Mercados e empresas de sistemas de informação em Portugal · 28% e o Japão representa 12%. O...
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Escola de EngenhariaUniversidade do Minho Departamento de Sistemas de Informação »«MERCADOS E NEGÓCIOS: DINÂMICAS E ESTRATÉGIAS
Mercados e empresas de sistemas de informação
em Portugal
Eduardo J. C. Beira,
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WP 7 (2000) Working papers “Mercados e Negócios” TSI Maio 2000
Escola de EngenhariaUniversidade do Minho Departamento de Sistemas de Informação »«MERCADOS E NEGÓCIOS: DINÂMICAS E ESTRATÉGIAS
Mercados e empresas de sistemas de informação em Portugal
Eduardo J. C. Beira Departamento de Sistemas de Informação, Universidade do Minho
1. O mercado mundial e europeu de TI
2. O mercado português de TI
3. O tecido empresarial das TI
4. Sociedade da informação
Referencias
Anexos
Workshop ET2000si / DSI
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Escola de EngenhariaUniversidade do Minho Departamento de Sistemas de Informação »«MERCADOS E NEGÓCIOS: DINÂMICAS E ESTRATÉGIAS
1. 1. O mercado mundial e europeu de TI
O valor estimado do mercado mundial de TI em 2000 é de 173 mil milhões
de contos (mMc), dos quais os USA representam 44%, a Europa representa
28% e o Japão representa 12%. O resto do Mundo contribui com os
remanescentes 16% (quadro 1). Esta distribuição configura dois factos:
Quadro 1
2000Ebiliões Ecus hw sw serv TI %cresc TIC TIC/TI
Europa Ocidental 97 48 87 232 456 1,97Europa Oriental 9 1 3 13 53 3,98Europa 106 49 90 245 28% 10% 509 2,08US 379 44% 9% 603 1,59Japão 102 12% 7% 183 1,79Resto do Mundo 138 16% 14% 401 2,91
864 100% 1696 1,96
Portugal 1,7 0,2% 5,4 3,18Espanha 8,7 1,0% 23,3 2,68Reino Unido 48,8 5,6% 85,2 1,75
TI = valor do mercado de tecnologias da informaçãoTIC=valor do mercado de tecnologias da informação e comunicaçãoSource: EITO99
• A concentração do mercado nos países mais desenvolvidos, para
os quais um intrincado mecanismo de causa-efeito contribuiu
(aparentemente) para o aparecimento de um novo paradigma de
crescimento económico, habitualmente denominado de “nova
economia”, em que os ganhos de produtividade associados aos
investimentos em tecnologias de informação finalmente parecem
ter vindo à superfície e sustentarem taxas de crescimento
económicos surpreendentes nos países por si já mais
desenvolvidos. Isto significa que nos próximos anos o grosso do
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mercado mundial continuará concentrado nesses países, que
continuarão a ser os “drivers” do crescimento económico e da
inovação tecnológica no sector
• Uma perspectiva a médio e longo prazo de altas taxas de
crescimento nos mercados menos desenvolvidos. Duas questões
estão para esclarecer: o papel que as TI podem ter no acelerar (no
sentido de catalisar) o desenvolvimento dos países mais atrasados
e se o diferencial de crescimentos associados não contribuirá para
o agravamento das diferenças (norte/sul, países mais
desenvolvidos / terceiro mundo,...), pelo menos na década mais
próxima.
A distribuição do valor do mercado total europeu ilustra estes pontos: dos
50 mMc, o mercado da Europa Ocidental representa 95% (e a União Europeia
representa 94% dessa fatia) e o mercado emergente da Europa Oriental
representa apenas 5%.
As taxas de crescimento associadas a estes mercados são
surpreendentemente elevadas, com a Europa a apresentar valores de 10% ano
(e mesmo superiores nalguns países) e um dinamismo sectorial inesperado
visto de um ponto no tempo localizado a uma década atrás. O vigoroso
crescimento de novas tecnologias de comunicação (móveis em especial)
associado à liberalização dos mercados internos de comunicações fixas e
móveis da UE criou condições de rápida introdução de tecnologias avançadas,
menos afectadas pelo “lock in” das primeiras gerações implementadas
extensivamente no mercado americano.
A convergência crescente (pelo menos desde o inicio da década de 80)
entre as TI e as telecomunicações leva a que seja hoje difícil perspectivar um
sector sem o outro. Em termos relativos, o mercado mundial de TIC
(tecnologias de informação e comunicações) vale cerca do dobro do mercado de
TI, o que significa que o mercado só de telecomunicações vale
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aproximadamente tanto como. O ratio TIC/TI é no entanto mais elevado nos
países menos desenvolvidos: quase 3 no resto do Mundo e cerca de 4 na
Europa Oriental, contra valores entre 1.5 e 2 para os USA, Japão e Europa
Ocidental. Note-se que os serviços representam entre 80 a 90% do mercado só
de telecomunicações, salvo na Europa Oriental onde anda pelos 64%
(consequência da reconstrução maciça das infra-estruturas).
As três grandes componentes do mercado europeu de IT são o hardware
(43%), o software (20%) e os serviços (37%). O crescimento da importância dos
serviços é uma constante dos principais mercados. Entre 1998 e 2000, na
Europa terão passado de 35.2% para 37.5% do mercado TI, enquanto no
mercado mundial o seu peso terá passado de 35.9% para 38.1%.
A Alemanha, o Reino Unido, a França, a Itália e a Espanha são (por
ordem decrescente de volume) os maiores mercados da Europa Ocidental (e da
UE). No conjunto representam cerca de 75% do mercado da Europa Ocidental.
O mercado português de TI representará cerca de 0.2% do mercado
mundial.
Dois pontos de referência para avaliar o mercado português serão a
Espanha e o Reino Unido. O mercado espanhol é 5 vezes maior e o mercado do
Reino Unido é quase 30 vezes maior. O quadro 2 sumaria os números mais
importantes dessa comparação.
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2000EMilhões Ecus Europa Portugal Espanha UKHw 96809 1011 4275 21764Sw 48463 225 1433 10408Serviços 86695 430 3020 16640
TI 231967 1666 8728 48812100,0% 0,7% 3,8% 21,0%
Telecom - equipmentos 37709 473 2564 5913Telecom - serviços 186442 3215 12089 30474
TC 224151 3688 14653 36387100,0% 1,6% 6,5% 16,2%
TIC 456118 5354 23381 85199Fonte: EITO99 100,0% 1,2% 5,1% 18,7%
Quadro 2
Os países nórdicos lideram o desenvolvimento do mercado das TI na
Europa (apesar de não constituírem os maiores mercados em valor absoluto).
O quadro 3 compara o consumo TI de vários países através do consumo TI per
capita, do consumo em TI em termos de percentagem do produto nacional
bruto e do índice III (“Information Imperative Index”) da IDC. A posição
portuguesa não é muito lisonjeira: 16ª posição em termos europeus, 34ª
posição em termos mundiais. Os números mostram uma diferença marcada
entre os cinco primeiros e a posição portuguesa (e mesmo a espanhola). Estes
números mostram que uma “catch up” português implica uma aceleração
manifesta e só será possível por um programa intenso e sustentado de
investimento nos factores de suporte ao seu crescimento: os países “top”
europeus têm consumos per capita 4 a 6 vezes superiores ao português e o
consumo TI como %PNB é 2 a 2.5 vezes maior.
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IDC III 97 IT per cap IT (%PNB)índice ecu
1 Sweden 2116 858 3,662 Danmark 1915 868 3,083 Finland 1885 568 2,674 Norway 1872 842 2,865 UK 1506 687 3,51
14 Spain 918 184 1,45
16 Portugal 531 141 1,45Fontes: IDC; EITO99
Quadro 3
2. O mercado português de TI
O mercado português de TI deverá ultrapassar os 300Mc durante o ano
2000. As séries cronológicas propostas por algumas empresas de estudos de
mercado mostram que na década de 90 o mercado global em valor absoluto
terá mais do que duplicado, apesar de ter passado por um período de
retracção (92-94) e de ter começado a mostrar sinais de maturidade nas áreas
ditas de processamento de informação empresarial. Nos últimos três anos a
taxa de crescimento terá andado em média nos 15% ao ano. Mesmo com
alguma abrandamento do crescimento para o ano 2000, e tendo em
perspectiva um muito bom ano anterior, a maior parte dos observadores
antecipa um crescimento da casa dos 12 a 13% para o presente ano. Taxas que
não podem deixar de ser surpreendentes.
Dada a natureza da tecnologia em causa, o crescimento faz-se com o
correspondente aumento de mão-de-obra qualificada. Todos os indicadores
mostram uma procura crescente de quadros em TI, que terá aumentado 3 a 4
vezes nos últimos três anos.
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A segmentação do mercado português mostra a crescente maturidade do
sector. O hardware representa hoje cerca de 45% do sector, contra quase 80%
uma década antes. Em contrapartida os negócios de software e serviços
representam hoje já mais de metade do volume de negócios do sector. A
importância crescente dos serviços terá sido mesmo uma das características
mais significativas da evolução do sector na última década, não só pelo seu
volume mas também pela sua credibilização no mercado. Ao facto não foi
alheia a entrada das grandes empresas de “consulting” no sector e o aumento
do nível de preços dos serviços que viabilizaram. Os serviços representarão
agora quase 30% do mercado (quase 90 Mc), enquanto que em 1990
representavam apenas 4% (de um mercado inferior a metade! logo apenas
cerca de 5 Mc), logo cresceram quase 20 vezes em 10 anos. Por sua vez os
produtos de software representarão agora um pouco menos de 20% (60 Mc)
contra 4% (5 Mc) em 1990. Esta evolução macro do sector é compatível com as
opiniões expressas pelas empresas e descrita, por exemplo, nos “Inquéritos
sobre a utilização das tecnologias de informação” publicados pela
PriceWaterhouseCoopers.
Claro que a estrutura do segmento de hardware também se alterou: uma
redução da importância dos serviços de manutenção (que terão hoje em dia
um valor não muito superior em valor absoluto ao que acontecia dez anos
atrás), dos mainframes e o aparecimento de uma nova categoria, distinta dos
PCs tradicionais: os servidores (de redes).
O mercado de PCs poderá ter atingido, segundo algumas opiniões, as
cerca de 400 mil unidades no ano de 1999, dos quais uma parcela muito
significativa terá sido montada em Portugal.
A segmentação do mercado pelo lado dos compradores mostra durante a
última década o progressivo aparecimento de uma nova classe de
consumidores com um volume relevante: o mercado das pequenas empresas e
até da informática do lar. Este mercado (por vezes dito chamado “SOHO &
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Home”) representa hoje cerca de 35% (mais de 100 Mc) contra pouco mais de
20 Mc em 1990. Em contrapartida o mercado das empresas não financeiras
médias e grandes representa hoje um pouco menos do que 25% (cerca de 70
Mc), quando representava 40% (50 Mc) em 1990. O sector das empresas
financeiras continua a representar o maior cliente agregado do sector: 27%,
tanto agora como há 10 anos.
O remanescente diz respeito à Administração Pública (15%, contra 19%
em 1990). Estes dados são preocupantes, porque mostram que o crescimento
das compras deste sector tem sido inferior ao do mercado. Ou seja, em termos
relativos ao da sociedade e mercado envolvente, a densidade ou intensidade
relativa de “informatização” da administração pública é hoje menor do que era
há 10 anos. Análises publicadas sugerem que este sector continua a ser
predominantemente comprador de hardware e pouco consumidor de software
e serviços. Conhecidas as limitações e carências estruturais do sector neste
aspecto, o cenário torna-se ainda mais cinzento.
As empresas, em especial as financeiras e o grupo das médias e grandes
empresas não financeiras, parecem estar a despertar com razoável prontidão
para as zonas de informatização de front-office e menos estruturadas que as
tecnologias mais recentes promovem (ver, por exemplo, os inquéritos da
PWC).
O mercado caracteriza-se ainda por uma elevada dispersão da oferta. As
“top ten” actuais representarão pouco mais de 20% do volume de negócios do
sector (contra 46% em Espanha e 37% no Reino Unido). Mas uma comparação
das “top ten” de hoje com a de há dez anos atrás mostra a profunda
transformação que o sector tem conhecido, com o aparecimento na liderança
das grandes empresas internacionais de serviços, consulting e software ao
lado (e à frente, por vezes) dos grandes fornecedores de hardware (dos quais
apenas um - a IBM - mantém uma posição continuado no grupo da frente).
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3. O tecido empresarial das TI
-Faltam dados estatísticos coerentes para se analisar a estrutura das
empresas que constituem o lado da oferta do sector. As estatísticas do INE
incluem os dados do CAE 72 - actividades informáticas e conexas, sendo de
1997 os últimos dados disponíveis. Ora o sector, tal como a maioria dos
analistas o entendem, não é bem descrito só por esta CAE. Por um lado há
muito actividade comercial associada incluída nos CAEs do comércio. Assim
como haverá actividade do sector incluída nas empresas do CAE 74 (serviços a
empresas). Por outro lado este CAE inclui uma componente importante de
serviços de processamento de dados, que inclui muitos serviços de
contabilidade e semelhantes, que habitualmente não fazem parte da definição
do mercado TI. De qualquer forma, e tendo sempre em consideração esta
discrepância, uma análise dos dados do CAE 72 permite apreender algumas
características importantes das empresas do sector. (ver anexos)
-O volume de negócios do CAE 72 em 1997 foi de 167 Mc, dos quais 59 Mc
terão sido vendas e 108 Mc terão sido prestação de serviços - 44 Mc dos quais
foram prestação de serviços de processamento de dados . Ora a estimativa de
dimensão do mercado global TI para 1997 foi de quase 190 Mc. Logo este CAE
deverá representar à volta de 70% do sector, pelo que poderá ter algum
significado – apesar de ser óbvio algum “bias” difícil de avaliar.
-As mais de 2 mil empresas assinaladas empregavam cerca de 12 mil
pessoas e representavam um valor acrescentado bruto (a preços de mercado)
de 58 Mc.
Alguns ratios elementares mostram as principais características (e
fragilidades) do sector:
- Uma dimensão média por empresa de pouco
mais de 5 pessoas (contra 9 em França, por
exemplo)
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- Um custo médio por pessoa de quase 4 mil
contos anuais
- Um volume médio de negócios por empresa de
77 mil contos (contra 190 mc em França), dos
quais 36% são vendas e 73% são prestação de
serviços
- Um volume de negócios por pessoa de 14.1 mil
contos por ano (contra 21 mc em França)
- Um vab (a preços de mercado) correspondente a
cerca de 35% do volume de negócios (contra 54%
em França)
- Uma margem bruta das vendas de cerca de 20%
- Uma margem bruta da prestação de serviços de
cerca de 60%
A pequena dimensão média das empresas do sector é relevado pelo facto
das empresas do sector com mais de 20 pessoas representarem apenas 41%
dos custos totais com pessoal, 15% das vendas e 41% das prestações de
serviços. Estes números sugerem um maior peso relativo das empresas
grandes no sector de serviços e consultadoria e um maior peso das pequenas
empresas nas vendas de hardware.
Uma análise por subdivisões do CAE 72 mostra que mais de 85% do
volume de negócios e quase 90% do VAB(pm) se concentram no CAE 722
(consultadoria e programação informática) e no CAE 723 (processamento de
dados). As empresas destes dois grupos mostram também uma dimensão
média de volume de negócios superior: quase 100 mil contos anuais.
Assinale-se o custo médio por pessoa substancialmente mais elevado no
CAE 724 (actividades de bancos de dados), apesar do seu significado ainda
reduzido quanto a volume de negócios (menos de 3 Mc).
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A distribuição geográfica das empresas no território nacional é
profundamente assimétrica. Os números mostram que:
- Perto de 80% do volume de negócios situava-se
na região de Lisboa e Vale do Tejo, onde se
concentram 70% dos efectivos de pessoal
- A região Norte representava cerca de 16% do
volume de negócios e 21% dos efectivos
- o resto de Portugal representava apenas cerca
de 5% do volume de negócios e 15% dos
efectivos, apesar de representar mais do que
30% da população e 27% do produto interno
bruto (a preços de mercado).
Uma comparação dos indicadores básicos de produtividade mostra bem as
empresas da região de LVT com as restantes, inclusive com as da região
Norte:
- Uma maior dimensão média
- Um maior volume de vendas (96 mc por ano em
LVT e 60 mc na RN)
- Um maior volume de vendas por pessoa (16 mc
em LVT contra 11 mc na RN)
- Mas também um maior custo anual por pessoa
(4 mc em LVT contra 2.9 mc na RN).
O interesse dos mercados bolsistas internacionais pelas empresas
tecnológicas influenciou também o mercado português. É de assinalar a
entrada no mercado principal de novas empresas do sector TIC, o qual pouco
estava representado. Uma nova geração de empresas aparece a cotar-se na
bolsa, o que promoveu (e continua a promover) um movimento de
reestruturação do tecido empresarial, com fortes movimentações de “mergers
and acquisitions” de modo a obterem uma dimensão mínima credível para a
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entrada no mercado. Empresas como a ParaRede, PTMultimedia, Novabase,
Sonae.com fizeram IPOs com sucesso nos últimos tempos e outras se
anunciam.
Especialmente relevante será a tendência de algumas empresas de
software e serviços se cotarem. Julga-se que esta tendência reforçará a
credibilidade do sector, a sua competitividade e interesse internacional,
aumentará a facilidade de entrada de grandes parceiros do mercado global no
mercado português (um facto que não é negativo, ultrapassando
nacionalismos económicos insuportáveis na economia europeia de hoje). O
anúncio recente de um mercado tecnológico pela BVL poderá vir também a ser
um contributo importante no mesmo sentido.
4. Sociedade da informação
O “boom” associado ao crescimento e popularidade da internet tem
transformado o perfil das TI, quer ao nível dos sistemas de informação
empresariais, quer ao nível da informática dita pessoal. Mais do que qualquer
outra coisa, este é o grande “driver” das mutações em curso no sector.
Vários inquéritos e sondagens mostram uma evolução rápida do parque
de PCs e do acesso à net. Há três anos atrás cerca de 10% da população
portuguesa teria acesso à internet. Hoje terá já ultrapassado os 25%. Estima-
se que hoje em dia mais de 1/3 da população portuguesa tenha acesso a um
computador em casa.
Como exemplo, cite-se que o fornecedor líder no acesso gratuito à internet
em Portugal registou quase 300 mil adesões em meio ano (Outubro 99 a
Março 2000).
No sentido de tentar captar de forma macro as várias componentes que
promovem e descrevem a intensidade de “sociedade de informação” tem sido
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proposta a criação de métricas multidimensionais. Um bom exemplo disso foi
recentemente publicado em Espanha, numa iniciativa conjunta do Ministério
de Industria y Energia espanhol e da Sedisi - a Associação Espanhola de
Empresas de Tecnologias da Informação. O estudo utiliza basicamente dados
de 1998 e 1999, mas curiosamente acaba por conseguir uma compilação muito
completa de dados disponíveis acerca da situação portuguesa. Isto porque o
estudo compara de forma sistemática os indicadores na Alemanha, Espanha,
França, Irlanda, Itália, Portugal, Reino Unido e a média da União Europeia.
A metodologia adoptada agrupa 47 indicadores específicos em vários grupos:
(ver anexos)
- A: indicadores básicos do sector TIC (4)
- B: indicados das infra-estruturas disponíveis (4)
- C: indicadores sobre pontos de acesso (terminais) (6 de 12
propostos)
- D: indicadores sobre a oferta de serviços (6)
- E: indicadores sobre os usos (procura) (7 de 15 propostos)
- F: indicadores sobre os conteúdos (0 de 6 propostos)
Medindo a performance relativa de cada indicador contra o melhor
daquele conjunto de países para esse mesmo indicador. A fiabilidade dos
dados portugueses (em especial sobre acesso à internet) é por vezes muito
duvidosa, mas o exercício global apresenta-se como uma proposta de base
metodológica séria para actualização e exploração continuada.
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Uma elaboração sobre os indicadores propostos permite construir
métricas lineares segundo cada um dos eixos (grupos) A a E. Uma possível
interpretação é considerar os eixos A, B, C e D como dimensões de um espaço
de variáveis explicativas da oferta. Nos quadros anexos apresenta-se uma
representação radial desses eixos e dos perfis de cada um dos países. Os
quatro eixos podem por sua vez ser agrupados num único indicador médio.
G E F IR IT P UKA 97% 63% 102% 110% 77% 70% 125% 100%B 118% 74% 103% 83% 124% 94% 115% 100%C 97% 116% 100% 80% 82% 71% 109% 100%D 131% 54% 66% 120% 47% 52% 145% 100%
ABCD 111% 77% 93% 98% 82% 72% 124% 100%
E 106% 83% 103% 111% 48% 101% 161% 100%
Fonte: Sedisi (2000); EBCada um dos indicadores reflecte o valor desse indicador nesse país como uma percentagem (%) dda média desse indicador na UE
EU
O eixo E pode ser interpretado como uma dimensão descritiva da procura.
Em quadro anexo pretende-se situar cada um dos países numa perspectiva
bidimensional de intensidade da oferta e de intensidade da procura, medida
relativamente à intensidade média da União Europeia para cada um dos
eixos.
Entretanto fizeram-se algumas correcções aos indicadores do grupo D, no
que respeita a Portugal, em especial na penetração de utilizadores de internet
e de TV por cabo em 1999 (existiriam cerca de 800 mil habitações a
subscreverem os serviços de cabo no final desse ano).
A leitura da posição portuguesa no grupo A não é muito famosa
(intensidade do mercado TI): cerca de 70% da média europeia, no fundo em
linha com outros indicadores de convergência macroeconómica. Mas a
situação no grupo B (infra-estruturas) é melhor (94%), aproximando-se da
média europeia. Quanto ao grupo C (terminais de acesso) o indicador
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português é de pouco mais de 70% da UE - apesar de ser reconhecido que o
seu crescimento é bastante forte. Um comentário semelhante aplica-se ao
grupo D.
Já o grupo E (métrica do uso de serviços a que dá acesso a Sociedade da
Informação) a posição portuguesa é boa, parecendo em linha com a média
europeia. Este indicador é lisonjeiro e reflecte em parte o sucesso em Portugal
do sistema Multibanco.
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Referencias
1. EITO, “European Information Technology Observatory 99”, Bruxelas,
1999
2. Pierre Audin Conseil et al, “Software and Computing Services Industry
in Europe - Markets and strategies 1997 - 2001”, 1977
3. IDC Portugal, “O mercado de software na Europa e na Portugal”,
Lisboa, Novembro de 1997
4. INSAT, “Visão Global”, Lisboa, 1999
5. PriceWaterhouseCoopers, “Inquérito sobre as tecnologias de
informação em Portugal”, Julho de 1999
6. Sedisi, “Métrica de la sociedad de la información”, Madrid, Março de
2000
7. BPI, “PT Multimedia - IPO”, Equity Research, Outubro de 1999
8. Sonae.com, “Prospecto de oferta pública de venda”, Maio de 2000
9. INE, “Estatisticas de empresas – comércio e outros serviços”, 1997
10. INE, “Inquérito às actividades informáticas e conexas”, 1998
11. MCT, “Portugal in the information society”, Lisboa, Outubro de 1999
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12. Missão para a sociedade da informação, “Livro verde para a sociedade
da informação em Portugal”, Lisboa, Maio 1997
13. Finantial Times, “World Internet Map”, 21 Junho 2000
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Anexos
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Tecnologias da informação
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Mercados e empresasEduardo Beira
Engenharia e Tecnologia 2000Sistemas de Informação
Índice
– Mercados TI e TIC– Mercado europeu TIC– Mercado europeu TI– Portugal: ranking europeu
– Mercado portugues: segmentos por clientes– Mercado portugues: segmentos por produtos
– CAE72: I (dados base)– CAE72: II (estrutura de custos)– CAE72: III (indicadores)– CAE 72 por região– CAE 72.2 por região– CAE 72.3 por região
– Internet em Portugal
– Métricas e indicadores da sociedade da informação
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Engenharia e Tecnologia 2000Sistemas de Informação
Mercados TI e TIC
2000Ebiliões Ecus hw sw serv TI %cresc TIC TIC/TI
Europa Ocidental 97 48 87 232 456 1,97Europa Oriental 9 1 3 13 53 3,98Europa 106 49 90 245 28% 10% 509 2,08US 379 44% 9% 603 1,59Japão 102 12% 7% 183 1,79Resto do Mundo 138 16% 14% 401 2,91
864 100% 1696 1,96
Portugal 1,7 0,2% 5,4 3,18Espanha 8,7 1,0% 23,3 2,68Reino Unido 48,8 5,6% 85,2 1,75
TI = valor do mercado de tecnologias da informaçãoTIC=valor do mercado de tecnologias da informação e comunicaçãoSource: EITO99
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Mercados e empresasEduardo Beira
Engenharia e Tecnologia 2000Sistemas de Informação
Mercado europeu TIC
2000EMilhões Ecus Europa Portugal Espanha UKHw 96809 1011 4275 21764Sw 48463 225 1433 10408Serviços 86695 430 3020 16640
TI 231967 1666 8728 48812100,0% 0,7% 3,8% 21,0%
Telecom - equipmentos 37709 473 2564 5913Telecom - serviços 186442 3215 12089 30474
TC 224151 3688 14653 36387100,0% 1,6% 6,5% 16,2%
TIC 456118 5354 23381 85199Fonte: EITO99 100,0% 1,2% 5,1% 18,7%
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Engenharia e Tecnologia 2000Sistemas de Informação
Mercado europeu TI
Principais mercados europeus2000E
Top 5 UE 68% (G, Fr, UK, It, Esp)Outros UE 19% (Portugal incluido)Non UE 6% (Países europeus fora da UE)Europa Oriental 7%
100%Fonte: EITO99
Top5 Outros UE Não EU Eur Or
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Engenharia e Tecnologia 2000Sistemas de Informação
Portugal:ranking europeu
IDC III 97 IT per cap IT (%PNB)índice ecu
1 Sweden 2116 858 3,662 Danmark 1915 868 3,083 Finland 1885 568 2,674 Norway 1872 842 2,865 UK 1506 687 3,51
14 Spain 918 184 1,45
16 Portugal 531 141 1,45Fontes: IDC; EITO99
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Engenharia e Tecnologia 2000Sistemas de Informação
Mercado portuguêsSegmentos por clientes
0
50
100
150
200
250
90 98
SOHO Fin AP nFin
1998E 1990SOHO & home 33% 19%Emp. Financeiras 33% 27%Administração Pública 13% 14%Emp. Não Financeiras 21% 40%
100% 100%
Valor do mercado TI (Mc) 230 130Source: INSAT
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Engenharia e Tecnologia 2000Sistemas de Informação
Mercado portuguêsSegmentos por produtos
0
50
100
150
200
250
90 98
serv sw man hw mainf serv pcs out
1998E 1990Serviços 26% 4%Software 19% 4%Manutenção hw 5% 10%Mainframes 2% 9%Servers 10% 9%PCs 20% 35%Outros 18% 29%
100% 100%
Valor do mercado TI (Mc) 230 130Source: INSAT
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Engenharia e Tecnologia 2000Sistemas de Informação
CAE 72 (1998) I (dados base)
emp = numero de empresaspes = numero total de pessoasc.pes = custos totais com pessoalvneg = volume total de negóciosAumImobC = aumento total de imobilizado corpóreo
P emp pes c.pes vneg aumImobC vabpm721 Consultadoria em equipamento informático 167 571 970 4037 112 1272722 Consultadoria e programação informática 757 4883 18948 73568 6228 25056723 Processamento de dados 698 4500 17904 69674 3262 26445724 Actividades de bancos de dados 29 149 377 2704 86 782725 Manutenção de equipamentos 318 1147 2324 10429 295 3406726 Outras actividades conexas 184 574 1634 6331 487 1052
Actividades informáticas e conexas 2153 11824 42157 166743 10470 58013
Fonte: INE (1998)
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CAE 72 (1998) II (estrutura de custos)
Pvendas p.serv v% cevc cevc% ps/emp ps/pes cpes/ps
721 Consultadoria em equipamento informático 1368 2668 33,9% 1183 86% 16,0 4,67 36%722 Consultadoria e programação informática 25855 47712 35,1% 19775 76% 63,0 9,77 40%723 Processamento de dados 25835 43838 37,1% 20303 79% 62,8 9,74 41%724 Actividades de bancos de dados 1750 954 64,7% 1193 68% 32,9 6,40 40%725 Manutenção de equipamentos 2733 7697 26,2% 2485 91% 24,2 6,71 30%726 Outras actividades conexas 1572 4738 24,9% 1209 77% 25,8 8,25 34%
Actividades informáticas e conexas 59113 107607 35,5% 46148 78% 50,0 9,10 39%
vendas = proveitos totais por vendasp.serv = proveitos por prestação de serviçosv% = proveitos por vendas como & dos proveitos totaiscecv = custo das existencias vendidas e consumidascecv % = custo das existencias vendidas e consumidas como % dos proveitos por vendasps/emp = proveitos por prestação de serviços médios por empresaps/pes = proveitos por prestação de serviços médio por empresacpes/ps = custos com pessoal como % dos proveitos por prestação de serviços
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CAE 72 (1998) III (indicadores)
emp = numero de empresas como % do numero total de empresaspes = numero de pessoas como % do numero total de pessoasc.pes = custos com pessoal como % do total de custos com pessoalAumImobC = investimento corpóreo como % do investimento corpóreo totalvabpm = valor acrescentado bruto a preços de mercado como % do Vabpm totalpes/emp = numero médio de pessoas por empresavn/emp = volume de negócios médio por empresavn/pes = volume de negócios médio por pessoavab/vn = Vabpm como % do volume de negócios
P emp pes c.pes vneg aumImobC vabpm pes/emp vn/emp vn/pes vab/vn721 Consultadoria em equipamento informático 8% 5% 2% 2% 1% 2% 3,42 24,17 7,07 32%722 Consultadoria e programação informática 35% 41% 45% 44% 59% 43% 6,45 97,18 15,07 34%723 Processamento de dados 32% 38% 42% 42% 31% 46% 6,45 99,82 15,48 38%724 Actividades de bancos de dados 1% 1% 1% 2% 1% 1% 5,14 93,24 18,15 29%725 Manutenção de equipamentos 15% 10% 6% 6% 3% 6% 3,61 32,80 9,09 33%726 Outras actividades conexas 9% 5% 4% 4% 5% 2% 3,12 34,41 11,03 17%
Actividades informáticas e conexas 5,49 77,45 14,10 35%
Fonte: INE (1998)
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CAE 72Por região
Zonas geográficasP = PortugalRN = Região Norte de PortugalLVT = Lisboa e Vale do TejoRdeP = Resto de Portugal (não RN e não LVT)
Dados fundamentaisCpessoal = Custos com pessoalVolNeg = Volume de negóciosAumImobC = aumento de imobilizado corpóreoVABpm = Valor acrescentado bruto a preços de mercado
Indicadores Pess/emp = numero médio de pessoas por empresac/pes = custo com pessoal médio por pessoaVN/emp = volume de negócios médio por empresaCpes/VN = custos com pessoal como % do volume de vendasCpes/VAB= custos com pessoal como % do VABpmVAB/VN = VABpm como % do volume de negócios
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Engenharia e Tecnologia 2000Sistemas de Informação
CAE 72Actividades informáticas e conexas
por região
CAE 72 Empresas Pessoas Cpessoal VolNeg AumImobC VABpm
P 2154 11825 42159 166725 10471 58015
RN 458 2497 7197 27398 1360 9920LVT 1367 8281 33361 130562 8506 45461RN+LVT 1825 10778 40558 157960 9866 55381
% (P) 84,7% 91,1% 96,2% 94,7% 94,2% 95,5%
RN 21,3% 21,1% 17,1% 16,4% 13,0% 17,1%LVT 63,5% 70,0% 79,1% 78,3% 81,2% 78,4%RdeP 15,3% 8,9% 3,8% 5,3% 5,8% 4,5%
Fonte: INE (1998)
CAE 72 Pes/Emp c/pes VN/emp VN/pes Cpes/VN Cpes/VAB VAB/VN
P 5,5 3,57 77,4 14,1 25,3% 72,7% 34,8%
RN 5,5 2,88 59,8 11,0 26,3% 72,6% 36,2%LVT 6,1 4,03 95,5 15,8 25,6% 73,4% 34,8%RN+LVT 5,9 3,76 86,6 14,7 25,7% 73,2% 35,1%
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Engenharia e Tecnologia 2000Sistemas de Informação
CAE 72.2Consultadoria e programação informática
por região
mc mc mc mc722 Empresas Pessoas Cpessoal VolNeg AumImobC VABpm
P 757 4883 18948 73569 6228 25056
RN 176 1131 2914 10409 488 4169LVT 456 3329 15371 59108 5533 19791RN+LVT 632 4460 18285 69517 6021 23960
% 83,5% 91,3% 96,5% 94,5% 96,7% 95,6%
RN 23,2% 23,2% 15,4% 14,1% 7,8% 16,6%LVT 60,2% 68,2% 81,1% 80,3% 88,8% 79,0%RdeP 16,5% 8,7% 3,5% 5,5% 3,3% 4,4%
mc mcPes/Emp c/pes VN/emp VN/pes Cpes/VN Cpes/VAB VAB/VN
P 6,5 3,88 97,2 15,1 25,8% 75,6% 34,1%
RN 6,4 2,58 59,1 9,2 28,0% 69,9% 40,1%LVT 7,3 4,62 129,6 17,8 26,0% 77,7% 33,5%RN+LVT 7,1 4,10 110,0 15,6 26,3% 76,3% 34,5%
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Engenharia e Tecnologia 2000Sistemas de Informação
CAE 72.3Processamento de dados
por região
mc mc mc mc723 Empresas Pessoas Cpessoal VolNeg AumImobC VABpm
P 698 4500 17904 69674 3262 26445
RN 123 960 3477 2554 546 5297LVT 489 3220 13831 53525 2458 20240RN+LVT 612 4180 17308 56079 3004 25537
% 87,7% 92,9% 96,7% 80,5% 92,1% 96,6%
RN 17,6% 21,3% 19,4% 3,7% 16,7% 20,0%LVT 70,1% 71,6% 77,3% 76,8% 75,4% 76,5%RdeP 12,3% 7,1% 3,3% 19,5% 7,9% 3,4%
mc mcPes/Emp c/pes VN/emp VN/pes Cpes/VN Cpes/VAB VAB/VN
P 6,4 3,98 99,8 15,5 25,7% 67,7% 38,0%
RN 7,8 3,62 20,8 2,7 136,1% 65,6% 207,4%LVT 6,6 4,30 109,5 16,6 25,8% 68,3% 37,8%RN+LVT 6,8 4,14 91,6 13,4 30,9% 67,8% 45,5%
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Engenharia e Tecnologia 2000Sistemas de Informação
Internet em Portugal
2000E Portugal Espanha UKPopulação M 10 39 59GDP per capita us$ 11600 15534 23947
Utilizadores net k 925 5225 17040Lares com net k 313 1626 7125
PC per capita % 18% 21% 44%PC per lar % 54% 66% 106%
Net per capita % 9% 13% 29%Net per lar % 27% 43% 69%Source: BPI
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Engenharia e Tecnologia 2000Sistemas de Informação
Eixo AIndicadores básicos TIC
G E F IR IT P UK EU
A11 Mercado TI / PIB 63% 42% 75% 61% 43% 42% 100% 70%A12 Consumot TI per capita 79% 27% 84% 53% 43% 20% 100% 73%A21 Mercado telecomunicações / PIB 58% 65% 60% 100% 62% 90% 77% 65%A22 Consumo de telecomunicações per capita 77% 46% 75% 100% 72% 49% 83% 78%
A 69% 45% 73% 79% 55% 50% 90% 72%
%EU 97% 63% 102% 110% 77% 70% 125% 100%% MAX 77% 50% 81% 87% 61% 56% 100% 80%
Fonte: Sedisi (2000); EBCada um dos indicadores reflecte o valor desse indicador nesse país como uma percentagem (%) do valor máximo desse indicador no conjunto dos 7 paises
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Engenharia e Tecnologia 2000Sistemas de Informação
Eixo BIndicadores de infraestrutura
G E F IR IT P UK EU
A11 Mercado TI / PIB 63% 42% 75% 61% 43% 42% 100% 70%A12 Consumot TI per capita 79% 27% 84% 53% 43% 20% 100% 73%A21 Mercado telecomunicações / PIB 58% 65% 60% 100% 62% 90% 77% 65%A22 Consumo de telecomunicações per capita 77% 46% 75% 100% 72% 49% 83% 78%
A 69% 45% 73% 79% 55% 50% 90% 72%
%EU 97% 63% 102% 110% 77% 70% 125% 100%% MAX 77% 50% 81% 87% 61% 56% 100% 80%
Fonte: Sedisi (2000); EBCada um dos indicadores reflecte o valor desse indicador nesse país como uma percentagem (%) do valor máximo desse indicador no conjunto dos 7 paises
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Eixo CIndicadores sobre pontos de acesso
G E F IR IT P UK EU
C11 Lares com PC 100% 36% 82% 73% 46% 32% 100% 82%C61 Lares com televisor 99% 100% 94% 99% 100% 73% 98% 95%C62 No. Televisores por lar 74% 100% 90% 85% 80% 52% 92% 82%C7 Lares com video 93% 83% 100% 92%C8 ATMs por habitante 58% 100% 54% 33% 51% 73% 46% 57%C9 POS por habitante 12% 100% 57% 8% 29% 36% 54% 43%
C 73% 86% 75% 60% 61% 53% 82% 75%
%EU 97% 116% 100% 80% 82% 71% 109% 100%% MAX 84% 100% 87% 69% 71% 62% 94% 87%
Fonte: Sedisi (2000); EBCada um dos indicadores reflecte o valor desse indicador nesse país como uma percentagem (%) do valor máximo desse indicador no conjunto dos 7 paises
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Eixo DIndicadores sobre oferta de serviços
G E F IR IT P UK EU
D1 Lares subscriptores de TV por cabo 94% 7% 20% 100% 42% 24% 46%D2 Lares subscriptores de satélite 100% 36% 51% 32% 18% 27% 61% 61%D3 Hosts internet por 100 hab 64% 28% 41% 59% 25% 22% 100% 70%D4 Utilizadores com acesso à internet 57% 43% 50% 58% 41% 0,38 100% 51%D5 Servidores web por habitante 65% 19% 23% 35% 21% 19% 100% 55%D6 Servidores web seguros por habitante 39% 39% 25% 100% 19% 17% 78% 36%
D 70% 29% 35% 64% 25% 28% 77% 53%
%EU 131% 54% 66% 120% 47% 52% 145% 100%% MAX 90% 38% 45% 83% 32% 36% 100% 69%
Fonte: Sedisi (2000); EBCada um dos indicadores reflecte o valor desse indicador nesse país como uma percentagem (%) do valor máximo desse indicador no conjunto dos 7 paises
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Eixo EIndicadores sobre uso
G E F IR IT P UK EU
E3 Horas de Tv por lar 70% 70% 100% 60% 70% 48% 66% 69%E7 Transacções ATM por ano per capita 50% 67% 80% 23% 70% 100% 67%E8 Cartões (déb/cred) por 1000 hab 55% 31% 45% 18% 50% 100% 45%E9 Transacções per capita por cartão 50% 50% 67% 80% 23% 70% 100% 67%E10 Transacções POS por 1000 hab 8% 23% 100% 10% 0,564 41%E11 Utilizadores de banca online por 1000 hab. 100% 51% 17% 5%E15 % de teletrabalhadores 79% 37% 38% 58% 47% 100% 60%
E 61% 48% 60% 65% 28% 59% 93% 58%
%EU 106% 83% 103% 111% 48% 101% 161% 100%% MAX 66% 51% 64% 69% 30% 63% 100% 62%
Fonte: Sedisi (2000); EBCada um dos indicadores reflecte o valor desse indicador nesse país como uma percentagem (%) do valor máximo desse indicador no conjunto dos 7 paises
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Engenharia e Tecnologia 2000Sistemas de Informação
Sociedade da informaçãoindicadores globais
G E F IR IT P UK EUA 97% 63% 102% 110% 77% 70% 125% 100%B 118% 74% 103% 83% 124% 94% 115% 100%C 97% 116% 100% 80% 82% 71% 109% 100%D 131% 54% 66% 120% 47% 52% 145% 100%
ABCD 111% 77% 93% 98% 82% 72% 124% 100%
E 106% 83% 103% 111% 48% 101% 161% 100%
Fonte: Sedisi (2000); EBCada um dos indicadores reflecte o valor desse indicador nesse país como uma percentagem (%) dda média desse indicador na UE
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40
Escola de EngenhariaUniversidade do Minho Departamento de Sistemas de Informação »«MERCADOS E NEGÓCIOS: DINÂMICAS E ESTRATÉGIAS
Mercados e empresasEduardo Beira
Engenharia e Tecnologia 2000Sistemas de Informação
0%
50%
100%
150%1
2
3
4
GEFIRITPUKEU
Métricas da sociedade da informaçãoABCD (todos os paises)
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41
Escola de EngenhariaUniversidade do Minho Departamento de Sistemas de Informação »«MERCADOS E NEGÓCIOS: DINÂMICAS E ESTRATÉGIAS
Mercados e empresasEduardo Beira
Engenharia e Tecnologia 2000Sistemas de Informação
0%
50%
100%1
2
3
4P
EU
Métricas da sociedade da informaçãoABCD (Portugal e EU) (%EU)
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Mercados e empresasEduardo Beira
Engenharia e Tecnologia 2000Sistemas de Informação
Sociedade da informaçãoE vs ABCD (%EU)
20%30%40%50%60%70%80%90%
100%110%120%
60% 70% 80% 90% 100% 110% 120%
P
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