Fernando Pessoa - Mensagem

Diz se são verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguintes afirmações.

1. A Mensagem estrutura-se dentro da concepção simbólica do círculo perfeito. É una numa organização tripartida: Brasão, Mar e O Encoberto.

2. A Mensagem é mítica e simbólica: na 1.ª parte, Brasão, refere mitos e figuras literárias. Dá-nos conta do Portugal erguido pelo esforço dos poetas e destinado a grandes feitos.

3. A Mensagem é mítica e simbólica: na 2.ª parte, Mar Português, refere personalidades e acontecimentos dos Descobrimentos que exigiram uma luta contra o desconhecido e os elementos naturais. Mas, porque "tudo vale a pena", a missão foi cumprida.

4. A Mensagem é mítica e simbólica: na 3 ª parte, O Encoberto, há um presente de sofrimento e de mágoa, pois "falta cumprir-se Portugal". É preciso a regeneração que será anunciada por símbolos e avisos.

5. Mensagem é mítica e simbólica: na 3.ª parte, O Encoberto, há um presente de alegria, pois cumpriu-se Portugal.

6. A obra Mensagem (1934) constitui uma sucessão de breves poemas sobre figuras ou momentos da nossa História até ao declínio do império.

7. A obra Mensagem contém marcas simultaneamente cómicas e líricas e permite contemplar, como que numa galeria, as principais figuras e os momentos cruciais da nossa História.

8. A primeira parte da Mensagem (Brasão) aborda a origem e a fundação da nacionalidade e Brasão é o símbolo da formação do reino.

9. Os 44 poemas que constituem a obra encontram-se agrupados em três momentos que

correspondem às etapas da evolução do Império da Península Ibérica: nascimento, realização e

morte

10. A primeira parte da Mensagem, intitulada Brasão, dá conta dos heróis que conduziram à perda da independência.

11. A segunda parte da Mensagem, denominada Mar Português, oferece a imagem do Portugal marinheiro e conquistador que descobriu e realizou o sonho imperial.

12. A segunda parte da Mensagem, denominada Mar Português, oferece a imagem do Portugal sonhador, mas incapaz de concretizar esse sonho.

13. Ao criar o herói, O Encoberto, surge uma certa legitimação da existência de um poder absoluto, de um chefe excepcional detentor do privilégio esotérico, capaz de realizar o sonho do Quinto Império.

14. Fernando Pessoa afirma que após o império real (desfeito) virá o império espiritual (para que se cumpra Portugal).

15. Fernando Pessoa, na Mensagem, procura anunciar um novo império civilizacional. O "intenso sofrimento patriótico" leva-o a antever um império que se encontra para além do material.

16. Fernando Pessoa, na Mensagem, procura anunciar um novo império. O "intenso sofrimento patriótico" leva-o a antever um império material.

17. Na primeira parte da Mensagem, Brasão, estão os construtores do Império.

18. Na segunda parte da Mensagem, Mar Português, surge a crítica ao sonho marítimo e aos descobrimentos.

19. Na segunda parte da Mensagem, Mar Português, surge o sonho marítimo e a obra das descobertas.

20. Na terceira parte da Mensagem, O Encoberto, há a imagem do império moribundo, com a fé de que a morte contenha em si o gérmen da ressurreição, o espírito do império espiritual, moral e civilizacional na diáspora lusíada.

21. O ocultismo é utilizado na Mensagem para criar o herói, O Encoberto, que se apresenta como D. Sebastião.

23. O Portugal que Pessoa antevê no futuro situa-se para além do material.

24. O título Mensagem é representativo das intencionalidades do poeta: dar a conhecer ao mundo uma Mensagem - Portugal pretende desempenhar não uma nova missão material, mas uma viagem espiritual, em busca de uma "índia nova".

25. Reavivando o mito sebastianista, anunciando o Quinto Império, Pessoa procurou, tal como Camões, ser voz da consciência de identidade de que Portugal necessitava e necessita.

26. No poema D. Dinis, realçando a importância das letras e da cultura, Fernando Pessoa destaca o papel do rei-poeta que sonhou e que concretizou o sonho, lançando as sementes da literatura portuguesa.

27. No poema Horizonte, podemos afirmar que, simbolicamente, a fonte representa a aproximação da morte.

28. “Mensagem” representa, no universo poético pessoano, uma linha temática do nacionalismo, sebastianismo e uma linha estética simbolista.

29. A obra “Mensagem” contém marcas simultaneamente épicas e líricas devido ao facto de Fernando Pessoa exprimir uma concepção trans-histórica e mítica sobre as diversas figuras que decorrem na obra, prefigurando o surgimento da pátria cultural portuguesa que constituiria o Quinto Império.

30. O assunto da “Mensagem” é os portugueses e os eventos concretos.

31. No poema “ Infante” o poeta exprime a sua concepção messiânica da História, mostrando que o braço do herói é movido por Deus como causa primeira, o Homem como agente intermédio e a obra como efeito.

32. O poema termina com um Valete Frates (Felicidades, irmãos), acreditando no desígnio de um reino de fraternidade, graças ao Quarto Império, e assumindo um carácter de incentivo ("Força, irmãos") para a construção desse novo Portugal.

33. O “Mostrengo” simboliza o mar, a sua faceta desconhecida, oculta, os perigos e o medo com que os portugueses se confrontam.

34. Ao «padrão» (marco de pedra com emblemas simbólicos, que assinalava a posse de Portugal sobre as terras descobertas) é atribuída, no poema “O Padrão”, as funções de assinalar a passagem de «Eu Diogo Cão» pelo «areal moreno», ou seja, o cumprimento da parte que lhe cabe na realização da «obra ousada» e testemunhar pelas «Quinas» gravadas no monumento, o domínio português do oceano.

35. A referência a Ulisses, figura mítica vinda do mar, simboliza o destino marítimo dos Portugueses.