MEMORIAL TÉCNICO DESCRITIVO DAS INSTALAÇÕES...

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Prefeitura Municipal de Cachoeira do Sul Estado do Rio Grande do Sul MEMORIAL TÉCNICO DESCRITIVO DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS Escola Municipal de Educação Infantil Favo de Mel Cachoeira do Sul, 2016

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Prefeitura Municipal de Cachoeira do Sul

Estado do Rio Grande do Sul

MEMORIAL TÉCNICO DESCRITIVO DAS

INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

Escola Municipal de Educação Infantil Favo de Mel

Cachoeira do Sul, 2016

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Sumário

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 3

1.1 Projetos Empenhados ................................................................................................................ 3 1.2 Equipe Técnica Responsável pelo Projeto .................................................................................... 3

1.2.1 Equipe de Apoio ................................................................................................................ 3 1.3 Execução dos Projetos ............................................................................................................... 4

1.3.1 Da Execução ..................................................................................................................... 4 1.3.2 Da Mão de Obra .............................................................................................................. 4 1.3.3 Dos Materiais .................................................................................................................... 5

1.3.4 Da Fiscalização ................................................................................................................. 5 1.3.5 Das Omissões ................................................................................................................... 5

1.4 Bibliografia Técnica ................................................................................................................... 6

2 VERIFICAÇÕES PRELIMINARES ........................................................................................................... 6

3 INSTALAÇÕES DE ELETRICIDADE ....................................................................................................... 7

3.1 Características Elétricas da Entrada de Energia ............................................................................ 7

3.2 Quadro de Carga ..................................................................................................................... 7 3.2.1 Cálculo da Demanda ....................................................................................................... 10

3.3 Fornecimento de Energia ......................................................................................................... 11

3.3.1 Medição ......................................................................................................................... 11 3.3.2 Disjuntor de Baixa Tensão ................................................................................................ 13

3.4 Instalações Elétricas ................................................................................................................. 13

3.4.1 Requisitos Técnicos – Generalidades ................................................................................. 13

3.4.2 Centro de Distribuição Geral ............................................................................................ 14 3.5 Iluminação Artificial ................................................................................................................. 14

3.5.1 Iluminação Artificial Interna .............................................................................................. 14 3.5.2 Iluminação Externa .......................................................................................................... 16 3.5.3 Iluminação de Emergência ............................................................................................... 16

3.6 Tomadas de Uso Geral e Uso Específico ................................................................................... 17 3.7 Aterramento ............................................................................................................................ 17 3.8 Infraestrutura de Instalação ...................................................................................................... 18

3.8.1 Eletrocalhas e Eletrodutos ................................................................................................. 18 3.8.2 Condutores e Acessórios .................................................................................................. 18

3.8.3 Chaves e Dispositivos de Proteção .................................................................................... 19 3.9 Generalidades ........................................................................................................................ 20

3.10 Verificação Final ..................................................................................................................... 20

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1 INTRODUÇÃO

O memorial descritivo, como parte integrante de um projeto executivo, tem a

finalidade de caracterizar criteriosamente todos os materiais e componentes envolvidos, bem

como toda a sistemática utilizada. Tal documento relata e define integralmente o projeto

executivo para a obra que será executada e suas particularidades que deverão ser

consideradas na execução das Instalações Elétricas para a Escola Municipal de Educação

Infantil Favo de Mel, edificação térrea com área de 325,85 m², sitiada na Rua Ramiro

Ramos Chaves - 822 - Bairro Ponche Verde - Cachoeira do Sul - RS.

Constam do presente memorial descritivo a descrição dos elementos constituintes do

projeto Elétrico e Luminotécnico. Estão inclusas nas especificações técnicas deste memorial

leis, normas, decretos, regulamentos, portarias, emitidos por órgãos públicos federais,

estaduais e municipais, ou por concessionárias de serviços públicos.

1.1 Projetos Empenhados

Os projetos referendados no presente memorial são abaixo apresentados:

Projeto de Instalações Elétricas: entrada de energia, tomadas, centro de distribuição,

disjuntores, eletrodutos e eletrocalhas.

Projeto Luminotécnico: projeto com a locação dos pontos de iluminação,

interruptores e cálculo de iluminância conforme norma vigente.

Os referidos projetos são anexados, bem como o orçamento estimativo, e o cronograma

físico-financeiro.

1.2 Equipe Técnica Responsável pelo Projeto

Compõem a equipe responsável pelos projetos supra apresentados:

Eng. Eletricista Márcio Dalcul Depexe CREA RS184882

Eng. Eletricista Matias Américo Bortoluzzi CREA RS197417

Eng. Eletricista Thiago Cattani Naidon CREA RS194640

1.2.1 Equipe de Apoio

Ytalo Marin Scherer

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1.3 Execução dos Projetos

A execução de todos os serviços obedecerá rigorosamente aos projetos e materiais

especificados neste memorial descritivo. Detalhes construtivos e esclarecimentos adicionais

deverão ser solicitados ao responsável técnico pelo projeto e a fiscalização da obra.

Nenhuma modificação poderá ser feita na obra sem consentimento por escrito do autor do

projeto.

1.3.1 Da Execução

Salvo determinação contrária, é obrigação da empresa executora a execução de

todos os serviços descritos e mencionados nas especificações, bem como o fornecimento de

todo o material, mão-de-obra, equipamentos, ferramentas, EPI, EPC, andaimes, etc. para a

boa execução e/ou aplicação na obra. Deve também:

Respeitar os projetos, especificações e determinações da Fiscalização, não sendo

admitidas quaisquer alterações ou modificações do que estiver determinado pelas

especificações e projetos;

Retirar imediatamente da obra qualquer material que for rejeitado, desfazer ou

corrigir as obras e serviços rejeitados pela Fiscalização, dentro do prazo estabelecido

pela mesma, arcando com as despesas de material e mão-de-obra envolvidas;

Comunicar a Fiscalização qualquer caso omisso ou a necessidade de mudança na

execução, aguardando o parecer da Fiscalização se é possível, ou não, fazer a

adequação sugerida.

1.3.2 Da Mão de Obra

A mão-de-obra a empregar será, obrigatoriamente, de qualidade comprovada, de

acabamento esmerado e de inteiro acordo com as especificações constantes neste memorial

descritivo.

A empresa executante da obra se obriga a executar rigorosamente os serviços,

obedecendo fielmente aos projetos, especificações e documentos, bem como os padrões de

qualidade, resistência e segurança estabelecidos nas normas recomendadas ou aprovadas.

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1.3.3 Dos Materiais

Todos os materiais seguirão rigorosamente o que for especificado neste memorial.

Os materiais empregados devem ser todos de excelente qualidade e devem obedecer às

condições da ABNT. Na ocorrência de comprovada impossibilidade de adquirir o material

especificado, deverá ser solicitada substituição por escrito, com a aprovação dos

responsáveis técnicos e Fiscalização do projeto.

Quando houver motivos ponderáveis para a substituição de um material especificado

por outro, este pedido de substituição deverá ser instruído com as razões determinantes para

tal, orçamento comparativo e laudo de exame.

É vedado à empresa executora instalar quaisquer materiais que não satisfaçam às

condições destas especificações.

1.3.4 Da Fiscalização

Exercer todos os atos necessários à verificação do cumprimento do Contrato, dos

projetos e das especificações;

Sustar qualquer serviço que não esteja sendo executado na conformidade das

Normas da ABNT e nos termos do projeto e especificações, ou que atentem contra a

segurança;

Não permitir nenhuma alteração nos projetos e especificações, sem prévia

justificativa técnica por parte da Executora à Fiscalização, cuja autorização ou não,

será feita também por escrito pela Fiscalização;

Decidir os casos omissos nas especificações ou projetos;

Controlar o andamento dos trabalhos em relação aos cronogramas.

1.3.5 Das Omissões

Em caso de dúvida ou omissões, será atribuição da Fiscalização, fixar o que julgar

indicado tudo sempre em rigorosa obediência ao que preceituam as normas e

regulamentos para as edificações, regradas pela ABNT e pela legislação vigente;

Havendo divergências entre as cotas de desenhos, suas dimensões e/ou medidas em

escala, prevalecerão sempre os valores cotados nos desenhos;

No caso de estar especificado nos desenhos e não estar neste Memorial vale o que

estiver especificado nos desenhos;

Nos demais casos, deve ser contatado o Responsável Técnico para que este retire as

dúvidas prováveis.

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1.4 Bibliografia Técnica

Todos os projetos foram elaborados de acordo com as Normas Técnicas, Portarias,

Resoluções, Leis e Decretos específicas de cada projeto. Além destas as seguintes Normas

Brasileiras que deverão ser atendidas:

NBR 5410 – Instalações Elétricas de Baixa Tensão;

NBR 5444 – Símbolos gráficos para instalações elétricas prediais;

NBR 5413 – Iluminação de Interiores;

NBR 10898 – Sistema de iluminação de emergência;

NR 10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidades;

RIC-BT – Regulamento das Instalações Consumidoras em Baixa Tensão;

Outras normas poderão ser aplicadas em função de necessidades específicas,

fazendo prevalecer sempre que possível, as normas da ABNT, utilizando-se normas

internacionais, salvo melhor juízo, no caso de inexistência da nacional.

Na constatação a qualquer transgressão de Normas Técnicas, regulamentos ou

posturas de leis em vigor ou omissões que possam prejudicar o perfeito andamento ou

conclusão da obra deverá haver imediata comunicação aos responsáveis técnicos pelos

projetos. Esta comunicação deverá ser feita pelo construtor ainda na situação de proponente

da obra.

2 VERIFICAÇÕES PRELIMINARES

Será mantida na obra, uma equipe de operários com capacidade técnica específica

para os serviços a serem desenvolvidos e em quantidade necessária ao cumprimento do

cronograma físico, além de um profissional de nível superior, da área de engenharia,

devidamente qualificado.

A obra só poderá ser iniciada com as devidas Anotações de Responsabilidade

Técnica sobre projetos, pela execução da obra e com alvará e demais licenciamentos que se

fizerem necessários.

A empresa contratada providenciará espaços para abrigos e sanitários de

funcionários e depósitos de ferramentas que se fizerem necessários.

O material resultante da obra será removido e transportado, por conta da empresa

contratada, para local apropriado, indicado ou qualificado, pela Prefeitura Municipal de

Cachoeira do Sul.

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3 INSTALAÇÕES DE ELETRICIDADE

A execução das Instalações Elétricas deverá seguir rigorosamente o projeto elétrico

no que se refere às posições de caixas, tomadas, interruptores, terminais e conduítes bitolas

das fiações, disjuntores, dispositivos de comando e controle, motores e dispositivos de

sinalização e comunicação visual, etc.

Todas as partes devem estar executadas respeitando os dados dos desenhos e

estarem firmes em suas posições. Todos os materiais, equipamentos, que se fizerem

necessários ao perfeito funcionamento das instalações elétricas da edificação, estarão sobre

responsabilidade da empresa CONTRATADA.

3.1 Características Elétricas da Entrada de Energia

Tensão secundária: 380V;

Tensão de operação monofásica: 220V/60Hz;

3.2 Quadro de Carga

Abaixo é apresentado o quadro de carga da edificação:

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QUADRO DE CARGA

CD Circuito Nome do Circuito

Luminária TUG

TUE Carga

(kW)

Fase Disjuntor

(A)

Condutor

(mm²) 400 40 50 100 600 R S T

1

1 Circuito de tomadas da Sala de Aula 01, 02 e 03, Sanitário 01, Direção

e Secretaria 21 1 2,70 X 16,00 2,50

2 Circuito de tomadas da Cozinha, Refeitório, Depósito, Sanit. Func,

Dispensa, Circulação 02 e Iluminação Externa 13 4 3,70 X 20,00 2,50

3

Circuito de Iluminação da Sala de Aula 01, 02 e 03, Sanitário 01,

Direção e Secretaria, Cozinha, Refeitório, Depósito, Sanit. Func,

Dispensa, Circulação 02 e IluminaçãoExterna

2 23 2 1,82 X 16,00 1,50

4 Tomada para Condicionador de Ar - Sala de Aula 01 1500 1,50 X 16,00 2,50

5 Tomada para Condicionador de Ar - Sala de Aula 02 1500 1,50 X 16,00 2,50

6 Tomada para Condicionador de Ar - Sala de Aula 03 1500 1,50 X 16,00 2,50

7 Tomada para Condicionador de Ar - Secretaria 1500 1,50 X 16,00 2,50

8 Tomada para Condicionador de Ar - Direção 1500 1,50 X 16,00 2,50

9 Torneira Elétrica - Cozinha 5000 5,00 X 25,00 4,00

10 Chuveiro - Sanitário 01 7000 7,00 X 35,00 6,00

11 Circuito de Iluminação de Emergência da Sala de Aula 01, 02, 03,

Direção, Secretaria, Refeitório, Cozinha e Circulação 02 10 1,00 X 16,00 2,50

18 Tomada para Condicionador de Ar - Refeitório 1500 1,50 X 16,00 2,50

19 Chuveiro - Sanitário Funcionários 7000 7,00 X 35,00 6,00

2

12 Circuito de tomadas da Área Coberta 01, Sanitário 02, Sanit PNE, Sala

de Aula 04, 05 e 06, Circulação 02 e Área Coberta 02 18 2 3,00 X 16,00 2,50

13 Circuito de Iluminação Área Coberta 01, Sanitário 02, Sanit PNE, Sala

de Aula 04, 05 e 06, Circulação 02 e Área Coberta 02 2 19 3 1,71 X 16,00 1,50

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14 Tomada para Condicionador de Ar - Sala de Aula 04 1500 1,50 X 16,00 2,50

15 Tomada para Condicionador de Ar - Sala de Aula 05 1500 1,50 X 16,00 2,50

16 Tomada para Condicionador de Ar - Sala de Aula 06 1500 1,50 X 16,00 2,50

17 Circuito de Iluminação de Emergência da Sala de Aula 04, 05 e 06 e

Circulação 02 4 0,40 X 16,00 2,50

Total 46,83

Desbalanço entre Fases 3,69%

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3.2.1 Cálculo da Demanda

É necessário o cálculo da demanda, já que a carga total instalada de 46,83 kW

ultrapassou 25 kW (RIC – BT).

Iluminação e tomadas:

Carga instalada: 14.330 W

Conforme o Anexo D do RIC-BT, a carga mínima e fatores de demanda para

iluminação e tomadas para Escolas e semelhantes até 12 kW é de 86% e para o excedente

é de 50%. Assim:

Aparelhos de Aquecimento:

Carga instalada: 19.000 W

Conforme o Anexo I do RIC-BT, a carga mínima e fatores de demanda para

aparelhos de aquecimentos para Escolas e semelhantes com o número de 3 (três)

equipamentos é de 70%:

Ar condicionado

Carga instalada: 13.500 W

Conforme o anexo F do RIC-BT, a carga mínima e fatores de demanda para

condicionadores de ar do tipo Split para escolas e semelhantes entre 1 kW e 25 KW é de

100%. Assim:

Assim a demanda do prédio é dada por:

( )

( )

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Onde a é a demanda de iluminação, b é a demanda de aquecimento, c é a

demanda dos condicionadores de ar e d é a demanda para motores.

Então, a demanda do serviço é dada por:

( )

3.3 Fornecimento de Energia

A edificação será alimentada pela rede pública da concessionária de energia elétrica

local na tensão secundária entre fases de 380 V. A entrada de energia será trifásica aérea

desde o poste da rua (ponto de entrega) até a medição local e proteção geral.

Caso não exista rede trifásica próxima às imediações da edificação, deve-se solicitar

a concessionária de energia local a extensão de rede para que assim seja possível a ligação

da energia elétrica do ginásio poliesportivo.

Deve-se atender o método de aterramento TN-S com condutor de aterramento no

mínimo igual a metade da seção das fases.

3.3.1 Medição

Será utilizado um padrão de entrada de energia trifásica com ramal de entrada aéreo

e medição em poste (direta). A cabine de medição deverá ficar no máximo a 0,5 m do

alinhamento da via pública, permitindo livre e fácil acesso à distribuidora.

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Entrada de Energia com medição polifásica instalada em poste de aço.

Notas:

1- O eletrodo de aterramento deve ser instalado fora da base concretada.

2- Os condutores de aterramento e proteção devem ser protegidos por eletroduto dentro da

base concretada.

3- Nas áreas de distribuição da AES Sul e RGE, a medição lateral em lote sem delimitação

física entre a área privada com a via publica, deve ser provida de compartimento edificado.

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3.3.2 Disjuntor de Baixa Tensão

A corrente nominal do disjuntor geral deve ser igual ou superior à corrente solicitada

pela demanda calculada, isto é, 3ɸ 80 A e não deve ultrapassar a capacidade de condução

de corrente dos condutores do ramal de entrada, considerando a previsão de expansão

mínima.

O disjuntor foi projetado para a condição de aumento de carga, previsto para as

etapas posteriores a essa.

3.4 Instalações Elétricas

3.4.1 Requisitos Técnicos – Generalidades

O projeto elétrico para a possui as seguintes definições:

Instalações elétricas aparentes: todas as instalações são aparentes. Nos locais em

que eletrocalhas ou outros materiais de uso aparente são empregados, verifica-se a

necessidade de fechamento das eletrocalhas com tampa no mesmo material.

Aterramento método TN-S, conforme figura abaixo extraída da NBR 5410: as

instalações elétricas devem possuir os condutores de fase, neutro e proteção, no qual

o condutor neutro e o condutor de proteção são distintos estando este aterrado na

entrada na instalação;

Tomadas: todas as tomadas devem ser compatíveis com o padrão atualmente em

uso, possuindo o 3º pino para conexão do condutor de proteção.

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Os circuitos de tomadas de uso geral serão protegidos disjuntores diferenciais-

residuais (DR) com corrente diferencial-residual nominal de atuação máxima de

30mA;

Separação de circuitos: os circuitos de iluminação e tomadas devem ser separados

entre si, isto é, devem estar conectados em disjuntores diferentes.

Circuitos de elevada potência: os circuitos de elevada potência, quando indicados no

projeto, devem estar conectados em circuitos exclusivos, ou seja, devem possuir um

disjuntor exclusivo para alimentação.

Disjuntores DR: deve-se instalar o Disjuntor Diferencial-Residual quando especificado.

3.4.2 Centro de Distribuição Geral

O Centro de Distribuição (CD) será aparente e deverá conter barramentos de cobre

para as três fases, neutro e terra e espaço para alocação de pelo menos 20 disjuntores no

CD 1 e 10 disjuntores no CD2.

Os barramentos serão constituídos de cobre eletrolítico e do tipo espinha de peixe,

respeitando sempre as características de corrente nominal geral do quadro. Deverão ser

montados sobre isoladores de epóxi, fixados por parafusos, arruela simples e arruelas de

pressão, todas zincadas, de forma a assegurar perfeita isolação e resistência aos esforços

eletrodinâmicos.

O quadro de distribuição será de aço galvanizado, tipo sobrepor, porta articulada

através de dobradiças, provido de fechadura ou dispositivo para cadeado (conforme NR-

10).

O quadro deverá possuir placa de montagem removível para proteção do usuário

(evitando o acesso aos barramentos) e identificação dos equipamentos/circuitos de manobra

e proteção. A alimentação do painel de energia será através de condutores isolados.

3.5 Iluminação Artificial

Contempla a iluminação interna e iluminação externa deste ginásio poliesportivo.

3.5.1 Iluminação Artificial Interna

A iluminação interna artificial foi projetada através de cálculo luminotécnico de forma

a obter-se os níveis de iluminamento exigidos pela norma NBR 5413 para cada ambiente de

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trabalho. Para fins de cálculo luminotécnico foram utilizados dois modelos de luminária,

sendo que uma utiliza lâmpada de vapor metálico e o outro modelo utiliza lâmpada

fluorescente tubular, abaixo serão apresentadas algumas características de cada modelo:

Modelo utilizado para lâmpada fluorescente:

Potência 40 W

Fluxo Luminoso 2.700 lumens

Temperatura de cor 5250 K

IRC 80-89%

Base de fixação G13

Diâmetro 33 mm

Comprimento 1.200mm

Modelo utilizado para lâmpada de vapor metálico:

Potência 150 W

Fluxo Luminoso 13.000 lumens

Temperatura de cor 4200 K

IRC 60 %

Base de fixação Rx7s

Diâmetro 25 mm

Comprimento 1.200mm

Estão previstas potências de iluminação de 40W e 150W por lâmpada. As primeiras

são pontos para lâmpadas fluorescentes locadas em duas unidades por luminária,

totalizando uma potência de 100 W por ponto (incluindo a potência do reator). A luminária

utilizada será do tipo sobrepor com proteção para as lâmpadas, do tipo transparente e

lavável, com suporte para duas lâmpadas fluorescentes.

Os pontos de 150 W são para lâmpadas de vapor metálico com reator de alto fator

de potência incorporado a luminária, sendo que essas serão utilizadas para iluminar a

quadra de esportes e as luminárias fluorescente as demais dependências.

Os circuitos de iluminação serão derivados dos quadros de distribuição, com fiação

mínima de 1,5mm² de acordo com o projeto elétrico.

Os comandos das luminárias serão realizados por meio de interruptores instalados

nas caixas 4x2. Cada interruptor será responsável por controlar o número de luminárias

especificado em projeto e deverá possuir a capacidade de condução de corrente e tensão,

de 10A e 250V, respectivamente. Os interruptores serão instalados de maneira aparente em

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eletroduto de aço galvanizado na parede a uma altura entre 1,10 e 1,20 metros do piso

acabado e a 10 centímetros do batente.

3.5.2 Iluminação Externa

A iluminação externa artificial foi projetada a fim de obter-se iluminação para

garantir segurança às áreas externas ao ginásio poliesportivo. Para fins de cálculo

luminotécnico foi utilizado um refletor com lâmpada de Vapor Metálico HQI de 400 W com

as seguintes características:

Potência 400W

Fluxo Luminoso 32000 lumens

Temperatura de cor 5200K

IRC 90%

Base de fixação E40

Diâmetro 62 mm

Comprimento 175 mm

Observação: Esta lâmpada implica o uso de reator compatível com as suas

especificações técnicas. Faz-se necessário o uso de refletor com grau de proteção IP 65

devido ao fato dos refletores estarem em ambiente externo.

A iluminação externa será acionada por relé fotoelétrico no qual será feito o controle

através do ajuste de sensibilidade para acionamento do refletor.

3.5.3 Iluminação de Emergência

A iluminação de emergência artificial foi projetada através de cálculo luminotécnico

de forma a obter-se os níveis de iluminamento exigidos pela norma NBR 10898 para cada

tipo de ambiente. Para fins de cálculo luminotécnico foi utilizado uma luminária de

emergência do tipo LED - bivolt com bateria recarregável de lítio no qual pode ser do tipo

de sobrepor com as seguintes características:

Potência 5W

Fluxo Luminoso 150 lumens (Posição

Máximo)

Autonomia 3 horas

Dimensões 25,5 x 7,2 x 3,0 cm

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Para fins de dimensionamento da instalação elétrica para iluminação de emergência

a corrente por circuito não poderá ser maior que 12 A por conjunto de condutores (F-N-T).

Cada circuito não poderá alimentar mais de 25 luminárias. A corrente máxima não pode

superar 4 A por mm² de seção do condutor.

Os pontos de iluminação de emergência foram distribuídos de forma que fosse

mantido no mínimo 3 lux para áreas planas, sem obstáculos e hall de entrada e no mínimo

5 lux em áreas com obstáculos e em escadas.

Os eletrodutos utilizados para condutores da iluminação de emergência não podem

ser usados para outros fins, salvo instalação de detecção e alarme de incêndio ou de

comunicação (quando houver), conforme NBR 5410.

As luminárias de emergência quando instaladas a menos de 2,5 m de altura e as

devem ter tensão máxima de alimentação de 30 Vcc, na impossibilidade de reduzir a tensão

de alimentação das luminárias, deve ser utilizado um dispositivo residual (DR) de 30 mA

com disjuntor de 16 A;

3.6 Tomadas de Uso Geral e Uso Específico

Todas as tomadas especificadas na planta elétrica serão instaladas de forma

aparente em eletroduto de aço galvanizado derivados da eletrocalha situada em todos os

ambientes do ginásio poliesportivo conforme planta elétrica. As tomadas baixas ficarão a

uma altura de 30 centímetros do piso acabado; as tomadas médias entre 1,10 metros; e as

tomadas altas entre 2,20 metros.

As tomadas deverão seguir o padrão brasileiro estabelecido pela norma NBR 14136

que trata da padronização de plugues e tomadas até 20A/250V. As dimensões das tomadas

são padronizadas e devem possuir três terminais fêmea rebaixados, sendo o terminal central

referente ao condutor terra. Todas as tomadas serão alimentadas a partir do quadro de

distribuição com circuitos especificados na planta elétrica.

Foram especificadas circuitos individuais em tomadas de uso específico (TUE) para os

Condicionadores de Ar, Chuveiros e Torneira Elétrica. As demais tomadas são de uso geral

(TUG). No quadro elétrico se encontram essas informações com mais detalhes.

Observação: as TUGs de 100VA por ser maioria no projeto não possuem indicação

de potência no projeto elétrico.

3.7 Aterramento

O aterramento da edificação será único, sendo que todas as ligações dos condutores

de terra serão interligadas a barra de terra do painel geral de energia (esquema de

aterramento TN-S). Todas as partes metálicas da edificação, como as tubulações,

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eletrocalhas, perfilados, as carcaças dos equipamentos e qualquer outro elemento metálico

deverão estar ligados à barra geral de terra.

Todos os circuitos elétricos especificados na planta elétrica possuem um condutor

terra especifico na mesma secção (no mínimo) do condutor fase quando este for inferior a

16 mm² (tabela 58 NBR 5410). Existirá, também, um barramento terra na mesma secção do

barramento no quadro de distribuição.

3.8 Infraestrutura de Instalação

A infraestrutura prevista irá prover a separação entre estrutura de dados e potência.

São especificadas eletrocalhas e eletrodutos para a passagem de instalações elétricas e

dados (rede de lógica e telefonia), separadamente.

3.8.1 Eletrocalhas e Eletrodutos

As eletrocalhas serão do tipo “U” galvanizada chapa 16 AWG 200x70 mm e 100x70

mm lisa e fechada e para a rede principal que percorre o corredor de circulação e outros

ambientes, de onde derivam os eletrodutos com seção mínima de 3/4” do tipo aço

galvanizado.

3.8.2 Condutores e Acessórios

Para o dimensionamento técnico de um circuito elétrico devem-se atender seis

critérios estabelecidos pela NBR 5410 referente à escolha da seção do condutor. São eles:

1. Capacidade de corrente de condução dos condutores deve ser igual ou superior à

corrente de projeto do circuito, incluindo harmônicas (tabela 36 da NBR 5410);

2. Proteção contra sobrecargas (1 - a corrente nominal do disjuntor deve ser maior ou

igual que a corrente de projeto do circuito e menor ou igual que a capacidade de

condução do condutor; 2 - a corrente convencional de atuação do disjuntor deve ser

menor ou igual que a capacidade de condução do condutor);

3. Proteção contra curtos-circuitos e solicitações térmicas (especificação de disjuntores

com duração máxima de curto-circuito de 5 segundos);

4. Proteção contra choques elétricos por seccionamento automático da alimentação,

considerando o tempo máximo admissível para atuação do dispositivo;

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5. Limites de queda de tensão (5%, calculados a partir do ponto de entrega, nos demais

casos de ponto de entrega);

6. Seções mínimas (1,5mm² para circuitos de iluminação e 2,5mm² para circuitos de

força – ambos para condutores de cobre e isolados).

Os condutores utilizados serão de cobre eletrolítico flexível com tensão de isolação

de 0,75 ou 1kV. As bitolas mínimas foram previstas conforma NBR-6418 – 70°C.

As três fases e neutro do circuito alimentador terão bitola de 25,00 mm² a fim de

garantir a demanda de potência, considerando o Anexos D e F da Resolução 5410. Os

condutores do alimentador estão superdimensionados para a condição atual, porém com a

execução das demais etapas torna-se necessário o aumento de carga.

A convenção de cores adotada para a identificação dos cabos será:

Azul claro para condutores do NEUTRO;

Verde para os condutores de PROTEÇÃO (terra);

Vermelho para os condutores da fase R;

Branco para os condutores da fase S;

Preto para os condutores da fase T;

Marrom para os condutores de RETORNO.

Em cada circuito, os cabos deverão ser contínuos desde o disjuntor de proteção até a

última carga, sendo que, nas cargas intermediárias, são permitidas derivações. As emendas

deverão ser soldadas com estanho e isoladas com fita isolante tipo auto fusão.

Recomendavelmente as emendas só podem ocorrer em caixas de passagem e em menor

número possível. Todas as conexões dos condutores com barramentos e disjuntores deverão

ser feitas com terminais pré-isolados do tipo olhal.

3.8.3 Chaves e Dispositivos de Proteção

Os disjuntores usados deverão ser do tipo termomagnético (disparo para sobrecarga

e curto-circuito), com curva característica tipo “C” (atuação em 0,1s para correntes de 5 a

10 vezes a corrente nominal), corrente máxima de interrupção de pelo menos 10kA, corrente

nominal de acordo com os quadros de carga e fixação em trilho DIN.

A entrada de energia e o quadro de distribuição serão protegidos por disjuntores tripolares

termomagnético de 70 A (especificação do alimentador). Todos os demais circuitos estão

especificados no diagrama unifilar, anexo à planta elétrica.

O circuito de cada disjuntor deverá ser identificado no quadro de distribuição por

meio de anilhas ou fitas específicas, a fim de facilitar o desligamento.

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3.9 Generalidades

Após a execução do projeto proposto o cliente deverá realizar anualmente

manutenções preventivas por meio de laudos a fim de garantir o bom funcionamento,

segurança e confiabilidade das instalações elétricas. Algumas dicas para manutenção

preventiva são apontadas abaixo:

Inspeção visual da malha de aterramento (nas caixas de inspeção), verificando a

existência de cabos e isoladores soltos ou rompidos;

Teste de resistência ôhmica do aterramento de entrada através de um terrômetro

devidamente calibrado. Para isso desconecte a malha de aterramento do restante do

circuito;

Teste de continuidade dos condutores de proteção (terra) derivados do quadro de

distribuição;

Os disjuntores devem ser desarmados e rearmados manualmente para avaliar o

estado dos contatos;

Este projeto atende as especificidades estabelecidas nas normas vigentes, devendo a

execução atentar para estas mesmas normas. É recomendável que o executor apresente

Anotação de Responsabilidade Técnica dos serviços executados.

Em caso de necessidade de alterações técnicas durante a execução, estas alterações

deverão ser apontadas em um projeto as-built.

3.10 Verificação Final

Terminados os serviços de limpeza, deverá ser feita uma rigorosa verificação das

perfeitas condições de funcionamento e segurança de todas as instalações elétricas.

Santa Maria, junho de 2016.

Thiago Cattani Naidon

Engenheiro Eletricista

CREA RS 194.640