MERCURIO#2 - Escola Superior de Artes e Design de Caldas ... · ... de um evento que teve em 2007 a...

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O Projecto MERCÚRIO#2 é uma acção concebida pela Turma de 2.º Ano de Animação Cul- tural da ESAD.CR, visando promover várias iniciativas no campo do Teatro e das Artes Plásticas. O evento articula espectáculos e exposições criados, organizados e/ou produzidos pelos estudantes dos vários Cursos no âmbito da sua actividade curricular durante o ano lectivo de 2007/08, enquadrando ainda apresentações de espectáculos originariamente extra-curriculares. Trata-se de promover uma antecipação pedagógica da futura actividade profissional de mais de uma centena de alunos, lançando sementes para que esta floresça efectivamente. Para além do Festival de Teatro Itinerante propriamente dito, a programação inclui um conjunto de exposições de Artes Plásticas sob a designação ArtEmCena e uma Aula Aberta no quadro das ac- tividades do Grupo de Investigação PAR – Pensar a Representação. Nesta que é a segunda edição – revista e aumentada – de um evento que teve em 2007 a sua primeira experiência, queremos voltar a contar com um intenso ritmo de acontecimentos, muito público e calorosa aceitação, aos mais diversos níveis, por parte da região em que a Escola se insere. O Projecto MERCÚRIO#2 corresponde a um modelo alternativo para a apresentação pública do trabalho criativo realizado na Escola. É sua função complementar outras iniciativas de referência, nomeadamente a Exposição de Finalistas, arriscando a ocupação de espaços do circuito cultural, ao lado da produção dos profissionais. Se a sua missão estratégica prioritária é a divulgação e a promoção do trabalho desenvolvido por esta Escola – e em particular o Curso de Teatro – junto dos seus parceiros e da comunidade do Oeste e do Distrito de Leiria, tem a vocação táctica de se afirmar como evento dinâmico, criativo e ágil, que suscite a curiosidade e o interesse dos participantes e dos destinatários, em particular os futuros alunos do IPL e as instituições perante quem a ESAD.CR pre- tende surgir como estabelecimento de ensino de referência. Na sua entrega e generosidade, na sua informalidade, o MERCÚRIO#2 é um evento pluridisciplinar que não deixa de aspirar a funcionar como apresentação pública da Escola e do Instituto Politécnico de Leiria. Na prática, prossegue uma política de incentivo da educação artística e de progressiva criação de novos públicos, dando continuidade ao impacto regional que outras iniciativas do Projecto Educativo da ESAD.CR têm tido 1 . Para que esta iniciativa se tenha concretizado, queremos agradecer a enorme disponibilidade manifestada por todos os docentes envolvidos – nomeadamente acumulando as funções de direcção e encenação de espectáculos –, pelas direcções dos teatros por onde o Festival passa, assim como aos responsáveis municipais que deram os preciosos apoios a toda a logística e, finalmente, às empresas que deram o seu patrocínio. Uma palavra de especial apreço vai para a Direcção da Escola, que mobi- lizou meios inéditos e a quem esperamos corresponder com salas cheias e aplausos entusiasmados. Um festival deste tipo, afinal, não é meramente uma montra de trabalho; é uma oportunidade mais para uma Região e as suas forças culturais se irem afirmando, com originalidade e saber. Essa nunca deixou de ser a vocação da nossa Escola, uma instituição empenhada no futuro regional de que tem orgulho em fazer parte. Com o MERCÚRIO#2, voltemos a dar asas ao teatro… Mário Caeiro Direcção de Projecto 1 Caso dos eventos Caldas Late Night, Festival First, Comunicar Design, a primeira edição do Festival Mercúrio ou significativas mostras colectivas de Artes Plásticas em várias cidades da Região. Voltar a dar Asas ao teatro… MERCURIO#2

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O Projecto MERCÚRIO#2 é uma acção concebida pela Turma de 2.º Ano de Animação Cul-tural da ESAD.CR, visando promover várias iniciativas no campo do Teatro e das Artes Plásticas. O evento articula espectáculos e exposições criados, organizados e/ou produzidos pelos estudantes dos vários Cursos no âmbito da sua actividade curricular durante o ano lectivo de 2007/08, enquadrando ainda apresentações de espectáculos originariamente extra-curriculares. Trata-se de promover uma antecipação pedagógica da futura actividade profissional de mais de uma centena de alunos, lançando sementes para que esta floresça efectivamente. Para além do Festival de Teatro Itinerante propriamente dito, a programação inclui um conjunto de exposições de Artes Plásticas sob a designação ArtEmCena e uma Aula Aberta no quadro das ac-tividades do Grupo de Investigação PAR – Pensar a Representação. Nesta que é a segunda edição – revista e aumentada – de um evento que teve em 2007 a sua primeira experiência, queremos voltar a contar com um intenso ritmo de acontecimentos, muito público e calorosa aceitação, aos mais diversos níveis, por parte da região em que a Escola se insere. O Projecto MERCÚRIO#2 corresponde a um modelo alternativo para a apresentação pública do trabalho criativo realizado na Escola. É sua função complementar outras iniciativas de referência, nomeadamente a Exposição de Finalistas, arriscando a ocupação de espaços do circuito cultural, ao lado da produção dos profissionais. Se a sua missão estratégica prioritária é a divulgação e a promoção do trabalho desenvolvido por esta Escola – e em particular o Curso de Teatro – junto dos seus parceiros e da comunidade do Oeste e do Distrito de Leiria, tem a vocação táctica de se afirmar como evento dinâmico, criativo e ágil, que suscite a curiosidade e o interesse dos participantes e dos destinatários, em particular os futuros alunos do IPL e as instituições perante quem a ESAD.CR pre-tende surgir como estabelecimento de ensino de referência. Na sua entrega e generosidade, na sua informalidade, o MERCÚRIO#2 é um evento pluridisciplinar que não deixa de aspirar a funcionar como apresentação pública da Escola e do Instituto Politécnico de Leiria. Na prática, prossegue uma política de incentivo da educação artística e de progressiva criação de novos públicos, dando continuidade ao impacto regional que outras iniciativas do Projecto Educativo da ESAD.CR têm tido1. Para que esta iniciativa se tenha concretizado, queremos agradecer a enorme disponibilidade manifestada por todos os docentes envolvidos – nomeadamente acumulando as funções de direcção e encenação de espectáculos –, pelas direcções dos teatros por onde o Festival passa, assim como aos responsáveis municipais que deram os preciosos apoios a toda a logística e, finalmente, às empresas que deram o seu patrocínio. Uma palavra de especial apreço vai para a Direcção da Escola, que mobi-lizou meios inéditos e a quem esperamos corresponder com salas cheias e aplausos entusiasmados. Um festival deste tipo, afinal, não é meramente uma montra de trabalho; é uma oportunidade mais para uma Região e as suas forças culturais se irem afirmando, com originalidade e saber. Essa nunca deixou de ser a vocação da nossa Escola, uma instituição empenhada no futuro regional de que tem orgulho em fazer parte.

Com o MERCÚRIO#2, voltemos a dar asas ao teatro…

Mário Caeiro Direcção de Projecto

1Caso dos eventos Caldas Late Night, Festival First, Comunicar Design, a primeira edição do Festival Mercúrio ou significativas mostras colectivas de Artes Plásticas em várias cidades da Região.

Voltar a dar Asas ao teatro…

MERCURIO#2

AA

AngerLEIRIA

6Sex.

8Dom.

Montou, desmontou... e não abortouCALDAS DA RAINHA

9Seg.Auto das Regateiras

CALDAS DA RAINHA

10Ter.

11Qua.

12Qui.

13Sex.

Flagelados do Vento de LesteCALDAS DA RAINHA

14Sab.

16Seg.

4-3=1CALDAS DA RAINHA

17Ter.

Os FísicosLEIRIA / BENEDITA

La Vie en RoseCALDAS DA RAINHA

HipólitoNAZARÉ / BENEDITA

18Qua.

19Qui.

21Sab.

Duas MadrugadasNuma noite só

NAZARÉ

22Dom.

23Seg. Os Físicos

CALDAS DA RAINHA / ALCOBAÇA

24Ter.

25Qua.

Auto das RegateirasLEIRIA

27Sex.

[...] Não somos livres. E o céu pode ainda tombar sobre as nossas cabeças. O teatro está feito para nos dar, antes de mais nada, esse ensinamento.

Antonin Artaud ‘Basta de Obras Primas’, in O Teatro e O seu Duplo

É aqui, nesta tensão, que reside a essência do drama moderno, na compreensão da nossa falta de liberdade. Perante nós mesmos, perante o mundo, a dor, o corpo, a alma. Essa compreensão dos limites da nossa liberdade, que é, em simultâneo, ilusão e crise existencial, dura há mais de trezentos anos. É na noção de liberdade, que o homem moderno reivindicou para si próprio – opondo-o à Na-tureza e ao mundo que o rodeia, – que assenta grande parte dos fundamentos e da consciência do drama moderno que o teatro pode proporcionar. O teatro é uma possibilidade de o homem se encarar a si mesmo e de criar um espelho de si próprio. O teatro é uma máquina de construção do humano, um dispositivo virtual, que foi sendo tornado pos--sível, pela faculdade de estarmos presos às imagens que criamos do nosso ser e da consciência que dele temos, através delas. Reside nesse facto – de não sermos livres das nossas imagens, das nossas representações – a possibilidade paradoxal de nos representarmos. O teatro é, assim, um dispositivo paradoxal, que inventámos, para que isso seja possível e suportável. E, ainda, para que tomemos con-sciência disso, criámos, como homens escravos de si mesmos, um mecanismo que não nos libertando, nos dá a consciência daquilo que somos: seres aprisionados em si próprios. Seres com consciência e, por isso mesmo, finitos.O primordial objectivo do Festival de Teatro Mercúrio é de carácter pedagógico. É feito para aqueles que assistem aos espectáculos, para aqueles que fazem os espectáculos, para aqueles que organizam os que fazem e os que assistem e, por último, para todos os outros que nele se envolvem voluntária e involuntariamente são envolvidos nisto. Mas existe um outro objectivo que é não menos importante que o primeiro, que é o de “fazer arte”. Este só se atinge fazendo, correndo o risco de falhar ao fazer. Como se ensina um artista a ser artista? Para que razão existem escolas de arte se não para formarem os futuros artistas? Por muito complexa que se mostre esta tarefa e que o passado nos ensine que não existem regras, nenhumas regras a que nos possamos cingir e que só existem técnicas, muitas e diferentes técnicas, existem textos, existem muitas histórias, existem métodos com prazos de validade, tudo isso se ensina nas escolas de arte. Mas, e depois? Onde começa a arte e termina a técnica? Onde a expressão artística ultrapassa o ar-tifício? Como se alicerça essa autoridade? Na autoridade do artista perante si próprio, na consciência daquilo que faz, no julgamento dos seus pares, no olhar do público e na crítica dos seus contemporâ-neos? Onde se arrisca esse corpo e essa voz, para que possam ganhar essa autoridade? Juntamente convosco, público exigente, espectadores desatentos, leitores assíduos, convidados esforçados, críti-cos ferozes, amantes casuais da obliquidade dos nossos gestos, das nossas tentativas insistentes.Essas vozes, só se fundam na experiência, no risco de se perderem. Esses corpos só se fundamentam e recortam no confronto com o espaço e o tempo, e o público real e o mundo. Essa arte, constrói-se, ao interpretar e ao opor-se à realidade social em que se insere. É por isso, que vos propomos, mais uma vez, realizar este Festival e dar asas ao sonho do teatro.É por isso, pelo gosto desse risco, porque precisamos dele, que vos vimos aqui propor que queiram, também, aprender connosco, e para que nós possamos aprender convosco, também.

João Garcia Miguel Direcção Artistica

AA

Foto M. Rocha

Festival Itinerante de Teatro da ESAD.CRMERCURIO#2

Angera partir de Look back in Anger, de John Osborne 1929-1994

6 Junho 21:30 22:00 22:30 Teatro 'O Nariz' LEIRIA

Rupturaa numa relação como consequência da rotina. Uma mulher cuja relação conjugal é sufocada pelo tempo. Não há honestidade, não há espaço para ela, torna-se um ciclo vi-cioso; após uma explosão não há mudança e o tempo cruel passa. Monólogo em Inglês, numa leitura intimista da peça Look back in Anger, de John Osborne.

Direcção, Encenação e InterpretaçãoRebeca Gradíssimo

Cenário de Luz Daniel Coimbra e Ricardo PimentelDuração 20’ (por sessão)Faixa etária >16Apoio Teatro ‘O Nariz’

Nota Espectáculo para 9 pessoas por sessão.

ESTÁGIO PROJECTO INTEGRADO

Montou, desmontou... e não abortou!

Júbilo e Alegria? Só comem, cagam e crescem.O que será que as mães realmente pensam quando nos têm? – QUE MONSTRO É ESTE? E que pensam os pais a primeira vez que nos vêm? – QUE MENINO TÃO LINDO, AINDA BEM QUE JÁ ESTÁ LIMPO.E nos nossos primeiros momentos de vida, como será que nos sentimos? “Só vemos quilómetros e quilómetros de teta em expansão, coroada por um mamilo gigante saltando daqui para ali.”FILHOS… “Gostava de te pedir que o meu irmãozito morresse esta noite, e assim os brinquedos ficavam todos para mim.”CRIATURAS… “Isto de ter dois paise duas mães é uma autêntica chatice.” SERES… “As mães de hoje em diajá não servem para nada.”

Direcção e Encenação Marisa Moita

Assistente de Encenação Cátia FernandesActrizes Andreia Estrada, Catarina Machado,Cátia Fernandes, Raquel Matos, Sara Feteiro

Actores Diogo Garcia, Luís Lucas Lopes, Rui SilvaFigurinos, Maquilhagem e adereços Susana Alves

Duração 80’Faixa Etária > 12

Apoio Teatro da Rainha,Câmara Municipal de Caldas de Rainha

8 Junho 17:00 MATINÉE 21:309 Junho 21:30 Teatro da Rainha

CALDAS DA RAINHA

ESTÁGIO PROJECTO INTEGRADO

Foto Sara Gonçalves

Foto Sara Gonçalves

Foto JER,2008 (fotografias de Ensaios)

Turma do 2.º ano de Teatro da ESAD.CR

Auto das Regateirasde António Ribeiro Chiado 1520-1591

Um espectáculo sobre a “classe média mais ou menos baixa!”

O Auto das Regateiras é uma espécie de “sainete” português (o sainete é um tipo de comédia espanhola sobre e para as “classes populares”), que põe em cena um conjunto de personagens-tipo de Lisboa do Séc. XVI, principalmente do bairro popular de Alfama, onde a peça se situa.Uma velha irascível, que se dedica à má-língua com as comadres e trata mal a filha e a criada negra (uma originalidade no teatro da época), uma família liderada pelo patriarca Pêro Vaz (personagem que se ex-prime a maior parte das vezes por provérbios e possui um catarro persistente), um parvo vicentino, três mancebos renascentistas, um padrinho e uma criada com o insólito nome de Grimanesa… eis a galeria de personagens que dão vida a esta peça sobre um casamento combinado que acaba em bailarico.

Dramaturgia e Encenação José Eduardo Rocha (JER)

Assistentes de encenação Ricardo Pimentel, Daniel Coimbra, Luís Ribeiro, Carlos Eduardo Nunes,João Descalço e Miguel Pereira.Elenco Cláudio Teixeira, Dina Marques, Marta Mendes, Sara Ribeiro, Sara Feteiro, Thais Guimarães,Ana Carina Paulino, João Pedro Santos, João Borges, Isa Araújo, Raimundo Cosme, Mafalda Agostinho,Sónia Ferreira e Catarina LuzDuração 55’Faixa Etária >12Apoios ESAD.CR, Curso de Teatro da ESAD.CR, Ensemble JER, Teatro da Rainha,Câmara Municipal das Caldas de Rainha

10, 11 e 12 21:30 Teatro da Rainha CALDAS DA RAINHA12 16:00 MATINÉE Teatro da Rainha CALDAS DA RAINHA24 e 25 21:30 Teatro Miguel Franco LEIRIA

Foto Sara Gonçalves

Flagelados do Vento Leste

a partir da obra Flagelados do Vento Leste de Manuel Lopes 1907-2005

Dias 13 e 14 21:30 Teatro da Rainha CALDAS DA RAINHA

Direcção e Encenação Claudino Moreira

Actores Sandra da Veiga, Hélder Lopes, Claudino Moreira

Bailarinos Sonia Vicente, Monica Landim, Ivan Lins, Wilson Ortet, Ana

Lisboa,Andrenalina Fernandes, Dirçeu Fonseca,

Luis Silva, Lenisio Jardim,Ivanildo Moreira.

Duração 45’Faixa Etária >16

Apoio Teatro da Rainha,Câmara Municipal de Caldas da Rainha

Adaptação do romance homónimo de Manuel Lopes, a peça retrata a fome e as calamidades que assolaram as ilhas de Cabo Verde nos anos 40. Esta é a história da fome, da miséria, da violência – como do amor –, causados pelo vento Leste e a falta de chuva, celebrando a resistência do Povo das Ilhas face aos caprichos da natureza mas mostrando em que medida o apego à terra os transformou num dos povos mais resignados do planeta.

PROGRAMA EXTRA-CURRICULAR

4-3=1Programa Extra-curricular

ESTÁGIO PROJECTO INTEGRADO

Dia 16 21:30 e 22:30 Teatro da Rainha CALDAS DA RAINHA

Poderá o amor libertar-nos de nós próprios? Quatro identidades e apenas uma forma física. Todos aqueles estranhos dentro dela. Um objectivo em comum. Verdade ou mentira? Real ou irreal? Sexo ou amor? Todos procuram por ele… todos precisam, alguns até estão dispostos a pagar. Qual o verdadeiro preço?

Encenação e CenografiaLuís Lucas Lopes e Cátia Fernandes

Elenco Ana Carina PaulinoDuração 30’Faixa Etária >16Nota Espectáculo para 25 pessoaspor sessão, num conjunto de duasApoios Teatro da Rainha,Câmara Municipal de Caldas da Rainha

Foto M. Rocha

Turma do 1.º ano de Teatro da ESAD.CR

Os Físicosde Friedrich Dürrenmatt 1921-1990

Dia 17 11:00 MATINÉE Centro Cultural Gonçalves Sapinho BENEDITADia 19 21:30 Auditório da ESTG LEIRIADia 21 21:30 EPAC AZAMBUJADias 24 e 25 21:30 ESAD.CR SALA 16 ED. PEDAGÓGICO 2 CALDAS DA RAINHADia 27 21:30 Cine-Teatro de Alcobaça ALCOBAÇA

Baseado no texto homónimo de Friedrich Dürrenmatt, o cenário onde se desenrola a peça é o de uma casa de saúde mental de luxo. Três doentes são alvo da nossa atenção. Vamo-nos aperce-bendo que cada um deles usa o nome de um físico famoso, do qual adopta os comportamentos e hábitos: Newton, Mobius e Einstein. Os doentes são ajudados regularmente por três enfer-meiras pessoais, há vários anos – Doroteia, Mónica e Irene, respectivamente. Num dado momento, somos con-frontados com um aconteci-mento inusitado nas rotinas da casa. Uma das enfermei-ras é assassinada e a polícia chamada ao local…

Direcção e Encenação João Garcia Miguele Miguel Borges,coadujados porMargarida Tavares

Elenco Bruno Gonçalves, Marta Pires, Joana Estrela, Joana Vital,Teresa Athayde, Tânia Ribeiro,Regina Gaspar, Nicole Marques,Sara Vigário, Raquel Leão,André Duarte, Diogo Garcia, Rui Silva, Rita Nobre, Vânia Jordão, Filipa Silva, Daniela Crespo, Joana Lamarque,Dora Conde, Maria Aguiar,Goreti MourãoDuração 120’Faixa Etária >12Apoios Centro Cultural Gonçalves Sapinho,Junta de Freguesia da Benedita, IPL, ESTG, Câmara Municipal de Leiria, Teatro da Rainha, Câmara Municipalda Azambuja, Teatro da Rainha,Câmara Municipal das Caldasda Rainha, Cine-Teatro de Alcobaça, Câmara Municipal de Alcobaça

Foto M. Rocha

La Vie en Rosede Enda Walsh,1967- La vie en rose é a história

de duas adolescentes que desde sempre foram amigas inseparáveis. Pige Runt, como se costumam chamar, vivem num mundo aparte que elas próprias construíram. Nesse mundo há lugar para a violência,o álcool, a noite, a músicae acima de tudo uma amizade que pode ser destruída pelo amor... A peça conta ainda com alguns apontamentos autobiográficos por parte das actrizes que já tinham um especial carinho por esta história.

Direcção e EncenaçãoCatarina Machadoe Cátia Fernandes

Interpretação, Encenação e MontagemCatarina Machado e Cátia Fernandes

Assistência Márcia Lima e Catarina StrechtDuração 75‘

Faixa Etária >16Apoio Teatro da Rainha, Câmara Municipal

de Caldas da Rainha

Dias 18 e 19 21:30 ESAD.CR EDIFICIO 2 sala 17CALDAS DA RAINHA

ESTÁGIO POJECTO INTEGRADO

Hipólitode Eurípides 480 a.C. – 406 a.C

Dia 18 16:00 Teatro Chaby Pinheiro NAZARÉDia 22 17:00 Centro Cultural Gonçalves Sapinho BENEDITADia 23 21:30 Centro Cultural Gonçalves Sapinho BENEDITA

Na mitologia grega, Hipólito era filho de Teseu e de Hipólita, rainha das amazonas, que herdouda mãe o gosto pela caça e pelos exercícios violentos. Cultuava Artemis e menosprezava Afrodite. Esta, enciumada, vingou-se fazendo Fedra, segunda esposa de Teseu, apaixonar-se por ele. Fedra, rejeitada por Hipólito e envergonhada pelos seus sentimentos, suicida-se.Ao ser encontrada, possui na mão uma tabuinha acusando Hipólito de a ter violentado. Perante este facto, Teseu pede a Poseidon que castigue Hipólito... Tragédia datada do ano de 428 a.C..

Direcção e Encenação Diogo Dória

Tradução Frederico LourençoDesenho de Luz Ricardo PimentelElenco Ana Carina Paulino, Dina Marques, João Borges, João Pedro Santos, Raimundo Cosme, Marta Mentes, Mafalda Agostinho, Isa Araújo, Catarina Luz, Catarina Strecht, Sara Ribeiro, Sara Feteiro, Cláudio Teixeira, Thaís Guimarães, Sónia FerreiraDuração 150’Faixa Etária >12Apoio Teatro Chaby Pinheiro, Câmara Municipal da Nazaré, Centro Cultural Gonçalves Sapinho, Junta de Freguesia da Benedita

Foto M. Rocha

Duas Madrugadas numa noite só

a partir de Hiroshima Meu Amor de Marguerite Duras 1914-1996

Um homem e uma mulher conhecem-se, apaixonam-se e envolvem-se, sabendo de antemão que a esta relaçãojá a sentença de morte havia sido lida mesmo antes de ela nascer. Esta é uma história de amor como tantas outras. Como tantas outras histórias de amor nasce de um encontro ocasional. Esta é uma história de construir e destruir barreiras, de morrer e renascer, de amar e odiar. É uma história de limites que se fingem ultrapassados, mas que na realidade nunca existiram. Esta é a minha história de amor, é a história de amor do Pedro, é a história de amor da Sara… E é a história de amor de qualquer mortal que um dia temeu o amor tanto quanto a própria morte…

PROGRAMA EXTRA-CURRICULAR

Encenação e Dramaturgia Ana Carina Paulino

Interpretação Pedro Jorge Ribeiro e Sara FeteiroApoio e Direcção Artística Bruno Gonçalvese Sónia Silva FerreiraOperação de Luz Daniel CoimbraProdução Áudio Carina GalanteProdução Imagem e Vídeo Solange CarvalhoFotografia Edgar LibórioDuração 60’Faixa Etária > 16Apoio Teatro Chaby Pinheiro, Câmara Municipal da Nazaré

Dia 21 21:30 Teatro Chaby Pinheiro NAZARÉ

Foto Edgar Libório

MERCURIO#2

Foto M. Rocha

André Gomesde 8 a 19 Junho Teatro da Rainha CALDAS DA RAINHA

Há o acontecimento. Imagens na memória dos factos acontecidos no passado. Mas a memória altera e reconstrói permanentemente esses factos e as sucessivas novas memórias, e por conseguinte o próprio passado. O trabalho de André Gomes promove uma reflexão sobre o tempo, a memória e o artista. Quando chega o momento do fazer, do acto artístico, as imagens sofrem uma reconstrução, e estabilizam-se sob a forma de uma ‘última imagem’ que só provisoriamente culmina o processo: cada desenho fecha e abre um ciclo de imagens como que de um filme do mundo, sob o crivo do pensamento artístico.Mais que uma suspensão gráfica do tempo, o trabalho de André Gomes permite-nos assim surpreender a própria interpretação dinâmica que a memória faz do real, num infinito desdobrar de camadas inter-relacionadas e inter- -referenciais.Os desenhos exibem uma escala de grandes dimensões e um registo agressivo do carvão sobre o papel, demonstrando a forma como as coisas são indefinidas na nossa mente. As obras assumem assim uma deriva nostálgica onde as personagens

das cenas vagueiam algures entre a vida e a morte; a luz e a sombra; o preto e o branco. É através da intenção do artista que lhes é dado esse novo lugar. MC

Dias de espectáculo 8 a 14 Junho

+ 16, 18, 19 JunhoHorário 20:00 – 22:30

Apoio Teatro da Rainha

Nelson Carlosde 8 a 19 Junho Teatro da Rainha CALDAS DA RAINHA

O trabalho que Nelson Carlos tem vindo a desenvolver tem como principal referência o modelo paisagístico, nomeadamente a partir do motivo da montanha, abordado em diferentes media (pintura, desenho, escultura, vídeo e fotografia), e desenvolvido sistemática e metodicamente como que numa obsessão. Numa das séries, “Caminhos”, as fotografias pedem ao espectador que se passeie por elas. No fundo, o trabalho que tem vindo a desenvolver corresponde no espectador a um estado de contemplação. As fotografias são compostas principalmente por caminhos que apontam o olhar do observador para um horizonte sem um fim específico. Fica levantada a dúvida sobre o que fica no fim de tal percurso. Ao cabo de tantos caminhos, sem nenhum sítio específico onde vão dar, fica-se com uma noção de estar perdido num espécie de labirinto sem uma saída possível. A paisagem é aqui também utilizada como metáfora, em situações e sentimentos humanos. No fundo, o que é pretendido é criar no espectador um ambiente de reflexão sobre o espaço que nos rodeia e a problemática da vida contemporânea: a falta de consciência da necessidade de contemplação, face ao imediatismo do mundo em que vivemos.É preciso parar, olhar e sentir. MC

Dias de espectáculo 8 a 14 + 16, 18, 19 Junho

Horário 20:00 – 22:30

Apoio Teatro da Rainha

Francisco Oliveira

O trabalho de Francisco Oliveira tem como objectivo ‘criticar’ sem apontar o dedo a ninguém especificamente. As suas pinturas e objectos têm por background a cultura urbana e ostentam claramente uma estética pop.Através das minhas obras, tento apontar situações caricatas do quotidiano, mas sempre de uma maneira muito genérica, tentando levar o espectador a reflectir sobre os assuntos retratados. FO

de 8 a 19 Junho Teatro da Rainha CALDAS DA RAINHA

Dias de espectáculo8 a 14 Junho + 16, 18, 19 Junho

Horário 20:00 – 22:30

Apoio Teatro da Rainha

Tiago Pereirade 5 a 20 Junho ESAD.CR ÁTRIO EDIFICIO 2 CALDAS DA RAINHA

Através de ilusões de óptica – produzidas por películas espelhadas – e por via de limitações no acesso ao espaço, pretendo desafiar o modo como o espectador interage com a obra e, até certo ponto, causar sensações de vertigem e de claustrofobia. TPNo âmbito do Festival Mercúrio#2, instalada num espaço de passagem, a peça funciona como evidente convite ao risco do seu atravessamento.

Todos os diasHorário 20:00 – 22:30

Nádia DuvallNádia Duvall realiza as suas pinturas dentro de tanques de água, segundo métodos específicos por si desenvolvidos. O processo é metodicamente registado, sendo assim valorizado enquanto tale enquanto corpo experimental. Após ter criado finas películas de pintura, o corpo da artista desliza para debaixo das mesmas, localizando-se entre a pintura ela própria e a tela (superfície pictórica). O corpo e o espírito da artista unem-se conceptualmente, atravésde movimentos fluídos e precisos que geram velaturasde cor e luz. Cada impulso conferido é como uma respiração ofegante do ‘aqui’e do ‘agora’, permitindoà pintura que cresça de modo automático e livre. Cada gesto é um sopro de inspiração para os movimentos seguintes. Estes permitem a película de pintura habitar entre o espaço ‘virtual’e real, como uma extensãodo corpo e da tela. O resultado final é, na sua essência,o acervo de memórias de gestos fugazes que permitem a todoum espaço vazio ter uma presença sólida. E a todoo material e imaterial um estado solene de comunicação.Nádia Duvall venceu o Prémio Pintura BANIF 2008.

de 17 a 20 Junho Centro Cultural Gonçalves Sapinho BENEDITA

Horário 8:00 – 20:00

ApoioCentro Cultural Gonçalves Sapinho,

Junta de Freguesia da Benedita

Tiago Baptistade 21 a 30 Junho Biblioteca Municipal AZAMBUJA

No meu trabalho apresento uma série de dispositivos – ou chamemos-lhes situações ou acontecimentos – que de alguma maneira não funcionam ou são absurdos. Qualquer personagem pode ‘espalhar-se ao comprido’, algo pode correr mal, alguém pode ser castigado justa ou injustamente. Não se sabe.Estes dispositivos encenados têm quase uma dimensão literária, como se nos contassem uma história, mas a sucessão dos acontecimentos e a sua lógica ou pressuposta coesão e normalidade são desconhecidos ou dificilmente descodificados.Recorro muitas vezes à história da pintura, especialmente a um imaginário clássico de paisagem enquanto palco para dispor as personagens a fazer as acções a que as sujeito. O meu trabalho, para além de uma experiência visual, pretende ser uma reflexão em redor do que é realmente real ou verdadeiro, do que é o absurdo, se a nossa imaginação pode ser ridícula mesmo sendo imaginada. TB

Horário 10:30 – 18:00

ApoioCâmara Municipal da Azambuja

Dia 26 Junho 19:00 ESAD.CR ED. PED. 2 SALA 21 CALDAS DA RAINHA

Conferencista-performerNelson Guerreiro

Conceito/orientação pedagógicaMário Caeiro e Nelson GuerreiroProjecto e produção executiva

Diogo Leal, Mónica Barroco,Rui Lopes, Tânia Nunes

VídeoNádia Cardoso

Design GráficoMaria João Abreu

Duração60’

Museu ImaginárioEsta conferência-performance, apresentada como uma inconferência num gesto de apropriação terminológica de e.e. Cummings, procurará reflectir sobre a fruição artística na contemporaneidade, a partir do tema da ideia de MUSEU, um dos dispositivos-chave do campo cultural. O ponto de partida é a noção de ‘museu imaginário’ de André Malraux; o ponto de chegada a proposta de um novo dispositivo crítico e produtivo, de carácter híbrido e parasita,que tira partido de um espaço--tempo inevitável na vida quotidiana dos Museus – o espaço entre duas exposições ou instalações temporárias – para, simultaneamente, abrir o Museu a uma nova funcionalidade e oferecer ao público um novo elemento de programação.

Viagem a Venezapor Emídio Ferreira

Dia 25 Junho 15:00 ESAD.CR AUDITÓRIO I CALDAS DA RAINHA

No ano de 2007, no âmbito das actividades lectivas e com o apoio da Escola, o Professor Emídio Ferreira levou os seus discentes a Veneza, no quadro da cadeira de História da Arte II. Esta Aula Aberta de Artes Plásticas é o contributo do Grupo de Investigação PAR – Pensar a Representação para o Festival Mercúrio#2, correspondendo a uma apresentação pública do relatório dessa viagem. Acompanhado de uma vertente audiovisual realizada pelos próprios alunos, Emídio Ferreira mostrará transparências do Carnaval de Veneza, cidade mítica de Arte e Cultura.

Duração 120’

ENTRADA GRATUITA[Excepto Os Físicos’ Dia 27 21:30

Cine-Teatro de Alcobaça ALCOBAÇA – 2€]

[email protected]

Ana Patrícia 968 233 337Sara Gonçalves 916 957 569

[email protected]

http//esad.ipleiria.ptweb.esad.ipleiria.pt/mercurio2

Anabela Monteiro 262 830 900

Contactos úteis:

ESAD.CRESCOLA SUPERIOR DE ARTES E DESIGN

DE CALDAS DA RAINHACampus 3

Rua Isidoro Inácio Alves de Carvalho

TEATRO ‘O NARIZ’Orfeão Velho de Leiria

Rua Latino Coelho, 12 Leiria

TEATRO DA RAINHATrav. do Acipreste, 20, 3º dto Caldas da Rainha

TEATRO MIGUEL FRANCOLargo Santana Av. Combatentes da Grande Guerra Leiria

EXTERNATO COOPERATIVO DA BENEDITA(Centro Cultural Gonçalves Sapinho)Rua Cooperativa do Ensino Benedita

CÂMARA MUNICIPAL DE AZAMBUJADepartamento de Intervenção Sócio Cultural

Páteo Valverde Azambuja

ESTGESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO DE

LEIRIA Campus 2

Morro do Lena - Alto do Vieiro Leiria

CINE-TEATRO DE ALCOBAÇARua Afonso de Albuquerque Alcobaça

TEATRO CHABY PINHEIROLargo Nª. Sª. da Nazaré - Sítio Nazaré

Organização

Escola Superior de Artes e Design de Caldas da Rainhado Instituto Politécnico de Leiria Associação Inovação Desenvolvimento e Ciência

Festival MercúrioProjecto Turma 2.º Ano do Curso de Animação Cultural | Direcção de Projecto Mário Caeiro Direcção Artística João Garcia Miguel Coordenador do Curso de Teatro Direcção/Encenação de Espectáculos Docentes de Teatro João Garcia Miguel, Miguel Borges, Margarida Tavares, José Eduardo Rocha, Diogo Dória Alunos Rebeca Gradíssimo, Ana Carina Paulino, Luís Lopes, Claudino Moreira, Marisa Moita, Cátia Fernandes, Catarina Machado Equipa curatorial ArtEmCena Pedro Campos Rosado coordenador do Curso de Artes Plásticas, Pedro Cabral Santo, Mário Caeiro Direcção de Produção Anabela Monteiro Direcção Técnica Daniel Coimbra Apoio Técnico Ricardo Pimentel, José Eduardo Couto Secretariado e Direcção de Produção Fernanda Correia [coord.], Ana Patrícia Santos, Tânia Nunes, Margarida Delgado Comunicação Sónia Vicente e Sara Gonçalves [coord.], Joana Ferreira, Patrícia Fernandes Produção ArtEmCena Margarida Delgado, Filipa Andrade, Bernardo Soares, Elisa Bento Produção Executiva CALDAS DA RAINHA Liliana Silva [coord.], Bruno Lopes AZAMBUJA Joana Carlinhos [coord.], Marta Guerreiro, Joana Dias NAZARÉ Ana Patrícia Santos [coord.], Márcio Roque BENEDITA Pamela Pedroso [coord.], Ana Simões ALCOBAÇA Rui Lopes [coord.], Mónica Barroco LEIRIA Vânia Silva [coord.], Márcio Roque, Mafalda Bento, Diogo Leal Artes Plásticas André Gomes, Francisco Oliveira, Nádia Duvall, Nelson Carlos, Tiago Baptista e Tiago Pereira Design Gráfico André Máximo Fotografia Marlyn Azevedo, Sara Gonçalves [report interno] Vídeo José Lira da Silva, José Fangueiro e Miguel Silva Site Alexandre São Marcos Apoios Câmara Municipal de Caldas da Rainha, Teatro da Rainha, Serigrafia e Estamparia Miguel Costa, Câmara Municipal de Leiria, Teatro ‘O Nariz’, Câmara Municipal da Azambuja, Junta de Freguesia da Benedita, Centro Cultural Gonçalves Sapinho, Confraria de Nossa Senhora da Nazaré, Câmara Municipal de Alcobaça, Cine-Teatro de Alcobaça. Agradecimentos Madalena Gonçalves (PAR), Ana Ribeiro, Vitória Condesso, Susana Zarro, António Alves, Marco Leal e Isabel Martins e Direcção da ESAD.CR.

Notas: