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MERCADO DE CAPITAIS

Professor: Ciro Antônio Pereira LemosFANS –Faculdade de Nova Serrana – Aula 2

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EMENTA

8º período de Administração

Estrutura e funcionamento do mercado de capitais no Brasil: aspectos teóricos, práticos e Legislação, envolvendo: mercado primário, mercado secundário e derivativos. Prática com simuladores da bolsa de valores.

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Objetivo geral

“Dotar os alunos do conhecimento do mercado de capitais, da sua estrutura e dos elementos necessários à plena utilização dos conceitos da teoria de finanças, no que tange à avaliação e diversificação de investimentos e ao gerenciamento de riscos”.

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Objetivos específicos

Estimular o pensamento crítico com base em conceitos e práticas existentes, no que se refere ao Mercado Financeiro Nacional e internacional, em especial com relação ao Mercado de Capitais.

Possibilitar ao aluno a prática, com a utilização de simuladores, de algumas atividades típicas do mercado acionário, que considerem, especialmente, fatores de risco, retorno e liquidez.

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Avaliação

1ª etapa : 40 pontos (25 pontos de prova e 15 pontos de trabalhos). Especificamente sobre os trabalhos, serão atribuídos 10 pontos em trabalho em grupo em sala de aula (5 para a parte escrita e 5 para a apresentação oral) e 5 pontos para o exercício com base em simuladores de bolsas de valores em laboratório.

  2ª etapa: 30 pontos: 15 pontos de prova e 15 pontos de trabalhos, sendo:

Para o 8º de Administração: Os 15 pontos de trabalho serão atribuídos com base no segundo exercício

prático em simuladores de bolsa de valores: 5 pontos em laboratório (prática) e 10 pontos no trabalho de preparação teórica para o exercício de laboratório (painel simples) , sendo 5 da parte escrita e 5 da apresentação oral, que será desenvolvido em sala de aula.

 3ª etapa: 30 pontos (prova final)

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Conteúdo programático

1. O Mercado Acionário: contextualização, estrutura e funcionamento

1. 1 Segmentos do mercado Financeiro Nacional: Mercado monetário; Mercado de crédito; Mercado cambial e Mercado de Capitais

1.2 Mercado acionário : estrutura e funcionamento 1.2.1 Entidades/instituições participantes do Mercado de Capitais 1.2.2 Valores mobiliários 1.2.3 Outros participantes 1.2.4 Providências preliminares 1.2.5 Possíveis vantagens da abertura de capital 1.2.6 Possíveis desvantagens da abertura de capital 1.2.7 Como avaliar se a Cia. deve abrir o capital 1.3. Emissão de debêntures: principais características operacionais; escritura

de emissão, prospecto e agente fiduciário; responsabilidades da Cia. ao emitir debêntures.

1.4 O papel das bolsas de valores: conceituação; objetivos; pregão; processos de negociação; BM&FBovespa holding S.A.

1.5. Atividades práticas: uso de simuladores de bolsa de valores – 1ª parte 

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Conteúdo programático

2. Mercado primário de Ações

  2.2 Ações – tipos e forma de circulação 2.3 Valor das ações 2.4 Indicadores dos valores das ações 2.5 Rendimento das ações e risco 2.5.1 Direitos de subscrição 2.5.2 Bonificação 2.6 - Ações - cotações 2.6.1 Desdobramento – split 2.6.2 Grupamento de ações - inplit 2.7 Principais direitos dos acionistas 2.7.1 Tag along

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Conteúdo programático 

3. Mercado Secundário de Ações

  3.1 Tipos de ordens de negociações 3.2 Análise Técnica: suporte e resistência de uma ação. 3.3 Operações a vista, a termo e opções - day trade 3.4 Índices de Bolsa de Valores 3.5 Governança Corporativa e Novo Mercado 3.6 Atividades práticas: uso de simuladores de bolsa de valores – 2ª

parte

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Conteúdo programático

4. Introdução ao mercado de derivativos:

4.1 Mercados futuros 4.1.2 Participantes do mercado futuro: comprador, vendedor e arbitrador 4.1.3. Preços no mercado futuro 4.1.4. Ajustes nas posições a futuro 4.1.5 Hedge 4. 2 Mercado de opções 4.2.1 Participantes do mercado de opções 4.2.2 Garantia das opções 4.2.3 Opção de compra e de venda 4.3 Mercado a termo 4.4 Swaps 4.4.1 Swaps com taxas de juros 4.4.2 Caso prático de swap

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Bibliografia Básica

ASSAF NETO, A. Mercado Financeiro. 10. ed. 3. reimpressão. São Paulo: Atlas, 2011. 318 p. (4 exemplares disponíveis na Biblioteca FANS).

  KERR, Roberto Borges. Mercado Financeiro e de

capitais. São Paulo: Pearson Prentice, 2011. (5 exemplares disponíveis na Biblioteca FANS).

  PINHEIRO, Juliano Lima. Mercado de Capitais:

fundamentos e técnicas. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2009. (4 exemplares disponíveis na Biblioteca FANS).

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Bibliografia Complementar

FORTUNA. Eduardo. Mercado Financeiro: produtos e serviços. 18. ed. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2009. 864 p. (3 exemplares disponíveis na Biblioteca FANS).

  LAGIOIA, Umbelina Cravo Teixeira . Fundamentos do Mercado de Capitais.

2. ed. São Paulo: Atlas, 2009. 212 p. (1 exemplar disponível na Biblioteca FANS).

LOPES, Alexandro Broedel. LIMA, Iran Siqueira. Contabilidade e Controle de Operações com Derivativos. 2. ed. revista e ampliada. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003. (1 exemplar disponível na Biblioteca FANS).

MELLAGI FILHO, Armando. ISHIKAWA, Sérgio. Mercado Financeiro e de Capitais. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2010. 382 p. (1 exemplar disponível na Biblioteca FANS).

OLIVEIRA, Gilson Alves de. Mercado Financeiro: objetivo e profissional. Curitiba: Fundamento Educacional, 2006 (1 exemplar disponível na Biblioteca FANS).

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Mercados primário e secundário de ações introdução

Mercado primário

Denomina-se mercado primário quando uma empresa negocia sua compra e venda de ações pela primeira vez, ou seja, as ações são emitidas pelas empresas e simultaneamente adquiridas por investidores.  No jargão do mercado convencionou-se chamar a criação de ações de emissão de ações, e a aquisição destas ações pelos investidores de subscrição de ações.

Esta emissão de ações ou venda no mercado primário, serve para a empresa captar recursos dos investidores de modo a  financiar seus projetos e fazer investimentos entre outras coisas, e estes recursos obtidos entram para o caixa da empresa.

Uma empresa pode recorrer ao mercado primário no momento de sua abertura inicial de capital IPO (Initial Public Offering – Oferta Pública Inicial), ou fazer a emissão de um novo lote de ações quando ela já tem papéis negociados no mercado financeiro, colocando mais uma parte da empresa a venda em forma de ações.

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Mercados primário e secundário de ações introdução

Mercado secundário

Denomina-se  mercado secundário quando os investidores ou acionistas transacionam ações de sua titularidade, ou seja, é o mercado em que é possível comprar e vender ações já emitidas e em circulação.  Esta é a forma mais conhecida e utilizada para se comprar ações no mercado financeiro.

Apesar da negociação das ações no mercado secundário ser em sua maioria realizado na bolsa de valores, seu conceito é mais amplo e abrange toda e qualquer operação envolvendo ações já existentes, já emitidas e detidas por um determinado acionista.

Sendo assim, além das bolsas, o termo “mercado secundário” engloba também qualquer compra ou venda realizada em pregão eletrônico, bancos,  corretoras de valores ou em negociação direta entre acionistas celebrada por meio de um contrato de compra e venda.

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Mercado primário de AçõesTipos de ações

Basicamente as ações são classificadas em:

ordinárias

preferenciais

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Mercado primário de AçõesTipos de ações – Ações ordinárias

Comandam a assembléia de acionistas de uma empresa, conferindo ao seu titular o direito de voto.

Cada ação ordinária equivale a um voto. O poder de decisão concentra-se no investidor (ou grupo de investidores) que detenha a maior quantidade de ações.

Concentração das ações – dificulta livres negociações de mercado e movimentos dos preços

Pulverização das ações – incentiva uma maior participação e a ação é mais valorizada (com um número menor de ações pode-se assumir o controle).

Os acionistas ordinários podem: eleger e destituir membros da Diretoria e Conselho Fiscal, decidir sobre o destino dos lucros, autorizar emissões de debêntures , aumentos de capital social etc.

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Mercado primário de AçõesTipos de ações – Ações preferenciais

Não atribuem a seu titular o direito de voto, mas conferem algumas preferências:

Prioridade no recebimento de dividendos (normalmente em percentual superior ao das ordinárias).

Prioridade no reembolso do capital na hipótese de dissolução da empresa.

Para o acionista preferencial, o lucro é mais importante que o controle da companhia

Pode ter direito a voto se estipulado no estatuto da Companhia

São mais atraentes em pequenos mercados onde não existe maior diluição do capital votante (ordinário)

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Mercado primário de AçõesForma de circulação

Quanto à forma de circulação as ações podem ser:

Nominativas

Nominativas endossáveis

Escriturais

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Forma de circulaçãoNominativas

Representadas por cautelas (certificados).

Trazem o nome do investidor registrado em livro de registro das ações nominativas.

Sua transferência dá-se pela entrega da cautela e averbação do nome do novo titular neste livro, conferindo todos os direitos de acionista.

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Forma de circulaçãoNominativas endossáveis

Registram somente o nome do primeiro acionista.

As transferências de titularidades são processadas mediante endosso na própria cautela.

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Forma de circulaçãoEscriturais

São ações nominativas sem suas respectivas cautelas (por isso são chamadas de escriturais).

O controle é executado por instituição fiel depositária das ações da Companhia, a qual mantém uma conta de depósito em nome de seus proprietários (acionistas).

As movimentações ocorrem mediante extratos bancários emitidos pelas instituições depositárias, não ocorrendo manuseio físico desses papéis.

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Significado de ON, PN, PNA, PNB

ON - Ordinária nominativa

PN – Preferencial nominativa

As ações podem ser diferenciadas por classes: A, B, C ou alguma outra letra que apareça após o “ON” ou o “PN” (exemplo: PNA, PNB).

As características de cada classe constam do estatuto social da empresa emissora da ação.

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Valor das ações

De acordo com o objetivo da análise, podem ser definidos os seguintes valores para as ações:

Valor nominal

Valor patrimonial

Valor intrínseco

Valor de mercado

Valor de liquidação

Valor de subscrição

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Valor das açõesValor nominal da ação

Valor nominal: é o valor atribuído a uma ação, previsto no estatuto social da companhia. Uma ação pode ser emitida com e sem valor nominal.

Com valor nominal: todas as ações deverão ter o mesmo valor (capital social dividido pelo número de ações). É vedada a emissão de novas ações por preço inferior ao nominal. Obedecem também ao valor mínimo fixado pela CVM.

Sem valor nominal: o valor é determinado no lançamento pelos sócios fundadores e, nos aumentos de capital, pela Assembléia Geral de Acionistas ou pelo Conselho de Administração. Toma por base o valor de mercado, porém também obedecem ao valor mínimo fixado pela CVM.

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Valor das açõesValor patrimonial e intrínseco da ação

Valor patrimonial:

representa a parcela do capital próprio (patrimônio líquido) da sociedade que compete a cada ação emitida ( PL dividido pelo número de ações). É uma informação claramente estatística e histórica (critério contábil) e não guarda relação com seu efetivo preço de mercado.

Valor intrínseco:

equivale ao valor presente de um fluxo esperado de benefícios de caixa. Este fluxo é descontado a uma taxa de retorno mínima requerida pelos investidores, a qual incorpora o risco associado ao investimento. Assim, o valor intrínseco embute o potencial ( o que se espera) de remuneração de uma ação.

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Valor das açõesValor de mercado da ação

Valor de mercado:

representa o efetivo preço de negociação da ação. O investidor vai considerar, na sua decisão de investimento, papéis (ações) cujo valor de mercado estejam abaixo do valor intrínseco (se estiver acima do valor intrínseco, a expectativa de ganhos provavelmente não se realizará).

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Valor das açõesValor de liquidação e de subscrição

Valor de liquidação:

determinado quando do encerramento de atividade de uma companhia, indicando quanto compete do resultados da liquidação para cada ação emitida.

Valor de subscrição:

é o preço definido no lançamento de ações em operações de abertura de capital de uma empresa. É determinado principalmente com base nas perspectivas da empresa emitente, do volume de emissão, preço corrente no mercado da ação(avaliação) e de outras variáveis de mercado.

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Indicadores de análise de ações

Os indicadores objetivam avaliar os reflexos do desempenho da empresa sobre o valor de mercado de suas ações.

São de grande utilidade para os analistas de mercado, acionistas e investidores em geral, como parâmetros de apoio às suas decisões.

A evolução das cotações de mercado das ações apresenta-se geralmente identificada nestes indicadores de análise, sendo possível estabelecer tendências futuras.

Vamos, em seguida, examinar o LPA, VPA, P/L e indicadores de dividendos.

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Indicadores de análise de açõesLucro por Ação - LPA

O índice ilustra o benefício (lucro) auferido por ação emitida pela empresa, ou seja, do resultado líquido (após o IR) obtido em determinado período, quanto compete a cada ação emitida.

O lucro por ação (LPA) é medido pela seguinte fórmula: Lucro líquido / Número de Ações emitidas.

O denominador pode ser determinado pelo número de ações que compõem o capital social da Cia. Ao final do exercício social, ou em função de sua quantidade média calculada no período.

O indicador revela, na verdade, a parcela do lucro líquido pertencente a cada ação, mas a distribuição do lucro é definida pela política de dividendos adotada pela empresa.

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Indicadores de análise de ações VPA – Valor Patrimonial da Ação

O VPA representa o valor contábil de cada ação, ou seja, seu valor intrínseco. É um indicador de simples cálculo e interpretação.

Sua fórmula de cálculo é: VPA = Patrimônio Líquido / Quantidade de Ações

Quando uma empresa é negociada acima de seu VPA, entende-se que o mercado aceita pagar um “ágio” pela ação, pois a expectativa de crescimento, resultados e conseqüentes bons dividendos justificariam esse sobrepreço.

O contrário acontece quando a ação é negociada abaixo de seu VPA. Nesse caso, o entendimento é de que a ação deve ser negociada com um “deságio” pois as expectativas para seus negócios ou segmento não são boas.

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Indicadores de análise de açõesÍndice Preço/Lucro – P/L

Constitui-se em um dos quocientes mais tradicionais do processo de análise e é bastante utilizado por investidores.É calculado pela relação entre o preço de mercado da ação (valor do investimento realizado) e seu lucro unitário (LPA).

Então: PL = Preço de mercado da ação / Lucro por ação-LPA.

Os índices P/L da maioria das ações encontram-se ainda amplamente disponíveis no mercado, permitindo formar um raciocínio intuitivo na comparação entre o preço pago na aquisição do título e seus lucros.

Teoricamente, o P/L indica o número de anos (exercícios) que um investidor tardaria em recuperar o capital investido (do ponto de vista econômico). É bom lembrar, no entanto, que, como o LPA não se realiza integralmente em termos de caixa, , o P/L não revela, sob o ponto de vista de realização financeira, o número de períodos de recuperação do capital aplicado.

Da mesma forma que o LPA, trata-se de um índice estático e que não leva em consideração o risco inerente ao investimento.

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Rendimento das ações

Ações é um título de renda variável e oferece resultados (ganhos ou perdas), baseado no comportamento de seus preços no mercado.

Os rendimentos das ações dependem do desempenho da empresa emitente, das condições de mercado e evolução geral da economia.

Essencialmente duas formas de rendimento: dividendos (calculado sobre as resultados da empresa no período) valorização de seu preço no mercado (especulação sobre a

possibilidade de ganhos futuros).

Podem também oferecer também: Juros sobre capital próprio: é facultativo a cada empresa; não constitui

obrigação. É aplicada a TJLP e o cálculo incide sobre as reservas patrimoniais de lucros (resultados de exercícios anteriores).

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Rendimento das açõesDividendos

Representam distribuição de lucros auferidos pela empresa aos seus acionistas, sendo normalmente pagos em dinheiro.

Todos os acionistas (ordinários e preferenciais) têm direito de receber dividendos a cada exercício, tornando-se uma prática obrigatória para as S. A.

A atual legislação determina distribuição de dividendos, tendo como percentual mínimo obrigatório, 25% sobre o lucro líquido ajustado do período.

A decisão de uma política de dividendos envolve a própria decisão sobre o destino dos lucros líquidos, ou seja: retê-los para reinvestir ou distribuí-lo aos acionistas.

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Direito de subscrição

A subscrição é o direito de todos os acionistas em adquirir novas ações emitidas por uma Companhia (os sócios entram com mais dinheiro).

Por meio de elevação de seu capital social, a Sociedade emite e oferece para subscrição novas ações aos investidores, comprometendo-se a dar preferência de compra aos atuais acionistas, por certo período e preço estabelecido, na proporção das ações possuídas.

Tal preço de aquisição, normalmente, é inferior ao de mercado, proporcionando um ganho ao subscritor.

O acionista que não desejar exercer seu direito poderá vendê-lo, transferindo seu direito a terceiros, por meio de venda em pregão da Bolsa de Valores (este é o único caso em que a “subscrição”, envolve a Bolsa de Valores, que atua, normalmente, no mercado secundário).

Os direitos de subscrição podem ser negociados mediante a emissão de “bônus de subscrição”, título negociável no mercado de capitais e que dá ao seu titular o direito de subscrever ações pelo preço de lançamento.

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Direito a bonificações

A bonificação é um direito do acionista em receber ações, proporcionais aos títulos possuídos, em decorrência do aumento de capital de uma empresa mediante incorporação de reservas.

Como a bonificação representa simplesmente a transferência de contas patrimoniais para atualização da participação do acionista no capital da empresa, não determina (ou não provoca) variações em seu preço de mercado.

A bonificação não promove qualquer alteração na estrutura econômica e financeira da empresa. Pode acontecer de três formas: bonificação em ações alteração no valor nominal da ação (sem emissão de novos títulos) se a ação não possui “valor nominal”, a alteração é somente

“contábil” (eleva-se o montante contábil do capital social).

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Risco das ações

As oscilações das cotações trazem certo grau de risco que deve ser compensado com a remuneração oferecida pelo papel.

Para se obter ganhos com ações um aspecto fundamental é o timing (momento oportuno) de entrar e sair do mercado: adquirir ações numa tendência de alta e vendê-la numa tendência de baixa, ANTES que os outros o façam.

Para tanto é necessário um acompanhamento e análises de cenários econômicos, do mercado financeiro e desempenho da empresa e de seus concorrentes.

São identificados dois grandes tipos de riscos no investimento em ações: risco da empresa e risco do mercado.

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Risco das açõesRiscos da empresa e de mercado

Risco da empresa: avalia-se os aspectos de atratividade econômica do negócio e a capacidade financeira.

Risco econômico: inerente à própria atividade da empresa eàs características do mercado onde opera (aumento da concorrência, evolução tecnológica, elevação dos juros, qualidade dos produtos etc.)

Risco financeiro: reflete o risco associado ao endividamento da empresa, ou seja, à capacidade da empresa em liquidar seus compromissos financeiros assumidos.

Risco de mercado: relaciona-se com as variações imprevistas no comportamento do mercado, determinadas, notadamente, por mudanças ocorridas na economia (taxas de inflação, barreiras ao comercio exterior, crises setoriais etc.)

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Ações - cotações

As ações são cotadas no mercado de forma unitária ou em lotes de certa quantidade (geralmente 1000 ações).

Desta forma, uma ação da Cia. A, pode estar valendo $1,00/unidade e da Cia. B $ 150,00 por lote de 1000 ações. Neste caso, uma ação da Cia. B vale somente $ 0,15 (bem menos que uma ação da Cia. A).

A existência de lotes de 1000 ações, decorre dos inúmeros planos econômicos vividos pelo Brasil, que promoveram sérias alterações na expressão monetária nacional. Para não acontecer cotações em Bolsa de valores ínfimos, criou-se o valor em lotes.

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grupamento de ações-inplit

O grupamento de ações (inplit) constitui-se no caminho inverso que as ações cotadas em lote percorreram nos últimos anos na Bolsa.

Melhora a imagem da Companhia.

A assembléia de acionistas autoriza, que se transforme o lote de ações em um número menor de títulos.

Exemplo: A Cia. X tem seu lote de 1000 ações cotados a $ 160,00. Resolve transformá-lo em 80 ações no valor de $ 2,00 cada uma. Antes cada ação valia apenas $ 0,16 cada.

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desdobramento-split

É a emissão de novas ações, em razão da representação do capital social (e não aumento) em um número maior de ações. Não confundir com bonificação (as duas não alteram o patrimônio líquido, mas bonificação aumenta capital social).

Como exemplo, uma Cia. pode desdobrar o valor de suas ações, que valem $ 200,00/unidade em 100 ações de $ 2,00.

Cada ação antiga é desdobrada em uma ou mais ações novas, sem que isso interfira no capital social da Companhia.

As ações desdobradas são distribuídas aos atuais acionistas na proporção de cada ação possuída, não alterando a participação acionária de cada um deles.

O objetivo principal é dar maior liquidez as seus papéis, tornando-os acessíveis a uma quantidade maior de investidores.

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Principais direitos dos acionistas

Ver no caderno da CVM – “proteção ao investidor” disponível em www.cvm.gov.br os principais direitos atribuídos aos acionistas no Brasil, em especial aos acionistas minoritários.

Em seguida, apresenta-se um resumo dos principais direitos.

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Principais direitos dos acionistas

Dividendos: Todos têm direito a dividendos toda vez que for apurado lucro. O pagamento do dividendo deixa de ser obrigatório se a Cia. demonstrar incapacidade financeira.

Ações preferenciais e dividendos: Os detentores de ações preferenciais têm prioridade no recebimento de dividendos e reembolso de capital, distribuição de dividendo fixo ou mínimo ou a acumulação destas vantagens.

Direito de Fiscalização e Informação: além disso, podem requerer informações específicas a respeito da Cia. e de seus administradores.

Preferência na subscrição. Isso evita redução de participação, nos casos de aumento de capital.

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Principais direitos dos acionistas

Direito de Recesso ou Retirada: Em casos previstos em lei, os minoritários podem sair, recebendo o valor de suas ações (troca de controle acionário, fusão, incorporação ou cisão daCia., mudança de objeto social, redução dodividendo obrigatório etc.)

Direito de Voto: em alguns casos, até mesmo o preferencial pode votar.

Convocação de assembléias: os minoritários em conjunto ou mesmo o acionista individual podem, em casos previstos por lei, convocar assembléias.

Direito de Tag along: em caso de alienação (venda) do controle acionário da Cia.

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Tag along

é um mecanismo que assegura a todos os acionistas minoritários ordinaristas, um pagamento mínimo em relação ao valor pago aos controladores de uma sociedade, em caso de negociação do controle acionário.

Pela lei nº 10.3030/01, o direito de tag along obriga o controlador adquirente a realizar uma oferta aos acionistas ordinários minoritários das ações remanescentes ao preço mínimo de 80% do valor pago por ação ao grupo controlador.

A extensão desse direitos acionistas preferenciais não é obrigatório e segue o previsto no estatuo da Cia.

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Mercado secundário

Finalizada a primeira etapa de colocação de ações, as negociações passam a se realizarem no denominado mercado secundário.

As duas principais instituições criadas para facilitar a realização de negócios no mercado secundário são as bolsas de valores e o mercado de balcão organizado.

Somente instituições devidamente autorizadas a funcionar pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e Banco Central é que podem participar ativamente das Bolsas e Mercado de Balcão Organizado, atuando em nome dos investidores, seus clientes, comprando e vendendo títulos e valores mobiliários.

O mercado secundário registra unicamente a transferência de propriedade dos títulos e valores mobiliários, não determinando variações diretas sobre os fluxos de recursos das Sociedades emitentes.

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Mercado Secundário de Ações:Tipos de ordens de negociações

As negociações (compra e venda) com ações seguem, em geral, os seguintes procedimentos:

O investidor procura uma Sociedade Corretora e define a operação que deseja realizar (compra ou venda) e as condições do negócio;

A ordem de negociação é executada pela Corretora de acordo com o tipo definido pelo investidor;

Finalmente, é processada a liquidação física (entrega dos papéis) e a liquidação financeira (pagamento/recebimento) da operação realizada.

O investidor pode aplicar em ações também através de Fundo de Ações, administrados por instituições financeiras ou Clubes de investimentos.

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Mercado Secundário de Ações:Tipos de ordens de negociações

Os tipos de ordens de negociações são vários. Pode-se citar os seguintes:

Ordem a Mercado

Ordem Administrada

Ordem Discricionária

Ordem Casada

Ordem Limitada

Ordem On-Stop (ou start – stop)

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Mercado Secundário de Ações:Tipos de ordens de negociações

Ordem a Mercado:

É quando o investidor especifica à sua corretora apenas a quantidade e as características dos papéis que deseja comprar ou vender. Fica a cargo da Corretora a execução da ordem, a partir do momento que a receber. Essa ordem permite uma execução rápida da compra/venda da ação, porém, corre-se o risco de não obter um preço satisfatório.

Ordem Administrada:

Mesmo procedimento da ordem a mercado, porém, fica a critério da Corretora a execução da ordem, que pode ocorrer ao longo de um período de tempo (e não imediatamente). Com isso, é possível que se obtenha um preço mais satisfatório.

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Mercado Secundário de Ações:Tipos de ordens de negociações

Ordem Discricionária:

É quando o administrador da carteira de títulos ou um representante de mais de um cliente estabelece as condições de execução da ordem. Assim, indica os nomes dos diferentes investidores, a quantidade de títulos que compete a cada um e o preço de cada título.

Ordem Casada:

É quando o investidor determina uma ordem de compra ou venda de um título em um tipo de mercado (a vista, a termo, futuro etc.) e uma outra concomitante de venda ou compra de igual título, no mesmo ou em outro mercado, com prazos de vencimentos distintos. Acontece somente se as duas transações puderem ser realizadas.

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Mercado Secundário de Ações:Tipos de ordens de negociações

Ordem Limitada:

O investidor estabelece o preço máximo ou mínimo pelo qual ele quer comprar ou vender determinada ação. Esta ordem só poderá ser executada por um preço igual ou melhor (mais vantajoso) que o indicado. Pode ser demorada a sua execução.

Ordem On-Stop (ou start – stop):

O investidor determina o preço mínimo pelo qual a ordem deve ser executada, limitando a sua perda ou ganho. A ordem de compra só é executada quando, em uma alta de preços, ocorrer um negócio ao preço determinado. A ordem de venda será executada quando, em uma baixa de preços, ocorrer um negócio a um preço igual ao preço determinado. É utilizada por investidores sofisticados.

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Análise técnicaSuporte e Resistência de uma ação

Como saber qual é o melhor momento para comprar ou vender uma ação ?

Segundo a linha seguida pelos estudiosos da analise técnica, uma das boas  maneiras de prever isso é através da observação dos pontos de suporte e resistência nos gráficos de tendência formados pelos preços das ações.  

Nestes gráficos, onde há uma espécies de zig-zags, pode-se observar a existência de  picos e fundos, e são eles os chamados pontos de resistência e de pontos de suporte respectivamente, e saber identifica-lo é uma vantagem para o investidor.

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Análise técnicaPontos de suporte e resistência de uma ação

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Análise técnicaSuporte de uma ação

Suporte de uma ação: Quando os preços das ações estão próximos ao nível do suporte, as compras feitas pelos investidores são fortes suficientes para interromper o processo de queda durante algum tempo e, possivelmente até revertê-lo. É o ponto onde as compras estão superando as vendas. Ou seja, indica que dificilmente os preços vão cair abaixo daquele nível.

Para o investidor que está acompanhando o movimento, ao chegar ao nível de suporte, pode-se concluir que é um bom momento para comprar, já que, a partir deste ponto, a tendência será de alta.

No entanto, se depois de atingir o suporte, o preço continuar caindo, rompendo assim o suporte, o investidor deve vender as ações, que entraram em tendência de queda.

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Análise técnicaResistência de uma ação

Resistência de uma ação: Já as resistências são os níveis de preços onde as vendas estão superando as compras dos investidores, o que também pode interromper a tendência de alta das ações e até revertê-la.

Conseqüentemente, os investidores, que observavam o movimento, começam a realizar lucro (vender) para não pegar maiores quedas.

Mas, em contrapartida, se os preços ultrapassarem o nível de resistência observado anteriormente, quebrando a resistência, a tendência é de que o preço continue subindo. Isso faz com que seja bom momento para adquirir mais papéis (comprar).

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Mercado Secundário de Ações:Operações a vista, a termo e opções

No mercado a vista:

a entrega dos títulos vendidos (liquidação física) ocorre no segundo dia útil a após a realização do negócio em Bolsa.

o pagamento e recebimento respectivos do valor da operação (liquidação financeira) são processados no terceiro dia útil posterior à negociação e é efetuada pela CBLC)

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Mercado Secundário de Ações:Operações a vista, a termo e opções

No mercado a termo:

As operações são formalizadas por meio de um contrato preestabelecido firmado entre comprador e vendedor, o qual estipula uma quantidade de ações, prazo de liquidação do negócio em determinada data futura e um preço acordado entre as partes;

Todos os papéis negociados na Bovespa podem constituir-se em título-objeto de um contrato a termo. Os prazos podem ser de 30, 60, 90, 120, 150 e 180 dias. Podem ser liquidados antes do vencimento;

A Bolsa de valores costuma exigir um limite máximo para a transação e depósito de certo montante na CBLC, como uma margem de garantia, além de outras garantias adicionais, em alguns casos.

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Mercado Secundário de Ações:Operações a vista, a termo e opções

No mercado de opções:

Envolvem negociações de direitos de compra e venda de ações, a um prazo de liquidação e preço preestabelecido.

O investidor de opções adquire, mediante o pagamento de um prêmio, o direito de comprar ou vender determinado lote de ações a outro investidor do mercado em condições de prazo e preço previamente definidos.

O investidor pode negociar o prêmio pago no mercado ou simplesmente não exercer a opção (de compra ou de venda) e perder o prêmio pago, quando isso for, logicamente, mais interessante para ele.

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Mercado Secundário de Ações:O que significa day trade?

Conjugação de operações de compra e de venda realizadas em um mesmo dia, dos mesmos títulos, para um mesmo investidor, por uma mesma corretora, liquidadas pelo mesmo agente de compensação, cuja liquidação é exclusivamente financeira (não faz sentido a liquidação física).

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Mercado Secundário de Ações: Índices de bolsa de valores

O índice de Bolsa de Valores é um valor que mede o desempenho médio dos preços de uma suposta (virtual) carteira de ações, refletindo o comportamento do mercado em determinado intervalo de tempo.

A composição da carteira (virtual) deve priorizar as ações que tenham grande representatividade nos negócios realizados na Bolsa de Valores, atingindo um percentual expressivo do volume transacionado no mercado a vista.

As ações seguem, normalmente, o comportamento geral do mercado, permitindo que se compreenda a oscilação de uma ação a partir do desempenho estabelecido pelo mercado como um todo.

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Mercado Secundário de Ações: Importantes índices de ações no Brasil

Índice Bovespa – Ibovespa Índice Brasil de Ações – IBrX Índice Valor Bovespa – IVBX-2 Índice Setorial de Telecomunicações – ITEL Índice de Energia Elétrica – IEE Índice do Setor Industrial – INDX Índice de Ações com Governança Corporativa Diferenciada -

IGC Índice Mid-large Cap - MLCX Índice Small Cap Índice de Consumo – ICON Índice Imobiliário – IMOB Índice de Sustentabilidade Empresarial - ISE

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Mercado Secundário de Ações:Índice Bovespa – Ibovespa

É o mais importante indicado de desempenho das cotações das ações no mercado brasileiro.

Criado em 1968 a partir de uma carteira teórica de ações, expressa em pontos.

O valor inicial foi 100 pontos, refletindo sua pontuação atual a variação ocorrida na carteira desde 1968.

O objetivo é o de refletir o desempenho médio dos negócios a vista ocorridos nos pregões da BM&FBovespa.

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Mercado Secundário de Ações:Índice Bovespa – Ibovespa

Atualmente, a Bolsa reavalia a cada quadrimestre o mercado de ações, identificando o desempenho de seus principais papéis nos últimos 12 meses. Atualmente: setembro a dezembro de 2010.

O valor em pontos publicado é determinado pelo produto da quantidade de cada ação que compõe a carteira técnica (teórica) e seu respectivo preço de mercado. A metodologia detalhada está no site www.bovespa.com.br.

Para ser incluída na carteira teórica do índice Bovespa, é necessário que a ação tenha boa participação em volume (superior a 0,1% do total). As ações selecionadas devem representar 80% do volume negociado e 80% de presença nos pregões da bolsa no período de 12meses.

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Mercado Secundário de Ações:Índice Brasil de Ações - IBrX

Refere-se a uma carteira teórica composta pelas 100 ações de maior negociação (número de negócios e volume financeiro), na Bolsa de Valores de São Paulo. Possui metodologia de cálculo parecida com o Ibovespa.

Na família do índice Brasil existe também o IBrX-50, que mede o retorno total de uma carteira teórica de ações formadas pelos 50 principais papéis negociadas na BM&FBovespa, em termos de liquidez. O IBrX-50 foi construído com o objetivo de ser uma referência para investidores e gestores de carteiras de ações.

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Mercado Secundário de Ações:Índice Valor Bovespa – IVBX - 2

Índice elaborado pela BM&FBovespa e pelo jornal Valor Econômico.

Tem por objetivo medir o retorno de uma carteira teórica composta por 50 papéis classificados a partir da 11ª posição de uma classificação que leva em consideração o valor de mercado e a liquidez (índice de negociabilidade).

Não integram, então, o IVBRX-2, as dez ações com índices de negociabilidade mais altos, e também as dez ações com os maiores valores de mercado.

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Mercado Secundário de Ações:Principais índices de Bolsas de Valores no Mundo

Índice Dow Jones:

Reconhecido como o primeiro índice de ações do mundo (desde 1884).

Apesar da grande popularidade o índice Dow Jones não aprimorou muito sua metodologia.

Nos dias atuais é constituído por uma carteira representativa das ações de maior importância na Bolsa de Valores de New york.

Seu cálculo é efetuado pela média aritmética das cotações dessas ações e a composição da carteira não segue, normalmente, critérios técnicos preestabelecidos. Fica a critério de variáveis mais subjetivas de seus responsáveis

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Mercado Secundário de Ações:Principais índices de Bolsas de Valores no Mundo

Índice NASDAQ :

Calculado desde 1985, sua sigla significa: National Association for Security Dealers Automated Quotations System (Sistema Automatizado de Cotações da Associação Nacional Corretora de Valores dos EUA).

Equivale a um sistema computadorizado de informações de ações onde são incluídas diversas ações negociadas na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) e também aquelas não registradas em bolsa e negociadas no mercado de balcão.

Inclui em sua carteira teórica, ações novas de diferentes setores da economia, principalmente aquelas de tecnologia com predomínio de internet. É um índice bastante volátil (altera muito) pela própria incerteza associada a essas empresas nova economia

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Mercado Secundário de Ações:Níveis de governança corporativa e Novo Mercado

As práticas de governança corporativa são também identificadas como de nível 1 ou nível 2, dependendo do grau de compromissos assumidos. O nível 3 de Governança Corporativa é o próprio Novo Mercado no qual somente são permitidas negociações de ações ordinárias (ON).

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Mercado Secundário de Ações:Níveis de governança corporativa e Novo Mercado

No nível 1 as companhias se comprometem, entre outros: a manter ações em circulação no mercado em quantidade equivalente a 25% de todo o capital social, realizar ofertas públicas que facilitem a dispersão do capital, melhorar a qualidade das informações prestadas, divulgar balanços trimestrais etc.

No nível 2, além de aceitarem cumprir todos os compromissos do nível 1, devem aderir a um conjunto mais amplo de práticas de governança corporativa, tais como: mandato unificado de um ano para os membros do Conselho de Administração, estender aos acionistas de ações ordinárias os mesmos direitos dos controladores quando da venda do controle (direito de tag along), direito a voto às ações preferenciais em determinadas matérias relevantes (transformações, incorporações, cisão e fusão) etc.

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Mercado Secundário de Ações:Níveis de governança corporativa e Novo Mercado

No Novo Mercado as empresas devem, entre outros:

Emitir somente ações ordinárias (ON) com direito a voto; Manutenção em circulação no mercado de, pelo menos, 25% das

ações emitidas em sociedade; Realização de ofertas públicas que favoreçam a dispersão do capital; Extensão aos acionistas minoritários das mesmas condições

oferecidas aos controladores no caso de negociação do controle (direito de tag along);

Maior transparência nas informações e disponibilização do balanço de acordo com as normas internacionais de contabilidade;

Fixação de mandato unificado de um ano para todo o Conselho de Administração (constituído por, no mínimo, cinco membros);

Obrigatoriedade de realização de uma oferta de compra de todas as ações em circulação, avaliadas por seu valor econômico, em caso de fechamento de capital ou cancelamento do registro no Novo Mercado.

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Mercado Secundário de Ações:Investimentos em private equity

Buscam oportunidades atraentes de alocação de capital e constituem-se em importantes alternativas de financiamento do crescimento das empresas, notadamente aquelas que estão localizadas em economias emergentes (BRIC’s);

Os investimentos são em empresas privadas fechadas (private) e são realizados por investidores (fundos de investimentos) no capital (equity) de organizações em diversos setores em busca de taxas mais atraentes.

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Mercado Secundário de Ações:Investimentos em private equity

Algumas características dos investimentos em private equity:

Os investidores assumem riscos nas decisões tomadas, almejando como prêmio uma atraente valorização do capital investido;

Os investidores costumam elaborar um estudo de viabilidade econômica para a empresa selecionada, definindo um tempo limitado de permanência do investimento;

Em geral, a empresa selecionada apresente certa limitação de acesso ao mercado acionário (como o porte, p.ex.) o que impede sua capitalização e seu crescimento sustentado;

Os investidores de private equity posicionam-se como co-proprietários da sociedade, compartilhando o controle acionário como os empreendedores e, por vezes, participam na administração das empresas investidas

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Mercado Secundário de Ações:investimentos em venture capital

As empresas de venture capital são entidades criadas para efetuarem investimento em capital de risco;

Costumam direcionar seus recursos financeiros para projetos de longo prazo, principalmente no setor de tecnologia, no desenvolvimento de produtos inovadores e no start-up de empresas;

As empresas de venture capital atuam como fundos de investimentos e seus investidores são, mais intensamente os investidores privados, fundos de pensão, instituições financeiras e grandes corporações.

Diferenciam-se dos Private Equity principalmente por direcionarem recursos para empresas nascentes, que se encontram nas primeiras fases de crescimento e que mostram excelentes perspectivas de ganhos. Os investidores assumem maiores riscos e almejam, consequentemente, taxas de retorno mais expressivas.

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Mercado Secundário de Ações:créditos de carbono

São certificados cotados em dólar e negociados no mercado, em bolsas de valores e de mercadorias. Transmitem, na sua essência, o direito de algumas indústrias poluírem o meio ambiente, desde que outras (indústrias) poluam abaixo das metas;

O processo funciona assim:

As agências reguladoras de proteção ambiental identificam as empresas mais poluidoras no país e, diante dos números, fixam metas visando à redução de emissão de gases. Essas empresas recebem certificados de acordo com os limites estabelecidos de emissões. Cada certificado equivale a uma determinada quantidade de poluentes (uma tonelada);

As empresas não podem ultrapassar a quantidade estabelecida nos certificados. Podem, no entanto, adquirir, no mercado, certificados de empresas que conseguiram reduzir a emissão abaixo das metas estabelecidas (sobrou certificados), gerando assim “créditos negociáveis”.

O que mais acontece são empresas poluentes, situadas em países desenvolvidos, comprarem certificados de empresas localizadas em países em desenvolvimento.

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Muito Obrigado!