Menopausa Estudo Da Unicamp Traz Esperança Para Mulheres Que não Podem Fazer TH

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Menopausa: Estudo da Unicamp traz esperança para mulheres que não podem fazer TH Vida Saudável Dicas relacionadas à nutrição para a sua saúde Por Jocelem Mastrodi Salgado, "Os resultados mostraram que o alimento à base de soja foi eficaz em aliviar sintomas como ondas de calor (redução de 65,4%) e problemas musculares e articulares (redução de 40%), produzindo também uma melhora significante na secura vaginal. Os mesmos resultados ocorreram com o uso da TH, quando comparada com o uso de placebo" A menopausa é considerada um dos eventos mais perturbadores da vida da mulher, pois marca a linha divisória da fertilidade, além de ser cercado de muitas dúvidas e inseguranças. São anos muitas vezes difíceis de medo, culpa, autopiedade, baixa auto-estima e, principalmente, falta de informação ou informação inadequada que geram mais dúvidas e confusões. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, estima-se que em 2030, cerca de 1,2 bilhões de mulheres terão mais de 50 anos, um número três vezes maior do que em 1990. Dessa forma, o acesso às informações referentes à menopausa é de extrema importância, já que por conta do aumento da expectativa de vida, admite-se atualmente que a maioria das mulheres deverá viver um terço de suas vidas em estado de deficiência estrogênica,

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Menopausa: Estudo da Unicamp traz esperança para mulheres que não podem fazer TH

Vida SaudávelDicas relacionadas à nutrição para a sua saúde

Por Jocelem Mastrodi Salgado,

"Os resultados mostraram que o alimento à base de soja foi eficaz em aliviar sintomas como ondas de calor (redução de 65,4%) e problemas musculares e articulares (redução de 40%), produzindo também uma melhora significante na secura vaginal. Os mesmos resultados ocorreram com o uso da TH, quando comparada com o uso de placebo"

A menopausa é considerada um dos eventos mais perturbadores da vida da mulher, pois marca a linha divisória da fertilidade, além de ser cercado de muitas dúvidas e inseguranças. São anos muitas vezes difíceis de medo, culpa, autopiedade, baixa auto-estima e, principalmente, falta de informação ou informação inadequada que geram mais dúvidas e confusões.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, estima-se que em 2030, cerca de 1,2 bilhões de mulheres terão mais de 50 anos, um número três vezes maior do que em 1990. Dessa forma, o acesso às informações referentes à menopausa é de extrema importância, já que por conta do aumento da expectativa de vida, admite-se atualmente que a maioria das mulheres deverá viver um terço de suas vidas em estado de deficiência estrogênica, ou seja, em menopausa.

Em sua fase inicial, 75% das mulheres sofrem algum tipo de experiência relacionada à falta de estrogênio, como ondas de calor, incontinência urinária, ressecamento da pele e secura vaginal. Também são relatados freqüentemente casos de irritabilidade, perda de concentração e da libido e depressão. Em cerca de 30% das mulheres os sintomas são severos.

A longo prazo, o déficit hormonal está relacionado ao aumento de

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doenças cardiovasculares, osteoporose e doenças cognitivas e demências, como o Mal de Alzheimer.

Para superar os sintomas indesejáveis e o risco acentuado de certas doenças, é fundamental que todas as mulheres tenham consciência da importância da adoção de um estilo de vida equilibrado que envolve uma alimentação balanceada, exercícios físicos regulares, manutenção de um peso adequado e restrição do álcool e fumo. Todas essas medidas auxiliam no bem-estar geral e dão tranqüilidade, disposição e saúde para encarar mais 30, 40 anos de vida pela frente.

Terapias alternativas estão em evidência

O tratamento mais comum para os sintomas do climatério é a terapia hormonal (TH), que inclui diferentes combinações de hormônios em diferentes vias de administração e diferentes dosagens.

A TH apresenta aceitação multidisciplinar e avanços técnicos de relevância a cada ano no que diz respeito aos aspectos farmacológicos e clínicos, mas apesar dos benefícios, estudos estimam que somente 10% a 35% das mulheres na fase de pós-menopausa fazem uso dessa terapia e metade daquelas que iniciam a TH interrompem o tratamento no período de um ano. As causas mais citadas são sangramento irregular, medo de câncer ou doença tromboembólica e ganho de peso.

Um estudo recente publicado na revista Climateric (2008) com 230 participantes mostrou que 70% das mulheres que optaram por tratamentos alternativos no climatério ao invés da TH, o fizeram por medo do desenvolvimento do câncer.

A publicação do estudo Women Health’s Initiative (WHI - 2002) foi divisor de águas do curso de terapia hormonal, fazendo com que suscitassem pesquisas no campo da terapia hormonal tradicional e abrisse mais espaço para estudos sobre tratamentos alternativos para alívio dos sintomas do climatério. A pesquisa que avaliou mais de 27.000 mulheres menopausadas durante 5,2 anos mostrou um aumento significativo do risco de câncer de mama, infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral e tromboembolismo venoso. De outra parte, mostrou que ocorreu diminuição do risco de fraturas do quadril e de câncer colo-retal.

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Após a publicação do estudo WHI muitos médicos passaram a reconsiderar o uso da TH para alívio dos sintomas vasomotores (ondas de calor, suores, fogachos). O número de prescrições nos EUA diminuiu de 91 milhões em 2001, para 57 milhões em 2003. Um estudo realizado com ginecologistas no estado de São Paulo e publicado na revista Maturitas em 2007, mostrou que a prescrição de TH decresceu em 25,2% e que aproximadamente 46% dos ginecologistas começaram a prescrever isoflavonas, tranqüilizantes e outras alternativas naturais para os sintomas do climatério.

Diante desse quadro, a procura por tratamentos alternativos e não-hormonais, tanto no Brasil quanto no mundo tornou-se cada vez mais crescente. Dentre as opções, a soja e suas isoflavonas têm sido uma das terapias alternativas mais procuradas e estudadas. Estudo da Unicamp traz esperança para mulheres que não podem fazer TH

A pesquisa realizada com rigoroso critério científico pelo médico Lucio Carmignani, com a orientação da ginecologista Adriana Orcesi Pedro, do Departamento de Tocoginecologia da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp – Campinas – foi finalizada este ano e comparou os efeitos da ingestão diária de um alimento à base de soja com o uso de terapia hormonal (TH) de baixa dosagem e placebo sobre os sintomas menopausais psicológicos, somáticos e urogenitais em mulheres na pós-menopausa.

Foram triadas 1520 mulheres, das quais 60 foram selecionadas para participar do estudo. Elas apresentavam idade entre 40 e 60 anos, tempo médio de menopausa de 4,1 anos e foram divididas em três grupos: um grupo recebeu o alimento à base de soja (90mg de isoflavonas e 24g de proteína de soja - Previna®), outro grupo recebeu terapia hormonal de baixa dosagem (1mg estradiol e 0,5mg de acetato de noretisterona - Activelle®) e um grupo controle recebeu placebo (maltodextrina). A pesquisa foi conduzida por um período de 16 semanas.

Os resultados mostraram que o alimento à base de soja foi eficaz em aliviar sintomas como ondas de calor (redução de 65,4%) e problemas musculares e articulares (redução de 40%), produzindo também uma melhora significante na secura vaginal. Os mesmos resultados ocorreram com o uso da TH, quando comparada com o

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uso de placebo. Os autores do estudo chegaram à conclusão de que o alimento avaliado pode ser uma boa opção para muitas mulheres que decidem não utilizar a TH para o controle dos sintomas relacionados à menopausa.

Os resultados do estudo que já foram apresentados em Madrid no 12th World Congress on the Menopause e no 19º Encontro Anual da Sociedade Norte Americana de Menopausa, que aconteceu em setembro em Orlando, nos Estados Unidos.

O alimento estudado foi desenvolvido no Brasil

O alimento utilizado no estudo da Unicamp foi desenvolvido por uma equipe de especialistas em Nutrição com a minha assessoria científica. Trata-se de um composto concentrado à base de isolado protéico de soja, rico em isoflavonas e proteínas, enriquecido com cálcio.

Mais informações: www.jocelemsalgado.com.br

Jocelem Salgado Profª. Titular em Nutrição LAN/ESALQ/USP/Campus, Piracicaba

Fonte: Vya estelar UOLOutubro 2008

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Reposição hormonal, o erro previsível

Aos poucos vão surgindo notícias e mais notícias sobre os problemas de uma estratégia terapêutica, eufemisticamente chamada de terapia de reposição hormonal. Agora surge a triste perspectiva de haver um incrível incremento de transtornos circulatórios cerebrais (triplica o risco de derrame, entre outros

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problemas). Já há estudos suficientes que demonstram o aumento no risco de câncer de mama, e uma série de outras enfermidades.Bem, cabe no mínimo perguntar, o que deu errado? Talvez seria melhor perguntar, porque deu errado. Ou quem sabe, poderia dar certo?

Quando falamos de reposição hormonal, estamos falando de um procedimento médico criado, ou pelo menos difundido por um médico nova-iorquino chamado Robert Wilson. Ele entendia que a mulher perderia seus principais atributos de feminilidade com a parada da menstruação.  Mas isto não seria o fim. As mulheres não perderiam os seus atrativos para os homens. Já havia pelo menos um remédio para isto. O laboratório Wyeth já havia lançado o PremarinÒ, que rapidamente se transformou num dos medicamentos mais vendidos nos EEUU e no mundo. Seu rótulo é atraente: estrógenos conjugados naturais.

Nestes quase 40 anos ocorreu algo muito interessante. Faltou curiosidade. Faltou fazer algumas perguntas tão óbvias, que talvez por isso nem foram feitas.

O dr. Wilson afirmou que a menopausa é um problema, e é um problema causado pela baixa de estrogênios na mulher – ponto! “Feminine forever” (1966) foi um livro de incrível sucesso e prometia a juventude eterna para o público feminino, garantindo assim a atratividade para os homens. Nada mais machista.

No início reposição hormonal era apenas a reposição de estrogênios. Mas um significativo aumento no câncer de útero quase levou a primeira fase desta terapia a um fracasso mórbido. Isso foi contornado com o uso de progestinas (substâncias artificiais que imitam as funções da progesterona), e que têm como ícone a medroxiprogesterona (Farlutal Ò) o que levou tal tratamento ao ápice nos anos 90, quando até o coração poderia ser protegido.

O dr. John Lee, mais curioso que seus colegas, se lembrou de fazer perguntas e chegou às respostas. Em primeiro lugar a menopausa em si não é um problema médico a ser tratado. Em segundo lugar a menopausa sintomática não é devido à baixa hormonal simplesmente. É devido a uma baixa desequilibrada de  taxas hormonais, uma vez que a progesterona baixa em demasia (quase a zero), fazendo que o estrogênio, mesmo baixando, fique sempre ativo (predominância estrogênica). Em terceiro lugar, devido à

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precisão nos receptores hormonais, é imperativo que se use hormônios bio-idênticos, o que não ocorre com as progestinas sintéticas, nem mesmo com os estrogênios conjugados (são naturais e idênticos para os eqüinos, não para o ser humano).

Logo, a terapia de reposição hormonal nunca passou de um título atrativo, mas grosseiramente equivocado: o que falta, se faltasse é a progesterona (o protocolo previa o uso de estrogênios e progesterona como coadjuvante), e o que se adiciona são substâncias distintas das necessários (falta bio-identidade), além de usarem como via de administração a via oral, o que provoca uma fratura metabólica, pela primeira passagem no fígado. Além do mais, reduziu  esta questão ao aspecto biológico, esquecendo de integrar aos transtornos da menopausa as questões psicológicas, alimentares, sócio-culturais, entre outras, dentro do universo de contextos que o drama da mulher pode estar inserido.

Com tantos vícios de origem, e um grande desrespeito com a ecologia feminina, o inusitado é a surpresa que a opinião pública demonstra com a divulgação de tantos estudos que incriminam este tipo de tratamento.

Quando o ser humano foge demais da natureza, o preço a ser pago costuma ser muito alto. Talvez mais alto em sofrimento do que os bilhões de dólares que a venda destes medicamentos já gerou nestas últimas décadas.

(Livro: “A menopausa e os segredos dos hormônios femininos” de José C B Peixoto, 104 pgs., sites: www.novatrh.net; site: www.johnleemd.com)

(Premarin (PREgnant MARes' urINe) é um composto de estrogênios extraídos da urina da égua prenha, que tem elementos diversos daqueles encontrados no ser humano, e em proporções bem distintas. Sobre isto ver o site: httpz://www.npr.org/news/specials/hrt, em 2002 era o quarto medicamento mais prescrito nos EEUU.)

(Artigo do jornal O SUL, de 09/jan/05, pg.7, “Tratamento de hormônio durante a menopausa é perigo de morte”)

Dr. José Carlos Brasil Peixoto – 09/01/2005

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Fonte:http://www.umaoutravisao.com.br/trherro.html

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Visite o site “Uma Outra Visão”Dr. José Carlos Brasil Peixoto – médico homeopatahttp://www.umaoutravisao.com.br/artigos.htm

Bem vindo ao site umaoutravisao. É um espaço reservado para aquelas pessoas que estão buscando informações diferenciadas sobre temas de saúde, alimentação, ecologia entre outros de relevante importância. São inúmeros artigos, entre originais e textos traduzidos, que podem se caracterizar pelo tom inusitado.  

Vamos conhecer Michael Pollan e seus pontos de vista sobre a alimentação tradicional. Saiba um pouco mais sobre como as multinacionais lucram com a fome. Se você acreditava que o sol é a  causa de câncer de pele e que é bom utilizar protetores solares veja nosso artigo sobre esse surpreendente tópico. Estamos retornando ao tema da saúde do coração. Você deve ser alguém que acredita que o infarto é causado pela obstrução das artérias coronárias. Após ler o artigo sobre a teoria miogênica você possivelmente vai revisar seus conceitos. Outro artigo sobre colesterol poderá lhe dar mais informações que poderão lhe fazer pensar de maneira muito diferente sobre a existência de algum colesterol ruim.

Surpreenda-se com nossos originais artigos sobre temas variados, como a FRAUDE do leite de soja, ou  os artigos que falam sobre os problemas dos tratamentos medicamentosos para reduzir o colesterol e as eventuais virtudes das taxas elevadas do colesterol.   A seção sobre flúor foi ampliada e há novos links na seção de sugestões para pesquisa e leitura!

Leia, comente com amigos e colegas de trabalho, critique, tire suas conclusões e envie suas opiniões! e-mail: [email protected]

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Novo livro sobre menopausa – No final de 2004 foi publicado o livro A Menopausa e os Segredos dos Hormônios Femininos, do médico gaúcho José Carlos Brasil Peixoto. O autor, que compartilha da linha clínica e filosófica do falecido Dr. John R. Lee, apresenta "uma visão à luz da ecologia humana", como ele próprio descreve a obra em seu subtítulo. Pedidos: diretamente ao autor ([email protected]). Uma leitura imperdível. O livro também se encontra à venda na livraria Bamboletras do Shopping Guion Center e na farmácia Amplo Espectro ([email protected]), de Porto Alegre.

A Menopausa e os Segredos dos Hormônios Femininos - 104 páginas, ISBN 85-87455-54-0  (comentário do site: www.novatrh.cjb.net) O livro pode ser solicitado para remessa para qualquer local do Brasil, pelo correio, pelo preço de capa de R$ 22,00, mais taxas de remessa, R$ 5,00, com entrega como carta registrada.

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