Mês de maio de 2016

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Mês 05 Portal Caminhos de Ogum www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com.br [email protected] 1 Diretor responsável Caio Augusto/ capa internet. Novidades, textos, eventos, matérias, tudo que você Umbandista procura.

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edição de maio de um dos maiores jornais de Umbanda de livre acesso compartilhe essa ideia!

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Diretor responsável Caio Augusto/ capa internet.

Novidades, textos, eventos,

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NOTA:

Comunicamos que, o Jornal de Umbanda

Sagrada Portal Caminhos de Ogum é um espaço

livre que altores enviam seus textos e trabalhos e

é comunicado a na mídia Umbandista, cada um

tem total responsabilidade por seu texto, então o

jornal em geral só si responsabiliza pela

montagem e divulgação!!! Boa leitura.

Redação:

Diretor Geral:

Caio Augusto

Colaboradores:

Douglas Elias;

Glauco Mariani;

Felipe Campos;

Hugo Lapa;

Orlando Aparecido;

Jean de Ogum;

Claudio Vieira;

Bruno Stanchi;

Maria Aparecida;

Rosana Souza;

Equipe Para Sempre Umbanda EAD;

Roberta de Souza;

Pablo Araújo

Flavio Fukuda

Correção e textos:

Equipe Geral

Artes e Distribuição:

Caio Augusto

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(Caio Augusto)

Fala pessoal eu estou trazendo um estudo que já saiu em revista vou repassar ele pois

acho que cada dia mais precisamos nos doutrinas e seguir nossos mestres, peço atenção

a leitura pois ajudara cada vez mais seu desenvolvimento.

O ESPIRITUALISMO DE RUBENS SARACENI

Revista Sexto Sentido N 30

O escritor Rubens Saraceni, babalorixá da umbanda e pesquisador de magia e

espiritualismo, vem se destacando no mero por entender que a mQdiuuice não pode estar

restrita a um ou outro Caminho Espiritual

- Alex Alprim -

Rubens Saraceni nasceu em 1951, e há mais de 25 anos exerce sua mediunidade e faz

seus estudos no campo da espiritualidade. Seus inúmeros livros já publicados são

psicografados, ditados e orientados pelos Mestres da Luz. Sua jornada, segundo conta, foi

iniciada no espiritismo de "mesa branca", passando posteriormente para a umbanda, onde

se tornou babalorixá.

No entanto, como gosta de deixar bem claro, o universo da umbanda não é o único no

qual ele se movimenta e realiza seus estudos, uma vez que o dom da mediunidade não

pode estar

restrito a uma ou outra linha religiosa, doutrinária ou de pesquisas.

Recebendo a outorga dos planos superiores para iniciar pessoas em magia, também

recebeu a autorização para começar a divulgar o que foi denominado "Magia Divina das

Sete Chamas", que explica em seus livros.

Hoje com mais de vinte livros publicados, Saraceni é um dos autores mais procurados da

editora Madras. Nesta entrevista, ele fala sobre seus estudos, sobre o aspecto teórico e

prático da umbanda, magia e espiritualismo em geral.

Qual a relação entre a umbanda e as .mensagens espirituais ditadas pelos Mestres da

Luz? Quem são os Mestres da Luz e como eles se encaixam na tradição umbandista?

Os Mestres da Luz são espíritos mentores da umbanda; são regentes de grandes linhas

espirituais, ainda que eles não se apresentem formalmente. Mas regem as gigantescas

correntes de espíritos e, através dessas psicografias, eles têm procurado passar noções

sobre o mundo espiritual.

Quais noções?

Principalmente, eles procuram transmitir às pessoas que a vida não se encerra aqui no

plano material, por isso é necessário que a pessoa vigie os seus atos, seus sentimentos, e

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trabalhe para que, quando vier a passagem para o outro lado, a pessoa esteja bem

preparada para vivenciar a sua realidade maior, que é a realidade do espírito. Então, eles

têm uma finalidade. Os livros às vezes mostram determinados eventos, determinadas

vivências, que muitos classificam como sendo um pouco chocantes, porque mexem na

ferida mesmo, sem muito rodeio; mas tudo isso visa despertar nas pessoas uma

conscientização.

O que é considerado chocante?

Quando se descrevem algumas quedas espirituais que aconteceram com pessoas. O

desencarne jogou essas pessoas de encontro a uma realidade que elas achavam que não

existiria; achavam que não teria aquela punição divina, que não viria para ela uma

sentença que a jogasse de encontro ao próprio universo sombrio que ela havia criado à

sua volta aqui na Terra.

Então, de acordo com essa visão, existe uma estrutura maniqueísta do mundo muito

próxima à que a moral cristã vem desenvolvendo nos últimos dois mil anos?

A moral cristã prega o seguinte: se você faz o bem, você vai para o céu; se você faz o mal,

você vai para o inferno. Ela está correta, só que temos de entender o que é esse céu e

esse inferno. Para nós, o céu são as faixas de luz para as quais cada um é atraído por

afinidade de sentimentos, afinidades vibracionais; e o inferno também são faixas

específicas da Criação, para as quais são recolhidos espíritos que, aqui em cima, no plano

material, não desenvolveram sua consciência. Se nós simplificarmos, está correto. A

pessoa é atraída pelas faixas vibratórias com as quais tem afinidade. Esse é o céu e o

inferno para mim - e dentro da umbanda também é isso.

Seria semelhante às teorias das sintonias dos grandes mestres ascensionados, com as

pessoas sintonizadas com faixas de mais ou menos luz?

É isso mesmo. Essa é uma consciência que está se desenvolvendo muito rapidamente

dentro da umbanda e sendo bem aceita, porque nos explica o porquê da existência do

suposto inferno: ele não existe por acaso, porque tem a finalidade de recolher espíritos

que, de uma forma ou de outra,sofreram regressões conscienciais quando passaram pela

carne.

Qual o ponto em comum entre aumbanda, o candomblé e o espiritismo hoje?

O ponto em comum das três é a manifestação dos espíritos através da incorporação das

mensagens, ainda que no candomblé a dinâmica seja um pouco diferente da dinâmica da

umbanda, e totalmente diferente da dinâmica do espiritismo. A umbanda mantém a ponte

de contato tanto com o candomblé quanto como espiritismo. Todas essas três doutrinas,

ou essas três religiões -vamos colocar assim - têm como ponto em comum a mediunidade

como sustentação. No candomblé, tem de haver a manifestação do orixá; na umbanda,

tem de haver a manifestação dos espíritos e, eventualmente, do orixá do médium; e no

espiritismo, existe a manifestação das entidades e o trabalho desenvolvido pelos espíritos

que incorporam nos médiuns, curando e orientando as pessoas - tudo visando 0

crescimento e a melhoria do ser.

Como você encara, na umbanda e no candomblé, prática de sacrifícios animais,

principalmente com relação ao conhecimento que os Mestres de Luz vêm trazendo?

Quando estudamos um pouco o candomblé, vemos que o sacrifício animal tem uma

função específica já tradicional, secular. Então, nada contra, porque é algo que já vem de

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gerações. A umbanda não adota sacrifícios de animais. Algumas pessoas que transitam

tanto no candomblé quanto na umbanda fazem, mas a umbanda em si não adota

sacrifícios animais. Ela não condena. Acho que cada um tem o seu processo de feitura de

trabalhos, sua dinâmica, que deve ser respeitada. No verdadeiro candomblé, o sacrifício

só é ritualizado em ocasiões muito específicas, mas vemos pessoas não-preparadas

desvirtuando, desenvolvendo métodos próprios que consideram que para tudo tem de

haver sacrifícios. Os verdadeiros praticantes do candomblé, pessoas muito bem

preparadas, dizem que o sacrifício é muito raro e, mesmo assim, é tirado só o axé do

animal, porque o alimento é compartilhado na ceia coletiva.

Como é a estrutura tradicional da umbanda, e que caminhos evolutivos ela está seguindo

nos últimos anos?

A estruturação da umbanda começou por volta de 1908, com o médium Zé Fernandino de

Moraes, quando, através dele, foi dito que estava se iniciando uma religião e que todos os

espíritos seriam bem-vindos a ela. A faculdade de incorporação é anterior à umbanda,

candomblé e espiritismo, mas ali estava o marco inicial, estruturado na manifestação dos

espíritos por nomes simbólicos, tal como o próprio fundador da religião, o espírito chamado

Caboclo das Sete Encruzilhadas, os sete cruzamentos, as sete irradiações. Os espíritos se

manifestariam não com nomes próprios, mas como símbolos das hierarquias às quais

estavam ligados, entre caboclos, pretos velhos, crianças, exus.

Ela se expandiu muito rapidamente, porque tinha o amparo do Astral, e se estruturou

assim: o espírito se manifesta, auxilia o encarnado que vai até ele e, ao mesmo tempo, vai

passando uma doutrina de vida, de melhoria de consciência. Com aquele linguajar simples

deles, bem direto e objetivo, eles vão tocando nos pontos que interessam àquela pessoa

e, a partir dali, a pessoa vai despertando para a realidade do espírito. Então, a religião

procura trabalhar as pessoas. Sua estrutura tem o objetivo de resgatar as pessoas para a

realidade espiritual. Não é um processo rápido, violento, mas um processo de atração

permanente, principalmente voltado ao ser humano que está passando por dificuldades.

Como você começou a psicografar? Já havia psicografia na umbanda?

Se existia a psicografia pura, eu não tenho elementos para falar sobre isso. Existiam

muitos escritores de umbanda desde o começo do século. Eles poderiam estar escrevendo

inspirados, mas sem dar essa conotação. Quando eu iniciei a psicografia - com alguns

livros que foram publicados e outros que não foram - e quando surgiu O Guardião da Meia-

Noite, que foi um marco na umbanda como psicografia de um médium umbandista, isso foi

um pouco assustador porque a psicografia estava associada ao espiritismo, ao

kardecismo. Na época, eu recebi críticas de irmãos kardecistas; pois, se eu era da

umbanda, como é que podia psicografar? Médium é médium, seja da umbanda,

candomblé ou espiritismo - não importa a doutrina que ele siga. Eu mostrei que o dom da

pessoa independe da formação religiosa; tendo o dom, ela canaliza o que o astral quer.

Um tem dom para psicografar, outro para fazer pinturas mediúnicas, dar consultas, ler as

cartas, as mãos...

E hoje isso já é aceito? Existem outros trabalhos desse tipo?

Já. Quando o Pai Benedito se manifestou, incorporado mesmo em mim, e conversou com

a minha esposa, ele disse que estava começando a psicografia na umbanda, que a

espiritualidade estava iniciando um processo de psicografia nos moldes do kardecismo

através de médiuns dentro da umbanda. Ainda estava sendo considerado um fenômeno,

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mas com o tempo outros surgiriam. E, de fato, passaram uns cinco ou seis anos depois de

eu estar psicografando, e outros médiuns da umbanda começaram a chegar a mim e dizer

que estava acontecendo a mesma coisa; estavam psicografando livros e até tinham medo

de falar. Pai Benedito falou que muitos espíritos estão preparados para trazer romances

mediúnicos, histórias sobre espíritos ou vivenciadas há séculos ou milênios, tendo como

fundo a vida de espíritos que são grandes mentores da umbanda e que comandam um

trabalho imenso em benefício da humanidade. Eu já conheço dezenas de pessoas que

estão psicografando, médiuns desenvolvidos dentro da umbanda.

Fale um pouco sobre o trabalho espiritual que você vem desenvolvendo ultimamente.

Estou desenvolvendo vários trabalhos paralelos, todos visando o crescimento das

pessoas. O mais marcante tem sido o trabalho de magia, porque nela nós não

diferenciamos as pessoas, nem por seu grau escolar, nem por sua religiosidade.

A magia é neutra e praticada por todas as pessoas que queiram aflorar o seu dom íntimo.

Outro campo em que venho desenvolvendo um trabalho muito grande é na teologia da

umbanda. Comecei esse trabalho mais ou menos em 1996, e foi difícil falar nisso porque

era uma coisa inédita até então - nem existia esse termo na umbanda. É outra inovação

que, hoje, muitas pessoas já estão usando na umbanda, com cursos de teologia da

umbanda, ou seja, o estudo do universo divino. Ele veio ao encontro da necessidade do

momento dentro da religião, e está começando a gerar muitos trabalhos.

Também visa dotar a religião de um conhecimento próprio dela, não mais dependente de

outras doutrinas, sem precisar buscar lá fora e adaptar para a umbanda. As pessoas não

precisam buscar no espiritismo ou no candomblé a explicação para os mistérios que fluem

através de sua prática religiosa.

Em várias estruturas religiosas, em especial as afro-brasileiras, parece existir uma forte

tendência a tentar adaptar a linguagem mágica européia do período renascentista - mais

recentemente, das vertentes americanas ligadas aos mestres ascensionados e agregar

essa linguagem à sua religiosidade. Como você vê essa situação em seu trabalho?

A teologia que estamos desenvolvendo é pura, fundamentada unicamente nos orixás, sem

recorrer às doutrinas alheias para extrair de lá a explicação dos mistérios. Houve a

revelação do que nós classificamos como os fatores de Deus, as qualidades divinas. A

partir daí foram desenvolvidos vários livros como a Gênesis da Umbanda, Código de

Umbanda, Sete Linhas de Umbanda, Orixás Ancestrais, livros que, fundamentados no

mistério orixá, explicam tudo que a pessoa precisa saber sem recorrer ao candomblé, ao

espiritismo ou a qualquer outra doutrina.

O mistério orixá começou a ser explicado de uma forma que eu chamo de científica,

porque ela tem uma lógica, segue um padrão repetitivo, explicando o mistério para a

época em que vivemos. E isso é o que traz às pessoas a satisfação quando estudam

teologia, porque explica o universo divino de uma forma muito ordenada, não mitológica,

mítica ou mística, mas racional. Isso, somando-se à magia, criou todo um universo que

completa a umbandista, porque a umbanda é uma religião mágica por excelência.

O trabalho dos guias espirituais é realizar magias que beneficiem as pessoas, magias que

utilizam elementos da natureza, sejam ervas, flores, frutos, pedras, sementes ou raízes:

tudo é elemento mágico que eles utilizam para curar pessoas, limpar ambientes, etc.

Então, trouxemos também uma magia nova, cada etapa fundamentada em um elemento:

magia das chamas, magia das ervas, magia das pedras, do pó, etc. São vinte e um graus

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no total, e tudo vai sendo explicado de forma racional. A nossa teologia é bem racionalista;

estuda os mistérios de Deus a partir de uma interpretação trazida pela espiritualidade, uma

interpretação superior, não criada aqui pela nossa mente terrena. A magia não está

conectada diretamente à umbanda; a teologia sim, foi pensada pela espiritualidade, pelos

Mestres da Luz, para religião de umbanda, mas é uma fonte de informações pra qualquer

pessoa.

E, de uma forma geral, como você vê o desenvolvimento do espiritualismo hoje?

O espiritualismo sempre foi praticado pela humanidade sob muitos nomes, mas hoje em

dia eu vejo o espiritualismo assumindo o seu lugar em função do próprio relaxamento dos

preconceitos. Tivemos um período de perseguição às práticas espiritualistas, qualquer que

seja o nome que se dê a essas práticas.

Hoje o espiritualismo tem uma grande oportunidade de se firmar como alternativa para

evolução das pessoas. Se cada religião tem os seus dogmas e doutrinas, até fazendo com

que o fiel desenvolva dentro de si determinados preconceitos contra outras religiões, o

espiritualismo é irreligioso.

O espiritualismo seria a chave do processo evolutivo humano neste plano?

Com certeza, porque dando às pessoas a oportunidade de manifestar os seus dons, dons

dos espíritos, é que essas pessoas vão encontrar a si próprias, vão se conhecer. Os dons

dos espíritos têm de ser vivenciados aqui na carne. Em determinados segmentos

religiosos esses dons são reprimidos e vistos como coisas demoníacas, mas essas

pessoas não entendem nada de dons. Dom é uma qualidade que o espírito desenvolve e

que se torna um meio para que todo um universo oculto flua através dele, um universo

espiritual, divino. O espiritualismo tem a grande oportunidade, agora, de não se deixar

levar pelas influências do dogmatismo. O dogmatismo mata tudo.

Qualquer dogma mata uma estrutura religiosa?

Mata, porque se as pessoas começam a dizer que só um dom é aceitável e os outros não,

que a pessoa pode incorporar um guia espiritual mas não pode psicografar, ou pode

psicografar mas só pode falar de Jesus (pois, se falar de um orixá ou caboclo é heresia),

então já matou. É isso que faz o espiritismo. Com todo o respeito que eu tenho, o

espiritismo dogmatizou a mediunidade de psicografia, porque só se pode falar de Jesus.

Se um médium kardecista encostar um espírito que não professe, ou não professou o

cristianismo em sua última encarnação, e não fale as verdades na linguagem ali

codificada, ele é bloqueado.

Nós não devemos deixar que esses dogmas existam dentro da umbanda. O dom é meu,

eu conquistei. Sei lá quantas vidas eu precisei viver aqui na Terra para desenvolver esse

dom e, se hoje ele flui naturalmente, eu não vou dizer que só tenho de escrever sobre

orixás. Em meus livros escrevo sobre tudo. Em A Princesa dos Encantos falo sobre o

nascimento do hinduísmo, em O Livro da Vida falo sobre Akhenaton; e falo sobre o

surgimento dos templários na Europa, do início da civilização egípcia, etc.

O importante é o que esse espírito viveu no passado. Pouco importa se esse espírito de

hoje se manifesta na umbanda com o nome simbólico de caboclo tal, se o grande

momento dele, sua grande experiência humana foi na índia, no Egito, na Mesopotâmia, na

Europa ou no Brasil pré-cristão. Espírito não tem identidade.

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Você gostaria de deixar alguma mensagem para as pessoas que estão se iniciando nesse

caminho espiritual, não só da umbanda mas na espiritualidade de uma forma geral?

Na espiritualidade de uma forma geral, todas as vias de crescimento para o ser humano,

colocadas por Deus à nossa disposição, são boas.

Eu não desenvolvi dentro de mim esse preconceito de que a minha é melhor, a do fulano é

pior; para mim, todas são boas. Então, eu digo às pessoas, que queiram se iniciar ou

estão se iniciando, que façam sua caminhada sem temor. Confie que tudo está sendo

conduzido pelo Superior. Mas procure se instruir; procure aprender e não colocar

bloqueios dentro de si mesmo, contra isso ou aquilo, mas sim ir até cada coisa e aprender

sobre ela, e delas extrair o seu juízo, a sua experiência, porque isso é que vai contar.

Revista Sexto Sentido

Número 30

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(Caio Augusto)

Guardião do Fogo Divino Páginas: 224

Release: Descrição: O Guardião do Fogo Divino narra a trajetória de vida do

Caboclo Sete Pedreiras durante os séculos de sua existência, desde sua

infância, e sua longa jornada à procura do grande amor de sua vida. José, o

personagem que possui poderes mágicos e que com eles ajuda e orienta as

pessoas, conhece, de tempos em tempos, todos os seus pais e mães

espirituais e, assim, vai aprimorando cada vez mais os seus poderes. O

Guardião do Fogo Divino era seu mestre pessoal. Release: O Guardião do

Fogo Divino narra a trajetória de vida do Caboclo Sete Pedreiras durante os

séculos de sua existência, desde sua infância, e sua longa jornada à procura

do grande amor de sua vida. José, o personagem que possui poderes

mágicos e que com eles ajuda e orienta as pessoas, conhece, de tempos em

tempos, todos os seus pais e mães espirituais e, assim, vai aprimorando

cada vez mais os seus poderes. O Guardião do Fogo Divino era seu mestre

pessoal. No desenrolar dessa história, você mergulhará em uma grande

viagem pelas diversas dimensões da Vida regidas pelos Tronos celestiais -

regentes da natureza - e perceberá, no fim, que todos nós somos aprendizes

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dos verdadeiros mistérios da Vida. Acompanhe esta longa e interessante

jornada! Ao final, você perceberá que todos os caminhos terminam

exatamente onde começaram..

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(Glauco Mariani)

Ao adentrar em um Centro ou Terreiro de Umbanda, quem está aguardando

uma consulta ou um passe já se acostumou aos pontos que são cantados. Os

pontos são uma das formas de trabalho, ou seja, num terreiro temos:

-Ponto para abertura da Gira

-Ponto para defumação

-Ponto para bater cabeça

-Ponto para trazer as linhas de trabalho

- E ponto para fechamento da Gira.

Os pontos são cantados pelos Ogãns da casa e acompanhados por todos os

filhos e assistência. Como de certa forma a grande maioria das pessoas que

frequentam um terreiro, vieram por exemplo da igreja católica onde

também existem cantos, porém os mesmos são para os santos católicos, os

pontos na Umbanda não causam nenhum desconforto, muito pelo contrário

a energia que emana desses pontos envolve tudo e todos de maneira

harmoniosa e confortante.

Cada linha de trabalho tem os seus pontos específicos e pode acontecer de,

por exemplo, você ouvir um ponto de caboclo em um terreiro e em outro

terreiro um ponto de caboclo completamente diferente, não existe nenhum

problema nisso pois se o ponto é diferente ou as vezes até desconhecido

pelo fato de ser específico de outra casa, quando é cantado com Fé e

respeito e tem fundamento é o que importa.

Quem nunca se lembrou de um ponto quando está em seu lar acendendo

uma vela ou quando come um doce e lembra um ponto de erê, não só no

nosso lar mas também em qualquer outro local que estamos.

Claro que não iremos cantar um ponto na rua ou em outro local publico,

pois existem outras crenças e devemos respeitar, mas existem alguns

pontos que fazem parte da vida de cada um e remetem a alguma situação

ou lembrança e acabam ficando em nossa mente e no nosso subconsciente.

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Pode-se dizer que os pontos são uma forma de se rezar... Portanto rezamos

cantando e cantamos rezando.

Saravá Umbanda

Um abraço fraternal...

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(Hugo Lapa)

Jesus é visto pela igreja como o cordeiro de Deus que tira os pecados do

mundo. Mas por que ele é chamado de cordeiro? Em várias tradições da

antiguidade o cordeiro era considerado o animal preferido para os

sacrifícios. Esse era um costume muito comum não apenas entre os judeus,

mas também entre os hindus, gregos, hititas, persas e outros povos. O

cordeiro ou o bode eram muito utilizados em sacrifícios.

No Judaísmo, era lançado no cordeiro todos os males e pecados de um

grupo, e posteriormente se realizava o sacrifício dele. O sacrifício ocorria

na páscoa judaica. Páscoa em hebraico significa Pessach (passagem) e

celebra a libertação do povo hebreu do Egito conforme está descrito no

livro Êxodo da Bíblia. Conta a tradição que na décima das dez pragas do

Egito, Moisés pediu a cada pessoa que sacrificasse um cordeiro e colocasse

seu sangue na porta de suas casas, e assim, a praga não se abateria sobre

eles, mas apenas sobre aqueles que não seguissem esse sacrifício. Desde

então, os judeus praticam o sacrifício do cordeiro na páscoa, lembrando a

libertação do povo da escravidão.

Segundo a crença popular, quando o cordeiro fosse sacrificado, ele levaria

consigo todo o mal que a ele fosse destinado. Esse era um ritual de

apaziguamento das transgressões cometidas, onde se buscava aliviar as

faltas diante de Deus. Os sacrifícios de apaziguamento foram praticados em

abundância por muitas culturas na antiguidade, mas nem sempre o cordeiro

era o animal utilizado. Dessa prática nasceu a expressão “bode expiatório”,

ou seja, aquele que é eleito por um grupo de indivíduos cuja função é

acumular culpas que não são dele, mas que pertencem a todos. O grupo

escolhe o bode expiatório para não ter que arcar com a culpa de algo ou não

sofrer as devidas consequências.

Assim, a ideia do cordeiro como animal a que se deve sacrificar foi

associada a Jesus. Para o cristianismo primitivo, Jesus era o cordeiro de

Deus que veio ao mundo com o propósito de ser sacrificado, e com isso se

obter o apaziguamento, o alívio ou a anulação dos pecados da humanidade.

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É certo que Jesus não sabia que esse seria a sua missão, mas ao longo do

tempo foi tomando consciência de sua tarefa. João Batista já sabia que

Jesus era o cordeiro escolhido por Deus. Vemos em (João 1:36) João

Batista dizer a dois de seus discípulos “Eis o cordeiro de Deus” quando viu

Jesus pela primeira vez. Depois de João anunciar Jesus como o cordeiro, os

dois discípulos que antes seguiam a João passaram a seguir Jesus.

A ideia do sacrifício como ato de libertação dos pecados coletivos é uma

das pré-condições para a iluminação espiritual. Para o avatar (o espírito

mais elevado que vem ao mundo trazer a presença divina), a própria

encarnação já pode ser considerada um ato de sacrifício, posto que essa

alma abdicou momentaneamente de sua condição celeste para vir ao

mundo, um local de sofrimento, erro, dor e morte. Seria análogo ao homem

rico que desfruta de sua fortuna e decide ir a lugares muito pobres,

miseráveis, viver com os mendigos, com o objetivo de ensina-los uma

profissão para que saiam da pobreza. O homem rico precisa então se vestir

como mendigo, falar como mendigo, sentir toda a miséria de ser um

mendigo para poder se comunicar com eles. Um avatar vem ao mundo, se

“veste” como ser humano, ou seja, encarna num corpo físico grosseiro e

denso como o corpo terrestre, fica submetido a todos os sofrimentos e

carências do mundo, para ensinar os homens o amor e a paz espiritual.

Dessa forma, o próprio nascimento e a vida já são, para um iluminado que

vem a Terra, um ato de sacrifício. No entanto, alguns poucos avatares

escolhem ser submetidos a um sacrifício mais grave, com tortura, dor e

morte, para que o sacrifício dê força à mensagem, toque o coração das

pessoas e as faça enxergar certas facetas negativas de si mesmas. Muitas

pessoas se sensibilizaram com o sofrimento de Jesus, e assim, passaram a

olhar mais atentamente para suas próprias atitudes, principalmente aqueles

que gritaram para que fosse crucificado.

Imagine que, na época de Jesus, nós fomos as pessoas que pediram que ele

fosse crucificado em lugar de Barrabás, o ladrão. Pôncio Pilatos então

lavou as mãos e entregou Jesus para a crucificação. Após a sua morte, vem

a ressurreição e descobrimos que Jesus era um homem magnifico, um

espírito iluminado, um representante de Deus na Terra. Nesse momento,

paramos para refletir nos motivos que nos levaram pedir a sua crucificação.

O que existe dentro de mim que desejou ver um representante de Deus

sofrendo na cruz? Que instinto é esse que habita em meu interior que não

me permite ver a verdade e ainda luta contra ela? Por que escolhi um ladrão

ao invés de escolher Jesus? Assim, muitas reflexões brotariam de uma

atitude como essa e isso nos ajudaria a entender como funciona o mal que

existe em nosso interior e que rechaça a verdade trazida por Deus.

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Assim, o sacrifício de Jesus na cruz pela humanidade ajudou na evolução

coletiva dos espíritos terrestres, pois muitos se sensibilizaram com o seu

sofrimento e começaram a olhar para dentro de si mesmos tentando

entender o que existe de trevoso dentro de nós que permite a um homem

iluminado como Jesus ser morto por nosso egoísmo, nosso orgulho, nossas

mesquinharias. Ainda hoje a humanidade sacrifica grandes homens pela

sua ignorância; ainda hoje escolhemos os ladrões ao invés dos homens

decentes, honestos e elevados; ainda hoje escolhemos os picaretas que nos

dão soluções fáceis e cômodas ao invés dos gurus ou terapeutas honestos

que nos mostram verdades que somos resistentes em enxergar. Ainda hoje

nós condenamos os espíritos mais elevados, prova disso são os constantes

ataques que os maiores espíritos que vêm à Terra sofrem por parte da

maioria da população. Muitas vezes em nossa sociedade o mal é defendido

e o bem é atacado. O sacrifício pelo bem realizado por um espírito elevado

ajuda a transformar algo dentro de nós e nos faz enxergar as coisas mais

claramente. Saber que foi o próprio povo que sacrificou Jesus nos dá uma

dimensão do quanto nós precisamos ver a nós mesmos com toda a

sinceridade. Por que sacrificamos o bem em nome do mal? Por que

escolhemos manter o pecado, ao invés de optar pelo bem? Se Jesus viesse

novamente, não há dúvida que mais uma vez ele seria sacrificado, posto

que o ser humano mudou muito pouco em 2000 anos.

O filósofo grego Sócrates também foi vítima dos homens. Sócrates

discursava livremente, ajudava os jovens da época a expandirem sua visão,

a questionarem as crenças e os conhecimentos vigentes, a realizarem a

maiêutica, ou “parto de si mesmo”, nascendo mais uma vez para uma nova

visão de mundo. E no entanto, foi acusado de “corromper” a juventude. Sua

pena foi tomar um veneno chamado cicuta, morrendo logo em seguida.

Após a sua morte, muitas pessoas reconheceram a injustiça , olharam com

mais atenção para sua obra e tentaram entender o motivo da pena destinada

aquele visionário. Será que a luz de certos homens ofusca nossas trevas

interiores? O sacrifício desses homens torna mais nítida e patente a

escuridão que carregamos em nosso íntimo, e a partir daí, revemos nossas

prioridades na vida e temos a chance de nos transformar.

Galerinha vagas abertas para novos colaboradores e apresentadores para fazer parte da nossa equipe seja você mais um guerreiro desse Portal, contate via e-mail : [email protected] ou via face gratidão.

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TEOLOGIA DE UMBANDA | INICIO IMEDIATO

Neste semana iniciamos as turmas de 2016 do curso de Teologia de Umbanda (Modo Virtual).

Informações e reservas apenas por e-mail .

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(Adérito Simões)

Dentro da religião Umbanda, o transe mediúnico de incorporação,

chamado daqui em diante apenas de incorporação, é classificado em três

tipos: consciente, semiconsciente e inconsciente. Não abordaremos a tese

de que a incorporação consciente é apenas irradiação. Este tema não se

relaciona com a tese aqui abordada. O tema deste texto é a estabelecer um

ponto de vista diferente sobre o fenômeno da incorporação e a quantidade

de lembrança que o médium possui ao final dela.

Entendemos que a classificação das incorporações acima descritas

não guarda relação com a capacidade do médium em agir sobre seu corpo e

sim, com a capacidade que o mesmo possui de lembrar dos fatos ocorridos

durante a própria incorporação. A tese reinante sobre este assunto está

relacionada com a capacidade de uso do corpo com movimentos

voluntários. Contudo, ousamos dizer que esta classificação não está, no seu

todo, correta. Será que o médium inconsciente não lembra da incorporação

ou não está ali presente? Esta é uma pergunta interessante. Vemos

constantemente médiuns conscientes reclamarem que gostariam de ser

inconscientes e os poucos médiuns inconscientes que conhecemos hoje em

dia se vangloriam de sua condição afirmando que não interferem em nada

nas mensagens porque não estão ali. Contudo, verificamos durante as giras

que mesmo os médiuns inconscientes manifestam muito de si mesmo

durante as incorporações. Os trejeitos, as formas de pensar sobre as coisas,

as risadas e diversos outras características que sabemos ser do médium. É

fácil notar a presença do médium inconsciente durante a incorporação e

isto, não é um problema ou um demérito. Outro fato que reforça a presença

do médium inconsciente são suas sensações pós incorporação. Se estes

médiuns não estivessem ali durante a incorporação, ou seja, se suas almas

ficassem vagando pelo mundo espiritual ou mesmo dormindo ao lado do

corpo, não haveria sentido afirmarem que estão se sentindo pesados ou até

mesmo leves. A alma acompanha o corpo ou acompanha a alma? Se

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acompanha o corpo as entidades não poderiam ter uma. Se acompanha a

alma, seria levada embora no momento da desincorporação. Desta forma, é

fácil notar que, se o médium sente o peso ou a leveza, algo fora mudado em

sua estrutura e, para que isto ocorra, é necessária sua presença. Eliminamos

aqui a análise das dores musculares provenientes do esforço físico.

Verificando, durante as incorporações, que existe a presença do

médium inconsciente e verificando que médiuns inconscientes afirmam que

não se lembram de nada, podemos constatar que a diferença entre um

médium consciente, inconsciente e semiconsciente não é sua capacidade de

movimentar seu corpo como bem entender e sim, sua capacidade de

lembrar dos fatos quando estava incorporado. Não é esta a afirmação dos

médiuns inconscientes? Não lembrar de nada? Ora, se esta é a única

constatação que podemos ter porque concluímos que eles ali não estavam?

Não seria isto um mito criado? Você, leitor, lembra-se de todos os seus

sonhos? Obviamente, não. Porém, não concluímos que você não sonhou ou

que não estava no sonho. Concluímos apenas que não se lembra. O

sonâmbulo também não se lembra do que fez e nem por isso deixa de estar

presente no momento do sonambulismo. Não lembrar e não fazer parte do

processo são conceitos totalmente diferentes.

As incorporações assemelham-se aos sonhos e seu esquecimento

pode ter as mesmas causas, já que se relacionam com os mesmos fatos que

causam o esquecimento de qualquer ser humano em seu estado de vigília

(acordado). Não é exatamente isto o que alegam os médiuns

semiconscientes? Que parecem que estão em um sonho e, como em muitos

sonhos, não conseguimos controlar nosso corpo como gostaríamos? Quem

nunca sonhou que não conseguia correr, que não conseguia se levantar, que

não conseguia mover as pernas ou os braços? Suponho dizer que todos nós

já sonhamos com estes fatos e, nem por isso, dizemos que não estávamos

presentes por completo nos sonhos.

É fácil lembrar dos sonhos? Não. Somente quem dá importância aos

sonhos tem lembranças mais frequentes dos mesmos. Quem não dá a

menor importância aos sonhos raramente se lembra de algo. É fato que,

aquele passa a se dedicar a estudar o conteúdo dos sonhos, começa

automaticamente a lembrar-se melhor de seus sonhos. Sabemos que todos

os seres humanos sonham em todas as noites. Sabemos que até mesmos os

animais sonham. Sabemos também que a lembrança dos sonhos é mais

vívida na parte da manhã em especial quando acabamos de acordar e, ao

longo do dia, esta memória vai se perdendo. Sabemos também que não nos

lembramos do sonho por completo. Apenas fragmentos ou impressões

desconexas. Não é isto o que relatam os médiuns semiconscientes ou até

mesmo os inconscientes em alguns momentos? Afirmamos, assim, que

todos os médiuns estão ali presentes durante a incorporação. Seja o

consciente, o inconsciente e o semiconsciente. A diferença é que o médium

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consciente se lembra de tudo, o semiconsciente lembra-se de pouco e o

inconsciente não se lembra de nada. Isto não é mais lógico do que acreditar

que o médium se encontra em algum lugar vagando ou dormindo. Qual a

lógica desta constatação? Por que um médium seria colocado de lado para

não participar da incorporação? Que defeitos ele apresenta para não ser

capaz sequer de estar presente se até mesmo o médium iniciante e o

cambone ali estão ao lado dele? Por favor, não venham com a história de

que o médium vai para locais de estudo e trabalho espiritual. Para isto,

temos oito horas seguidas de sono todas as noites e nada justifica ter que

levá-lo da gira, tendo em vista que ali é o local mais ativo energeticamente

e o local em que o médium se faz mais necessário naquele momento. Qual

o sentido de se levar uma pessoa do local em que está ocorrendo um

enorme atendimento espiritual com lições valiosíssimas para a vida das

pessoas envolvidas? Existe aprendizado maior do que este? Para fechar este

raciocínio hermeticamente pergunto: “O bêbado que não se lembra do que

fez também não estava ali”? O bêbado estava também em um estado

alterado de consciência como é a incorporação.

A capacidade de nosso cérebro em guardar informação é limitada.

Não podemos armazenar tudo o que se passa no mundo. O cérebro

seleciona o que é mais importante e também aquilo que se repete

constantemente. É de conhecimento comum também que informações

desconexas são muito difíceis de guardar em comparação com as

informações ordenadas. Um poema sem sentido é muito mais complicado

de se memorizar do que um poema ordenado. Uma música com um refrão

repetitivo é mais fácil de ser memorizada do que uma música sem refrão.

O médium incorporado está em transe e assim, em um estado

alterado de consciência. Se a consciência está alterada, os fatos não se

sucedem como no estado de consciência comum. Isto é óbvio, mas é

preciso frisar. Se a consciência está alterada não podemos dizer que está em

seu estado comum. Logo, os fatos apreendidos pelo indivíduo que se

encontra em um estado alterado de consciência (transe mediúnico) são

captados pelo cérebro de forma diferente. Isto também é óbvio. Imagine

uma pessoa alcoolizada. Ela não está captando as informações que se

sucedem com ela da mesma forma que você que está ali sóbrio ao lado.

Além da falta de controle do corpo, existe o esquecimento de certos fatos

ou de todos os fatos. Dependo do tamanho do “pileque” que a pessoa se

encontra.

Portanto, quando ouvir ou disser que não se lembra de nada do que

aconteceu durante a gira, tenha em mente que foi apenas isso. Nunca

afirme mais do que isso, pois, se você não se lembra não pode dizer que

não estava ali. Se disser que não estava ali é porque se lembra. Certamente,

a divulgação deste texto irá mudar as histórias contadas pelos

pseudoinconscientes que passarão a dizer que passaram a se ver flutuando

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sobre seu corpo e vendo o guia atuando por meio dele. Também surgirão

inúmeras histórias destes mesmos médiuns pseudoinconscientes dizendo

que permanece no local andando pelo terreiro colhendo informações e

sabedoria. Não precisamos de pseudoqualquercoisa. Precisamos de

médiuns, sejam eles conscientes, semi ou inconscientes. Saravá a todos!

https://www.facebook.com/ParaSempreUmbandaEad

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(Alexandre Cumino)

Os Orixás pertencem a nós ou nós é que pertencemos a Eles? Temos a

posse de seu culto e o direito de reclamar esta posse, a quem queira cultua-

los fora de nossa realidade? Ou será que Eles, como Divindades, estão

muito acima de nossos egos e vaidades? Estão muito acima do direito de

posse?

Algum tempo atrás acompanhei uma discussão, sobre o fato de se cultuar

Yemanjá nos rituais de Wica, a Sacerdotisa Wica defendia que Yemanjá é a

Deusa, enquanto outras Sacerdotisas defendiam que a Deusa não poderia

ser Afro e Umbandistas acharam um absurdo “levar” Yemanjá para um

ritual Wica. Sabemos que Yemanjá, ao atender alguém, não lhe pergunta

qual a sua religião, logo a Sacerdotisa que se entenda com Yemanjá.

Já imaginaram o Papa reclamar o direito exclusivo em cultuar e amar a

Jesus e os demais Santos Católicos, todas as outras religiões Cristãs

deveriam “devolve-los” para Roma e nós Umbandistas teríamos que nos

desfazer de nosso sincretismo com os Santos e inclusive seriamos acusados

de deturpar o culto aos mesmos, já que somamos a eles os valores “afro-

amerindios”.

Ouvimos falar que certos Orixás não são da Umbanda, bem de quem eles

são então? Divindades têm donos? Podem alguns Orixás ser de Umbanda e

outros estarem nela por engano? Ao que sabemos todos Orixás tem a

mesma Origem Yorubá, a mesma origem nos Cultos de Nação, onde na

África cada Nação tinha o culto voltado ao seu Orixá, considerado o

ancestral de todos ali. Mas o Orixá tem vida própria, ele é Divindade, é um

Trono de Deus, não precisa de nós para existir e sim nós é que precisamos

deles para existir, mesmo que muitos de nós não o saibamos. Para atender

as necessidades de diferentes grupos sócio-culturais surgem novas

religiões, pois a cada dia surgem novas realidades, mas é sempre o mesmo

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Deus e claro as mesmas Divindades que ressurgem. Às vezes com nomes

diferentes e outras vezes com os mesmos nomes. Os Orixás aparecem na

Umbanda, mas já dentro de um outro contexto, diferente dos Cultos de

Nação, de outra forma , pois é uma religião diferente. O “preto-vélho” (que

para os Cultos de Nação é “egum” e não incorpora no mesmo “chão” que o

Orixá ), nos apresenta os Orixás, todos quanto ele conhece no Astral, todos

quanto ele cultua em espírito na “Aruanda”. E aqui na Terra, na matéria,

ainda se discute se estes Orixás são de Umbanda, que duvida podemos ter?

Se quem os apresenta a nós é o mesmo “preto-velho”, não há duvidas, pois

somos filhos destes Orixás. O filho reconhece o Pai e o Pai reconhece o

filho. Não teria o filho de mudar de religião, para continuar com o mesmo

Pai ou Mãe, já que uma vez reconhecida à paternidade divina dos Orixás,

pouco importa o que outros digam, o que importa é que ali ele foi

apresentado ao filho.

Apesar de termos um Pai e Mãe de Cabeça, somos filhos de todos

Orixás!!!

Texto publicado na Revista Espiritual de Umbanda S/N

(Bruno Stanchi)

Procurei Deus por toda parte, o procurei na Igreja, o procurei na Sinagoga,

o procurei na Mesquita, o procurei em Ordens Iniciáticas e Filosóficas. O

procurei no Centro Espírita e no Templo de Umbanda. Em cada um desses

lugares pude sentir sua presença, de formas diferentes, mas sem dúvida lá

Ele estava. Por horas, enquanto nesses lugares permanecia, O sentia.

Porém, ao sair, me desconectava e logo senti-ame vazio, uma lacuna se

abria em minha alma, na minha essência.

Peregrinei, caminhei, porém, a busca era em vão, até que, cansado de tanto

procurar, o encontrei onde jamais havia pensado procurar, o encontrei fora

de qualquer edificação humana, o encontrei na Natureza.

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Encontrei Deus no mar e senti o poder da vida, o encontrei na floresta, o vi

em cada árvore e o ouvi através do canto dos pássaros. O encontrei nos

montes e nas pedreiras, percebi seu poder e sua força. O encontrei nos rios

e nas cachoeiras, e lá, senti seu amor jorrar e tranquilamente inundar a

terra. No alto de uma colina o senti no vento, tocando-me e preenchendo de

alegria e de esperança.

Encontrei Deus na noite também, refletido na beleza das estrelas

iluminadas no firmamento, o vi nas encruzilhadas, nos entrecruzamentos da

vida.

Tendo encontrado Deus, dessa forma, olhei para mim e o encontrei mais

uma vez, todavia, dessa vez, não só o encontrei como o senti em sua

plenitude. Senti a Fé irradiar por todos meus sentidos, senti o amor Divino

correr pelas minhas veias, em meu sangue. Senti sua sabedoria desfazendo

minhas dúvidas. Senti que Ele é justo e, por sua justiça, me fez sentir parte

do todo e que tudo que por Ele foi criado está aqui, para ser vivido,

usufruído e, dignamente, posso me deleitar como parte da Criação. Senti

que com Ele tudo é ordem, não há caos, percebi que junto Dele evoluo e

posso transcender a mim mesmo. Senti que minha pequenez, aquela que eu

pensava existir, era ilusão, pois Ele me possibilitou ser um gerador de vidas

também.

Quando senti todo Seu poder irradiado em mim, compreendi que eu e Ele

somos um só, porque Ele está em mim. Quando percebi que Ele está em

mim, o reconheci também em todas as pessoas, com o mesmo brilho, a

mesma fonte viva e divina, o mesmo amor.

Já não o reconhecia simplesmente como o pai que outrora haviam me

descrito, mas o reconheci como Pai e como Mãe. Finalmente me senti

pleno, completo.

As dúvidas, os medos, os traumas, tudo se dissipou. Compreendi que sou o

único responsável por cuidar da minha vida. Compreendi que se quero

viver num mundo melhor, tenho que tornar-me melhor, fazer o melhor,

para mim e para a humanidade, usando meus dons e minhas potências

naturais.

Reconheci que, como filho, carrego em mim o gene Divino. Enfim, percebi

que Eu Sou, e se assim Sou, para encontrar-me com Deus, basta me

conectar comigo mesmo, assim O sinto pulsar em meu peito, O sinto

preencher minha alma, O sinto saturar-me de amor.

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Só assim, quando me senti repleto de Deus, percebi ao meu lado aquele

que, com aparência humilde, mas com semblante carregado de sabedoria,

me estendeu a mão, abraçou-me e me disse, com lágrimas nos olhos:

“enfim, você se encontrou”. Só nesse momento me dei conta de que fui

guiado por aquele mestre, o mestre que me fez encontrar-me com o meu

EU, e ele trazia em sua companhia aqueles que compartilharam toda essa

jornada, apesar de terem se mantido anônimos até então, o auxiliaram no

meu guiar, me guardavam nessa jornada ao meu encontro com o Divino.

Gratidão Mestre Pai Joaquim de Angola;

Gratidão bravo Guerreiro Tupinambá;

Gratidão Guardião das Sete Encruzilhadas;

Gratidão aos Senhores, meus irmãos mais velhos. Sem o amor de vocês por

mim, tudo teria sido mais difícil.

(Pablo Araújo)

As guias ou colares na Umbanda fazem parte da indumentária da religião e

é recurso mágico-religioso por excelência quando devidamente cruzados e

imantados pelos espíritos e guias protetores de Umbanda, pois os guias ou

mentores são os ativadores dos mistérios que se abrem através dos colares.

O colar no pescoço de um médium funciona como um pára-raios, um

campo protetor que se abre e miniminiza a sobrecarga que por ventura

possa venha atingi-lo. Caso o médium receba uma carga energética

negativa de 100%, o colar do guia ameniza essa carga em 80% e o médium

só sente o impacto de uns 20% da carga negativa. Por isso o colar ou guia

não deve ser visto como um simples adereço e sim como um instrumento

mágico fundamental para o uso nos trabalhos espirituais ou cotidiano caso

recomendado por um Guia Espiritual de Umbanda. Alem disso todo colar é

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confeccionado por elementos naturais, tais como: pedras de cristais,

minérios, porcelana, sementes, conchas, búzios, etc. Também são

colocados símbolos como: cruz, espada, machado, crânio, penas, etc. mais

também são amarradas fitas coloridas, branca, azul, amarela, verde, etc.

Cada elemento possui uma finalidade e tudo é ativador de mistérios, pois se

o colar é feito de cristais transparentes, essa guia é consagrada ao Pai Oxalá

e cada vez que a usamos, alem de abrir-se um campo protetor na força de

nosso Pai Oxalá e no seu elemento que é o quartzo transparente, também

abre-se um canal de comunicação através de cada esfera de cristal onde

passamos a ser monitorado e vigiado através delas pela Divindade ou Guia

responsável por aquela colar e ao detectar uma demanda ou um ataque

espiritual, daquelas esferas ou pedras do colar saem espíritos que atuaram

em nossa defesa, pois o colar é portal aberto e caso haja necessidade, é por

meio deles que somos ajudados, sem a necessidade do guia incorporar para

ajudar-nos. O colar também é u portal móvel e basta colocá-lo no chão

acender uma vela no centro dele e oferecê-la ao orixá correspondente e

dono desse colar, adentrarmos dentro do circulo com a vela em nosso

tornozelo e clamarmos a Olorum e ao Orixá dono daquele colar e pedirmos

que descarregue todas as energias negativas de nosso campo, nos

harmonize e nos equilibre, que em instantes já estamos com todo nosso

corpo físico e espiritual descarregado e nossas forças equilibradas e

harmonizadas com a criação de nosso Divino Criador Olorum. O guia

espiritual é o único que sabe manusear e ativar os recursos do colar com

100% de conhecimento de causa, porem aprendemos alguns significados

quando o colar é usado em determinadas posições em nosso corpo quando

o guia esta incorporado. Vejamos: Tradicionalmente o colar sempre é

usado em nosso pescoço e aberto para frente, criando assim todo um campo

protetor e abertura de passagem e troca de energias com as forças

localizadas a nossa frente. Porem quando o colar é usado em vertical ou

perpendicularmente, cruzado em nosso corpo e aberto para nossa esquerda,

caso seja um colar de Exu cria-se assim todo um campo protetor e abertura

de passagem e troca de energias com as forças localizadas a nossa

esquerda, onde passamos a ser descarregados e esgotados de todas as

energias negativas situadas em nosso campo e passamos também a ser

carregados energeticamente falando de energias vitalizadoras e

estimuladoras de nossas ações positivas e virtuosas. Por que colocamos

caso seja um colar de Exu? Porque à nossa esquerda quem rege são os

Orixás, Exu, Pomba-Gira e Exu-Mirim e mesmo existindo outras

divindades a nossa esquerda, na Umbanda é Exu que responde por todas as

forças e campos à esquerda. Porem como somos curiosos e investigativos

por natureza, vê que alguns guias em determinados trabalhos usam colares

de Orixás e Guia da direita aberto para os campos à esquerda, e quando um

colar de guia da direita esta aberta ou colocada transversalmente para nosso

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lado esquerdo, é que esse colar esta sendo um campo bloqueador de entrada

de energias das realidades à nossa esquerda, porem raramente vemos isso e

se o guia utiliza-os dessa forma é porque tem os seus motivos de bloquear

temporariamente a entrada de vibrações a nossa esquerda. Usa-se também

colares cruzados perpendicularmente abertos um para esquerda e outro para

direita. Geralmente esses colares usados no corpo de forma cruzada,

possuem uma polarização energética ou forma pólos complementares, por

exemplo, os guias geralmente usam colares cruzados amarelo (Mãe Iansã)

de um lado e vermelho (Pai Ogum) de outro, dois campos que se

complementam e trabalham em conjunto, poderia ser Marron (Pai Xangô) e

Laranja (Mãe Egunita), vimos também colares cruzados de baiano e

boiadeiro, como também colares de coquinhos ou olho de cabra (Pai

Baiano) cruzado para esquerda e amarela (Mãe Iansã) cruzado para direita,

ambos formam polaridades, pois a linha dos baianos é Regida por Mãe

Iansã e Pai Oxalá, então forma pólo e campos que se complementam, assim

como colares feitos de couro (Pai Boiadeiro) cruzado para esquerda e

vermelho ou azul escuro (Pai Ogum) cruzado para direita, ambos formam

polaridades, pois a linha dos boiadeiros são regidas pelos Orixás Ogum e

Logunan (Oya-Tempo) , então formam pólo e campo que se

complementam e no ponto onde os colares se cruzam, formam um pólo

magnético à frente polarizando com outro pólo magnético atrás, sendo o

cruzamento do colar na frente e atrás um pólo misto de forças e a abertura

dos colares à esquerda e à direita um pólo unipolar ou puro de forças e

elementos.

Na verdade sabemos só aquilo que os guias querem que saibamos e nosso

conhecimento é fruto desse querer, pois a fonte sempre serão eles e somos

meros expansores desse conhecimento que se origina neles, porem o pouco

que vamos aprendendo devemos disseminar para enriquecer a nossa

religião, é certo que o colar tem muitos mais mistérios e formas de utilizá-

los, porem somente os guias dominam integralmente esses mistérios e

vamos nos contentando com o pouco que nos é aberto e esclarecido.

Saravá Umbanda.

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(Basílio Filho)

Nós crescemos pensando e acreditando que o mundo e a realidade em que

existimos é algo tangível e físico e é como ele é percebido.

No entanto, não só este processo de pensamento demonstra ser um engano

pelas várias percepções de fenômenos difíceis de explicar, como também

percebemos que é completamente subjetivo e não reflete uma realidade

verdadeira, se é que tal realidade existe.

Com os avanços significativos do conhecimento e informação alcançados

pela raça humana na atualidade, mudanças radicais na forma como a

realidade é percebida estão sendo reformuladas.

Onde o Universo já foi visto como um espaço vazio com matéria

espalhadas agora está sendo visto como uma projeção holográfica

decorrente de alguma realidade primária invisível aos nossos instrumentos

biológicos e tecnológicos atuais.

A evidência da realidade holográfica está se tornando cada vez mais

abundante, demais para ser desconsiderada.

O que dá mais credibilidade a este fato é que aqueles que experimentaram

estados mais elevados de consciência e escalas da realidade através da

meditação, projeção astral, ou com o uso de enteógenos tem anunciado

reflexões muito holográficas e aforismos.

Para dar apenas um exemplo, foi feita uma pesquisa em 1982 na

Universidade de Paris, onde descobriram que sob certas circunstâncias

partículas subatômicas, como os elétrons são capazes de se comunicar

instantaneamente uma com a outra ao qual foi entrelaçada,

independentemente da distância que os separa. Não importava se eram 3

metros ou 10 bilhões de km de distância.

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Artigo Relacionado: O Universo Holográfico

De alguma forma uma partícula sempre parecia saber o que a outra estava

fazendo.

O grande físico David Bohm acredita que estes resultados indicam que a

realidade objetiva não existe, que apesar da aparente solidez o Universo

está no coração de um holograma fantástico, gigantesco e extremamente

detalhado.

Dentro de um holograma, o todo está dentro da parte. Não importa quantas

vezes você divide o todo, a parte sempre conterá a totalidade.

Assim como as percepções de consciência mais elevadas mostram que cada

parte, aparentemente pequena ou separada é a realidade total e a Fonte da

própria realidade que contém esta mesma Fonte e vice-versa.

A dedução sobre as experiências holográficas conclui que autonomia e

separação são uma ilusão (maya) e que tudo é UM.

UNIDADE é um conceito encontrado aparentemente em todos os

principais sistemas de crenças já manifestadas dentro do reino da

consciência humana, só isso já encoraja as recentes descobertas relativas à

nossa realidade manifesta. Se este fato é verdade (e bastante evidências

demonstram que é), então o próprio Universo é uma projeção, um

holograma.

Se a aparente separação de partículas subatômicas é uma ilusão, isto

significa que em um nível mais profundo da “realidade” todas as coisas no

Universo estão infinitamente interconectadas.

Os elétrons de um átomo de carbono no cérebro humano estão

interconectados com as partículas subatômicas que fazem parte de cada

salmão que nada, cada coração que bate e cada estrela que brilha no céu. A

UNIDADE prevalece sempre.

Em um Universo holográfico, mesmo o tempo e o espaço não podem mais

serem vistos como fundamentais. Porque conceitos como localização

desaparecem diante de um Universo em que nada está verdadeiramente

separado de nada, tempo e espaço tridimensional como as imagens dos

peixes nos monitores também devem ser vistos como projeções de ordem

mais profunda.

A sua realidade de nível mais profundo é uma espécie de super holograma

no qual passado, presente e futuro existem simultaneamente.

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O Universo tridimensional em que vivemos é um holograma criado a partir

de uma realidade primária que está fora do espaço e do tempo, é uma cópia

de algo “real”, por isso faz sentido, nesse caso porque o nosso verdadeiro

EU está em outra realidade.

Nossa consciência é o verdadeiro nós. A consciência é tudo e, portanto, não

é nada, já que tudo o que existe é a consciência.

Para continuar a construir a compreensão de uma realidade holográfica,

considere o seguinte:

◾Um Universo holográfico explica todas as experiências paranormais e

místicas.

◾Experiências de quase morte podem ser explicadas no Universo

holográfico, em que a morte é somente uma mudança de consciência de um

nível de realidade do holograma para outro.

◾Modelos neurofisiológicos atuais do cérebro são inadequados e apenas o

modelo holográfico pode explicar coisas como experiências arquetípicas,

encontros com os fenômenos incomuns do inconsciente coletivo e outras

percepções experimentadas durante os estados alterados de consciência.

◾Um modelo holográfico do Universo explica os sonhos lúcidos, onde tais

sonhos são visitas a realidades paralelas.

◾As sincronicidades podem ser explicadas pelo modelo holográfico. Os

nossos processos de pensamentos estão muito mais intimamente ligados ao

mundo físico do que foi pensado anteriormente. Observe também que as

sincronicidades tendem a atingir um pico pouco antes de uma nova

percepção ou intuição.

◾Telepatia, precognição, sentimentos místicos de UNIDADE com o

universo e até mesmo a psicocinese podem ser explicados através do

modelo holográfico.

◾A holografia pode explicar como o nosso cérebro consegue armazenar

tanta informação em tão pouco espaço (o nosso cérebro tem capacidade de

armazenar 280,000,000,000,000,000,000 bits de informação).

◾A holografia também pode explicar como somos capazes de lembrar e

esquecer, como somos capazes de ter memória associativa, como temos a

capacidade de reconhecer coisas familiares, como temos a capacidade de

adquirirmos novas competências, como temos a capacidade de construir

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um mundo “lá fora”, como somos capazes de ter sensações de “membro

fantasma” e como somos capazes de ter memória fotográfica.

◾O cérebro em si é, portanto, uma projeção holográfica criada a partir de

uma realidade primária fora do espaço e do tempo.

Todas as realidades relativas são criadas pela consciência existente em

relação a si mesma.

“Nós somos essa consciência. Nós somos a consciência existente em

relação a nós mesmos e interagimos com nós mesmos”.

Não há mais nada. Nenhuma das coisas que percebemos como separadas

tem uma existência independente, todas são na realidade extensões

relacionadas a unidade subjacente da consciência. A realidade física é um

produto da consciência.

A consciência não é um produto da realidade física.

A realidade física não interage consigo mesma de alguma forma

desconhecida para fazer a consciência passar à existir. A consciência no

processo de auto relação repetida e progressiva torna-se a experiência da

consciência e assim, cria a realidade física.

Existem percepções referentes à natureza do Universo ser uma projeção

holográfica, através da experiência de iluminação. Uma vez que a

iluminação é experimentada, pode-se compreender exatamente como o

Universo holográfico opera e é de fato, muito real.

Estamos chegando a uma compreensão de que somos seres

multidimensionais e existimos simultaneamente em muitos níveis da

realidade quântica.

Não há razão para ficar chateado, irritado, estressado, etc, sobre os fatos

que acontecem na realidade física, ela é a menor dimensão da nossa

consciência, porque tudo isto é insignificante no grande esquema das

coisas.

Concentrar-se nos detalhes da realidade pode desviar a si mesmo de

descobrir e perceber a razão pela qual você existe neste momento nesta

“realidade”. É por isso que um dos passos para se tornar iluminado é

substituir o medo e a raiva pela admiração, gratidão e curiosidade.

Você já experimentou uma mudança na percepção sobre a “realidade” ? No

mínimo, esperamos que você agora seja capaz de expandir sua mente para

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reinos anteriormente não visitados. A realidade é um lugar misterioso e

excitante.

Vamos todos ser exploradores desta experiência de vida encantadora.

Tenda Espírita de Umbanda Santa Rita de Cássia Homenagem a Santa Rita de Cássia 2016 /

https://www.facebook.com/tendasantarita/

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Casa do Pai Benedito formatura mediúnica https://www.facebook.com/CasadoPaiBenedito

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Festa de aniversário de 12 anos e de pretos velhos

https://www.facebook.com/institutoumbandasagradatupa

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ORIXÁS NA UMBANDA

CURSO VIRTUAL

Ministrado por Alexandre Cumino

ABERTAS AS INSCRIÇÕES NO SITE:

www.umbandaead.com.br

Início dia 16 de Junho !!!

A Umbanda é uma religião que

cultua os Orixás de origem

cultural africana, nagô yorubá, e

isto se deu pela presença de

todas as raças e etnias que

formam a cultura brasileira.

Embora o culto de Orixá é mais

presente no Candomblé

enquanto religião afro-brasileira

que resgata o antigo Culto dos

Orixás na África, a Umbanda

traz uma releitura dos Orixás e

isso quer dizer que independente

da forma como se relaciona com

os Orixás na África ou no

Candomblé, aqui na Umbanda

existe uma outra maneira de

entender e se relacionar com

essas Divindades, os Orixás. E

para ajudar na compreensão de

quem são os Orixás na visão

Umbandista é que este curso foi idealizado.

Sabemos que existem diferenças

do número de Orixás que são

cultuados em cada terreiro e até

mesmo da forma como são

entendidos por cada sacerdote e

sua comunidade e justamente

por isso neste curso buscamos

enchergar o Orixá por diversos

pontos de vista diferentes e

também abordar o maior

número possível de Orixás

conhecidos e cultuados na Umbanda.

Orixá não é apenas um outro

nome para o Santo e o Santo

não é apenas uma máscara para

encobrir o Culto de Orixá, o

sincretismo religioso de Santos

e Orixás vai muito além de uma

visão simplista em que "São

Jorge se sobrepõem a Ogum" e

faz dispensar qualquer estudo

deste Orixá assim como é

possível cultuar ambos sem

perder a riqueza cultural,

espiritual, mística e religiosa de

cada um deles.

O estudo de Orixá é matéria

para uma vida inteira, o que

temos aqui é um curso muito

simples, fácil e acessível a todos

que queiram começar a entender

quem são os Orixás na Umbanda.

Informações e inscrições no site: www.umbandaead.com.br

Programa do Curso:

Aula 1 Deus e os Orixás

1.1 Quem é Deus?

Olorum, Zambi, Tupã, Alá,

Adonai e etc.

1.2 O que são divindades?

1.3 Orixas e outras Divindades.

1.4 Orixás na África, no

Candomblé e na Umbanda.

Aula 2

2.1 Sete Linhas de Umbanda

2.2 Origem e Histórico das Sete

Linhas de Umbanda

2.3 Revendo algumas das Sete

Linhas, seus autores e Orixás.

2.4 Quais Orixás são cultuados na Umbanda?

Aula 3

3.1 Gênese da Criação na

Umbanda Sagrada - Orixá Exu,

Orixá Pomba Gira e Orixá Exu

Mirim

3.2 Lado interno e externo da Criação

3.3 As Sete Vibrações e os

Tronos de Deus na Umbanda Sagrada.

3.4 O que são:

Orixás Universais e Orixás

Cósmicos?

Revendo os Orixás:

Orixás Universais:

Oxalá, Oxum, Oxossi, Xangô, Ogum, Obaluayê e Iemanjá

Orixás Cósmicos:

Logunan, Oxumaré, Obá,

Oroiná-Egunitá, Iansã, Nanã Buroquê e Omulu

Aula 4

Estudando os Orixás:

4.1 Oxalá

4.2 Logunan

4.3 Oxum 4.4 Oxumare

Aula 5

Estudando os Orixás:

5.1 Oxossi

5.2 Oba

5.3 Xangô 5.4 Egunita

Aula 6

Estudando os Orixás:

6.1 Ogum

6.2 Iansa

6.3 Obaluaye 6.4 Nanã

Aula 7

Estudando os Orixás:

7.1 Iemanja

7.2 Omulu

7.3 Ibeji - Yori - Cosme Damião

e Doun - Ere

7.4 Ossaim

7.5 Logunedé - Odé - Aroni e Jurema

Aula 8

Estudando os Orixás:

8.1 Orumilá-Ifá - Ori - Oxalufã

Oxaguiã - Oxum Apará - Iansã

Dobalê - Aganju - Airá - Megê

Oguns entrecruzamentos.

8.2 Orumilá - Ofá, Iofá -

Yorimá

8.3 Qual é meu Orixá? Leitura

na Umbanda. Frente - Ancestre

e Juntó

8.4 Conclusão e comentários. Niquices e Voduns

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