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MENSAGEM À COMUNIDADE A pequena nota 351 da Amoris lae- titia aponta para a redescoberta dos sacramentos não apenas como “prêmio para os perfeitos”, mas também como “remédio generoso e um alimento para os fracos”. Ela corresponde plenamente à intenção basilar de toda a exortação, que não é simplesmente um “documento sobre a família”, mas também é uma poderosa relei- tura de toda a experiência eclesial, que apre- senta de modo linear e profundo as novida- des fundamentais que a tradição elaborou no último século, a partir de Pio X, e que, de algum modo, são difíceis de compreender com base em uma leitura apenas “jurídica” e “formal” da doutrina. Amoris laetitia teve o mérito – no ras- tro da Evangelii gaudium – de começar a responder com autoridade, com soluções não formais e não idealizadas. Numa leitura terapêutica dos sacramentos, a resposta que o Papa Francisco deu, em pleno voo, voltando de Lesbos, confirma a seriedade da perspectiva de releitura da relação entre “fazer penitência” e “comun- gar do corpo e sangue de Cristo”. Ele propõe, em outros termos, que os sacramentos não sejam compreendidos como o prêmio para aqueles que se con- verteram, mas como o meio e a mediação fundamental dessa conversão. Uma leitura clássica gostaria de continuar interpre- tando a penitência e a comunhão em ana- logia com a relação que se instaura entre “premissa” e “consequência”. Em outras palavras, ela pensa assim: no momento em que fui absolvido, e pude sê-lo, só então posso me aproximar da mesa eucarística. Deve-se notar que, nesse modelo de com- preensão do “perdão do pecado”, tudo é pensado de modo “estático” e “pontual”: por um lado, chega-se ao ato de “receber a hóstia”, mas, antes, é preciso se encon- trar no “estado” de poder ser perdoado. O requisito desse “ato formal de perdão” é uma condição existencial de superação do pecado. Se, à luz do Evangelho, não estou mais em estado de pecado, então posso ser absolvido. Essa visão tende a afirmar o primado do espaço sobre o tempo e da ideia sobre a realidade. Sobre esse ponto, Papa Francisco recorre a uma experiên- cia mais ampla e mais antiga, e nos pede para redescobrir, em vez disso, o primado do tempo sobre o espaço e da realidade sobre a ideia. Para fazer isso, devemos recuperar a complexa dinâmica tanto da penitência quanto da comunhão. A tradição cristã e católica elaborou um modelo de “participação na Eucaristia”, que constitui não só uma “manifesta- ção”, mas também uma “experiência” da comunhão. O modelo histórico que cons- tituiu a linha divisória na interpretação dessa manifestação é seguramente o que foi construído pelo Concílio de Latrão IV (1215) com a “comunhão pascal” e a prévia “confissão e penitência” anual. O “preceito pascal” tornava-se critério de comunhão eclesial. Paralelamente a esse desenvolvimento, também foi relida a grande experiência do “fazer penitência”. Aqui, assistimos, ao longo dos séculos, a um desenvolvimento complexo, que cul- minou na releitura tridentina, propondo a diferença do “perdão do batizado” com uma certa tensão em relação ao “perdão do homem”: o espaço do sacramento da confissão é, justamente, a reconciliação do batizado que caiu em culpa grave. Um desenvolvimento decisivo de toda essa história aconteceu no último século. É inte- ressante notar como o próprio Pio X come- çou a redefinir os contornos da experiência de “estado de graça”, diminuindo a impor- tância do “confessar-se” e aumentando a do “comungar”. Mas uma contribuição nova e antes impensável a tudo isso vem do Con- cílio Vaticano II e da lógica da “participa- ção ativa” que a Constituição Litúrgica e, depois, a Reforma dos ritos reintroduzi- ram na experiência eclesial. De um lado, o sacramento da penitência redescobre a sua “vocação comunitária”; mas, de outro, a “comunhão” se torna “itinerário de parti- cipação na oração eucarística da Igreja”. O principal lugar de “experiência do perdão” não é, acima de tudo, um “procedimento judiciário” de não imputação do pecado, mas lugar terapêutico de cura da distor- ção que o pecado grave introduz na vida do batizado. E deve-se notar que Trento já tinha em si esses dois registros, o judicial e o terapêutico. Pode-se afirmar hoje, no rastro dessa tra- dição, antiga e recente, que os sacramentos não são simplesmente “lugares pontuais e formais de constatação do pecado supe- rado”, mas “formas reais e temporais de caminho na vida de fé”. Para sermos ple- namente católicos, precisamos hoje reler a tradição com clarividência, precisamos nos referir também às qualidades da moderni- dade e dialogar seriamente com as outras tradições cristãs. Os sacramentos não são o “simples selo estático” de uma conversão ocorrida, mas o lugar dinâmico de elabora- ção de uma experiência filial e fraterna da existência, em Cristo. Assim, fica bem evidente a profunda unidade do desígnio do Papa Francisco: para integrar as formas da “irregulari- dade”, é preciso repensar profundamente a “regra católica” e o “sentir católico”, em relação à riqueza da própria tradi- ção e em relacionamento aberto com as outras tradições cristãs. Para “inverter a pergunta sobre os divorciados recasa- dos” – ecoando a brilhante intuição do cardeal Martini, quando sugeria que não se trata de se perguntar se se deve dar ou não a comunhão aos divorciados recasa- dos, mas, ao contrário, se podemos fazer com que falte a ajuda dos sacramentos justamente àqueles que mais precisam – Papa Francisco propõe uma “conver- são” que diz respeito a toda a pastoral, até mesmo aquém e além da família. Fonte: Adaptado de http://goo.gl/vw87lf BOLETIM INFORMATIVO PAROQUIAL M U N D O NOVO ANO XIX – EDIÇÃO 208 – MAIO/2016 “AMORIS LAETITIA”: a Alegria do Amor

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MENSAGEM À COMUNIDADE

A pequena nota 351 da  Amoris lae-titia aponta para a redescoberta dos sacramentos não apenas como

“prêmio para os perfeitos”, mas também como “remédio generoso e um alimento para os fracos”. Ela corresponde plenamente à intenção basilar de toda a exortação, que não é simplesmente um “documento sobre a família”, mas também é uma poderosa relei-tura de toda a experiência eclesial, que apre-senta de modo linear e profundo as novida-des fundamentais que a tradição elaborou no último século, a partir de Pio X, e que, de algum modo, são difíceis de compreender com base em uma leitura apenas “jurídica” e “formal” da doutrina.A Amoris laetitia teve o mérito – no ras-tro da Evangelii gaudium – de começar a responder com autoridade, com soluções não formais e não idealizadas. Numa leitura terapêutica dos sacramentos, a resposta que o  Papa Francisco  deu, em pleno voo, voltando de Lesbos, confirma a seriedade da perspectiva de releitura da relação entre “fazer penitência” e “comun-gar do corpo e sangue de Cristo”.Ele propõe, em outros termos, que os sacramentos não sejam compreendidos como o prêmio para aqueles que se con-verteram, mas como o meio e a mediação fundamental dessa conversão. Uma leitura clássica gostaria de continuar interpre-tando a penitência e a comunhão em ana-logia com a relação que se instaura entre “premissa” e “consequência”. Em outras palavras, ela pensa assim: no momento em que fui absolvido, e pude sê-lo, só então posso me aproximar da mesa eucarística. Deve-se notar que, nesse modelo de com-preensão do “perdão do pecado”, tudo é pensado de modo “estático” e “pontual”: por um lado, chega-se ao ato de “receber a hóstia”, mas, antes, é preciso se encon-trar no “estado” de poder ser perdoado. O requisito desse “ato formal de perdão” é uma condição existencial de superação do pecado. Se, à luz do Evangelho, não estou

mais em estado de pecado, então posso ser absolvido. Essa visão tende a afirmar o primado do espaço sobre o tempo e da ideia sobre a realidade. Sobre esse ponto, o Papa Francisco recorre a uma experiên-cia mais ampla e mais antiga, e nos pede para redescobrir, em vez disso, o primado do tempo sobre o espaço e da realidade sobre a ideia. Para fazer isso, devemos recuperar a complexa dinâmica tanto da penitência quanto da comunhão.A tradição cristã e católica elaborou um modelo de “participação na Eucaristia”, que constitui não só uma “manifesta-ção”, mas também uma “experiência” da comunhão. O modelo histórico que cons-tituiu a linha divisória na interpretação dessa manifestação é seguramente o que foi construído pelo  Concílio de Latrão IV  (1215) com a “comunhão pascal” e a prévia “confissão e penitência” anual. O “preceito pascal” tornava-se critério de comunhão eclesial. Paralelamente a esse desenvolvimento, também foi relida a grande experiência do “fazer penitência”. Aqui, assistimos, ao longo dos séculos, a um desenvolvimento complexo, que cul-minou na releitura tridentina, propondo a diferença do “perdão do batizado” com uma certa tensão em relação ao “perdão do homem”: o espaço do sacramento da confissão é, justamente, a reconciliação do batizado que caiu em culpa grave.Um desenvolvimento decisivo de toda essa história aconteceu no último século. É inte-ressante notar como o próprio Pio X come-çou a redefinir os contornos da experiência de “estado de graça”, diminuindo a impor-tância do “confessar-se” e aumentando a do “comungar”. Mas uma contribuição nova e antes impensável a tudo isso vem do Con-cílio Vaticano II e da lógica da “participa-ção ativa” que a Constituição Litúrgica e, depois, a  Reforma  dos ritos reintroduzi-ram na experiência eclesial. De um lado, o sacramento da penitência redescobre a sua “vocação comunitária”; mas, de outro,

a “comunhão” se torna “itinerário de parti-cipação na oração eucarística da Igreja”. O principal lugar de “experiência do perdão” não é, acima de tudo, um “procedimento judiciário” de não imputação do pecado, mas lugar terapêutico de cura da distor-ção que o pecado grave introduz na vida do batizado. E deve-se notar que Trento já tinha em si esses dois registros, o judicial e o terapêutico.

Pode-se afirmar hoje, no rastro dessa tra-dição, antiga e recente, que os sacramentos não são simplesmente “lugares pontuais e formais de constatação do pecado supe-rado”, mas “formas reais e temporais de caminho na vida de fé”. Para sermos ple-namente católicos, precisamos hoje reler a tradição com clarividência, precisamos nos referir também às qualidades da moderni-dade e dialogar seriamente com as outras tradições cristãs. Os sacramentos não são o “simples selo estático” de uma conversão ocorrida, mas o lugar dinâmico de elabora-ção de uma experiência filial e fraterna da existência, em Cristo.

Assim, fica bem evidente a profunda unidade do desígnio do Papa Francisco: para integrar as formas da “irregulari-dade”, é preciso repensar profundamente a “regra católica” e o “sentir católico”, em relação à riqueza da própria tradi-ção e em relacionamento aberto com as outras tradições cristãs. Para “inverter a pergunta sobre os divorciados recasa-dos” – ecoando a brilhante intuição do cardeal Martini, quando sugeria que não se trata de se perguntar se se deve dar ou não a comunhão aos divorciados recasa-dos, mas, ao contrário, se podemos fazer com que falte a ajuda dos sacramentos justamente àqueles que mais precisam – o  Papa Francisco  propõe uma “conver-são” que diz respeito a toda a pastoral, até mesmo aquém e além da família.

Fonte: Adaptado de http://goo.gl/vw87lf

BOLETIM INFORMATIVO PAROQUIAL

M U N D ONOVO

ANO XIX – EDIÇÃO 208 – MAIO/2016

“AMORIS LAETITIA”: a Alegria do Amor

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45 ANOS EVANGELIZANDO DE ESPERANÇA EM ESPERANÇA!

NOVO MUNDO BOLETIM INFORMATIVO PAROQUIAL2

LITURGIA DOMINICALPARA O MÊS DE MAIO

SEMANA DIA ATIVIDADE LOCAL HORÁRIO

6º DOMINGO PÁSCOA

1 Missa [Dia do Trabalho]Celebração do Batismo116ª ROMARIA à Aparecida Norte

IgrejaIgrejaAparecida

8h30 - 11h - 19h9h3010h

QUARTA 4 Conselho Administrativo Paroquial Salão Superior 19h30

SÁBADO 7 MissaMissa da Confi rmação Juvenil

IgrejaIgreja

16h17h30

DOMINGOASCENSÃO

SENHOR

8 Missa (Dia das Mães)Semana Oração: Unidade dos Cristãos

Igreja 8h30 - 11h - 19h

SÁBADO 14 MissaReunião dos Coordenadores Festa Junina

IgrejaSalão Superior

16h17h

DOMINGO DE PENTECOSTES

15 MissaMISSA DA CATEQUESE

IgrejaIgreja

8h30 - 11h - 19h17h

QUARTA 18 Reunião Padres do Setor N. S. Aparecida 9h

QUINTA 19 Missa e Bênção do SS. Sacramento(Início Semana Eucarística)

Igreja 18h

SEXTA 20 Pastoral do Dízimo 20h30

SÁBADO 21 Preparação para BatismoMissaFormação Teológica

Igreja e SalãoIgrejaSalão Superior

8h30 às 12h16h17h15

DOMINGO SSMA. TRIN-

DADE

22 Missa [8º Domingo TC]Celebração Batismo

IgrejaIgreja

8h30 - 11h - 19h9h30

QUINTA 26 Missa Corpus ChristiMissa Corpus Christi(Encerramento Semana Eucarística)

Catedral da SéIgreja

9h16h

SÁBADO 28 Missa Igreja 16h

DOMINGO 29 Missa [9º Domingo TC] Igreja 8h30 - 11h - 19h

1. Segunda-feira: Grupo Gente Ativa das 13h45 às 17h30 (Salão Paroquial)2. Terça-feira: Pastoral da Caridade (14h às 16h); Grupo de Oração (14h) e Catequese (18h30 às 19h45)3. Quarta-feira: Catequese (17h às 18h15 e 18h30 às 19h45) e Pastoral da Amizade (20h - Salão Paroquial)4. Quinta-feira: Catequese (8h30 às 9h45 e 14h30 às 15h45)5. NARCÓTICOS ANÔNIMOS: Segunda à Sexta-feira das 20h às 22h6. MISSA: Terça à Sexta-feira às 18h

01/05/2016 – 6º DOMINGO DO TEMPO PASCAL (COR: BRANCO)

1ª Leitura: At 15,1-2.22-29 / Salmo: 66 / 2ª Leitura: Ap 21,10-14.22-23 /

Evangelho: Jo 14,23-29

08/05/2016 – ASCENSÃO DO SENHOR (COR: BRANCO)

1ª Leitura: At 1,1-11 / Salmo: 46 / 2ª Leitura: Ef 1,17-23 / Evangelho: Lc 24,46-53

15/05/2016 – SOLENIDADE DE PENTECOSTES (COR: VERMELHO)

1ª Leitura: At 2,1-11 / Salmo: 103 / 2ª Leitura: 1Cor 12,3b-7.12-13 / Evangelho: Jo 20,19-23

29/05/2016 – 9º DOMINGO DO TEMPO COMUM (COR: VERDE)

1ª Leitura: 1Rs 8,41-43 / Salmo: 116 / 2ª Leitura: Gl 1,1-2.6-10 / Evangelho: Lc 7,1-10

22/05/2016 – SANTÍSSIMA TRINDADE (COR: BRANCO)

1ª Leitura: Pr 8,22-31 / Salmo: 8 / 2ª Leitura: Rm 5,1-5 / Evangelho: Jo 16,12-15

CALENDÁRIO PASTORALDE MAIO DE 2016

A Liturgia da Palavra, que tem seu ponto mais elevado na proclamação do Evangelho, é constituída pelas

leituras da Sagrada Escritura e pelos cantos que ocorrem entre elas, sendo desenvolvida e concluída pela homilia, a profi ssão de fé e a oração dos fi éis. A 1ª Leitura é tirada de um trecho buscado nos livros do Antigo Testamento, geralmente em função do Evangelho a ser proclamado naquela cele-bração litúrgica. Isto vale para todo o Ano Litúrgico, exceto no Tempo Pascal em que a 1ª Leitura é tomada dos Atos dos  Após-tolos. O Salmo Responsorial tem estreita ligação com a 1ª Leitura, e poderá ser can-tado ou proclamado. A 2ª Leitura é a pro-clamação dos escritos apostólicos, isto é, das

cartas paulinas, dos Atos dos Apóstolos e do Apocalipse. Essa leitura nos apresenta uma refl exão permanente dos fi éis em Cristo, chamados a viver a Boa Nova da Salvação, que é o Reino de Deus.

A Aclamação do Evangelho segue as exigências do tempo litúrgico, antece-dendo a proclamação do Evangelho. Por meio dessas leituras se abrem para os fi éis os tesouros da Bíblia. Para a proclamação da Palavra de Deus se recomenda o uso dos livros litúrgicos próprios: Lecionário e Evangeliário, e não se permite trocar as lei-turas e o salmo responsorial por outras lei-turas não bíblicas. No próximo BIP saiba mais sobre a Homilia, a Profi ssão de Fé e a Oração dos Fiéis.

MISSA PASSO A PASSO

DO DÍZIMOIMPORTÂNCIA DA PASTORAL

Para que a Pastoral de Conjunto seja dinâmica e atuante, são necessárias atividades diversas que reúnam a par-

ticipação de todos. Como parte dessa com-posição, a Equipe da Pastoral do Dízimo atua, particularmente, conscientizando os integrantes da comunidade quanto à sua responsabilidade no bem estar comum e da própria Igreja, no que tange à necessidade de recursos materiais para execução de toda e qualquer obra evangelizadora. Pro-cura fazer com que não se esqueça de que esses recursos precisam estar presentes em

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45 ANOS EVANGELIZANDO DE ESPERANÇA EM ESPERANÇA!

NOVO MUNDO BOLETIM INFORMATIVO PAROQUIAL 3

cada celebração, na catequese, no acolhi-mento em nossas igrejas, no atendimento aos necessitados, na formação de nossos líderes religiosos, enfim, nos diversos tra-balhos que a Igreja realiza. E de que, Ela, em sua missão, não conta com subsídios do governo, nem com coletas feitas nas gran-des empresas. Cumpre seus desígnios, obe-decendo aos princípios eclesiais de viver da gratuidade e da motivação religiosa de seus fiéis. Por essa razão, despertar nas pessoas esses sentimentos que levem a atitudes que permitam à Igreja viver sempre, para con-tinuar a levar “vida” a todos, se constitui o sentido maior dos que integram a Pastoral do Dízimo. Dízimo é uma doação espon-tânea. O Dízimo que temos é o espelho da Comunidade que somos! Com alegria comunicamos a adesão das NOVOS DIZI-MISTAS: Rose Mary Hissatugue Mori; Martha Gallardo Sala Bagnoli; e Aloysio Costa de Andrade. Que Nossa Senhora da Esperança os proteja sempre!

GRUPO DE ORAÇÃO

O Grupo de Oração realiza seus encontros toda Terça-feira, às 14h. Excepcionalmente neste e no

próximo mês, estão sendo realizados no salão paroquial, em virtude das reformas na Igreja. Orar é um modo de reencontrar nosso próprio “eu” no diálogo com Deus Pai, Filho e Espírito Santo! Participe!

CORTE E COSTURA

O curso de corte e costura “Faça sua Roupa” é realizado nas depen-dências da Paróquia, às tardes de

4ª Feira ou 5ª Feira, das 14h às 16h. Para os interessados, maiores informações podem ser obtidas junto à professora, D. Luiza, no fone: 5012-7992.

PREPARAÇÃO PARA O MATRIMÔNIO

No próximo dia 04 de Junho, Sábado no período vespertino (13h às 19h), a paróquia reali-

zará o 2º. Encontro de Preparação para o Matrimônio desse ano de 2016. Repasse a data para os casais de sua família e amigos que pretendem receber o Sacramento do Matrimônio neste ou no próximo ano.

CRISMA JUVENIL E ADULTOA Catequese para o Crisma Juvenil e

Adulto tem inscrições permanen-temente abertas. Quem não teve

oportunidade anteriormente, ei-la! Traga uma cópia da Certidão de Batismo, RG e endereço completo. Maiores informações: na Secretaria Paroquial (5531-9519).

Atendimento e Confissões: agendar na Secretaria (5531-9519)

Terça-feira 15h às 17h30 Pe. BoimQuarta-feira 16h30 às 20h Pe. NeyQuinta-feira 15h às 20h Pe. EdsonSexta-feira 15h às 17h30 Pe. Boim

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Ano XIX – Edição 208 – Maio/2016 – Tiragem: 1.000 exemplares • Periodicidade: mensalDistribuição: gratuita • Responsável: Cônego Dagoberto Boim • Projeto gráfico e diagramação:

Minha Paróquia (minhaparoquia.com.br) • Impressão: Gráfica Paulo (11) 9 6399-4474

NOVO MUNDO BOLETIM INFORMATIVO PAROQUIAL PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA ESPERANÇAEndereço: Av. dos Eucaliptos, 556 - Moema São Paulo, SP • CEP 04517-050

Tel/Fax.: (11) 5531-9519 • e-mail: [email protected]

Segunda, das 13h30 às 17h30. Terça à Sexta, das 8h30 às 12h30 e das 13h30 às 17h30. Sábado, das 13h30 às 17h30. E-mail da Secretaria: [email protected] • Acesse o site: www.paroquiansesperanca.org.br

ATENDIMENTODA SECRETARIA:

NOVO MUNDO BOLETIM INFORMATIVO PAROQUIAL4

PENSANDO NA VIDA DE FÉ

JUVENTUDE E OS DONS DO ESPÍRITO SANTO

Presente e futuro da Igreja, os jovens são os principais beneficiários dos sete dons infundidos pelo Espírito

Santo (cf. Jo 4,10) naqueles que o acolhem, e é só nessa intimidade com o divino que o jovem pode encontrar as respostas que procura às suas dúvidas existenciais. Para construir sua personalidade e embasar sua vida futura, o jovem passa por um intenso aprendizado, do mundo e existencial. Entre tentativas e erros, além de decisões impul-sivas que, às vezes, o conduzem por cami-nhos agradáveis, porém perniciosos, advém a Sabedoria (cf. 1Rs 3, 9), que orienta a optar pela vontade de Deus, em um mundo que geralmente sugere rumos mais confortá-veis. Mesmo com o ônus que isto acarreta, a Sabedoria recomenda a justiça, a ética e a honestidade como porteiras para uma vereda fecunda e feliz.Muitas vezes o jovem se pergunta: Por que perdoar? Por que a cruz? Por que as demo-ras de Deus? Qual é o sentido da vida? Por que Deus permite tanto sofrimento? Respos-tas assertivas a tais perguntas dificilmente emergem do intelecto humano, pois a graça de Deus só no-las revela pela infusão do seu Espírito (cf. 1Cor 2,9-10). O dom do Enten-dimento não opera pela inteligência humana, mas por meio da graça associada, que nos conduz a sondar as profundidades do pen-samento de Deus e seu desígnio de salvação. Este dom está ligado à fé: o Espírito Santo ilumina nossa mente e aguça a compreensão do pensamento divino, como Lucas ilustra na passagem de Emaús (cf. Lc 24, 13-27). Como batizado, o jovem busca a verdade, de coração aberto e sincero, ansioso por ajudar seus amigos, desejoso de amar e fazer o bem. Para tanto, é imprescindível que, na oração, nos ofereçamos a Deus pedindo-Lhe inspiração para servir os outros. Ungindo-nos com o dom do Con-selho, o Espírito Santo atende as nossas orações, atuando profundamente em nós, orientando nossas mentes, sensibilizando nossos corações e inspirando nossas pala-vras, para que tudo o que dissermos cor-responda à mensagem que Deus deseja enviar àqueles a quem queremos aconse-lhar. Assistidos pelo Espírito Santo, nosso

bom conselho ajuda aos outros e torna o mundo melhor (cf. Mt 10, 19-20).

Trilhando os caminhos de Deus, o jovem se vê envolto com constantes e atraentes apelos que podem fazê-lo sucumbir frente às muitas situações menos dignas às quais é continuamente submetido. Apoiado por sua vitalidade, impulsividade, arrojo e disposição, ainda não sufocados pelos usuais fracassos, emerge o dom da Forta-leza. O Espírito Santo lhe dá a sustenta-ção necessária para superar as fraquezas, encarar a vida com otimismo, e ser pro-tagonista de um mundo mais solidário. A Fortaleza liberta o terreno do nosso coração (cf. Mt 13,3-9) das incertezas e temores que podem detê-lo, de modo que a Palavra possa germinar e frutificar de forma alegre e verdadeira. Para testemu-nhar a fé, cumprir os deveres como pais, irmãos, cidadãos, esposos, profissionais, religiosos, lembremos que Deus sempre nos acompanha, e nunca exige mais do que podemos suportar: com Sua força, tudo é viável (cf. Fl 4,13).

Em sua formação, o jovem enfrenta também inevitáveis choques no âmbito educacional, de onde brotam, não raramente, inversões de valores tais como o relativismo, o indivi-dualismo e o hedonismo; torna-se percep-tível a ausência da ética; não na priorização do ter em relação ao ser; na banalização da vida e da saúde; não no desprezo da natureza e dos direitos humanos; há valorização das aparências e do consumo; enfim, adota-se como bom algo que é mau e vice-versa (cf. Is 5,20). Aqui, é preciso fazer pausa, para acolher o amor de Deus e reconhecer sua profunda relação com cada criatura (cf. Gn 1, 12.18.21.25). Infundindo-nos o dom da Ciência, o Espírito Santo nos revela uma criação boa e formosa, sintoniza-nos com o Criador, veda-nos a presunção de nos consi-derarmos donos da natureza. Inibe a autos-suficiência de nos limitarmos às criaturas, como se delas pudessem brotar respostas a todas as nossas expectativas, e nos dá a cons-ciência de guardiões da criação de Deus.

Como ser humano, o jovem é continua-mente impelido pelo Espírito Santo a rea-

lizar-se vivendo o Amor, no Amor, para o Amor, ou seja, de acordo com os desígnios de Deus (cf. Rm 8, 14-15). É pouco enten-dido o dom da Piedade: não se trata simples-mente de dó ou compaixão pelo próximo, mas de uma relação vivida com o coração, confiança filial, que nos faz crescer na rela-ção e na comunhão com Deus e nos ajuda a derramar este amor também sobre os outros e a reconhecê-los como irmãos. O papa Francisco diz que ter piedade não é fechar os olhos, fazer cara de santinho, fingir-se de santo, mas alegrar-se com quem está alegre, chorar com quem chora, aproximar-se de quem está sozinho ou angustiado, corrigir os que erram, consolar os aflitos, acolher e socorrer os necessitados. Emanada do Espírito Santo, a piedade confere brandura, tranquilidade, paciência e paz com Deus, e propicia a disponibilidade com mansidão para o serviço ao próximo.

Jovens precisam de limites e referências para o livre exercício de suas vidas, seja no âmbito profissional e familiar, bem como na vida pública, onde se encontram a política e a religião. Assim, não há motivo para ter medo de Deus, pois Ele é Pai que nos ama, quer a nossa salvação e nos perdoa sempre. Ao contrário, o dom do Temor de Deus é o abandono com humildade, respeito e con-fiança nas mãos do Pai, que nos ama imen-samente, seguindo-o não com atitude resig-nada e passiva, mas com a alegria de quem se reconhece amado e apoiado por seu Pai. Estejamos atentos a não pôr a esperança no dinheiro, no orgulho, no poder e na vaidade, pois tudo isto não nos pode prometer nada de bom! Quando uma pessoa vive no mal, blasfema contra Deus, explora o próximo, tiraniza contra ele, vive só para o dinheiro, a vaidade, o poder ou o orgulho, então o santo Temor de Deus alerta-nos: com todo este poder, dinheiro, orgulho e vaidade, não se pode ser feliz! A corrupção, a fabricação de máquinas de guerra e a indústria da morte são pecados de que Deus pede contas (Papa Francisco).

Fonte: Adaptado da homilia sobre os sete Dons, proferida pelo Papa Francisco aos jovens, em Abril de 2014.