Mestre de Obras6_parte I-Instalações elétrica e telefônica 2
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Mestre de obras
Módulo VI
Instalações elétricas
2012
1
SUMÁRIO
1. GENERALIDADES ................................................................................................................................ 4
1.1TERMINOLOGIA ........................................................................................... 5
1.2 CORRENTE ELÉTRICA................................................................................ 6 1.3 TENSÃO OU DIFERENÇA DE POTENCIAL (DDP) ...................................... 7
1.4 POTÊNCIA ELÉTRICA ................................................................................. 7
2. CONDUTORES E ISOLANTES ................................................................................................................ 9
2.1 GENERALIDADES ............................................................................................. 9
2.2 SÍMBOLOS GRÁFICOS .............................................................................. 10
3. ELETRODUTO ................................................................................................................................... 17
3.1 GENERALIDADES ..................................................................................... 17
3.2 TIPOS DE ELETRODUTOS ........................................................................ 17 3.2.1 Eletrodutos Metálicos Rígidos ............................................................. 18
3.2.2 Eletrodutos em Aço- Carbono .............................................................. 18 3.2.3 Eletrodutos de PVC Rígido ................................................................... 19
3.3 ELETRODUTOS DE PVC FLEXÍVEL .......................................................... 21 3.3.1 Acessórios ............................................................................................. 21
4. CAIXAS DERIVAÇÃO OU DE PASSAGEM ............................................................................................ 26
4.1 ESPELHOS, PLACAS OU TAMPAS ..................................................................... 27
4.2 CAIXAS APARENTES ....................................................................................... 30
5. ETAPAS DE EXECUÇÃO DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E COMUNICAÇÃO (PREDIAL) ......................... 32
5.1 MATERIAIS................................................................................................. 32
5.2 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA ............................................................ 33 5.3 MÉTODO DE EXECUÇÃO.......................................................................... 33 5.3.1 Lajes ....................................................................................................... 33 5.3.2 Processo de execução de eletrodutos na parede ............................... 37
5.3.3 Posição do ponto de luz no forro ou laje (luminotécnico) ................. 41 5.3.4 Enfiação de condutores ........................................................................ 43
5.3.5 Instalação e Fixação de Interruptores, Tomadas e Aparelhos de Iluminação ....................................................................................................... 45
6. MANOBRA E PROTEÇÃO DOS CIRCUITOS ......................................................................................... 50
6.1TERMINOLOGIAS ....................................................................................... 50 6.2 PROTEÇÕES CONTRA SOBRECORRENTES .......................................... 51 6.2.1 Disjuntores termomagnéticos .............................................................. 51 Vantagem ........................................................................................................ 52
Característica do Disjuntor ............................................................................ 52 6.2. 2 FUSÍVEIS ............................................................................................... 52
CARACTERÍSTICAS ELÉTRICAS ................................................................... 52 6.2.3 DIAZED ................................................................................................... 53
6.2.4 FUSÍVEIS NH .......................................................................................... 54
2
6.2.5 PRECAUÇÕES A SEREM TOMADAS NAS SUBSTITUIÇÕES DE FUSÍVEIS.......................................................................................................................... 57
6.3 PROTEÇÕES CONTRA SOBRETENSÕES ............................................... 60
7. SISTEMAS DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFERICAS ..... 61 7.1 GENERALIDADES ..................................................................................... 61
7.2 CONSTITUIÇÃO DE UM SPDA .................................................................. 61 7.3 PÁRA-RAIOS TIPO FRANKLIN .................................................................. 62
7.4 PÁRA-RAIOS RADIOATIVOS..................................................................... 62 7.5 GAIOLA DE FARADAY ............................................................................... 63 Sugestão para prevenção contra as descargas atmosféricas.................... 63
8. NORMAS DA CONCESSIONÁRIA PARA FORNECIMENTO E ENERGIA ELÉTRICA .................................. 64
8.1 GENERALLIDADES ................................................................................... 64
8.2 DEFINIÇÕES .............................................................................................. 64 8.3 ESPECIFICAÇÃO DE ENTRADA DE ENERGIA ......................................... 67 8.3.1 Fator de Demanda ................................................................................. 68 Objetivos da especificação de entrada ......................................................... 69 8.3.4 Procedimento para a especificação da entrada de energia ............... 70
8.3.5 Consumidor individual .......................................................................... 72 8.3.6 Edifícios de uso coletivo ....................................................................... 73
8.3.7 Padrão construtivo de entrada ............................................................. 74
9. BOMBAS DE INCENDIO ..................................................................................................................... 78
9.1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 78
9.2 ESTRUTURA DO SISTEMA DE BOMBAS.................................................. 79 9.3 GRUPO MOTOR-BOMBA........................................................................... 79
9.3.4 SUCÇÃO POSITIVA ................................................................................ 80 9.3.5 SUCÇÃO NEGATIVA .............................................................................. 80
9.4 ESQUEMA DE MONTAGEM DO SISTEMA MOTO-BOMBA. ....................................... 81
ESQUEMA DE MONTAGEM DO SISTEMA DE SUCÇÃO. .......................................................... 81
9.5 SISTEMA DE PROTEÇÃO DA ADUTORA.................................................. 81
9.6 BOMBA DE PRESSURIZAÇÃO .................................................................. 82 10. Motores ...................................................................................................... 82
10.1 MOTORES ELÉTRICOS .................................................................................. 83 10.1.1 Fonte de energia .................................................................................. 83
11. APARELHOS DE AR CONDICIONADO ............................................................................................... 84
11.1 OBJETIVO ................................................................................................ 84 11.2 COMPONENTES ...................................................................................... 84
11.3 DISPOSITIVOS DE OPERAÇÃO .............................................................. 85 11.4 CLASSIFICAÇÃO ..................................................................................... 85 11.5 DUTOS ..................................................................................................... 86
11.6 ESCOLHA DE AR CONDICIONADO ........................................................ 86 11.6.1Cálculo da carga térmica: .................................................................... 88
12. INSTALAÇÕES AÉREAS .................................................................................................................... 88
13. INSTALAÇÕES SUBTERRÂNEAS ....................................................................................................... 93
14. INSTALAÇÃO TELEFÔNICA ............................................................................................................ 100
Esquema geral da tubulação telefônica ..................................................... 100
3
14.1 CRITÉRIOS PARA PREVISÃO DE PONTOS TELEFÔNICOS ............... 101
14.2 CAIXAS DE SAÍDA ................................................................................. 102 14.2.1 TIPOS E DIMENSÕES ........................................................................ 102
14.2.2 UTILIZAÇÃO ....................................................................................... 102 Caixas de saída ............................................................................................. 103
14.3 CAIXAS DE DISTRIBUIÇÃO, DISTRIBUIÇÃO GERAL E PASSAGEM ... 105 14.3.1 CARACTERÍSTICAS .......................................................................... 105
14.3.2 LOCALIZAÇÃO .................................................................................... 107 14.4 DETALHES DE INSTALAÇÃO ................................................................ 108
14.5 TUBULAÇÃO SECUNDÁRIA E PRIMÁRIA ............................................. 110 14.5.1 Tipos de Eletrodutos Utilizados ....................................................... 110
14.5.2 Utilização ............................................................................................ 110 14.5.3 DIMENSÕES DOS ELETRODUTOS .................................................. 111
14.5.4 DETALHAMENTO DA INSTALAÇÃO .................................................. 111 14.6 CANALETAS DE PISO............................................................................ 116
14.7 POÇO DE ELEVAÇÃO............................................................................ 116 14.7.1 CARACTERÍSTICAS ........................................................................... 116
14.7.2 DIMENSÕES E DETALHES ................................................................. 117 14.7.3 LOCALIZAÇÃO .................................................................................... 118
14.7.4 DETALHES DE CONTRUÇÃO ............................................................ 118 14.7.5 SALA DO DISTRIBUIDOR GERAL ...................................................... 119
14.7.6 PRUMADA TELEFÔNICA .................................................................... 123 14.8 INSTALAÇÃO DE FIAÇÃO, TOMADAS E ACESSÓRIOS ...................... 124
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA .............................................................................................................. 127
4
1. GENERALIDADES A eletricidade representa, indiscutivelmente, a forma de energia mais amplamente
utilizada na época moderna. Lâmpadas de bolso, iluminação residencial, industrial
e publica, rádios, televisão, geladeiras, maquinas de lavar, locomotivas, bombas,
fornos etc. funcionam utilizando a eletricidade. A energia elétrica, na sua forma
dinâmica, fio descoberta por acaso, no sec. XVIII, pelo professor de anatomia Luigi
Galvani, que observou, na perna de uma rã, as contrações dos mpusculos
causados pelo movimento das cargas elétricas. O desenvolvimento assombroso
das formas de aplicação da energia elétrica foi possibilitado por quatro fatores
essenciais, a saber: baixo custo de produção, facilidade de transporte, a grande
distancias, possibilidade de armazenamento e facilidade de regulação e controle.
A energia elétrica é produzida por geradores químicos e eletromecânicos, sendo
estes últimos os responsáveis pela produção industrial em larga escala.
Os geradores eletromecânicos classificam-se em geradores de corrente
alternada(alternadores). A energia mecânica necessária a propulsão desses
geradores é fornecida por turbinas hidráulicas e de vapor, motores diesel e motores
a explosão. O local onde a energia elétrica é produzia chama-se usina elétrica,
podendo ser hidráulica, térmica, nuclear e mista. A usina hidráulica ou hidrelétrica
utiliza água como meio propulsor
dos geradores e geralmente, é instalada em zonas montanhosas, onde é possível o
armazenamento de grandes volumes de água, que permitem o seu funcionamento
também em épocas de pouca chuva.
A usina térmica ou termelétrica emprega motores térmicos para o acionamento dos
geradores, isto é, turbinas de vapor, motores Diesel e motores de explosão. Requer
combustível como lenha, carvão mineral ou óleo Diesel, cujo preço concorre para
tornar a energia elétrica, assim produzida, de custo mais elevado que o da energia
elétrica produzida pelas usinas hidrelétricas.
As usinas termelétricas estão situadas em zonas planas, onde não é possivel
acumular e utilizar a água e, de preferência, sua instalação é feita nas
5
proximidades da costa, à beira dos grandes rios ou próximo de estradas de ferro
onde podem ser abastecidas facilmente. A usina termonuclear funciona com o
mesmo princípio da usina termelétrica, utilizando como combustível a energia
atômica.
A usina termonuclear não precisa ser abastecida continuamente de combustível,
podendo ser localizada onde resultar mais conveniente. A usina mista é,
geralmente, constituída por uma usina hidrelétrica que não dispõe da quantidade
de água necessária ao atendimento de seus utilizadores e, para compensar esta
deficiência, emprega geradores acionados por motores térmicos. Nem sempre o
aproveitamento da energia elétrica se faz na zona em que e produzida. Quando
empregada a centenas de quilômetros de distância, a energia é transportada do
ponto de geração ao ponto de aproveitamento por meio de linhas elétricas aéreas
ou subterrâneas.
A facilidade com que a tensão das correntes alternadas pode ser elevada, por
meio de transformadores, torna possível o transporte econômico da energia elétrica
a grandes distâncias.
O aproveitamento da energia elétrica é feito por meio de circuitos elétricos
utilizadores, com várias tensões, conforme a finalidade a que se destina. Estas
tensões são, em geral, mantidas dentro de limites de segurança, estabelecidos por
regulamentos nacionais e internacionais. Os circuitos elétricos prediais destinados
a residências utilizam a energia elétrica com 127 ou 220 volts. Os circuitos elétricos
industriais utilizam a energia elétrica com 127, 220 e 380 volts.
1.1TERMINOLOGIA Define-se instalação elétrica como sendo o conjunto dos circuitos que transportam
a energia elétrica dos bornes dos geradores aos bornes dos aparelhos e máquinas
utilizadores.
Uma instalação elétrica deve servir ao homem sem constituir um perigo e por esta
razão deve ser cuidadosamente planejada e isolada. Para ser eficiente, deve ser
de fácil manobra e controle, devendo apresentar o máximo rendimento com o
mínimo de custo.
Todas as instalações elétricas destinadas a circuitos prediais devem obedecer ao
exposto na Norma NB-3 da Associação Brasileira de Normas Técnicas.
6
1.2 CORRENTE ELÉTRICA
Diz-se que um circuito é atravessado por corrente elétrica, quando as suas partes
forem percorridas por cargas elétricas.
Tomando-se, por exemplo, o circuito indicado na fig. 1, verifica-se que, estando o
interruptor T aberto, a lâmpada permanece apagada e o amperímetro não indica
passagem de corrente. Fechando-se o interruptor T, conforme a fig. 2, a lâmpada
se acende e o amperímetro acusa a passagem de corrente. Isto significa que o
circuito está sendo percorrido por um movimento de cargas elétricas.
Figura 1 Figura 2 Figura 3
Figura 4 Figura 5
A finalidade do interruptor é comandar o circuito. Quando aberto, interrompe a
corrente e, quando fechado, permite a passagem da corrente através do circuito.
Um circuito elétrico envolve sempre um aparelho utilizador, que pode ser uma
lâmpada, como no caso citado, um gerador de energia elétrica (no caso em exame
ê o acumulador), condutores e interruptores.
Para medir a corrente que atravessa o circuito, emprega-se o amperímetro, que,
uma vez inserido no circuito, é atravessado pela corrente desse. A intensidade da
7
corrente elétrica ê medida em ampères. Um ampère corresponde à passagem,
através do circuito, da carga elétrica unitária( 1 coulomb) em cada segundo.
1.3 TENSÃO OU DIFERENÇA DE POTENCIAL (DDP) Para que um circuito seja atravessado por corrente, é necessário que em seus
bornes seja aplicada uma “pressão elétrica”, chamada tensão ou diferença de
potencial. A diferença de potencial existente 2 pontos de um circuito é medida em
volts. Um volt corresponde a diferença de potencial existente nos bornes da pilha
construída por Alessandro Volta no ano de 1800.
O aparelho usado para medir a tensão é o voltímetro, que é ligado aos pontos entre
os quais se deseja conhecer a DDP.
Figura 6 Figura 7
1.4 POTÊNCIA ELÉTRICA A importância prática dos fenômenos elétricos consiste na propriedade que as
correntes elétricas têm de transmitir energia e produzir trabalho.A potência elétrica
de um circuito representa o trabalho que este absorve ou produz na unidade de
tempo. A unidade da potência elétrica é o watt e corresponde à potência elétrica de
um circuito atravessado pela corrente de um ampère quando em seus bornes
existe a diferença de potencial de um volt.
A potência elétrica, em watts, de um circuito é dada pelo produto do valor, em
ampéres, da corrente que o atravessa, pelo valor, em volts, da diferença de
potencial existente em seus bornes.
P = I . V
Assim sendo, se uma lâmpada, alimentada por uma linha com tensão V = 120
volts, absorver a corrente I = 0,5 ampère, a potência absorvida resulta:
8
P = V . I = 120 . 0,5 = 60 watts
Analogamente, uma lâmpada cuja potência ê 150 watts, se alimentada com a
tensão de V = 120 volts, absorverá a corrente:
I = P / V = 150 / 120 = 1,25 ampéres
A potência elétrica é medida também em quilowatts (kW), sendo IkW = 1.000 watts.
Tomando-se em consideração o princípio da conservação da energia, pode-se
afirmar que, se a lâmpada da fig.3 absorve a potência de 60 watts. esta mesma
potência deve ser produzida por um gerador, que não está representado na figura,
mas que está conectado aos fios A e B da linha que alimenta a lâmpada.
A potência elétrica, que antes foi expressa em função da tensão V e da corrente I ,
pode ser expressa também em função da corrente l e da resistência R do aparelho
utilizador.
Considere-se o circuito da fig. 6, em que uma resistência de valor R está sendo
alimentada pela tensão V, absorvendo a corrente I. A potência absorvida por esta
resistência pode ser expressa por:
P = V . I
Figura 8
Entretanto, o valor da diferença de potencial V pode ser expresso por:
V = R . I
Substituindo na equação da potência o valor V por R-I, resulta:
P = R . I . I = R I²
Esta última expressão mostra que a potência elétrica, em watts, absorvida por uma
resistência é obtida pelo produto do valor da resistência, em ohms, pelo quadrado
do valor da corrente, em ampères.
9
A potência elétrica absorvida por uma resistência transforma-se totalmente em
calor. A expressão P = R . I² só é válida para resistências elétricas. Para motores e
acumuladores, por exemplo, deve ser usada a expressão P = V . I,
pelo fato de que uma parte da potência absorvida por um motor ou um acumulador
se transforma em potência mecânica ou química e não em calor.
Outras unidades de medidas da potência, no caso do trabalho mecânico, são:
Quilogrâmetro por segundo: kgm/ s
Cavalo-vapor: cv = 75 kgm/s = 736 watts = 0,736 kW
2. Condutores e Isolantes
2.1 Generalidades Conectando os pontos a e b do circuito elétrico indicado na figura abaixo com uma
barra de cobre, ferro, níquel ou qualquer outro metal, a lâmpada se acenderá
indicando que as barras de metal deixam passar a corrente elétrica. Se porém os
pontos a e b forem ligados por meio de uma barra de madeira, baquelite, ebonite,
parafina, porcelana, matéria plástica, etc. a lâmpada não se acenderá, o que indica
que esses materiais não deixam passar as cargas elétricas.
Figura 9
Todos os materiais que e deixam atravessar pelas cargas elétricas são chamados
condutores e os que não deixam passar as cargas elétricas denominam-se
isolantes.
Tanto os condutores como os isolantes tem suas aplicações características nas
instalações elétricas.
10
2.2 SÍMBOLOS GRÁFICOS A seguir apresentamos os principais símbolos utilizados em projetos elétricos
segundo a nbr 5444/1989
PRINCIPAIS SÍMBOLOS DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
Nº SÍMBOLO SIGNIFICADO OBS
DUTOS E DISTRIBUIÇÃO
1
Eletroduto embutido no teto ou Para todas as dimensões em mm parede indicar a seção, se
esta não for de 15 mm
Para todas as seções em mm
indicar a seção se esta não for de 15
mm
2
Eletroduto embutido no piso
3
________ Telefone no teto
4
Telefone no piso
5
Tubulação para campainha, som, anunciador ou outro
Indicar na legenda o sistema sistema passante
6
Condutor de fase no interior do eletroduto Indicar a seção, nº de condutores,
cada traço representa um
condutor, indicar a seção, nº de
condutores, nº do circuito e a seção dos condutores, exceto se forem
de 15 mm
7
condutor neutro no interior do eletroduto
8
condutor de retorno no interior do eletroduto
9
condutor terra no interior do eletroduto
10
condutor positivo no interior do eletroduto
11
condutor negativo no interior do eletroduto
12
cordoalha de terra
indicar a seção utilizada; 50. significa 50 mm²
11
13
leito de cabos com um circuito passante composto de : três fases, cada um por dois
cabos de 25 mm², mais dois cabos de neutro com seção de 10 mm²
25. significa 25 mm²
14
caixa de passagem no piso
dimensões em mm
15
caixa de passagem no teto
dimensões em mm
16
caixa de passagem no parede
indicar altura e se necessario fazer detalhe
17
Eletroduto que sobe
18
Eletroduto que desce
19
Eletroduto que passa descendo
20
Eletroduto que passa subindo
21
sistema de calha de piso
No desenho aparecem quatro sistemas que são habitualmente: I- Luz e força II- Telefone (TELEBRÁS) III- Telefone (P(A)BX, KS, ramais) IV- Especiais (COMUNICAÇÕES)
22
Condutor seção 1,0 mm2, fase para campainha
setor de seção maior indicá-la
23
Condutor seção 1,0 mm2, neutro para campainha
24
Condutor seção 1,0 mm2, retorno para campainha
QUADROS DE DISTRIBUIÇÃO
12
25
Quadro parcial de luz e força aparente
Indicar as cargas de luz em watts
e de força em W ou kW
26
Quadro parcial de luz e força embutido
27
Quadro geral de luz e força aparente
28
Quadro geral de luz e força embutido
29
caixa de telefone
30
caixa para medidor
INTERRUPTORES
31
Interruptor de uma seção
A letra minúscula
indica o ponto comandado
32
Interruptor de duas seções
33
Interruptor de três seções
34
Interruptor paralelo ou Three-Way
35
Interruptor intermediário ou Four-Way
36
Botão de minutaria os itens de 28 a 35 são para
plantas e os de 36 a 46 para diagramas
37
Botão de campainha na parede (ou comando à distância)
38
Botão de campainha no piso (ou comando a distância)
13
39
Fusível
Indicar a tensão, correntes nominais
40
Chave seccionadora com fusíveis abertura sem carga
Indicar a tensão, correntes nominais
41
Chave seccionadora com fusíveis abertura em carga
42
Chave seccionadora abertura sem carga
43
Chave seccionadora abertura em carga
44
Disjuntor a óleo Indicar a tensão,
corrente potência, capacidade nominal
de interrupção e polaridade
45
Disjuntor a seco
46
Chave reversora
LUMINÁRIAS, REFLETORES, LÂMPADAS
47
ponto de luz incandescente no teto, indicar o nº de lampadas e a potência em Watts
A letra minúscula indica o ponto
comandado e o numero entre os
dois traços o circuito
correspondente
48
ponto de luz incandescente na parede (arandela) deve-se indiar a altura da arandela
49
ponto de luz incandescente no teto (embutido)
A letra minúscula indica o ponto
comandado e o numero entre os
dois traços o circuito
correspondente
ponto de luz fluorescente no teto, indicar o nº de Deve-se indicar a
14
50
lampadas e na legenda o tipo de partida e reator) altura da luminária
51
ponto de luz fluorescente na parede
52
ponto de luz fluorescente no teto (embutido)
53
ponto de luz incandescente no teto em circuito vigia (emergencia)
54
ponto de luz fluorescente no teto em circuito vigia (emergencia)
55
sinalização de tráfego( rampas, entradas, etc.)
56
lampada de sinalização
57
refletor Indicar potência, tensão e tipo de
lâmpadas
58
pote com 2 luminárias para iluminação externa
indicar a potencia, tipo de lampadas
59
Lâmpada obstáculo
60
Minuteria
Diâmetro igual ao do interruptor
61
Ponto de luz de emergência na parede com alimentação
independente
62
Exaustor
63
Motobomba para bombeamento da reserva técnica de água para combate a incêndio
64
Tomada de luz na parede, baixo (300 mm do piso acabado)
a potencia deverá ser indicada ao
15
lado em VA(exceto se for 100 VA),
como também o nº do circuito
65
Tomada de luz a meia altura (1300 mm do piso acabado)
66
Tomada de luz alta (2000 mm do piso acabado)
67
tomada de luz no piso
68
Saída para telefone externo na parede (rede Telebrás)
69
Saída para telefone externo na parede a uma altua "h"(rede Telebrás) Especificar “h”
70
Saída para telefone interno na parede a uma altura "h"
71
Saída para telefone externo no piso
72
Saída para telefone interno no piso
73
Tomada para rádio e televisão
74
Relógio elétrico no teto
75
Relógio elétrico na parede
76
Saída de som, no teto
77
Saída de som, na parede Indicar a altura “h”
78
Cigarro
79
Campainha
16
80
Quadro anunciador
Dentro do círculo, indicar o número de chamadas em
algarismos romanos
MOTORES E TRANSFORMADORES
81
gerador Indicar as
características nominais
82
motor
83
transformador de potência
Indicar a relação de tensões e
valores nominais
84
transformador de corrente ( um núcleo) Indicar a relação de
espiros, classe núcleo) de exatidão
e nível de isolamento.
A barra de primário deve ter um traço
mais grosso
85
transformador de potencial
86
transformador de corrente ( dois núcleo)
87
retificador
ACUMULADORES
Acumulador ou elementos de pilha a) O traço longo
17
88 representa o pólo positivo e o traço curto, o pólo negativo Acumulador ou elementos de pilha b)Este símbolo poderá ser usado para representar uma bateria se não houver risco de dúvida. Neste caso, a tensão ou o nº e o tipo dos elementos deve(m) ser indicado(s).
89
baterias de acumuladores ou pilhas - forma 1
90
baterias de acumuladores ou pilhas - forma 2
Tabela 1
fonte Projeto NBR 5444/1988 (SB-02)
3. Eletroduto
3.1 GENERALIDADES Os eletrodutos são tubos de metal (magnéticos ou não magnéticos) ou de PVC,
podendo ser ainda, rígidos ou flexíveis. Em princípio, são as seguintes as funções
gerais dos eletrodutos:
Proteção dos condutores contra ações mecânicas e contra corrosão; e
Proteção do meio contra perigos de incêndio, resultantes do
superaquecimento dos condutores ou de arcos.
3.2 TIPOS DE ELETRODUTOS
Os eletrodutos utilizados em instalações elétricas podem ser classificados em:
Metálicos rígidos;
18
PVC rígidos;
Metálicos flexíveis; e PVC flexíveis.
3.2.1 Eletrodutos Metálicos Rígidos
São tubos de aço, podendo ser com ou sem costura no sentido longitudinal, e
ainda pintados interna e ( externamente com esmalte de cor preta ou são
galvanizados (figura 10). São fabricados com diferentes diâmetros e espessuras de
parede. Os de parede delgada (grossa) denominam-se “eletrodutos pesados” e os
de parede fina, “eletrodutos leves". Comercialmente são adquiridos em barras de 3
m, cujos extremos vêm roscados e podem ser providos de uma luva ou não.
Os eletrodutos metálicos rígidos são especificados de acordo com sua bitola,
variando de 1/2” até 6” conforme tabela 2.
Figura 10
3.2.2 Eletrodutos em Aço- Carbono
Eletrodutos de aço carbono com costura são produzidos no comprimento de 3.000
mm, rebarba controlada com uma luva em uma das extremidades e um tampão
plástico na outra;
Os eletrodutos são fornecidos com rosca paralela nas extremidades, de acordo com a norma NBR 8133.
O revestimento dos eletrodutos é realizado seguindo as especificações abaixo:
19
- NBR 5624: revestimento protetor de zinco realizado pelo processo de imersão à quente (galvanizado à fogo); - NBR 13057: revestimento de zinco aplicado pelo processo de eletrodeposição, recebendo pós-tratamento de cromatização (Zincagem Eletrolítica)
Eletrodutos Zincados Eletrolíticos em Aço Carbono(Figura 11), norma NBR
13057/93 e Eletrodutos Galvanizados a Fogo (por imersão à quente) norma NBR
5624/93, ambos com costura e fornecidos em barras com 3 metros, nas bitolas de
1/2" a 4", roscas (NBR 8133), luvas roscáveis e curvas, nos ângulos de 45º, 90º,
135º e 180º.
Indicados para instalações elétricas de baixa tensão, residenciais, comerciais e
industriais, em áreas protegidas de intempéries, no caso do Eletrolítico e áreas
expostas a intempéries no caso de Galvanizado a Fogo.
Figura 11
3.2.3 Eletrodutos de PVC Rígido
São fabricados com derivados de petróleo; são isolantes elétricos não sofrem
corrosão nem são atacados pelos ácidos. São também fabricados em barras de 3
m e podem possuir roscas para serem emendados com luvas (figura 11A), ou
soldáveis onde um dos extremos é de diâmetro expandido (bolsa) para introduzir
outro eletroduto mediante pressão ( ponta) e colado para melhorar a resistência
mecânica figura 12 B.
20
Figura 12 A – Eletroduto de PVC Rígido e luva; B – com bolsa unidos sob pressão
O eletroduto é formado por uma cinta de aço galvanizado, enrolado em espirais
meio sobrepostas e encaixada de tal forma que o conjunto proporcione boa
resistência mecânica e grande flexibilidade (figura 13).
Esses eletrodutos também são fabricados com um revestimento de PVC a fim de
proporcionar maior resistência e durabilidade.
Adquirem-se comercialmente em metros ou em rolos de até 100 metros,
especificando-se o diâmetro nominal de acordo com a necessidade.
São utilizados em instalações elétricas expostas e quando se instalam máquinas e
motores elétricos, devido a vibrações (figura 14).
Figura 13 Figura 14
Figura 15 – Eletroduto de PVC flexível
21
3.3 ELETRODUTOS DE PVC FLEXÍVEL Os eletrodutos flexíveis corrugados fabricados em PVC auto-extinguente, devido a
sua praticidade com elevada resistência diametral são também resistentes contra
amassamento, mesmo quando instalados em lajes de concreto. Podem ser
aplicados em instalações elétricas residenciais, comerciais e industriais (Figura 16).
Observação: o uso de mangueiras de polietileno com material reclicado não está
de acordo com a NBR 5410/97, pois trata-se de economia quationável e ainda
introduzem uma variável de insegurança na instalação, pois propaga, chamas.
Os eletrodutos ou dutos para cabos subterrâneos (energia/ telecomunicações).
Fabricados em PEAD (Polietileno de Alta Densidade) de ultima geração; corrugado
e flexível, alem de fácil utilização, reduzem os custos nas instalações de redes
subterrâneas. Os eletrodutos flexíveis KANALEX - KL são disponíveis nos
diâmetros de 30, 50, 75, 100, 125 e 150 mm, e trata-se de uma excelente opção
para obras em concessionária de energia elétrica e telecomunicações, podendo
também ser utilizada em indústrias, shopping centers, aeroportos, etc.
3.3.1 Acessórios
Figura 16
Figura 17
22
Tabela 3 – tipo de material x bitola
Notas 1. (p) – Leve; (p) – Pesado; 2. *Eletrodos de PVC flexíveis ; **Eletrodutos de PEAD
( Polietileno de Alta Densidade); 4. Os eletrodutos de PVC rígido de 4”não são previsto pela norma; 5.
Os eletrodutos de PVC flexível não previstos pela norma; 6. A seção S é aproximada, em função do
diâmetro interno do eletroduto.
Tabela 2 – Legenda da fig.17
23
Os eletrodutos são interligados às caixas de passagem ou caixas de derivação.
São também emendados, podem mudar de direção e fixados às caixas, e para isso
são utilizados os seguintes acessórios:
Luvas São acessórios com formato cilíndrico, possuindo rosca interna, e são utilizados
para unir trechos de eletrodutos ou um eletroduto e uma curva (figs. 19,20,21 e 22).
Figura 20 – Luva de PVC Figura 21 – Luva de Pressão
Figura 22 – Luva de alumínio de ½” a 3” e de ferro até 6”
Buchas
São peças cujas finalidades se destinam a arremates ou melhorar o acabamento
das extremidades dos eletrodutos rígidos, impedindo que ao serem puxados os
condutores, a isolação seja danificada por eventuais rebarbas na ponta do
eletroduto (figura 23).
Figura 19
24
Figura 23 – a) Buchas de alumínio de 3/8” a 4”. b) Bucha terminal com e sem aterramento para proteção de fios e cabos, para eletrodutos sem rosca.
Arruelas Também chamadas de contrabuchas ou porcas, possuem rosca interna e são
colocadas externamente as caixas, servido para contra-aperto com a bucha para
fixação do eletroduto com a parede da mesma (figura 24).
Curvas
São acessórios necessários para se efetuar mudanças de direção numa rede de
eletrodutos. Podem ser encontradas no comercio com ângulos de 90º, 135º e 180º,
com rosca ou ponta bolsa.
Figura 25
Figura 24- Arruelas de alumínio e de 3/8” e 4”
Figura 25
Curva de PVC rígido 90º com ponta e bolsa.
25
Braçadeiras São acessórios destinados a fixação de eletrodutos rígidos ou flexíveis a paredes,
tetos ou outros elementos estruturais (figura 27).
Conectores ou adaptadores
São acessórios utilizados para a adaptação de eletrodutos rígidos sem rosca, e
eletrodutos flexíveis ás caixas ou quadros. São construídos em duralumínio ou
alumínio silício ou latão, os quais são fixados à caixa por meio de buchas e
arruelas.
Figura 26 Curva de PVC rígido 135º com rosca, para entrada de energia elétrica.
Figura 27 A) De PVC para conduletes, B) tipo unha, C) dupla tipo “U”com 2 furos, D)para perfilado
de PVC, E) tipo caneca, F) Tipo “D” com parafusos,G)tipo “D” com travas
Figura 28 A,B,C,D e E) Conectores de emendas com rosca e/ou parafusos empregados para entrada e saída
de painéis, caixas de passagem, adaptáveis nos eletrodutos tradicionais e são utilizados em eletrodutos rígidos e flexíveis. C) Conector de emenda com rosca e parafuso, F) Conector de
redução usado nas saídas dos “Dailets” ou dos eletrodutos.
26
Figura 29
Exemplo de utilização de dos acessórios: buchas, arruelas e conectores
4. CAIXAS DERIVAÇÃO OU DE PASSAGEM As caixas e Derivação ou de passagem são tão importantes quanto necessárias na
execução de instalações elétricas, portanto são indispensáveis e podem ter
diversas aplicações. Conforme as finalidades a que se destinam podem elas:
Facilitar a enfiação dos condutores, devido a grandes distancias
Pontos de entrada e saída de condutores, exceto na passagem de
condutores de linha aberta para eletroduto, cuja extremidade deve ser
protegida com bucha
Pontos de emendas e derivação de condutores
Pontos de luz no teto ou paredes(arandelas)
Interruptores, tomadas e pulsadores(botão de campainha) em paredes
Pontos de telefones em paredes
Tomadas e ponto de telefones no piso
Interfone ou porteiro telefônico
Sonorização
Sistema de alarme
Ponto de antena de tv e tv à cabo
Ponto para rede de computadores
27
As caixas devem ser colocadas em locais de fácil acesso e providas de suas
respectivas tampas. Quanto á forma de colocação ou instalação podem ser:
De embutir
Aparentes ou de sobrepor
Caixas de embutir As caixas de embutir usadas em instalações elétricas podem ser de PVC ou de
chapa de aço nº 16 ou 18. Quanto as de chapa de aço, usar preferencialmente as
estampadas (fig. 30), que podem ser zincadas à fogo, esmaltadas ou galvanizadas.
As caixas usadas para instalação no piso devem ser de alumínio injetado ou
estampado com tampas de latão removível e regulável e podem ser simples,
duplas ou triplas. As caixas usadas como ponto de iluminação, quando colocadas
em laje, devem se octogonais em fundo móvel.
Figura 30
Todos os tipos de caixas devem ter orelha ou abas com furos para fixação de
interruptores, pulsadores, tomadas, luminárias, lustres, arandelas, espelhos cegos,
tampas, etc., conforme a necessidade. As caixas octogonais devem conter pelo
menos quatro orelhas( ou quatro abas), sendo duas dobradas para o lado de fora,
que servem para fixação de luminárias, lustres, etc. No caso de fixação de
aparelhos excessivamente pesados, como por exemplo luminárias fluorescentes,
lustres, etc., usar outras formas de fixação alem das orelhas das caixas, como por
exemplo, parafuso e bucha de nylon.
4.1 Espelhos, Placas ou Tampas Após concluídos os trabalhos de acabamentos da obra, por motivos estéticos e
principalmente por questões de segurança dos usuários, colocam-se sobre as
caixas os espelhos, placas ou tampas, que podem ser de PVC, baquelite, alumínio
28
ou bronze, permitindo a atuação sobre interruptores, tomadas, pulsadores, etc.,
conforme disposição e tipos mostrados nas figuras 31 e 32.
Figura 31
29
Figura 32
Tampas intercambiáveis para conduletes.
30
Tabela 3 – Tipos de caixa, Dimensões, Finalidade e Número e Condutores
4.2 Caixas aparentes As caixas para instalação aparente, também denominadas conduletes, são largamente usadas em instalações industriais, comerciais, depósitos, oficinas, etc. Essas caixas podem ser de alumínio injetado ou de PVC. A figura 33 mostra as características técnicas desse tipo de caixa.
Figura 33
1. Corpo de liga de alumínio de alta resistência à corrosão 2. Tampa estampada de alumínio 3. Parafusos imperdíveis, de aço cadmiado ( ou de aço inoxidável) 4. Interior amplo, sem irregularidades 5. Entradas rosqueadas calibradas, assegurando ótima ligação mecânica, para
continuação do circuito terra 6. Encosto arredondado para proteção do isolamento dos fios 7. Junta de borracha ou especial 8. Face usinada, para assento perfeito da tampa e junta 9. Parede reforçada, para ampla resistência mecânica 10. Pescoço rosqueado mais longo 11. Identificação da bitola estampada no corpo
Tampas intercambiáveis, ampla variedade, para tomadas, interruptores, etc.
Tamanhos acima de 2” com fixação da tampa por meio de 4 parafusos
Roscas padrão do tipo whitworth (rosca comum tipo gás)
Revestimento plástico para ambientes excepcionais
Existe uma variedade de modelos, permitindo diversas possibilidades de instalação
e, nesse caso, é sempre conveniente consultar o catálogo do fabricante, que
poderá apresentar sugestões quanto a outras opções na execução da instalação. A
31
seguir, são mostrados alguns tipos de caixas que podem ser encontrados nas lojas
do ramo.
Figura 34
Caixas tipo casteletes
32
5. ETAPAS DE EXECUÇÃO DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E COMUNICAÇÃO (PREDIAL)
5.1 MATERIAIS
Figura 35
Após o recebimento dos materiais(fig. 35) que irão compor estas instalações e da
sua conferência cuidadosa, deve-se fazer a marcação das caixas sobre a fôrma
com o auxílio de gabaritos e verificação das prumadas para depois se fazer o
enchimento das caixas e posteriormente a colocação de guias (arame 16 ou fita de
aço).
33
5.2 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA Para execução da rede de eletrodutos, o traçado deve obedecer a um projeto
elaborado por um profissional. Deve-se prever criteriosamente que os cndutores e
equipamentos não devem se limitar ao sistema de luz e força. Considerar também
que os condutores e equipamentos devem ser previstos, no mínimo para os
seguintes sistemas:
Eletrico para fornecimento de luz e força;
De comunicação interna por interfones, porteiros eletronicos, etc.;
De comunicação externa (telefones)
De alarmes, para segurança das pessoas e patrimonio;
De sonorização de ambientes
De rececpção de sinais radio, TV ou TV a cabo; e
De lógica, para rede de computadores
É , ainda, imprescindível que se obedeça a ao que determina a ABNT – NBR
5410/97, as especificações do fabricante e às necessidades do cliente.
5.3 MÉTODO DE EXECUÇÃO 5.3.1 Lajes
Com os documento de referencia e os materiais no local da execução o profissional
deverá seguir os seguintes passos:
Quando se tratar de casa de alvenaria, com laje mista ou pré-moldada, a marcação
dos pontos de luz deve ser feita na parte superior, ou seja, diretamente no
assoalho, se for laje mista ou de concreto armado, ou removendo-se um dos tijolos
se for laje pré-moldada.
Figura 36
34
Após a colocação da ferragem na laje pelos armadores, ou a colocação das vigas e
tijolos na laje pré-moldadas, a primeira coisa a ser feita é marcar com precisão a
posição das caixas, em seguida fixar as caixas octogonais fundo móvel, pregando-
as pelas orelhas externas no assoalho ou forma( taipal) com a boca voltada para
baixo, retirar o fundo para poder, posteriormente, fixar as pontas dos eletrodutos
nos orifícios.
Figura 37 – Marcação e montagem dos eletrodutos.
Figura 38 – Embutimento das Instalações elétricas na laje.
35
O executante do serviço deve curvar ou colocar curvas prontas, deixando uma
ponta do eletroduto, já roscado e preferencialmente com luva, pelo menos 0,50 m
para baixo da laje, conforme figura abaixo.
Figura 39 Detalhe mostrando caixa octogonal fundo móvel fixada no assoalho(taipal) e eletrodutos de descida e
subida
Figura 40 Corte conforme anterior
Logo após, emendar se necessário for, eletrodutos fixando-os no orifícios das
caixas octogonais, apertando bem as buchas e arruelas(contrabuchas ou porcas).
Amarrar os eletrodutos nas ferragens ou nas vigas se a laje for do tipo premoldada.
Notas:1) para atarrachar as curvas prontas nos eletrodutos ou para emendá-los,
proceda conforme fig. 41.
2) A junção das duas pontas deve ficar perfeitamente unida, sem rebarbas,
para facilitar a passagem dos condutores sem danificá-los, conforme fig. 36. Caso
o eletroduto seja de PVC, a união das pontas deve ser feita com cuidado para não
danificá-lo a hora do aperto final.
Figura 41 Figura 42
36
OBS: 1)Esses procedimentos devem ser realizados para cada um ponto de luz na
laje, de todas as dependências
2) Após a instalação dos eletrodutos descida, ou subida, faça uma conferencia
detalhada com o projeto elétrico, para evitar esquecimentos, pois após a
concretagem da laje, nada mais poderá ser feito, a não ser encontrar outras
soluções para remediar o problema.
Após os procedimentos acima, o executante do serviço deverá encher as caixas
octogonais com serragem, papel ou saco de cimento molhados, comprimindo-os
bem e recolocar o fundo nas caixas, conforme figura 43.
Figura 43
ATENÇÃO: As pontas dos eletrodutos na descida, ou subida, que serão
emendados posteriormente, devem ser fechadas com uma rolha, ou com outros
meios adequados e as roscas protegidas com fita isolante ou por uma luva de
emenda.
Após a laje ter sido concretada deve-se fazer novamente a locação das saídas dos
eletrodutos, executar a alvenaria, em seguida fazendo rasgos nesta para a
colocação das caixas e outros componentes. Deve-se sempre ter cuidado com a
espessuras dos revestimentos, conforme diagrama a seguir:
Figura 44 – Relocação das saídas dos eletrodutos
37
5.3.2 Processo de execução de eletrodutos na parede
Completar a rede e eletrodutos, colocando-os nos rasgos efetuados nas paredes,
prendendo-os com pregos ou cunhas de madeira (fig.45) e as respectivas caixas
por meio de buchas e arruelas(contrabuchas ou porcas), conforme figura 46.
Figura 45 Figura 46 Figura 47 Nota: Caso sejam utilizados pregos, deverão ser fixados diretamente nos tijolos, enquanto a cunha de madeira é fixada nos furos dos tijolos.
Logo após, encher todas as caixas, inclusive as do piso se houver, com papel,
papel molhado, comprimindo-o bem para evitar a entrada de argamassa nas
tubulações e nas caixas (fig.47).
Em seguida, fixar as caixas e cobrir os eletrodutos com argamassa.
Figura 43 Figura 44 Figura 45
Notas:1) A argamassa deve ficar em nível com a parede de tijolos( sem reboco), conforme fig.44. 2)As caixas devem ficar, aproximadamente, 10 mm para fora do nível da parede de tijolos fig.45. E após o reboco, a caixa poderá ficar no Maximo a 6mm da superfície acabada. 3) O eletricista deve encher os rasgos e observar que todas as caixas (paredes e lajes) estejam cheias de papel, para que o pedreiro possa rebocar a parede sem perigo da massa penetrar nas caixas e tubulações.
38
ATENÇÃO: Quando as caixas são fixadas, cuidar para, cuidar para que não fiquem desalinhadas pois isso poderá causar sério transtorno na fixação de interruptores , tomadas, etc.
Marcar os pontos de descida na parede
-Posição dos Interruptores : os interruptores devem ser instalados próximo das
portas conforme ou conforme consta em projeto.
Figura 46
Processo de Execução
- Marcar a posição com relação ao centro da caixa;
-Riscar o local para colocar a caixa
- Deixar um espaço livre de aproximadamente 1,0 cm em volta da caixa, após a
sua colocação;
-Marcar os pontos para riscar a posição de descida do eletroduto;
-Traçar uma linha com auxílio de uma régua de maneira que coincida com as
efetuadas no item anterior;
39
Figura 47 Figura 48 Figura 49
Figura 50 – Abertura dos rasgos na alvenaria e passagem dos eletrodutos.
Observações: 1. Ao adquirir uma caixa de passagem de embutir, verifique as dimensões, as furações nas orelhas e de preferência que seja de chapa injetada ( não contenha pontos de solda), as octogonais, se possuem orelhas para fixação na forma antes da concretagem. 2. Todas as caixas de passagem no teto deverão ser de octogonais de fundo móvel. 3. Todas as caixa de passagem instaladas em locais não sujeitos á umidade, poderão ser de ferro, com pintura anticorrosiva ,galvanizada ou zincada, de dimensão adequadas ás necessidades. 4. Todos as caixas de passagem instaladas em locais sujeito á umidade, tais como pisos e semelhantes, deverão ser á prova de umidade (PVC, alumínio, etc.), de dimensões adequadas ás necessidades. 5. As caixas de passagem instaladas ao logo de instalações subterrâneas poderão ser de alvenaria, com tampa de concreto e se necessário,sobre tampa lacrável, sendo estas de dimensões adequadas ás necessidades. 6. Por motivo de estética, em instalações internas deve-se evitar o uso de caixa de passagem, sem que nesta seja alojado um equipamento. 7. Todas as caixa de passagem situadas em locais de fácil acesso deverão ter meios que impeçam, que pessoas inabilitadas tenham acesso ás mesmas. 8. Deverão ser usados no máximo seis lados da caixa de passagem octogonal (120x102x51mm-4”x4”x2” ou 102x192x102-4”x4”x4”). 9. Nas arandelas de banheira, utilizar caixa de passagem sextavada 7,5x7,5x5 cm(3”x3”x2”). Do ponto de luz no forro ou laje.
40
Figura 51 – Abertura dos rasgos na alvenaria e passagem dos eletrodutos
Figura 52 – Ordem de execução das ligações e do acabamento.
-Deve-se sempre observar com muito cuidado o posicionamento do eletroduto com
relação à alvenaria.Quando estes mudarem de direção, deve haver um reforço
nestes pontos.
-Também não podemos esquecer de verificar se as caixas de passagem estão bem
fixas.
-Não devemos deixar arestas cortantes.
-Devemos evitar curvas de raios muito pequenos e o cruzamento de eletrodutos.
-Não devemos danificar serviços de impermeabilização e pintura.
41
Figura 53
5.3.3 Posição do ponto de luz no forro ou laje (luminotécnico)
Em forros de madeira PVC
A Marcação da posição dos pontos de luz no forro, seja de madeira ou de PVC, é
feita indiretamente, ou seja, traçam-se as posições no chão,transferindo-as para o
forro com o auxilio de um prumo.
Processo de execução: (Para grandes Ambientes)
1.Medir o comprimento e a largura do ambiente, marcando, no rodapé, as
subdivisões desejadas, conforme figura 54 a.
a b c d
Figura 54
2.Revestir com pó de gesso ou giz um cordel ou barbante e esticá-lo entre dois
pontos correspondentes(marcados no item1), prendendo-o com dois fixadores ou
por duas pessoas, conforme figura 54 b.
42
NOTA: Deixar um espaço livre de aproximadamente 1,0cm em volta da caixa,
após a sua colocação
3. Tracionar o cordel pela parte central e soltá-lo, fazendo com que ao bater no
chão deixe uma linha visível.
4. Repetir a operação para todos os pontos marcados no item 1, conforme figura 54
c.
5.Reforçar com giz o ponto e interseção das linhas, conforme figura 54 d.
6. transportar para o forro os pontos marcados com giz com auxílio de um fio de
prumo, conforme figura
Figura 55
Em ambientes pequenos
Em ambientes pequenos o numero de pontos de luz limita-se em torno de um ou
dois. O procedimento para a marcação dos pontos é igual ao visto acima, e
procede-se conforme as figuras 56a e 56b. A transferência do ponto marcado no
chão para o forro se faz, também, com o auxilio do prumo.
Figura 56a Figura 56b
Após concluída toda a etapa da instalação da instalação da rede de eletrodutos
(embutida ou aparente, ou ainda em moldura(perfis) de PVC), já é possível iniciar a
próxima etapa que se refere à enfiação dos condutores.
43
5.3.4 Enfiação de condutores
Nas instalações embutidas, a enfiação dos condutores faz-se somente após a
conclusão do revestimento das paredes, isto é, quando não há mais trabalhos com
argamassa, cal fino, azulejos, etc. A pintura de paredes ou outros tipos de
revestimentos devem ser feitos somente após enfiação dos condutores. Por fim, é
importante fazer uma boa limpeza interna das caixas com escova e pano, e ar
comprimido se houver disponível na obra.
O trabalho de enfiação de condutores deve ser feito em cada trecho entre duas
caixas, geralmente por duas pessoas, acompanhando as seguintes operações:
1) Efetuar uma boa limpeza das caixas e eletrodutos (fig. 57)
Figura 57a Figura 57b
Nota: Amarre uma mecha de pano ou estopa no arame ou cabo de aço guia e puxe
até que saia do outro lado, deixando oeletroduto perfeitamente seco e limpo
(fig.57b).
2) Enfiar o guia 9arame galvanizado nº 14 ou 16, cabo de aço, fita de aço ou guia
de nylon0 no trecho entre duas caixas(fig.58)
Figura 58
3)Separar os condutores em função do numero, seção e cor, conforme previsto
no projeto e no comprimento adequado(fig. 59)
4) Remova aproximadamente 4 cm de uma das extremidades dos condutores,
engatando-os no guia para que possam ser puxados (fig.60)
44
Figura 59
Nota: Antes do puxamento, cubra com uma camada de fita isolante a união dos condutores e o guia (fig.61).
Figura 60 Figura 61
5) Puxar o guia suavemente (fig.62) á medida que o ajudante (fig.63) for guiando os condutores, até que estes apareçam na outra extremidade do eletroduto.
Figura 60 Figura 61
45
Notas: 1) Para facilitar a passagem dos condutores, podem ser usados lubrificantes
neutros, como por exemplo o talco, parafina, vaselina. Não use graxas, óleo de
motor, sabão ou detergentes. 2)Tomar os devidos cuidados para que no ato do
puxamento, a isolação dos condutores não seja danificada.3)Deixar pelo menos 15
cm de sobra de condutores em ambas as extremidades das caixas(teto e parede),
para facilitar as ligações no equipamentos e emendas.
PRECAUÇÃO : USE LUVAS PARA NÃO FERIR AS MÃOS!
6) Repetir as operações descritas até haver colocado no interior dos eletrodutos
todos os condutores conforme previsto em projeto.
7)Fazer as emendas e derivações dos condutores em todas as caixas, observando
a identificação dos circuitos, tendo os devidos cuidados de soltá-las antes de
proceder a isolação com fita isolante (figs. 62 e 63)
Figura 62 Figura 63
5.3.5 Instalação e Fixação de Interruptores, Tomadas e Aparelhos de Iluminação
Após a execução da instalação dos eletrodutos, fixadas as caixas de derivação e
enfiados os condutores, conforme previsto no projeto elétrico, já é possível a
instalação e fixação dos interruptores, tomadas e aparelhos de iluminação.
A instalação e fixação desses dispositivos, assim como outros itens da
instalação(interruptor automático de presença, minuteria, etc.) deverão ser
executadas somente após o acabamento final das paredes, ou seja, após o cal
fino, colocação de azulejos ou outros tipos de revestimentos. As placas ou
espelhos, bem como aparelhos de iluminação, no teto ou parede (arandelas),
46
deverão ser fixados somente após a pintura onde, evidentemente, for feito esse
tipo de acabamento.
INTERRUPTOR SIMPLES (1,2 e 3 teclas)
Figura 64 Figura 65
Figura 66
47
Figura 67 Figura 68
INTERRUPTORES PARALELOS
Figura 69 Figura 70
Figura 71 Figura 72
48
INTERRUPTOR INTERMEDIÁRIO
Figura 73 Figura 74 OBS: O interruptor intermediário deverá ser instalado entre dois interuptores paralelos.
Figura 75 Figura 76
Tomadas
Figura77 Figura 78
49
CIGARRA/CAMPAINHA
Figura79 Figura 80 Figura 81
NOTA: Em alguns tipos de tomadas e receptáculos, é necessário fazer olhal
nas extremidades dos condutores, para sua ligação.
Após a ligação e fixação dos dispositivos de comando de iluminação, tomadas, etc., e a colocação das placas ou espelhos, conforme o tipo ou modelo ao gosto do cliente, a instalação ficará com o aspecto mostrado nas figuras abaixo.
Figura 82 – Interruptor simples ou paralelo com uma tecla
Figura 83 – Interruptor intermediário
50
Figura 84 – Tomada simples e dupla
Figura 85 – Aparelho de iluminação em globo
6. MANOBRA E PROTEÇÃO DOS CIRCUITOS
6.1TERMINOLOGIAS Sobrecorrentes : São correntes elétricas cujos valores excedem o valor da corrente
nominal. Elas são originadas por:
Solicitação do circuito acima das características do projeto (sobrecargas);e
Falta elétrica (curto-circuito).
Correntes de sobrecarga: As correntes de sobrecarga são caracterizadas pelos
seguintes fatores:
Provocam, no circuito, correntes superiores a corrente nominal;
Solicitações dos equipamentos acima de suas capacidades nominais;
Cargas de potência nominal acima dos valores previstos no projeto;
As sobrecargas são extremamente prejudiciais ao sistema elétrico, que provocam a
elevação da corrente do circuito a valores que podem chegar até, no Maximo dez
vezes a corrente nominal, produzindo, com isso, efeitos térmicos altamente
danosos aos circuitos.
51
Corrente de curto-circuito: As correntes de curto-circuito são provenientes de falhas
ou defeitos graves da instalação, tais como:
Falha ou rompimento da isolação entre fase e terra;
Falha ou rompimento da isolação entre fase e neutro;
Falha ou rompimento da isolação entre fases distintas.
E, como conseqüência, produzem correntes extremamente elevadas, na ordem de
1000% a 10000% do valor da corrente nominal do circuito.
6.2 PROTEÇÕES CONTRA SOBRECORRENTES
6.2.1 Disjuntores termomagnéticos
Os disjuntores são dispositivos que garantem, simultaneamente, a manobra e a
proteção contra correntes de sobrecarga e contra correntes de curto-circuito. Numa
instalação elétrica, residencial, comercial ou industrial, o importante é garantir as
condições ideais de funcionamento do sistema sob quaisquer condições de
operação, protegendo os equipamentos e a rede elétrica de acidentes provocados
por alteração de corrente.
Figura 86
Em resumo os disjuntores cumprem três funções básicas:
Abrir e fechar os circuitos (manobra);
Proteger a fiação, ou mesmo os aparelhos, contra sobrecarga, através do
seu dispositivo térmico.
Proteger a fiação contra curto-circuito, através do seu dispositivo magnético;
52
Vantagem
Permite o religamento sem necessidade de substituição de componentes.
Característica do Disjuntor
Caso o defeito na rede persistir no momento do religamento, o disjuntor desligará
novamente, não devendo ser manobrado até que se elimine o problema no circuito.
6.2. 2 FUSÍVEIS
Dentre todos os dispositivos de proteção conhecidos, o fusível é o mais simples
construtivamente, mas apesar disso, é importante observar que os fusíveis são
elementos mais fracos (de seção reduzida), que são propositadamente intercalados
no circuito, para interrompê- lo sob condições anormais.
CARACTERÍSTICAS ELÉTRICAS Das grandezas elétricas, são as seguintes as mais importantes no dimensionamento:
A corrente nominal deve ser aquela corrente que o fusível suporta
continuamente;
A corrente de curto-circuito, que é a corrente máxima que pode circular no
circuito sem provocar danos à instalação, e que deve ser desligada
instantaneamente;
A tensão nominal, cujo valor dimensiona a isolação do fusível;
A resistência de contato, que depende do material e da pressão exercida. A
resistência de contato entre a base e o fusível é a responsável por eventuais
aquecimentos, devido à resistência oferecida na passagem da corrente;
A instalação dos fusíveis deve processar- se sem perigo para o operador;
A montagem deve ser feita em bases que evitem a substituição de um
fusível por outro de grandeza inadequada.
OBS: Não se permite o uso de fusíveis consertados ou remendados, em virtude de
não haver outro fusível de valor adequado para a substituição. Se o fusível estiver
se queimando, procure a causa.
53
TIPO DE FUSÍVEIS
1. Segundo a tensão de alimentação: Baixa Tensão ou Alta Tensão.
2. Segundo a característica de desligamento: efeito rápido ou efeito retardado.
FUSÍVEIS DE BAIXA TENSÃO 6.2.3 DIAZED São usados preferencialmente na proteção dos condutores de redes de energia
elétrica e circuitos de comando. Podem ser do tipo rápido ou retardado.
ACESSÓRIOS PARA FUSÍVEIS DIAZED Tampa: É a peça na qual o fusível é encaixado, permitindo colocar e retirá- lo da
base, mesmo com a instalação sob tensão.
Anel de proteção: Protege a rosca metálica da base aberta, isolando –a contra a
chapa do painel e evita choques acidentais na troca dos fusíveis.
Fusível: É a peça principal do conjunto, constituído de um corpo cerâmico, dentro
do qual está montado o elo fusível, e é preenchido com areia especial, de quartzo,
que extingue o arco voltaico em caso de fusão. Para facilitar a identificação do
fusível, existe um indicador que tem cores correspondentes com as correntes
nominais dos fusíveis. Esse indicador se desprende em caso de queima, sendo
visível através da tampa.
Parafuso de ajuste: Construído em diversos tamanhos, de acordo com a corrente
dos fusíveis. Colocados nas bases, não permitem a montagem de fusíveis de
corrente maior do que previsto. A colocação dos parafusos de ajustes é feita com a
chave 5sh3-700-B
Base: É a peça que reúne todos os componentes dos conjuntos. Pode ser
fornecida em duas execuções: normal, para fixar por parafusos, e com dispositivo
de fixação rápida, sobre trilho de 35 mm.
54
6.2.4 FUSÍVEIS NH
Os fusíveis limitadores de corrente NH reúnem as características de fusível
retardado para correntes de sobrecarga, e de fusível rápido para correntes de curto
– circuito.
Os fusíveis NH, também são próprios para proteger os circuitos, que em serviço,
estão sujeitos às sobrecargas de curta duração, como por exemplo acontece na
partida direta de motores trifásicos com rotor em gaiola.
Os fusíveis NH, têm os contatos (facas) prateados, o que proporciona perdas muito
reduzidas no ponto de ligação e o corpo de esteatita, para garantir a segurança
total.
CONTATOS SUPERIOR E INFERIOR Da correta pressão destes contatos sobre elementos fusível dependem duas das mais importantes características elétricas de fusível tipo D : queda de tensão
dentro dos níveis estabelecidos pelas normas e conseqüente baixa perda de dissipação de energia. Executados em latão os contatos dos fusíveis D LORENZETTI são protegidos contra oxidação por uma camada de níquel
depositada galvanicamente, adaptando-se perfeitamente ao corpo cerâmico. ELEMENTO FUSÍVEL O elemento fusível tipo D é produzido em tira de cobre eletrolítico, galvanicamente
protegida por uma camada de prata resistente ao envelhecimento e a oxidação, mesmo em altas temperaturas de oxidação. Para que durante o processo de interrupção o arco estabeleça- se numa região apropriada, uma série de orifícios
são estampados na tira. Eles são responsáveis pelo aumento localizado da resistência, e logo, da temperatura numa dada região, onde, em conseqüência surgirá o primeiro de uma série de arcos que se estabelecerão entre os furos.
Com esta divisão do arco em vários arcos menores, conseguem –se melhores condições para sua extinção e para interrupção mais rápida da corrente. MATERIAL CERÂMICO
Eis um dos responsáveis pela alta capacidade de interrupção nos fusíveis D .Nele, robustez e alta resistência a esforços radiais devem combinar –se com perfeição de acabamento e grande precisão, qualidades intrínsecas do maior fornecedor de
corpos cerâmicos para fusíveis D. AREIA DE ESTINÇÃO Do formato dos Grãos de areia depende a velocidade de escoamento e a
permeabilidade á passagem de gases .Agranulometria apropriada é a principal característica da areia utilizada pela Lorenzetti no seu fusível tipo D o que garante uma boa transferência de calor e baixo tempo de extinção do arco nos fusíveis .
INDICADOR DE FUSÃO E CORRENTE NOMINAL Permite que o operador, sem tirar a tampa do fusível, saiba qual sua corrente nominal e seu estado, em funcionamento ou interrompida. A corrente nominal é
indicada por um código de cores que nos fusíveis D são firmes e resistentes a altas temperaturas. O funcionamento ou não, é indicado pela posição do indicador, alojado junto ao contato superior ou solto dentro da tampa, que possui visor para
este fim.
Figura 87 – componente de fusível do tipo “D”
55
Figura 88 – Fusível tipo NH ACESSÓRIOS PARA FUSÍVEIS NH
Categoria de utilização: gG (para aplicação geral e com capacidade de
interrupção em toda zona tempo – corrente).
Tensão nominal: 500 VCA/ 250 VCC
Capacidade de interrupção nominal: 120 ka até 500 VCA;
Base: Possui contatos especiais prateados, que garantem contato perfeito e alta
durabilidade. Uma vez retirado o fusível a base constitui uma separação visível das
fases, tornando –se dispensável, em muitos casos, a utilização de um seccionador
adicional.
Punho: Destina –se à colocação ou retirada dos fusíveis NH de suas respectivas
bases mesmo sob tensão.
Figura : 89 – Base para fusível NH Figura 90- Punho
NH: N – Baixa Tensão H – Alta capacidade de interrupção.
56
Figura 92- Fusível tipo rolha Figura 93- vista em corte Figura 94- base para fusível tipo rolha
OBS: Deve- se evitar o uso dos fusíveis tipo cartucho e rolha, pois devido a pouca
ou nenhuma segurança proporcionada por eles, estes fusíveis deveriam ser
fabricados somente em caso de substituição ou reposição e, suas bases há anos,
deveriam fazer parte, deveriam fazer parte de museus de eletricidade.
Característica de desligamento
Efeito rápido - Destina –se a circuitos onde não ocorre variação considerável de
corrente entre a fase de partida e a de regime normal de funcionamento.
EX: cargas resistivas, cargas que funcionam com semicondutores, etc.
Efeito retardado: Destina-se a circuitos onde a corrente de partida é várias vezes
superior à corrente nominal. O retardamento é obtido por um acréscimo de massa
na parte central do elo, onde este apresenta menor seção condutora, e onde
conseqüentemente, se dará a fusão. Este acréscimo de massa absorve durante um
certo tempo parte do calor que se desenvolve na seção reduzida do elo, retardando
Figura 91 : tipos de fusíveis cartucho a) tipo vitrola b) tipo faca ou de lâmina
57
a elevação de temperatura, cujo valor limite superior é a temperatura de fusão no
elo.
Ex: motores, etc.
6.2.5 PRECAUÇÕES A SEREM TOMADAS NAS SUBSTITUIÇÕES DE FUSÍVEIS
Nunca utilizar um fusível de capacidade de corrente superior ao projetado
para a instalação, nem por curto período de tempo.
Na falta do fusível, no momento da troca, jamais faça qualquer tipo de
“remendo”, supondo que a instalação estará protegida;
No lugar do fusível que “queimou”, podemos colocar um fusível de
capacidade de corrente menor, até que seja providenciado o correto;
Se o rompimento do fusível se deu por sobrecarga, fazer um levantamento
de carga do circuito para redimensioná-lo;
Se foi por curto- circuito, a causa do rompimento do fusível, proceder ao
reparo na instalação antes da substituição do fusível;
Na eventualidade de ainda se utilizarem porta- fusíveis do tipo rolha, não
colocar moeda para substituir o fusível rompido. O procedimento correto
para esse caso será a substituição por disjuntor;
Na substituição de fusíveis tipo cartucho (virola ou de lâmina ou faca),
desligar a chave geral e lixar os contatos antes da troca.
6.2.6 DISJUNTORES E INTERRUPTORES DIFERENCIAIS RESIDUAIS (DR)
Os disjuntores diferenciais exercem múltiplas funções, pois, além de realizarem
proteção dos condutores contra sobrecorrentes, garantem a proteção das pessoas
contra choques elétricos e a proteção dos locais contra incêndios, nas condições
descritas pelas pela norma brasileira de instalações Elétricas, a NBR 5410/97.
Além disso, esses disjuntores são ideais para controlar o isolamento na instalação,
impedindo o desperdício de energia por fuga excessiva de corrente e assegurando
a qualidade da instalação ( Pial –Legramd/ Bticino)
58
Os estudos iniciais sobre proteção por interrupção de corrente de fuga começaram
na década de 1920. Após muitos testes, foi admitida em 1958, como medida de
proteção contra tensões de contato muito altas, conforme determina a norma VDE
010 – Normas de equipamentos de tensão até 1000V. Já nesse período se
reconheceu o alto valor de proteção de interrupção da corrente de fuga, que
aumentou consideravelmente com a introdução de interruptores de proteção ou
disjuntores diferenciais com uma corrente nominal de fuga de 30mA a 500mA. Com
isso, não se consegue somente alta proteção em contato indireto, mas também alta
proteção de vidas humanas em contato direto com partes que conduzem corrente
elétrica.
Em caso de defeito na isolação, as correntes de fuga passam à fonte de tensão
(figuras 95, 96). Os disjuntores ou interruptores diferenciais percebem ou captam a
corrente de fuga e se desligam, quando ultrapassam a corrente nominal de fuga.
Porém, em caso de defeito nas isolações, não somente pode aparecer uma tensão
de contato excessivamente elevada, como pode ser provocada por um incêndio
através de um arco voltaico, originado pela corrente do circuito à terra.
A interrupção da corrente de fuga baseia- se em princípio de “vigiar” os circuitos
contra essas correntes indesejáveis e altamente prejudiciais às instalações
elétricas, ao patrimônio e principalmente aos usuários. (Revista Siemens VII –
3/87).
Figura 95 – Nos sistemas TN e TT, a conexão à terra na cabina favorece recirculação da corrente através do corpo humano, o que torna indispensável a proteção ativa.
59
Figura 96- exemplo de contatos diretos com partes ativas da instalação.
Contato Direto : É contato acidental , seja por falha de isolamento, por ruptura ou
remoção indevida de partes isolantes, ou então por atitude imprudente de uma
pessoa com uma parte elétrica normalmente energizada(parte ativa).
Contato Indireto: É o contato entre uma pessoa e uma parte metálica de uma
instalação ou componente, normalmente sem tensão, mais que pode ficar
energizada por falha de isolamento ou por uma falha interna.
Os interruptores ou disjuntores diferenciais-residuais devem ser utilizados para
proteção:
a- Das partes metálicas conectadas à terra que se tornem vivas;
b- De pessoas ou animais domésticos contra contatos acidentais com partes
vivas da instalação elétrica;
c- Contra perigos de incêndio devido a faltas à terra;
d- Contra a presença de faltas à terra provocadas por aparelho
eletrodomésticos ou instalações elétricas em má condições de conservação;
e- Em locais de grande concentração de umidade, como por exemplo
banheiros, área de serviço, cozinhas e piscinas, o perigo de eletrocussão é
gravíssimo; de fato, a imersão na água reduz a resistência que usualmente
limita a corrente que atravessa o corpo humano. Portanto, todo o cuidado
deve ser tomado com a proteção nesses ambientes. Todas as tomadas de
corrente devem ser instaladas distantes d’água, e devem ser protegidas com
um disjuntor ou interruptor diferencial de alta sensibilidade.
60
ATENÇÃO: Torneiras elétricas e chuveiros com carcaça metálica e
resistência nua apresentam geralmente fugas de corrente muito elevadas,
que não permitem que o DR fique ligado. Isto significa que esses
equipamentos representam um risco a sua segurança e devem ser
substituídos por outros com carcaça plástica ou com resistência blindada.
6.3 PROTEÇÕES CONTRA SOBRETENSÕES
A NBR 5419/93 estabelece as seguintes definições para as partes que compõem
um sistema de proteção contra descargas atmosféricas.
Pára-raios: conjunto de captores, descidas, conexões e eletrodos de terra.
Condutor metálico; Segmento de fio, cabo ou fita capazde transmitir corrente
elétrica.
Captor: Ponta ou condutor metálico que, por usa situação elevada, facilita as
descargas elétricas atmosféricas.
Descida: Condutor metálico que estabelece ligação entre o captor e o eletrodo de
terra.
Conexão: ligação mecânico-eletrica, constituída de peças amolgáveis por pressão.
Conexão de medição:Conexão desmontável destinada a permitir a medição da
resistência ôhmica de terra.
Haste: suporte do captor de ponta
Mastro: suporte do captor do tipo condutor metálico.
Canalização de terra: Parte de descida entre a conexão e o eletrodo de terra.
Eletrodo de terra; material que estabelece o contato elétrico entre a instalação do
pára-raios e a terra.
Conjunto de eletrodos de terra:Dois ou mais eletrodos de terra interligados
permanentemente, formando uma unidade.
Resistencia de terra: Resistencia ôhmica existente entre o eletrodo de terra e a
própria terra.
Massa metálica: Conjunto metálico continuo, no interior ou exterior da edificação,
tal como instalações de água, de ar condicionado, de aquecimeto central, rede de
eletrodutos, guindaste, elevadores, transmissões, de relógios de torres e outros
semelhantes.
Interação: Ação conjunta e recíproca de dois captores.
61
7. SISTEMAS DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFERICAS
7.1 GENERALIDADES Uma edificação é considerada segura contra descargas atmosféricas, a partir do
momento em que todo o procedimento de instalação de proteção for projetado e
constituído de tal maneira que os componentes da estrutura, as pessoas, os
equipamentos e as instalações, que estejam permanentemente ou
temporariamente em seu interior, fiquem efetivamente protegidos contra os raios e
seus efeitos pelo maior espaço de tempo possível.
Na realidade, é praticamente impossível conseguir proporcionar uma eficiência de
100% na proteção contra descargas atmosféricas, tendo em vista que é um
fenômeno não conhecido perfeitamente e que continua sendo uma fonte riquíssima
de constantes pesquisas, no Brasil e no mundo.
O que é possível fazer é seguir, no mínimo, as prescrições estabelecidas pela
norma. Porem, como se trata de um fenômeno em estudo, por mais que se possa
avaliar a necessidade e a importância da proteção, dimensionar e executar a
instalação de todo um sistema de proteção desta natureza, mesmo assim ocorrem
acidentes de proporções imprevisíveis.
7.2 CONSTITUIÇÃO DE UM SPDA O sistema de proteção contra descarga atmosférica e onstituido pelos seguintes
elementos:
a) Captadores (pára-raios, terminais, etc.);
b) Condutores de interligação ou descida; e
c) Sistema de aterramento (hastes, cabos, etc.)
O SPDA se apresenta sempre numa configuração série, como na figura ao abaixo:
Os tipos de captores são:
a) Hastes ou pontas Franklin(pára-raios tipo Franklin)
b) Hastes ionizantes(Pára-raios radioativos)
c) Gaiola de Faraday
62
Figura 97
Os condutores de interligação ou de descida podem ser:
a) Cabos;
b) Fitas;
c) Estruturas prediais(metálicas ou ferragens);
Os sistemas de aterramento mais comum são: a) Eletroduto vertical(haste);
b) Multiplos eletrodos verticais;
c) Eletrodos horizontais (cabos);
d) Múltiplos eletrodos horizontais(sistema radial ou em anel);
e) Sistemas combinados de eletrodos verticais e horizontais(sistemas em
malha);
7.3 PÁRA-RAIOS TIPO FRANKLIN
Baseado nos estudos de Franklin,observa-se que a partir do momento em que uma
haste metálica é conectada de forma continua com o solo, tem a propriedade de
atrair para si os raios que outra forma cairiam em suas proximidades.
7.4 PÁRA-RAIOS RADIOATIVOS Esse tipo de pára-raios foi introduzido, no inicio do século, com o objetivo de se
conseguir uma maior proteção e, tinha como característica possuir uma capsula
permite que a radiação escape, atraindo os raios.
NUVEM
CAPTORES
CONDUTORES DE INTERLIGAÇÃO
SISTEMA DE ATERRAMENTO
SOLO
63
7.5 GAIOLA DE FARADAY Esta forma de proteção foi inventada no sculo XIX, pelo físico Michael faraday. Ele
descobriu que os corpos encerrados em uma caixa ou gaiola metálica ficavam
protegidos contra descargas externas, funcionando como uma espécie de
blindagem.
Baseado neste principio, é possível, hoje, aproveitar as ferragens do concreto
armado dos edifícios, conectando as pequenas hastes na cobertura.
1. Haste de core com bitola de 15 mm x 600mm.
2. Condutores na descida conectados ás hastes de aterramento
3. Condutores de cobre nus instalados sobre a cobertura.
Sugestão para prevenção contra as descargas atmosféricas
Durante uma tempestade ou ate mesmo antes da chuva chegar, primeiramente
deve-se manter a calma e, em seguida proceda da seguinte forma.
Fora de casa
Jamais fique em campos abertos, pastos, campos de futebol, piscinas, lagos,
praias, arvores isoladas, postes e lugares elevados.
Afaste-se equipamentos agrícolas (maquinas e tratores), motocicletas, bicicleta e
carroças; se estiver num carro com chapa metálica, fique dentro dele com as
janelas fechadas.
Contato com cercas de arame, grades, tubos metálicos, linhas telefônicas, de
energia elétrica ou estruturas metálicas,... nem pensar!
Dentro de casa
Mantenha-se afastado de fogões, geladeiras, canos, tomadas e não use o telefone.
Não tomar banho, usar o chuveiro ou torneira elétrica.
Evite ligar aparelhos e motores elétricos, pois eles podem queimar.
Desligue da tomada os aparelho eletrônicos como som, televisão, computador.
Existem, no comercio especializado, dispositivos especiais para proteção dos
diversos tipos de aparelhos.
64
8. NORMAS DA CONCESSIONÁRIA PARA FORNECIMENTO E ENERGIA ELÉTRICA
8.1 GENERALLIDADES As normas das concessionárias estabelecem, inicialmente, as terminologias e
definições que permitem uma compreensão mais detalhada dos termos técnicos
utilizados para o fornecimento de energia elétrica às instalações de consumidores
de consumidores através de redes aéreas, a fim de se tornarem conhecidas por
todos aqueles que trabalham com instalações elétricas.
A seguir, são apresentados os principais termos técnicos utilizados em normas de
fornecimento de energia (COPEL, CEMIG E CESP).
Normas
NTC9- 01100 - Fornecimento em tensão secundária de distribuição – COPEL.
NTC9- 01110 – Atendimento a edifícios de uso coletivo – COPEL
ND 5.1 – Fornecimento em tensão secundária – rede de distribuição aérea
edificações coletivas – CEMIG
8.2 DEFINIÇÕES Consumidor
É a pessoa física ou jurídica, a qual solicita à concessionária o fornecimento de
energia elétrica e assume a responsabilidade por todas as obrigações
regulamentares e contratuais.
Unidade consumidora
Trata-se de instalações de único consumidor caracterizadas pela entrega de
energia elétrica em um só ponto, com medição individualizada.
Agrupamento de unidades consumidoras
É o conjunto de duas ou mais unidades consumidoras localizadas em um mesmo
terreno e que não possuem área de uso comum com instalação elétrica exclusiva.
Edifício de uso coletivo
Prédio que possui como característica a existência de uma unidade consumidora e
que dispõem de área de uso comum com a instalação elétrica exclusiva
(responsabilidade do condomínio).
65
Ponto de entrega
Primeiro ponto de fixação dos condutores do ramal de ligação na propriedade do
consumidor. É o ponto ate o qual a concessionária se obriga a fornecer a energia
elétrica, com a participação nos investimentos necessários, responsabilizando-se
pela execução dos serviços, pela operação e pela manutenção.
Entrada de serviço
Conjunto de condutores, equipamentos e acessórios instalados entre o ponto de
derivação da rede secundaria da concessionária e a medição, inclusive.
Ramal de ligação
Conjunto de condutores e acessórios instalados pela concessionária entre o ponto
de derivação da rede secundaria e o ponto de entrega.
Ramal de entrada
Conjunto de condutores, acessórios e equipamentos instalados pelo consumidor, a
partir do ponto de entrega até a medição, inclusive.
Ramal alimentador
Conjunto de condutores e acessórios instalados pelo consumidor, após a medição
para a alimentação das instalações internas da unidade consumidora.
Limitador de fornecimento
Equipamento de proteção( disjuntor termomagnético) destinado a limitar a
demanda da unidade consumidora.
Centro de medição
Local onde está situada a medição de dois ou mais medidores.
Caixa para medidor
Caixa lacravel destinada à instalação do medidor ou medidores de energia e seus
respectivos acessórios, podendo ser instalado. Também, o equipamento de
proteção.
66
Caixa para disjuntor de proteção
Caixa lacrável destinada à instalação do disjuntor de proteção geral da entrada de
serviço.
Cabina
Compartimento localizado dentro da propriedade do consumidor, destinado a
abrigar o transformador de distribuição e os equipamentos e acessórios
necessários à sua ligação.
Medição direta
É a medição de energia, efetuada através de medidores conectados diretamente
aos condutores do ramal de entrada.
Medição indireta
É a medição de energia efetuada com auxilio de equipamentos auxiliares.
Chave de aferição
É um dispositivo que possibilita a retirada do medidor do circuito sem interromper o
fornecimento, ao mesmo tempo que coloca em curto-circuito o secundário dos
transformadores de corrente.
Demanda
É a medias das potencias elétricas instantâneas solicitadas por uma unidade
consumidora, durante um período especificado.
Alimentador principal ou prumada
É uma continuação ou desmembramento do ramal de entrada, do qual fazem parte
os condutores, eletrodutos e acessórios, conectados a partir da proteção geral ou
do quadro de distribuição (QDG) até as caixas de medição ou derivação.
Limite de fornecimento O fornecimento de energia elétrica é determinado em função das limitações
estabelecidas pelas concessionárias, em função da potencia(carga) instalada ou
potencia de demanda e tipo de carga ou fornecimento.
67
8.3 ESPECIFICAÇÃO DE ENTRADA DE ENERGIA
Especificar uma entrada de energia para um consumidor significa adequar uma
categoria de atendimento (tipo de fornecimento ), á respectiva carga desse
consumidor.
Para facilitar o entendimento do que seja entrada de energia, necessitamos de
alguns conhecimentos, que passaremos a especificar em seguida:
1. Potencia ou carga instalada: É a soma das potencias nominais de todos os
aparelhos elétricos ligados em uma instalação do consumidor á rede de
energia elétrica da concessionária (rede de distribuição).
Potencia nominal é aquela registrada na placa ou impressa no aparelho ou
maquina.
2. Demanda de utilização( provável demanda): É a soma das potencias
nominas de todos os aparelhos
Elétricos que funcionam simultaneamente, utilizada para o dimensionamento dos
condutores dos ramais alimentadores, dispositivos de proteção, categoria de tipo
de fornecimento e demais características do consumidor.
Para o cálculo da demanda(D) na elaboração do projeto elétrico, deve-se observar
o seguinte:
a) Ao prever as cargas, estuda-se a melhor forma de instalar os pontos de
utilização de energia elétrica.
b) A utilização da energia elétrica faria do dia, porque o (s) usuário (s) não
utilização ao mesmo tempo (simultaneamente) todos os pontos da instalação.
c) A carga instada não faria um, mais a demanda faria.
Nota: no caso de reforma ou ampliação, poderá ocorrer o aumento da carga
instalada. No entanto “é vedado qualquer aumento de carga que supere o limite
correspondente a cada categoria de atendimento, sem ser previamente solicitado
pelo interessado e apreciado pela concessionária” (No caso a COPEL ou da
concessionária da sua região ).
Para que serve o calculo da
demanda?
Serve para o dimensionamento e especificação da entrada de energia, adequando uma categoria de atendimento(tipo de fornecimento) à respectiva carga (demanda) do consumidor.
68
d) Caso a especificação da entrada de energia fosse feita pela carga(potencia)
instalada, em vez de demanda, haveria um superdimensionamento de todos
os elementos (disjuntores, condutores, poste, etc.) que compõe a entrada de
energia e, consequentemente, em vez de se adotar uma categoria adequada,
passar-se-ia a uma categoria superior, tendo como consequência, os custos
maiores, sem necessidade.
e) O calculo da demanda é um método estatístico, e suas tabelas foram
elaboradas em função de estudos e experiências dos projetistas.
f) A demanda, por ser um método estatístico, não pode ter seu valor
considerado como único e verdadeiro, por isso é chamado de “provável
máxima demanda” ou demanda “máxima prevista”. Para simplificar
chamaremos somente de demanda D.
g) O calculo da demanda dependa concessionária de cada região.
A demanda D de residências e apartamentos individuais é determinada com a
utilização da seguinte expressão:
Em que:
D = Demanda individual da unidade consumidora
P1 =Soma das potencias ativas da iluminação e tomadas de uso geral – TUG’s, em Watts (W) P2= Soma das potencias das tomadas de uso especifico- TUE’s, em watts (W)
g1= fator de demanda dado pela tabela 4
g2= fator de demanda dado pela tabela 5
8.3.1 Fator de Demanda
Para calcular a demanda D, é necessário conhecer o fator de demanda (g1 e g2)
69
Tabela 4
Tabela 5
Objetivos da especificação de entrada
1. Determinar o tipo fornecimento;
2. Dimensionar os equipamentos de medição e proteção;
3. Efetuar estimativa de carga e demanda declarada;
4. Efetuar estimativa de fator de potencia (no caso de apartamentos e
residências individuais, considera-se FP = 1,00
70
8.3.4 Procedimento para a especificação da entrada de energia
Para enquadrar na categoria adequada ou tipo de fornecimento, obedecer ao
seguinte roteiro:
1. Determinar a carga instalada conforme NBR 5410/97
2. Verificar a demanda do consumidor, em Kva
3. Verificar o numero de fases das cargas do consumidor
4. Verificar a potencia dos motores, FN, 2F, 3F, em CV
5. Verificar potencia dos aparelhos de solda, raio X, em Kva
6. Enquadrar o consumidor na categoria adequada, consultar no na norma da
concessionária local
Fator de potencia
O fator de potencia é um índice(porcentagem) que mostra a forma como a energia
elétrica recebida está sendo utilizada, ou seja, ele indica quando a energia
solicitada da rede concessionária(potencia aparente) está sendo usada na forma
útil(potencia ativa).
NOTAS:
1. A categoria 25 é aplicável somente em atendimentos por meio de rede de
distribuição primária não trifásica, a partir de transformador exclusivo.
2. Os valores entre parênteses indicados para as categorias 19, 22 e 25 são
aplicáveis somente a programas específicos de eletrificação rural,
desenvolvidos pela COPEL.
3. Para motores monofásicos, deverão ser utilizados os dispositivos indicados
abaixo;
Motores até 5 cv (inclusive) - partida direta.
Motores com potência acima de 5 cv - chave compensadora ou série-
paralelo.
4. Para motores trifásicos com rotor em curto - circuito e síncronos:
Até 5 cv (inclusive) -partida direta;
Maior que 5 cv até 15 cv - chave estrela-triângulo, chave série -paralelo ou
compensadora com redução da tensão de partida para, pelos menos, 65%
da tensão nominal;
71
Superior a 15 cv - chave estrela-triângulo ou compensadora com redução da
tensão de partida para, pelos menos, 65% da tensão nominal, de preferência
automática.
5. Nas categorias com ligação de 127/254 V, não é recomendável a utilização,
na tensão de 254 V, de lâmpadas sem reatores e de aparelhos
eletrodomésticos.
6. Nas categorias com ligação de 127/254 V, devem ser utilizados, na tensão
de 254 V, motores com tensão nominal de 254 V.
7. Os condutores do ramal de entrada foram dimensionados considerando fios
de cabos com isolamento de, PVC, a temperatura ambiente de 30°C
8. Será permitida a utilização de disjuntor termomagnético (limitador de
fornecimento) de menor corrente nominal, a critério dos interessados ou por
exigência da COPEL.
9. Atendimento sujeito à medição transitória de energia reativa (controle de
fator de potência).
10. No dimensionamento dos ramais de entrada, as bitolas nos condutores
indicados entre parênteses referem-se ao condutor neutro.
11. As dimensões estabelecidas na tabela para condutores e eletrodutos são
mínimas. Poderão ser adotadas bitolas maiores caso as condições da
instalação assim o exigirem.
12. Aplicável somente às instalações existentes.
13. Os medidores com corrente nominal/máxima 30/200A são aplicáveis às
categorias 42, 43 e45 para os casos de medição direta.
Tabela 6 - Esforços admissíveis em postes e pontaletes de entrada de energia.
72
8.3.5 Consumidor individual
O fornecimento de energia elétrica em tensão secundaria de distribuição, às
unidades consumidoras(edificações urbanas, residenciais, comerciais ou
industriais), cuja potencia instalada seja igual ou inferior a 75 Kw. Esta limitação é
adotada pela maioria das concessionárias.
Figura 98- Componentes e alturas mínimas da entrada de serviço para consumidores individuais em
baixa tensão
Figura 99- Componentes e alturas mínimas da entrada de serviço para consumidores individuais em
baixa tensão
73
Em caso a potencia seja:
Até 9000 VA = 9 KVA ou 9000W = 9 kW: Fornecimento monofásico
Feito em dois fios : um neutro e uma fase.
Tensão: 127 V
Acima de 9000 VA = 9 KVA até 15000 VA = 15 KVA: fornecimento bifásico
Feito em três fios: um neutro e duas fases.
Tensão: 220 V
Acima de 15000 VA = 15 KVA até 76000 VA = 76 KVA(demanda) ou 75 KW ( que é
o limite do fornecimento em BT): Fornecimento trifásico.
Feito em quatro fios: um neutro e três fases
Tensão: 220/127 V
Figura 100
8.3.6 Edifícios de uso coletivo
O atendimento às edificações de uso coletivo e agrupamentos é definido em função
da demanda total utilizada para o dimensionamento dos componentes da entrada
de serviço, cujas potencias limites são:
Até 75 kva (NTC 9-01110 – COPEL)
Até 95 Kva (ND 5.2 – CEMIG)
Alimentado em tensão secundária, diretamente da rede de distribuição em baixa
tensão (fig.101).
74
Figura 101 – Entrada de serviço para atendimento a edifícios de uso coletivo até 75 KVA e baixa tensão
8.3.7 Padrão construtivo de entrada
Após a determinação do tipo de fornecimento, pode-se definir também o padrão
construtivo ou padrão de entrada.
Mas ... o que é padrão construtivo?
É todo o conjunto, compreendendo desde o ramal de entrada, poste ou pontalete
particular, caixas dispositivos de proteção, aterramento, eletrodutos e ferragens, de
responsabilidade dos consumidores, preparado de forma a permitir a ligação das
unidades consumidoras á rede da concessionária.
Uma vez definido o tipo de fornecimento, bem como o padrão construtivo, de
acordo com a norma técnica, compete á concessionária fazer sua inspeção.
Estando tudo certo, a concessionária instala e liga o medidor e o ramal de serviço.
75
Figura 102 – Padrão construtivo de uma entrada de serviço monofásica, para consumidor individual.
76
Figura 103– Padrão construtivo de uma entrada de serviço monofásica, para consumidor individual.
77
Figura 104– Padrão construtivo de uma entrada de serviço Trifásica, para consumidor individual.
NOTA : ESTE PADRÃO É APLICÁVEL EM ATENDIMENTOS MONO, BI E TRIFÁSIOS ATÉ 100 A.
78
Tabela 7– Relação de materiais para atendimento até 100 A, conforme figura 102.
OBSERVAÇÃO: As figuras 101, 102 e 103, são alguns exemplos de padrões construtivos de entrada de serviço para atendimento a edifícios de uso coletivo.
9. BOMBAS DE INCENDIO
9.1 INTRODUÇÃO
A água fornecida aos hidrantes, mangotinhos e chuveiros automáticos deve ser
adequada em volume, qualidade, vazão e pressão. Para que isso seja possível,
necessita-se ter uma fonte de suprimento de água confiável em volume e
qualidade, e uma forma de levá-las ao ponto de tomadas de água de instalação de
incêndio com a vazão e a pressão mínimas determinadas por norma.
Então, uma instalação hidráulica, deve atender a duas condições:
1) O suprimento de água para ser confiável deve ter um volume mínimo
predeterminado e permanente e um mínimo de qualidade para não obstruir
os dispositivos e equipamentos da instalação;
79
2) Deve ter uma pressão mínima para que possa produzir a vazão mínima
preconizada pela norma para o ponto mais desfavorável da instalação.
Geralmente é utilizado um sistema de bombas para esta tarefa.
Geralmente se usa um reservatório exclusivo e privativo e um sistema de bombas,
dimensionado de acordo com a ocupação e classe do risco da edificação, para
levar a água para todos os pontos da instalação de combate a incêndios.
9.2 ESTRUTURA DO SISTEMA DE BOMBAS Considere uma instalação com dois reservatórios, um inferior e o outro superior.
Observe, na figura a representação de dois sistemas de bombas, onde a água
necessita ser levada de um reservatório inferior para um superior. No caso de
instalações de combate a incêndio com água armazenada em reservatório inferior,
ela deve ser levada diretamente para as tomadas de incêndio de hidrantes,
mangotinhos ou chuveiros automáticos através de um sistema de bombas.
Qualquer sistema de bombas é formado, basicamente, por:
Um ou dois reservatórios. No caso de instalação hidráulica de combate a
incêndio, quando houver reservatório exclusivo, ele é único e pode ser
inferior ou elevado. Quando for misto a água para consumo e para incêndio,
pode haver dois reservatórios, embora a reserva técnica de incêndio, deva
ser armazenada em somente um deles.
Grupos motor-bomba
Canalizações, de sucção e de recalque, que conectam o grupo motor-bomba
aos reservatórios inferior e superior, respectivamente.
Dispositivos, acessórios, conexões, etc.
9.3 GRUPO MOTOR-BOMBA É um conjunto formado por uma bomba acoplado ao um motor que deve fornecer
energia necessária para água vencer o desnível geométrico entre os dois
reservatórios (altura total que a água deve ser elevada entre os pontos A e C, ou
no caso das instalações hidráulicas de incêndio entre o reservatório elevado e o
inferior ate a tomada de incêndio mais desfavorável da instalação e mais as perdas
de cargas no trajeto, que ocorrem devido ao atrito com as paredes, conexões e
dispositivos interposto na canalização.
80
9.3.4 SUCÇÃO POSITIVA As bombas devem ser instaladas, preferencialmente, abaixo do nível da água do
reservatório que as alimenta, is to é, sob a condição de sucção positiva ou bomba
afogada, para que a canalização de sucção para que a canalização e a bomba
estejam sempre cheias de água ou escorvadas na hora de seu acionamento. O
rotor da bomba funciona mais “folgado”, devido à ação da força gravitacional sobre
a água do reservatório, mais a força de pressão da própria altura de água do
reservatório acima da bomba, que ajudam a impulsioná-la até o rotor.
9.3.5 SUCÇÃO NEGATIVA
Nesse caso o reservatório inferior esta localizado abaixo da bomba. O giro do
motor da bomba ocasiona uma depressão(rarefação) no interior da bomba e na
canalização de sucção e como a água do reservatório inferior está submetida a
pressão atmosférica. Esta diferencial força a subida da água pela canalização de
sucção até atingir o rotor, isto é, como a pressão atmosférica é maior que a interna,
ela empurra a água para dentro da bomba. Nessa configuração, deve-se ter o
cuidado para que a bomba e a canalização de sucção estejam sempre cheias de
água, isto é, “escorvadas”, evitando-se vazamentos por defeitos de vedação com a
perda de água e a consequente entrada de ar.
Figura 105
81
9.4 Esquema de montagem do sistema moto-bomba. Assim como a tubulação, o dimensionamento e instalação do conjunto moto-bomba
deverá estar em conformidade com o projeto da adutora.O conjunto moto-bomba
deverá ser instalado, sempre que possível, em local seco bem ventilado, de fácil
acesso para inspeções periódicas e ao abrigo de intempérie e de enxurradas.
Na casa de bombas, deverá existir espaço suficiente para permitir uma inspeção
cuidadosa. O conjunto moto-bomba deverá ser assentado sobre uma fundação
estruturalmente bem dimensionada (de acordo com o fabricante da bomba), isenta
de vibrações. Os pesos das canalizações não devem ser suportados pela bomba e
sim escorados independentemente, de tal maneira que, quando os parafusos dos
flanges forem apertados, nenhuma tensão seja exercida sobre a carcaça da
bomba.
Esquema de montagem do sistema de sucção.
Figura 106
9.5 SISTEMA DE PROTEÇÃO DA ADUTORA
O engenheiro responsável pelo projeto da tubulação deverá especificar, caso
existam, os equipamentos de segurança da rede tais como: válvula controladora de
bomba, válvula ventosa, válvula de retenção, válvula antecipadora de ondas,
válvula antivazamentos, etc. A disposição e o assentamento do conjunto moto-
bomba, tubulações e peças especiais merecem muita atenção por parte dos
projetistas e dos montadores.
82
O esquema a baixo representa uma disposição satisfatória e recomendável.
Figura 107
9.6 BOMBA DE PRESSURIZAÇÃO Com a vazão mínima de 20l/min (1,2 m³/h)segundo a NBR 10897/1990 tem a função de manter a rede de canalização do sistema de incêndio sob uma pressão hidráulica numa faixa pré-estabelecida, para compensar pequenas perdas de pressão por eventuais vazamentos ou por acionamento acidental, que poderiam acionar indevidamente as bombas principais. Bombas centrífugas Os principais componentes de uma bomba centrifuga são a carcaça, o rotor e a voluta ou coletor. Carcaça: É a caixa que envolve o motor da bomba, q eu pode ser: Carcaça bipartida radialmente: Quando o acesso ao rotor é obtido pela retirada de uma tampa frontal, havendo necessidade de desmontar as canalizações de sucção e de recalque. Este tipo de bomba é usado em instalações de pequeno e médio porte.
10. Motores
Os motores utilizados para acionar as bombas de incêndio podem ser de dois tipos:
elétricos ou de combustão interna, estes usando geralmente o óleo diesel como
combustível. A NBR 10897/90 preconiza ouso de dois tipos de motores em todas
as instalações hidráulicas de combate à incêndio, sendo sempre o de combustão
interna usado como reserva. Algumas normas municipais e estaduais admitem o
uso de somente motores elétricos, principalmente em instalações menores ou de
classe de risco leve.
83
A exposição sobre motores de bombas de incêndio está baseada nas
recomendações da NBR 10.897/90, salvo quando for citada outra fonte.
10.1 Motores elétricos 10.1.1 Fonte de energia A energia elétrica para a alimentação dos motores das bombas é fornecido pela
concessionária. Também é possível utilizar gerador de energia a diesel para
alimentar os motores elétricos na falta da energia elétrica da concessionária ou em
locais em que o fornecimento de energia elétrica é precário, insuficiente ou não é
confiável. Ele deve ser dimensionado para fazer funcionar as bombas, iluminação
de emergência, sinalização das rotas de fuga e elevadores, bem como os demais
componentes elétricos da edificação, a plena carga, por pelo menos 8 horas.
A rede elétrica dever ser dimensionada para atender todas as instalações do prédio
e mais os conjuntos bombas de combate ao fogo a plena carga.
A alimentação de energia elétrica aos motores das bombas deve ser independente
e exclusiva da instalação do prédio, que pode ser desligada por disjuntor próprio,
sem prejuízo do funcionamento do conjunto de bombas.
Quando forem usados dois grupos motor-bomba elétricos para o abastecimento de
água simples, como tanque de pressão ou reservatório elevado ou térreo, a energia
elétrica deve ser proveniente de duas fontes diferente e independentes. Falhando
uma fonte a outra deve ser acionada manualmente através de uma chave
reversora instalada no painel. Falhando as duas fontes são acionados alarmes
ópticos e sonoros.
Quando forem usados dois conjuntos de dois grupos motor-bomba para o
abastecimento de água duplos, como reservatórios elevado e térreo , cada
abastecimento deve ter sua própria fonte de energia independente.
Quando forem usados dois grupos motor-bomba elétricos para o mesmo
abastecimento, eles podem ser ligados na ,mesma fonte de energia, desde que
sejam em circuitos independentes, dimensionados para para trabalhar
simultaneamente a plena carga, levando-se em conta o valor da corrente de partida
e, também, independentes da instalação do resto da edificação.
Os cabos aéreos de energia elétrica devem ficar afastados, no mínimo, de 6 m de
qualquer abertura de locais não protegidos por chuveiros automáticos.
84
As chaves elétricas de alimentação dos motores das bombas de incêndio devem
ser sinalizadas com inscrição:
“Alimentação das bombas de incêndio – não desligue”
11. APARELHOS DE AR CONDICIONADO
11.1 OBJETIVO
Conforto térmico.
Extrair o calor de uma fonte quente, transferindo o para uma fonte fria.
11.2 COMPONENTES
Ventilador: utiliza-se para forçar passagem do ar.
Grupo Refrigerador: compressor, evaporador e condensador.
Termostato: finalidade manter o ambiente à temperatura desejada.
Figura 108
Figura 109
85
Lado azul da imagem é a parte que fica dentro do ambiente, de onde é retirado o
calor, já o lado vermelho, fica do lado de fora, para onde este calor é expelido.
11.3 DISPOSITIVOS DE OPERAÇÃO
Circulação somente de ar - geralmente em duas velocidades.
Resfriamento normal – circulação de ar, funcionando simultaneamente com o
compressor, mantendo-se o ar em baixa velocidade.
Resfriamento máximo – compressor e ventilador funcionando simultaneamente,
porém o volume de ar do ventilador em velocidade máxima.
UNIDADE
BTU: Trata-se de uma unidade de potência: BTU (British Thermal Unit =
Unidade Térmica Britânica (ou inglesa)).
Determina a potência de refrigeração do produto.
11.4 CLASSIFICAÇÃO
Condicionador de ar tipo residencial
Sistema compacto para refrigeração de dois a três locais. A capacidade
varia de 22.000 a 50.000 BTU.
Sistema comercial, com capacidade de refrigeração muito elevada, entre
50.000 a 90.000 BTU (requer a instalação de uma torre de resfriamento)
Figura 110
86
A água proveniente da fonte de alimentação (1), passa pela bóia e enche o
reservatório inferior da torre.
Uma bomba (2)aspira a água fria do reservatório e a envia ao condensador
do ar condicionado.
A água retira calor do condensador (3) e fica quente.
Sendo então dirigida para a parte superior da torre, indo cair na bandeja
perfurada (4),
Atravessa as camadas de madeira, que amortecem sua queda, retornando
ao reservatório (6).
O ventilador elétrico (5) provê a subtração do calor da água.
11.5 DUTOS
Usa sistema de dutos para distribuição do ar refrigerado.
Constam essencialmente de uma peça de alumínio em formato retangular
ou redondo, com isolamento térmico interior, em placas de isopor.
A saída do duto no espaço refrigerado é feita através de grelhas ou
difusores.
11.6 ESCOLHA DE AR CONDICIONADO
Qual o tamanho da sala ou escritório?
Qual a altura do pé direito? (distância do solo ao teto)
Quantas portas e janelas nós temos?
As janelas recebem sol direto?
Quantas pessoas trabalham no recinto?
Os aparelhos elétricos trabalham em regime contínuo; qual a capacidade de
cada um?
(potência).
Cálculo da carga térmica.
Dimensionamento da capacidade de um ar condicionado para refrigerar a sala de
aula do 10º período de Engenharia Mecânica:
1 - Área da sala (9,7 x 3,9), 38 m² com pé direito de 3 m.
87
2 - A sala é de sob telhado.
3 - Existem 2 janelas, cada janela tem área de 2 m².
4 - Na sala estudam 32 alunos e 1 professor.
5 - Existe 1 porta. A porta tem área de 2 m².
6- Máquinas e equipamentos de uso contínuo, com suas respectivas
Potências: 8 lâmpadas de 40W cada.
Tabela 8
88
11.6.1Cálculo da carga térmica:
1)Recinto (Sala de aula)
Volume do ar interno:
Área x Pé direito: 38 m² X 3 m = 114 m³.
TABELA – RECINTO: Para 114m³ sob telhado, temos: 2.546 Kcal/h.
2) JANELAS
Área das janelas: 2 Janelas x 2 m² = 4 m².
TABELA – Janelas sem cortinas, recebendo sol da tarde, temos: 1.640 Kcal/h
3) Nº de Pessoas: 33 pessoas = 4.125 Kcal/h
4) Nº de Portas: 1 porta com 2 m² = 250 Kcal/h
5) Equipamentos elétricos: 8 lâmpadas 40W = 315 Kcal/h
TOTAL DA CARGA TÉRMICA
RECINTO 2.546
JANELAS 1.640
PESSOAS 4.125
PORTA 250
LÂMPADAS 315
TOTAL 8.876 Kcal/h
Para facilitar a escolha do aparelho, transformamos Quilocaloria (Kcal) em BTU.
1 Kcal = 3,92 BTU ; 8.876 x 3,92 = 34.794 BTU’s ~ 35.000 BTU’s
12. INSTALAÇÕES AÉREAS As instalações de linhas aéreas fora dos edifícios, em caráter permanente ou
temporário, destinam-se a distribuição de energia elétrica a estabelecimentos
industriais ou á iluminação de pátios, campos de esportes, locais para festivais
espetáculos ao ar livre e aplicações semelhantes. Sua execução deve obedecer ao
prescrito pela seção 18 da NB-3 da ABNT.
Nessas instalações quando forem usados condutores singelos de cobre (isolado ou
não), a seção mínima deverá a de bitola nº a0 AWG. Os condutores de outro
material, como por exemplo de alumínio, deverão apresentar resistência mecânica
89
pelo menos equivalente. Poderão também ser sustentados cabos auto-
sustentados, como por exemplo o Voltalene da Pirelli.
O espaçamento Maximo entre os suportes deverá ser de 30 m.
Os condutores deverão ser instalados de forma que, no ponto mais baixo, sua
altura em relação ao solo ou piso seja, no mínimo de 5m, quando for previsto
transito e veículos ou de 3,5 m para transito de pedestre.
As linhas aéreas instaladas ao longo de edifícios, deverão ser dispostas de modo a
ficarem fora do alcance das pessoas colocadas nas janelas, escadas, terraços ou
lugares congêneres; o condutor mais próximo desses locais deverá ficar afastado
pelo menos 1 m.
As linhas aéreas não deverão passar por cima dos edifícios.
Os condutores das linhas aéreas deverão ser fixados a isoladores de material não
absorvente e de tipo apropriado. Os isoladores comumente empregados são de
porcelana com forma de campana (tipo Capanema), conforme figura 112 a, ou com
a forma de carretel fig. 112 b.
a b
Figura 112
Os isoladores das linhas aéreas deverão ser fixados a estruturas e suportes com
resistência mecânica adequada. As estruturas de aço deverão ser protegidas
contra a ação do tempo, por galvanização ou por pintura especial.
As estruturas de madeira deverão receber tratamento preservativo em toda parte
enterrada e por 50 cm acima do solo.
90
As paredes de edifícios poderão ser utilizadas como suporte. Não deverão ser
utilizadas arvores como suportes, mesmo para redes de caráter provisório.
Os isoladores deverão ser colocados nas cruzetas horizontais, guardando entre si,
ou entre isolador e suporte, afastamento de 20 cm entre si para condutores
isolados e de 30 cm para condutores não isolados. A fig. 113 a mostra três
isoladores presos a cruzeta de parede. A fig. 113 b mostra quatro isoladores presos
a cruzeta de madeira fixada ao poste.
a b
Figura 113
Os condutores do mesmo circuito poderão ser dispostos verticalmente, amarrados
a isoladores tipo carretel montados no mesmo eixo, conforme fig.113 a. A fig. 113 b
mostra o detalhe da fixação.
A distancia entre os condutores, dispostos no plano vertical, pode ser de 15 cm
para condutores isolados e de 25 cm para condutores nus.
A amarração do condutor a um isolador terminal tipo Capanema é feita conforme
fig. 114 a. A amarração de condutor aos isoladores intermediário é feita conforme
fig. 114 b.
a b Figura 114
91
A amarração do condutor a um isolador terminal tipo Capanema é feita conforme
fig. 115 a. A amarração do condutor aos isoladores intermediários é feita conforme
fig. 115 b.
A figura 116 mostra disposição dos isoladores e condutores num canto da superfície suporte.
Figura 116
Em cruzetas ao longo da parede, os vãos não devem ser maiores que 10 m.
As emendas e derivações de condutores não deverão ser feitas a distancias
maiores que 30 cm nos isoladores conforme fig.117.
Figura 117
Nas descidas dos condutores, para qualquer finalidade, que atinjam altura menor
que 3 m em relação ao solo, os condutores deverão ser protegidos por meio do
conduto galvanizado ou outro meio igualmente eficaz.
a b
Figura 115
92
A ligação de uma linha aérea á instalação interna de um edifício deverá ser feita de
forma a não haver penetração de chuva na tubulação ou instalação interna. Neste
caso usa-se o isolador de porcelana, tipo cachimbo, representado na fig.118 a, cuja
fixação é feita conforme fig. 118 b.
a b
Figura 118
Todas as recomendações e exigências relativas a instalações aéreas estão resumidas nas figs. 119, 120 e 121.
Figura 119
Figura 120
93
13. INSTALAÇÕES SUBTERRÂNEAS As instalações subterrâneas devem obedecer às prescrições da seção 19 da
Norma NB-3 da ABNT.Nas instalações subterrâneas, devem ser empregados
condutores isolados com isolamento resistente à umidade.. como por exemplo:
cabos butilplast, butilprene, eproprene, eprotenax, sintenax e voltalene. Este último
pode ser utilizado, inclusive, diretamente no solo.
Nas instalações direta mente enterradas no solo, deverão ser empregados
condutores .providos de isolamento resistente à ação química do solo,dotados de
proteção mecânica adicional que impeça de ser o isolamento perfurado por golpe
acidental de ferramenta. A proteção mecânica adicional pode ser constituída, por
exemplo, por uma ou duas fitas de aço, como é o caso do condutor isolado com
papel impregnado.
Quando, em circuitos de corrente alternada, forem empregados condutores de
invólucro de material magnético, os condutores-fase e o condutor neutro do mesmo
circuito deverão fazer parte do mesmo cabo. Nas instalações subterrâneas,
destinadas à distribuição e alimentação dos circuitos prediais, são empregados os
seguintes tipos de condutos:
a) dutos .
b) canaletas
A construção de linhas de dutos obedece às seguintes prescrições gerais:
a) os trechos entre caixas serão perfeitamente retilíneos e com caimento num único
sentido;
Figura 121
94
b) os dutos serão assentados de modo a resistirem aos esforços externos e aos
provenientes da instalação do cabo, tendo-se em vista as condições próprias do
terreno;
c)a junção dos dutos de uma mesma linha será feita de modo a permitir e manter
permanentemente o alinhamento e a estanqueidade. Deverão ser tomadas
precauções para evitar rebarbas internas;
d) as caixas usadas nas instalações subterrâneas serão de alvenaria, revestidas
com argamassa ou concreto, impermeabilizadas e com previsões para drenagem;
e) serão usadas caixas em todos os pontos de mudança de direção das
canalizações, bem como para dividi-las em trechos não maiores do que 60 metros.
As dimensões internas das caixas serão determinadas em função do raio mínimo
de curvatura do cabo usado e de modo a permitir o trabalho de enfiação; `
f) as caixas serão cobertas com tampas convenientemente calafetadas, para
impedir a entrada de água e corpos estranhos;
g) nas passagens do exterior para o interior dos edifícios, pelo menos a
extremidade inferior da linha será convenientemente fechada, a fim de impedir a
entrada de água e de pequenos animais.
As canaletas deverão ser construídas com fundo em desnível e ser providas de
meios para drenagem, em todos os pontos baixos capazes de coletar água.
Deverão, além disso, ser fechadas com tampa, para impedir a entrada de água e
corpos estranhos.
As canaletas deverão ser assentadas de modo a resistirem aos esforços externos.
As emendas e derivações dos condutores deverão ser feitas por meio de conector
apropriado, que assegure resistência mecânica adequada e contato elétrico
perfeito e permanente. O método de execução deverá ser adequado e inerente ao
tipo de condutor empregado, assegurando a impermeabilidade e a durabilidade das
mesmas. Existindo capa metálica nos condutores, deverá ser assegurada sua
continuidade elétrica. Nas instalações em dutos, as emendas e derivações deverão
ficar localizadas nas caixas.
A fig.122 mostra uma canaleta com um condutor ou um cabo. As figs. 123 e 124 indicam as dimensões da canaleta e a disposição, respectivamente, de 1 e de 3 cabos na mesma.
95
Figura 122 Figura 123 Figura 124
A fig. 125 indica as dimensões e a profundidade de um duto subterrâneo para quatro cabos.
A fig. 126 indica as dimensões e a profundidade de um duto subterrâneo para um
cabo.
A fig. 127 mostra um duto formado para 8 cabos, envolto em concreto. A fig.128
mostra um duto para 4 cabos apoiado numa camada de concreto e coberto com
placas de cimento.
Figura 127 Figura 128
A fig. 129 mostra em corte uma caixa de alvenaria com tampa de vedação e
dispositivo de drenagem. Para facilitar a enfiação do cabo, executa-se um chanfro
na entrada do duto, conforme figura 130.
Figura 129 Figura 130
Uma vez pronto o duto, partindo de uma caixa, introduz-se no mesmo uma série de
hastes do tipo indicada na fig.131, engatando-as umas nas outras.
Figura 125 Figura 126
96
Figura 131
A introdução das hastes deverá continuar até que a primeira alcance a caixa
contigua. O conjunto de hastes engatadas permite introduzir no duto uma corda de
tração para o cabo. Na ponta da corda de tração deverá ser presa a escova
metálica. indicada na fig. 132 que deverá limpar o duto.
A corda de tração e presa ao 'cabo por meio do dispositivo indicado na fig. 133, o
qual aumenta sua aderência ao cabo. ao aumentar o esforço de tração.
Figura 133 Figura 134
A introdução do cabo no duto é feita conforme indica a fig. 134.
Quando um cabo é cortado e sua utilização não é imediata, suas extremidades
deverão ser protegidas por caixa terminal de fechamento do tipo indicado na
fig.135. A caixa terminal, após fechada é enchida de massa isolante.
Figura 135 Figura 136
Figura 132
97
A conexão de um cabo subterrâneo a um quadro de distribuição é feita por meio de
caixa terminal metálica. que tem a finalidade de proteger o isolamento do cabo
contra a umidade.
A fig. 136 mostra a caixa terminal de ferro fundido para instalações protegidas.
A ligação entre os condutores do cabo e os condutores de saída é feita por meio
do conector da fig. 137.
Figura 135
Os condutores são presos ao conector por meio dos parafusos de pressão e
posteriormente soldados. Após prender o cabo à caixa terminal, enche-se esta
última com massa isolante.
A fig.135 mostra uma caixa terminal de ferro fundido para instalações protegidas.
Uma vez prontas as conexões, a caixa terminal é enchida com massa isolante. A
fig.136 mostra uma caixa terminal de ferro fundido para instalações expostas às
intempéries
Figura 135 Figura 136
Uma vez prontas as conexões e fixada a tampa, caixa terminal é enchida com
massa isolante.
A fig. 137 mostra uma caixa de ligação em ferro fundido para conexão de cabos.
98
Figura 137
A ligação dos condutores é feita por meio do conector da fig. 135. Uma vez
prontas as ligações, monta-se a tampa e enche-se a caixa de massa isolante.
A derivação de cabos em “T” e feita utilizando-se a caixa de ligação de ferro
fundido, fig. 138, e os conectores do tipo indicado na fig. 139. A derivação de cabos
em “T” é feita utilizando-se a caixa de ligação de ferro fundido, fig. 140, e os
conectores do tipo indicado na fig. 141, os cabos de tipo adequado poderão ser
enterrados diretamente no solo, exceto no interior de edifícios.
Figura 138 Figura 139 Figura 140
Figura 141 Figura 142
Os cabos deverão ficar a uma profundidade não inferior a 60 cm e ser protegidos
por fileira de tijolos não rejuntaados, ou outros materiais apropriados, cuja
finalidade é denunciar a presença do cabo em futuros trabalhos de escavação do
99
terreno. A figura 143 mostra a disposição do cabo enterrado. A fig. 144 mostra a
disposição dos cabos enterrados.
Figura 143 Figura 144
Os cabos saídos da parte subterrânea das canalizações e que sobem ao longo de
paredes ou outras superfícies, fig.145, deverão ser protegidos por meio de
eletroduto rígido (instalações inferiores) ou conduto galvanizado (instalações
exteriores) até uma altura não inferior a 3 m em relação ao piso, ou ate que atinjam
a caixa protetora do terminal, fig. 146.
Figura 145 Figura 146
100
14. INSTALAÇÃO TELEFÔNICA
Esquema geral da tubulação telefônica
A tubulação telefônica é composta de: secundária, primária, de entrada e de
aterramento, exemplificadas nas figuras 147 e 148.
Figura 147
101
Figura 148
14.1 CRITÉRIOS PARA PREVISÃO DE PONTOS TELEFÔNICOS O número de pontos telefônicos para residências, apartamentos, lojas e escritórios,
deve ser definido com base na tabela 9.
Tabela 9
102
NOTA: O número de pontos telefônicos para agências bancárias, indústrias, cinemas, teatros, hospitais, supermercados, hotéis, motéis, depósitos, escolas, igrejas, estádios de futebol, autódromos, hipódromos e outros, devem ser objeto de estudos em conjunto com a Telepar. Quando se tratar de apartamentos populares, e com área inferior a 60 m2, deve ser previsto 1 ponto telefônico, independentemente da quantidade de dormitórios. Deve ser comprovado pelo cliente através de documento pertinente que se trata de apartamento popular.
14.2 CAIXAS DE SAÍDA
14.2.1 TIPOS E DIMENSÕES
As caixas de saída de parede devem ser de chapa metálica estampada, com
furações para eletrodutos, própria para instalação embutida em parede. As caixas
de saída podem ser de dois tipos:
a) Caixa nº 0, com as dimensões 10 x 5 x 5 cm.
b) Caixa no 1, com as dimensões 10 x 10 x 5 cm.
a b
Figura 149
14.2.2 UTILIZAÇÃO
A primeira caixa para tomada deve ser sempre a de número 9.
As demais caixas devem ser determinadas de acordo com a tabela 10 a seguir.
Tabela 10 - Dimensões das caixas de saída em função do número de pontos telefônicos
103
A figura 150 apresenta uma caixa de saída no
0 utilizada como caixa de passagem.
Figura 150
Caixas de saída
Figura 151
A figura 152 apresenta uma caixa de saída, com a tomada telefônica, com o terminal RJ-11.
Figura 152- Caixa de saída com tomada e terminal RJ-11
104
14.2.3 LOCALIZAÇÃO
Nos apartamentos e residências geralmente são utilizadas caixas de saída de
parede, devendo ser previsto no mínimo uma caixa de saída na sala, uma em cada
quarto, uma na copa e uma na cozinha conforme segue:
a) Sala: a caixa de saída deve ser localizada em paredes e a 30 cm do piso
acabado. Em função das características da sala é recomendável a previsão de
mais de uma caixa de saída, posicionadas preferencialmente eqüidistantes entre si;
b) Quartos: a caixa deve ser localizada ao lado da provável posição da cabeceira
das camas, na parede e a 30 cm do piso acabado;
c) Cozinha: a caixa de saída deve ser localizada a uma altura de 130 a 150 cm do
piso acabado para instalação de telefone de parede e não deve ficar em locais
onde provavelmente serão instalados o fogão, a geladeira, a pia ou os armários;
d) Copa: de acordo com as características da copa, a caixa de saída pode ser
instalada a uma altura de 130 a 150 cm do piso acabado para instalação de
telefone da parede, ou a 30 cm do piso acabado para instalação de telefone de
mesa;
e) As caixas de saída não podem ser instaladas em banheiros, nem localizadas
atrás de portas. Nos apartamentos caracterizados como populares, e com área
inferior a 60 m2 devem ser previstas duas caixas de saída de 10 x 10 x 5 cm,
localizadas uma na sala e outra em um dos quartos. Nas lojas são utilizadas caixas
de saída de parede ou de piso, de acordo com as características internas,
conforme segue:
a) Para caixas de piso, projetar em locais onde estiverem previstos balcões, caixas,
mesas de escritório, etc.;
b) Evitar paredes onde estiverem previstas prateleiras ou vitrines.
Nos escritórios são utilizadas caixas de saída de parede ou de piso conforme
segue.
a) Projetar as caixas de saída de parede distribuídas eqüidistantemente, ao longo
das paredes e a 30 cm do piso acabado;
b) Projetar as caixas de saída de piso, distribuídas uniformemente na área a ser
atendida. Projetar também uma malha de piso, com tubulação convencional ou
canaleta. Para edificações com outras finalidades (indústrias, bancos, cinemas,
105
teatros, supermercados, depósitos, armazéns, hotéis, corpo de bombeiros,
delegacias e outros), elaborar o projeto em conjunto com a Telepar.
Durante os trabalhos de acabamento e pintura, as caixas devem ser devidamente
protegidas com papel, de forma que fiquem isentas de restos de argamassa e
devidamente limpas.
14.3 CAIXAS DE DISTRIBUIÇÃO, DISTRIBUIÇÃO GERAL E PASSAGEM
14.3.1 CARACTERÍSTICAS
As caixas devem ser confeccionada utilizando-se aço ou alumínio, providas de uma
ou duas portas com dobradiças, fechaduras e barra de aterramento. As de aço são
adequadas para uso interno e em ambientes secos; as de alumínio para uso
interno ou externo, em ambientes sujeitos a intempéries, zona industrial, orla
marítima ou locais úmidos (ver figura 153).
Figura 153 - Caixas de parede
As caixas são de três tipos e utilizadas conforme segue:
a) Caixa de distribuição geral: instalar blocos terminais, fios e cabos telefônicos da
rede externa e da rede interna da edificação (ver figura 154);
106
Figura 154 - Caixa de distribuição geral
b) Caixa de distribuição: instalar blocos terminais, fios e cabos telefônicos da rede
interna (ver figura 3);
Figura 155 - Caixa de distribuição
c) Caixa de passagem: passagem de cabos telefônicos (ver figura 156).
czxcxzcxz
Figura 156 - Caixa de passagem
107
As caixas de distribuição geral, de distribuição e de passagem devem ser definidas
em função do número de pontos telefônicos nelas acumulados, conforme tabela 11.
O dimensionamento das caixas é feito prevendo-se a utilização de BER (Blocos de
Engate Rápido).
Para o dimensionamento de caixa de distribuição geral compartilhada com CPCT,
considerar a quantidade total de linhas de entrada e de saída como: tronco, linha
direta, FAX, linha de dados e ramais internos.
Tabela 11
As pranchas de madeira compensada das caixas devem ter a espessura mínima de 16 mm. A caixa de passagem pertencente à tubulação de entrada subterrânea deve ter a dimensão mínima de 40 x 40 x 12 cm (caixa n.º 3). As caixas utilizadas em prumada residencial dirigida devem ser dimensionadas conforme a tabela 2.
14.3.2 LOCALIZAÇÃO As caixas devem ser localizadas conforme segue:
a) Em áreas comuns;
b) Preferencialmente em áreas internas e cobertas da edificação;
c) Em "halls" de serviços, se houverem;
d) Locais devidamente iluminados.
As caixas não devem ser localizadas:
a) Em "halls" sociais;
b) Em áreas que dificultam o acesso às mesmas;
c) No interior de salão de festas;
d) Em cubículos de lixeiras;
e) Embutidas em paredes à prova de fogo;
f) Atrás de portas;
g) Em escada enclausurada.
108
As caixas de distribuição e de passagem não pertencentes à prumada telefônica
podem ser projetadas dentro de um área privativa, desde que estejam previstas
para atendimento específico dessa área. A regra geral é cada caixa de distribuição
atender o andar em que está localizada, um andar acima e um andar abaixo,
porém as últimas caixas da prumada podem atender dois andares acima.
A tabela 12 pode ser usada como guia para a localização das caixas de distribuição
nos andares de um edifício.
Tabela 12 - Orientação para localização das caixas
14.4 DETALHES DE INSTALAÇÃO
As caixas de distribuição geral, de distribuição e de passagem devem ser
instaladas a uma altura de 130 a 150 cm do piso acabado, ao centro das mesmas e
devidamente niveladas (ver figura 157)
Figura 158
109
Em frente a cada caixa deve haver um espaço suficiente para abrir sua porta num
ângulo mínimo de 900 (ver figura 159).
Figura 160
As caixas devem estar isentas de restos de argamassa e devidamente limpas. Em
área não coberta a caixa deve ser de alumínio e ter uma proteção conforme mostra
a figura 161. Em paredes onde a face oposta esteja sujeita a intempéries a caixa
deve ser de alumínio.
Figura 162
110
14.5 TUBULAÇÃO SECUNDÁRIA E PRIMÁRIA
14.5.1 Tipos de Eletrodutos Utilizados
O eletroduto rígido metálico galvanizado é utilizado em instalações externas,
expostos ao tempo ou em instalações internas, embutidas ou aparentes.
O eletroduto de PVC rígido é utilizado em instalações internas e externas
embutidas ou aparentes. Não devem ser utilizados eletrodutos corrugados e
mangueiras, em nenhuma parte da tubulação telefônica da edificação.
14.5.2 Utilização
A tubulação primária e secundária, compostas de eletrodutos, destinam-se a:
a) Instalar fios e cabos telefônicos;
b) Interligar caixas de saída entre si;
c) Interligar caixas de saída com caixas de distribuição, distribuição geral e salas de
D.G.;
d) Interligar caixas de distribuição com sistemas de canaletas de piso. Em
apartamentos e residências, a tubulação secundária interliga as caixas de saída
entre si, podendo ser de forma sequencial ou não (ver figura 164).
Figura 163
Em prédios não residenciais, constituídos de várias salas independentes, a
tubulação secundária deve ser específica para cada uma delas e interligadas
diretamente da caixa de distribuição ou de passagem do respectivo andar (ver
111
figura 164). As salas são consideradas independentes, quando separadas entre si
por paredes.
Figura 164 - Tubulação secundária em prédios comerciais
14.5.3 DIMENSÕES DOS ELETRODUTOS
O diâmetro interno mínimo da tubulação secundária e primária deve ser
determinado em função do número de pontos telefônicos acumulados, conforme a
tabela 12.
Tabela 12 - Dimensionamento da tubulação
14.5.4 DETALHAMENTO DA INSTALAÇÃO O eletroduto deve ser cortado perpendicularmente ao seu eixo, confeccionada nova
rosca na extremidade a ser aproveitada e retiradas cuidadosamente todas as
rebarbas deixadas na operação de corte e confecção da rosca. As emendas dos
eletrodutos devem ser feitas com luvas, atarrachadas em ambas as extremidades a
112
serem ligadas, as quais devem ser introduzidas na luva até se tocarem,
assegurando a continuidade da superfície interna (ver figura 3).
Figura 165 - Emendas de eletrodutos
As luvas, curvas, buchas e arruelas devem ter as mesmas dimensões dos
eletrodutos aos quais devem ser ligados (ver figura 166).
Figura 166 – acessórios
Os eletrodutos devem ser fixados nas caixas por meio de arruelas e buchas de
proteção (ver figura 167).
Figura 167 - Fixação de eletrodutos
113
Figura 168 - Distância entre curvas
Não devem ser empregadas curvas deflexas maiores que 90º (ver figura 7) ou reversas (curvas em planos diferentes).
Figura 169 - Curvas deflexas
A tubulação telefônica deve ter o comprimento de seus lances limitado para facilitar
o puxamento dos cabos e fios, observando que a quantidade de curvas entre as
caixas deve ser de no máximo duas. A tabela 13 determina o comprimento máximo
para a tubulação em função das curvas existentes.
Tabela 13 - Comprimento dos lances
114
Os eletrodutos, sempre que possível, devem ser assentados em linha reta e
observado o seguinte.
a) Não deve haver sobras de eletroduto na caixa (ver figura 170a);
b) Não devem terminar inclinados na caixa (ver figura 170b);
a b
Figura 170 - Terminação dos eletrodutos
c) Devem estar posicionados na parte superior e/ou inferior da caixa, a uma
distância de 25 mm da lateral e a 25 mm da prancha de madeira (ver figura 171);
Figura 171 - Posicionamento dos eletrodutos
d) Quando houver numa caixa mais de uma tubulação primária, deve haver uma
distância de 25 mm entre elas;
e) A entrada e saída da tubulação primária pertencente à prumada deve ser
posicionada em lados alternados da caixa conforme figura 172;
f) A tubulação secundária deve ser instalada na parede inferior ou superior da
caixa;
g) A tubulação secundária não pertencente à prumada (destinada a atender as
caixas de saída do próprio andar) deve ser instalada do meio da caixa de
distribuição em direção às laterais, conforme exemplo e detalhe da figura 172;
115
h) A tubulação secundária pertencente à prumada (que atende caixas de saída de
outros andares), deve ser instalada nos cantos da caixa de distribuição, conforme
exemplo e detalhe da figura 172.
i) A tubulação embutida em peças estruturais de concreto armado deve ser
construída de modo que não fique sujeita a esforços, bem como adequadamente
assentada evitando sua deformação durante os trabalhos de concretagem;
j) As extremidades dos eletrodutos devem ser fechadas com tampões ou peças
apropriadas impedindo a entrada de argamassa ou nata de concreto durante a
concretagem;
Figura 172 - Posicionamento dos eletrodutos nas caixas
116
k) Nas juntas de dilatação a tubulação deve ser seccionada, colocando-se no ponto
de interseção uma luva sem rosca em um dos lados (ver figura 173).
Figura 173 - Detalhes das juntas de dilatação
Os eletrodutos aparentes devem ser adequadamente fixados, de modo a
constituírem um sistema de boa aparência e de firmeza suficiente para suportar o
peso dos cabos e os esforços no seu puxamento. Em todos os lances da tubulação
deve ser instalado arame galvanizado de 1,3 mm2 que servirá como guia.
14.6 CANALETAS DE PISO A canaleta, construída em seção retangular de chapa de aço, latão ou PVC, é um
duto apropriado para instalar no piso.
As dimensões, formato e características construtivas variam de acordo com cada
fabricante. Os desenhos detalhados e catálogos devem fazer parte integrante dos
projetos de tubulação telefônica.
14.7 POÇO DE ELEVAÇÃO O poço de elevação substitui o sistema de prumada convencional (tubulação e
caixas) nas edificações em que o número de pontos telefônicos acumulados na
prumada for superior a 300. Nas edificações comerciais recomenda-se a utilização
de poço de elevação, independentemente do número de pontos telefônicos,
visando facilitar a instalação de CPCT.
14.7.1 CARACTERÍSTICAS O poço de elevação deve ser constituído por uma série de cubículos alinhados e
dispostos verticalmente, com a altura de cada um deles correspondendo à altura do
andar. A continuidade do poço de elevação deve ser estabelecida através das duas
aberturas quadradas nas lajes, feitas junto ao fundo e nas paredes laterais do
cubículo. Entre as aberturas quadradas deve ser instalado um leito tipo escada,
interligando o distribuidor geral até o último cubículo.
117
Os cubículos devem possuir porta de madeira ou metálica com soleira reforçada,
abrir para o lado de fora, estar provida de fechadura e aberturas para ventilação.
Na parede do fundo de cada cubículo deve ter afixada uma prancha de madeira
compensada.
14.7.2 DIMENSÕES E DETALHES As dimensões e suas partes devem ser as seguintes:
a) Cubículo:
· altura: corresponde à altura do andar;
· largura: mínimo de 80 cm;
· profundidade: mínimo de 30 cm;
b) Abertura na laje:
· duas aberturas quadradas de 20 x 20 cm.
c) Porta do cubículo:
· altura de 200 cm;
· largura: igual à largura do cubículo;
· espessura: de acordo com o material empregado na porta.
d) Soleira da porta com 10 cm de altura;
e) Prancha de madeira:
· dimensões: mínimo de 80 cm x 100 cm;
· espessura: 25 mm.
O leito tipo escada deve ser de 1250 cm x 150 cm, confeccionada com ferro tipo "L"
de 19 mm x 3 mm, com as transversais de ferro de 19 mm x 3 mm e, podendo os
degraus serem montados em solda. A ferragem deve ser pintada na cor cinza
claro. (ver figura 174).
Figura 174 - Leito tipo escada
118
Figura 175 - Dimensões e detalhes do cubículo
14.7.3 LOCALIZAÇÃO Os cubículos do poço de elevação devem ser localizados em áreas comuns, em
"halls" de serviço, ou em áreas de fácil acesso, obrigatoriamente internas e
cobertas. Os cubículos do poço de elevação não devem ser localizados em "halls"
sociais, em áreas que dificultam o acesso aos mesmos, no interior de salão de
festas ou em cubículos de lixeiras.
14.7.4 DETALHES DE CONTRUÇÃO As aberturas nas lajes devem estar completamente livres de ferragens da estrutura
do concreto armado, canos, etc. e revestidas internamente com argamassa. As
paredes internas do cubículo devem ser devidamente acabadas. O piso deve ser
nivelado e devidamente acabado.
A prancha de madeira deve obedecer às seguintes características:
a) Madeira compensada, aparelhada, à prova d'água e tratada contra o ataque de
cupim;
b) Deve ser colocada centralizada na parede do fundo do cubículo ficando seu
centro a 130 cm do piso acabado;
c) Deve ser firmemente fixada com buchas e parafusos adequados;
119
d) Deve ser pintada com tinta a óleo ou esmalte semi-opaco na cor cinza claro. A
ferragem deve ser fixada na parede lateral do cubículo com afastamento de 5 cm,
conforme figura 175. Colocar buchas nas terminações da tubulação. Os cubículos
devem ser interligados quando:
a) Não forem alinhados (ver figura 177);
b) Terminar numa caixa de distribuição geral (ver figura 177).
A interligação de cubículos não alinhados deve ser feita conforme segue:
a) Três eletrodutos de 75 mm em cada lado do cubículo:
b) Um eletroduto de 13 mm em um dos lados do cubículo;
c) Os eletrodutos devem ser metálicos ou de PVC rígido;
d) As extremidades dos eletrodutos devem estar posicionadas conforme mostra a
figura 177.
14.7.5 SALA DO DISTRIBUIDOR GERAL A sala do distribuidor geral, também denominada sala do DG, substitui a caixa de
distribuição geral nas edificações em que o número de pontos telefônicos
acumulados é superior a 280, exigindo a instalação e terminação de cabos
telefônicos de grande capacidade.
CARACTERÍSTICAS
Figura 176- Interligação com a caixa de distribuição geral Figura 177- Interligação de cubículos não alinhados
120
A sala do DG é uma área de uso exclusivo da concessionária, construída em
alvenaria, de altura igual à do andar onde está localizada, tendo porta de madeira
ou metálica, vitrô do tipo basculante e iluminação interna. Numa das paredes
internas deve ser instalada uma prancha de madeira destinada à fixação de blocos
terminais, fios e cabos telefônicos da rede interna e externa da edificação. A sala
do DG substitui em alguns casos a caixa de distribuição geral n.º 7 (150 x 150 x 15
cm).
DIMENSÕES
A sala do DG deve ser determinada observando-se os seguintes critérios:
a) O número de pontos telefônicos acumulados determina a capacidade dos cabos
telefônicos que devem ser utilizados;
b) As características construtivas da área disponível na edificação;
c) O posicionamento da tubulação de entrada primária e secundária do andar;
d) A localização e posição da sala em relação à prumada telefônica ou poço de
elevação;
e) A sala deve ter uma largura mínima de 2 m, o que permite um espaço livre
interno para circulação de pelo menos uma pessoa.
De acordo com o número de pontos telefônicos acumulados e servindo apenas
como orientação, as áreas mínimas da sala do DG devem ser obtidas conforme
segue:
a) Nos edifícios com quantidade acumulada de até 1000 pontos telefônicos, a sala
deve ter 6 m2;
b) Nos edifícios com quantidade acumulada superior a 1000 pontos telefônicos,
adicionar 1 m2 para cada 500 pontos telefônicos ou a fração que ultrapassar os
1000 pontos.
LOCALIZAÇÃO
A sala do DG deve ser localizada preferencialmente no pavimento térreo,
eventualmente em subsolos que não estejam sujeitos a inundações e sejam bem
ventilados, ou no primeiro andar, de acordo com as características da edificação. O
acesso à sala de DG deve ser através das áreas de uso comum da edificação.
Sempre que possível, a sala deve ser posicionada imediatamente abaixo do poço
de elevação ou da prumada telefônica convencional (ver figura 178).
121
Figura 178 - Posicionamento da sala do DG
Obs: A sala do DG não deve estar localizada em área de garagem.
DETALHES DE CONSTRUÇÃO As paredes devem ser construídas em alvenaria, revestidas com argamassa,
acabamento liso e pintadas. O piso deve ser elevado em relação ao piso da área
externa à sala, nivelado e revestido com piso vinílico, cerâmica ou similar.
O vitrô, do tipo basculante, deve ser instalado em uma das paredes, próximo ao
teto. A prancha deve ser de madeira compensada, aparelhada, à prova d'água,
tratada contra cupim, pintada com tinta a óleo ou esmalte sintético, na cor cinza
claro. A prancha de madeira deve ter 200 cm de altura, largura de acordo com as
dimensões da sala, espessura de 25 mm. Deve ser fixada com buchas e parafusos
apropriados e compatíveis com a parede, ficar com a frente livre e não possuir
frestas ou saliências.
A iluminação interna deve ser com lâmpada do tipo fluorescente e compatível com
a área da sala, devendo o interruptor estar localizado dentro da sala. A luminária
deve ser posicionada de modo a não fazer sombra de objetos ou pessoas na
prancha de madeira. Instalar uma tomada elétrica, próximo à prancha de madeira,
de 110 ou 220 V, conforme a tensão da localidade.
A porta deve ser de madeira ou metálica, equipada com fechadura, altura de 210
cm e largura de 70 cm, sendo a abertura mínima de 90º. A tubulação telefônica,
quando instalada no piso, deve terminar rente ao piso.
Colocar no interior da sala, em uma das paredes, um extintor de incêndio com gás
carbônico (CO2) e com capacidade de 4 quilos.
A sala não deve possuir tubulação de esgoto ou água expostas no teto ou parede.
As figuras 179,180 e 181 apresentam as características, dimensões e alguns
detalhes da sala do DG.
122
Figura 179 - Posicionamento da sala do DG
Figura 180 Figura 181- Detalhes da sala do DG - Corte A - A
Figura 181- A Detalhes da sala do
DG - Corte B - B
123
14.7.6 PRUMADA TELEFÔNICA A prumada telefônica de um prédio corresponde a um conjunto de meios físicos,
dispostos verticalmente e destinados à instalação de blocos e cabos telefônicos.
As prumadas, de acordo com as características, finalidade do prédio e o número de
pontos telefônicos acumulados, podem ser do tipo: convencional, poço de elevação
ou dirigida.
LOCALIZAÇÃO
A prumada telefônica deve localizar-se em áreas comuns do prédio e que
apresentam maior continuidade vertical, do último andar até o andar térreo, onde
geralmente está situada a caixa de distribuição geral ou sala do DG ( ver figura
183).
Figura 182 - Interligação do
cubículo não alinhado com a sala
do DG
Figura 183 - Interligação do
cubículo alinhado com a sala do
DG
A figura 183 mostra uma sala de DG
no mesmo alinhamento vertical do poço de elevação e em andar não
imediatamente abaixo do cubículo, cuja interligação deve ser feita através
de eletrodutos de 75 mm.
124
Figura 183
14.8 INSTALAÇÃO DE FIAÇÃO, TOMADAS E ACESSÓRIOS A instalação dos fios telefônicos deve ser feita em todos os lances de tubulação
secundária, da caixa de distribuição do andar até a primeira caixa de saída da
edificação.
Da caixa de distribuição do andar até a primeira tomada, pode ser utilizado o fio
telefônico FI-60-R, com os dois condutores de 0,60 mm de diâmetro, trançados,
estanhados e com isolamento reforçado de PVC na cor cinza, ou cabo CCI 2 pares.
Os fios devem ser contínuos e sem emenda nos lances de tubulação. A partir da
primeira caixa de saída, deve ser utilizado o cabo CCI de dois pares, codificado por
cores.
Nas caixas de saída deve ser deixada uma sobra de 40 cm de cabo. Os fios devem
ser conectados em todas as tomadas instaladas, de forma que possibilite a ligação
dos aparelhos telefônicos sem a necessidade de remoção dos espelhos, de acordo
com o esquema apresentado na figura 185.
125
Ao conectar os fios nos bornes da primeira tomada, o condutor deve dar uma volta
no parafuso, no sentido do aperto (ver figura 184).
Figura 184- Conexão dos fios na tomada
Conectar no borne L1 da tomada o condutor cujo isolamento possui uma saliência
indicando a polaridade. Cabe ao construtor indicar os pares dos fios
correspondentes a cada apartamento nas caixas de distribuição dos andares.
Figura 185- Ligação de tomadas na extensão
Para ligações das demais tomadas, deve-se seguir o procedimento abaixo:
a) As tomadas, via de regra, não tem o indicativo necessário para o devido
posicionamento da fiação. Visto isto, devemos considerar as indicações de fiação,
incluindo padrão de cores, como as do pino padrão.
b) A linha de entrada deve ser ligada na primeira tomada considerando o pólo "a"
no borne correspondente ao pino L1 indicado como VM/AZ (vermelho/azul) e o pólo
"b" no borne correspondente ao pino L2 indicado como BC (branco).
126
c) Considerando as indicações do pino padrão como referência da fiação: VM
(vermelho), AZ (azul) e BC (branco), as ligações das demais tomadas deverão ser
realizadas conforme a figura 1852.
d) Deve-se ligar no máximo dois aparelhos como extensões com a campainha
ativa. As demais deverão ter obrigatoriamente as campainhas desligadas (fio azul
do aparelho desligado de qualquer pino).
Tomadas
Todas as caixas de saída devem ser equipadas com tomada padrão Telebrás
(TPP) e interligadas entre si.Todas as tomadas devem ser instaladas de tal forma
que os bornes L1 e L2 fiquem localizados na parte superior da tomada.
Os espelhos devem ser de dois furos, na medida 4 x 4 polegadas, com duas
tomadas, ou uma tomada e um obturador, conforme mostra a figura 186.
Figura 186- Fixação da tomada padrão
127
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5444: símbolos
gráficos para instalações elétricas prediais. Rio de Janeiro, 1989. INSTALAÇÕES elétricas residenciais. Santo André: Prysmian energia cabos e sistemas do Brasil S.A, 2006. Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Instalações elétricas Prediais. Disponível em : http://moodle.stoa.usp.br/file.php/1490/teoria/energia_potencia_fator.pdf. Acesso em: 20 abr. 2012. BALTAZAR, Eliton. et al. Manual do construtor instalações elétricas prediais.Porto Alegre: globo, 1980. MANUAL de Tubulações Telefônicas e Rede Interna em Edificações. 04 Jan.1999. Disponível em: http://www.fag.edu.br/professores/prvsarmento/Eletricidade_Eletrot%E9cnica/normatelef.pdf. Acesso em: 20 abr. 2012.
TUBOS, eletrodutos e conexões em aço carbono. Disponível em: http://www.confercon.com.br/index.php?c=118&s=132&lang=16. Acesso em 20 abr. 2012.