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MERCADO DE CAPITAIS

Professor: Ciro Antônio Pereira LemosFANS –Faculdade de Nova Serrana – Aula 3

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EMENTA

6º período de Contábeis:

Estrutura e funcionamento do mercado de capitais no Brasil: aspectos teóricos, práticos e Legislação.

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Objetivo geral

“Dotar os alunos do conhecimento do mercado de capitais, da sua estrutura e dos elementos necessários à plena utilização dos conceitos da teoria de finanças, no que tange à avaliação e diversificação de investimentos e ao gerenciamento de riscos”.

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Objetivos específicos

Estimular o pensamento crítico com base em conceitos e práticas existentes, no que se refere ao Mercado Financeiro Nacional e internacional, em especial com relação ao Mercado de Capitais.

Possibilitar ao aluno a prática, com a utilização de simuladores, de algumas atividades típicas do mercado acionário, que considerem, especialmente, fatores de risco, retorno e liquidez.

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Avaliação

1ª etapa : 40 pontos (25 pontos de prova e 15 pontos de trabalhos). Especificamente sobre os trabalhos, serão atribuídos 10 pontos em trabalho em grupo em sala de aula (5 para a parte escrita e 5 para a apresentação oral) e 5 pontos para o exercício com base em simuladores de bolsas de valores em laboratório.

  2ª etapa: 30 pontos: 15 pontos de prova e 15 pontos de trabalhos, sendo:

Para o 6º de Contábeis: Os 15 pontos de trabalho serão assim atribuídos: 5 pontos com base no

segundo exercício prático em simuladores de bolsa de valores em laboratório e os outros 10 pontos para a atividade interdisciplinar (artigo) conforme definido no Manual do Aluno Segundo Semestre de 2012.

 3ª etapa: 30 pontos (prova final)

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Conteúdo programático

1. O Mercado Acionário: contextualização, estrutura e funcionamento

1. 1 Segmentos do mercado Financeiro Nacional: Mercado monetário; Mercado de crédito; Mercado cambial e Mercado de Capitais

1.2 Mercado acionário : estrutura e funcionamento 1.2.1 Entidades/instituições participantes do Mercado de Capitais 1.2.2 Valores mobiliários 1.2.3 Outros participantes 1.2.4 Providências preliminares 1.2.5 Possíveis vantagens da abertura de capital 1.2.6 Possíveis desvantagens da abertura de capital 1.2.7 Como avaliar se a Cia. deve abrir o capital 1.3. Emissão de debêntures: principais características operacionais; escritura

de emissão, prospecto e agente fiduciário; responsabilidades da Cia. ao emitir debêntures.

1.4 O papel das bolsas de valores: conceituação; objetivos; pregão; processos de negociação; BM&FBovespa holding S.A.

1.5. Atividades práticas: uso de simuladores de bolsa de valores – 1ª parte 

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Conteúdo programático

2. Mercado primário de Ações

  2.2 Ações – tipos e forma de circulação 2.3 Valor das ações 2.4 Indicadores dos valores das ações 2.5 Rendimento das ações e risco 2.5.1 Direitos de subscrição 2.5.2 Bonificação 2.6 - Ações - cotações 2.6.1 Desdobramento – split 2.6.2 Grupamento de ações - inplit 2.7 Principais direitos dos acionistas 2.7.1 Tag along

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Conteúdo programático 

3. Mercado Secundário de Ações

  3.1 Tipos de ordens de negociações 3.2 Análise Técnica: suporte e resistência de uma ação. 3.3 Operações a vista, a termo e opções - day trade 3.4 Índices de Bolsa de Valores 3.5 Governança Corporativa e Novo Mercado 3.6 Atividades práticas: uso de simuladores de bolsa de valores – 2ª

parte

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Conteúdo programático

4. Introdução ao mercado de derivativos:

4.1 Mercados futuros 4.1.2 Participantes do mercado futuro: comprador, vendedor e arbitrador 4.1.3. Preços no mercado futuro 4.1.4. Ajustes nas posições a futuro 4.1.5 Hedge 4. 2 Mercado de opções 4.2.1 Participantes do mercado de opções 4.2.2 Garantia das opções 4.2.3 Opção de compra e de venda 4.3 Mercado a termo 4.4 Swaps 4.4.1 Swaps com taxas de juros 4.4.2 Caso prático de swap

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Bibliografia Básica

ASSAF NETO, A. Mercado Financeiro. 10. ed. 3. reimpressão. São Paulo: Atlas, 2011. 318 p. (4 exemplares disponíveis na Biblioteca FANS).

  KERR, Roberto Borges. Mercado Financeiro e de

capitais. São Paulo: Pearson Prentice, 2011. (5 exemplares disponíveis na Biblioteca FANS).

  PINHEIRO, Juliano Lima. Mercado de Capitais:

fundamentos e técnicas. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2009. (4 exemplares disponíveis na Biblioteca FANS).

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Bibliografia Complementar

FORTUNA. Eduardo. Mercado Financeiro: produtos e serviços. 18. ed. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2009. 864 p. (3 exemplares disponíveis na Biblioteca FANS).

  LAGIOIA, Umbelina Cravo Teixeira . Fundamentos do Mercado de Capitais.

2. ed. São Paulo: Atlas, 2009. 212 p. (1 exemplar disponível na Biblioteca FANS).

LOPES, Alexandro Broedel. LIMA, Iran Siqueira. Contabilidade e Controle de Operações com Derivativos. 2. ed. revista e ampliada. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003. (1 exemplar disponível na Biblioteca FANS).

MELLAGI FILHO, Armando. ISHIKAWA, Sérgio. Mercado Financeiro e de Capitais. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2010. 382 p. (1 exemplar disponível na Biblioteca FANS).

OLIVEIRA, Gilson Alves de. Mercado Financeiro: objetivo e profissional. Curitiba: Fundamento Educacional, 2006 (1 exemplar disponível na Biblioteca FANS).

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Introdução ao mercado de derivativos:

Introdução

Participantes dos mercados derivativos

Mercado a Termo

Mercado Futuro

Mercado de Opções

Mercado de Swap

Conclusões

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Mercado de derivativosIntrodução:

Derivativos são instrumentos financeiros que se originam (dependem) do valor de um outro ativo, tido como ativo de referência. Um contrato de derivativo não apresenta valor próprio, derivando-se do valor de um bem básico (commodities, ações, taxas de juros etc.).

Em vez de negociarem os próprios ativos, os investidores apostam em seus preços futuros. As transações com derivativos são realizadas nos mercados futuros, a termo, opções, swaps etc.

A BM&F (teve suas funções integradas às da BM&FBovespa) é o ambiente formalmente estabelecido para negociar os diversos instrumentos futuros no Brasil.

Os derivativos costumam embutir maiores riscos que outras alternativas financeiras, sendo melhor recomendados para investidores com menor aversão ao risco.

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Mercado de derivativosO que são commodities?

Commodity (commodities): Produtos básicos com pouco ou nenhum grau de industrialização e que possuem características homogêneas. As principais commodities são: petróleo, produtos agrícolas (como café, soja e açúcar), minérios (cobre, aço e ouro) entre outros.

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Mercado de derivativosParticipantes: hedger, especulador e arbitrador

O Hedger participa do mercado com o intuito de desenvolver proteção diante de riscos de flutuações nos preços dos diversos ativos (moedas, ações, commodities etc.) e nas taxas de juros. Para tanto, tomam nos mercados futuros uma posição contrária àquela assumida no mercado a vista, minimizando perdas financeiras (e eventualmente ganhos) diante das variações bruscas dos preços de mercado.

O Especulador adquire o risco do hedger, motivado pela possibilidade de ganhos financeiros. Sua participação é de suma importância pois assume o risco das variações bruscas de preços.

O arbitrador vai procurar tirar vantagem das distorções de preços nos diversos mercados (a vista, futuro, opções etc.). Ele atua ao perceber que os preços em dois ou mais mercados estão muito diferentes. Opera com baixo risco e sua importância está na manutenção de certa relação entre os preços a vista e futuros.

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Mercado de derivativos:Mercado a Termo

Envolve um acordo de compra e venda de certo ativo para ser entregue numa data futura e liquidação em prazo determinado, a um preço previamente estabelecido.

No contrato a termo o comprador é obrigado a pagar o preço previamente acordado, e o vendedor é obrigado a entregar o ativo objeto conforme combinado.

O contrato a termo reflete um acordo particular estabelecido entre dois investidores, não sendo geralmente negociado em bolsas de valores.

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Mercado de derivativos:Mercado a Termo

Ao contrário do mercado futuro (que será visto em seguida) o mercado da termo:

Não tem prazo de vigência padronizado;

Não sofrem ajustes periódicos a valores de mercado;

A entrega final do ativo-objeto (liquidação do contrato) se dará numa única data futura acordada;

É bastante raro uma liquidação antecipada de contrato a termo, sendo que os contratos futuros encerram-se geralmente antes do vencimento.

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Mercado de derivativos:Mercado a Termo

Um exemplo:

O comprador (investidor) adquiriu na BM&F 100 lingotes de ouro (250 gramas/cada), contrato com vencimento em 20 dias e preço de $ 20,00/grama. O valor bruto do contrato é de $ 500 mil.

O vendedor, por sua vez, assumiu a obrigação de entregar os 100 lingotes de ouro do tipo negociado na data do vencimento , independentemente do valor que o ouro venha a atingir no mercado.

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Mercado Futuro

Uma operação de mercado futuro envolve basicamente um compromisso, formalizado em contrato, de compra ou venda de determinado ativo em certa data futura, sendo previamente fixado o preço (chamado preço futuro) objeto da negociação. No mercado a vista, ao contrário, ocorre a negociação efetiva do bem.

O investidor, que quer comprar no futuro uma ação, por exemplo, aposta na elevação de sua cotação no mercado. O vendedor, por outro lado, acredita na possibilidade de compra da ação no futuro a uma preço inferior, o que permitiria a ele, realizar um lucro, ou seja, vende mais caro (no futuro) e compra mais barato (quando chegar a data da liquidação do contrato).

Em geral, as operações a futuro são liquidadas em dinheiro, sem a entrega física do bem negociado, pagando-se ou recebendo-se a diferença entre o valor fixado de compra e ode venda.

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Mercado Futuro

No início, as operações de mercado futuro envolviam apenas produtos agrícolas como café e soja. Atualmente as operações de futuro passaram a incorporar ações, índices de preços, produtos pecuários, metais preciosos, outras moedas etc.

Os contratos futuros costumam ser padronizados pelas bolsas de valores em termos de: Quantidades de negociação; Unidade de negociação (lote padrão); Data de vencimento; Forma de cotação.

Quanto aos preços, as bolsas de valores geralmente fixam certos limites diários, permitindo a livre negociação somente dentro desse intervalo. Quando os preços excedem os limites, as negociações são encerradas, retornando no dia seguinte.

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Mercado Futuro

Se um comprador (a futuro) não desejar receber o previsto no contrato no vencimento, poderá vendê-lo no mercado secundário. Já um vendedor (a futuro) se desejar não entregar os itens objeto do contrato no final do prazo, pode realizar uma compra antecipada.

Os preços no mercado futuro diferem daqueles praticados no mercado a vista – são geralmente superiores – pela presença de custos de carregar uma determinada posição física até a data de vencimento do contrato. O custo de carregamento (carrying charge) inclui o armazenamento do produto (no caso de comodity), aluguel de locais apropriados, transportes, seguros e custo do capital aplicado no estoque.

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Mercado FuturoAjuste nas posições a futuro

O investidor “abre posição” no mercado futuro quanto transmite a uma Sociedade Corretora uma ordem de compra ou de venda de contratos. O “fechamento da posição” do investidor ocorre por meio de uma operação inversa à original.

Se ele abriu posição comprando 100 contratos futuros de ações com vencimento em determinada data, ele fecha sua posição ao adquirir 100 contratos futuros da ação com mesmo vencimento.

A posição pode ser fechada até o último dia de negociação. O investidor pode abrir e fechar sua posição no mercado futuro no mesmo pregão, operação denominada day trade.

Havendo interesse dos participantes, a posição de compra e venda pode ser encerrada a qualquer momento antes do vencimento do contrato. O preço, neste caso, é determinado pelo valor do ativo-objeto no momento do encerramento e não pelo preço do vencimento do contrato.

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Mercado FuturoAjuste nas posições a futuro

Ao abrir uma posição no mercado futuro o investidor deve depositar uma margem de garantia, visando cobrir eventuais perdas em sua posição.

Além dessa garantia inicial, a BM&F ajusta todos os dias as posições em aberto no mercado futuro. Oscilações nos preços que repercutem em perdas para os investidores devem ser cobertas em dinheiro em D + 1. Em caso de ganhos nos contratos é providenciado o respectivo depósito (crédito) na conta do investidor, cujo valor é determinado pela valorização ocorrida nos preços futuros.

Essas operações de créditos (ganhos) ou débito (perdas) na conta do investidor são controladas pela Corretora de Valores que realizou o negócio. Esses acertos diários (processados com base na média dos preços futuros ao final de cada pregão), têm por objetivo principal reduzir o risco da operação e, consequentemente, do mercado.

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Mercado de Opçõesopção de compra e opção de venda...

Esse mercado foi desenvolvido mais recentemente e trabalha, basicamente com dois tipos de contratos:

Opção de compra – calls: concede ao titular do contrato (comprador – investidor - titular) o direito (e não a obrigação) de adquirir no futuro um determinado ativo por um preço previamente estabelecido. Para o vendedor da opção (lançador), ao contrário, há uma obrigação futura, sempre que exigida pelo comprador, de entregar os ativos negociados àquele preço.

Opção de venda – puts: o detentor do contrato (comprador da opção – investidor - titular) tem o direito (e não a obrigação, de vender no futuro um ativo por um certo preço preestabelecido. O vendedor dessa opção (lançador), por seu lado, tem a obrigação de receber (comprar) no futuro, se exigido pelo comprador da opção de venda, os ativos-objetos do contrato de opção ao preço fixado.

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Mercado de Opçõescaracterísticas...

O que diferencia um contrato futuro de um contrato de opção é a obrigação que o primeiro apresenta de se adquirir ou vende algo no futuro. O contrato de opção, ao contrário, registra somente o direito do titular de exercer sua opção de compra ou venda, não sendo obrigatório seu exercício.

De forma idêntica ao mercado futuro, as opções podem também ser utilizadas em alternativas de hedge. Se um investidor de ações, por exemplo, desejar proteger sua posição contra possível desvalorização no futuro, pode adquirir opções de venda das ações. Se o preço não cair, o investidor não exerce a opção.

Quando a opção puder ser exercida em qualquer data dentro do prazo estabelecido para a operação é chamada de opção americana. Quando o exercício da opção definir apenas uma data futura para o exercício, é denominada opção européia.

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Mercado e Opçõeso Prêmio.....

Ao se adquirir uma opção (comprador do opção – investidor), o investidor deve pagar um prêmio cujo valor é definido pelas forças de oferta e procura de mercado.

Esse valor não é devolvido pelo vendedor da opção, independentemente de o contrato de oçãoser ounão exercido.

Dessa forma, não interessando ao investidor exercer seu direito previsto no contrato de opção adquirido, ele perderá o prêmio pago ao vendedor da opção.

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Mercado de OpçõesO que afeta o valor do prêmio...

Em princício, quanto mais elevado for o preço atual do mercado do ativo-objeto, mais alto também se apresenta o prêmio da opção. Exemplo: Se o preço de uma ação no futuro é de 4,50, o prêmio será mais alto se a ação no mercado da vista atual estiver a 6,00 do que se estiver a 5,00.

Outro fator que influencia sobre o valor do prêmio é o tempo que resta até o vencimento do contrato de opção. Quanto maior o tempo mais alto será o prêmio (o risco é maior...).

As opções com fortes oscilações históricas (volatilidade) de preço do ativo-objeto costuma exigir prêmios maiores.

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Mercado de opçõesPreço de exercício...

O preço que o comprador pode exercer, em seu direito de compra ou de venda previsto no contrato de opção, é denominado preço de exercício. Este preço é estabelecido pelas próprias Bolsas de Valores, procurando adequá-lo ao comportamento esperado de valorização ou desvalorização do mercado a vista e ao prazo de vencimento da oção.

Se a cotação domercado cair abaixo do preço da opção de venda, o investidor é atraído a exercer seus direitos. Caso o preço do mercado a vista supere o valor das opções de venda, o direito não deve ser exercido, vencendo o prazo da opção sem o exercício do direito de venda.

É importante registrar que o exercício do direito de um contrato de opção depende, essencialmente, do comportamento do preço de mercado.

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Mercado de opçõesum exemplo...

Desenvolver o seguinte caso:

Um investidor adquiriu um contrato de opção de venda de ações de uma empresa na Bovespa, com vencimento para 30 dias. O preço de exercício da opção foi fixado em $ 20,00/ação e o prêmio pago pelo negócio foi de $ 0,40/ação.

Situação A : o preço de venda da ação no mercado a vista no dia do vencimento foi de $ 18,00 por ação. O investidor exerce a opção de venda. Por que?

Situação B: o preço de venda da ação no mercado a vista foi de $ 23,00/ação. O investidor não exerce a opção de venda. Por que? Qual é o seu “prejuizo” neste caso?

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Mercado de opçõesum exemplo...

Situação A (exerce porque obteve lucro com a operação)

Valor recebido pela venda: $ 20,00Valor de mercado: ($ 18,00)Prêmio pago: ( $ 0,40) _______Resultado (lucro) por ação: $ 1,60

Situação B (não exerce, perde o valor do prêmio, par não ter mais prejuizo com a operação.

Prêmio pago: ($ 0,40) ________Resultado (prejuizo) por ação: ($ 0,40)

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Mercado de opçõesGarantias a serem oferecidas pelos vendedores de opções...

Os compradores de opções perdem oprêmio pago ao não desejarem exercer seu direito. Para esses participantes do mercado, não são exigidas garantias de suas operações.

Os vendedores de opções, de modo diferente, podem incorrer em elevados prejuizos caso sejam obrigados a exercer o direito negociado. Necessário, então, oferecimento de garantias para cumprimento do contrato.

O valor das garantias (normalmente reais) bem como seus critérios de atualização, são definidos pelas próprias bolsas de valores.

O objetivo da garantia é permitir que, em caso de inadimplência, possa ser efetuada a liquidação integral do contrato de opção.

O vendedor pode ser dispensado da garantia na hipótese de depositar integralmente os ativos-objeto do contrato em custódia nas Bolsas de Valores. Esse depósito é denominado de cobertura e o vendedor passa a ser reconhecido como vendedor coberto.

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Swaps

A palavra swap significa troca ou permuta e designa uma operação cada vez mais procurada no mercado financeiro nacional e internacional.

Os swaps são acordos estabelecidos entre duas partes visando a uma troca de fluxos de caixa futuros por um certo período de tempo, obedecendo a uma metodologia de cálculo previamente definida.

É interessante ressalatar que os agentes trocam indexadores das operações de captação ou aplicação de recursos, sem interferir sobre o principal (sobre o capital).

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Swaps

Com o swap, por exemplo, companhias com dívidas em dólar corrigidas por taxas flutuantes poderiam contratar uma operação que as transformasse numa dívida com taxas fixas, e vice-versa.

Evidentemente que, caracterizando-se como uma operação de troca de posições, a criatividade (a engenharia financeira), baseando-se em regras seguras e legalmente garantidas, permite que outros tipos de operações de swap “ganhem vida”.

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Swaps

Uma operação de swap é realizada entre duas partes, sendo geralmente montada por uma instituição fianceiras. O acordo é registrado na BM&F ou na Cetip.

Tanto a BM&F como a Cetip não se responsabilizam pela inadimplência das partes envolvidas, sendo a operação realizada sem garantia.

No Brasil, as operações de swap estão consolidadas pela Resolução 2.012 do CMN, de 30/07/1993, dentro do conceito mais amplo da realização de operações com instituições no exterior destinadas a proteção – hedge -, contra o risco de variações (de taxas de juros, paridade entre moedas epreços de commodities etc.) no mercado internacional

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Swaps – um exemplo

Uma empresa investiu $ 3 milhões em CDB por 90 dias à taxa pré-fixada de 1,8% a.m.

Depois de 30 dias da aplicação, a empresa avaliou um movimento de alta nas taxas do CDI-over, estimada (pela empresa) na ordem de 2,4%a.m. para o bimestre restante (próximos 60 dias).

Com base nessas suas projeções, resolve propor um swap para o Banco, trocando os fluxos de caixa do CDB pelos fluxos de rendimentos da taxa CDI-over para os próximos 60 dias.

No contrato de swap, a empresa vai apurar o montante do CDB nos primeiros 30 dias e esse valor passa a ser considerado como valor referencial (base) para a operação.

A empresa, então, transfere seus rendimentos previstos para o próximo bimestre (60 dias) para o Banco. Em contrapartida vai receber juros da taxa de CDI-over, calculados sobre o mesmo valor de referência.

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Swaps – um exemplo

Resultado da operação de swap:

Se confirmadas as previsões da empresa e o CDI – over atingir mesmo 2,4% a.m., a empresa terá um ganho com a operação de swap, tendo em vista o seguinte:

Diferencial: (1,024 /1,018) – 1 = 0,589%

Ou seja, o CDI-over rendeu 0,589% a mais que o CDB inicialmente contratado pela empresa. Com isso ela ganhou com a troca (swap) o seguinte valor:

3.000.000,00 x 0,589% = 17.670,00

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Swaps – um exemplo

Caso as previsões não se confirmassem e o CDI-over tivesse ficado abaixo de 1,8% a.m. (rendimento do CDB inicialmente contratado), a empresa teria um prejuizo com a operação.

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Introdução ao mercado de derivativos

Muito Obrigado !