Mensageiro do Menino Jesus - 163

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M ENSAGEIRO do Menino Jesus de Praga QUANTO MAIS ME HONRARDES MAIS VOS FAVORECEREI G Nº. 163 G MARÇO – ABRIL 2010 A alegria vem depois da Cruz

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Mensageiro do Menino Jesus - MArço/Abril de 2010

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MENSAGEIROdo Menino Jesus de Praga

QUANTO MAIS ME HONRARDES MAIS VOS FAVORECEREI G Nº. 163 G MARÇO – ABRIL 2010

A alegria vem depois da Cruz

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MENSAGEIRODO MENINO JESUS DE PRAGA

Boletim Bimestral

Propriedade: Edições CarmeloDirector: P. Agostinho dos Reis LealRedacção e Administração: Edições CarmeloSantuário do Menino Jesus – Apt. 1414634 – 909 MARCO DE CANAVESESPORTUGALTELEfONES:- Mensageiro: 255 531 364 – fax 255 531 359- Santuário: 255 538 150 – fax 255 538 151E-mail: [email protected]ítio: www.santuariomeninojesus.orgAssinatura: Portugal 6 e – Europa 17 e

Outros Países 24 Dólares Impressão: SerSilito – Ex. 11.000Reg. na SGMJ nº 116 229 – Dep. Leg. nº 68784/93

Culto no Santuário

MissasDomingos – 7.30 – 9.00 – 11.30

Semana – 8.00

ConfissõesDe terça-feira a sábado:8.30 – 11.0015.30 – 18.30

Oração do Terço

TodososDomingosàs16horas,as famílias rezamo terçonesteSantuário, exceptonoDomingodebênçãos.

SuMárioFloresdeesperança.................. 3ClubedoMeninoJesus............. 4Downloaddafé.......................... 6Igualediferente......................... 8ProgramadavisitadeBentoXVI 91ªParagemdeumaviagemaomundodaBíblia....... 10JesusdeNazaré,profetaemestre........................ 12Ogestodepaz.......................... 14ArespostadeJesusfazpensar 16Santuáriocom(vida).................. 18Correntesdepensamentonegativas(II).............................. 20Deprofessorafrade.................. 22Missão2010.............................. 24Afotoescolhida......................... 25Históriadeamor........................ 26Oraçãoescolhida....................... 27Caixadecorreio........................ 28Lembrete................................... 29GraçasePromessas................. 30Lagoa(Algarve)......................... 31

DoMingoDaS

BênçãoS

201025Abril23Maio27Junho25Julho

Programa10.00 a 11.30: – Confissões11.30 –MissacomBênçãos–Mãesantesdoparto–Mãesdepoisdoparto–Crianças–Objectosreligiosos–Veículos(norecinto)15.00 – Oração e Procissãopelos claustros do conventocom o andor do Menino JesusdePraga.

os caminhos do Santuário

GPS:41º 09’ 41.58’’ N8º010’038.76’’ W

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EditorialAgostinho Leal, ocd

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FLORES DE ESPERANÇAQue belo tempo de quaresma para

meditar:aterraatremer,omaragalgarasmargenseaengoliraobrafeitapelasmãosdohomem…Poracaso,nãopenseimuitoemDeus,masantesolheiparaamorte.Aquaresmafoitempodeoração.E,segundoSanta Teresa de Jesus, a oração nãoconsiste em pensar muito mas em amarmuito. Talvez esteja aqui um engano demuitagentequereza,ouseja,pensaremDeus.Quemgrita,quemseafunda,quemdesesperaéporquepensaemDeus.QuemamaaDeusnãodesespera,emborachore;nãoagride,emboranãocompreenda;nãofica debruçado sobre os escombros, mas levanta-seesegueoseucaminho.Quemamanãofazperguntas.

Porqueéqueohomemserevoltatan-to contra Deus quando há um terramoto,enãose revolta contraohomemquandohá tanta injustiça, violênciaeexploração?Acaso é Deus o culpado da crise econó-mica provocada pelos «ladrões» da ban-ca e pelos «super-homens» que ganham milhões em detrimento de quem vive de esmolas! Ninguém vê os terramotos e ostsunamisquesãopropositadamenteprovo-cadosparaaumentarofossoentrericosepobres?Ninguémserevoltacontraaquelesqueenriquecemàcustadoscaídosees-cravizados pela droga, o álcool, o sexo…Quantos mortos e excluídos por estes fla-gelos! Quantos! E quem se revolta? Hojea moda é ir contra Deus e andar a tocarcaixaatrásdospoderosos.CadavezsoumaiscrenteemDeus;cadavezandomaisapreensivocomohomem.

Nesta passagem do Inverno para aPrimavera quase sem me dar conta iapisando um ramalhete natural de flores

brancasquenasceramnomeiodocaminho.Estanqueiatempoeencantei-meporelas(ver capa). Então fez-se ouvir dentro demimumhinodequaresma,rezadotodososdias:«Crescemnasasperezasdocaminho/pequenas flores brancas de esperança; não podem os espinhos afogá-las,/ pois foi oamor quem as chamou à vida». Das cinzas e da morte, o amor faz surgir flores brancas deesperança.Aprimaveravemdepoisdoinverno;aalegriavemdepoisdacruz.

Desaparecere ressurgir;morrere res-suscitar.A vida em plenitude consiste emmorrer por alguém,desaparecer emcadaoblação,emcadaactodeamor,aniquilar-secomalegriaemcadapassodado.

Orarnãoéoutracoisasenãoaprenderaentregar-sesemreservas,nãoescondero rosto às «mortes quotidianas» quando o amorandapelomeio.Aoraçãoéumahis-tóriadeamizadecomDeus.Amarémorrerao egoísmo atroz que nos envolve e nosmataavida.

Saímosdanoiteeentramosnaaurora.SaímosdamorteeentramosnaVida.Saí-mosdaterraeentramosnoCéu.Enquantoandarpor aqui, vou continuar a ver terra-motos (os da natureza e os do homem),voucontinuaraassistiradesgraças(asdanaturezaeasdohomem),vououvirsempreaperguntarporDeusevergenterevoltada.Cápormim,voucontinuaraamaraDeus,voucontinuaraofereceravida,voulançarsementes de flores brancas nos caminhos da humanidade; vou caminhando para amorteparaque,cruzandoasoleiradotem-po, fique a saber onde Deus estava. Depois só quero lançar sobre a terra flores brancas de esperança, as flores das Páscoa.

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Clube do Menino Jesus de Praga

Leonor Ferreira Alves

Cabeça Santa

Feliz aniversárioabril: maio:Dia03: DuarteJ.C.Magalhães(Avessadas)Dia06: MafaldaC.BrightonSilva(Setúbal)Dia07: GuilhermeBronzeF.(Cantanhede)Dia09: Rafael Dinis Soares Guimarães

(RiodeMoinhos)Dia11: CésarF.SousaMonteiro;Marlene

I. Azevedo Moreira (Avessadas);Brandon Alexandre MenesesFreduay(USA);

MatildeRodriguesBarros(Lixa)Dia13: Natália Cristina Monteiro Pinto;

Francisco Rafael Sousa Monteiro(Avessadas)

Dia14: JoãoR.M.Vital(Entroncamento)Dia15: Pedro Manuel Evangelho Lopes

(A.Heroismo)Dia16: HerbertoM.VargasLopes(Horta)Dia18: CláudioA.MatosPóvoas(Sabugal)Dia19: Carlos Henrique Nogueira Pinto

(M.Canaveses); Miguel Ângelo Rabaço Nunes

(Sabugal)Dia20: Catarina Teixeira Cunha (M.

Canaveses); MarianaS.Martins(T.deBouro)Dia21: DianaR.Gonçalves(Orém)Dia27: Patrícia Raquel Soares Monteiro

(Avessadas)

Dia03: BrunadeBarrosFerreira(CeloricodeBasto)

Dia04: Francisco José Bravo Madureira(M.Canaveses)

Dia05: Joana Raquel Moreira Novais(Avessadas)

Dia11: JoãoAntónioMagalhãesMoreira;LeandroVicentedeSousaMendes(Avessadas); Carlos MiguelRibeiroFernandes(Tábua)

Dia12: RuiAlbertoCoelhoFreitas(SantaCruz)

Dia14: Henrique Afonso Maia SilvaCarvalho(Montemor-o-Velho)

Carla Alexandra DuarteMagalhães(Avessadas)

Dia15: Vítor Rafael Pinto Soares(Avessadas)

Dia18: FilipadoCarmoPintodeAzevedo(Avessadas)

Dia19: Ana Filipa Azevedo Abreu(Amares)

Dia23: Lúcia Patrícia Neves Vieira(Avessadas)

Dia29: FláviaDanielaRodriguesAmorim(VilaFranca)

Dia31: Pedro Miguel Neto da Costa(Seroa)

Aníbal José da Silva Monteiro

Nasceu a 28/11/2005

Carregal do Sal

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Clube do Menino Jesus de Praga

Cátia Filipa Alves Silva

Nasceu a 27/06/2005

Carregal do Sal

Daniel Filipe Amaro Castro

Nasceu a 02/07/2005

Delães (V. N. Famalicão)

Diogo António Amaro Castro

Nasceu a 23/05/2000

Delães (V. N. Famalicão)

Rúben Andrade Alves

Nasceu a 01/07/2002

Carregal do Sal

Maria Antónia

9 Anos

Vila Franca do Campo

Inês

2 Anos

Vila Franca do Campo

Oração e sua História “pequenina”

Quase todasasnoites,opaivaiadormecer o filho, deitando-se junto dele.

Masmalapagaaluz,opequeninocomasuainocência,esemdarpeloseu gesto de gratidão e bondade,começa a rezar a simples oraçãoesquecidadosmeninospequeninos,“pelomenosnaminhainfância”.

O pai vai ouvindo o pequeninode3anos,adizerpalavrasmágicas,pela sua forma ou conteúdo. Maselenãodeixaqueaoraçãotermine,mesmoameio,obrigaopaiafalar:Dizcomigopai…

AnjinhodaguardaMinhacompanhiaGuardaaminhaalmaDenoiteededia.MeninoJesusObrigadoporestediaFicocomigoestanoite.

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Delfim MachadoJovens do Menino Jesus

DOwNLOAD DA FéEm plena era tecnológica apraz-me

abordar um tema a ela associado – odownload.

Com o advento da internet surgiramnovas palavras e expressões que sem nos apercebermosjáfazempartedonossodia-a-diaeassimacontececomestetermo.

O que vem a ser o download? Resu-midamente, entende-se por download atransferência de ficheiros de um compu-tador remotoparaoutrocomputador.AbrirumapáginanaInternet,veroe-mail,copiarum ficheiro… são tudo exemplos de down-load.Destaformatemosapossibilidadedeguardar determinado conteúdo no nossocomputador e usá-lo quando bem enten-dermos.

Oschamadosdiscosrígidosparaarma-zenamentodedadosestãoaumpreçore-lativamentebaixoesãocadavezdemaiorcapacidade,podendosatisfazerasnossasactuaisnecessidades,oumaisainda.

É bom ter preços baixos, mas quantomais espaço existe disponível, menoscritérios se utilizam no armazenamentodedadose, por vezes, guardamosoqueinteressaeoqueémenosimportante.

Parece que há um desejo enorme deter tudo, porque não sabemos se um diapoderáserpreciso:músicas,vídeos,fotos,textos… e um sem número de coisasdigitais,quegostamosdepossuir,edequeaInternetéumafontequaseinesgotável.

Por vezes há “um azar” – o aparelhoavariou! Deitamos as mãos à cabeçaporque se perdeu tudo e, “por azar”, nãotínhamosfeitocópiasdesegurança.

Agoraimaginaquetinhasapossibilidadedeentrarnumsiteefazerdownload dafé…

Repara no interesse que isso podiater. Descarregar Gigabytes de fé, levá-la sempre contigo, copiá-la para outrosamigos, enfim, um sem número de coisas para teajudaravivera fé.Possivelmentecomtantaféeradifícilcairemtentação.

Agoraquelesteestaideia,talveztenhasficado a pensar no que farias se de facto houvesseestaopção?Deixa-meajudaràtua reflexão, com algumas questões: Qual seria o melhor formato de ficheiro para a fé? Tinhas espaço de armazenamentodisponível? Estarias interessado ou nãonestaideia?

Seéverdadequenãopodemosfazerodownload dafé,podemos,noentanto,usarestesmeiosmodernosparaaalcançaroufortalecer.ABíbliaéumadasfontesgenuí-nasaquepodemosrecorrer,enosdiasquecorremjáapodesconsultaronline.

AssimcomoaBíbliaestáonline,existeumvastonúmerodeoutrossites–credíveis–ondepodesaprofundarerejuvenesceraféqueexistedentrodeti.

Deusdá-nososmeios,háqueusá-los.E para guardar toda esta informação nãohánadamelhorqueocoraçãohumano.

Depois de teres conseguido um bomarmazenamentodefé,nãoteesqueçasdeapôremprática,nãovásucedercomoaohomemdahistóriaquevoucontar-te.

Certoalpinista,desejosodeescalarumaaltíssimamontanha, iniciouadifícilsubidadepois de anos de preparação. Comoqueriaaglóriasóparasi,optouporirsemcompanheiros.

Começadaaascensão,otempofoipas-sando.Desejosodeavançaromaispossí-vel logonoprimeirodia,nemreparouque

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seiafazendotarde.Emvezdepreparar-separa acampar, a fim de recuperar forças e prosseguiroesforçonodiaseguinte,tomouantesadecisãodecontinuarasubidaen-quantopudesseveralgumacoisa.

Entretanto, fez-se noite muito escurasobre toda a montanha, e o alpinista ficou sem ver absolutamente nada. Tudo eranegroàsuavolta.Atéa luaeasestrelasficaram escondidas pelas nuvens. Mesmo assimcontinuouasubirporumaencosta.

Quandofaltavamapenasalgunsmetrospara atingir o cimo, escorregou e precipi-tou-senoabismo,caindoaumavelocidadevertiginosa.Comaterrívelsensaçãodees-tarasersugadopelagravidade,continuoua cair. Nesses breves momentos de an-gústia,passaram-lhepelamente todososepisódios felizesenão tão felizesda suavida.

Derepente,sentiuofortíssimoapertodagrossacordaqueoamarravadacinturaàsestacascravadasnarochadamontanha.

Nessemomentodequietude,suspensonoar,nãolherestoumaisquegritar:

–Ajuda-me,meuDeus!!!Então,umavozgraveeprofundavinda

doscéusperguntou-lhe:–QuequeresqueEufaça?– Salva-me, meu Deus – respondeu o

alpinista.– Realmente crês que Eu te posso

salvar?–ComcertezaSenhor.–Entãocortaacorda...Houve um momento de silêncio..., e o

homemagarrou-seaindamaisàcorda...Contaaequipaderesgatequenooutro

dia encontraram um alpinista pendurado,morto,congelado,comasmãosfortementeagarradasàcorda...aapenasdoismetrosdosolo!

Não basta dizer que temos fé. Énecessárioemcadadiadarprovasdaquiloemqueacreditamos.

Disso nos fala São Tiago: «De queaproveita, irmãos, que alguém diga quetem fé, se não tiver obras de fé? Acasoessa fé poderá salvá-lo? Se um irmãoou uma irmã estiverem nus e precisaremdealimentoquotidiano, eumde vós lhesdisser:«Ideempaz,trataidevosaquecere de matar a fome», mas não lhes dais o que é necessário ao corpo, de que lhesaproveitará? Assim também a fé: se nãotiverobras,estácompletamentemorta» (Tg 2,14-17).

QueoMeninoJesusnosajudeafazeruma boa gestão da nossa fé para deladarmosboasobras.

Menino Jesus de Praga, sê jovem nanossajuventude.R

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IGUAL E DIFERENtE

Ano Sacerdotal 2009/2010 Eusébio Gomes Navarro, ocd

Sempremechamoua atenção a maneiracomoDeuschama.

Conta o P. Duvalque chegou à sua al-deiaumsacerdote,ca-pelão militar em Mar-rocos, convalescentede ferimentos graves.Pensavaquejáestavasuficientemente forte paradarumlongopas-seio pelo caminho so-litárioque ligaaaldeiaàsuacasa.«Mas,umatarde, quando regres-sava,a300metrosdaminha casa, debaixodeumasfaias,viaque-le sacerdote caído nochão e a sangrar pelaboca. Aproximei-mesemmedo,e sabeisoque me disse?: «Voumorrereestavaapedira nosso Senhor umapessoaquemesubsti-tuísse. Queres ser tu?». O sacerdote morreu. E eu substituí-o»

Ossacerdotessãotomadosdomundo,domesmobarrodeondenascemossantosebandidos,osheróiseosmedíocres,domesmo lugar onde nasce a flor e os espi-nhos. É o sopro do Espírito que empurrapara o enamoramento de Deus e do rei-no, a fiar-se d’Ele, a amar sem fronteiras nem limites. Deus continua a precisar depessoasfrágeisparacontinuarabendizer,salvando, alentandoe consolandoosquequeremchegaràcasadoPai.Osacerdote

há-de«vivernomeiodomundo sem ambição deprazeres,sermembrodecadafamíliasemperten-ceranenhuma,partilhartodos os segredos, emnome do ser humano iratéDeuseoferecer-Lheas suas orações, e re-gressar de Deus ao serhumanopara trazerper-dãoeesperança.Terumcoração de fogo para acaridade, e um coraçãode bronze, para a casti-dade;ensinareperdoar,consolarebendizersem-pre» (Lacordaire).

Martin Descalzo es-creveunosúltimosanosdasuavida:

«Tu sabes que é im-possível ser padre. Mastambém maravilhoso,sei-oeu.Éverdadequehoje não tenho o entu-

siasmodoapaixonadodosprimeirosdias.Mas, felizmente, aindanãomeacostumeia dizer missa e ainda tremo sempre queconfesso.Eseiaindaoqueéogozosu-premodepoderajudarasgentes–sempremais do que pessoalmente saberia – e odepoderanunciar-lhesoTeunome.Sabesqueaindachoroquandoleioaparáboladofilho pródigo! Ainda, graças a Ti, não posso deixardemecomoverquandorezoaquelapartedoCredoondefaladaTuapaixãoemorte». R

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PrograMa Da ViSita DE BEnto XVi a Portugal

(11a14deMaiode2010)

11 de Maio - Lisboa

11h00– ChegadaaoaeroportodaPortela.12h45– Cerimóniadeboas-vindas,noMosteirodos

Jerónimos13h30– VisitadecortesiaaoPresidentedaRepública,

AníbalCavacoSilva,noPaláciodeBelém18h15– CelebraçãodaMissa,TerreirodoPaço

12 de Maio - Lisboa

10h00– Encontrocomomundodacultura,noCentroCulturaldeBelém

12h00– Encontro com o Primeiro-Ministro, naNunciaturaApostólica

16h40– PartidadehelicópteroparaFátima

12 de Maio - FátiMa

17h30 – Chegada a Capelinha das Aparições18h00– Vésperascompadres,religiosos,seminaristasediáconosnaigrejadaSantíssima

Trindade21h30– RecitaçãodoRosarioeProcissãodasVelas.EucaristiapresididapeloCardeal

TarcisioBertone,SecretariodeEstadodoVaticano

13 de Maio – FátiMa

10h00– MissadaPeregrinaçãoInternacionalAniversária13h00– AlmoçocomosBisposdePortugal17h00 – Encontro com os membros de organizações da Pastoral Social, na igreja da

SantíssimaTrindade18h45– EncontrocomosBisposdePortugal,naCasadeNossaSenhoradoCarmo

14 de Maio - FátiMa

08h00– DespedidadaCasadeNossaSenhoradoCarmo

14 de Maio - Porto09h30– ChegadaaoheliportodaSerradoPilar,emGaia10h15– MissanaAvenidadosAliados13h30–CerimoniadedespedidanoAeroportoInternacionaldoPorto14h00–PartidadoaviãodaTAP

Site oficial da visita disponível em www.bentoxviportugal.pt

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«1ª paragem de uma viagem ao mundo da BíBlia»

Vasco Nuno, ocdO mundo da Bíblia

Riqueza e dificuldade

Se recordais, no número anterior,iniciávamos uma viagem ao mundo daBíblia.Hoje, fazemosaprimeiraparagem,para, sobretudo, olhar e nos deter nariqueza e dificuldade deste livro.

A Bíblia é o livro religioso dos judeusedoscristãos;osmuçulmanosconhecemmuitosdosseus textosatravésdoCorão.Qualquer crente sabe que este livro éa Palavra de Deus. Para nós, cristãos,ele divide-se em duas partes: Antigo eNovo Testamento. A Bíblia dos judeus éconstituídaapenaspelaprimeiraparte.

Quanto ao nome «Bíblia», e como já dissemos no estudo anterior, vem dumtermo grego que significa «os livros». A Bíblia, mais do que um livro, é umabiblioteca! Se nos dermos ao trabalho dereunir umconjuntode livrosdediferentesépocas e estilos da nossa literaturaportuguesa (por exemplo, «Cantigas deAmor e de Amigo medievais», Contos de MiguelTorga,CrónicasdoReino,Narrativasde guerra, Sermões do Pe. António Vieira, AutosdasBarcasdeGilVicente,PoemasdeGarretteAlexandreHerculano,Cantosrevolucionários modernos, Obras deCamilo e Eça de Queirós, Lusíadas),teremos uma visão geral daquilo que é onossopatrimónioaestenível.Poisbem,aBíbliatambémreúneemdiversoslivrosdeextensão variável o conjunto da literaturajudaicae cristãque foi surgindoao longodemaisdemilanos.Somoscapazes,pois,de descobrir que a riqueza e a dificuldade daBíbliaassentamaqui.

Riqueza, porque este livro dá-nos aconhecer como um povo foi-se inteirandoprogressivamente do seu Deus, medianteosacontecimentosdasuahistória;edepoiscomooscristãosforamconhecendo,poucoapouco,queméJesus.Este livronãosenosapresenta,portanto,comoummanual,onde tudo se encontra bem ordenado,onde só vemos verdades bem provadas;ele é, antes, um “álbum de família”,onde fotografias, cartas ou outro tipo de documentosnoslevamalidarcompessoasprofundamente reais, onde detectamoscomoelesevoluíramecrescerameondedescobriram o significado da sua vida.

Dificuldade, em boa parte, pelo que acabamos de referir. Para nos darmosconta da importância dum «álbum defamília», é necessário da parte de todos nós o trabalho de classificação das fotografias, ou seja, situá-las no seu tempo. Para virmos a conhecer a mensagem daliteratura que compõe a Bíblia, temos de asituarnocontextodahistóriadeIsraeledosprimeiroscristãos;dedescobriromodocomoelaseencontraligadaouentrelaçada;necessitamos,ainda,terapreocupaçãodeconhecer as diversas linguagens de cadaépocaemqueosescritosforamredigidos.

Bem, mas, retomemos a comparação,o exemplo, que antes fazíamos ecolocávamos, a propósito dos diversoslivros que formam o Livro, a «Bíblia»: que ordenamento é que lhe vamos dar nanossa estante? Poderíamos ordená-lospelo critério da antiguidade: Cantigas deAmor e de Amigo, primeiras Crónicas do

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Reino…Maspodemosordená-lostambémportemas:CantigasdeAmoredeAmigoePoesiasdeMiguelTorga(temadapoesia);nestecaso,acabamosdejuntarlivrosquefazemdiferençademilanosentresi.EénestaordemqueoslivrosdaBíbliachegamàsnossasmãos!ParaoAntigoTestamentotemos, assim, a «Lei ou Pentateuco» (princípio do mundo, história de Abraão,de Moisés…); temos, seguidamente, os«Profetas» e os «outros Escritos». Para o Novo Testamento, temos os «Evangelhos», as «Cartas de Paulo e de outros discípulos» e, por fim, o «Apocalipse».

Álbum de família

Antesdumnovoembarque,parece-meimportante fazer-vos demorar mais temponeste recurso explicativo duma realidade.Umcasaljáidoso,porexemplo,contemplaoseuálbumnocrepúsculodasuavida.Aliexiste um pouco de tudo: fotografias, umas instantâneas, outras com toda a família,poemas compostos pelos netos, orações feitas por cada um deles, cartas que nãoquiseram que se perdessem, cartas depromessa de casamento ou outras dediferente género, o contrato de renda dacasa,etc.

Todos estes documentos, analisadosseparadamente, não têm grande significado nem grande valor. O significado e o valor de todoselesestãono conjunto: observadosno seu conjunto, estes documentos dão-nos a possibilidade de reler uma vida,descobrir as coisas, cujo significado não se tinha atingido no momento em quese viviam. Cito um exemplo que a esterespeitoencontrei:«Olha,diz-meoavôcomum sorriso malicioso: Aqui está a nossaprimeira carta de amor (Era o enunciadodum problema de matemática…)! E eleexplica-me: “Estávamos no Liceu; Mireilleestava doente e eu fiquei encarregado, casualmente, de lhe enviar o trabalho dematemática. Foi a minha primeira carta…Depois houve outras…”».

Este exemplo, caros leitores, étambém esclarecedor do que, daqui paraa frente, iremos dizer. Sob o ponto devista simplesmente histórico, «do que sepassou», trata-se duma carta de interesses. Mas,porqueeladespoletouqualquercoisaque terminou com o casamento dos dois,ébemverdadequesetratadumacartadeamor.

Na Bíblia, tudo isto está patente… Jáveremosnopróximonúmero!R

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Orar com S. Lucas António José, ocds

JESUS DE NAzARé, PROFEtA E MEStRE

Texto bíblico

«ImpelidopeloEspírito,JesusvoltouparaaGalileia e a sua fama propagou-se por toda aregião.Ensinavanassinagogase todosoelo-giavam.

Veio a Nazaré, onde tinha sido criado.Segundooseucostume,entrouemdiadesábadonasinagogaelevantou-separaler.Entregaram-lheolivrodoProfetaIsaíase,desenrolando-o,deparoucomapassagememqueestáescrito:“OEspíritodoSenhorestásobremim,porquemeungiuparaanunciaraBoa-Novaaospobres;enviou-meaproclamaralibertaçãoaoscativose,aoscegos,arecuperaçãodavista;amandaremliberdadeosoprimidos,aproclamarumanofavoráveldapartedoSenhor”....Todososqueestavam na Sinagoga tinham os olhos fixos nele. Começou, então, a dizer-lhes: “Cumpriu-sehojeestapassagemdaEscritura,quecabaisde ouvir”. Todos davam testemunho em seufavoreseadmiravamcomaspalavrasrepletasdegraçaquesaíamdasuaboca.Diziam:“Nãoé este o Filho de José?” Disse-lhes então:“Certamente idescitar-meoprovérbio:Médico cura-te a ti mesmo.Tudooqueouvimos fazeremCafarnaúmfá-lotambémaquinatuaterra”.Acrescentou, depois: “Em verdade vos digo:Nenhumprofetaébemrecebidonasuapátria”.[…] Ao ouvirem estas palavras, todos, nasinagoga, se encheram de furor». (Lc 4, 14-30)

Meditação

Apósotempopassadonodeserto,JesusvoltouàSuaterra,cheiodoEspíritoSanto.Otempoderetiro,deoraçãoecontempla-çãoconduziram-noàacção,por isso,ElecomeçouaensinarnasSinagogas.

EsteexemplodeJesusserveparanosindicar a importância e o fundamento daoraçãoedacontemplaçãonanossavida.

Todaaacçãodevepartirdacontempla-çãoeacontemplação,por suavez,deveconduziràacção.

Se as obras não estão alicerçadas naoraçãoe,porconseguinte,emDeus,cor-remo riscodo vazioede serem frutodoegoísmo e da vaidade do homem. MasquandoelassãodeDeus,epartemdaora-ção,darãobomfrutoeemabundância.

Aoração,poroutrolado,nãosepodefe-charemsimesma,ounomerosentimenta-lismodevocional,masdeveconduzir-nosaumaacçãoconcretaemfavordopróximo.

Qualqueracçãoapostólicaquenãoseenraízenaoraçãoéestérilequalquerora-çãoquenãotenhaeconumaacçãoconcre-taépuroegoísmo.

JesuséoMestre.Eleéonossomodelo.EcomoEle,tambémnósdevemoscontem-plarparaagir,“ensinar”paraestabeleceraglóriadeDeusPai.

EmNazaré,aoleroProfetaIsaías,Jesusrevela,naSinagoga,aSuaidentidademes-siânica. A palavra do Profeta realizara-sen’Ele. As promessas messiânicas do Antigo Testamentocumpriram-senojovemcarpin-teiro de Nazaré, filho de Maria e José.

Se os seus ouvintes escutassem paraalémdoouvir,evissemparaalémdoolhar,facilmentepodiamreconheceremJesusasfunções do Messias: «anunciar a Boa-Nova aos pobres; proclamar a libertação aos ca-tivos e, aos cegos, a recuperação da vista;

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mandar em liberdade os oprimi-dos, proclamar um ano favorável da parte do Senhor».

Mas «não é este o Filho de José?».Estafrasedenotaaincre-dulidadedosnazarenosemrela-çãoàvocaçãomessiânicadeJe-sus, mas confirma a Sua humani-dade.Anaturezahumanaedivinacoabitavamnojovemgalileu.Masosseusconterrâneosnãoconse-guiamcompreendertalcoisa.

E nós? Será que compreen-demos?UnsvêemJesusapenasnaSuahumanidadeenãoconse-guemreconheceraSuadivinda-de. Outros vêem-n’O distante pela Suadivindadeequaseseesque-cemdaSuahumanidade.Jesuséo«Filho Unigénito de Deus, […] Deus verdadeiro de Deus verdadeiro. […] que por nós homens, e para a nossa salvação desceu dos céus e encarnou pelo Espírito Santo, no seio da Virgem Maria, e Se fez homem».

Jesusassumiuanaturezahumanaparaestar sempre perto de nós, nos ajudar eoferecerasalvação.

Vê-l’O como Homem, desafia-nos a Ser comoEle,econforta-nosnanossadebili-dade. Contemplá-l’O como o Filho de Deus faz-nosexperimentaroamormisericordio-soqueoPaimanifestaàhumanidade.

O Evangelho não é letra morta, masPalavravivadirigidaacadaumdenós.Háque a ler, escutar, meditar e aplicá-la nanossavida.Vamos,então,aisso.

Hoje, somos nós que devemos serportadores das promessas messiânicasde Jesus. Cada um de nós, por força dacondição de cristão, deve ser presençado Messias. Como? Acolhendo ospobres, privilegiando-os na nossa missãoevangelizadora,proclamandoaliberdade,ajudando a quebrar todo o tipo de prisões

que escravizam; ajudando os irmãos aencontrar a luz, vencendo a cegueira dopecado;anunciaramisericórdiaeabondadedeDeus;dandoglóriaaDeus,comavida,na adoração profunda da oração. Somoschamadosaserprofetasdummundonovo.Só assim poderemos ser fiéis a Jesus, o MessiaseonossoMestre.

Mas,nemsempreamissãoproféticaéentendidaebemaceite.Jesusexperimen-tou-o e, por isso, disse «Nenhum profeta é bem recebido na sua pátria».Disse-o,ecomrazão.Éalgoque temosqueenfren-tar,poiso«discípulo não é mais do que o mestre».

oração

Jesus,TuésonossoMestre!Torna-nosdignosdesermoschamadosTeusdiscípulos.Que tenhamos a coragem de serprofetas neste mundo conturbado,pregando, com a nossa vida, o TeuEvangelho de Amor, valorizando adignidadehumanaerecusandotudooquenospossaescravizar.R

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O GEStO DA PAz

Símbolos Cristãos Alpoim Portugal, ocd

Aproxima-se o tempo da Páscoa, pre-cedidodo tríduopascal.Naprimeiracele-braçãodotríduoocupaumlugarespecialogestodequequeremosfalarhoje,apaz.Éum gesto muito significativo, necessário, e presentenocoraçãodetodos,emboranemsempresejamoscapazesdeopôrempráti-canonossodiaadia.

o gesto da paz na história

Ogestodapaztemfeitooseupercur-sonahistória.Jáosprimeiroscristãosnassuas celebrações trocavam entre si o «ós-culo da paz». Dele fala S. Paulo nas suas Cartasdasquaispodemosdestacar:Rom16,16,1Cor16,20,2Cor13,12.Esteimpor-tantegestoparaascomunidadesprimitivastinhalugaraoterminaraliturgiadaPalavraeeracomoasuaconclusãoouselo.Tinha,portanto,umarelaçãomuitoprofundacomaPalavradeDeusquetodosescutavamcomatençãoerespeito.Alémdissocorrespon-dia às exortações e exigências da própria Palavra:quemestivessedispostoaseguirosconselhosdaPalavraescutada,deveriareconciliar-se ou mostrar que estava empazcomtodos.Era,aliás,aconcretizaçãoda recomendação de Jesus quando ensi-naque,antesdelevaranossaoferendaaoaltar, devemos estar reconciliados com onossoirmão.

NoséculoV,oPapaInocêncioItransfe-riuogestodapazparadepoisdaOraçãoEucarísticapoiséo«sinaldoconsentimen-todadopelopovoatudooquesefeznosmistérios». Um pouco mais tarde S. Gregó-rioMagnoconverteu-onumgestodepre-paraçãoimediataparaacomunhão,logoaseguiraoPaiNossoecomoseuprolonga-mento.Eraumgestodepazentretodos:os

ministrosentresieaassembleiaunscomosoutros.

Era interessante a prática deste gestoa partir do século XI: o sacerdote beijavao altar – como se recebesse a paz dopróprio Cristo – e abraçava o diácono eesteosministros inferioresaele,eassimsucessivamente; de modo que aos fiéis a paz chegava através do «porta-paz». Era uma paz «descendente», isto é, que procedia de Jesus Cristo, através dos ministrossagrados,atéchegaratodoopovo.Porémesteritosóserealizavanasmissassolenese,depois,foi-seconcentrandopraticamentesó nos clérigos o que, de certa maneira,levou ao afastamento do povo cristão daparticipaçãoactivanacelebração.

Apósanovareformalitúrgicarecuperou-se o sentido «horizontal» deste gesto de modoquetodosnosdamosapazantesdenosaproximarmosdacomunhãodoCorpoe Sangue do Senhor, como se fazia nosdezprimeirosséculosdaIgreja.

O rito da paz no conjunto da celebração

Oritodapazestáemíntimaconexãocomos outros gestos e orações preparatórias da comunhão. Assim, o Pai Nosso é aoração dos filhos de Deus onde sobressai a invocação«perdoai-nosasnossasofensasassim como nós perdoamos…»; depois com o gesto da fracção do pão é simbolizadoalgo muito expressivo, isto é, o pão quefoi partido é agora repartido pelos irmãoscomoumsinaldeunidade;acomunhãodoCorpoeSanguedoSenhoraparececomoque unindo-nos a todos ao participarmosdomesmoPãoedomesmoCálice.

Foiseguindoestadinâmicaqueogestodapazsetransferiuparaolugarondeainda

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seencontrahoje:depoisdoPaiNosso,comoumecodomesmoe como sinal de obediênciaao seu espírito. Quer dizer:só devemos ir comungarcom Cristo se estivermos emverdadeira comunhão com onosso irmão. A comunhão doCorpo eucarístico de Cristoé o sinal e a prova da nossacomunhão dentro do Corpoeclesial.

sentido do gesto da paz

O gesto da paz na Euca-ristianãoéumasimplessau-dação ou gesto social. Nemsequerumsinaloumanifestaçãodanossaamizadeoudeaproximaçãodosqueestãopresentes.

AIGMRdescreveassimaintençãodestegesto:«aIgreja imploraapazeaunidadeparasiprópriaeparatodaafamíliahumana,e os fiéis exprimem uns aos outros a comu-nhãoeclesialeacaridademútua,antesdecomungarem no Sacramento…» (nº 82).

É a paz de Cristo: não é uma pazmeramente psicológica ou humana, masumdomdeCristo,entreguepornós.Nãoéumapazqueconquistamoscomonossoesforço mas uma paz que o Senhor nosconcede,umdomdoEspírito.

É um gesto de fraternidade cristã e eucarística: um gesto que trocamosentre nós antes de nos aproximarmos dacomunhão do Corpo e Sangue de Cristo;para recebermos Cristo devemos sentir-nos irmãos e aceitar-nos uns aos outros.Pois todos somos membros do mesmoCorpo, a Igreja. Todos fomos convidadospara a mesma mesa e dar a paz é umgestoprofundamentereligioso,alémdeserhumano,porqueémotivadopela fé,maisdoquepelaamizade.

Apazéo fruto principal da Eucaristia:é JesusCristoquemnosunenaverdadecomodomdasuaPalavraedoseuCorpoe Sangue: «sendo muitos, formamos umsó corpo, porque participamos do mesmoPão» (1Cor 10, 17).

É uma paz universal: damos a paza quem estiver ao nosso lado, familiar,conhecido, amigo… ou desconhecido.Superamosogrupodeamigosfazendo-nosmais universais e aprendendo o exemplodeCristoqueseentregaportodos.

Éumapaz em construção: istoé, quenunca alcançamos plenamente, é umprogramadevida:os cristãos imploramapaz e a unidade, mas ao mesmo tempocomprometem-se com ela, como umatarefa.Éoraçãoecompromisso:osquevãoàmesadoSenhorexpressamasuavontadede trabalharporuma fraternidadesempremaior. Queremos que este gesto sejadinâmico, activo, eficaz e não meramente manifestativo. A paz de Cristo está emconstrução,depende tambémdenós,porisso o gesto da paz é um significativo gesto profético: no meio de um mundo divididonós queremos ser fermento de unidade edepazemCristoJesus.R

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Notas de rodapé João Costa, ocd

A RESPOStA DE JESUS FAz PENSAR

In memoriam de Paulo Sérgio Pacheco, morto no adro da Igreja de Paredes.

A meteorologia da notícia previa o se-guinte: O fim de semana 27 e 28 de Feve-reiro anuncia-se com dias de tempestadeemPortugal(peloqueouvisóabaptizaramquandochegouaFrança,Xynthia).

Os factos da notícia:Nesse fim de sema-naemPortugalaXynthiaderrubou2500ár-vores. Em França matou 50 pessoas; emPortugaluma,ummeninode10anos.Mor-reu em Paredes, noAdro da Igreja Paro-quial.Chegadaahora,opaiacompanhou-oàcatequese.Haviaumacaminhadapro-gramada,masotemponãoestavaparaaívirado; por isso ficaram na igreja para visio-nar um filme. Antes da catequese, e com o paiporali,omeninojogavaàbolaquesal-toumaisqueaconta–oqueénatural,poisatéaboladomundosaltamaisqueacontanas mãos dum menino! E foi parar juntodumatíliacentenáriaondeoPaulocorreuabuscá-la.Entretanto,umenormerancodetíliasaudávelcaiuecaçou-o.Despreveni-doeinocente.Nenhumdospresentes,nemtodoodesesperoeamorjuntosconsegui-ramergueroenormeranco.Omeninoes-vaiu-seemorreuperantea impotênciadetodos. Morreu no adro da igreja, quando,comoqualquer reguila,brincava inocente-mente,esperandoparaentrarnacateque-se.Oestuporrevoltadodospresentes,dosfamiliaresedosquevieramachoraratra-

gédia,declarava,comesempalavras,comesemlágrimas,queumaigrejanãoélugarparasemorrertragicamente.

Uma definição de infância é o acumulado em gérmen de todas as esperanças. Ummeninoaosdezanospoderáviraserumbombeiro, umchopin, umvangogouummissionário.Porissodóimaisadordumamorte assim tão fim dum tesouro enorme deesperanças!

Dói-me a morte do menino reguila. Edói-meadordafamíliaaçoreanacujacasaesbarrondouencostaabaixou,eadordasfamíliasmadeirenses,edaschilenas,edasturcas,edasdoHaiti,edas...Ehão-dese-guirdoendo-memuitasoutrasdores.Umasqueanaturezanãoperdoa,outrasqueoshomens infligirão a outros homens. Mas doer-me-ãosempremaisasinocentes.

OEvangelhodaMissadodomingoter-ceirodaQuaresma(Lc13:1-9)informa-nosqueunsdesconhecidoscomunicaramaJe-susahorrívelnotíciadamatançadunsho-mensgalileusnorecintosagradodoTem-plo.OautordamatançafoiPilatos.Aindig-naçãoalastraentreapopulação,porqueosanguedoshomenschacinadossejuntaraao dos animais sacrificados a Deus. Mas, porque deram essa informação a Jesus?Sinceramentenãosabemos.Massabemosaresposta:Jesusresponderecordandoou-tro acontecimento trágico, a morte de de-zoitopessoasesmagadaspelaquedadum

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torreão da muralha próxi-modaPiscinadeSiloé.

Vejamos: em ambosacontecimentos trágicosJesusdeclaraqueasvíti-masnãoerammaispeca-dores que os que ficaram vivos,eacrescentaames-ma advertência: «Se não vos converterdes, morre-reis da mesma maneira».

A resposta de Jesusfaz-nos pensar. Jesus recusa sem maisqueasdesgraçassejamcastigodeDeus.

Não,JesusnãopensaqueDeus,oBomDeus, seja o Homem do Fraque, ou umjusticeiroqueandapelomundocastigandoos seus filhos, semeando doenças e tragédias por aqui e por acolá. Deus nãopagaomalcomomal.Deusnãoserveafriotaçasdelicor-maldadeanóspecadores!

Não, também não. Jesus não é filósofo. Ele não disserta sobre a origem dosofrimento nem proclama nenhuma teoriadomesmo.Nãonosamarfanhanosnossosmedos. Não confirma a culpa das vítimas nem acentua a vontade de Deus. Jesusnão tem medo de olhar olhos nos olhososhomensqueOconfrontaram,edelhesproporasualeituradestesacontecimentos:atravésdelesDeuschama-osàconversãoeàmudançadevida.

O Pai do Crucificado encontramo-lo na identificação com as vítimas; o protesto contraasua indiferençaouanegaçãodasuaexistêncianãonoslevaaoseuencontro.Masalutacontraadordomundosim.Sóentão,deolhosealma lavados,porentreluzes e sombras, poderemos entrever a

Deussofrendocomasvítimasealentandoos que se cansam na reconstrução dummundomelhor.

(E na minha fé entrevejo-Lhe, condoí-dos, os olhos marejados de lágrimas sal-gadas pela familiaridade com as doreshumanas;pelasdoresdafamíliadoPauloSérgio,deParedes;pelasdoresdafamíliadoLeandroPires,deMirandela.NaminhaféseiqueoPaiBomDeustempreparadaumabelabolasaltitanteparajogaremjun-tos, até ao fim, por entre árvores, e numa jubilosa sinfonia de vitória de quem sabequejánãoháderrotaatemer.Sechoramospais,jánãochoramosmeninos.Nami-nhaféentrevejoumapartidadefutebolnoCéu:ambossãocompanheirosderecreio.Mudaaoscinco,acabaaosdez…Aosdezmil!Oh,eternorecreio!)

Máxima

«Deixai vir a mim os pequeninos.» (Mt 19:14)

Mínima

«Semprequeohomemsonhaomundopulaeavançacomobolacoloridaentreasmãosdumacriança.»(AntónioGedeão)R

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SANTUÁRIO COM(VIDA)

OConcelhodaSertãsitua-senaregiãoCentro de Portugal, distrito de CasteloBranco. Berço de homens tão notáveiscomo D. Nuno Alvares Pereira (agoraSantoNuno),GonçaloRodriguesCaldeira,AntónioLopesdosSantosValenteePadreManuelAntunes

Conta-nosa lendaquenos temposdeSertório, a fortificação foi atacada pelos Romanos, tendo morrido na refrega umcorajoso Lusitano, cuja mulher, de seunome,Celinda,aoterconhecimentodasuamorte,eestandoa fritarovosnumasertã

(frigideira),despejouoazeiteaferversobreo inimigo que assim se viu impedido detomardeassaltoafortaleza.

EparamemóriadetalfaçanhasedeuonomedeSERTÃàvila,sededeConcelho.

E eles cá vieram ao Menino Jesus dePraga. Eram todos notáveis, pois paraDeusesta categoriadepessoasmede-sepela fé, confiança e generosidade.

Que o Deus Menino, neste tempo deressurreição,vosabençoeatodos.

Peregrinação da Sertã– 27 de Fevereiro –

Peregrinação de Coruche– 14 de Março –

Foiumavisitamuitosimpática.Vieramno dia 13 para o jantar. O P. João Luíscapitaneava este grupo de peregrinosqueselevantaramcedinhonodia14paraassistiràmissadas7,30hnoSantuário.

Daquela «bela e vasta planície», que nosfaztransitardoRibatejoparaoAlentejo,ficaram os aromas da natureza e o perfume daféquecadaperegrinovaideixandoporonde passa. De manhã aqui, de tarde naSenhoradaLapa.

Mais uma vez o Santuário do MeninoJesus foi lugar de encontro e oração.Coruche foi dasprimeiras terrasdoSul aorganizar peregrinações ao Menino Jesus. Ainda me lembro de algumas criançasviremvestidascomtrajesregionais.

Que o Menino Jesus de Praga inundeasvossasalmaseasfecundedeamor,talcomooSorraiafertilizaasvossaslezírias.

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SANTUÁRIO COM(VIDA)Peregrinação de Lijó (Barcelos)

– 13 de Março –

Tal como tinha sido combinado pelotelefone,às10:30h,os4autocarros,vindosde Lijó, deixavam junto do Menino Jesusumgrupobemdispostoebemorganizado.Eram, como gosta de dizer o Reitor doSantuário, «peregrinos de qualidade». Traziam tudo o que é preciso para umacasa de oração: alegria, silêncio, vontadede participar na oração (Santa Missa) eprocissão, sentido de solidariedade e decomunhão visível em gestos e atenções.

OSr.PadreJoãoGranja,párocodestaparóquia da Diocese de Braga, presidiuà Eucaristia e fez uma bela homilia. Osescuteiros,comasuasviolas,cantaramefizeram cantar toda a Assembleia.

No fim da missa, o andor do Menino JesusPequeninoentroupelaporta lateralda igreja e fêz-se uma procissão pelosclaustros do convento carmelita. Foramvivas e louvores, cântico e silêncio paraconcluir com a recitação comunitária daoraçãoaoMeninoJesus,queoPapaBentoXVIrezoudiantedoSeualtar,emPraga.

Esta peregrinação foi organizada peloAGR528LIJÓvisandoasolidariedadeeavontadedereconstruir.

Pelo que me apercebi, as ventaniasdeste Inverno levaram pelo ar as chapasque cobriam a Sede dos escuteiros daPoça. Ficaram tristes com o sucedido,mas não desanimados. Já partiram parauma dinamização de reconstruir a suasedecombasenaangariaçãode fundos,convívio,desenvolvimentofísico,espirituale psicológico. Sim, porque num horizontepodemosapreciarváriaspaisagens.

Esta fotografia mostra juventude, mãos disponíveis, corações unidos por um ideal que é educar, crescer, lutar e vencer. OMenino Jesus de Praga fica bem convosco e no meio de vós. Que Ele seja o vossoCaminho na descoberta de Horizontesnovos.

SeJesusmedizamigo:“Deixatudoevemcomigo”MinhamãoporeinaSua,IreicomEle.

Boaviagempelavidafora,amigos.

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Análise Cultural

CORRENtES DE PENSAMENtO NEGAtIvAS (II)

Equipas de Nª Senhora - Tema de estudo para 2009-2010

4. Corrente do Relativismo

“Hojeemdianadaéabsoluto, tudoé‘relativo’... pode mudar. Esta mesa não é mesaporela,masporqueeuentendoqueéumamesa.Aminhaverdadepertence-me, os outros têm que a respeitar, têmque ser tolerantes”. Dificilmente existem valores universais; a moral deduz-seconsoante o número dos que estão ounãodeacordocomalgumacoisa.

Conta Peter Kreeft que um dia, numadassuasaulasdeética,umalunolhedissequeamoraleraalgoderelativoequeelecomoprofessornãotinhaodireitodeimporosseusvalores.

Poisbem-respondeuKreeft-parainiciarumdebatesobreestaquestão,vouaplicaràturmaosteusvaloresenãoosmeus.Tudizesquenãohávaloresabsolutosequeosvaloresmoraissãosubjectivoserelativos.Ora,comoasminhas ideiaspessoaissãoum tanto singulares em alguns aspectos,a partir deste momento vou aplicar esta:todas as alunas ficam reprovadas.

O aluno ficou surpreendido e protestou, dizendoqueaquilonãoerajusto.

Keeft perguntou: Que significa para ti serjusto?Porqueseajustiçaésóumvalorteuoumeu,entãonãohánenhumaautori-dadecomumanosdois.Porconseguinte,eunão tenhoodireitode te imporomeusentidodejustiça,mastutambémnãopo-desimpor-meoteu...

Assim,sósehouverumvaloruniversalchamado justiçaqueprevaleça sobrenóséquepodesapelaraeleparajulgarinjusto

queeureprovetodasasalunas.Massenãoexistissem valores absolutos e objectivosexterioresanós,sópoderiasdizerqueosteusvaloressubjectivossãodiferentesdosmeusenadamais.

No entanto - prosseguiu Kreeft - nãodizesquetedesagradaoqueeufaço,masque é injusto. Ou seja, quando desces àprática,acreditasemvaloresabsolutos.

5. Corrente Secularista

De um lado estão as questões de Deus e do outro as questões humanas. São duas linhas paralelas, que não se tocam.Muita gente considera a religião comoalguma coisa de arcaico que se opõe ao modernismo. Não é a família modernaque educa para a fé; quando muito, estaeducação é deixada à opção da escola,mas, neste caso, a religião fica fragmentada porquenãoévividaemcasa.

6. Corrente Niilista

Niilismo é uma palavra que deriva dolatim n i h i l , que significa “nada”. Não tratamos aqui das elaborações filosóficas de autores como Nietzsche, HeideggerouSartre,quemereceriamumtratamentomais especializado, mas do niilismo ma-terialista corrente. Muitos milhões de pes-soas não são niilistas, mas também hámuitos milhões que o são, mais ou menos explicitamente,porque,no fundo,pensamqueohomemvemdonadaevoltaparaonada.Entrenadaenadatemosamatériaenadamais.Estacrençaéumvírusmuitocontagioso que é preciso rebater, porque

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mergulhaohomemempessimismosouoptimismosinfundados,bemlongeda alegria profunda para que fomoscriados;poroutrolado,aproximam-nodasdiversasformasdeviolênciaqueinvadem o planeta: violência física,moral,verbal,psicológica,masoquis-ta, profissional, familiar, politica, etc.

O homem comporta-se comoaquilo que acredita ser. E, seacredita que é um mero produto damatéria e nada mais, desconhecea sua própria dignidade e a dosoutros e, certamente, atentara dealgumamaneiracontraasuaprópriadignidade ou a dos outros. Daí quemuitasesperançassejampostasemviveromáximodetempopossível,omais comodamente possível, haja oquehouver:“Comamosebebamos...queamanhãmorreremos”.

Esta “filosofia” tão difundida interpreta-se geralmente como umanegaçãodaféou,pelomenos,comofaltadefé.Aféemqueháalgumacoisamaisdoquematériaetemposeriaumaposturanão científica, gratuita, própria de tempos passados.(AntonioOrozcoDelclós).

7. Corrente da “Supermulher”

Se,comomulher,nãocompetesemtudocomohomem,ésumafracassada.Dantesos papéis estavam claramente definidos: o homemeraoganha-pão,aquelequeproviaaosustentodafamília,erao“tudo”(super-homem), a mulher geria o lar, a atençãoaos filhos. Hoje em dia, a mulher continua a gerir o lar e atende ao marido e aos filhos, mas,alémdisso,contribuiparaosustentodolar,quandonãoéaúnicaquetemessaresponsabilidade.

Epodefazê-loporqueestaclaramentedemonstrado que na mulher funcionamsimultaneamenteambososhemisfériosdo

cérebro,aopassoquenohomemfuncionamalternadamente,umapósooutro.Estaéarazãopelaqualamulherpodeguiarocarroe,aomesmotempo,pintaroslábios,falarpelo telemóvel e acalmar o filho que chora nobancodetrás.Ohomemqueestáaverojogodefutebolnãopoderesponderaumaperguntaporqueestáconcentradonojogo.

Nãopodemos,nempretendemos,voltaraos tempos antigos (do super-homem). Ébomqueamulhersecultive,quecontribuapara a sociedade com os seus conheci-mentos,quesedesenvolvatambémcomoprofissional; o que esteve mal foi a mulher ter saído do seu mundo privado e se teradaptadototalmenteaomundodotrabalhodo homem, copiado o seu estilo, em am-bientespúblicos,nosmeiospolíticos,semcontribuircomasuanatureza,comoseucarácterfeminino.R

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Página Vocacional

DE PROFESSOR A FRADENo dia 20 de Fevereiro de 2010, às

12h00, na Igreja Stella Maris, Foz doDouro, o João Ricardo Costa Rego, filho de Domingos Lima Rego e Maria Rosa GajoCosta Rego fez a sua profissão solene na OrdemdosPadresCarmelitasDescalços.

NascidoemMassarelos(Porto),cresceu,no entanto, em Viana do Castelo. Fez osestudossecundáriosnaEscolaSecundáriaSanta Maria Maior (Viana do Castelo) eos estudos superiores na UniversidadedeAveiro (Engenharia doAmbiente) e naEscolaSuperiordeEducaçãodeVianadoCastelo (ProfessordeEducaçãoMusical).LeccionounaEscolaEB2,3deSobreiraenaEscolaEB2,3daMaia.

Noanode2003 iniciouopostulantadoem Avessadas, em 2004 o noviciado,no Deserto de las Palmas e os doisprimeiros de teologia em Salamanca,Espanha. Regressou a Portugal em 2007ondeprosseguiuoseucurso teológiconaFaculdadedeTeologiadoPorto.

Inevitavelmente fica uma pergunta que todosgostamosdesaberaresposta.

Pergunta:Porquêcarmelita?

“Por essa altura, eu tinha terminadoo curso e começado a dar aulas. Nessesprimeiros anos, fui-me tornando maisconsciente do chamamento. Já anteshaviasinais,masnãoeraaindacapazdeoscompreender.Quandocomeceia fazermais silêncio, pude escutar uma Palavradirigidaamim.UmaPalavraqueérespostaàs minhas perguntas e aos desejos maisprofundosdecadaserhumano.Avocação?No fundo é uma questão deAmor. Comotodas as vocações.

HáumAmorque te chama.Enósso-moslivrespararesponder.“Seduziste-me,Senhor,eeumedeixeiseduzir”-diziaeucomJeremias(20,7).Haviaoutrosjovensque tinham escutado a mesma Palavra edecidido viver o Evangelho. A sério. Coi-sa rara, neste e em todos os tempos. Jáconhecíamos um pouco do mundo. Ummundoqueprometemuitoedábempouco.Queteacenacomumafelicidadede“sho-pping”.Liberdadeseamoresqueteatamenãotesalvam.Enósqueríamosverdadeiraliberdade. Amor sem condições. Sonháva-mosesonhamosqueoutromundoépossí-vel,porqueoReinojáestánomeiodenós,dentrodenós.

Carmelita? Sem dúvida. Porquê? Aespiritualidade e os grandes mestresTeresadeJesus,JoãodaCruz,Teresinha,IsabeldaTrindade,EdithStein...Aoraçãocontemplativa, o estilo de vida fraterno esimples, o apostolado. Estou convencidode que esta forma de viver e anunciar oEvangelho de Jesus é resposta para onossomundo”.R

fr. João Rego do Menino Jesus“Eis-me aqui, envia-me” (Is 6,8)

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– Da homilía do Provincial –

FreiJoãoRego,aqueletrabalhoque realizaste por um tempocomo profissional não encheu as redes do teu coração e o barcoda tua vida ficou disponível para o Mestre que a requisitou. Eleentrounobarcodatuavidaefezas maravilhas que os teus olhosviram, dando-te em pleno dia oque habitualmente se encontrade noite. Na escola do Carmeloencontraste o que procuraste naEscola Profissional. Daqui em diante serás professor doutras músicas: as melodiascelestesexecutadaspor instrumentosqueDeus toca para enamorar o coração doshomenseosmoveràtalpaixãoporCristoepelahumanidade.PaixãoporCristoquemorreupornósepaixãopelahumanidadecarentedoamorqueDeusderramounoteucoração. Do muito que recebeste dá comgenerosidade

Continuamosaoraçãodatuaconsagra-ção. E uma vez consagrado, considera aoraçãocomoa fonteeoobjectivoda tuaconsagraçãoreligiosaecarmelitadescalça.EstaassembleiaéosinaldaIgrejaqueteconsagraetedesposaparatomarespartenasuasantidadedevidaenasuamissãono mundo. Pela consagração religiosa tudeixasdeserteuparaseresdaIgrejanaspessoasdosirmãosquehojeaquisefazemrepresentarnasacramentalidadedestace-lebração.Doravante,atuacastidade,atuapobrezaeatuaobediênciadizem-nosres-peito:sãonossasequeremo-lasdedicaraoserviçoda IgrejaaquemoSenhor Jesusconsagrouasuavida.Junta-teanós,contaconnoscoeunidosserámais fácilasubi-daaomonteCarmeloporestecaminhodeperfeiçãoqueSantaTeresadeJesuseS.JoãodaCruznosdeixaramcomoherança,

cujopatrimónionãodevemosesbanjarmasenriqueceraindamais,aexemplodetantosdosnossosilustresirmãoseirmãscarmeli-tas.Sercarmelitadescalçoéumprivilégiona Igreja. Bendita mãe que tais filhos gera.

SenhoradoCarmo,Stellamaris,sede-nospropíciaeintercedeipornósparaquesejamosdignosdealcançaraspromessasdeCristo.Amen.R

Nas vossas mãos, Padre Pedro Lourenço Ferreira,

prometo a Deus castidade, pobreza e obediência

João Rego com seus pais e irmã

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A Diocese do Porto quer fazer deste ano um momento especial na vida da Igreja local, por força da dinâmica implementada pelo Bispo da Diocese e os seus mais directos colaboradores, através da iniciativa “Missão 2010. Corresponsabilidade para a Nova Evangelização”.Segundo D. Manuel Clemente, esta iniciativa não procura nada de extraordinário, apenas mostrar à sociedade aquilo que já acontece na Diocese do Porto, lembrando nas suas 477 paróquias e em centenas de associações, movimentos e congregações religiosas, todos os dias.

As famílias rezam o terço todos os Domingos no Santuário do Menino Jesus de Praga às 16 horas.

Seja de perto ou de longe, incentive a sua família para orientar esta oração Mariana.

Prepare os cânticos e as meditações para cada mistério.

Indique ao Santuário o Domingo do ano em que a sua família quer orientar o terço.

Contactos: Telf. 255538150 e-mail: [email protected]

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A foto escolhida

Testemunhas da Verdade,Não podeis ficar caladas:Ide proclamar bem altoO Senhor ressuscitado.

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Parábolas

História de amor

Eraumavezumailhaondemoravamosseguintessentimentos:aAlegria,aTristeza,aVaidade,aSabedoria,oAmoreOutros.Umdiaavisaramosmoradoresdailhaqueela ia ser inundada. Apavorado, o Amortratou em salvar todos os sentimentos.Entãodisse:

- Fujam todos, porque a ilha vai serinundada. Todos correram e entraram noseu barquinho a fim de se refugiarem num cerrobemalto.SóoAmornãoseapressou,pois queria ficar mais um bocado de tempo nasuailha.Porém,quandojáestavaquaseaafogar-se,correuapedirajuda.

ARiquezaiaapassar,eeledisse-lhe:-Riquezaleva-mecontigo.Elarespon-

deu:Nãoposso,omeubarcoestácheiode

ouro e prata e tu jánãocabes.

Passou então aVaidadeeelepediu:

- Oh! Vaidade,leva-mecontigo...

- Não possoporque tu vais sujaromeubarco.

Logo atrás vinhaaTristeza.

- Tristeza, possoircontigo?Ah!Amor,estou tão triste queprefiro ir sozinha.

PassouaAlegria,mas estava tão ale-gre que nem ouviuo amor chamar porela.Jádesesperado,julgando que ia ficar sozinho,oAmorco-

meçouachorar.Entãopassouumbarqui-nho,ondevinhaumvelhinhoque lhedis-se:

- Sobe Amor, que eu levo-te. O Amor fi-coutãocontenteecheiodefelicidadequeatéseesqueceudeperguntaronomedovelhinho.

Chegandoaocerromaisaltoondees-tavamtodosossentimentos,eleperguntouàSabedoria: -Sabedoria,quemeraove-lhinhoquemetrouxeaqui?Elarespondeu:-OTempo.

- O Tempo, mas porque é que só oTempometrouxeparaaqui?

- Porque só o tempo é capaz de ajudar a entender um grande Amor. R

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A oração escolhida

Dá-me as Tuas sandálias, MariaQuero sentir o pó do caminho

para chegar até Deus desprendido de tudo.Quero confiar na Palavra

e não me alimentar só do alimento quotidiano.Dá-me as Tuas sandálias, MariaPara transformar o meu caminho

em encontro pessoal e definitivo com Deus … para confiar n’Aquele que fala do céu quando eu teimo em olhar para o chão.

Dá-me as Tuas sandálias, MariaPara ser e viver um pouco como Tu

sem mais nada que a tua fé, nem mais amparo que a luz da lua.Dá-me as Tuas sandálias, Maria

Para dizer a Jesus que, apesar das minhas debilidades, a Sua ressurreição

é para mim motivo de alegria, oportunidade para uma vida nova,

água fresca na minha existência sedenta.Dá-me as Tuas sandálias, Maria

E, se queres e podes, diz-me qual é o teu passo e o teu número

para caminhar como Tu caminhas.Amém.

Page 28: Mensageiro do Menino Jesus - 163

Caixa do Correio

28

– C O N V I T E –Carmelita Contemplativo

Carmelita, que vês sem ver?Que pensas sem entender?

As plavras que meditastesInflamaram o teu olhar.Agora só pensas em amarSem pensar.

O teu interior deseja descansoMas não pede descansar.Procuras esse lugarDonde repousa o Escondido.

Já sabes por onde íres.Não é preciso andarPara achar.Já te perdestes para te encontrares.

A escuridão tranquilaQue arde e brilhaÉ luz que ilumina a Face do Ser dos seresQue habita em teu ser sem ser.

Carmelita, Quem vês sem ver?A Quem contemplas sem entender?

Não sabes mais que amar,E amas mais sem saber.Descansa, já estás nesse doce larSecreto.Já não é preciso lerEsse livro fechado,Porque já tens Outro aberto.

Frei Danny do Divino Espíritu Santonoviço, carmelita descalço

Estava eu, grávida da minha filha, há 33 anos, quando me fiz assinante e apaixo-nadapeloMenino–Reiquetantoconfortotem dado, nos momentos bons e menosbons da minha vida. Agora é esta minha fi-lhaqueestágrávidaparaumbebédosexomasculinoporissoestouarezareapedirasuaintercepçãoparaqueestenetinhove-nhaperfeitinhoequesejasãodecorpoealma.

Também pedia-lhe o favor de publicaresta fotodasduasnetinhas,Antóniade9anose Inêsde2nocantinhodosAmigosdoMenino.Jásãosóciaseamigasdesdeo nascimento. Vai aqui uma pequenaprendinhaparaoMeninoReizinhoaquempeçotodososdiasporelaseensino-lhesarezaracoroínhaeaoraçãodoMeninocommuitoAmor.

QueoSenhorprotejatodasascriançasdoMundoeaslivredetodoomal.

Um abraço afectuoso para si PadreAgostinho,emJesus,nossoSalvador.

Conceição CravinhoVila Franca do Campo

ReverendíssimoSr.PadreAgostinhoSouZeladoradoMensageirodoMenino

egostavadeofelicitarpelovisualdanossabelaRevistabemcomoosseusconteúdoscom máxima qualidade doutrinal, moral,ética... Que o Menino nos ilumine nestaépocaemquetantonecessitámosdeboaleituraebonsensinamentos.

QueridoMeninoJesus,aquiteenvioestaofertaparaoTeuSantuárioeparapagaraanuidadedoJornal.Eununcameesqueçode Ti e fico toda contente quando recebo oTeu jornal lendo-ocommuitaalegriadoprincípio ao fim.

Peço-te que me ajudes na minha vidaassimcomoaminhafamília,poisencontro-me adoentada e velhinha precisando queme dês coragem para continuar a minhajornadaeparacontinuararezar-teportudooquemeconcedes.Despeço-mecommui-tosbeijinhosepedindoatuabênçãoparamimeparaaminhafamília.

Beijinhosdestavelhaamiga.

Emília do Espírito Santo NetoReguengo do Fetal

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Lembrete

Consagraçãoao Menino Jesus de Praga

Divino Menino Jesus, Senhor da minha vida, eu Vos ofereço todo o meu ser

e me consagro a Vós, para o presente e para o futuro: recebei a minha alma e enchei-a com o vosso amor; acolhei o meu coração e guardai-o junto do vosso; guardai a minha boca e fazei da minha vida um louvor; sede a luz dos meus olhos e iluminai os meus passos; falai aos meus ouvidos e convertei o meu co-ração; estendei a vossa mão e amparai a minha vida; escutai o meu pensar e seja feita a vossa vontade; vede a cruz da minha vida e vinde em meu auxílio; consolai-me na tristeza e abençoai-me na alegria; aliviai-me na doença e con-servai-me em saúde.

Consagro-me ao vosso serviço nas coisas do Pai para estar vigilante nas

boas obras.

Fazei que eu me perca só em Vós e me encontrem sempre os que Vos

procuram.

E quando chegar a minha hora conce-dei-me, Jesus bendito, o conforto da

Virgem Mãe para que, vencida a morte, triunfe a vida e se estabeleça para sem-pre o vosso reino de paz e de amor.

Amen.

25 DE AbRILbêNção Dos uNIvERsItáRIos

Não fiques em casa. A aula é no Santuário.

traz o teu traje e vem pedir a bênção para os exames.

Eucaristia às 11:30 horas Coroinha às 15:30 horas

– C O N V I T E –

6 DE JuNho

PEREgRINAção ANuAL Ao sANtuáRIo Do mENINo JEsus

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30

Graças e Promessas

AGRADECIDOS AO MENINO

DiVulgar o MEnSagEiro?

CONTE COMIGO.

NOVOS ASSINANTES

ALMEIRIM, Mª Leonor S. Nunes Santos; AMADORA, Mª Belmira P. Sérvolo; Mª José Costa Iglésias; Rosa Margarida Barbedo Leite; AMORA, Adelaide Maria Coelho; ARCO DA CALHETA, Dolores Nunes Luz Agrela; ARRIfANA PRS, Mª do Céu H. Carvalho Vidal; AVEIRO, Mª Conceição J. Pereira; BAIÃO, Edite Augusta; BARREIRO, Clotilde Caldeira Pinheiro; CALHETA (S. JORGE), Esmeralda Augusta Reis; CANADÁ, Cármen Pimental; Clara Rendeiro; Mª fernanda Borges; CARREGAL DO SAL, Mª Etelvina Pais dos Santos Antunes; CARVALHOSA PfR, Palmira Gomes Coelho; CASTELO BRANCO, Mª Graça S. Martins Cruz; CEIRA, Mª Anunciação Carrito; COIMBRA, Mª Almerinda Lopes Rodrigues; CUNHEIRA, francisca E. Simões Guia; ELVAS, Mª Claudina M. Silva Cravidão; Mª José Santana Pires; ÉVORA, Manuel António Santos; f. DE CASTELO RODRIGO, Mª José Soares Madeira Cruz; fIGUEIRÓ DOS VINHOS, Mª Madalena Bruno Portela; fRATEL, Ana Pires Silveiro; fREIXO DE CIMA, Mª fernanda freitas Pinto Guimarães; fUNCHAL, Carlota frança Jardim; Emília Manuela Barreto Gomes; Mª Alice Correia de frança Góis; Mª do Rosário Vieira; JOANE, Manuel Morais Guimarães; LISBOA, Armindo Chaves; Catarina R. Costa Santos; Hermenegilda Conceição ferreira; Isabel Cortes Silva Capela; Mª Adelaide f. Agostinho; Mª Amélia Santos Mendonça; Mª Helena Carrasqueiro de Brito; MACEDO DE CAVALEIROS, Rute Teixeira; MIRANDELA, Alice Mª Rafael V. P. Sargento; MIRE DE TIBÃES, Rosalina f. Silva Capa; MONTE DA CAPARICA; Belmiro Luís Rodrigues; NELAS, Associados da Zeladora Mª fátima Pinto Tavares; OEIRAS, Mª Conceição Araújo; PALMELA, Deolinda Maria Silva Soares Costa; Mª Genoveva L. Sousa Marques; Rosa Maria Cacoete de Almeida Antunes; PALMEIRA STS, Mª Amélia Araújo Cruz; PAREDES, João Vieira Soares; PERRE, Rosa Gonçalves Nicolau; PORTALEGRE, Rita Vintém Dias Andrade; PORTO, Luzia L. Lima Guerra Soares; Mª Alice Correia da Rocha; Conceição de Lourdes Silva; PÓVOA E MEADAS, Mª Tomázia Grilo Miranda; QUELUZ, Narcisa Rosa Pereira; RAIMONDA, Mª da Costa e Silva; REGUENGO DO fETAL, Emília do Espírito Santo; RIBAS, Mª Emília Sousa Campos; ROSAIS, Deolinda S. A. Soares; S. CATARINA DA SERRA, Arminda Gomes Vieira; Lucília Vieira Neves; S. MARIA DA fEIRA, Paula Cristina de Paiva; S. MARIA DE SARDOURA, Mª Céu Alves Oliveira; S. JOÃO DOS MONTES, Ana Isabel fontes; S. MATEUS DA CALHETA, Mª Lurdes Sousa Ludovina; S. DA HORA, Manuel Saraiva; Mª Nascimento; Maria Cecília; U.S.A. Mª fátima Azevedo; Mª Silva; VALOURA, Esperança Céu Esteves ferreira Regadas; VÁRZEA DA SERRA, Mª Lucinda Pinto Monteiro; VELAS, Lídia Silva; V. DO CASTELO, Enedina Costa Pacheco Serrão; Judith fernandes N. Tavares de Almeida; Mª Adelina fernandes Sá; Mª das Dores Silva ferreira; Rogélio Carvalho Martins da Cruz; V. fRANCA DE XIRA, Deolinda Silva Pedro Santos; Mª Ivone Lopes da Silva; VILA fRANCA DO CAMPO, Mª Conceição Soares Cravinho; VILA PRAIA DE ÂNCORA, Teresa Maria Lopes Maciel; VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO, Mª Clara ferreira Leiria.

AGRELA STS, Mário Neves Corticeiro; ALPENDURADA E MATOS, Célia Josefa Araújo; AMADORA, Mª Nativi-dade Pereira; ARGONCILHE, Luzia Mª Prêda; Mª Lurdes Nogueira; ARIZ MCN, Mª fátima Almeida; AVEIRO, Enei-da Rodrigues; AVESSADAS, Joaquim Madureira Silva; Mª Luísa Cardoso; BANHO E CARVALHOSA, Mª Isaura Pinto; CABEÇA SANTA, Ana Rosa Alves; CACIA, San-dra Isabel Pinheiro; Mª Vasconcelos Ribeiro; CANADÁ, Rosinda felizardo; CAPELUDOS, Célia Pinto Machado; CARCAVELOS, Júlia Pais; CARREGAL DO SAL, Aníbal José Monteiro; Cátia filipa Silva; Rúben Andrade Alves; COMENDA, Zélia Vieira Martins; ELVAS, Ana Mª Canho-to; Mª Isabel Cachucho; fARO, Leonor ferreira Alves; fÁ-TIMA, Ana Mª Sousa; fELGUEIRAS, Mª Leonor Lopes; fENAIS DA LUZ, Mª Estrela freitas; fETEIRA AGH, Ma-tilde Parreira Sales; fONTELAS, Joaquim Pereira Borges; fOZ DO SOUSA, Mª Ilídia Coelho; fUNCHAL, Bárbara Mª Barros; francisco Chaves Pereira; GONDOMAR, Ana Conceição Magalhães; IDANHA-A-NOVA, Mª Santos Sil-va; LAMEGO, Gravelina Barroco; LANHELAS, Mª Céu Senra; LISBOA, Mª Jesus Mota; LIXA, José Melo Sousa; MAIA, Adelaide M. Marques; Mª Auxiliadora Gonçalves; MACIEIRA DE RATES, Joaquim Oliveira Silva; M. DE CANAVESES, Carlos Carneiro Pinto; Joana Magalhães Teixeira; Mª fernanda Magalhães; Natália Pinto; MEÃS DO CAMPO, Purificação F. B. Jorge; MIRANDELA, Pedro Araújo ferreira; MIRE DE TIBÃES, Joaquina fernandes ferreira; Mª Amélia Barbosa; Mª Lurdes Costa; Rosa M. Duarte; Rosa M. Rocha; Teresa Jesus Araújo; MONTIJO, Mª Isabel Lages; MORAIS, Amélia Monteiro; NELAS, Ana Isabel Santos; Mª Antonieta Jesus; Teresa M. Martins; OLA-LHAS, Mª Luz Nunes; Mª Lúcia Silva; OUTEIRO SECO, Mª Lucília Barrocas; PENAfIEL, Teresa Margarida Soares; P. DA RÉGUA, Paula M. fonseca; PINHEIRO DA BEM-POSTA, Ângela Rosa Silva; PONTA DELGADA, Águeda Guedes; Helena Paula Cabral; Nélia Conceição Marques; PORTO, Amélia Teixeira; António Salgueiro Dias; Mª Ade-laide Caetano; Mª Margarida Silveira; PORTO DE MÓS, Jacinta Jesus Sousa; RANS, Mª fernanda Ribeiro; RIO DE MOINHOS PNf, Ana Beatriz Moreira; Daniela filipa Mo-reira; RIO TINTO, Arminda Conceição Silva; SABUGAL, Albino Pardal Ribeiro; Marinete Neves ferreira; SALVA-TERRA DE MAGOS, Mª Conceição Magalhães; Mª Joana Santo; S. EULÁLIA ARC, francisco Alexandre Azevedo; S. MARINHA DO ZÊZERE, Elisabete fernanda Monteiro; SANTO TIRSO, Estela Rocha Pimenta; Mª Teresa Sanches; SÃO COSMADO, David Gonçalves Costa; S. DA HORA, Pedro Miguel figueiredo; V. B. DO BISPO, francisco José Madureira; Mª Rosa Cerqueira; V. DE REI, Mª Bela Mou-ra; V. fRANCA DE XIRA, Mª Antónia Santos; V. MAIOR VfR, Sara Raquel Silva; V. N. DE GAIA, Mª Conceição Cardoso Coelho; V. R. S. ANTÓNIO, Mª Lizette Leiria.

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LAGOA (ALGARvE)

Uma família do Algarve Imagens do Menino Jesus

Uma vez recebi uma carta de umasenhora algarvia a queixar-se de que euescrevia muito pouco sobre a devoçãoaoMeninoJesusnoAlgarve.Dizia: «aquitambém há muita devoção!».

Ora, nem de propósito, o meu amigoJoaquim Paulo, de há muitos anos meucolega de armas em Faro, mandou-menasemanapassadaumasfotoscomestareferência:OMEUMENINO!

E, de facto, reparando bem, Ele é oMeninoJesusdePraga.EjuroqueoPaulonãosabiadaqueixajustadatalsenhora.

Estou mesmo a ver o lugar. Entra-senacasadestafamíliaamigaealgarviadegema, em Lagoa. Vira-se à esquerda eestamos numa sala ampla e multi-usos.Recordações e objectos com histórias para contarsãomuitos.Numlugardedestaque,numa espécie de oratório bem lindo eartístico,estáesteTESOUROdeDeus.

A família é a «Igreja doméstica», é um santuário familiar, onde Jesus não ésomenteumapeçadearte,masaARTEdeconvivereviverporcausasnobres.

Abençoa,Senhorasfamílias.Amém.R

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Grande mal é uma alma encontrar-se só no meio de tantos perigos... Eu aconselharia aos que têm oração, sobretudo ao princípio, que procurassem ter amizade e relação com outras pessoas que tratam do mesmo (V 7, 20)

“Livro da Vida” - Santa Teresa de Jesus