrao de que a palavra Yga tem acento16 Cronologia Histrica do Yga34 Diferenas entre o Swsthya Yga e o Hatha Yga47 Atuao escalonada do Mtodo DeRose de Yga Avanado73 A Terminologia do Swsthya Yga97 Prefixos, radicais e sufixos dos nomes das tcnicas98 Os mls (cordes)141 Ordem das tcnicas na codificao210 Sntese da Srie Prottipo499 Resumo seletivo da Srie Prottipo501 SUMRIODASMENSAGENS Exortao13 A Beleza55 Mudr 101 Pj119 Mantra133 Prnyma155 Kriy191 sana203 Yganidr419 Mensagem da Meditao439 Mensagem de Amor465 Advertncia aos Nefitos475 Transmisso do Mah Krip 531 Juramento do Ygin545 Mensagem do Infinito571 Vem, eu te quero comigo601 SUMRIO DO LEITOR Este sumrio para ser utilizado pelo leitor, anotando as passa-gensqueprecisaroserlocalizadasrapidamentepararefern-cias posteriores. ASSUNTOS QUE MAIS INTERESSARAMPGINAS Aoler,sublinheostrechosmaisimportantespararecordarouquesuscitem dvidas, a fim de localiz-los com facilidade numa releitura Exortao O conhecimento leva Unio. A ignorncia leva disperso. Rmakrishna A todos os que praticam ou estudam Yga, sinceros e com aalmapura,convocamosparaparticipardonosso trabalho de Unio. Atodosquantosestomaispreocupadosemconstruirdo que em criticar, conclamamos para que se unam e possam espargir nossa mensagem de Integrao. A todos aqueles que no esto interessados em evidenciar o que existe de errado no Ser Humano, mas sim em cultivar o que existe de certo e bom, chamamos para que nos dem asmosepossamostodosjuntosperpetuarastradies ancestrais que nos foram transmitidas pelos Antigos. A todos os que no querem perder tempo discutindo, mas, aoinvs,anseiamaplicaressetempoemencontraro verdadeiro Yga que existe em cada coisa ou pessoa; a todos essesquequeremamelhoriadoHomemesua confraternizaocheiadeafeto;atodosquantosaspiram porumacomunidadeygiondeahostilidadeea competio ficaram fora; a todos esses ns abrimos nossos coraes, estendemos nossos braos e lhes osculamos como a verdadeiros irmos. Mestre DeRose Profa. Vanessa de Holanda AO MEU MESTRE Fonte de sabedoria que irradia o Amor Universal faz do momento o eterno acontecimento e deixa que, transformada em cachoeira de luz,pequenas gotas, como lgrimas de felicidade,escorram das mos do Mestre ao discpulo,transmutando em ouro a sua existncia. Vanessa de Holanda DEFINIES Yga1qualquermetodologiaestritamenteprticaque conduza ao samdhi. Samdhi o estado de hiperconscincia e autoconhecimento que s o Yga proporciona. Swsthya Yga o nome da sistematizao do Yga Antigo, Pr-Clssico, o Yga mais completo do mundo. As caractersticas principais do Swsthya Yga (ashtnga guna) so: 1.sua prtica extremamente completa, integrada por oito modalidades de tcnicas; 2.a codificao das regras gerais;3.resgate do conceito arcaico de seqncias encadeadas sem repeti-o; 4.direcionamento a pessoas especiais, que nasceram para o Swsthya Yga; 5.valorizao do sentimento gregrio; 6.seriedade superlativa; 7.alegria sincera; 8.lealdade inquebrantvel. 1 O acento indica apenas onde esta slaba longa, mas ocorre que, muitas vezes, a tnica estnoutrolugar.Porexemplo:kundalinpronuncia-sekndalin;ePtajalipronuncia-se Patnjali.Parasinalizarissoaosnossosleitores,naprimeirapartedolivroenoGlossrio vamos sublinhar a slaba tnica de cada palavra. Se o leitor desejar esclarecimentos sobre os termossnscritos,recomendamosqueconsulteoGlossrio.Sobreapronncia,ouaoCD Snscrito-TreinamentodePronncia, gravado na ndia. Para mais conhecimentos, o ideal estudar os vdeos do Curso Bsico de Yga. FAA YGA ANTES QUE VOC PRECISE 16 DEMONSTRAO DE QUE A PALAVRA YGA TEM ACENTO NO SEU ORIGINAL EM ALFABETO DVANGAR: = YA (curta). = onga).YAAY (l=YOO* (l Yonga). =YGAC.Q.D. * Embora grafemos didaticamente acima YOO, este artifcio utilizado apenas para o melhor entendimento do leitor leigo em snscrito. Devemos esclarecer que o fonema resultante da fuso do a com o u e, por isso, sempre longo, pois contm duas letras. Nesta conveno, o acento agudo aplicado sobre as letras longas quando ocorre crase ou fuso de letras iguais (, , ). O acento circunflexo aplicado quando ocorre crase oufusodeletrasdiferentes(a+i=;a+u=),porexemplo,em sa+shwara=sshwara e AUM, que se pronuncia M. Da grafarmos Vdnta. O acento circunflexo no usado para fechar a pronncia do ou do, pois ess es fonemas so sempre fechados. No existe, portanto, a pronncia vda nem yga. OacentocircunflexonapalavraYgatoimportantequemesmoemlivros publicadoseminglsecastelhano,lnguasquenopossuemocircunflexo, rger, Editorial Kier, Buenos Aires. itannica,noverbeteSanskritlanguageandliterature,volumeXIX, Poema do Senhor, de Vyasa, Editora Relgio dgua, Lisboa. ele usado. Bibliografia para o idioma espanhol: Lxico de Filosofa Hind, de KastbeBibliografia para o idioma ingls: Ptajali Aphorisms of Yga, de Sr Purhit Swmi, Faber and Faber, Londres. EncyclopdiaBredio de 1954. Bibliografia para o idioma portugus: Se algum, supostamente entendido em snscrito, declarar que a palavra Yga no tem acento, pea-lhe para mostrar como se escreve o -ki-matra. Depois pea-lhe para indicar onde o -ki-matra aparece na palavra Yga (ele aparece logo depois da letra y). Em seguida pergunte-lhe o que significa cada uma das trs partes do termo -ki-matra.Ele dever responder que a letra o; ki significade;ematratraduz-secomoacento.Logo,-ki-matratraduz-secomoacentodoo. Ento, mais uma vez, provado est que a palavra Yga tem acento. PREFCIODO PRESIDENTE DA FEDERAO DE YGA DE SANTA CATARINA H coisas das quais podemos abrir mo sempre, pois no nos fazem falta.Deoutras,podemosabrirmodevezemquando,poissua importnciarelativa.H,porm,princpiosdequenopodemos abrir mo jamais, pois perderamos a nossa dignidade. No mundo do Yga existe um grupo restrito que preza por resguard-los. O Mestre DeRosefazpartedeleeestegrandelivroumapequenaamostra disso. Nas pginas que se seguem, com uma linguagem fcil e agradvel, Mestre DeRose esclarece as principais dvidas que a maioria de ns temsobreoYga.Contudo,aodebruar-nossobreasprimeiras linhas, j constatamos sua preocupao em defender o Yga Antigo e ensinar a estrutura de um Yga puro, sem contaminaes com outros sistemas, sem adaptaes, sem simplificaes e sem concesses. Otextoclaropermeadopelosprincpiosfundamentaisquevm norteando a vida deste grande ygi desde 1960, quando comeou a lecionar: a honestidade, a seriedade e o compromisso com a verdade. Estes princpios esto presentes ao longo de toda a sua obra, que soma quaseduasdezenasdelivros,coroadascomamaiscompleta compilaodetcnicasdeYgadetodosostempos,olivroFaa Yga antes que voc precise (Swsthya Yga Shstra). Tais valores, tambm se manifestam nos seus cursos sobre o Yga Antigo e nos maisde5.000instrutoresqueformounoBrasil,AmricaLatinae Europa. DeRose, alm de meu Mestre, meu amigo pessoal h mais de 20 anos. Neste tempo todo, sempre demonstrou muita responsabilidade FAA YGA ANTES QUE VOC PRECISE 18 emtransmitiroYgaoriginaleemproteg-lodafebreutilitriae consumista que assolou essa filosofia no sculo XX. Comisso,atraiuairadaquelesque,pordesinformao,faltade cultura, ou simplesmente m f, sentiram-se ameaados.Noobstante,seutrabalhoabnegadoepersistenteconquistouum enormecontingentedepessoasinteligentes,cultasedefensorasda verdade,queformamhojeumalegiodediscpuloseamigosfiis espalhadosportodoomundoequevemcrescendodemaneira impressionante, principalmente entre os jovens. O Mestre DeRose conseguiu construir, mais do que uma obra, uma enormefamliaemquesovalorizadasaamizade,aculturaea lealdade. Registre-se que este um dos poucos grupos culturais nos quais no se usam drogas, fumo ou lcool, o que, reconheamos, nos dias atuais constitui quase um milagre! Com esta obra, os interessados no tema, independentemente da linha a que pertenam, ganharam um tratado prtico do Yga Antigo que se mostrarfundamentalnahoradeescolheroMestreeadotaruma modalidadedeYga.Parabns,MestreDeRose;eparabns, estudiosos sinceros do Yga. Nova Delhi, fevereiro de 1998. Prof. Joris Marengo Presidente da Federao de Yga de Santa Catarina A HISTRIA DO YGA NO BRASIL na dcada de 70 pela Comisso Editorial do Pronturio de Y Texto escrito ga Antigo,atualizado com os eventos que ocorreram posteriormente. Hmuitaestriamalcontada,muitaafirmaoreticentesobreestetema polmico. Os verdadeiros introdutores do Yga no nosso pas esto mortos e h muito pouca gente disposta a defend-los publicamente. Afinal, quem foi o primeiro a ensinar Yga no Brasil? De quem foi o primeiro livrodeYgadeautorbrasileiro?Quemlanouacampanhaparaa regulamentao da profisso? Quem introduziu o Curso de Extenso Uni-versitria para a Formao de Instrutores de Yga nas Universidades Fede-rais, Estaduais e Catlicas? Quem fundou a Primeira Universidade de Yga do Brasil? J est na hora de divulgarmos esses fatos. QUEM INTRODUZIU O YGA NO BRASIL Quem inaugurou oficialmente a existncia do Yga no Brasil foi Svnanda Swmi,umfrancscujonomeverdadeiroeraLoCostetdeMascheville. Ele colocava o termo swmi no final do nome, o que era uma declarao de quenosetratavadeumswmi(mongehindu),masqueusavaessa palavra como sobrenome, e isso confundia os leigos. Muitos desses leigos se referiam a ele como Swmi Svnanda, pois um dos mais relevantes MestresdeYgadandia,queviveunapoca,chamava-seSwmiSi-vnanda. Svnandaviajouporvriascidadesfazendoconferncias,fundouum grupoemLages(SC)eummosteiroemResende(RJ ).Eleeraumlder naturalesuavozerasuficienteparaarrebatarcoraesementes.Com SvnandaaprenderamYgatodososinstrutoresdavelhaguarda.E quando dizemos velhaguarda, estamos nos referindo aos que lecionavam na dcada de 60, cuja maioria j partiu para os planos invisveis. Svnandaenfrentoumuitosobstculoseincompreensesdurantesua rduacaminhada.Enfim,esseopreoquesepagapelopioneirismo. Todos os precursores pagaram esse pesado tributo. FAA YGA ANTES QUE VOC PRECISE 20 Aoconsiderarsua obra bem alicerada e concluda, o Mestre Svnanda recolheu-se para viver em paz seus ltimos anos. Todos quantos o conhe-ceramdepertoguardam-lheumagrandeadmiraoeafeto,independen-temente dos defeitos que pudesse ter tido ou dos erros que houvesse co-metido, afinal, errar, erramos todos. QUEM ESCREVEU O PRIMEIRO LIVRO DE YGA Svnanda introduzira o Yga sob uma conotao pesadamente mstica e em clima de monastrio. Quem iniciou o Yga como trabalho profissional no Brasil, foi o grande Caio Miranda. Dele foi o primeiro livro de Yga de autor brasileiro.Escreveuvrioslivros,fundoupertodevinteinstitutosdeYga emdiversascidadeseformouosprimeirosinstrutoresdeYga.Assim comoSvnanda,CaioMirandatinhafortecarismaquenodeixava eles que no utilizam pningum ficar indiferente: ou o amavam e seguiam, ou o odiavam e perse-guiam. Nadcadadesessenta,desgostosopelasincompreensesquesofrera, morreu com a enfermidade que ceifa todos aqu j o poderiam fazer frente ao seu alando de Deus edetolerncia,masportrssemeiamadiscrdianoseiodoYem suas aulas, pois essa tcnica contribui para com a proteo do instrutor e os que no a aplicam ficam mais vulnerveis. A partir da morte do Mestre Caio Miranda ocorreu um cisma. Antes, haviam-se unido todos contra ele, j que sozinhos nconhecimento e ao seu carisma. Isso mantinha um equilbrio de foras. De um lado, um forte e do outro, vrios fracos... Mas a partir do momento em que estava vago o trono, dividiram-se todos. Poressarazo,osnomesdessesprofissionaisseroomitidos,poisno merecem ser citados nem lembrados. Pessoas que vivem fgano merecem ser mencionadas. So exemplos de incoerncia.QUEM REALIZOU A OBRA MAIS EXPRESSIVA Em1960surgiuomaisjovemprofessordeYgadoBrasil.EraDeRose, entocom16anosdeidade,quecomearaalecionarnumaconhecida sociedadefilosfica.Em1964fundouoInstitutoBrasileirodeYga.Em 1969 publicou o primeiro livro (PronturiodeYgaAntigo), que foi elogi-ado pelo prprio Ravi Shankar, pela Mestra Chiang Sing e por outras auto-ridades.Em1975,jconsagradocomoumMestresincero,encontrouo apoio para fundar a Unio Nacional de Yga, a primeira entidade a congre-gar instrutores e escolas de todas as modalidades de Yga sem discrimina-o.FoiaUnioNacionaldeYgaquedesencadeouomovimentode unio, tica e respeito mtuo entre os profissionais dessa rea de ensino. Desdeento,aUniocresceumuitoecontahojecomcentenasdeN-cleos,praticamentenoBrasiltodo,eaindaemoutrospasesdaAmrica Latina e Europa. MESTRE DeROSE21 Em1978DeRoseliderouacampanhapelacriaoedivulgaodo PrimeiroProjetodeLeivisandoRegulamentaodaProfissode ProfessordeYga,oqualdespertouvivamovimentaoeacalorados debates de Norte a Sul do pas. A partir da dcada de setenta introduziu osCursosdeExtensoUniversitriaparaaFormaodeInstrutores deYgaempraticamentetodasasUniversidadesFederais,Estaduaise Catlicas. Em 1980 comeou a ministrar cursos na prpria ndia e a lecionar parainstrutoresdeYganaEuropa.Em1982realizouoPrimeiro CongressoBrasileirodeYga.Aindaem82lanouoprimeirolivro voltado especialmente para a orientao de instrutores, o Guia do Instrutor deYga;eaprimeiratraduodoYgaStradePtajali,amais importante obra do Yga Clssico, j feita por professor de Yga brasileiro. Desafortunadamente, quanto mais sobressaa, mais tornava-se alvo de uma perseguioimpiedosamovidapelosconcorrentesmenoshonestosque sentiam-se prejudicados com a campanha de esclarecimento movida pelo MestreDeRose,aqualdificultavaasfalcatruasdosvigaristas2.Em1994, completando 20 anos de viagens ndia, fundou a Primeira Universidade de Yga do Brasil e a Universidade Internacional de Yga em Portugal e na Argentina. Em 1997 o Mestre DeRose lanou os alicerces do Conselho FederaldeYgaedoSindicatoNacionaldeYga.Comemorando40 anosdemagistrionoano2.000,recebeuem2.001e2.002o reconhecimento do ttulo de MestreemYga (no-acadmico) e Notrio Saber em Yga pela FATEA Faculdades Integradas Teresa dvila (SP), pelaUniversidadeLusfona,deLisboa(Portugal),pelaUniversidadedo Porto(Portugal),pelaUniversidadedeCruzAlta(RS),pelaUniversidade EstciodeS(MG),pelaCmaraMunicipaldeCuritiba(PR)epela Sociedade Brasileira de Educao e Integrao, a qual tambm lhe conferiu uma Comenda. Em 2.003 recebeu outro ttulo de Comendador, agora pela Academia Brasileira de Arte, Cultura e Histria. Em 2004 recebeu o grau de Cavaleiro, pela Ordem dos Nobres Cavaleiros de So Paulo, reconhecida pelo Comando do Regimento de Cavalaria Nove de J ulho, da Polcia Militar do Estado de So Paulo. Porleiestadual,emSoPaulo,ParaneSantaCatarina,adatado aniversrio do Mestre DeRose, 18 de fevereiro, foi decretada como o Dia do Yga em todo o Estado. Todas essas coisas foram precedentes histricos. Isso fez do Mestre DeRose o mais discutido e, sem dvida, o mais importante Mestre de Yga do Brasil3, pela energia incansvel com que tem divulgado o Yga nos ltimos 40 anos emlivros,jornais,revistas,rdio,televiso,conferncias,cursos,viagense 2 A esse respeito, leia as denncias publicadas nos livros Encontro com o Mestre e A regulamentao dos Profissionais de Yga, os dois de autoria do Mestre DeRose. Denncias essas, jamais contestadas. 3 Supera-te a ti mesmo, antes de ao teu irmo. Mestre DeRose. FAA YGA ANTES QUE VOC PRECISE 22 formaodenovosinstrutores.Formoumaisde5.000bonsinstrutorese ajudouafundarmilharesdecentrosdeYga,associaesprofissionaise Federaes, no Brasil e noutros pases.Sempreexigiumuitadisciplinaecorreodaquelesquetrabalhamcomo seu mtodo de Yga Antigo, o Swsthya Yga, o que lhe valeu a reputao de perfeccionista, bem como muita oposio dos que iam sendo reprovados nas avaliaes das Federaes lideradas por ele. Defende categoricamente o Yga Antigo, pr-clssico, pr-vdico, denomi-nado Dakshinacharatntrika-Nirshwarasmkhya Yga, o qual sistematizou e denominou Swsthya Yga, o Yga Ultra-Integral. Exemplo de seriedade, tornou-se clebre pela corajosa autocrtica com que sempre denunciou as falhas do mtier, sem todavia faltar com a tica pro-fissionalejamaisatacandooutrosprofessores.Issodespertouumnovo esprito, combativo e elegante, em todos aqueles que so de fato seus dis-cpulos. O PRATICANTE DEVE TER OPINIO PRPRIA QuempraticaYgaoufilosofiascorrelatas,temqueteropinioprpriae no deixar-se influenciar por especulaes sem fundamento. DoisdosMestresaquimencionadosjsofalecidoseforamcruelmente incompreendidosenquantoestavamvivos.Serqueteremosdeesperar quemorramtodosparaentolamentarmosasuafalta?Serquevamos continuar, como sempre, sujeitando os precursores incompreenso, injus-tia e desapoio para louv-los e reconhecer seu mrito s depois de mor-tos? Ass. Comisso Editorial MESTRE DeROSE23 DOCUMENTAO DO TTULO DE MESTRE RECONHECIDO POR DIVERSAS ENTIDADES FAA YGA ANTES QUE VOC PRECISE 24 Dedico esta edioao aluno Joo Marcelo Rozario da Silva e ao instrutor Flvio Moreira,cujo pj efetivo foi vital para areedio deste livro. FAA YGA ANTES QUE VOC PRECISE 26 A HISTRIA DO TTULO DESTE LIVRO Em 1970, fomos com um grupo de instrutores de Yga Antigo (Swsthya) assistir ao filmeSiddhartha,deHermannHess.Opainelquecobriaatela,antesdasesso, expunhaaslogomarcaseslogansdediversasempresas,entreosquais,Light poupeasuaenergia:useanossa, JornaldoBrasil,jovemdesde1891 e outras expresses interessantes. Pensei com meus botes: o Yga no tem uma sentena inteligente que estimule a sua prtica por pessoas que sejam do perfil adequado.Diga-sedepassagem,queforadanossainstituio,naqualtrabalhamospriorita-riamentecompblicojovem,saudveleculto,nasdemaisentidadeshumainci-dnciapandmicadepessoasenfermas,idosasetc.Lembro-medequenaqueles tempos de obscurantismo, h mais de trinta anos, quando eu convidava um colega de esporte ou da praia, ele respondia inexoravelmente: Para mim no, eu no preciso. Mas vou mandar minha me. Ora,porqueameenooirmo?NandiaoYgaartedecavalheiroseas mulheres,emmuitasescolas,soquaseimpedidasdepraticar.OYgauma disciplina para pblico jovem. (Sivnanda,KundalinYga, pgina 81 da 1 edio da nova traduo, Editorial Kier, Buenos Aires.) FoiaquebrilhounaminhamenteafraseFaaYgaantesquevocprecise. Fiqueitoentusiasmado,comaenergiadajuventude,daqualeumesmoerare-presentante naquela poca, que comecei a utiliz-la em meus cartazes de cursos. Masocorreu o impensvel. Muita gente ficava fascinada com a boa idia, sorria e entendia que o Yga era para si. Mas havia outros que no compreendiam e censu-ravamasentenacomumseconogosteiounoentendi.Quandoagente mais jovem procura sempre pela aprovao dos circunstantes. Assim, parei de usar olema.Anosdepois,percebiqueaoposioeramotivadaapenasporinveja. Realizandoumalongaviagem,ministrandocursospelopasafora,visiteimuitos professoresdeYgaedeyga.Paraminhasurpresa, inmeros haviam recortado dos nossos cartazes a divisa FaaYgaantesquevocprecise, jogado fora os cartazes e afixado essa legenda nos seus murais de avisos. Comecei a considerar que eles deviam ter gostado do slogan, ou no o exporiam. Em seguida, li um artigo a respeito do Yga praticado por astronautas indianos cedidos aos russos para pesquisas sobre seus efeitos no espao sem gravidade. No meio do texto encontro a minha frase, s que com a declarao: o Yga deve ser praticado por pessoas saudveis, como reza a mxima hindu Faa Yga antes que voc precise. Era a minha frase, agora atribuda aos hindus! A foi demais.Ento, voltei a utilizar o lema criativo e arquitetei uma estratgia para que, se qui-sessemutiliz-lo,dealgumaformarendessemreconhecimentoautoralaoseu criador. Foi quando decidi dar a este livro o nome de FaaYgaantesquevoc precise,emboraseu contedo seja muito mais srio e abarcante. Para tanto, seu subttulo o nome internacional da obra: Swsthya Yga Shstra. Espero que, a partir de agora, os colegas do Yga e da yga continuem divulgando bastanteanossadivisaFaaYgaantesquevocprecise.Estaro,comisso, divulgando o ttulo deste livro. MESTRE DeROSE27 S posso crer num deus que saiba danar. Nietzsche. FAA YGA ANTES QUE VOC PRECISE 28 Fotografia: Rogelia Alba Mestre DeRose executando Shiva Natarja nysa O ?QUE O YUMAGINSTICA?UMARELIGIGASER O? UMALUTA?ARRANJOFLORAL? teumballet,mas,inegavelmente,haviasido amnascidocomogalardodeuma di-Certavezumfamosobailarinoimprovisoualgunsmovimentos instintivos,porm,extremamentesofisticadosgraasaoseu virtuosismo e, por isso mesmo, lindssimos. Essa linguagem corporal noerapropriameninspirada na dana.Aarrebatadorabelezadatcnicaemocionavaaquantosassistiam sua expressividade e as pessoas pediam que o bailarino lhes ensinasse sua arte. Ele assim o fez. No incio, o mtodo no tinha nome. Era algo espontneo, que vinha de dentro, e s encontrava eco no corao daquelesquetambmhavisensibilidade mais apurada.Os anos foram-se passando e o grande bailarino conseguiu transmitir boa parte do seu conhecimento. At que um dia, muito tempo depois, o Mestre passou para os planos invisveis. Sua arte, no entanto, no morreu. Os discpulos mais leais preservaram-na intacta e assumiram a misso de retransmiti-la. Os pupilos dessa nova gerao compreen-deram a importncia de tornar-se tambm instrutores e de no moficar, no alterar nada do ensinamento genial do primeiro Mentor.Em algum momento na Histria essa arte ganhou o nome de integri-dade, integrao, unio: em snscrito, Yga! Seu fundador ingressou FAA YGA ANTES QUE VOC PRECISE 30 na mitologia com o nome de Shiva e com o ttulo de Natarja, Rei dos Bailarinos. Esses fatos ocorreram h mais de 5.000 anos a Noroeste da ndia, no Vale do Indo, que era habitado pelo povo drvida. Portanto, vamos estudar as origens do Yga nessa poca e localizar sua proposta origi-nal para podermos identificar um ensinamento autntico e distingui-lo de outros que estejam comprometidos pelo consumismo ou pela inter-ferncia de modalidades aliengenas e incompatveis. Tanto o Yga, quanto o Tantra e o Smkhya* foram desenvolvidos por essepovoadmirvel.Suacivilizao,umadasmaisavanadasda antiguidade, ficou perdida e soterrada durante milhares de anos, at que os arquelogos do final do sculo XIX encontraram evidncias da sua existncia e escavaram dois importantes stios arqueolgicos onde descobriram respectivamente as cidades de Harapp e Mohenjo-Daro. Depois, foram surgindo outras e outras. Hoje j so milhares de stios, distribudos por uma rea maior que o Egito e a Mesopotmia. Ficaram impressionados com o que encontraram. Cidades com urba-nismo planejado. Ao invs de ruelas tortuosas, largas avenidas de at 14 metros de largura, cortando a cidade no sentido Norte-Sul e Leste-Oeste. Entre elas, ruas de pedestres, nas quais no passavam carros de boi. Nessas, as casas da classe mdia tinham dois andares, trio in-terno, instalaes sanitrias dentro de casa, gua corrente! No se es-

quea de que estamos falando de uma civilizao que floresceu 3.000 anos antes de Cristo. No era s isso. Iluminao nas ruas e esgotos cobertos, brinquedos de crianas em que os carros tinham rodas que giravam, a cabea dos boisarticulada,bonecascomcabelosimplantados,imponentes celeirosquepossuamumengenhososistemadeventilao,e plataformas elevadas para facilitar a carga e descarga das carroas. *Paraaprofundamentonotemacomseriedade,recomendamosaleituradolivroYga, SmkhyaeTantra,doMestreSrgioSantos,PresidentedaFederaodeYgadeMinas Gerais. MESTRE DeROSE31 Noutrasculturasdomesmoperodo,asconstruesdossoberanos apresentavamopulentospalciosemajestosostmulosreais,ido, afinal, sabemos que na ndia enquanto o povo subsistia em choupanas insalubres. Na cultura drav-dica, ao contrrio, o povo vivia bem e a arquitetura da administrao pblica era simples. Outra curiosidade foi expressada por Gaston Courtillier em seu livro Antigas Civilizaes, Editions Ferni, pgina 24, quando declarou: Fi-camos verdadeiramente admirados de, nesses tempos profundamente religiosos, no encontrarmos templos ou vestgios da estaturia que os povoaria, como foi regra noutros lugares durante toda a antiguidade, nem sequer estatuetas de adoradores em atitude de orao diante de sua divindade. Para ns isso faz sentAntiga o Smkhya teve seu momento de esplendor. E na ndia pr-clssica, a variedade Nirshwarasmkhya, foi ainda mais fortemente naturalista que o Smkhya Clssico. Suasociedadefoiidentificadacomomatriarcal,oquetambmest coerente com as nossas fontes, segundo as quais o Yga surgiu numa cultura tntrica. Cavandomais,osarquelogosdescobriramoutracidadesoboses-combrosdaprimeira.Parasuasurpresa,maisabaixo,outracidade, bem mais antiga. Cavaram mais e encontraram outra cidade embaixo dessa. E mais outra. E outra mais. O que chamava a ateno era o fato de que, quanto mais profundamente cavavam, mais avanada era sua tecnologia, tanto de arquitetura quanto de utenslios. At que deram com um lenol dgua e precisaram parar de cavar mais fundo. O que nos perguntamos : quantas outras cidades haveria l por baixo e quo mais evoludas seriam elas?4Bem,foinessacivilizaoqueoYgasurgiu.Umacivilizao tntrica (matriarcal) e smkhya (naturalista). Cerca de mil e quinhentos anos depois, a Civilizao do Vale do Indo foi invadida por um povo sub-brbaro proveniente da Europa Central, 4 Recentemente, foram retomadas as escavaes. Aguardemos as novas descobertas. FAA YGA ANTES QUE VOC PRECISE 32 os ryas ou arianos. Consta, na Histria atual, que estes subjugaram os drvidas, destruram sua civilizao, absorveram parte da sua cultura, exterminaram quase todos os vencidos e escravizaram os poucos so-breviventes. Outros fugiram, migrando para o extremo sul da ndia e SrLanka,ondevivemseusdescendentesathoje,constituindoa etnia Tamil5. OYgafoiprodutodeumacivilizaonoguerreira,naturalistae matriarcal. A partir de mais ou menos 1.500 a.C. foi absorvida por um outro povo que era o seu oposto: guerreiro, mstico e patriarcal. Cerca de mil e duzentos anos aps a invaso (o que no pouco), o Yga foi formalmente arianizado mediante a clebre obra de Ptajali, o Yga Stra. Estava inaugurada uma releitura do Yga que, a partir de ento, passaria a ser conhecida como Yga Darshana, ou Yga Clssico, a qual propunha nada menos que o oposto da proposta comportamental doverdadeiroYgaemsuasorigensdravidianas.OYgados drvidas era matriarcal, sensorial e desrepressor, numa palavra, ele era tntrico.Essanovainterpretaoarianizadaerapatriarcal,anti-sensorial e repressora, ou seja, brahmcharya. O mais interessante nesse processo de deturpao que se no fosse Ptajali, o Yga teria desaparecido dos registros Histricos. Graas a ele, que obviamente era bem intencionado e sbio, hoje sabemos da existnciadesuacodificaodoYgaClssico.Osarianos discriminavamtudooquefossetipicamentedravdicodevidos caractersticasmatriarcaisconsideradassubversivaspelasociedade, estritamente patriarcal dos ryas. Adaptando o Yga para a realidade ariana ento vigente, Ptajali conseguiu que a sociedade e os poderes constitudos da poca o aceitassem e, com isso, tal tradio chegou at os nossos dias. NaIdadeMdiaoYgasofreuoutragravedeformao,quandoo grandeMestredefilosofiaVdnta,Shankarchrya,converteu grande parte da populao. Esse fato se refletiu no Yga, pois, uma 5 Existem outras verses para a ocupao ariana, e qualquer uma delas pode perfeitamente sermaisfielverdade.Leia,arespeito,aNotaSobreDiscrepnciasHistricas,nocaptulo TANTRA, do livro YGA, MITOS E VERDADES. MESTRE DeROSE33 vez que a maioria dos indianos tornara-se vdnta, ao exercer o Yga a opinio pblica e suas lideranas passaram a conferir um form6ato espiritualistaaoYgaque,desdeasorigensemesmonoperodo clssico, era fundamentado na filosofia Smkhya, naturalista. No sculo XX o Yga sofreu mais um duro golpe: foi descoberto pelo Ocidente e... ocidentalizado, claro. Tornou-se utilitrio, consumista, algo amorfo, feio e maante. A um Yga legtimo lindo de se assistir, fascinante de se praticar e excelente como filosofia de vida. dinmico, forte, para gente jovem. Todos os que nos visitam e assistem ao vdeo de apresentao domtodoficamboquiabertosecomentamamesmacoisa:imagi-navam que o Yga fosse algo parado, a ponto de requerer pacincia, ou algo supostamente indicado para a terceira idade! Ora, se algum naterceiraidaderesolveriniciaraprticadeumYgaverdadeiro corre o risco de ter uma sncope. E se for um Yga inautntico, fruto desucessivassimplificaes,adaptaesacumulativase ocidentalizaes inescrupulosas, ento no vale a pena denominar de Yga essa anomalia. OproblemaquemuitagentesemcertificadodeinstrutordeYga atirou-se a lecionar e, como no possui repertrio de tcnicas, mistura um pouco de ginstica, outro tanto de esoterismo, um qu de hipnose, uma pitada de espiritismo, algo da linguagem do tai-chi, uns conceitos macrobiticos,tudoissotemperadocomatmosferadeterapiasalter-nativas e embalado para consumo em voz macia, com msica new-age. Para o leigo, que no tem a mnima idia do que seja o Yga, a no ser uma viso estereotipada e falsa, essa miscelnea inverossmil satisfaz. S que ela, de Yga mesmo que bom, no tem nada. No devemos esquecer de que a palavra Yga significa integridade. preciso que seus representantes sejam ntegros. Por isso, nos prximos 6 Noconfundaespiritualismocomespiritualidade.Aespiritualidadeumpatrimnio do ser humano. O Yga de qualquer modalidade, desde que autntico, desenvolve a espiritualidade. Espiritualismoainstitucionalizaodaespiritualidade,ou osistemaquetomaporcentroo esprito em contraposio matria, baseando-se no conceito da dicotomia entre corpo e alma como coisas separadas e oponentes. FAA YGA ANTES QUE VOC PRECISE 34 captulosvocvaiterasatisfaodeconhecerumamodalidadede Yga fascinante, lindssima, extremamente agradvel de se praticar e com uma carga de resultados capaz de deixar qualquer um perplexo. oSwsthyaYga,oprprioYgaPr-Clssico,pr-ariano,pr-vdico,proto-histrico,oYgadeShiva,YgaUltra-Integral,com todas as suas caractersticas Tntrika e Smkhya preservadas e mais: sua execuo lembrando uma dana, resgatada das camadas mais re-motas do inconsci ente coletivo! CRONOLOGIA HISTRICA DO YGA DivisoYGA ANTIGOYGA MODERNO SmkhyaVdnta PerodoYga Medievalga Contemporpocasc. III a.C.sc. VIII d.C.sc. XI d.C.Sculo XXAurobindo Rmakrishna Vivknanda Shivnanda Faseo-Histric istricaFonteShrutiSmriti Tendncia Yga Pr-ClssicoYga ClssicoY neo Mais de 5.000 anos MestreShivaPtajaliShankaraGrakshanatha LiteraturaUpanishadYga StraVivka ChudamaniHatha Yga Chidnanda Krishnnanda Ygndra Prot aHPovoDrvidarya LinhaTantraBrahmcharya QUADRO EXTRADO DO LIVRO YGA, MITOS E VERDADES, DESTE AUTOR. s do quadro acima OYNota1.gaAntigo,Pr-Clssico,hojeconhecidocomoSwsthyaYga.Seemalgum debateacadmicovocprecisardeelementosparademonstrarqueoSwsthyade estruturapr-clssica,utilizeopresentequadrosintico.Eledemonstraqueanica linhagemSmkhya-Tantraapr-clssica.Ora,essaaestruturadoSwsthyaYga (Dakshinacharatntrika-NirshwarasmkhyaYga).Maisesclarecimentosnanossaobra Livro de Ouro do Yga. 2.Embora a tendncia da maior parte dos M stres e Escolas continue sendo brahmcharya, no perodo contemporneo comea a se instalar uma tendncia tntrica (dakshinachara) representada por Aurobindo e Rmakrishna. e O QUE O SWSTHYA YGATEM DE TO ESPECIAL? Hay que tratar de ser el mejor, pero jams creerse el mejor. J uan Manuel Fangio De todos os tipos de Yga que existem, h um, em particular, que especial por ser o mais completo. Produz efeitos rpidos e duradouros como nenhum outro. Trata-se do Yga Antigo, hoje conhecido como Swsthya Yga, sistematizao do Dakshinacharatntrika-Nirshwara-smkhya Yga, do perodo pr-clssico. Para torn-lo inteligvel foi preciso sistematiz-lo, como faria um arquelogo com os fragmentos preciosos que fossem sendo encontrados. Estudamos muitos tipos de Yga e vamos ndia quase todos os anos desde a dcada de 70 do sculo XX. Estamos convencidos de que o Yga Antigo realmente o melhor que existe. A maior prova disso que o adotamos. E tambm o adotaram milhares de pessoas muito es-peciais em vrios pases. So intelectuais, cientistas, artistas plsticos, msicos e escritores de diversos continentes. Paracontarcomessepblicoculto,sensveleexigenteoYga Antigo, Swsthya Yga, deve ter algo muito especial. Mas o qu? 1. O Yga Antigo contm os elementos que fundamentam todas as demaismodalidadesdeYga. No h nenhum outro tipo de Yga to completo. Numa prtica de Swsthya, o Yga Antigo, voc estar praticando sana Yga, Rja Yga, Bhakti Yga, Karma Yga, J na Yga,LayYga,MantraYgaeTantraYga,bemcomoosele-mentos constituintes das subdivises mais modernas, nascidas desses FAA YGA ANTES QUE VOC PRECISE 36 ramos,taiscomooHathaYga,KundalinYga,KriyYga, Dhyna Yga, Mah Yga, Suddha Rja Yga, Ashtnga Yga, Yga Integral e muitos outros.Mas ateno: embora o Yga Antigo (Swsthya) contenha em si os elementos constitutivos de todos esses tipos de Yga, ele no for-mado pela combinao daqueles ramos, pois est baseado numa tradi-o bem mais ancestral, anterior a eles. 2.OYga Antigo tem razes smkhyas. Por ser um Yga extrema-mente tcnico, dinmico e que no adota misticismo, agrada mais s pessoas dinmicas, realizadoras e de raciocnio lgico. 3.OYgaAntigotntrico.IssosignificaqueumYga matriarcal,sensorialedesrepressor.Desrepressorsignificaqueno probe coisa alguma e ainda contribui para desreprimir. Orienta, mas no reprime. Sensorial significa que respeita e valoriza o corpo, sua beleza,suasade,seussentidoseseuprazer.Logo,voctem liberdadetotal.Podecomeroquequiser,fazeroquequisere, inclusive,nohproibiodesexo.Entretanto,haconselhamento com relao a tudo isso e voc o segue se achar que deve. medida que for aprimorando seus hbitos de vida e cultivando costumes mais saudveis, vai recebendo do instrutor as tcnicas mais avanadas.Esse respeito pela liberdade do praticante tem sido uma das mais cati-vantescaractersticasdoSwsthyaYga,poisvaiaoencontrodas aspiraes das pessoas e responde positivamente s reivindicaes dos adeptos de outros ramos restritivos, que esto insatisfeitos com a re-presso imposta por eles. 4. Nossa forma de executar as tcnicas diferente das formas mo-dernasdeYga.Nosltimossculospopularizou-seumamaneira pobre de executar tcnicas corporais, estanques, separadas umas das outras e repetitivas como na ginstica. O Swsthya Yga fundamenta-senaslinhasmaisantigaseexecutaossanassincronizados harmoniosamente,brotandounsdosoutrosmediantepassagens extremamentebonitasequepermitemaexistnciadeverdadeiras coreografiasdetcnicascorporais,asquaisnenhumoutrotipode Ygapossui.Semprequealgumassisteaosnossosvdeos,a MESTRE DeROSE37 exclamaoconstante:"Ah!Ento,Ygaassim?Masissoa lindssimo! As coreografias foram reintroduzidas pelo Mtodo DeRose nos anos sessentas do sculo passado. Nas dcadas seguintes, em vrias partes do planeta, surgiram modalidades de execuo que se inspiraram no YgaAntigo(SwsthyaYga).Amaioriareconheceessainegvel influncia. Ainda que no o confessassem, bastaria comparar os mto-dos para perceber a clara influncia que exercemos sobre suas inter-pretaes originadas posteriormente.Ocorreu, no entanto, que, no compreendendo nosso af para resgatar um conceito de Yga Antigo em toda a resplandecncia da sua auten-ticidade milenar, os que se basearam no Swsthya para elaborar outras modalidades, terminaram por dar origem a formas modernas que nada tm a ver com a nossa proposta. Viram, mas no entenderam. 5.Finalmente,oSwsthyaonicoYganomundoquepossui regras gerais, ou seja, o nico que oferece auto-suficincia ao prati-cante. Num outro tipo de Yga o instrutor tem que ensinar ao execu-tantetcnicaportcnica:comorespirar,quantotempopermanecer, quantas vezes repetir, onde localizar a conscincia, etc. Se esse ins-trutor ensinar dez tcnicas, seu aluno no saber fazer uma dcima-primeira.J ,seutilizasseasregrasgerais,opraticanteteriaa vantagem de no ficar atrelado ao instrutor e nem dependente dele. Se precisasseseguirsozinho,poderiacontinuarseaprimorando,pois, tendoaprendidoapenasdeztcnicascomasregrasgerais,poderia desenvolveroutrascemoumileprosseguirevoluindosempre.As regras gerais conferem autonomia e liberdade ao sdhaka. As regras geraissooutracontribuiodasistematizaodoYgaAntigo (Swsthya Yga). Se voc vir algum usando regras gerais, pode ter certezadequetravoualgumtipodecontatocomonossomtodo, mesmoqueonegue.Estadeclaraoserdemonstradanoprximo captulo. Bem, tudo isso o que o Swsthya Yga tem de to especial. Se quer sabermais,sigaemfrente.Osprximoscaptuloslhereservam revelaes ainda mais instigantes. O QUE O SWSTHYA YGA(PRONUNCIE: SUSTIA) e isso uma Idia cujo temVictor Hugo SWH uma coisa mais fortedo que todos os exrcitos do mundo,po chegou. STHYA YGA O YGA MAIS INTEGRAL QUE EXISTE Swsthya,emsnscrito,lnguamortadandia,significaauto-suficincia(swa =seu prprio). Tambm embute os significados de sade,bemestar,conforto,satisfao.Pronuncia-sesustia.Em hindi,alnguamaisfaladanandia,significasimplesmentesade. Nesse caso, com o sotaque hindi, pronuncia-se susti. No permita quepessoaspoucoinformadasconfundamSwsthya,snscrito, mtodoantigo,comSwsthya(susti),hindi,quedariauma interpretaoequivocadacomconotaoteraputica.Consultea respeitooSanskrit-EnglishDictionary,deSirMonier-Williams,o mais conceituado dicionrio de snscrito. Na ndia, em J aipur, encontrei um centro de sade que utiliza o Yga comomtodoteraputico.Chama-seSwsthyaYgaCenter(nesse caso, Suasti Yga Center) e no tem nada que ver com o Swsthya Yga. Trata-se apenas de um Centro de Sade atravs do Yga! Coi-sas assim podem confundir os que tiverem menos cultura lingstica. FAA YGA ANTES QUE VOC PRECISE 40 A DEFINIO FORMAL DO NOSSO YGA: Swsthya Yga o nome da sistematizao do Yga Antigo, Pr-Clssico, o Yga mais completo do mundo. REGISTRE ESTA INFORMAO IMPORTANTE S Swsthya Yga se tiver estas caractersticas. Mesmo a modalidade heterodoxa,precisaobservarositens2a8,abaixo.Sealgumlhe ensinaralgocomonomedeSwsthyaYgaenorespeitarestas particularidades, no o nosso mtodo.Ainda que a pessoa em questo tenha feito curso de formao conosco e possua certificado de instrutor, uma vez formada tem a autonomia para ensinar o tipo de Yga que bem entender, j que o Yga Antigo (Swsthya) contm em si os elementos constituintes de praticamente todos os demais ramos de Yga. Alguns instrutores mantm-se fiel-mente dentro da linha que os diplomou. Outros se desviam, mesclam sistemas e passam a transmitir verses apcrifas. Portanto, muita aten-o a este tema, voc que pratica, voc que ensina, voc que pretende tornar-se instrutor. LEIA COM ATENO Estude cuidadosamente as pginas que se seguem. Voc precisa incor-porar esses ensinamentos de forma a ser capaz de explicar, ensinar e principalmente debater a respeito da sistematizao do Yga Antigo, conforme os conhecimentos abaixo transmitidos. Se no dispuser de caneta para fazer anotaes, consiga uma. Se estiver com pressa, feche seprivarmaiscedodoprazerdesta convivncia como livro e deixe para ler mais tarde.No final do captulo, no siga em frente. Volte e leia tudo outra vez, prestandomaisatenosanotaesquetiverfeitonaprimeira leitura.Apliqueomesmoprocedimentoatodososcaptulos.No tenha pressa de terminar o livro. Isto no romance. Alm do mais, se vocterminarlogo,vai o autor. MESTRE DeROSE41 I. CARACTERSTICAS DO SWSTHYA 1) ASHTNGA SDHANA A caracterstica principal do Swsthya Yga sua prtica ortodoxa denominada ashtnga sdhana (ashta =oito; anga =parte; sdhana =prtica).Trata-sedeumaprticaintegradaemoitopartes,asaber: mudr, pj, mantra, prnyma, kriy, sana, yganidr, samyama. em detalhe mais adiante.Estes elementos sero explicados 2) REGRAS GERAIS DE EXECUO Uma das mais notveis contribuies histricas da nossa sistematizao foioadventodasregrasgerais,asquaisnosoencontradasem nenhum outro tipo de Yga... a menos que venham a ser incorporadas a partirdeagora,porinflunciadoSwsthyaYga.Jtemos testemunhadoexemplosdessatendnciaemaulasetextosdevrios tipos de Yga em diferentes pases, aps o contacto com o Swsthya. fcil constatar que as regras e demais caractersticas do nosso m-todo no eram conhecidas nem utilizadas anteriormente: basta consul-tar os livros das vrias modalidades de Yga publicados antes da codi-ficao do Swsthya. Em nenhum deles vai ser encontrada referncia alguma s regras gerais de execuo. Por outro lado, podemos demonstrar que as regras gerais constituram apenas uma descoberta e no uma adaptao, pois sempre estiveram presentessubjacentemente.Tomeparaexemploalgumastcnicas quaisquer, tais como uma anteflexo (paschimttansana), uma retro-flexo (bhujangsana) e uma lateroflexo (triknsana), e execute-as de acordo com as regras do Swsthya Yga. Depois consulte um livro de Hatha Yga e faa as mesmas posies seguindo suas extensas des-cries para cada tcnica. Voc vai se surpreender: as execues sero equivalentes em mais de 90% dos casos. Portanto, existe um padro de comportamento. Esse padro foi identificado por ns e sintetizado na forma de regras gerais. Tal fato passou despercebido a tantas geraes de Mestres do mundo inteiro durante milhares de anos e foi descoberto somente na entrada FAA YGA ANTES QUE VOC PRECISE 42 do terceiro milnio da Era Crist, da mesma forma como a lei da gra-vidadepassousemserregistradapelosgrandessbiosefsicosda Grcia,ndia,China,Egitoedomundotodo,svindoaser descoberta bem recentemente por Newton. Assim como Newton no inventouagravidade,tambmnoinventamosasregrasgeraisde execuo. Elas sempre estiveram l, mas ningum notou. NoSwsthyaYgaasregrasajudambastante,simplificandoa aprendizagemeacelerandoaevoluodopraticante.Aoinstrutor, almdisso,poupaumtempoprecioso,habitualmentegastocom tulo SANA, subttulo Regras Gerais. descries e instrues desnecessrias. As regras sero explicadas no cap3) SEQNCIAS COREOGRFICAS Outra importante caracterstica do Swsthya Yga o resgate do con-ceito primitivo de treinamento, que consiste em execues mais natu-rais, anteriores ao costume de repetir as tcnicas. A instituio do sis-tema repetitivo muito mais recente do que se imagina. As tcnicas antigas, livres das limitaes impostas pela repetio, tornavam-se li-gadasentresiporencadeamentosespontneos.NoSwsthyaYga esses encadeamentos constituem movimentos de ligao entre os sa-nas no repetitivos nem estanques, o que predispe elaborao de execues coreogrficas. Assim, [A] a no repetio, [B] as passagens (movimentos de ligao) e [C] as coreografias (com sanas, mudrs, bandhas, kriys, etc.), so conseqncias umas das outras, reciprocamente, e fazem parte desta terceira caracterstica do Swsthya Yga. Ascoreografiastambmnosoumacriaocontempornea.Esse conceito remonta ao Yga primitivo, do tempo em que o Homem no tinha religies institucionalizadas e adorava o Sol. O ltimo rudimento dessa maneira primitiva de execuo coreogrfica a mais ancestral prtica do Yga: o srya namaskara! Ocorre que o srya namaskara a nica reminiscncia de coreografia registrada nas lembranas do Yga moderno. No constitui, portanto, caracterstica sua. Vale lembrar que o Hatha Yga um Yga mo- MESTRE DeROSE43 derno, um dos ltimos a surgir, j no sculo XI depois de Cristo, cerca de 4.000 anos aps a origem primeira do Yga. Importante:oinstrutorquedeclaraensinarSwsthyaYga,masno monta a aula inteira com formato de coreografia no est transmitindo umSwsthya100%legtimo.Quemnoconsegueinfundirnosseus alunos o entusiasmo pela prtica em forma de coreografia, precisa fazer tar o contato com a nossa egrgora, pois ainda no ento do codificador do Swmais cursos e estreicompreendeu o ensinam sthya Yga. 4) PBLICO CERTO fundamentalquesecompreenda:paratratar-serealmentede Swsthya Yga no basta a fidelidade ao mtodo. preciso que as pessoas que o praticam sejam o pblico certo. Caso contrrio, estaro tecnicamente exercendo o mtodo preconizado, mas, ao fim e ao cabo, no estaro professando o Yga Antigo. Seria o mesmo que dispor da duzirumdeterminadotipodepo,mastecnologiacertaparaproquerer faz-lo com a farinha errada. 5) SENTIMENTO GREGRIO Osentimentogregrioaforadecoesoquenosfezcrescere tornar-nos to fortes. Sentimento gregrio a energia que nos mo-biliza para participar de todos os cursos, eventos, reunies e festas do Swsthya Yga, pois isso nos d prazer. Sentimento gregrio o sentimento de gratido que eclode no nosso peito pelo privilgio de estar juntos e participando de tudo ao lado de pessoas to especiais. o poder invisvel que nos confere sucesso em tudo o que a gente fizer, graas ao apoio que os colegas nos ofertam com a maior boa vontade.Sentimentogregrioasatisfaoincontidacomaqual compartilhamosnossasdescobertasedicasparaoaprimoramento tcnico, pedaggico, filosfico, tico, etc. Sentimento gregrio o que induz cada um de ns a perceber, bem no mago da nossa alma, par de tudo isso, no uma obrigao,que fazer tudo isso, particimas uma satisfao. 6) SERIEDADE SUPERLATIVA FAA YGA ANTES QUE VOC PRECISE 44 AotravarcontatocomoSwsthyaYga,umadasprimeirasim-presses observadas pelos estudiosos a superlativa seriedade que sepercebenosnossostextos,linguagemeprocedimentos.Essa seriedade manifesta-se em todos os nveis, desde a honestidade de propsitos uma honestidade fundamentalista at o cuidado ex-tremado de no fazer nenhum tipo de doutrinao, nem de proseli-tismo,nemdepromessasdeterapia.Definitivamente,noseen-contra tal cuidado na maior parte das demais modalidades de Yga. Fazemos questo absoluta de que nossos instrutores e alunos sejam rigorosamenteticosemtodasassuasatitudes,tantonoYga, quanto no trabalho, nas relaes afetivas, na famlia e em todas as circunstnciasdavida.Devemoslembrar-nosdeque,mesmoen-quantoalunos,somosrepresentantesdoYgaAntigoeaopinio pblica julgar o Yga a partir do nosso comportamento e imagem. Em se tratando de dinheiro, lembre-se de que prefervel perder o nobre metal do que perder um amigo, ou perder o bom nome, ou perder a classe.Devemos mostrar-nos profundamente responsveis, maduros e ho-nestos ao realizar negcios, ao fazer declaraes, ao evitar confli-tos, ao buscar aprimoramento em boas maneiras, ao cultivar a ele-gncia e a fidalguia. O mundo espera de ns um modelo de equil-brio, especialmente quando tivermos a obrigao moral de defender corajosamente nossos direitos e aquilo ou aqueles em que acredi-tamos.Fugirlutaseriaamaisdesprezvelcovardia.Lutarcom galhardia em defesa da justia e da verdade um atributo dos co-ar com elegncia e dignidade algo que pou-alegria no so mutuamente excludentes. Voc pode ser rajosos. Contudo, lutcos conseguem conquistar.7) ALEGRIA SINCERA Seriedade e uma pessoa contagiantemente alegre e, ao mesmo tempo, serissima dentrodospreceitoscomportamentaisqueregemavidaem sociedade. MESTRE DeROSE45 A alegria saudvel e nos predispe a uma vida longa e feliz. A alegria esculpe nossa fisionomia para que denote mais juventude e simpatia. A alegria cativa e abre portas que, sem ela, nos custariam mais esforo. A alegria pode conquistar amigos sinceros e preservar as amizades antigas. Pode at salvar casamentos. Um praticante de Yga sem alegria inconcebvel. Se o Yga traz felicidade, o sorriso e o comportamento descontrado so suas con-seqncias inevitveis. Entretanto, administre sua alegria para que no passe dos limites e no agrida os demais. Algumas pessoas quando ficam alegres tor-nvasivas. Esse, obviamente, no onam-se ruidosas, indelicadas e icaso do swsthya ygin. 8) LEALDADE INQUEBRANTVEL Lealdade aos ideais, lealdade aos amigos, lealdade ao seu tipo de Yga, lealdade ao Mestre, so tambm caracterstica marcante do Yga Antigo. No Swsthya valorizamos at a lealdade aos clientes e aos fornecedores. Simbolicamente, somos leais mesmo aos nossos objetos e nossa casa, procurando preserv-los e cultivar a estabi-lidade, ao evitar a substituio e a mudana pelo simples impulso devariar(Ygachittavrittinirdhah).Hcircunstnciasemque mudar faz parte da evoluo e pode constituir a soluo de um pro-blema de estagnao. Nesse caso, claro, no se trata de instabili-dade emocional. O prprio Shiva, criador do Yga, tem como um dos seus atributos a renovao. No h nada mais lindo que ser leal. Leal quando todos os demais o fim. Realmente, no h na ldade, especialmente jdeixaramdes-lo.Lealquandotodasasevidnciasapontam contra o seu ente querido, pessoa amada, colega ou companheiro, mas voc no teme comprometer-se e mantm-se leal atda mais nobre que a leanuma poca em que to poucos preservam essa virtude. II. PRTICA ORTODOXA FAA YGA ANTES QUE VOC PRECISE 46 Swsthyao prprio tronco do Yga Antigo, Pr-Clssico, aps tizao.a sistema O Swsthya Yga mais autntico o ortodoxo, no qual cada prtica constituda pelas oito partes seguintes: 1. mudr gesto reflexolgico feito com as mos; 2. pj7retribuio de energia; trnsito energtico; 3. mantrans e ultra-sons;vocalizao de so4. prnymaravs de respiratrios;expanso da bioenergia at5. kriyatividade de purificao das mucosasYga ; 6. sanatcnica corporal; 7. yganidrtcnica de descontrao; 8. samyamaconcentrao, meditao e samdhi. Existem vrios tipos de ashtnga sdhana. A estrutura acima a pri-meira que o praticante aprende. Denomina-se di (seguido de palavra iniciada por vogal o i se transforma em y, dy). O segundo tipo o viparta ashtnga sdhana. Depois viro mah, swa, manasika e gupta ashtnga sdhana, somente acessveis a instrutores de Yga. Entretanto, se vocrma mais completa, em oito partes, existe a opo denominada Prtica Heterodoxa. no se identifica com esta foIII. PRTICA HETERODOXA Esta variedade totalmente flexvel. A estrutura de cada prtica de-terminada pelo instrutor que a ministra. Portanto, a sesso pode ser constituda por um s anga, dois deles ou quantos o ministrante quiser utilizar, e na ordem que melhor lhe aprouver. Pode, por exemplo, mi-nistrarumsdhanaexclusivamentedesana,oudemantra,oude prnyma, ou de samyama, ou de yganidr, etc. Ou pode combinar 7 O acento indica apenas onde est a slaba longa, mas ocorre que, muitas vezes, a tnica estnoutrolugar.Porexemplo:pjpronuncia-sepdja;eyganidrpronuncia-se ygandra. Para sinalizar isso aos nossos leitores, na primeira parte do livro e no Glossrio vamos sublinhar a slaba tnica de cada palavra. Se o leitor desejar esclarecimentos sobre os termossnscritos,recomendamosqueconsulteoGlossrio.Sobreapronncia,ouaoCD Snscrito-TreinamentodePronncia, gravado na ndia. Para mais conhecimentos, o ideal estudar os vdeos do Curso Bsico de Yga. MESTRE DeROSE47 algunsdelessuavontade.AindaassimpodeserSwsthyaYga, desde que obedea s demais caractersticas mencionadas no sub-ttuloI(CARACTERSTICASDOSWSTHYA)edesdequehajauma orientao generalizada de acordo com a filosofia que preconizamos.Todavia, na aplicao desta alternativa o instrutor dever, de prefern-cia, utilizar todos os angas, conquanto possa faz-lo em ocasies dife-rentes e com intensidades variveis. Dessa maneira, nas diversas aulas que ministrar durante o ms, ter proporcionado aos alunos a experi-mentao e os resultados de todos os oito angas. O ideal que o instrutor no adote somente a verso heterodoxa e sim que a combine com a ortodoxa, lecionando, por exemplo, duas vezes por semana, uma com a primeira e outra com a segunda modalidade de prtica. J para os exames de habilitao de instrutores perante a Universidade de Yga e pelas Federaes Estaduais s aceita a verso ortodoxa. Aboacompreensodestecaptuloimprescindvelparaa fundamentaodonossotrabalho,bemcomoparaassimilara proposta desta modalidade de Yga. Seria uma tima idia voc voltar e ler tudo outra vez, comde cada mais ateno. Releia um pequeno trecho vez, pare e analise o que leu. DIFERENAS ENTRE O SWSTHYA E O HATHA YGA Todos os 108 tipos de Yga so diferentes entre si: no apenas estes dois aqui abordados so distintos um do outro. Ocorre que o Hatha mais comum e o leitor poder utilizar este quadro como parmetro de comparaoentreumaimagempopular(Hatha)eumaoutramais ancestral (Swsthya). Vriasmodalidadesqueutilizamnomesdiferentes,modernos, chamativos ou em ingls, tratam-se de vertentes de Hatha Yga com algumasalteraes.Portanto,oquadrocomparativodapgina seguintepoderservirtambmemgrandeparteparaaquelas modalidades que, embora com outro nome, so, na realidade, Hatha Yga adaptado. FAA YGA ANTES QUE VOC PRECISE 48 DIFERENASSWSTHYA YGAHATHA YGA 1.FUNDAMENTAO:Tantra-Smkhya(assu-mido). Tantra-Vdnta(masum nmero expressivo de ins-trutoresdesseramo declara-se contra o Tantra ealinha-secomo Brahmcharya-Vdnta). 2.FASE HISTRICA EM QUE SITUA SUAS RAZES: Pr-clssica(mais de 5.000 anos). Medieval ( sculo XI da era crist). 3.CULTURA DE RE-FERNCIA: Dravdica (pr-ariana).Ariana. 4.CONSTITUIO CARACTERSTICA DA PRTICA: (nonosreferimosa todoocontedode tcnicasdamodalidade analisada,masapenas squesoconsidera-das indispensveis para queaauladamodali-dadeemquestoseja considerada autntica.) Oito partes: mudr, pj, mantra, prnyma, kriy, sana, yganidr, samyama. Alm destes oito elementos mnimos,constitutivosde umaprticadoSwsthya Yga, podem constar ainda algunsrecursossuplemen-tares,taiscomo:chakra sdhana,nysa,bandha, etc. Duas partes: prnyma e sana. O shavsana tambm sana. Almdessesdoisele-mentosmnimos,consti-tutivosdeumaprticadeHathaYga,podem constaraindaalgunsou-troscomokriy,mudre bandha,masnoobriga-toriamente. 5.REGRAS GERAIS DE EXECUO: O Swsthya o nico Yga que possui regras explcitas de execuo. O Hatha no usa regras. Livro algum as menciona. 6.PASSAGENS CO-ORDENADAS DE UM SANA A OUTRO: OSwsthyaYgapossui passagens. OHathaYganoutiliza passagens. 7.COREOGRAFIAS:OSwsthyaYgacultiva coreografias,tantopara demonstraes,quanto paraaprticaindividuale para a estrutura da aula. O Hatha Yga no cultiva coreografias. MESTRE DeROSE49 8.CRITRIO SELETIVO PARA MONTAR UMA PRTICA: OSwsthyaYgapossui doiscritriosdeseleo aplicadossimultaneamen-te,cruzados,paraobter uma srie bem completa e balanceada. OHathaYga,emgeral, possuiumcritriopor Escola, o qual pode variar deumaparaoutra.Na prtica, a maior parte dos instrutoresnooaplica por ignor-lo. 9.REPETIO:No Swsthya Yga no se repetem os sanas, a no seremcarterex-cepcional. No Hatha Yga os sanas sorepetidostrsvezes, cincovezesouat25 vezes. 10. RELAXAMENTO DURANTE OS SANAS: NoSwsthya,executa-se orelaxcomofasepreli-minardecadasana, inseparveldele.o prprio sana em variao sukha. NoHatha,executa-seo relax aps os sanas, entre umaeoutratcnica.Isso criaumritmointerrompido entresanasestanquese repetidos. 11. POLARIZAO DAS TCNICAS: NoSwsthyaYgaexe-cutamos uma fase passiva eoutraativaemcada sana,conformefoi explicado acima. NoHathaYga,geral-mente,aplica-seum sana ativo e depois outro passivo,eassim sucessivamente. 12. AQUECIMENTO MUSCULAR PRVIO: NenhumtipodeYga legtimo aplica aquecimento muscular.Oaquecimento, assim como a repetio, foi absorvidodaginstica britnicadurantea colonizao da ndia. OHathatambmno utilizaaquecimento.Os instrutoresqueoadotam, fazem-nocopiandoda EducaoFsica.Mas apcrifo. 13. CRITRIO PARAHABILITAO DOS INSTRUTORES: SlecionaoSwsthya quemforformadoequa-lificadomediantecursos, exames,revalidaes anuaisesupervisode umMestre.Eachamos que todos esses cuidados ainda no so suficientes. NoHathaamaiorialeci-ona sem nenhum preparo, sem curso, sem avaliao, semcertificadoesem registroprofissional. Referimo-nosauma realidadedamaiorparte dospasesdoOcidente no sculo XX. FAA YGA ANTES QUE VOC PRECISE 50 14. TIPO DE PBLICO (NO OCIDENTE): Pessoasdinmicas,inte-lectuais,artistas,escrito-res,cientistas,jornalistas, empresrios,executivos, profissionaisliberais, universitrios,des-portistas, etc. Alternativos,espiritualis-tas,idosos,enfermos, nervosos,gestantes,se-nhorasdonasdecasa, etc. 15. FAIXA ETRIA:Adultos jovens dos 18 aos 38 anos de idade. Poucas pessoasacimadessa faixa. Amaioria,dos50anos emdiante.Poucaspes-soas abaixo dessa faixa. 16. NVEL CULTURAL:Superior e mdio.Mdio e bsico. 17. CLASSE SCIO-ECONMICA: Todasasclasses,mas especialmente A e B. Todasasclasses,mas especialmente B e C. 18. SEXO (NO OCIDENTE):Maiorprocuraporparte dos homens. Maiorprocuraporparte das mulheres. 19. MOTIVO PELO QUAL PRATICAM: Prazerdepraticar,satis-faopessoal,adquirir boaforma,qualidadede vida,definiomuscular, administrarostress, autoconhecimento. Problemaspsicolgicos, doenas,expectativade vantagens espirituais. 20. PROPOSTA DO MTODO:Comoemqualquertipo legtimodeYga,apro-posta atingir o samdhi. OHathaYganotema propostadeatingiro samdhi.Porissoas maioresautoridades ortodoxas no consideram o Hatha como um Yga. Bem feito melhor do que bem explicado. Benjamin Franklin MESTRE DeROSE51 ASHTNGA YANTRA OashtngayantraosmbolodoSwsthyaYga,oYgaAntigo.Suasorigens remontam s mais arcaicas culturas da ndia e do planeta. Parte de sua estrutura explanadanoShstraYantraChintamani.Nessaobraclssica,sobailustrao consta a legenda: Este o yantra que detm a palavra na boca do inimigo. Cons-tituiumverdadeiroescudodeproteo,lastreadoemarqutiposdoinconsciente coletivo. uma. No entanto, sealgumagredirumprotegidopeloashtComoqualquerescudodeproteo,nopodeserusadocomoarmadeataque. Assim, ningum conseguir utiliz-lo para fazer mal a pessoa algngayantra,ferir-se-gravemente.Por isso, quase todas as pessoas que usam o verbo para atacar o portador do ashtnga yantra costumam colher to amargos infortnios. Aoreproduzi-lo,atenteparaofatodequenasextremidadesdostrishlasnoh pontasangulosas,massimcurvilneas.Pararespeitarrigorosamenteseutraado, ao invs de o redesenhar, fotolite ou escaneie a ilustrao acima. Amigo e inimigo so como o yin e o yang: precisamos dos dois. Uma rvore cresce para baixo e para cima. Para baixo, cria ra-zes,quesedesenvolvemnastrevas,massemasquaisa rvore no teria fora nem estrutura para manter-se de p. Os inimigossoasrazeseosamigos,osramosqueafazem florescer. Mestre DeRose FAA YGA ANTES QUE VOC PRECISE 52 O QUE UMA CODIFICAO ComoMestredeYga,sinto-meextre-mamente motivado por saber que voc est agora lendo este captulo e que terei, quem sabe, em voc, um continuador da minha obra. Imagine que voc ganhou como herana um armrio muito antigo (no nosso caso,decincomilanos!).Detantoadmir-lo,limp-lo,mexereremexer nele,acabaencontrandoumpainelquepareciaesconderalgumacoisa dentro. Depois de muito tempo, trabalho e esforo para no danificar essa preciosidade, finalmente voc consegue abrir. Era uma gaveta esquecida e, por isso mesmo, lacrada pelo tempo. L dentro voc contempla extasiado um tesouroarqueolgico:ferramentas,pergaminhos,sinetes,esculturas!Uma inestimvel contribuio cultural! Asferramentasaindafuncionam,poisosutensliosantigoserammuito fortes,construdoscomarteefeitosparadurar.Ospergaminhosesto legveis e contm ensinamentos importantes sobre a origem e a utilizao das ferramentas e dos sinetes, bem como sobre o significado histrico das esculturas.Tudoestintactosim,mastremendamentedesarrumado, embaralhadoecomapoeiradossculos.Ento,vocapenaslimpa cuidadosamenteearrumaagaveta.Pergaminhosaqui,ferramentasacol, sinetes esquerda, esculturas direita. Depois voc fecha de novo a gaveta, agora sempre disponvel e arrumada. O que foi que voc tirou da gaveta? O que acrescentou? Nada. Voc apenas organizou, sistematizou, codificou. Pois foi apenas isso que fizemos. O armrio o Yga Antigo, cuja herana nosfoideixadapelosMestresancestrais.A gaveta um comprimento de onda peculiar no inconsciente coletivo. As ferramentas so as tcnicas do Yga. Os pergaminhos so os ensinamentos dos Mestres do passado, que ns jamais teramos a petulncia de querer alterar. Isto foi a sistematizao do Swsthya Yga. Por ter sido honesta e cuidadosa em no modificar, no adaptar, nem ociden-talizar coisa alguma, nossa codificao foi muito bem aceita pela maioria dos estudiosos. Hoje, esse mtodo codificado no Brasil existe em todos os Conti- MESTRE DeROSE53 nentes. Se algum no o conhecer pelo nome de Swsthya Yga, conhecer seguramentepelonomedeYgaAntigo,oupeladenominaoerudita: Dakshinacharatntrika-Nirshwarasmkhya Yga. Seu nome j denota as origens ancestrais uma vez que o Yga mais antigo (pr-clssico, pr-ariano) era de fundamentao Tantra e Smkhya. Compare estas informaes com o quadro da CronologiaHistrica, no final do pri-meiro captulo (O que o Yga?). ADVERTNCIA No julgue o Swsthya Yga pelo que voc ouviu ou experimentou junto a um ou dois instrutores. Cuidadocomquememiteopiniessemestarabalizado(parasaberquem est autorizado a emitir opinies consulte o captulo HeranaCultural do livro Yga,MitoseVerdades). Se voc pode receber a informao por via direta, em nossos livros, no h porque arriscar-se pela via indireta, ouvindo opiniesdaquelesquepodemnotercompreendidobeme,apesardisso, arvoram-se em arautos do Swsthya Yga. Uma coisa praticar com os professores credenciados que indicamos para transmitir o nosso mtodo; outra, bem diferente, aceitar qualquer um que haja estudado conosco, mas no tenha autoridade para emitir opinio. Por-tanto, aprenda Swsthya, o Yga Antigo, s com os instrutores formados. Ainda assim, confira se o que eles ensinam est de acordo com o que expo-mos neste livro, o vade mecum da nossa sistematizao. A veemncia desses cuidados deve-se constatao elementar de que at os discpulosmaisfiisacabamdesfigurandooensinamentooriginalpara ajust-lo s suas prprias convices ou convenincias. Isso aconteceu com Blavatsky, Steiner, La Ferrire, Krumm-Heller e todos quantos constituram lideranasnocampodoautoconhecimento.Porisso,asentidadesque criaram, vieram a se fragmentar em correntes muitas vezes divergentes entre si. Testemunhamos, entre nossos prprios discpulos, discrepncias na interpre-tao das nossas palavras, suficientes para gerar um cisma. Detectamos de-turpaes involuntrias, motivadas at por excesso de zelo, que nos prostra-ram perplexos com a habilidade do ser humano para compreender tudo er-rado. Casualmente, naquelas vezes estvamos perto o bastante para flagrar a ocorrncia e corrigir o curso das idias.FAA YGA ANTES QUE VOC PRECISE 54 E quando no presenciarmos a distoro que estiver ocorrendo? Afinal, no podemos ser onipresentes em todas as salas de aula para verificar se os ins-trutores esto mesmo respeitando rigorosamente o mtodo. O fato que cada pessoa tem suas opinies, temperamento distinto, bagagem cultural diferente e interpreta de maneira diversa os ensinamentos. J surpre-endemos instrutores de Swsthya Yga ministrando prticas aleatrias, utili-zando mtodos, conceitos e vocabulrio definitivamente condenveis. Entre-tanto, esses mesmos instrutores, prestavam todos os anos rigorosos exames derevalidaoeprocediamdeformatoirrepreensvelqueconseguiam obter boas notas. Indagamo-lhes como se explicava isso e responderam-nos candidamente, quase todos, a mesma coisa: Ns estudamos e prestamos exames como exigido. Mostramos que sabe-mos como o certo. Mas depois, no dia-a-dia das nossas aulas... bem, a diferente. Concluso:mesmotomando-setodososcuidadoscomaboaformaoe todasasprecauesnosentidodeseconseguirumaavaliaoeficiente ocorremdesvios.Nofundo,taisminciassfuncionamparaosbem-intencionados,ciososemrespeitarafidelidadeaomtodoeaoMestre. Quandoalgumquerdriblarasnormaseserdesonesto,nohcomo impedir. Imagine, ento, as propores dos delrios cometidos por aqueles quenemsequertmformao,nemcertificado,nemSupervisor,no prestaram exames de avaliao, nem procedem s revalidaes anuais!Na verdade, tanto o Yga Antigo (Swsthya Yga) quanto qualquer outra disciplina, vai depender muito mais de quem est transmitindo, do que da coisa em si que est sendo transmitida. Se vai ser bonita ou desarmoniosa, eficiente ou no, depende bastante do talento do instrutor. Por isso, reenfocamos estas recomendaes, a fim de que cada aluno seja nossocolaborador,fazendoquestodequeosquedeclaramensinar Swsthya Yga cumpram-no, realmente. A Beleza Mestre DeRose A beleza est nas ptalas da flor, est no hlito morno das areias, est no pssaro que voa e canta, est no vento que fala comigo na meditao do entardecer. A beleza est na rocha viva, est nas Slfides do incenso que aspiro, est no olhar terno e suplicante do cozinho que me entende mais do que eu a ele. Se a beleza habita em tudo quanto existe, por que no h de habitar tambm na proposta da nossa sublime Unio? E OS DA ETAPA INICIAS YFEIT L DO WSTHYAGAcompreendei porque um yVede a indisposio generalizada de um enfermo e tudo o que faz.gi perfeito emMestre DeRose H pessoas que praticam Yga. Outras preferem Karat, Ballet, Tnis, Piano, Pintura, etc., cada qual de acordo com o seu temperamento. No entanto, todas essas pessoas tm algo em comum. que os adeptos dessasdisciplinasdividem-seemdoistiposdepraticantes:aqueles queestudameexercitam-sehorasafio,diariamente,duranteanos, semvisaranenhumbenefcio;eaquelesquespraticamalguma dessas modalidades se ela lhe valer uma vantagem qualquer. No s sobre a postura estereotipada do pblico com rela-o a este tpico. PARAQUEpreciso dizer que os primeiros so os artistas, campees e virtuoses. Antes de abordar os efeitos propriamente ditos, gostaramos de tecer alguns comentrioSERVEOYGA? no visa a resolver as mazelas do trivial dirioica da evoluo. O Ygae sim a grande equao csmMestre DeRose Quando se fala sobre Yga, surge logo a pergunta: para que serve o Yga, quais so os benefcios que proporciona? Pense bem: por que o Yga precisa proporcionar algum benefcio? Nestes ltimos 50 anos, no houve um entrevistador de televiso que tenha deixado de fazer essa indefectvel pergunta, ao iniciar seu di-FAA YGA ANTES QUE VOC PRECISE 58 logo com um instrutor de Yga. Raras so as pessoas que, ao ser ins-tadas por um amigo a praticar Yga, no perguntem a mesma coisa, como se estivessem a declarar: Estbem,possoatpraticarYga, e mas o que eu ganho com isso? SeessapessoafosseconvidadaapraticarTnis,Karat,Nataoou Dana8, perguntaria para que serve cada uma dessas modalidades, ou qubenefcios receberia em troca, se concedesse a graa da sua presena?No convincente a justificativa de que preciso fazer tal pergunta por ningum conhecer bem o Yga. Isso pode servir para os segmen-tos semi-analfabetos das populaes pobres, mas no para as classes medianamente instrudas. O Yga est expressivamente difundido h mais de um sculo no Ocidente. difcil encontrar um clube que no tenha aulas de Yga. Rara a revista ou jornal que no publique pelo menosumareportagemporanosobreotema.Portanto,trata-sede uma postura viciosa, sada no se sabe de onde, essa que induz a po-pulao a fazer automaticamente aquela pergunta nada lisonjeira. Por qual motivo o Yga precisa proporcionar algum benefcio? Golfe, Tnis, Aerbica, Rugby, Skate, Surf, Ginstica Olmpica e muitas ou-tras atividades fsicas so proverbialmente prejudiciais9 coluna, arti-culaes,ligamentos,mas,apesardisso,legiesdedicam-seaelas, mesmo sabendo que trazem mais malefcios do que benefcios10. Al-gum perguntaria: Para que serve a Ginstica Olmpica? Que bene-fcios me proporcionaria? Sim, porque preciso saber antes de decidir pratic-la. Como que eu entraria sem saber para que serve?. Para que serve aprender pintura, escultura, teclado ou canto? Algum em s conscincia cometeria tal questionamento? 8 Daremos uma definio da dana: movimentos voluntrios, harmoniosos, rtmicos, cujo fim soelesmesmos. Do livro Gramticadadanaclssica, de G. Guillot e G. Prudhommeau, citado por Anah Flores. 9Esteautorapreciaepraticadiversosesportes,masestconscientedosriscosaque submete sua coluna, ligamentos e articulaes ao dedicar-se por prazer a essas modalidades. 10 O conceituado mdico fisiologista Dr. Turibio Leite de Barros Neto, com 25 anos dedicados pesquisa e ao ensino da medicina do esporte, em entrevista revista Veja em 9 de julho de 1997, declarou: muito mais fcil e rpido perder do que ganhar sade atravs do esporte. MESTRE DeROSE59 YGAANTESQUEVOCPRECISE Faa Yga por prazer como faria alguma daquelas modalidades espor-tivas ou artsticas. Consideramos um procedimento mais nobre ir ao Yga sem finalidade de benefcios pessoais, mas sim impelido pelo mesmo motivo que induz o artista a pintar o seu quadro: uma mani-festao espontnea do que est em seu ntimo e precisa ser expres-sado. Faa Yga se voc gostar, se tiver vocao, se ele j estiver fer-vilhando em suas veias. No porque precise. No justificvel buscar o Yga nem mesmo por motivao espiritua-lista, pois no deixa de ser uma forma de egotismo dissimulado, j que visa a uma vantagem espiritual.Se o praticante busca exclusivamente as conseqncias secundrias, que so a terapia, a esttica, o relaxamento, limitar-se- s migalhas que caem da mesa e o instrutor no conseguir ensinar-lhe realmente Yga, tal como o professor de Ballet no conseguiria ensinar dana a um aluno que almejasse apenas perder peso. EFEITOSVERSUSYGA Em terra de cego, quem tem um olho... errou! Mestre DeRose Existem dois tipos de praticante: um que vem buscando benefcios e outro que vem buscando Yga. Cada qual vai encontrar o que veio buscar. Claro que ensinar a quem quer Yga, e no vantagens pesso-ais, mais gratificante. Isso no significa que vamos recusar nem dis-criminar o outro. Esperamos simplesmente reeduc-lo para conscien-tiz-lo de que uma coisa nobre o Yga e outra bem inferior so seus efeitos. O praticante que quer o Yga e no meramente os seus benefcios, l, pesquisa, investe, dedica-se. J o que busca efeitos, esse no est se importando com a seriedade ou autenticidade do mtodo, encorajando, dessa forma mals, a disseminao de ensinantes sem formao nem habilitao, mas que saibam prometer benefcios. FAA YGA ANTES QUE VOC PRECISE 60 O sdhaka que busca benefcios no valoriza os estudos mais profun-dos nem as sofisticaes tcnicas que seu instrutor se esfora por ofe-recer. Ele quer benefcios e tanto faz se o mtodo autntico ou no, desde que consiga usufruir os efeitos. Mesmo que eles sejam produto de uma mistura extica de espiritismo, massagem, hipnose, macrobi-tica, esoterismo, florais, cristais e curandeirismo, que nada tenha a ver com o Yga. Agora,imagineumaoutrasituao,conseqnciadaatitudeacima mero iludido, ele reclame: sor, no exija tanto de mim. No estou aqui para apren-ara a sade! Que descrita.Suponhaquevocsejaum professor de Ballet Clssico e, cada vez que v ensinar uma tcnica mais elaborada para tornar seu aluno um bailarino de verdade e no um Ah! Profesder a danar. Vim s para emagrecer. E um outro: Eu tambm no quero danar. S quero melhorar da dor na coluna. E outro mais: Jnoestouemidadededanar.Meumdicomemandouaqui para tratar da asma. Nofinal,vocprofessordedana,masningumqueraprendera danar, pois esto todos voltados s aos benefcios pfrustrao! Isso o que ocorre sistematicamente com os instrutores de Yga. Por essa razo temos evitado falar dos superlativos benefcios que a prtica do Swsthya Yga pode proporcionar. Ademais, colhemos a vantagem da compostura tica de no ficar fa-zendopropagandaapelativa.Noprometemoscoisaalguma.Quem vem praticar conosco porque entendeu nossa proposta e j sabe o quequer.Istoposto corrersobrealguns efeitos mais comuns para responder quela to famigerada pergunta. S. . .,podemospermitir-nosdisAH!OSBENEFCIO MESTRE DeROSE61 Se voc compreendeu o que foi colocado acima, ento aceitamos ex-planar sobre os to decantados benefcios. O Swsthya proporciona uma flexibilidade espantosa e um excelente fortalecimento muscular. Com suas tcnicas biolgicas beneficia a co-lunavertebral,ossistemasnervoso,endcrino,respiratrioe circulatrio.Os sanas (tcnicas corporais) promovem a regulagem do peso por estimulao da tireide; melhor irrigao cerebral pelas posies in-vertidas; conscincia corporal, coordenao motora e elasticidade dos tecidos. Oskriys(atividadesdepurificaodasmucosas)promovema higieneinterna,dasmucosasdoestmago,dosintestinos,doseio maxilar, dos brnquios, das conjuntivas, etc. Os bandhas (contraes ou compresses de plexos e glndulas) pres-tam um massageamento aos plexos nervosos, glndulas endcrinas e rgos internos.Os prnymas (tcnicas respiratrias) fornecem uma cota extra de energia vital, aumentam a capacidade pulmonar, controlam as emo-es, permitem o contato do consciente com o inconsciente e ajudam a conseguir o domnio da musculatura lisa.Os mantras (vocalizao de sons e ultra-sons), em primeira instncia aplicam vibrao voclica para desesclerosar meridianos energticos; as mentais para conquistar uma boa con-emsegundainstncia,permitemequilibrarosimpulsosdeintrover-so/extroverso e dinamizar chakras; em terceira instncia, ajudam a obter o aquietamento das ondcentrao e meditao.O yganidr (tcnica de descontrao) o mdulo de relaxamento, que auxilia a todos os anteriores e, juntamente com os demais angas da prtica, implode o stress. O samyama (concentrao, meditao e outros estados mais profun-dos) proporciona a megalucidez e o autoconhecimento. Estes efeitos, e muitos outros, so simples conseqncias de tcnicas. Ocorremcomoresultadonaturaldeestarmosexercitandouma FAA YGA ANTES QUE VOC PRECISE 62 filosofia de vida saudvel. Se aprendemos a respirar melhor, relaxar melhor,dormirmelhor,comermelhor,excretarmelhor,fazer exercciosmoderados,trabalharmelhoracolunaemanifestaruma ade melhor, os frutos s podem ser o incremento da sade e a r.Para ess em si no uma coisa ruim. Sem ele, o ser humano ficaria de, queda de cabelo, reduo da capaci-sexualidreduo de estados enfermios. Stress. Stressoestadopsico-orgnicoproduzidopeladefasagementreo potencialdoindivduoeodesafioqueeleprecisaenfrentaadministr-lo, no nos limitamos a proporcionar relaxamento. Muito maisimportanteaumentaraenergiadopraticanteparaqueoseu potencial suba e possa enfrentar o desafio de cima para baixo. O strvulnervel e no conseguiria lutar, trabalhar ou criar com a necessria agressividade. Mal o excesso de stress ou a falta de controle sobre ele. Entre um alerta psicofsico e outro, a pessoa teria condies de se re-fazer desse estado de extrema tenso orgnica e mental. Para tanto, seria preciso que houvesse menor freqncia do estado de tenso ou, ento, tcnicas especficas para minimizar a fadiga generalizada dali resultante e que produz uma reao em cadeia de efeitos secundrios tais como enfarte, presso alta, enxaqueca, insnia, depresso, nervo-sismo, queda de produtividadade imunolgica, herpes, problemas digestivos, lcera, gastrite, im-potncia sexual, dores nas costas e o pior de todos os problemas de sade: as contas do mdico! Basta reduzir o stress para amenizar tambm todos esses seus efeitos, osquais,deoutraforma,dificilmentecederiamaumtratamento verdadeiramentedefinitivo.Aterapiaficariasendomeramente paliativa ou um mascaramento dos sintomas. OYgaumdosrecursosmaiseficientesparareduzirostressa nveis saudveis. Tal opinio est publicada numa grande quantidade de livros srios sobre o assunto e partilhada por um bom nmero de mdicos que indicam Yga aos seus pacientes estressados. MESTRE DeROSE63 Por essa razo, so muitos os empresrios, executivos, polticos, ar-tistas e profissionais liberais que vo buscar no Yga a dose extra de Noventa por cento das pessoas sentem os efeitos de combate ao stress energiaedinamismodequenecessitam,mas,aomesmotempo,o controle do stress. j na primeira sesso de Yga bem conduzida. orreumacontrariedadena lcera, presso alta, enfarte. A esto trs conseqncias diretas do stress e da vida sedentria. A maior parte dos tratamentos paliativa. Quem tem lcera ou presso alta, passa anos a fio sendo medicado e sendo submetido a restries naalimentao.Noobstante,quandoocempresa ou na famlia os sintomas costumam se agravar. O enfarte, quando no mata, inutiliza o profissional. O Yga oferece resultados em dois nveis: antes e depois de j ter tido problemas cardiovasculares. Antes, a prtica do Yga visa a reduzir enormemente a incidncia de lcera, presso alta e enfarte em quem ainda no os teve. Depois, costuma auxiliar de forma palpvel a recu-perao da pessoa afetada. A lcera e a presso, geralmente j mos-tram melhoras desde o incio da prtica do Yga, o que pode ser facil-mente sentido pelo prprio praticante e confirmado pelo seu mdico, cujo acompanhamento obrigatrio. No entanto, no confunda isso com terapia. Quanto ao enfarte, esse tem no Yga um conjunto de tcnicas agrad- que pratique Yveis e saudveis que contribuiro efetivamente para mant-lo em boa forma e para minimizar a possibilidade de um novo enfarte. A expectativa de vida de um cardaco ga bem orien-tadochegaaigualare,svezes,superaradeumapessoano-mas que no pratique Y cardaca,ga. Insnia. Ningum sabe explicar como nem porqu, mas se voc praticar Yga de manh ou tarde, conciliar o sono facilmente noite. Por outro FAA YGA ANTES QUE VOC PRECISE 64 lado, praticar noite costuma deixar a pessoa mais desperta (os estu-dantes praticam Yga noite para passar a madrugada estudando). H,porm,tcnicasporexcelnciaqueligammaissepraticadas noite (bhastrik, sirshsana) e os que, mesmo feitos antes de dormir, ajudam a conciliar o sono (vamah krama, shavsana, dhyna). Temos tido casos de pessoas que h anos no conseguiam dormir sem medicamentos e que j no dia da primeira prtica de Yga, simples-mente esqueceram-se de tomar o remdio e dormiram a noite toda. eventualmente, voc no tiver sono, no se abale com nossos livros. posemtempos,svezes forte, desde que seja no incio da crise. Mas Contudo, se, isso: v ler osEnxaqueca. Aqueladordecabeaqueocorredetemacompanhada de outros sintomas, tais como luzes cintilantes, enjo, etc., pode ser a tal da enxaqueca.Ela no tem remdio definitivo. Usam-se como paliativos os analgsi-cos mais ou menos fortes e uma srie de cuidados com a alimentao ecomostress.Certosalimentospodemdesencadearaenxaqueca numapessoaenonumaoutra.svezes,oleitedesencadeiaumacesso de enxaqueca, ou o ovo, ou comer demais, ou misturar muitos alimentos. Outras vezes, basta apenas uma emoo ou tenso. Parainterromp-lo,vocpodeexperimentarumaboadosedecaf forte ou de ch preto bemateno: se voc est habituado a usar muito caf ou ch, o efeito po-der no ser to bom. AprticaregulardoYgacostumairprogressivamenteespaando mais os perodos entre uma enxaqueca e outra, assim como ir redu-zindoconsideravelmenteaintensidadedecadauma.Muitosalunos declararamquenuncamaistiveramacessosdeenxaquecaa seu primeiro ms de Ynossos partir do ga. Asma. MESTRE DeROSE65 Uma crise de asma geralmente precisa de dois fatores para que possa ocorrer: um fsico e outro emocional, com predominncia do primeiro ou do segundo, conforme a pessoa. Entretanto, tanto num caso quanto no outro, as tcnicas de Yga tm-semostradoexcepcionalmenteeficientesparareduziraintensidade das crises e espa-las cada vez mais. Os efeitos do Yga sobre a asma tambm so muito rpidos, desde queopraticanteexecuteemcasaalgumastcnicasrespiratrias durante menos de cinco minutos por dia e participe de uma ou duas prticas completas por semana com um instrutor. Amaiorpartedosasmticosabandonaabombinhajnaprimeira aula. Basta executar um respiratrio toda vez que achar que vai ter uma crise. A bomba fica no bolso s como apoio psicolgico. Vrios alunos nossos que sofreram com a asma durante muitos anos, desde a primeira aula observaram melhoras e mais tarde declararam-se livres desse desconforto. Depresso. Algumas vezes a depresso tem razes justificadas e nesse caso per-feitamente normal se, completado o seu ciclo, ela se extingue natural-mente, no deixa seqelas e demora para se repetir.Se a depresso muito intensa, muito freqente ou sem razo apa-rente, requer uma ateno especial. O Yga possui tcnicas eficazes no combate depresso. Uma delas a hiperventilao que bombeia mais oxignio para o crebro. O Yga utilizataistcnicashmilharesdeanos,massrecentementea cincia esboou uma explicao: o aumento de oxigenao cerebral produzumasensaodeeuforia,aqualeliminaadepressosema necessidade de medicamentos. Respiratrios, aliados a tcnicas orgnicas e de relaxamento deram a frmula perfeita para a eliminao da depresso. FAA YGA ANTES QUE VOC PRECISE 66 Emagrecimento. No Yga, ns conseguimos emagrecer sem transpirao nem regime. claroqueamoderaoalimentarrecomendvel,masnoa neurose torturante das dietas. Consta que o Yga emagrece por atuar nas glndulas e regular a or-questra endcrina. Por exemplo, observa-se que diversas tcnicas com fama de emagrecedoras eficientes so executadas sem esforo e quase todas esto comprimindo ou distendendo a tireide. sabido que a estimulao dessa glndula tende a produzir emagrecimento. Outro recurso do Yga aumentar a absoro de comburente (oxig-nio) atravs de determinados respiratrios, o que, acredita-se, induz ao aumento da queima das gorduras do organismo. H tambm tcnicas de enrijecimento da musculatura e de contrao do abdmen, as quais produzem um resultado esttico que supera as expectativas. Fora as tcnicas, h o aconselhamento alimentar, pois no se pode ig-norar que certos alimentos engordam mais do que outros. Mas isso nada tem a ver com regime ou dieta. Finalmente, o Yga conta com um trunfo poderoso: proporciona equi-lbrioemocional,oqualfreqentementefaltanaspessoasqueno conseguem emagrecer e que torna infrutfera qualquer outra tentativa, seja ela de exerccios, seja de restrio alimentar, o que pode at criar uma neurose. Enfim, estes so os segredos do Yga para conseguir to bons resulta-dos de emagrecimento em tempo razoavelmente curto. Coluna. Quem que no tem algum problema de coluna? Quase todo o mundo tem. A razo disso a vida sedentria que se tem hoje em dia, aliada scadeirasepoltronasdasresidncias,escritrios,automveise cinemas,totalmentemalprojetadas.Aisso,some-seohbitode sentar-se mal, com a coluna torta, e o de ficar em p com m postura; MESTRE DeROSE67 pararnumapernas,sempreamesma;dormirnumaposios; carreg